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Parasito – P2 Marina Alves Fernandes Trematódeos: Vermes achatados, carnudos em forma de folha. Possuem duas ventosas musculares: uma oral que é o inicio de um sistema digestivo incompleto, e uma ventral que serve para fixação. A maioria é hermafrodita. Os esquistossomos são a única exceção: são cilíndricos e possuem vermes machos e fêmeas. Precisam de hospedeiros intermediários para completar seu ciclo, sendo os moluscos os primeiros hospedeiros intermediários. Nos moluscos a reprodução é assexuada. Os ovos dos trematódeos possuem uma “tampa” denominada opérculo que se abre para permitir que a forma larvária do parasito encontre seu hospedeiro. Os esquistossomos não possuem opérculo, a casca do ovo se parte. Fasciola hepatica: O homem é um hospedeiro ocasional, sendo pouco suscetível à infecção por F. hepatica. Fasciolíase/fasciolose/distomatose hepática é a zoonose decorrente da Fasciola hepatica, parasito de herbívoros, principalmente bovinos, ovinos e caprinos. Ciclo da F. hepatica: o habitat do verme adulto é o interior da vesícula e dos canais biliares, nutre-se tanto do conteúdo biliar como dos produtos inflamatórios e do material necrótico formado. Vive cerca de 9 a 13 anos no homem. Os ovos são arrastados pela bile, misturam-se as fezes e saem para o meio exterior. No meio externo os ovos passam por um desenvolvimento embrionário na agua. Precisam de temperatura adequada. O miracídio então sai de dentro do ovo, e começa a nadar com seu revestimento ciliar. No interior do molusco, o miracídio se transforma em esporocisto. Dentro deste, formam-se as rédias (larvas). As rédias produziram as cercárias, que podem levar ate um mês para sair do molusco. A cercária livre na agua, nada ate achar uma vegetação aquática, a qual se adere com suas ventosas. Esta, por sua vez, libera um material que forma um envoltório cístico em torno do seu corpo, formando a metacercária infectante. Quando as metacercárias são ingeridas por um hospedeiro vertebrado suscetível, como o carneiro, ao beber agua ou comer plantas aquáticas, como o agrião, contaminadas com os cistos, a evolução do parasito continua. Na luz do intestino as metacercárias são desencistadas. As larvas liberadas perfuram a parede intestinal e invadem a cavidade peritoneal. Migram para o fígado, e cerca de dois meses depois se alojam nos ductos biliares. Ate chegarem aos canais biliares e após chegarem nestes, os helmintos vão crescendo e completam sua evolução com o amadurecimento sexual. Sinais clínicos: a migração da forma larvária pelo fígado produz irritação deste tecido, sensibilidade e hepatomegalia. Dor no quadrante superior direito, calafrios, febre e marcada eosinofilia. Ao se alojarem nos ductos biliares, sua irritação mecânica e secreções tóxicas produzem hepatite, hiperplasia do epitélio e obstrução biliar. Alguns vermes invadem o fígado para produzir focos necróticos, fígado podre. Pode ocorrer infecção bacteriana secundária, nesse caso a cirrose portal é comum. Icterícia, colelitíase obstrutiva, hepatomegalia e esplenomegalia. Diagnóstico: Clínico eosinofilia e febre, acompanhada de aumento do tamanho do fígado e dor no hipocôndrio direito. Laboratorial encontro de ovos nas fezes do hospedeiro definitivo. ELISA. Transmissão: ingestão de vegetais aquáticos (agrião) com metacercária encistadas; ingestão de agua contendo metacercária. Tratamento e profilaxia: bitionol e triclabendazol. Consumo de agrião proveniente de hortas cercadas e irrigadas, impedindo a contaminação com fezes de gado. Não consumir agrião silvestre. Agua para consumo deve estar protegida contra a contaminação fecal do gado. Tratar o gado infectado. Schistosoma mansoni: Doença: Esquistossomose (bilharzíase ou febre do caramujo). Principalmente em áreas tropicais; Os três esquistossomos mais frequentemente associados à doença humana são: Schistosoma mansoni, Schistosoma japonicum e Schistosoma haematobium. Parasitos não são hermafroditas, são machos ou fêmeas. Ovos sem opérculo. Parasito intravascular obrigatório, não parasitam cavidades, ductos e outros tecidos. Forma infectante: cercárias. Macho é maior que a fêmea. Alterações cutâneas: a penetração das cercárias podem acompanhar-se de exantema, prurido e outras manifestações alérgicas locais (Dermatite cercariana). Os ovos de Schistosoma aparecem nas fezes por volta da sexta semana após a infeção. Sinais clínicos: Quadro agudo: febre, mal-estar, dor abdominal, sensibilidade do fígado, inflamação, espessamento da parede intestinal com dor abdominal associada, diarreia, sangue nas fezes e reações granulomatosas. Infecção na infância; As evacuações, precedidas ou não de cólicas, são de fezes líquidas ou pastosas e podem conter muco e manchas de sangue. Quadro crônico: granuloma ou pseudotubérculo que se forma em torno dos ovos do parasito; Fibrose Periportal: os ovos são arrastados pela corrente sanguínea e ficam retidos nos capilares dos espaços porta do fígado, os granulomas se acumulam, e um manguito fibroso em torno das ramificações intra-hepáticas da veia porta são formados, bloqueando a circulação(motivo da hipertensão portal, esplenomegalia e circulação colateral), além disso tem o desenvolvimento de tecido fibroso cicatricial, que reduz o fluxo sanguíneo do território drenado pela veia porta; Intestinal: perda de apetite e dispepsia, com desconforto abdominal, pequenos surtos diarreicos se intercalam a período com evacuações normais, flatulência, astenia, irritabilidade nervosa. Hepatoesplênica: fígado e baço atingidos, esplenomegalia é mais acentuada. Diagnóstico: demonstração de ovos característicos nas fezes; Ovos grandes e dourados com uma espícula lateral afiado. Biópsias retais: pode visualizar as trilhas de ovos deixadas pelos vermes nos vasos retais; Tratamento: Praziquantel e Oxamniquine; Ovos: agente patológico; Ciclo de vida: 1. Os ovos estarão presentes na água, para serem maturados e chegar em seu tempo útil; 2. As larvas são liberadas, os miracídios, estes nadam durante algum tempo até encontrarem o molusco; 3. Os miracídios penetram nos tecidos do molusco e transformam-se em esporocisto; 4. Esporocistos-filhos são gerados e, depois, as cercárias; 5. As cercárias saem do caramujo e voltam para água; 6. Quando entram em contato com a pele humana ou de outro animal suscetível, penetram ativamente; 7. As cercária que consegue sobreviver transforma-se logo em esquistossômulo, última forma larvária do parasito; 8. O esquistossômulos que penetram a pele irão ganhar a circulação geral e vão até o coração, depois aos pulmões e, em seguida, ao fígado e outros lugares; 9. Quando chegam ao sistema porta intra-hepático podem completar seu desenvolvimento e alcançar a fase adulta; 10. Os vermes adultos acasalam-se e migram para as vênulas da parede intestinal; 11. Nas veias mesentéricas colocaram seus ovos; 12. Os ovos atravessam a mucosa intestinal, são eliminados com as fezes e vão para uma coleção de água doce. Taenia spp. Cestoides: as tênias pertencem a esta família, e são achatados, platelmintos. Possuem órgão de fixação chamado de escólex. Não possuem tubo digestivo e absorve nutrientes por transporte pela membrana. É hermafrodita. Aparelho reprodutor muito desenvolvido. Tamanho muito variável. Possui escólex, colo e estróbilo. O escólex possui ventosas e coroas de acúleos. 4 ventosas e 2 coroas de acúleos na tênia do porco. A tênia da vaca não possui acúleos. O colo é chamado de zona de crescimento. É a porção mais delgada do corpo. O estróbilo é o colo amadurecido. Proglotes são os anéis que crescem, e conforme eles chegam ao final eles são descartados nas fezes. O primeiro órgão sexual desenvolvido é o masculino, nas proglotesmaduras. As proglotes jovens não possuem aparelho reprodutor desenvolvido. As proglotes maduras podem efetuar a cópula. As proglotes gravidas possuem muitos ovos de tênia. As proglotes gravidas podem ser descartadas uma a uma ou em grupo, processo chamado de apólise. A tênia fica no tubo digestivo, se aderindo a parede intestinal do hospedeiro, absorvendo nutrientes por transporte através da membrana. Ela absorve através da superfície da proglote. Estudamos a Taenia solium e Taenia saginata. Taenia solium (porco) e Taenia saginata (vaca): Causam a doença chamada teníase, ou solitária porque normalmente as pessoas só possuem um parasita. O homem precisa se alimentar com o tecido do animal e ai começa a infecção. As proglotes gravidas se diferenciam entre as espécies. T. solium possui aspecto dendrítico e menor numero de ramificações. T. saginata possui aspecto bifurcado e maior numero de ramificações. Ela se fixa na luz intestinal e lentamente destaca as proglotes gravidas cheia de ovos nas fezes. Isso ocorre após mais ou menos 3 meses. A T. solium só sai passivamente da cavidade anal, já a T. saginata pode sair ativamente devido a um feixe muscular que faz contração. A T. solium não destaca completamente, saindo 3 a 6 anéis juntos. A tênia pode durar de 25 a 30 anos. Os ovos das duas tênias são parecidos, não sendo inidentificáveis. Já são infectantes ao serem lançados no meio externo. Apólise, liberação da proglote. Ao passar pelo esfíncter anal as proglotes são comprimidas, expulsando os ovos. Ciclo da teníase: O ser humano ingere a carne que esta na vaca ou no porco. O cisticerco esta na carne, sendo uma larva do verme. Quando ele chega ao intestino, há a digestão da cápsula ao redor do cisticerco que libera uma larva. Essa larva vai se fixar no intestino e dentro de 3 meses se torna o verme adulto, e produz e libera as proglotes gravidas com ovos. O animal pode então se contaminar com os ovos presentes nas fezes, e chegando ao intestino do animal forma a oncosfera, que ao chegar ao tecido forma a forma larvária, cisticerco. Dentro da estrutura vesicular do cisticerco há as ventosas e uma pequena estrutura imitando o escólex que esta invaginado em uma vesícula contendo fluido. Após a ingestão da carne o escólex no intestino sai da parte interna do cisticerco e se fixa a parede do intestino delgado. Com o verme adulto, por apólise, se liberam as proglotes gravidas. O ovo na natureza vai contaminar os animais, bovinos/suínos, formar uma forma larvária de 6 acúleos chamada oncosfera que vai penetrar na parede intestinal e migrar pela circulação para os tecidos formando o cisticerco para completar o ciclo de vida. Normalmente é assintomático. Quando há sintomas, normalmente é após o diagnostico, tendo um sintoma psicológico. Taenia saginata: normalmente possui perda de peso, afetando principalmente crianças. Devido à perda de peso pode haver fraqueza, apendicite, obstrução intestinal, dor abdominal, náuseas, constipação intestinal ou diarreia. Taenia solium: perda de peso menor. Sinais mais brandos. Pode levar a complicações devido à infecção com os ovos que saem nas fezes, virando o hospedeiro da larva, resultando na cisticercose humana. Diagnóstico: laboratorial por meio da pesquisa de proglotes ou ovos eliminados nas fezes. Muitas vezes é feito pelo próprio paciente ao encontrar proglotes livres eliminadas durante ou entre as evacuações. Através da estrutura uterina da proglote há a diferenciação das duas tênias. Não é possível identificar a espécie parasitaria pelo ovo da Taenia spp. Cisticercose humana: Infecção pelo estágio larvário de T. solium, o cisticerco que infecta normalmente suínos. O ser humano é reinfectado/autoinfectado pelo ovo, sendo hospedeiro da larva que vai para qualquer tecido do corpo humano, podendo ir para o cérebro, olhos, pulmões, etc. Os ovos podem ser transferidos da área perianal através dos dedos contaminados, para a boca. A proglote contendo ovos pode ser regurgitada do intestino delgado para o estômago, ocorrendo ai a autoinfecção também. Se infecta com o ovo, que eclode liberando o embrião hexacanto ou oncosfera que penetra na parede intestinal e migra pela circulação para os tecidos onde desenvolve o cisticerco em 3 a 4 meses. A penetração da oncosfera no organismo humano normalmente é assintomática. Causa compressão mecânica e o deslocamento de tecidos ou estruturas, além de ter um processo inflamatório. As larvas perdem os acúleos da fase embrionária e aumentam de tamanho, apresentando-se como esferas cheias envolvidos por seu tegumento. Após a morte do parasito há liberação de produtos de ação tóxica. Normalmente o cisticerco vem a sofrer um processo de calcificação. Quando o cisticerco é completamente reabsorvido a reação inflamatória diminui, reduzindo-se a um nódulo cicatricial. Diagnóstico: difícil diagnostico, porque pode não haver teníase, parasito adulto. Diagnostico clinico seguro é praticamente impossível. Deve-se investigar se o paciente é/foi portador de T solium ou se teve casos de teníase na família. Exame físico a presença de nódulos subcutâneos ajuda na orientação diagnóstica. O diagnostico da cisticercose ocular é inconfundível e fácil. Exame do Líquido Cefalorraquidiano (inflamação crônica), Testes Imunológicos (ELISA), radiológico (nódulos calcificados) e anatomopatológico (biópsia de nódulos subcutâneos) também são empregados. Tratamento: niclosamida. Cisticercose praziquantel e albendazol. Pode ser necessária a administração conjunta de anti-inflamatórios esteroidais para minimizar a resposta inflamatória. Remoção cirúrgica de cistos cerebrais. Profilaxia: T. saginata cozimento da carne bovina e controle do descarte de fezes humanas. T. solium cozimento da carne suína, congelamento da carne a -20° por 12h, saneamento é critico! Os cisticercos morrem em 6 dias após congelados, ou com salgamento. As larvas dos dois parasitos morrem em temperaturas elevadas 50° de saginata e 55° de solium. 23/10/19 Echinococcus spp.: Pequena tênia, com ovo igual ao de todas as tênias. O que diferencia é quem põem o ovo. Possui cerca de 3 à 4 proglotes. Parasita os canídeos, cão domestico, ovelhas, cabras, ovinos, bovinos, suínos e ratos. Comum em áreas rurais devido ao uso de cão pastor. Hospedeiro intermediário, carneiros, parasitado pela forma larvária, cistos hidáticos ou hidátides. O verme adulto esta dentro do cão. Causa a equinococose ou hidatidose no homem na fase larvária. O cão é o hospedeiro definitivo. Os ovos que saem nas fezes do cão contaminam a área. O homem se infecta com a ingestão dos ovos. Existe em todos os continentes. Possui escólex (fixação), colo (onde se prolifera) e estróbilo onde há as proglotes gravidas. Possui a forma larvária que parasita os hospedeiros intermediários. Os cistos hidáticos apresentam-se como uma esfera cheia de liquido transparente, em que dentro dele há a produção de cistos filhos que podem se romper e liberar protoescóleces. O cisto causa patologia no homem. O ovo é igual aos demais ovos de tênia. Forma adulta é uma tênia que parasita os canídeos. O ovo sai nas fezes do cão. Ciclo do E. granulosus: O cachorro defeca contaminando a agua, pastagem ou alimento e a ovelha ingere esses ovos. No intestino, os ovos liberam a oncosfera que penetra a parede intestinal e forma o cisto hidático que é metabolicamente ativo e cresce de forma lenta, como se fosse um tumor, ate mecanicamente atrapalhar o funcionamento de algum órgão. O ciclo continua porque os cães são alimentados com carnes contaminadas. Quando o cachorro come o cisto, ingere o protoscóleces que evoluem para as tênias adultas. Quando os ovos são ingeridos por humanoso estagio larvário chamado de oncosfera eclode. A oncosfera penetra a parede intestinal humana e entra na circulação sendo carreada para vários tecidos, primariamente fígado e pulmões. Doença de mão suja. Acomete primeiramente fígado, pulmão e também sistema nervoso central e ossos. O verme adulto vive no intestino delgado dos cães. Hospedeiros intermediários ingerem os ovos. O cão pode estar contaminado com os ovos, então o contato com esses animais pode causar infecção. Normalmente o fígado filtra os patógenos, por isso os cistos formam-se principalmente nele. 6 a 7 semanas para produzir os ovos. Patogenia: formação do cisto que é muito semelhante a um tumor. Cisto de crescimento lento devido à secreção constante de liquido pela membrana do cisto. O fluido dentro do cisto é extremamente toxico e pode levar a resposta inflamatória exacerbada. Se o cisto se romper, os protoescóleces podem se liberar e formar mais cistos, se espalhando pelo tecido. O cisto é uma “perola” que esta crescendo no meio do tecido humano. Tratamento: remoção cirúrgica dos cistos. Pode levar ate 30 anos para o cisto crescer. Sintomas: no pulmão alguns sintomas são: tosse, dispneia e dor devido ao cisto. A ruptura do cisto é um problema a mais, devido à toxicidade do liquido e a disseminação dos cistos. Diagnóstico: sintomas inespecíficos, normalmente e diagnóstico diferencial. Clínico pessoas próximas a animais como ovelhas e cães; se mora em zona rural. Laboratorial por imagem (raios-X, tomografia, ressonância). Aspiração dos cistos é contraindicada. Sorologia é útil, mas da muito negativo (10 à 40 % de falso negativo). Epidemiologia: alimentar os cães pastores direito, evitando dar a eles carnes cruas e carniça de ovinos. Profilaxia: tratar os cães infectados, evitar presença de cães perto de abatedouros. Hymenolepis nana: Tênia anã, com comprimento de alguns centímetros. Possui varias proglotes. Infecta principalmente crianças. Causa himenolepiase. Quando os ovos são liberados no intestino eles saem nas fezes. Seu ovo é diferente dos outros, é mais hialino, com 2 porções ou saliências mamelonares dos quais saem filamentos. Ciclo: ingestão de ovos, que eclode liberando a larva cisticercóide no intestino delgado (oncosfera) que põem para fora o escólex e se fixa a parede do intestino. Os vermes ficam adultos e liberam os ovos no intestino delgado que saem nas fezes. O homem pode se reinfectar ou infectar outros insetos/animais (besouros e ratos). Cerca de 4 dias para a larva madura evaginar seu escólex e se fixar as mucosas. Existe uma cepa que só infecta o rato, mas o rato pode se infectar com a cepa humana. Pode ficar infectado por anos e ser assintomático. No caso de hiperparasitismo pode haver perda de peso como sinal clinico. Reinfecção: oral-anal, ou reinfecção interna quando os ovos eclodem dentro do intestino, sem sair nas fezes, e viram larvas adultas. Asilos, orfanatos e escolas são locais mais propensos a essa parasitose. É uma doença de mão suja. Transmissão via artrópode, podendo se infectar com a larva adulta. Com apenas alguns vermes no intestino não há sintomas. Infecções maciças levam a perda ponderal. Diagnóstico: exame parasitológico de fezes com presença do ovo característico de H. nana. Profilaxia: profilaxia das doenças de mãos sujas. No caso de locais como escolas, se uma pessoa esta infectada, deve-se avaliar se os demais também estão. 30/10/19 Ascaris, Enterobius e Strongyloides: Vermes cilíndricos. Ascaris lumbricoides: Talvez a parasitose mais amplamente difundida na medicina. A fêmea tem a capacidade de colocar mais de 200 mil ascares por dia. São resistentes, ficam por anos na natureza e possuem muita chance de infectar as pessoas. Famosa lombriga. Possui aspecto de macarrão. Pode aparecer de forma mais branda, com poucos parasitos, ou de forma mais intensa obstruindo o intestino com parasitos. Em media, uma pessoa pode ter 6 áscaris, mas pode haver caso de pessoas terem centenas de áscaris. É um verme maior, grosso. Parasitismo em crianças, principalmente. Devido ao componente imunológico, e ao contato com terra. Este parasito sai nas fezes, mas leva alguns dias para se tornar infectante. A fêmea é maior e mais grossa que o macho. O macho possui um enrolamento ventral, espiralado, de sua extremidade caudal. Possuem três lábios, responsáveis por sua alimentação. Não fica fixo na mucosa. Ele se movimenta dentro do intestino para não ser expulso nas fezes. Grande produção de ovos que cada parasito pode fazer, chegando a 200 mil ovos por fêmea. Esses ovos amadurecem no solo e ficam viáveis de infecção por anos. Esses ovos podem ter três formatos possíveis. Ele tem mais de uma membrana e uma célula germinativa dentro dele. Essa célula germinativa vai amadurecer e sair uma larva. Possui uma membrana mamilonada formando uma segunda casca, sendo a camada mais externa. O ovo pode perder essa membrana, mas continuar com as células germinativas, dando origem à larva. Pode também haver o ovo mais alongado sem as células germinativas que não desenvolve a larva. Só possui um hospedeiro: o homem. Ciclo: o ovo de áscaris com as células germinativas sai nas fezes e vai amadurecer no ambiente externo. As células vão se multiplicar durante uma a duas semanas e dentro desse ovo ira se desenvolver uma larva. Quando a pessoa ingere o ovo contendo a larva, ele vai para o intestino e a larva sai do ovo e entra na circulação sanguínea. Ela vai migrar pela circulação, chegando ao pulmão onde ela vai sair e vai amadurecer por 10 a 14 dias, em que ela vai crescer e se desenvolver, tendo seu sexo definido. Ela sai do pulmão, vai para a traqueia e é deglutida, chegando ao intestino. A larva ainda esta pequena. Após alguns dias ela termina de se desenvolver. Ocorre a copula entre macho e fêmea e esta põem cerca de 200 mil ovos nas fezes. O ovo precisa se tornar infectante no solo. Após um tempo há a formação da larva. Quando fazemos a ingestão do ovo, sua casca vai ser quebrada e a pequena larva será liberada. A larva penetra o intestino, cai na circulação e vai para os pulmões. Nos pulmões, após alguns dias, a larva amadurece, tendo seu sexo definido. Ela vai sair do pulmão ir para a traqueia ser deglutida, ir para o intestino, terminar de se desenvolver e se reproduzir. Principal patologia: distúrbios intestinais e pneumonia. Patologia e sintomas: durante a migração, por onde a larva passa ela pode causar problemas. Quando o verme se encontra no seu habitat definitivo também causa problemas. Depende da quantidade de parasitos também. O áscaris que migra para o fígado, por exemplo, pode causar lesões hepáticas, como hepatomegalia. O pulmão é onde há principalmente a patologia associada à migração das larvas. Essas larvas atraem muitas células de defesas: eosinófilos, podendo levar a uma pneumonia eosinofilica. Pode causar síndrome de Loefller: pneumonia eosinofilica. Pode haver crise de asma por hipersensibilidade as proteínas da larva. Intestinal grande quantidade de parasitos, o tamanho dele, pode ocorrer obstrução intestinal. Pode ter desconforto, cólica, perda ponderal. Ectópica o áscaris pode ir para orifícios, como o apêndice, podendo rompê-lo e a pessoa pode ter uma apendicite. Podem sair pela cavidade lacrimal, pelos ouvidos, olhos, pela garganta. Diagnóstico: exame parasitológico de fezes, vendo as três formas de ovos de áscaris que podem aparecer. Contágio: mãos sujas, alimentos contaminados. O contato oral-anal direto nem sempre faz a infecção ocorrer. Maior incidência é em crianças. Epidemiologia, profilaxia e tratamento: saneamento e educação sanitária são os principais, porque depende docontato das fezes com o solo. Tratar pessoas infectadas. Tratamento com albendazol e mebendazol. Enterobius vermiculares: Enterobíase, enterobiose ou oxiurose é causada pelo E. vermiculares. Ela incomoda pelo imenso prurido anal que ela causa. Não traz graves consequências, mas gera incomodo muito grande e se espalha rapidamente. Verme pequeno e branco. A fêmea migra anoite para a região perianal e libera os ovos ali. Isso causa o intenso prurido perianal. Normalmente a doença é benigna. Parasito que lembra o áscaris, a fêmea mais comprida e o macho com o espiralamento ventral. O ovo possui dupla membrana, dentro dele há uma larva quase pronta, que fica infectante depois de algumas horas após sair da fêmea. Ciclo: colocação do ovo pela fêmea na região perianal. O ovo amadurece, é ingerido eclode no intestino, cresce macho e fêmea, e a postura dos ovos é feita pela fêmea na região perianal, e a fêmea morre. Se não houver reinfecção o parasitismo vai acabar, porque as fêmeas saem e morrem. Espalha-se muito fácil. Patologias e sintomas: natureza irritativa do parasito, tanto do ovo quanto da fêmea na região perianal. Prurido intenso na região perianal. Pode causar feridas na região, abrindo a oportunidade para infecções bacterianas secundarias a parasitose. Pode haver inquietação anoite, insônia, porque a fêmea põem os ovos anoite. Diagnóstico: cola-se uma fita adesiva na região perianal da pessoa, pele manhã, antes dela tomar banho, e põem essa fita na lamina, vendo os ovos dos oxiúros. Às vezes encontra-se o parasito na perna da pessoa. Transmissão: como nas doenças de mão suja, mas há a dispersão aérea da doença, pois os ovos podem contaminar roupa íntima, roupa de cama, e esses ovos podem ser dispersos no ar. Profilaxia: tratar a pessoa infectada. Creches, orfanatos e locais fechados essa parasitose se espalha rapidamente. Em locais frios é frequente. Higiene pessoal é fundamental. Strongyloides stercoralis: Causa a estrongioidíase. Seu estagio larvário precisa ir para o solo. Ocorre a pneumonia eosinofilica também. Normalmente sua infecção é assintomática, mas pode haver complicações quando há um grande numero de parasitos, podendo levar ate a morte. Principalmente em pessoas com HIV e em uso de corticoides. Ciclo: o ser humano põem larvas nas fezes, a larva rabditoide. Ela pode entrar no ciclo de solo, chamado ciclo de vida livre, virando machos ou fêmeas, reproduzindo, formando mais ovos e depois mais larvas, que vão evoluir para a larva filariforme, ou voltando para o ciclo de solo. Assim como a larva rabditoide pode amadurecer em larva filariforme, que é a forma infectante, de uma vez. A larva filariforme penetra a pele do ser humano, cai na circulação, vai para os pulmões, se amadurece, vai para a traqueia, é deglutida e vai para o intestino, dando origem apenas as fêmeas chamadas de partenogenéticas, não precisando de machos para reproduzir, dando origem a ovos que vão eclodir rapidamente e as larvas rabditiformes serão liberadas e saíram nas fezes. O ciclo de vida livre dura 2 a 3 gerações só. A larva de vida livre é a rabditoide. Ela é pequena, com cauda bifurcada. A larva filarioide é mais comprida e fina. É a larva infectante que vai estar no solo com capacidade de penetrar a pele integra. Ela pode penetrar na mucosa oral também através da ingestão de alimentos ou agua infectadas. Chegando ao pulmão as larvas amadurecem por um tempo, sobem a arvore brônquica, vão ser deglutidas e se tornam fêmeas no intestino. A larva rabditoide pode virar filarioide antes de chegar ao solo, podendo infectar o hospedeiro novamente. Pode haver lesões cutâneas devido à entrada do parasito. Imunidade e o Strongyloides: pacientes imunocomprometidos vão desenvolver uma hiperparasitose, levando a morte. Pacientes em uso de corticoides, o produto de seu metabolismo é semelhante ao hormônio que a própria larva produz para passar de rabditoide para filarioide. Patologia: lesões cutâneas nos locais da penetração. Na autoinfecção pode surgir na região perianal. Lesões pulmonares: síndrome de Loefller. Lesões intestinais: dependendo da quantidade de parasitos, desconfortos gastrointestinais como diarreia, dor. Diagnóstico: visualização de larvas no exame parasitológico de fezes, pelo método de Baermann e Moraes que utiliza o tropismo da larva pela agua quente. Não se vê ovos desse parasito. Epidemiologia: não defecar no chão. Local propicio para a larva se desenvolver, em ambientes frios o ciclo não ocorre. Tratamento e profilaxia: evitar andar descalço. Medicamentos ivermectina, albendazol e tiabendazol. 06/11/19 Ancylostoma, Necator e Trichuris: Ancilostomíase engloba o Ancylostoma e necator. Ancilostomíase: Verme com dente, cilíndrico parecendo com a lombriga. Causa anemia. Clássico da ancilostomíase. Pode ser causada pelo Necator americanos na américa do sul principalmente e o Ancylostoma duodenale na europa. O homem e a única fonte de infecção. Ciclo monóxeno, não precisa de vetor. E uma gelheomintose Há ancilostomíase canina e felina, mas os parasitos que infectam esses animasi não conseguem completar seu ciclo no homem. Eles ficam perdidos no tecido subcutanio. O Ancylostoma tem 4 dentes e o necator possui laminas. Utilizam a cavidade bucal para se fixar na parede do intestino e morder o tecido. Vai causar uma hemorragia. A patologia principal deste parasito é morder, causar uma lesão e perder sangue. B, Ancylostoma duodenale C, Necator americanos O macho é menor que a fêmea. Vivem no intestino delgado. Sugam o sangue praticamente direto. O ovo é muito característico para esses vermes. O diagnostico é feito através da visualização do ovo nas fezes. O ovo precisa ir para o solo e amadurecer. A principio ele possui células embrionárias dentro dele, sai para o solo amadurece e desenvolve uma larva que eclode e sai dando inicio ao ciclo. A larva rabditoide sai de dentro do ovo no chão. Ele migra de rabditoide direto para filarioide e então infecta o homem. Ciclo: Macho e fêmea adulto dentro do intestino, vai ocorrer a copula, vai produzir os ovos, que vão sair nas fezes. No solo o ovo vai se maturar, vai eclodir sair a larva rabditoide que vai amadurecer para filarioide que vai penetrar a pele do hospedeiro. Faz o ciclo pulmonar como o Ascaris. Ocorre amadurecimento sexual no intestino, ocorre a copula, a fêmea põem os ovos que saem nas fezes. Síndromes clinicas: pode ocorrer pneumonia eosinofilica, síndrome de Loefller. Pode causar anemia porque ele morde o tecido do intestino, e deixa sangrando. Pode ocorrer reação alérgica no local da penetração. Prurido na pele pode ser devido a entrada do parasito. Pode ocorrer problemas para respirar, sintomas de pneumonia. O mais típico é a anemia, mas depende da carga parasitaria. Crianças, pessoas desnutridas possuem maior risco de anemia. O parasitismo pode ser assintomático. Tem sangue nas fezes. Diagnostico: visualização do ovo desse parasito no exame parasitológico de fezes. Se a amostra demorar a ser examinada, pode ocorrer a saída da larva rabditoide nas fezes e ai consegue-se diferenciar qual ancilostomideo é. Fatores para transmissão: evitar que fezes contaminem o solo. Evitar andar descalço. Crianças brincarem em locais que possam estar contaminados. Profilaxia: uso de sapatos fechados. Evitar o contato da pele com o solo. Larva migrans cutânea: bicho geográfico. É a larva que infecta o cão e o gato, mas não o ser humano. O Necator e o ancyloide também podem causar enquanto não penetram ate cair na corrente sanguínea. Então essa larva ode penetrar a pele e ficar vagando pelo tecido subcutâneo e criando túneis serpentiformes. Causam lesões e prurido. Essa larvaé destruída. Pode causar infecção bacteriana secundaria devido o intenso prurido que pode causar lesões. Ciclo: igual como ocorre no homem, mas no homem o ciclo para após penetração. Crianças tendem a pegar muito pelo contato com área de parquinhos. Na praia também há muito risco, mas onde a agua bate, o sal mata as larvas. Deve-se recolher as fezes de cães e gatos, não deixando ela na natureza. Em parquinhos e escolas deve-se colocar telas para evitar o contato com os animais. Diagnostico: a lesão já é suficiente. Trichuris trichiura: Causa a tricuríase. Verme de chicote. Normalmente é assintomático. Em crianças é mais grave tendo perturbações intestinais. Parasita o intestino, e fica se alimentando do tecido. Os ovos são muito característicos. Possuem duas gotas de lipídeo e dentro há as células que vão conter o parasito. Ciclo: liberação de ovos com células que amadurecem no solo por um tempo ate desenvolver uma larva. O ovo é deglutido, eclode do ovo no intestino se diferencia em macho e fêmea. A fêmea põem os ovos que saem nas fezes. Doença de mão suja. Sintomas: em adultos e adolescentes quase nenhum. Parasitismo benigno. Em crianças e crianças desnutridas pode ocorrer perda ponderal, astenia e prolapso retal (o reto é externalizado, porque faz força pra defecar e esta com hiperparasitismo). Diagnóstico: presença do ovo no exame parasitológico de fezes. Profilaxia: a mesma de doença de mãos sujas. 13/11/19 Wuchereria bancrofti e Onchocerca volvulus: Wuchereria bancrofti: Presente nas Américas. São nematoides. Causa a elefantíase, filaríase linfática. Elefantíase é o espessamento da pele, edema linfático causado pelo parasito em que há um aumento dos membros, principalmente inferiores, por causa da presença dos parasitos nos vasos linfáticos. Parasito cilíndrico de 3 a 4 cm. Parasita os vasos linfáticos e linfonodos. Há presença dos machos e fêmeas adultos montando o novelo de parasitos nos nódulos linfáticos. A fêmea põem ovos que dão origem às microfilárias. As microfilárias são os parasitos na sua forma micro, na escala de micrômeros. Essas microfilárias possuem uma característica estrutural muito importante, que é uma bainha que se origina do ovo. O ovo começa a crescer e alongar ate ter o parasito, só que a membrana que esta no ovo permanece e monta uma “capinha” ao redor do parasito. Então, as microfilárias são embainhadas. Esta característica esta presente no diagnostico da Wuchereria bancrofti. Ciclo: há um inseto vetor, o Culex ou o Anopheles, que vai picar o ser humano e injetar a microfilária infectante, que vai direto pro sistema linfático e se diferencia em macho e fêmea, esse processo demora um tempo. Após a presença de macho e fêmea, as fêmeas põem os ovos, os ovos dão origem as microfilárias que vão pra circulação sanguínea e linfática. Nessa circulação, o mosquito vem e pica e suga também as microfilárias. No mosquito, a microfilária penetra o TGI, passa por muitas evoluções ate se tornar uma larva infectante que vai estar na probóscide do mosquito. O mosquito ao picar o ser humano vai injetar a microfilária infectante. Normalmente esses parasitos vão pros linfonodos das pernas ou da virilha. Após 3 a 12 meses o macho e a fêmea se tornam sexualmente ativos. No sangue, a presença das microfilárias é o diagnostico dessa filaríase. Sinais e sintomas: nos casos assintomáticos, há sintomas inespecíficos, como febre, cefaleia, vermelhidão e aumento de linfonodo. Quando a doença entra na fase crônica, há os fenômenos obstrutivos, ou seja, a presença do parasito causa uma obstrução da circulação linfática (linfedema) tendo toda complicação da filaríase linfática. Essa obstrução é causada pelos vermes adultos e pela reação inflamatória que o hospedeiro vai montar em torno desses parasitos. O linfedema pode aparecer em toda parte, mas normalmente aparece na perna e virilha, causando hidrocele (acumulo de água na membrana que recobre o testículo). A elefantíase altera a estrutura da pele, sendo hipertrofiada e vai começar a ter fibrose da camada dérmica da pele. Depois disso começa a ter ressecamento e rachaduras na pele, sendo porta de entrada para infecções secundarias por bactérias e fungos e mesmo outras parasitoses como leishmania. Diagnóstico: quadro clinico, perna aumentada e deformada ou hidrocele, região de origem do paciente, se é endêmica ou não para filaríase linfática. Pode realizar biopsia de linfonodo vendo a presença de macho e fêmea adultos. Laboratorialmente pode pesquisar a microfilária que pode aparecer no sangue, aparecendo mais no período noturno. As microfilárias precisam ser distinguidas entre outras microfilárias que podem acometer o ser humano, vendo da bainha. Tratamento: não há tratamento para os adultos, matando normalmente só as microfilárias. Faz uma terapia de suporte para melhorar a condição do paciente que esta com obstrução linfática, sendo necessária uma cirurgia para desobstruir os vasos linfáticos que estão com o parasito. Ultimamente há um tratamento contra a bactéria Wolbachia com o uso do antibiótico doxiciclina, uma vez que essa bactéria é um parasito da Wuchereria bancrofti que faz com que esta seja fértil e bote ovos, sendo assim esteriliza o adulto. Epidemiologia: acomete o mundo inteiro, sendo no Brasil mais comum no norte e nordeste. Transmissão e controle: precisa da presença do mosquito, do hospedeiro e do parasito. Precisa-se controlar a população dos mosquitos. Uma pessoa que já possua a doença deve ser imediatamente tratada. Quando há feridas pela elefantíase é preciso ter uma boa higiene pessoal e lavar com agua e sabão a ferida para evitar uma infecção secundaria. Onchocerca volvulus: Causa oncocercose, cegueira dos rios. Monta novelos na pele, no tecido subcutâneo. Há alguns processos de degeneração da pele em função das microfilárias, e nos olhos pode causar cegueira. É muito comum o dano ocular. A partir dos rios há a presença do vetor, uma mosca, que morde o ser humano e passa a filaria. É maior, com 30 a 50 cm. É muito fina. A fêmea e maior que o macho. O fêmea põem ovos, e estes perdem a membrana não acompanhando a larvinha. A microfilária arrebenta o ovo e sai. Microfilária esta presente no tecido humano. Ciclo: uma mosca morde o ser humano e injeta a larva infectante na pele. Essa larva fica na pele, causando processos degenerativos na pele ate desenvolver macho e fêmea. Macho e fêmea formam novelos de parasitos que se reproduzem e põem ovos. As microfilárias ficam andando pelo tecido subcutâneo, destruindo o tecido por onde ela passa. Ela altera a cor e elasticidade da pele. O vetor é o Simulium. Depois que a larva cresce e se torna adulto, eles formam um ninho e começam a crescer, formando um nódulo. Quando a mosca pica novamente a pessoa infectada ela acaba aspirando a microfilária. Patologia: por onde as microfilárias estão passando ou o nódulo por onde as fêmeas e machos estão crescendo. Esses nódulos são os centros produtores de microfilárias. Lesões cutâneas por onde as microfilárias passam. Lesões linfáticas, se estas microfilárias forem para os nódulos linfáticos pode ocorrer problemas como na elefantíase. Lesões oculares: quando as microfilárias entram no olho, podendo ser diagnosticada em um exame oftalmológico. Quando essas larvas morrem, o processo inflamatório pode causar lesão ocular. Diagnostico: biopsia de pele tentando encontrar as microfilárias. Oftalmoscopia, no exame vê diretamente a presença da larva no olho. Remoção cirúrgica do nódulo, removendo os vermes adultos que produzem as microfilárias. Sorológico tentando localizar se a pessoa já teve contato com a oncocercose. Tratamento: remoção cirúrgica do nóduloaparente. Tratamento contra as microfilárias com medicamento. Doxiciclina para matar a bactéria Wolbachia que parasita estes parasitos deixando-os férteis. Matando a microfilária precisa diminuir o processo inflamatório. Transmissão e profilaxia: o vetor cresce em rios e riachos de fluxo rápido. Usa- se telas e repelentes tentando proteger o domicilio. O homem é o único reservatório da doença, então precisa trata-lo para evitar que a doença seja disseminada. Ectoparasitos: Parasitos externos. Triatomíneos: Triatoma infestans vetor do Trypanosoma cruzy. Importante vetor da doença de chagas. Dípteros: Flebotomíneos: transmitem a leishmaniose. Simulídeos: passam a oncocercose. Após a sua picada continua sangrando um pouco. Culicídeos/mosquito: transmitem malária, filariases, febre amarela, dengue, e uma serie de doença. Anopheles e Culex são marrons e o Aedes preto com branco. Moscas: a mosca domestica (Musca domestica) não parasita o ser humano, mas ela transmite mecanicamente uma doença. Ela deposita os ovos dela em matéria orgânica como fezes e lixo. Quando ela vai nas fezes ela se contamina com ovos de ascares, por exemplo, e contaminar alimentos, agua, etc. as miíases é o parasitismo do ser humano pelas larvas da mosca. Duas clássicas: o berne, a presença de uma larva na pele e a bicheira que é a coleção de larvas em uma ferida. 1. A mosca Dermatobia hominis agarra um mosquito no ar e deixa seus ovos na barriga e nas pernas do mosquito. Quando este mosquito pica o ser humano, o ovo entra na pele e ocorre a formação da larva que é o berne. Depois que o ovo entra na pele ele pode ficar ate 50 dias, depois desse tempo ela sai da pele, e forma um casulo no solo ate transformar-se em mosca. O tratamento é a extração da larva. 2. A mosca varejeira (Cochliomyia hominivorax a principal) coloca seus ovos em feridas ou machucados abertos. Ela deposita milhões de ovos que vão dar origem a varias larvas que se alimentam ativamente de carne. A doença é chamada bicheira devido ao volume de larvas. Elas ficam um tempo no machucado, depois caem no chão, formam o casulo e transformam-se em moscas. Somente em tecido vivo. Faz a remoção das larvas. Pulgas: Tunga penetrans é o bicho de pé. Vive em solos arenosos. Quando a femea fica gravida, ela procura a pele de algum animal e penetra a mesma, se alimentando do sangue. Ela rompe, liberando os ovos e morrendo. Piolho: causa a pediculose. Ele morde o homem para conseguir sangue, podendo causar outras doenças. Normalmente desenvolve na cabeça, põem seus ovos e monta a lendia, que é uma substancia cimentante que gruda e mantem o ovo no lugar ate que este ecloda. Pode haver o de cabeça, o de roupa, o de corpo. Causa muito prurido. Carrapatos: duas formas carrapato duro com estrutura bucal externa e carrapato mole. Causa febre maculosa. A mordida não tem consequência nenhuma, porque ele morde e suga sangue. Se retirar o carrapato, mas o aparelho bucal dele continuar pode causar processo inflamatório. Uso de repelente e inspecionar o corpo para verificar se não há nenhum.