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COMPARACOES DE SINAIS CLINICOS DE DOENCAS VIRAIS

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COMPARAÇO ES DE SINAIS CLI NICOS DE DOENÇAS VIRAIS 
- RAIVA: Animais de produção geralmente não possuem a segunda fase, já os 
mamíferos como cães, gatos e humanos possuem três fases (porém, tudo dependerá do 
período de incubação e de fatores de virulência), sendo: 
1 fase Prodrômica: duração de 2/3 dias; súbita alteração de comportamento; 
aumento de temperatura; dilatação pupilar e reflexo demorado da córnea. 
2 fase Excitativa: duração de 3/7 dias; pode ser furiosa (predominante) ou 
manda/muda (curta ou ausente); animal agressivo e nervoso; evita-se a presença de 
humanos; caça moscas imaginárias; morde ou ingere objetos estranhos (ex.: pedras...); 
perambula sem destino, uiva e late frequentemente; morde qualquer coisa em 
movimento; dificuldade para engolir e salivação abundante; hidrofobia (pode ou não 
acontecer) e ataques convulsivos, além de incoordenação motora. 
3 fase Paralítica: progressão da incoordenação motora → paralisia de todo o 
corpo; coma e morte (devido a falência respiratória, ou seja, paralisia dos músculos 
envolvidos na respiração). 
- ESTOMATITE VESICULAR: Essa doença atinge equinos, bovinos, suínos, 
mamíferos silvestres e humanos. Ela gera lesões vesiculares na língua, gengiva, focinho, 
narinas, lábios, tetos, espaço interdigital e coroa do casco. Com isso, os animais 
apresentam salivação excessiva, aumento no consumo de água, diminuição no consumo 
de alimentos (perda de peso), queda na produção e pode haver infecções bacterianas 
secundárias. Em cavalos, pode causar laminite e descolamento de casco (dificuldade de 
locomoção). Porém, a maioria das infecções em animais são inaparentes, principalmente 
em jovens. Causa lesões nos tetos e por isso, pode ser confundida com Febre Aftosa e 
Varíola Bovina. Além disso, causa perdas econômicas devido a queda na produção e 
período de tratamento (se tiver infecções bacterianas, no mínimo 15 dias de tratamento). 
SEMELHANTE À FEBRE AFTOSA, impossível diferenciar clinicamente e é de 
notificação obrigatória! Por isso, é indispensável à notificação e o exame laboratorial, 
como: isolamento viral (cultivo celular, ovos embrionados, inoculação em 
camundongos lactentes), métodos moleculares, ELISA e soroneutralização. 
- FEBRE AFTOSA: Formação de lesões vesiculares (aftas), mucosas orais e 
nasais, língua, região coronária do casco e espaço interdigital. Bovinos: hipertermia 
(40°C) por até 2 dias, aparecimento de vesículas, desprendimento epitelial da língua, 
exposição da camada muscular, sangramento, descarga oral e nasal intensa (mucosa → 
mucopurulenta), sialorreia profusa, claudicação crônica, infecção bacteriana secundária 
das vesículas interdigitais e queda na produção leiteira. Suínos: apresentam sinais mais 
evidentes (principalmente animais de alta produção); inicialmente claudicação (sinais 
locais de inflamação), letargia, amontoamento, perda de apetite, lesões vesiculares no 
casco e focinho, infecções bacterianas secundárias, infecções graves (intenso processo 
inflamatório e necrose, região da coronária e interdigital). Doença com alta taxa de 
morbidade (mais transmissível que se conhece), além de ser uma ZOONOSE. Perdas 
econômicas significativas, sendo perdas diretas (queda na produção, perdas e 
movimentação de animais) e perdas indiretas (restrições ao comércio internacional de 
animais vivos e subprodutos, além do impacto social → ações de controle da infecção). 
Animais portadores não possuem sinais clínicos, geralmente não secretam vírus, baixo 
risco de iniciarem um surto, não confundir com animais com infecção subclínica 
(pequenos ruminantes)! É necessário diagnóstico laboratorial quando houver suspeitas 
(realizado somente em laboratórios oficiais NB3), e é de notificação obrigatória! As 
amostras podem ser de epitélio de vesículas íntegras ou que romperam recentemente, 
fluido esofágico-faríngeo, tecido miocárdico (casos fatais), fragmentos de glândula 
mamária e tecido podal, e essas amostras só podem ser feitas por veterinários do 
Serviço Veterinário Oficial, em animais ISOLADOS e IDENTIFICADOS. Diagnóstico 
diferencial (doenças com sinais clínicos semelhantes): Estomatite vesicular, 
Exantema vesicular, Doença vesicular dos suínos, IBR, BVD, Língua azul e Varíola 
bovina. 
DIFERENÇAS ENTRE: 
 
ESTOMATITE VESICULAR 
 
FEBRE AFTOSA 
Acomete gravemente + animais adultos. Acomete gravemente + animais jovens. 
Acometem equinos também. Atinge somente bovino. 
Lesões pontuais (uma região ou outra). Lesões generalizadas (em locais diversos). 
Baixa morbidade (difusão limitada). Alta morbidade (doença/zoonose + 
transmissível já conhecida). 
Incidência esporádica. Vírus estável no ambiente (resistentes). 
Necropsia: não apresenta lesões em Necropsia: apresenta infecção interna dos 
órgãos internos. órgãos. 
 
- PAPILOMATOSE: Caráter tumoral, geralmente benigno e autolimitante 
(próprio organismo combate). Causa prejuízos econômicos consideráveis em animais de 
produção, uma vez que há desvalorização de animais de produção, depreciação do 
couro, aparência ruim, alterações do estado geral e debilidade. Além de causar lesões no 
úbere, o que dificulta ou impede a ordenha, facilita infecções bacterianas secundárias → 
mastites e impede sucção de leite pelos bezerros. 
Escamoso Mais comuns em bovinos jovens e tem 
tamanho variável, aparência seca, córnea e 
semelhante a uma couve-flor, de maioria com 
regressão espontânea, persistindo por 5 a 6 
meses. 
Ocorre na pele ou qualquer 
parte do corpo que 
apresente epitélio 
estratificado, em locais 
como: cabeça - ao redor 
dos olhos-, pescoço e 
região escapular. 
Pedunculares Sobressaem-se da pele como prolongamentos, 
apresentam extremidade livre, corpo e 
extremidade de inserção. Tem difícil 
tratamento, causam dor durante a ordenha e 
são mais frequentes em animais mais velhos. 
Muito comuns em tetos e 
úbere. 
Mucosos São nódulos encapsulados e circunscritos e 
geralmente ocorrem infecções bacterianas 
secundárias 
Localizam-se em tecidos 
mucosos. 
Planos Promovem engrossamento da epiderme, com 
grande queratinização nas camadas 
superficiais, nodulações arredondadas, com 
pouca saliência da superfície da pele e 
desprovidas de pelo. Dificilmente respondem 
ao tratamento! 
Geralmente, afetam 
pescoço e cabeça, podendo 
afetar outras áreas do 
corpo como membros 
torácicos, tetos e abdome. 
 
- LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA: desenvolvimento da forma neoplásica 
da doença, linfadenopatias internas e externas (linfonodos palpáveis superficialmente, 
aumento dos linfonodos e compressão de órgãos, formando nódulos, dificuldade 
respiratória e de eructação – arroto), diarreia (má absorção devido a infiltração de 
massas tumorais), constipação intestinal, timpanismo (acumulo anormal de gases) e 
melena (sangue nas fezes). Já no sistema cardiovascular, há edemas de partes baixas, 
fraqueza e insuficiência cardíaca (devido a neoplasias) e no sistema reprodutor, causa 
infertilidade crônica e infiltrações neoplásicas no útero. Para finalizar, no sistema 
nervoso, pode causar compressão dos nervos, das meninges ou medula espinhal, 
causando alterações locomotoras, neurológicas, paralisias e paraplegias, cegueira e 
exoftamia, alterações comportamentais, alterações pupilares e tremores. 
- ANEMIA INFECCIOSA EQUINA (AIE): Com carácter de infecção 
persistente, trombocitopenia, febre (associada à viremia), anemia, edema e debilidade 
geral. Possui fase aguda (hemorragia e petéquias nasais e sublinguais), crônica (febre, 
anorexia, leucopenia, trombocitopenia, hemorragia, diarreia, glomerulonefrite, letargia, 
intolerância ao exercício, emagrecimento, linfadenopatia, abortamento, icterícia e 
edema - peitoral e/ou abdominal) e assintomática. 
- IMUNODEFICIENCIA VIRAL FELINA (FIV): Possui uma fase aguda 
(febre transitória, anorexia e linfadenopatia - 1 a 3 meses), uma fase assintomática 
(excreção do vírus na saliva – em muitosgatos a doença não irá evoluir além dessa fase) 
e fase clínica (Imunodeficiência funcional pode se desenvolver em alguns gatos, 
aumentando o risco de infecções secundárias, doenças imunomediadas ou neoplasias). 
Não há distinção clara entre os estágios e a progressão mais rápida para a fase terminal 
da doença depende da intensidade da viremia durante fase aguda. Há também sinais de 
gengivite e estomatite (calicivirus), diarreia, doenças oculares (uveíte anterior devido a 
infecções secundárias como atoxoplasmose, infiltrado leucocitário no humor vítreo e 
retinopatias), convulsões e alterações neurológicas (podendo se associar a PIF) e 
síndrome de depauperamento (“gato feio”). 
- LEUCEMIA VIRAL FELINA (FELV): Caracterizada por neoplasias linfo 
ou mieloproliferativas (leucemias), doenças degenerativas, citopenias, síndrome de 
imunodeficiência e coinfecções. Também há neoplasias (principalmente de células 
sanguíneas), síndromes de supressão da medula óssea, imunossupressão, doenças 
imunomediadas (autoimune – Glomerulonefrite, Uveíte com deposição de 
imunocomplexos, Poliartrites, Anemia hemolítica autoimune, Trombocitopenia, 
Ulcerações mucocutâneas, Síndromes semelhantes ao pênfigo e lúpus eritrematoso), 
distúrbios reprodutivos (síndrome do definhamento de filhotes), neuropatias (problemas 
de nervosos periféricos), linfoproliferativas (Linfoma, leucemia linfática), inserção do 
provírus próximo ao oncogene celular (ativação e expressão exacerbada do gene e 
proliferação descontrolada da célula infectada). Pirexia intermitente (irresponsiva a 
antibióticos), Fraqueza, Disorexia, Perda de peso, Letargia, Anemia, Trombocitopenia, 
Hepatomegalia, Esplenomegalia e/ou linfoadenomegalia, Contagens celulares 
aberrantes (leucocitose, neutrofilia, linfocitose, monocitose, policitemia, eosinofilia), 
Presença de precursores em grande quantidade no sangue periférico (eritroblastemia, 
linfoblastemia). Fibrossarcomas (Recombinação do FeLV-A com oncogenes celulares, 
Neoplasias altamente malignas, Múltiplos nódulos cutâneos ou subcutâneos, Metástases 
em pulmão e outros órgãos). Alterações reprodutivas: Infertilidade e Natimortalidade; 
Enterites: hemorrágica, Enterocolite com necrose da cripta e atrofia das vilosidades, 
Ulcerações e inflamações gengivais e Anorexia.

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