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portfólio em grupo 1 2020

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SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO
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DESENVOLVIMENTO
83
CONCLUSÃO
9REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
Na atualidade, têm-se intensificado discussões relacionadas com os temas envolvendo inclusão e diversidade, estes cada vez mais presentes no ambiente educacional. Isso se dá pelo fato que a escola recebe alunos de diferentes grupos sociais, políticos, econômicos, étnicos, religiosos, etc. 
Discussões acerca dessas temáticas tornam-se cada vez mais importantes e necessárias, pois, as vivencias e interações, de cada individuo, vão ocorrendo ao longo do processo de aprendizagem e com isso os valores e concepções de cada um, vão sendo construídos, possibilitando assim a formação de valores e concepções diversificados. E como a comunidade escolar, é o ambiente em que “se concentra uma grande diversidade humana, e que tem a responsabilidade de formar cidadãos críticos, conscientes e atuantes, não pode ficar indiferente. Precisa compreender a diversidade da sua população” (NUNES, 2013, p.20). A educação inclusiva é o meio que busca incluir todos os alunos no mesmo processo de ensino-aprendizagem, impedindo a segregação, com a finalidade de atender a todos de forma igualitária, independente de ter ou não condições peculiares de aprendizagem.
Para Rodrigues (2003), a Educação Física não pode ficar indiferente ou neutra no processo de educação inclusiva. Ela pode se constituir como um adjuvante ou até mesmo um obstáculo adicional nesse contexto, dependendo acima de tudo da maneira como se é trabalhada. É fundamental que o professor esteja receptivo as mudanças, demonstre disposição a criatividade para adaptar atividades e desejo em desenvolver um trabalho cooperativo como seus alunos, seja qual for sua deficiência, pois a sua pratica pode confirmar e valorizar as diferenças ou, ao contrario rejeitar ou excluir. 
    Ao longo deste trabalho, veremos como a educação inclusiva foi inserida e trabalhada no ambiente escolar ao longo dos anos, e como se é feita a inclusão de um aluno portador da Síndrome de Down nas aulas de Educação Física.
2 DESENVOLVIMENTO
Ao longo dos anos a educação vem evoluindo na temática central voltada para os portadores de necessidades especiais. Houve um grande avanço da integração da educação física adaptada aos portadores de necessidade, um exemplo bem claro é a Paraolimpíada. Os Jogos Paraolímpicos são a expressão máxima do desporto de alta competição entre as pessoas portadoras de deficiência e, podemos dizer que no momento representam o maior avanço na área da educação física adaptada. 
Considerando os novos rumos da educação especial para o século XXI, as políticas educacionais para a inclusão propõem uma perspectiva em educação especial sem a desvincular da educação em geral. O mesmo ocorrendo com a educação física adaptada, que no nosso entendimento não pode mais ficar desvinculada da educação em si. Infelizmente, a educação física pouco caminhou em direção ao princípio da inclusão, principalmente tendo como eixo a perspectiva escolar. Pode-se dizer que é de suma importância pensar seriamente sobre o assunto, pois a inclusão ainda que pareça um assunto bem complexo configura-se algo necessário para a evolução de nossa sociedade, pois dessa forma podemos gerar igualdade entre as pessoas independente de limitações, pois o principal é que todos lutem por um mesmo bem comum.
Freire destaca que:
Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. (FREIRE, 2000).
No Brasil, iniciou-se o atendimento às pessoas com deficiência à partir da criação, em meados de 1800, com o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, para ser mais exato no ano de 1854, hoje intitulado Instituto Benjamin Constant – IBC. Depois, criou-se o Instituto dos Surdos Mudos, em 1857, que, atualmente se chama Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES.
A Constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos fundamentais “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º, inciso IV).
De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988 todos, homens e mulheres, são iguais perante a lei, “para a construção de uma sociedade “livre, justa e solidária”, não pode existir qualquer tipo de preconceito de origem raça sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação.” (BRASIL, Constituição Federal do, 1988, art. 3.º, I e IV). O ser humano deve ser tratado com respeito e dignidade independente de suas limitações.
A Lei nº 10.436/02 delega à sociedade que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida como comunicação e expressão, sendo item comprobatório no que tange as leis escolares podendo ser difundida dentro da sociedade como garantia de inclusão social. Sendo uma disciplina inclusa nos currículos universitários para a formação de educadores, fonoaudiólogos e quaisquer membros da sociedade que dela assim desejarem.
 Anualmente é realizado em todas as escolas de Educação Básica o Censo Escolar, através do MEC (Ministério da Educação) e o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) que acompanha a evolução da educação especial dentro destes locais e identificam como está o acesso à educação básica, o ingresso nas classes comuns, à oferta do atendimento educacional especializado, a acessibilidade nos domínios das escolas, a quantidade de municípios com matrícula de estudantes com necessidades especiais, a formação dos professores para o atendimento às necessidades educacionais específicas dos estudantes. Ressaltando que atendimento educacional deve ser especializado e tem por objetivo identificar e planejar estratégias que elaborem recursos pedagógicos atendendo às necessidades especiais de cada estudante, eliminando as barreiras do preconceito.
A primeira LDB (Lei de Diretrizes e Bases para a Educação) foi discutida no final da década de 1940, e citou a educação especial como um sistema legalizado. Mas, somente na LDB 4024 do ano de 1961 que o “atendimento aos excepcionais” se fez crescer, através do grande número de instituições especializadas e que pertenciam ao setor privado, filantrópico.
Em 1990 para substituir o termo “Educação Especial” surgiu no Brasil o novo termo “Inclusão Escolar”, mas isto fez apenas de forma nominal, já que as questões escolares, burocráticas e administrativas continuaram a surgir dentro do contexto inclusivo social. Toda esta burocracia se transformou em leis e decretos, com metas e objetivos a serem traçados para melhor atender as crianças portadoras de necessidades especiais, mas quando se visualiza o real dentro do ambiente escolar não é assim que acontece. 
Já a LDB 9394/96, estabelece que 
O aluno terá direito a receber, quando necessário, um Atendimento Educacional Especializado viabilizado pelo Estado. Este direito está consagrado e normatizado pela Resolução n.º4, de 2 de outubro de 2009, que instituiu as Diretrizes Operacionais para Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, na modalidade Educação Especial. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2009)
Há muitos desafios dentro do ambiente escolar frente à inclusão dos alunos com necessidades especiais. A acessibilidade dentro dos prédios, o próprio preconceito dos colegas, a falta de preparo por parte dos professores. O esporte adaptados é um grande desafio para o profissional de Educação física, faz-se necessário a busca por conhecimentos específicos tão quanto ferramentas e fundamentos das atividades propostas, a inclusão do individuo em sua totalidade nos aspectos biológicos, compensação fisiológicas, comportamento motor em suas limitações. A observação é um fator fundamental para introdução, desenvolvimento, evolução e construção das habilidades motoras. Apesar de poucos investimento e olhares governamentais o profissional tem um papel fundamentalem proporcionar momentos que auxiliem os aspectos psicológicos, auto-estima e superação do aluno, uma vez que ele enfrenta dificuldades no seu cotidiano, a motivação é ponto vital de importância no trabalho do professor de Educação Física e facilitador para a inclusão social. É fundamental monitorar, identificar e obter esclarecimentos sobre estratégias a serem aplicadas. 
Freire nos diz que:
A liberdade que, desde cedo, veio aprendendo, vivencialmente, a construir a sua autoridade interna pela introjeção da externa é que vive plenamente suas possibilidades. (FREIRE, 2000, p.18)
Os aspectos fisiológicos do portador com deficiência seja mental, física ou intelectual devem ser cuidadosamente estudados, levando-se em consideração qual tipo específico de limitação que incapacita aquele aluno para determinadas atividades.
Todos somos compostos por células que nos mantém vivos enquanto tiverem a capacidade de se alimentar através da energia que absorvem em seu interior. Esta energia é armazenada utilizada para realizarmos os mais diversos tipos de trabalhos. Entender o mecanismo celular que temos em nosso corpo é de suma importância para a compreensão de como se dá o mecanismo celular no aluno com deficiência. Onde é fundamental entender os mecanismos celulares que o organismo lança mão para sintetizar ATP, assim como relacionar essa síntese ao exercício físico, os quais, regem a transferência e a transformação da energia no organismo. 
Os padrões relacionados ao movimento humano estabelece que o movimento se dá à partir das forças internas do indivíduo que surgiu a partir da biomecânica, ou seja, da Cinesiologia que estuda a estrutura e função do sistema esquelético e humano. A biomecânica é o estudo do movimento humano e é através dela que o educador terá o suporte necessário para trabalhar com seus alunos especiais verificando quanto à anatomia e a fisiologia do movimento humano e sua aplicação dentro da estrutura corporal de cada aluno.
Sendo assim, é fundamental que o professor de Educação Física conheça a estrutura física e capacidade motora de seu aluno. Pois uma atividade mal direcionada pode ocasionar um dano maior a aquele aluno que possui suas limitações. Um aluno com Síndrome de Down, por exemplo, são diferentes na linguagem, motricidade, socialização e habilidades da vida diária. A prática de atividades físicas para crianças com este tipo de limitação traz ações benéficas no desenvolvimento intelectual, motor, social e afetivo, auxilia na correção da postura, no peso, melhora o sistema cardiovascular e é uma grande aliada para melhorar a autoestima, aprender habilidades novas e também ajuda melhorar a concentração durante as aulas. 
Estudo feito por Lopes (2009, p.3-27) diz que a prática regular de atividade física protege o portador com Síndrome de Down contra os processos degenerativos do organismo, atuando como um agente promotor de saúde. Com um aumento considerável do repertório motor, desenvolvendo tanto o equilíbrio, como o esquema corporal, a noção espacial, ritmo, sensibilidade e capacidade respiratória. O professor de Educação Física pode trabalhar todos estes aspectos através de atividades simples e lúdicas que façam com que o aluno portador de deficiência sinta-se seguro e capaz de realizar as atividades com segurança tendo todo o suporte de que necessita.
3 CONCLUSÃO
Conclui-se que é desde cedo que o ser humano adquire conhecimento e constrói sua visão de mundo, daí a necessidade de fundamentar a base de seus saberes em algo forte, concreto, de qualidade. Não basta apenas diversificar os temas, autores e intensificar os eventos escolares, é importante fazer a releitura da própria visão da educação. Verificar quais são os objetivos que se deseja alcançar e quais caminhos deve-se percorrer. 
É necessário que os educadores e todos dentro do ambiente escolar tenham em mente que o respeito às diferenças, o carinho e o afeto, bem como a união e o diálogo aberto asseguram ao aluno uma educação de qualidade e aponta caminhos que visam à valorização da ética, da solidariedade e da verdadeira prática cidadã.
Podemos aprender com nossos alunos e muito mais, deixar que eles percebam que são construtores do conhecimento e agentes atuantes dentro da sociedade, com papéis distintos entre homens e mulheres, mas únicos e unidos em um único elo: o amor próprio e o amor ao próximo.
É importante esclarecer nossos alunos sobre todo este quadro de conquistas dentro de nossa história. Mostrar-lhes que é possível ressignificar nossa estadia na Terra e fazer parte de uma sociedade mais justa e igualitária.
REFERÊNCIAS
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/inclusao-na-educacao-fisica.htm
Acessado em: 27 de abril de 2020
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Educação Física - licenciatura
Emilly soares bonifácio
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raíssa silva oliveira
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PORTFÓLIO INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
ATIVIDADES ESPORTIVAS INCLUSIVAS NA ESCOLA
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PORTFÓLIO INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
ATIVIDADES ESPORTIVAS INCLUSIVAS NA ESCOLA
Trabalho de Educação Física Licenciatura apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Cinesiologia Aplicada a Educação Física, Educação e Tecnologias, Educação Inclusiva, Fisiologia do Exercício II, Políticas Públicas da Educação Básica.
Orientador: Professores: Túlio Moura, Natália Gejão, Juliana Lyra, Mário Balvedi, Natália Gomes.
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