Buscar

Caso Concreto Aula 4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Acadêmico: Adriano Carneiro dos Santos R.A: 2013.07.389.85-6 
 
Caso Concreto 1 
Um jogador de futebol famoso teve sua fotografia publicada em revista especializada em 
fofocas. Em verdade, o conteúdo da revista nada desabonava a vida privada do referido 
jogador, mencionado apenas fatos públicos corriqueiros. No entanto, o esportista sentiu seu 
direito agredido porque não autorizara a publicação de sua foto. Ingressou o jogador com um 
pedido de indenização. 
1) Neste caso, enxerga-se, de fato, violação ao direito da personalidade passível de 
gerar indenização? Justifique. 
RESPOSTA: A publicação de fotografia não autorizada em jornal constitui ofensa 
ao direito de imagem, ensejando indenização por Danos morais, não se 
confundindo com o delito de imprensa. Tendo em vista o artigo 5º, inciso X da 
CRFB “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas”. 
 
2) Na hipótese pode-se afirmar que houve lesão a honra da pessoa? 
RESPOSTA: A princípio não se pode dizer que foi atingida a honra da pessoa, 
visto que nenhum fato desabonador foi construído. Entretanto, deve ser 
protegida a privacidade, o valor maior de uma titularidade da pessoa quanto à 
sua imagem e personalidade. 
 
3) Há necessidade de prova de aproveitamento econômico, por parte da revista, para 
ensejar algum tipo de indenização? 
RESPOSTA: A simples divulgação da imagem do jogador destacando sua 
pessoalidade e não privilegiando fato social no qual está inserido, depende de 
autorização do mesmo. Inexistindo tal autorização, decorre a violação do 
direito da personalidade, podendo gerar indenização. 
 
Caso Concreto 2 
Júlia Cibilis é uma famosa atriz que foi violentamente assassinada no ano de 2000, deixando 
como herdeira apenas sua mãe, Maria Cibilis. Um ano depois do falecimento, jornal de 
grande circulação publica fotos do corpo de Júlia que foram tiradas durante a perícia, no local 
do crime, totalmente desfigurada e parcialmente nua. 
 
Pergunta-se: Maria pode pleitear dano moral ? Em caso positivo, a que título? Em caso 
negativo, por quê? Justifique sua resposta. 
RESPOSTA: Maria pode pleitear não só o dano moral que ela própria sofreu, vendo a 
foto de sua filha no jornal, como também os danos morais decorrentes da violação 
da imagem de Júlia, uma vez que há projeção dos direitos da personalidade post 
mortem e seus herdeiros são legitimados a defendê-los. 
Dano moral. Negativação do nome de pessoa falecida. Indenização pleiteada pela mãe. 
Impossibilidade. Dano moral punitivo. Indenização por práticas abusivas. Admissibilidade. Se 
o dano moral é a violação de um bem integrante da personalidade, e esta extingue-se com a 
morte, ninguém pode ser sujeito passivo de dano moral depois do falecimento. Assim, não 
tem a mãe legitimidade para pleitear indenização por dano moral, nem como sucessora, pela 
negativação do nome do filho efetivada depois do seu falecimento. Admite-se, entretanto, 
indenização com caráter punitivo pelo dano moral para reprimir práticas abusivas, como 
sanção adequada ao abuso do direito. A ré levou quase seis meses para cancelar a linha 
telefônica, cessar as cobranças indevidas, e ainda negativou, nesse período, o nome do filho 
da autora, mesmo depois do seu falecimento. É dever das empresas que fornecem bens e 
serviços estruturarem-se adequadamente para tratarem com respeito e dignidade o público 
em geral. Reforma parcial da sentença. 
Ementário: 04/2008 - N. 9 - 31/01/2008 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
Assinale a opção correta. 
A) Tanto o Código Civil de 1916 como o novo Código Civil disciplinam os direitos da 
personalidade. 
B) O caráter extrapatrimonial dos direitos da personalidade significa que é juridicamente 
impossível requerer indenização em face de sua violação. 
C) De acordo com o novo Código Civil, salvo o caso de exceções legais, os direitos da 
personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o 
seu exercício sofrer limitação voluntária. 
D) Conforme disciplina do novo Código Civil, o pseudônimo, mesmo adotado para atividades 
lícitas, não goza da proteção que se dá ao nome. 
RESPOSTA: Letra “C”

Outros materiais