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Aula 10 - Retrovirose

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RETROVIROSE (gatos)
Familia: Retroviridae 
· Felv – leucemia viral felina
· Fiv – imunodeficiência viral felina 
Não são zoonoses e não ficam no ambiente por serem vírus envelopados (morrem facilmente).
As doenças podem estar associadas. 
É possível que a pulga seja um vetor, mas não temos nada comprovado.
	FELV
	FIV
	Gamarretrovírus (oncovírus – potencial para desenvolver um tumor)
	Lentivírus (agravamento lento)
	Sobrevida: 3 anos
	Sobrevida: 10 anos 
	Subtipos (depende da sequencia genética)
· A: patogênico 
· B: linfoma
· C: anemia
· T: imunossupressão
	Causam imunossupressão (semelhante a HIV humana)
	Transmissão:
· Saliva, secreção nasal, fezes, urina
· Transplacentaria: aborto ou morte em 3 semanas
· Transfusão sanguínea 
· Fômites e via venérea são irrelevantes.
Precisa de exposição constante ao vírus. 
	Transmissão:
· Mordida 
· Transplacentaria:
· Transfusão sanguínea 
· Fômites e via venérea são irrelevantes.
	Predisposição:
· Gatos que vivem em abrigos/ gatis 
· Mansos (lambedura)/ sociáveis 
· Jovens <2 anos
· Imunossuprimidos (fármacos)
	Predisposição:
· Machos
· Jovens/ adultos
· Não castrados
· Acesso a ruas – brigas – vida livre 
Para controle: castrar e manter em casa. 
Características Retroviridae:
· Vírus envelopados (quanto mais patogênico, menos resistente ao ambiente)
· Envelope lipídico (do hospedeiro anterior)
· Proteínas de superfície (servem à adsorção e identificação do próximo hospedeiro)
· Capsídeo proteico
· RNA → se transforma em DNA com a ajuda da enzima transcriptase e assim consegue se multiplicar no organismo do animal 
· Enzimas virais (transcriptase reversa, integrase, protease)
Estágios da FELV
FASE 1: infecção localizada na cavidade oral 
· Quando o vírus esta localizado na cavidade oral, ele infecta os linfócitos B e macrófagos locais, esses macrófagos nas primeiras exposições consegue eliminar o vírus (menos em casos de gatos imunossuprimidos), barrando a replicação viral antes da viremia.
· Pode eliminar o vírus nessa fase.
FASE 2: dispersão pelo tecido linfático – viremia transitória 
· Dentro de células mononucleares, o vírus faz disseminação linfática e sanguínea (transitória), podendo chegar aos demais linfonodos e órgãos com tecido linfoide. 
· Sintomas: mal-estar, febre, linfoadenomegalia.
· Pode transmitir o vírus.
· Pode eliminar o vírus nessa fase.
FASE 3: invasão da medula óssea 
· Passam a produzir plaquetas e granulócitos com vírus 
· A: eliminar o vírus 
· B: latente – vírus fica alojado, não apresenta sintomas e não é possível diagnostica-lo, mas tem a possibilidade de voltar em casos de imunossupressão ou voltar como tumor (não é transmissível) 
· C: viremia persistente – tornando-se um animal fase 4 aonde não pode mais eliminar o vírus e provável que venha a óbito em 3 anos 
FASE 4: dispersão do vírus pelo sangue – viremia persistente 
· Replicação viral em tecidos linfóides, epiteliais e na medula óssea
· Apresentações: anemia, linfomas e imunossupressão 
· Sobrevida de 3 anos 
LINFOMAS
· Mediastinal – dispneia, inapetência, regurgitação, tosse, efusão pleural – jovens 
· Multicentrico – linfonodos periféricos (baço, fígado, medula óssea) 
· Alimentar – vomito, diarreia, inapetência, perda de peso, regurgitação, massa abdominal – adultos/ idosos 
· Extranodal (rim, SNC, ocular, nasal, pele) – dispneia, tosse, emese, diarreia 
CAUSAS DO OBITO: 
Doenças degenerativas 
Imunossupressão (quali / quanti) 
· Linfócitos
· Neutrófilos
· Macrófagos
· Atrofia do timo
Anemias
· Regenerativas (infecção precursores/hemólise e mycoplasmose)
· Arregenerativas (destruição precursores)
Doenças proliferativas
Linfoproliferativas (Linfomas)
· Tímico ou mediastinal (90% têm FeLV) – meses a 3 anos
· Multicêntrica (50% têm FeLV) – 4 anos
· Alimentar (37% têm FeLV) - nos mais velhos
Mieloproliferativas
· Leucemias mielóides (precursores de granulócitos – 5%)
· Leucemia megacariocítica 
· Leucemia eosinofílica
· Policitemia vera
Estágios da FIV 
FASE 1: 
· Vírus inoculado (com a mordida) vai para os tecidos linfoides e medula óssea para se replicarem e infectar principalmente linfócitos TCD4 e macrófagos (destruir celular de proteção)
· Sinais (irrelevantes e auto-limitantes): febre, prostração leve, linfonodomegalia, infecções secundárias brandas (estomatite e diarreia)
FASE 2:
· As células TCD8 conseguem manter a atividade do vírus inibida por determinado tempo
· O animal é assintomático, mas o vírus está lá, destruindo e alterando funcionalmente células CD4. 
· Possíveis sinais: periodontites, febre, linfoadenomegalia
FASE 3:
· Declínio de células CD4 que causa queda progressiva de imunidade celular destruição outras linhagens celulares
· Manifestações clínicas relacionadas à imunossupressão e às doenças oportunistas: linfonodomegalia, febre, apatia, prostração, neutropenia, anemia, anorexia, perda de peso, gengivite, estomatites refratárias, otites, problemas de pele, intestinais, renais
FASE 4: terminal 
· Vírus já está destruindo CD8 e linfócitos B
· Perda de peso se agrava
· Sinais: cavidade oral (50%), sistema respiratório (30%), gastrointestinal (20%), cutâneo (15%), além de tumores e manifestações neurológicas.
DIAGNOSTICO
1. Snap para fiv (anticorpo) e felv (antígeno)
	FIV
	+ (não precisa repetir)
	- (repetir, pode estar na janela)
	FELV
	+ (entrou em contato, não sabemos qual fase pode estar entre 1,2,3 e 4 = repetir)
	- (repetir, pode estar na janela, inoculado ou ser livre)
É indicado repetir o exame após 8 semanas – em casos de gatos que vivem em apartamento não é necessário repetir (analisar o caso), mas em casos de animais resgatados ou sem histórico, sempre é indicado repetir. 
Em casos de suspeita que esse animal tenha o vírus, é indicado deixa-lo sem ter contato com outros gatos até repetir o exame ou vacinar os outros gatos (após fazer o teste neles).
2. Imunofluorescencia indireta 
· Diagnostica fase 3 da FELV.
Que gatos testar?
· Todo gato doente (mais ainda os que não melhoram!) 
· Todo gato que vai ser adotado 
· Gatos de origem desconhecida 
· Gatos com possível exposição recente 
· Gatos que sofreram mordidas/ferimentos 
· Domiciliados com vida livre 
· Gatos que convivem com animal infectado/não testado
TRATAMENTO
· Sintomático 
· Nutricional 
· Transfusão sanguínea 
· Quimioterapia 
· Antirretrovirais (diminuem replicação viral) → Suco de uva “superbom”, AZT (efeitos colaterais do medicamento podem ser maior que os da doença) 
· Imunomoduladores (modulam sistema imune) → roferon
Doenças 
· Anemia - Transfusão, eritropoietina 
· Micoplasmose – Doxiciclina 
· Linfoma - COP (ciclosfosfamida, oncovin/vincristina, prednisona) 
· Estomatite / doença periodontal – ATB, esteróide dose antiinflamatória, extração/reabsorção
Assintomáticos 
· Evitar estresse
· Imunização atualizada 
· Vermifugação e uso regular de parasiticida
· Nutrição de qualidade
· Enriquecimento ambiental
· Monitoração
Manejo
· Evitar que saiam á rua (transmitir e contrair)
· Testar gatos novos 
· Higiene e desinfecção 
Vacinação – V5
· FIV: baixa eficácia
· FELV: vacinar animais que possam pegar a doença independentemente da idade 
A vacina não transmite ou piora o quadro do animal. 
SEMPRE testar o animal antes de vacina-lo.

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