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Alunos: Aurilena Milena Bem Santos 201908552549 
Paulo Victor Azevedo Silva 201904052606 
Thaise Mendonça Martins 201908191473 
Thiago David Serre 201908191481 
ANÁLISE SOBRE A PESSOA JURÍDICA E O DIREITO DE 
PERSONALIDADE 
 
Para compreendermos a exegese do Direito sobre o rumo tomado até ser 
considerados os direitos de personalidade á pessoa jurídica, devemos levar em 
consideração fatores históricos, doutrinários e jurisprudenciais e assim constatar os 
equívocos e impropérios tratados no Enunciado 286 CEJ, concebido na IV ª Jornada 
de Direito Civil que ocorreu em 2006, o qual preconiza a pessoa jurídica a como não 
titular de direito de personalidade, se contrapondo ao entendimento da súmula 227 do 
STJ e do Código Civil de 2002 no seu artigo 52. 
Em relação a análise da evolução histórica, podemos notar que a tutela de 
personalidade não ocorreu atrelada aos preceitos da dignidade, da qual só foi elaborada 
períodos mais tarde por Emanuel Kant em 1785. Enquanto isso, na antiguidade grega e 
romana a personalidade de uma pessoa era exercida por outras categorias jurídicas 
específicas, tais como a jurisprudência pretoriana ampliou o âmbito da proteção jurídica 
da personalidade mediante a proteção da liberdade e da honra das pessoas. Sendo assim 
a teoria da qual a pessoa natural ou jurídica só poderia sofrer dano moral. Pois “embora 
não possam ter o ‘sentimento’ da própria dignidade, esta pode sempre refletir-se na 
consideração dos outros. O bem da honra configura-se, portanto, também relativamente 
a elas” (DE CUPIS, Adriano. Os direitos da personalidade..., 1961, p 111). 
No âmbito jurisprudencial, já existia o entendimento reiterado, consubstanciado 
pela súmula 227 do STJ, em que a declara expressamente que “a pessoa jurídica pode 
sofrer danos moral”, os direitos de personalidade são direitos que tem como objetivo 
de proteger os direitos fundamentais da pessoa física ou jurídica uma pessoa jurídica, 
como uma sociedade comercial ou instituto beneficente, pode sofrer um dano moral, 
em hipótese envolvendo uma campanha difamatória, denegrindo sua imagem. Pessoa 
jurídica não é sujeito a dores físicas, mas não é isso que vai tirar a sua vulnerabilidade 
de poder sofrer dano moral, por essa razão, os danos morais somente podem atingir a 
honra. O ato atentatório da pessoa jurídica que é o objetivo, difere da violação da honra 
da pessoa natural o que é subjetiva o dano moral não se limita apenas aos fatos dor e 
sofrimento, mas provoca de maneira jurídica ampla um desconforto extraordinário na 
conduta do ofendido podendo ser a vítima tanto pessoa natural com uma pessoa 
jurídico. 
A personalidade jurídica é adquirida e concretizada com a obtenção de direitos 
e obrigações, impostos pela legislação que regula e define suas características que 
passam a ser tuteladas. Quanto a tutela da pessoa jurídica, ressalta-se sua proposta legal, 
que visa prevenir danos inerentes à moralidade desta, quando não alcançado o êxito 
orientador, acrescenta-se a punição como coibidora. 
A visão doutrinária que rege os direitos da personalidade é apresentada no Art. 
52 do Código Civil de 2002. Sua evolução encontra reforço de alguns dos mais 
conceituados estudiosos jurídicos da história, a exemplo de São Tomás de Aquino, o 
qual define a pessoa natural como ente existente e auto suficiente. Enfatizando também, 
as particularidades do ser acidental que existe em complemento do outro ser, 
caracterizando da pessoa jurídica. Já no século XX, José Correia de Oliveira defende a 
valoração dos direitos da personalidade a luz do ordenamento jurídico como sinal de 
existência a permanente atuação. 
Tal processo tem ênfase análoga ao ser humano, pois a pessoa jurídica é isenta 
de dignidade, porém deve ser resguardada por legislação igualitária, corroborando com 
a visão de Corrêa de Oliveira a pessoa jurídica deve ser detentora de direito subjetivo. 
Assim confirma este direito adquirido consolidado nesse entendimento, assim 
unificando doutrina e a jurisprudência majoritária 
 Conclui-se que o direito geral de personalidade da pessoa jurídica é resultado 
de uma construção durante muito tempo até vir a se consolidar, nos dias decorrentes, 
como categoria jurídica, atributo da personalidade da pessoa jurídica. Dessa forma, o 
Enunciado 277 não passa de um impropério e retrocesso do direito, pois não se pode 
restringir os direitos da pessoa jurídica apenas por essa não atender a um quesito 
formulado a posterior do entendimento já consolidado e que se mostra eficaz.

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