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Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II PROCESSOS DA INDÚSTRIA QUÍMICA II Petróleo e Petroquímica Profª Maria Cristina T. Casado Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II I. Introdução • O petróleo é uma matéria-prima essencial à vida moderna, sendo o componente básico para a produção de milhares de produtos de forma indireta. Dele se produz gasolina, combustível de aviação, gás de cozinha, lubrificantes, borrachas, plásticos, tecidos sintéticos, tintas e até mesmo energia elétrica. Ele é encontrado a profundidades variáveis, tanto no subsolo terrestre como no marítimo. Gauto, Marcelo Antunes; Rosa, Gilber Ricardo (2013-01-01). Química Industrial (Tekne) Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II II. O petróleo • O petróleo se forma como resultado da ação da própria natureza • transforma em óleo e gás a matéria orgânica de restos de animais e de vegetais depositados há milhões de anos no fundo de antigos mares e lagos. • com o passar do tempo, outras camadas foram se depositando sobre esses restos de animais e vegetais. • a ação do calor e da pressão, causados por essas novas camadas, transformou aquela matéria orgânica em petróleo. • O petróleo não é encontrado em qualquer lugar, mas somente onde ocorreu acúmulo de material orgânico, como dito anteriormente – as chamadas bacias sedimentares. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II II. O petróleo • Reações termoquímicas (ação do calor e pela pressão provocada pelo sucessivo empilhamento de camadas) transformaram esses depósitos orgânicos em óleo e gás. • As substâncias orgânicas são compostas por moléculas ricas em carbono e hidrogênio, em níveis variáveis. Por isso, o petróleo (óleo e gás) pode ser definido como uma mistura complexa de hidrocarbonetos gasosos, líquidos e sólidos. • Geralmente, o petróleo é encontrado nos poros e/ou fraturas de rochas. • O petróleo não se acumula na rocha onde foi gerado, chamada rocha-geradora, mas ‘migra’ através das rochas porosas e permeáveis em direção às áreas com menor pressão, até encontrar uma camada impermeável que bloqueie o seu escapamento para a superfície. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II II. O petróleo • Rocha-reservatório – rocha que armazena o petróleo • Armadilhas – obstáculos naturais que impedem a sua migração para zonas de pressões ainda mais baixas. • Quando retido, o petróleo pode ser armazenado em reservatórios localizados desde próximos à superfície até a profundidades superiores a 5000 metros. • Para que o petróleo seja encontrado, é necessária uma combinação de diversos fatores: • existência de uma bacia sedimentar (embora nem todas possuam acúmulos comerciais de óleo ou gás) • rochas geradoras, rochas-reservatório e rochas impermeáveis em adequada associação. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II III. Exploração e perfuração de poços 1. Levantamento topográfico aéreo, a aerofotogrametria. • realizar a perfuração com a menor margem de erro possível. 2. Sísmica, uma espécie de ultrassonografia do subsolo. • permite reconstituir as condições de formação e acumulação de petróleo em determinada região. • permite ‘desenhar’ o corte transversal das rochas. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II III. Exploração e perfuração de poços Gauto, Marcelo Antunes; Rosa, Gilber Ricardo. Química Industrial (Tekne) Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II IV. Produção dos poços Uma vez descoberto o petróleo: • poços de extensão (delimitação) – estimar as dimensões da jazida. • poços de desenvolvimento - colocam o campo em produção. A fase seguinte é denominada completação - o poço é preparado para produzir. • uma tubulação de aço, chamada coluna de revestimento, é introduzida no poço. Em torno dela, é colocada uma camada de cimento, para impedir a penetração de fluidos indesejáveis e o desmoronamento das paredes do poço. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II IV. Produção dos poços A operação seguinte é o canhoneio – um canhão especial desce pelo interior do revestimento e, acionado da superfície, provoca perfurações no aço e no cimento, abrindo furos nas zonas portadoras de óleo ou gás e permitindo o escoamento desses fluidos para o interior do poço. Outra tubulação, de menor diâmetro (coluna de produção), é introduzida no poço, para levar os fluidos até a superfície. Na saída do poço, é instalado um conjunto de válvulas conhecido como árvore de natal para controlar a produção. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II IV. Produção dos poços Componentes de uma árvore de natal Centro de Educação Tecnológica da FIEC G au to , M ar ce lo A nt un es ; R os a, G ilb er R ic ar do (2 01 3- 01 -0 1) . Q uí m ic a In du st ria l Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II IV. Produção dos poços O óleo pode vir à superfície espontaneamente, impelido pela pressão interna dos gases. Caso não ocorra, o uso de equipamentos para bombear os fluidos faz-se necessário. • O bombeamento pode ser mecânico, hidráulico, elétrico, etc. O bombeio mecânico, utilizado em terra, é feito por meio do cavalo de pau, um equipamento montado na cabeça do poço que aciona uma bomba colocada no seu interior. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II IV. Produção dos poços Estrutura de bombeamento mecânico (cavalo de pau). Gauto, Marcelo Antunes; Rosa, Gilber Ricardo (2013-01-01). Química Industrial Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II IV. Produção dos poços Com o passar do tempo, alguns estímulos externos são utilizados para extração do petróleo – recuperação secundária, visando sempre aumentar a recuperação de petróleo • injeção de gás ou de água, ou dos dois simultaneamente • injeção gás carbônico, vapor, soda cáustica, polímeros e vários outros produtos. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II IV. Produção dos poços O petróleo obtido segue então para os separadores • separação do gás natural. • o óleo é tratado, separado da água salgada, que geralmente contém, e armazenado para posterior transporte às refinarias ou terminais. • o gás natural é submetido a um processo no qual são retiradas partículas líquidas, que vão gerar o gás liquefeito de petróleo (GLP) ou gás de cozinha. • Parte desse gás é reinjetado nos poços, para estimular a produção de petróleo. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino O petróleo bruto retirado das jazidas contém diversos hidrocarbonetos e contaminantes Necessidade de refino • separar e purificar as diversas frações obtidas através de um conjunto de operações unitárias e conversões químicas. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II V. Refino Nas refinarias, o petróleo é submetido a diversos processos físico-químicos pelos quais se obtém grande diversidade de compostos: • asfalto, • lubrificantes, • solventes, • parafinas, • coque de petróleo, • resíduos, entre outros. • gás liquefeito de petróleo (GLP) • gasolina, • naftas, • óleo diesel, • gasóleos, • querosene de aviação, • querosene de iluminação, • óleo combustível, Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino O petróleo bruto pode variar quanto à sua composição química e a seu aspecto. • alto teor de enxofre • grandes concentraçõesde gás sulfídrico • pesados e viscosos • leves e voláteis O petróleo pode ter uma ampla gama de cores, desde o amarelo claro, semelhante à gasolina, podendo apresentar-se esverdeado, marrom ou preto. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II V. Refino – classificação do petróleo Uma amostra de petróleo pode ser classificada de diversas formas: • grau de densidade API (API) – American Petroleum Institute • teor de enxofre • razão dos componentes químicos presentes (parafínicos, naftênicos, asfálticos, etc.) Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino – classificação do petróleo 1. Grau API: A densidade do óleo utilizada é a densidade específica calculada tendo-se como referência a água. quanto maior o valor de API, mais leve é o óleo ou o derivado. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II V. Refino – classificação do petróleo Asfalto - 11API Óleo bruto pesado - 18API Óleo bruto leve - 36API Nafta - 50API Gasolina - 60API Petróleos mais leves dão maior quantidade de gasolina, GLP e naftas, que são produtos leves. Petróleos pesados resultam em maiores volumes de óleos combustíveis e asfaltos. Petróleos intermediários produzem o óleo diesel e o querosene. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino – classificação do petróleo • Petróleos leves: acima de 30API (densidade do óleo < 0,72 g/cm3) • Petróleos médios: entre 21 e 30API • Petróleos pesados: abaixo de 21API (densidade do óleo > 0,92 g/cm3) Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II V. Refino – classificação do petróleo 2. Teor de enxofre: • Petróleos “doces”: teor de enxofre < 0,5% em massa • Petróleos “ácidos”: teor de enxofre > 0,5% em massa 3. Razão entre os componentes químicos (tipo de hidrocarboneto predominante na sua composição): • saturados de cadeia aberta: parafínico. • cadeias saturadas e cíclicas: naftênicos. • compostos insaturados: aromáticos (contêm o núcleo benzênico). • cadeias com ligação dupla: os olefínicos. • cadeias retilíneas com ligação tripla: acetilênicos. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino • O refino do petróleo pode ser dividido em três classes, em função do objetivo: 1. Processos de Separação Separação física dos componentes presentes no petróleo. Não ocorrem alterações químicas nos componentes. As principais operações unitárias envolvidas são a destilação e a extração por solventes. solventes. 2. Processos de Transformação Envolvem conversões químicas para a obtenção de subprodutos do petróleo de maior valor agregado. Entre os principais processos de transformação estão o craqueamento, a alquilação, a isomerização, a hidrogenação, a desidrogenação e a reforma catalítica. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II V. Refino 3. Processos de Acabamento Podem ser físicos ou químicos. Trata-se basicamente da remoção de impurezas e conferem determinadas características aos produtos acabados. Podemos citar os processos de hidrodessulfurização catalítica, lavagem cáustica e extração com aminas. Processos Físicos Processos de Transformação Processos de Acabamento Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino – Destilação do Óleo • Processo de separação utilizado para fracionar e separar os constituintes do petróleo • pressão atmosférica ou a vácuo (acima de uma temperatura de aproximadamente 360 C começam a ocorrer reações de craqueamento térmico). • baseia-se na volatilidade de cada componente da mistura. • separação em componentes mais “leves” e componentes mais “pesados”. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II V. Refino – Destilação do Óleo • Antes do processo de des lação, o petróleo deve passar por um dessalgador • remoção de sais inorgânicos, água e sedimentos que estão dissolvidos no petróleo. 1.Dessalgação química: aquecimento do petróleo adição de água de processo para a diluição de sais adicção algum produto químico coagulante da água A mistura resultante é encaminhada a um decantador onde ocorre a separação entre as duas fases formadas Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino – Destilação do Óleo • Antes do processo de des lação, o petróleo deve passar por um dessalgador • remoção de sais inorgânicos, água e sedimentos que estão dissolvidos no petróleo. 2.Dessalgação elétrica é conduzida da mesma maneira, com a diferença de que é utilizado um campo elétrico para favorecer a coagulação e a sedimentação da fase aquosa. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II V. Refino – Destilação do Óleo • O petróleo com menor carga de sais é encaminhado para uma seção pré-flash • separação das frações mais leves do petróleo – o gás liquefeito de petróleo (GLP) e a nafta leve • isso possibilita maior flexibilidade operacional e equipamentos de menor tamanho. • OBS.: essa etapa não é obrigatória Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino – Destilação do Óleo • Em seguida, em seção atmosférica, são separadas as frações possíveis até uma temperatura máxima de 360 C • nafta pesada, querosene, gasóleo de des lação atmosférica (compõe o diesel) e resíduo de des lação atmosférica (RAT). • o RAT compõe a maior parte da carga do processo seguinte, que é a des lação a vácuo. • na seção de vácuo, com temperaturas que podem chegar a 450 C • são obtidos gasóleos de vácuo e resíduo de vácuo, comercializados como óleo combus vel ou asfalto. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II V. Refino – Destilação do Óleo Diagrama de blocos da destilação do petróleo cru Fo nt e: M ar ce lo , G AU TO , R O SA , G ilb er . Q uí m ic a In du st ria l. Bo ok m an , 0 1/ 20 13 . Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino – Destilação do Óleo • Operações Unitárias – tipos de destilação 1. Destilação diferencial processo muito usado na purificação de líquidos consiste basicamente na vaporização de um líquido por aquecimento seguida da condensação do vapor formado. para uma solução ideal, o ponto de ebulição é atingido quando a soma das pressões parciais dos líquidos é igual à pressão atmosférica. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II V. Refino – Destilação do Óleo Esquema de uma destilação diferencial Fo nt e: M ar ce lo , G AU TO , R O SA , G ilb er . Q uí m ic a In du st ria l. Bo ok m an , 0 1/ 20 13 . Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino – Destilação do Óleo • Operações Unitárias – tipos de destilação 2. Destilação flash a corrente de alimentação (líquido) é aquecida num permutador de calor, passando depois por um flash adiabático (despressurização rápida) que dá origem a duas correntes saturadas – uma de líquido e outra de vapor, em equilíbrio. O tanque flash permite a separação e a remoção das duas fases. A des lação flash so ́permite um grau de separação razoável se a diferença de volatilidade entre os dois compostos a separar for elevada. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II V. Refino – Destilação do Óleo Esquema de uma destilação flash Fo nt e: M ar ce lo , G AU TO , R O SA , G ilb er . Q uí m ic a In du st ria l. Bo ok m an , 0 1/ 20 13. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino – Destilação do Óleo • Operações Unitárias – tipos de destilação 3. Destilação fracionada separação de dois ou mais líquidos de diferentes pontos de ebulição, considerados misturas mais complexas coluna de fracionamento, que consiste essencialmente em uma longa torre vertical através da qual o vapor sobe e e ́ parcialmente condensado em determinada altura. o condensado escoa pela coluna e retorna à base da torre. Dentro da coluna, o líquido que volta entra em contato direto com o vapor ascendente; aqui ocorre um intercâmbio de calor, pelo qual o vapor é enriquecido com o componente mais volátil. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II V. Refino – Destilação do Óleo • Operações Unitárias – tipos de destilação 3. Destilação fracionada Uma coluna de fracionamento é projetada para fornecer uma série con nua de condensações parciais de vapor e vaporizações parciais do condensado seu efeito é similar a certo número de des lações separadas. a eficiência de uma coluna de fracionamento é medida comparando- se o seu rendimento com o calculado para uma coluna de pratos teoricamente perfeitos em condições similares. a eficiência de uma coluna depende tanto da altura quanto do enchimento e de sua construção interna. Sua eficiência é frequentemente expressa em termos de altura equivalente por prato teórico (HEPT), que pode ser obtida dividindo-se a altura do enchimento da coluna pelo número de pratos teóricos Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino – Destilação do Óleo Esquema de uma destilação fracionada Fo nt e: M ar ce lo , G AU TO , R O SA , G ilb er . Q uí m ic a In du st ria l. Bo ok m an , 0 1/ 20 13 . Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II V. Refino – Craqueamento • Terceira etapa do refino • Quebra das moléculas longas e pesadas dos hidrocarbonetos • Pode ser: • Craqueamento térmico: Atualmente é pouco utilizado Exige pressões e temperaturas extremamente elevadas • Craqueamento catalítico fluido: Utiliza catalisadores e temperaturas mais brandas Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino – Craqueamento Diagrama de blocos de uma unidade de craqueamento catalíticoF on te : M ar ce lo , G AU TO , R O SA , G ilb er . Q uí m ic a In du st ria l. Bo ok m an , 0 1/ 20 13 . Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II V. Refino – Craqueamento • Coqueamento Retardado • Pode ser considerado um tipo de craqueamento, só que em condições mais severas. • Produz coque a partir de cargas diversas: • óleo bruto reduzido, resíduo de vácuo, óleo decantado, alcatrão do craqueamento térmico e suas misturas • CRAQUEAMENTOMoléculas de Cadeia Aberta • COQUEAMENTO Moléculas Aromáticas Polinucleadas, Resinas e Asfaltenos COQUE DE PETRÓLEO GASES, NAFTA, DIESEL E GASÓLEO Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II V. Refino – Craqueamento Esquema simplificado de uma unidade de coqueamento Fo nt e: M ar ce lo , G AU TO , R O SA , G ilb er . Q uí m ic a In du st ria l. Bo ok m an , 0 1/ 20 13 . Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II VI. Refino – Processos de Transformação Reforma Catalítica • As gasolinas destiladas e as naftas têm, usualmente, baixa octanagem. Estes produtos são enviados a uma unidade de reforma • conversão de naftas em produtos de maior índice de octanagem • gasolinas de alto poder antidetonante e de elevado teor de aromáticos. • transformação de hidrocarbonetos lineares e naftênicos em olefinas e, principalmente, em aromáticos. • os catalisadores utilizados são a platina sobre a alumina ou sobre sílica- alumina e o óxido de cromo sobre alumina. • O processo produz grande quantidade de benzeno, tolueno e xilenos (BTX) e outros aromáticos. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II VI. Refino – Processos de Transformação Reforma Catalítica Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II VI. Refino – Processos de Transformação Esquema simplificado de uma unidade de reforma catalítica Fo nt e: M ar ce lo , G AU TO , R O SA , G ilb er . Q uí m ic a In du st ria l. Bo ok m an , 0 1/ 20 13 . Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II VI. Refino – Processos de Transformação Alquilação • reação de adição de duas moléculas leves para a síntese de uma terceira de maior peso molecular, catalisada por um agente de forte caráter ácido. • resulta na obtenção de cadeias ramificadas a partir de olefinas leves. • utilizada na produção de gasolina de alta octanagem, a partir de componentes leves do GLP, utilizando como catalisador o HF ou o H2SO4. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II VI. Refino – Processos de Transformação Alquilação • O processo envolve a utilização de uma isoparafina, geralmente o isobutano, presente no GLP, combinada a olefinas, tais como o propeno, os butenos e os pentenos. • São obtidos: • gasolina sintética especialmente empregada como combustível de aviação ou gasolina automotiva de alta octanagem • nafta pesada propano e n-butano de alta pureza como produção secundária. • Este processo permite também a síntese de compostos intermediários de grande importância na indústria petroquímica • etil-benzeno (para produção de poliestireno) • isopropril-benzeno (para produzir fenol e acetona) • dodecil-benzeno (matéria-prima de detergentes).Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II VI. Refino – Processos de Transformação Esquema simplificado de uma unidade de alquilação Fo nt e: M ar ce lo , G AU TO , R O SA , G ilb er . Q uí m ic a In du st ria l. Bo ok m an , 01 /2 01 3. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Fo nt e: M ar ce lo , G AU TO , R O SA , G ilb er . Q uí m ic a In du st ria l. Bo ok m an , 0 1/ 20 13 . Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II VII. Processos Auxiliares • Fornecer insumos para possibilitar a operação • Efetuar o tratamento de rejeitos dos outros tipos de processo • geração de hidrogênio • recuperação do enxofre • manipulação de insumos que constituem as utilidades em uma refinaria, tais como vapor, água, energia elétrica, ar comprimido, distribuição de gás e óleo combus vel • tratamento de efluentes Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II VII. Processos Auxiliares • Geração de Hidrogênio • O hidrogênio é matéria-prima importante na indústria petroquímica • síntese de amônia e metanol. • hidrotratamento e hidrocraqueamento • Pode ser produzido nas unidades de reforma catalítica. • Quando não possível a síntese de H2 em quantidades suficientes para o consumo da refinaria, é comum instalar uma unidade de geração de hidrogênio (UGH), • reações de oxidação parcial das frações pesadas • reforma das frações leves com vapor d’água. Centro de Educação Tecnológica da FIEC Processos da Indústria Química II Processos da Indústria Química II VII. Processos Auxiliares • Recuperação do Enxofre • A unidade de recuperação de enxofre (URE) utiliza como carga as correntes de gás ácido (H2S) • produzidas no tratamento DEA • outras unidades (hidrotratamento, hidrocraqueamento, reforma catalítica e coqueamento retardado) • As reações envolvidasconsistem na oxidação parcial do H2S através do processo Clauss, com produção de enxofre elementar, segundo as equações químicas abaixo: H2S + ଷ ଶO2 → SO2 + H2O 2H2S + SO2 → 3S + 2H2O Centro de Educação Tecnológica da FIEC
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