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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MONSENHOR MESSIAS CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOAS Unidade Acadêmica de Ensino de Ciências Gerenciais Administração DANIELLE DE SOUZA GONÇALVES EMPATIA NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL: estudo de caso de uma escola pública estadual SETE LAGOAS 2014 1 DANIELLE DE SOUZA GONÇALVES EMPATIA NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL: estudo de caso de uma escola pública estadual Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à Unidade Acadêmica de Ensino de Ciências Gerenciais do Centro Universitário de Sete Lagoas - UNIFEMM, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração. Área de Concentração: Gestão de Pessoas Orientadora: Valéria Regina A. Torres Reis SETE LAGOAS 2014 2 FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MONSENHOR MESSIAS CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOAS Unidade Acadêmica de Ensino de Ciências Gerenciais Administração DANIELLE DE SOUZA GONÇALVES EMPATIA NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL: estudo de caso de uma escola pública estadual Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à Unidade Acadêmica de Ensino de Ciências Gerenciais do Centro Universitário de Sete Lagoas - UNIFEMM, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração. Sete Lagoas, 23 de outubro de 2014. Aprovado com a nota ___________. BANCA EXAMINADORA: _______________________________________________________________ ORIENTADOR: PROF. VALÉRIA REGINA A. TORRES REIS _______________________________________________________________ AVALIADOR: PROF. _______________________________________________________________ AVALIADOR: PROF. 3 RESUMO Uma estratégia que tem conduzido a busca por um melhor clima dentro das instituições, e, em consequência disso, gerando maior produtividade, é a busca pelo desenvolvimento da empatia. O objetivo principal deste estudo é proporcionar uma reflexão sobre a empatia no ambiente organizacional da Escola Estadual Professor João Fernandino Júnior, avaliando como ela acontece nesse ambiente. Os dados foram coletados na empresa, a partir da aplicação de questionários. Na sequência, foram tabulados e organizados em quadros. Depois de analisados e interpretados, constatou-se que a pesquisa realizada aponta uma perspectiva muito boa em relação à empatia no ambiente organizacional da instituição estudada, uma vez que tem bons índices para se trabalhar as habilidades empáticas analisadas entre os colaboradores, tendo como premissa que são passíveis de serem aprendidas. Cabe então à gestão utilizar-se de seu bom resultado, num contexto geral, para o aprimoramento da empatia firme. Palavras chave: ambiente organizacional; cultura; empatia. 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 5 2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 7 2.1 Empatia ............................................................................................................................. 7 2.1.1 Habilidade empática ..................................................................................................... 8 2.1.2 Empatia firme ................................................................................................................ 9 2.1.3 Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal (EMRI) ............................... 9 2.2 O Servidor Público ........................................................................................................... 12 2.2.1 Os profissionais da educação ....................................................................................... 12 3 METODOLOGIA ............................................................................................................... 14 4 ANÁLISE DOS DADOS ..................................................................................................... 16 5 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 20 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 21 5 1 INTRODUÇÃO Lidar com pessoas diferentes, com personalidades e objetivos diversos, convivendo num mesmo ambiente dependendo-se mutuamente, quase sempre não é tarefa simples. Percebe-se que o assunto, muitas vezes, angustia os líderes e até mesmo os colaboradores das organizações. Entender quais são as razões de tanta dificuldade e os caminhos para melhorar esse quadro, torna-se imprescindível. Uma estratégia que tem conduzido a busca por um melhor clima dentro das instituições, e, em consequência disso, gerando maior produtividade, é a busca pelo desenvolvimento da empatia. O entendimento das ações e dos argumentos dos companheiros de trabalho passa pela compreensão da construção dos pensamentos dessas pessoas; somente se consegue ser empático se puder visualizar as razões que levam as outras pessoas a pensarem e agirem como normalmente o fazem. A eficiência na conduta que se deseja obter, até mesmo no intuito de propiciar mudanças comportamentais na equipe de trabalho, exige uma visão ampla sobre os fatores que levam as pessoas a pensarem como pensam. O objetivo principal deste estudo é proporcionar uma reflexão sobre a empatia no ambiente organizacional escolar, avaliando como ela acontece nesse ambiente. A Escola Estadual Professor João Fernandino Júnior é uma instituição pública estadual, localizada à Rua Goiás, 1696, Bairro Boa Vista, em Sete Lagoas, estado de Minas Gerais. Foi construída em 1964, no governo do Presidente da República Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. À época, o Governador do estado de Minas Gerais era José de Magalhães Pinto. É popularmente conhecida como Colégio Industrial ou Industrial somente, porque foi a pioneira na introdução de Técnicas Agrícolas e Técnicas Industriais, que há bastante tempo não fazem mais parte da grade curricular da instituição. Foi criada em 1965, com o ensino fundamental de 5ª a 8ª série, somente pela manhã. Em 1971, iniciaram-se as atividades nos turnos vespertino e noturno e foi introduzido o ensino médio. 6 Atualmente, a equipe gestora que atua desde 2011 é composta pelo Diretor, três Vice Diretores e uma Secretária Escolar. O quadro administrativo da instituição é composto por nove auxiliares de secretaria e uma servidora que exerce a função de auxiliar financeiro. No decorrer das décadas de funcionamento, a escola desenvolveu vários projetos de contemporâneos, buscando atender aos anseios da comunidade escolar e à política educacional das três esferas de governo: municipal, estadual e federal. Em 2005 foi realizado, por meio do Projeto Escolas Referência, um estudo para compor o Plano de Desenvolvimento Pedagógico Institucional (PDPI), que foi elaborado sob a orientação de uma equipe da Superintendência Regional de Ensino de Sete Lagoas. O objetivo de tal era preparar a escola para o caminho da excelência em educação. A elaboração deste PDPI foi um trabalho coletivo que contou com a participação de alunos e pais através de entrevistas, permitindo sugestões para a determinação de ações a serem executadas a partir de 2006. O resultado apresentado evidenciou as fragilidades que compunham a realidade da escola, até então ignorada. Tal ferramenta considerou a organização do espaço escolar pouco proveitosa; detectou que a integração escola-comunidade não acontece da maneira desejada, apesar dos esforços dainstituição, descrevendo-a como insistente, mas ineficaz; as relações interpessoais foram classificadas como superficiais, que não suprem as dificuldades de convivência; e a gestão escolar foi caracterizada como honesta, mas muito limitada à legislação, não democrática, e às vezes apresenta conduta desmotivadora. Todos esses indicadores apontam para a necessidade de uma mudança de postura, principalmente no âmbito administrativo, rompendo paradigmas arraigados ao longo das prolongadas gestões anteriores, eliminando estereótipos inerentes ao servidor público, muitas vezes interiorizados pelo indivíduo verdadeiramente, principalmente no aspecto dos relacionamentos interpessoais. Esta proposição vem sendo buscada desde então pela atual equipe de gestão, porém, até o momento, de forma pouco eficaz. A partir dessa perspectiva, como avaliar a empatia no ambiente administrativo escolar, para vislumbrar uma mudança na postura organizacional? 7 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Empatia “O conceito de empatia é simples e bem conhecido. O natural é defini-la como a capacidade de colocar-se no lugar de outras pessoas para sentir suas angústias e necessidades” (OLIVEIRA, 2013, p. 94). Entretanto, Sampaio, Camino e Roazzi (2009, p. 215) demonstram que não é uma definição tão simples quanto parece, citando o trabalho de Hoffman1, que define empatia como “uma resposta afetiva mais apropriada à situação de outra pessoa do que à sua própria situação”. O autor propõe que a empatia, em lugar de ser um processo de encontro exato de emoções entre duas pessoas, é uma resposta perceptiva à imagem mental que alguém tem do sofrimento do outro, o que implica em certo grau de afastamento entre eles, enfatizam os autores. Essa definição faz parte de uma das três principais correntes de pensamento dentro da Psicologia, segundo a obra de Duan e Hill2, citados por Sampaio, Camino e Roazzi (2009, p. 217), das quais esta considera que a empatia se refere a um traço de personalidade ou habilidade geral para conhecer os estados mentais de outras pessoas e para sentir as emoções dos outros. Em outra perspectiva, baseada no ponto de vista de Sampaio, Camino e Roazzi (2009, p. 214): A empatia era vista por Rogers 3 não apenas como uma resposta reflexa ao comportamento do outro, mas também como uma habilidade aprendida/ desenvolvida que envolve o estabelecimento de vínculos cognitivo-afetivos entre duas ou mais pessoas, durante os quais alguém se permite, deliberadamente, sensibilizar-se e envolver-se com a vida privada de outros. Esta é adotada por pesquisadores que se interessam pela forma como a empatia é vivenciada por terapeutas e clientes durante as sessões de psicoterapia, sendo também uma das correntes de pensamentos descritas por Duan e Hill (SAMPAIO, CAMINO E ROAZZI, 2009, p. 217). 1 Hoffman, M. L. (1987). The contribution of empathy to justice and moral judgment.In N. Eisenberg, & J. Strayer (Eds.), Empathy and its development (pp. 47-79). New York: Cambridge University Press. 2Duan, C., & Hill, C. E. (1996).The current state of empathy research.Journal of Counseling Psychology, 43(3), 261-274. 3 Rogers, C. R. (2001a). Sobre o poderpessoal (4a ed., W. M. AlvesPenteado, trad.).São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1979). 8 2.1.1 Habilidade empática Kestenberg (2013, p. 428) indica que diferentes pesquisadores da psicologia têm considerado a empatia um fenômeno complexo e a definem como uma habilidade social multidimensional, que envolve componentes cognitivos, afetivos e comportamentais, não havendo um grau de relevância entre os três, posto que a integração dos mesmos é que define o comportamento empático. Nessa abordagem, a empatia é vista como algo abstrato de nossa personalidade que reflete respostas afetivo-cognitivas ligadas a situações específicas, sendo, portanto, mais disposicional do que constitucional, segundo Duan e Hill (SAMPAIO, CAMINO e ROAZZI, 2009, p. 217). O cognitivo é concebido pela adoção de perspectiva do outro, isto é, a capacidade de interpretar e compreender os sentimentos e pensamentos de alguém. O reconhecimento das emoções constitui um dos requisitos cognitivos da empatia. A flexibilidade interpessoal se constitui em outro aspecto importante no processo cognitivo que se traduz pela elevada capacidade em aceitar perspectivas, crenças e valores muito diferentes, além de tolerância à frustração provocada pela atitude do interlocutor. O componente afetivo da empatia expressa uma tendência a experimentar sinais de simpatia e de compaixão pelos outros, além de preocupação genuína com o bem estar do outro. O componente comportamental da empatia caracteriza-se por comunicar, de forma verbal e não verbal, um reconhecimento explícito dos sentimentos e da perspectiva da outra pessoa, de tal maneira que ela se sinta realmente compreendida (KESTENBERG, 2013, p. 428). A empatia, nesta perspectiva multidimensional, segundo Kestenberg (2013, p. 428), envolve duas etapas distintas: a primeira, nomeada de compreensão empática, consiste na tentativa de compreender os sentimentos e perspectivas do outro, através de comportamentos que demonstrem atenção e escuta empáticas; a segunda etapa, expressão empática, compreende a verbalização empática focalizando nos sentimentos e na perspectiva do outro. “Muitas pessoas acreditam que ela é a qualidade mais importante para o desenvolvimento dos relacionamentos humanos, e muitos a consideram uma habilidade aprendida” (ROWAN4 apud GARNER, 2010, p. 42). A empatia como uma habilidade de interação social que pode ser aprendida formalmente, afirma Kestenberg (2013, p. 428), é possível desde que haja uma criteriosa sistematização quanto ao formato do treinamento e os instrumentos de avaliação, e também é 4ROWAN, J. “A Guide to Humanistic Psychology: The Person-Center Approach”, Association of Humanistic Psychology, 2001, disponível em: <http:// www.ahpweb.org/rowan_bibliography/chapter6.html> (24 de outubro de 2007). 9 importante que se tenha clareza conceitual sobre a habilidade e os elementos constitutivos que se deseja treinar. Kestenberg (2013, p. 432) também considera que a empatia é a habilidade social que ajuda na construção e manutenção de vínculos e redução de conflitos, sendo desejável e necessária ao ambiente profissional. 2.1.2 Empatia firme De acordo com Garner (2010, p. 40), “os seres humanos querem relacionamentos de apoio, e a empatia é a base que gera relacionamentos de confiança”. Portanto, o líder que explora o poder da verdadeira empatia promove uma melhor comunicação, maior coesão, mais disciplina e um melhor moral em toda a sua organização. “A empatia firme significa dar às pessoas aquilo que necessitam, não o que querem”, afirma Garner (2010, p. 40). Para isso, é preciso equilibrar o respeito pelo indivíduo e a preocupação com as tarefas, o que não é fácil em um ambiente extremamente competitivo e em constante mutação. A característica central da empatia firme é a dedicação de um líder aos seus seguidores e o desejo de ajudá-los profissional e pessoalmente. Ao contrário dos líderes complacentes e afáveis, os que praticam a empatia firme exigem ações firmes, diretas e centradas em valor, que não sacrifiquem os padrões, mas continuem sensíveis à necessidade de fazer com que os seguidores cresçam e se desenvolvam durante o processo (GARNER, 2010, p. 40). O mesmo autor coloca que a empatia firme demonstra uma compreensão total da visão ou situação do colaborador. Isso implica expressar emoções, e não abster-se. Um clima de liderança que promova a empatia firme beneficia os relacionamentos e a confiança, fortalecendo, assim, a organização. Há cada vez mais indícios de que os indivíduosrespondem ao líder se as demonstrações de empatia dele fazem com que se sintam compreendidos e valorizados. O comportamento empático do forte líder encoraja os seguidores, incutindo um maior grau de afiliação. O seguidor percebe, então, uma forte identidade coletiva e exibe um comportamento de cidadania organizacional em relação ao líder e aos colegas de trabalho. Os novos relacionamentos derivados da empatia costumam melhorar a percepção de integridade e credibilidade do líder e tendem a gerar a cooperação e a confiança (GARNER, 2010, p. 40). 2.1.3 Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal (EMRI) Dentre os questionários de avaliação da empatia, percebe-se que nem todos consideram a sua natureza multidimensional e abordam apenas uma dimensão do tema. 10 Entretanto, a Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal (EMRI) de Davis5 (1983) abrange domínios tanto afetivos quanto cognitivos, sendo uma abordagem ampla e inclusiva sobre o assunto (PARO, 2013, p. 11). O instrumento é composto por sentenças que descrevem comportamentos, sentimentos e características relacionadas à empatia, que são utilizadas para avaliar as seguintes dimensões da empatia: Em relação à experiência cognitiva, destaca-se o construto empático tomada de perspectiva do outro (refere-se à capacidade cognitiva voltada para a compreensão e coordenação de percepções do outro que visem à solução de conflitos interpessoais e sociais) e fantasia (refere-se a habilidade de se identificar com personagens ficcionais em novelas, filmes e romances e sentir junto com eles, uma adesão involuntária às condições afetivas de alegria, tristeza, raiva etc. e/ou de necessidade destes personagens); no que se refere a experiência afetiva, esta, poderá ser acessada nas pessoas através da consideração empática (diz respeito à capacidade de avaliar e sentir com o outro, bem como do reconhecer seus afetos e necessidades, que pode ser experimentada no self como uma motivação de cunho pró-social que pode levar ao comportamento de ajuda) e a angustia pessoal (refere-se a um sentimento de tensão e desconforto, frente à condição de necessidade do outro, podendo gerar comportamentos de afastamento ao invés de comportamentos de ajuda) (FORMIGA, 2013, P. 3). Todas elas são avaliadas por escalas Likert6, que variam de 1 a 5, tendo como parâmetros os pontos de vista “não me descreve bem” ou “descreve-me muito bem”, segundo Formiga (20013, p. 3). Escores mais altos indicam níveis mais elevados em cada uma dessas dimensões e a soma dos escores de todas as subescalas é utilizada para calcular o nível global de empatia. Durante o estudo de tradução e validação da versão brasileira normalmente adotada, a subescala fantasia foi excluída, pois foi originalmente elaborada de acordo com aspectos culturais específicos norte-americanos e tem sido abandonada por inadequações culturais em diversos estudos, inclusive na cultura de sua localidade de origem (KOLLER, CAMINO E RIBEIRO7 apud PARO, 2001, p. 31). Dessa maneira, essa versão brasileira contempla 3 subescalas (tomada de perspectiva, consideração empática e angústia pessoal), com respostas obtidas em escala Likert de cinco pontos. 5 Davis, M. H. (1983). Measuring individual differences in empathy: Evidence for a multidimensional approach. Journal of Personality and Social Psychology, 44, 113-126. 6 Likert, Rensis (1932), "A Technique for the Measurement of Attitudes", Archives of Psychology 140: pp. 1-55. 7 Koller, S.H.; Camino, C. e Ribeiro, J. Adaptação e validação interna de duas escalas de empatia para uso no Brasil. Estud. psicol. (Campinas). 2001;18(3):43-53. 11 Quadro 1 Subescalas e Itens da Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal (EMRI) Item Consideração Empática 1 Frequentemente tenho sentimentos de ternura e preocupação por pessoas menos afortunadas do que eu. 3 Às vezes, eu não me lamento muito por outras pessoas que estão tendo problemas. * 6 Quando eu vejo alguém sendo logrado eu sinto vontade de protegê-lo. 10 As desgraças e os problemas dos outros em geral não me perturbam muito. * 13 Quando eu vejo alguém sendo injustiçado, eu às vezes não sinto muita pena dele. * 15 Frequentemente eu fico emocionado com coisas que eu vejo acontecer. 17 Eu descreveria a mim mesmo como uma pessoa de coração mole. Tomada de Perspectiva 2 Às vezes, eu tenho dificuldade de ver as coisas do ponto de vista dos outros. * 5 Eu tento considerar os argumentos de todas as pessoas em uma discussão antes de tomar uma decisão. 8 Às vezes,eu tento entender melhor meus amigos, imaginando como as coisas são vistas da perspectiva deles. 11 Se eu tenho certeza de que estou correto sobre alguma coisa, eu não desperdiço muito tempo ouvindo os argumentos das outras pessoas.* 16 Eu acredito que existem dois lados para cada questão e tento olhar para ambos. 19 Quando eu estou incomodado com alguém, geralmente eu tento me colocar em seu lugar por um momento. 21 Antes de criticar alguém, eu tento imaginar como eu me sentiria, se estivesse em seu lugar. Angústia Pessoal 4 Em situações de emergência, eu me sinto ansioso e desconfortável. 7 Às vezes, eu me sinto desconfortável quando estou no meio de uma situação muito emotiva. 9 Quando eu vejo alguém se ferir, eu tendo a permanecer calmo.* 12 Estar em uma situação emocional tensa assusta-me. 14 Geralmente eu sou muito efetivo para lidar com emergências.* 18 Eu tendo a perder o controle durante emergências. 20 Quando eu vejo alguém que tem grande necessidade de ajuda em uma emergência, eu fico desesperado. * Item com valor de escala Likert invertido: 5 (“não me descreve bem”) a 1 (“descreve-me muito bem”). Fonte: PARO, 2013. 12 2.2 O Servidor Público De acordo com o Manual de Direitos, Deveres e Responsabilidades dos Servidores do Estado de Minas Gerais (2006), servidor público é o cidadão que tem a obrigação de servir e realizar os interesses do Estado e da sociedade. Para realizar esses interesses, o Estado impõe as funções que ele deve executar, disponibiliza os meios para sua realização e ainda aponta a forma ideal para o desempenho de suas atribuições, definida pelos deveres do servidor público. Esses deveres são os parâmetros de conduta do servidor na execução de qualquer atribuição pública. De forma geral, há aqueles deveres que dão fundamento a todos os demais impostos ao servidor, seja pela lei, pelas normas administrativas ou pela própria chefia, quais sejam: Assiduidade e pontualidade: o serviço público requer continuidade e regularidade. Para tanto, o servidor deve desempenhar suas funções nos lugares e horários que lhe forem designados, encontrando-se presente no local onde trabalha na hora do início do expediente e cumprindo a jornada de trabalho que lhe for correspondente. Observância e lealdade às normas e instituições administrativas: ao ingressar no Estado o servidor deve agir em prol do interesse público, respeitando as normas e orientações superiores, zelando pela eficiência na prestação dos serviços e pelo bom nome e imagem da Administração Pública. Urbanidade e disciplina: tratar o público, colegas e superiores de forma cortês, prestando, com profissionalismo, atenção e boas maneiras, os esclarecimentos e informações solicitadas. Zelo pela economia e conservação do patrimônio público: o servidor administra e utiliza os bens do Estado a todo o momento, sem ser o dono. É sua obrigação conservar e zelar por estes bens, como medida de economia e de preservação do patrimônio destinado aos interesses da sociedade e dos cidadãos (GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, 2004, p. 6). 2.2.1 Os profissionais da educação No âmbito dos trabalhadores em educação, o subgrupo atuante nas unidades escolares é composto por professores, pelos gestores e equipe pedagógicaque, juntamente com os servidores técnico-administrativos, integram o conjunto (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2006, p. 12). Como a principal característica das organizações é unir pessoas diferentes, com experiências, personalidades e objetivos diversos, em torno de um objetivo comum, é bastante natural que surjam conflitos de diferentes origens, tipos e magnitudes, principalmente sendo os servidores recrutados por seus conhecimentos teóricos (concursados) e/ou por tempo de serviço (designados), desconsiderando-se, muitas vezes, fatores relevantes na adequação do perfil do profissional à sua função (NASCIMENTO e SIMÕES, 2011, p. 587). 13 A complexidade da gestão de conflitos nas organizações públicas, para Nascimento e Simões (2011, p. 587): Se deve às suas especificidades, como a debilidade na aplicação de mecanismos legais e coercitivos, a estabilidade adquirida pelos servidores segundo as diretrizes da Lei nº 8.112/1990, a tradição patrimonialista e clientelista da administração pública no Brasil, as disfunções da burocracia, entre outros fatores visíveis na gestão pública. “Esses elementos dificultam uma gestão de pessoas comprometida, que vise o desenvolvimento dos profissionais e da organização e que busque atualizar seus métodos e técnicas para torná-los mais eficientes e compatíveis com a administração pública", segundo as mesmas autoras. Nascimento e Simões (2011, p. 585) concluem que “os relacionamentos interpessoais e o comprometimento dos servidores são elementos vitais na qualidade e na efetividade do processo educacional”. Falcone (1999, p. 23) ainda ressalta que diversos estudos confirmam que os indivíduos empáticos tornam as relações interpessoais mais agradáveis, inclusive reduzindo conflitos. Sob esta perspectiva, este estudo se baseará na premissa de Falcone (1999), utilizando a Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal de Davis (1983) para identificar os pontos que precisam ser trabalhados no setor administrativo da escola, visando a empatia multidimensional de Kestenberg (2013) para sanar as dificuldades enfrentadas na instituição, citadas por Nascimento e Simões (2011), preconizando a empatia firme, de Garner (2010) para a equipe de gestão. 14 3 METODOLOGIA Tendo em vista o definido neste projeto, quanto à natureza, a pesquisa é do tipo aplicada, de acordo com a definição de Andrade8 apud Freitas e Pires9 (2012, p. 73), objetivando gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos, que é a identificação do nível de empatia dos colaboradores que exercem funções de gestão e administrativas para vislumbrar uma mudança na postura organizacional. Quanto aos objetivos, de acordo com Gil10, citado por Freitas e Pires, (2012, p. 73) se enquadra na tipologia descritiva, que “é utilizada para descrever características de determinada população ou fenômeno ou estabelecimento de relações entre variáveis”. Preocupa-se em observar os fatos, registrá-los, analisá-los, classificá-los e interpretá- los. Exige do pesquisador a delimitação de técnicas, métodos, modelos e teorias que orientem a coleta e a interpretação dos dados, para conferir cientificidade à pesquisa, para favorecer a descrição do que fazer (GIL apud FREITAS e PIRES, 2012, p. 73). No tocante aos procedimentos, enumerados por Vergara11, referido por Freitas e Pires (2012, p. 74), inicialmente foi feito um estudo teórico do tema, para subsidiar a pesquisa de campo, qual seja, a aplicação de questionários, dando embasamento para o estudo de caso. Quanto à abordagem do problema, foram utilizadas as pesquisas qualitativa e quantitativa, com abrangência prática e interpretativa, permitindo uma análise do problema no contexto das observações feitas in loco, utilizando-se também da quantificação, tanto na coleta quanto na interpretação dos dados (BEUREN12 apud FREITAS e PIRES, 2012, p. 75). Os dados foram coletados na empresa, a partir da aplicação de questionários. Na sequência, foram tabulados e organizados em quadros. Depois de analisados e interpretados, apresentar-se-à a conclusão final. O estudo de caso é a ferramenta mais utilizada quando se pretende conhecer de que maneira o fenômeno acontece e sua causa, quando o campo de investigação se concentra num acontecimento natural dentro de um contexto da vida real (YIN13 apud ARAÚJO et al., 2008, p. 3). 8 ANDRADE, M. M. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas. 5.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002. 9 FREITAS, Z. B. e PIRES, R. P. Manual para Elaboração de Projetos. Sete Lagoas: Centro Universitário de Sete Lagoas, 2012, 115 f. Não Publicado. 10 GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002. 11 VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 5.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2004. 12 BEUREN, I. M. (Org.) Como organizar Trabalhos Monográficos em Contabilidade: teoria e prática. 2.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2004. 13 YIN, R. (1994).Case Study Research: Design and Methods (2ª Ed) Thousand Oaks, CA: SAGE Publications. 15 Na Escola Estadual Professor João Fernandino Júnior, a pesquisa foi realizada em abril de 2014, em um único dia, aplicando-se o questionário utilizado para avaliar, em síntese, o nível de preocupação com o outro, a capacidade de solução de conflitos e a tensão diante da angústia do outro dos participantes e o nível global de empatia. O instrumento é auto-aplicável, mas, embora as instruções estivessem descritas no cabeçalho, cada participante foi instruído de que não seria necessário se identificar, apenas, genericamente, sua função, não havia respostas certas ou erradas, apenas para cada afirmativa, deveria-se assinalar na escala numérica o quanto se identificava com a situação, de acordo com os parâmetros em suas extremidades. Além disso, os resultados não seriam analisados individualmente, mas, de acordo com o grupo funcional a que pertença. A amostra consistiu em 60% da equipe de gestores e 80% dos funcionários da secretaria da escola, que corresponde ao seu setor administrativo, ou seja, participaram três gestores, dos cinco membros da equipe de gestão e oito funcionários, dos dez servidores que atuam em funções administrativas. Apenas aqueles que não estavam presentes na instituição à época da aplicação não participaram. Quanto ao gênero, dois dos participantes são gestores do sexo masculino e o restante são do sexo feminino, tendo uma representação na equipe de gestão e compondo toda a amostra dos funcionários. Houve boa receptividade dos participantes à pesquisa. Uma minoria relatou dificuldade em afirmativas com a escala invertida, partindo de “descreve-me muito bem” para “não me descreve bem”, visto que a maior parte do conteúdo expressa o contrário. Entretanto, no geral, observou-se convicção nas respostas apresentadas. Muitos consideraram as afirmativas interessantes, alguns ponderaram a relevância do tema proposto, outros ainda fizeram uma autoreflexão sobre suas respostas, as quais serão analisadas a seguir. 16 4 ANÁLISE DOS DADOS Para avaliar a empatia dos colaboradores, optou-se por utilizar o modelo adaptado por PARO (2013), baseado na Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal de Davis (1983), aplicando-se questionários contendo, três subescalas não identificadas, cada uma com sete afirmativas que permitem aferir os escores de “Consideração Empática” (CE), “Tomada de Perspectiva do outro” (TP) e de “Angústia Pessoal” (AP), distribuídas aleatoriamente. As respostas foram obtidas em escala Likert que variam de 1 a 5, tendo como parâmetros os pontos de vista “não me descreve bem” ou “descreve-me muito bem”, como pode ser verificado no Quadro 2. Os resultados foram analisados dividindo-se a amostra total dos onze participantes em dois grupos:Gestores (três) e Funcionários (oito). Na sequência, foram identificadas, dentre as afirmativas, sua respectiva subescala e transcritas as respostas dos representantes de cada um dos grupos (Quadro 3), extraindo-se a apuração dos totais obtidos nas respostas em cada uma das subescalas, em cada um dos grupos, bem como seus totais (Quadros 4 e 5). Os escores máximos para cada subescala são de 35 pontos. Multiplicando-se o escore máximo individual pela quantidade de participantes de cada grupo, obtém-se o escore total de cada subescala, para cada um dos grupos. Neste caso, o escore máximo para o grupo Gestores é de 105 pontos e para o grupo Funcionários é de 280 pontos, em cada subescala. Somando-se os escores individuais e multiplicando-se os somatórios obtidos em cada subescala por 100 e dividindo-se pelos escores máximos para cada um dos grupos, obtém-se o percentual para cada categoria, conforme Quadros 4 e 5. O grupo Funcionários obteve uma empatia global, aquela dita “capacidade de se colocar no lugar do outro”, de 77,86% e o de Gestores, 71,11%, não representando significativa disparidade entre os gestores e seus subordinados. É um fator positivo, pois denota em ambas as partes uma predisposição a modular habilidades empáticas. No contexto escolar, não tão raramente há situações de emergência envolvendo alunos, até mesmo colaboradores, tais como escoriações, eventuais fraturas durante as aulas de Educação Física, ou acidentes no serviço de limpeza ou no preparo da merenda, e outras situações atípicas. Sendo a secretaria uma antessala em relação à sala da Direção, tais ocorrências têm o primeiro atendimento neste setor. Além disso, as mais diversas situações de conflito, de comoção, de exaltação, euforia, seja de pais, alunos, colaboradores, adentram o setor antes de se dirigirem à diretoria. 17 Em uma análise mais acurada, é possível identificar que dentre os funcionários existe um índice elevado de tensão diante da angústia do outro, indicando que as reações diante de situações de emergência e angústia são correspondentes ao ponto que poderiam provocar inércia e/ou afastamento ao invés de auxílio. Não há um bom preparo emocional dos funcionários para lidar com esse tipo de situação. O mesmo não acontece entre os gestores, que apresentam um índice menor em relação à variável “Angústia Pessoal”, inferindo maior autocontrole para lidar com estas situações, o que é imprescindível para a função que ocupam. Há também dentro da escola o aspecto de cunho social, em que alguns alunos ou colaboradores têm problemas, muitas vezes familiares, que repercutem na vivência escolar, perdas, carência do ponto de vista econômico, ingenuidade de uns, malícia de outros. Existem também situações de alegrias, conquistas pessoais, comemorações coletivas. Nesse aspecto, a pessoalidade sobrepõe-se ao profissionalismo, no sentido de que tanto gestores quanto funcionários apresentam níveis similarmente elevados de “Consideração Empática”, no tocante à preocupação com o outro, a capacidade de sensibilizar-se com a situação do outro, seja em momentos bons ou ruins. O ambiente escolar também abriga situações internas e externas dos mais diversos tipos de conflitos, sejam entre alunos, professores, demais funcionários, pais, comunidade em geral. O foco de análise, neste caso, é a administração escolar. Comumente ocorrem situações no setor administrativo que evidenciam os resultados alcançados na pesquisa. Seja na realização de tarefas pertinentes à sua função, seja na comunicação interna e externa, os funcionários da escola se defrontam ou provocam diversas ocorrências de conflitos. Embora a maior parte de suas atribuições sejam corriqueiras, sempre surgem as falhas no processo, que deveria funcionar de maneira integrada, uma vez que o trabalho de um depende diretamente da execução de outro. Além disso, não são incomuns erros na elaboração de documentos, na alimentação do sistema e outras atividades igualmente interligadas. Há momentos também que surgem defasagens em função de afastamentos simultâneos de alguns colaboradores, por questões pessoais, de saúde ou programadas, como férias, que sobrecarregam ou travam o andamento de algumas tarefas. Fatores internos, inclusive de dificuldades de convivência, por intolerâncias, estresses, acarretados pela falta de comprometimento, de senso coletivo, têm reflexos externos, muitas vezes no atendimento ao público. A burocracia imposta pelo sistema também 18 interfere nessa equação. Mas a morosidade ou mesmo a falta de habilidade para atender bem as pessoas também caracteriza um problema enfrentado na rotina do setor. Todos estes fatores trazem como resultado, na esfera “Tomada de Perspectiva do Outro”, o menor índice apurado no grupo Funcionários. Embora não seja excessivamente disperso, verifica-se que a capacidade de compreensão do ponto de vista do outro, visando a solução de conflitos interpessoais é suprida pela capacidade de tolerância em função da necessidade de convivência. Os gestores, que possuem, mas de maneira restrita, poder de controle e coerção, por sua vez, exprimiram na habilidade de solução de conflitos o maior índice apurado. É um fator positivo, que corrobora a empatia firme como uma característica presente na atual gestão da instituição. 19 1. E u fr eq ue nt em en te te nh o se nt im en to s de t er nu ra e p re oc up aç ão p or p es so as m en os a fo rt un ad as d o qu e eu . N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 5 5 5 C E 4 5 4 5 5 4 5 3 2. À s ve ze s, e u te nh o di fi cu ld ad e de v er a s co is as d o po nt o de v is ta d os o ut ro s. D es cr ev e- m e m ui to b em 1 2 3 4 5 N ão m e de sc re ve be m 3 5 2 T P 3 2 2 4 3 2 5 4 3. À s ve ze s, e u nã o m e la m en to m ui to p or o ut ra s pe ss oa s qu e es tã o te nd o pr ob le m as . D es cr ev e- m e m ui to b em 1 2 3 4 5 N ão m e de sc re ve be m 1 5 1 C E 1 5 5 5 5 4 4 3 4. E m s it ua çõ es d e em er gê nc ia , e u m e si nt o an si os o e de sc on fo rt áv el . N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 3 3 1 A P 5 3 4 2 5 5 5 4 5. E u te nt o co ns id er ar o s ar gu m en to s de t od as a s pe ss oa s se m u m a di sc us sã o an te s de t om ar u m a de ci sã o. N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 3 5 4 T P 2 3 5 5 5 4 5 3 6. Q ua nd o eu v ej o al gu ém s en do lo gr ad o eu s in to v on ta de d e pr ot eg ê- lo . N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 5 5 5 C E 4 5 4 5 5 5 4 2 F on te : G O N Ç A L V E S , 2 01 4. F on te : G O N Ç A L V E S , 2 01 4. 7. À s ve ze s, e u m e si nt o de sc on fo rt áv el q ua nd o es to u no m ei o de u m a si tu aç ão m ui to e m ot iv a. N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 4 3 1 A P 5 4 3 5 5 5 5 5 C on si de ra çã o E m pá ti ca 8. À s ve ze s, e u te nt o en te nd er m el ho r m eu s am ig os , i m ag in an do c om o as c oi sa s sã o vi st as d a pe rs pe ct iv a de le s. N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 5 5 5 T P 3 5 5 5 3 4 5 4 A ng ús ti a P es so al 9. Q ua nd o eu v ej o al gu ém s e fe ri r, e u te nd o a pe rm an ec er c al m o. D es cr ev e- m e m ui to b em 1 2 3 4 5 N ão m e de sc re ve be m 3 1 5 A P 4 1 5 5 5 1 5 4 T om ada de P er sp ec ti va d o O ut ro 10 . A s de sg ra ça s e os p ro bl em as d os o ut ro s em g er al n ão m e pe rt ur ba m m ui to . D es cr ev e- m e m ui to b em 1 2 3 4 5 N ão m e de sc re ve be m 5 5 1 C E 5 5 4 5 5 1 5 3 11 . S e eu te nh o ce rt ez a de q ue e u es to u co rr et o so br e al gu m a co is a, e u nã o de sp er di ço m ui to te m po o uv in do o s ar gu m en to s da s ou tr as p es so as . D es cr ev e- m e m ui to b em 1 2 3 4 5 N ão m e de sc re ve be m 2 5 3 T P 1 5 2 3 5 1 3 4 12 . E st ar e m u m a si tu aç ão e m oc io na l t en sa a ss us ta -m e. N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 4 1 4 A P 3 4 4 5 5 5 5 5 13 . Q ua nd o eu v ej o al gu ém s en do in ju st iç ad o, e u às v ez es n ão s in to m ui ta p en a de le . D es cr ev e- m e m ui to b em 1 2 3 4 5 N ão m e de sc re ve be m 5 5 3 C E 5 5 4 1 1 1 5 4 14 . G er al m en te e u so u m ui to e fe ti vo p ar a li da r co m e m er gê nc ia s. D es cr ev e- m e m ui to b em 1 2 3 4 5 N ão m e de sc re ve be m 3 1 2 A P 5 3 4 1 5 1 4 5 15 . F re qu en te m en te e u fi co e m oc io na do c om c oi sa s qu e eu v ej o ac on te ce r. N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 5 5 3 C E 5 5 4 5 4 5 5 2 16 . E u ac re di to q ue e xi st em d oi s la do s pa ra c ad a qu es tã o e te nt o ol ha r pa ra am bo s. N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 5 5 5 T P 5 4 3 5 3 5 5 3 17 . E u de sc re ve ri a a m im m es m o co m o um a pe ss oa d e co ra çã o m ol e. N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 5 4 3 C E 5 5 5 5 4 5 5 5 18 . E u te nd o a pe rd er o c on tr ol e du ra nt e em er gê nc ia s. N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 3 1 1 A P 5 4 2 1 4 3 1 5 19 . Q ua nd o eu e st ou in co m od ad o co m a lg ué m , g er al m en te e u te nt o m e co lo ca r em s eu lu ga r po r um m om en to . N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 5 3 4 T P 3 5 1 5 1 1 3 3 20 . Q ua nd o eu v ej o al gu ém q ue t em g ra nd e ne ce ss id ad e de a ju da e m u m a em er gê nc ia , e u fi co d es es pe ra do . N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 4 1 2 A P 5 4 5 1 4 4 5 5 21 . A nt es d e cr it ic ar a lg ué m , e u te nt o im ag in ar c om o eu m e se nt ir ia , s e eu es ti ve ss e em s eu lu ga r. N ão m e de sc re ve be m 1 2 3 4 5 D es cr ev e- m e m ui to b em 5 3 5 T P 5 5 1 5 3 2 4 3 F on te : P A R O , 2 01 3. F on te : G O N Ç A L V E S , 2 01 4. F u n ci on ár io s F u n ci on ár io s Q ua dr o 3 G ru po s G es to re s e F un ci on ár io s R es ul ta do s G ru po G es to re s 23 4 Q ua dr o 2 Q ue st io ná ri o A pl ic ad o C E T P A P F at or es T ot al Q u es ti on ár io G es to re s G es to re s 22 4 71 ,1 1 10 5 31 5 Q ua dr o 4 22 2 79 ,2 9 T P 87 82 ,8 6 T P 19 8 86 81 ,9 51 48 ,5 7 A P C E Q ua dr o 5 T ot al 65 4 77 ,8 6 T ot ai s In di v. 35 3535 10 5 T ot ai s In di v. 35 3535 10 5 T ot ai s M áx . 10 5 A P 28 0 28 0 84 0 R es ul ta do s G ru po F un ci on ár io s 10 5 83 ,5 7 T ot ai s G ru po % G ru po T ot ai s G ru po % G ru po F at or es T ot ai s M áx . 28 0 70 ,7 1 C E 20 5 CONCLUSÃO Comover-se com os mais necessitados, alegrar-se com as conquistas dos outros, controlar ou envolver-se emocionalmente em situações de emergência ou angústia são fatores intrínsecos e pessoais inerentes às pessoas, embora suas reações reflitam socialmente em suas relações com o meio em que estejam inseridos. Já o conflito é um fator bastante delicado na administração escolar e constitui o principal aspecto a ser considerado neste estudo, no âmbito administrativo, pois tem relação com a função da escola perante a sociedade, do servidor público como, de fato, prestador de serviços ao público, seja interno ou externo. A pesquisa realizada aponta uma perspectiva muito boa em relação à empatia no ambiente organizacional da instituição estudada, uma vez que tem bons índices para se trabalhar as habilidades empáticas analisadas entre os colaboradores, tendo como premissa que são passíveis de serem aprendidas. Cabe então à gestão utilizar-se de seu bom resultado, num contexto geral, para o aprimoramento da empatia firme. 21 REFERÊNCIAS ARAÚJO, Cidália; PINTO, Emília M. F.; LOPES, José; NOGUEIRA, Luis; PINTO, Ricardo. Estudo de Caso. Braga(Portugal), 25 p., 2008. Disponível em: http://grupo4te.com.sapo.pt/ Introducao.html. Acesso em 15 set. 2014. FALCONE, Eliane. 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