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Aula 11

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Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 1 - 
AULA 11 - TERMOS DA ORAÇÃO E ANÁLISE SINTÁTICA 
Quando buscamos o significado do verbo ANALISAR no Dicionário 
Aurélio, nos deparamos com a seguinte definição: 
1. Decompor (um todo) em suas partes componentes; fazer a 
análise 1 (3) de. 
A forma “análise 1 (3)” indica a terceira acepção do primeiro 
significado da palavra análise, qual seja: 
“3. Exame de cada parte de um todo, tendo em vista conhecer 
sua natureza, suas proporções, suas funções, suas relações, 
etc.” 
Pois é exatamente isso que a análise sintática faz em relação à 
estrutura do período: decompõe, examina e divide o período 
composto; classifica as orações que constituem o período; e, em cada 
oração, verifica a função sintática de cada um dos elementos (termos) 
constitutivos. 
É como se fossem realizadas duas análises simultaneamente: 
uma análise “macro” – O PERÍODO COMPOSTO E SUAS 
ORAÇÕES; e uma análise “micro” – OS TERMOS QUE COMPÕEM 
CADA ORAÇÃO. 
Vamos relembrar alguns conceitos apresentados anteriormente: 
- FRASE – todo enunciado capaz de transmitir uma mensagem. Pode 
se apresentar sob forma sucinta (Não!) ou complexa (De acordo com a 
última estimativa, havia mais de cem pessoas no comício.). Em 
resumo, podemos dizer que, em uma frase, pode haver ou não um 
verbo. A primeira (sem verbo) não se presta à análise sintática – 
somente a “frase oracional”, por apresentar estrutura completa. 
- ORAÇÃO – estrutura que se forma a partir do conjunto SUJEITO + 
PREDICADO. Como veremos, há casos de inexistência do sujeito 
(“Oração sem Sujeito”), mas o predicado deve sempre existir. O 
verbo, algumas vezes, pode estar elíptico, ou seja, foi omitido, mas 
pode perfeitamente ser subentendido. 
A oração pode encerrar: 
a) uma declaração (oração declarativa); 
b) uma pergunta ou dúvida (oração interrogativa); 
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c) uma ordem, desejo, súplica, pedido (oração imperativa, imprecativa 
ou optativa, com entoação exclamativa); são optativas as orações que 
exprimem um desejo intenso (Bons ventos o levem!) e imprecativas, 
as que expressam uma praga (Maldito seja aquele homem!); 
d) um estado ou reação emocional (oração exclamativa). 
- PERÍODO – pode se apresentar como simples (uma oração, apenas) 
ou composto (duas ou mais orações). Um período se encerra com uma 
pausa bem definida (ponto, ponto de interrogação, ponto de 
exclamação, reticências). 
Vimos, na aula passada, que um período composto pode ser formado 
com orações independentes (período composto por coordenação) ou 
dependentes (período composto por subordinação). 
Em princípio, cada oração coordenada pode formar um período simples 
por si – basta, para isso, que se retire a conjunção e se faça a 
pontuação adequada. Já a oração subordinada exerce função sintática 
em outra oração, perdendo o sentido se estiver separada desta. 
ANÁLISE SINTÁTICA E ANÁLISE SEMÂNTICA
Na troca de informações e ideias, têm papel fundamental a situação e 
o contexto. 
Por situação, entende-se o ambiente físico, cultural e social em que 
se fala; por contexto, o ambiente linguístico em que se encontra a 
oração. 
Muitas vezes, para realizarmos uma correta análise sintática, 
precisamos compreender, também com perfeição, o contexto em que a 
oração está inserida. Por isso, costumamos dizer que a análise 
sintática deve se realizar em conjunto com a análise semântica 
(= significado, sentido). 
Ao construir as orações, o autor (interlocutor ou escritor) deve seguir 
certos padrões estruturais, de modo que atenda aos requisitos de 
coesão e coerência. Assim, as estruturas oracionais devem observar 
alguns preceitos (bastante familiares para você, que chegou a esse 
ponto do estudo): 
- associação entre vocábulos de acordo com sua função sintática 
(sintaxe de regência); 
- harmonia entre os vocábulos de acordo com os princípios gramaticais 
(sintaxe de concordância); 
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- ordem dos vocábulos de acordo com sua função sintática e 
importância para a formulação das ideias (sintaxe de colocação). 
TERMOS DA ORAÇÃO 
A partir de agora, iremos realizar aquela “análise micro”, ou seja, 
examinar os elementos que compõem uma oração. 
Eles se dividem em ESSENCIAIS, INTEGRANTES e ACESSÓRIOS. 
1 - ESSENCIAIS 
Os termos essenciais da oração são SUJEITO e PREDICADO. 
O sujeito é o ser sobre o qual se faz uma declaração. Tem seu núcleo 
(palavra ou termo central, principal) representado por um substantivo 
ou um pronome substantivo. Em torno deste núcleo, podem estar 
presentes outros elementos, em funções acessórias. A função de 
sujeito também pode ser exercida, em um período composto por 
subordinação, por uma oração subordinada substantiva (estudado à 
exaustão na aula passada). 
O predicado é o termo que efetivamente apresenta a mensagem. 
Ordinariamente, podemos dizer que é o que se declara sobre o sujeito. 
Com exceção do vocativo (função a ser analisada à parte), tudo o que 
não for sujeito, ou não estiver ligado ao núcleo do sujeito, pertence ao 
predicado. 
Contudo, nem sempre o sujeito e o predicado vêm expressos. Em 
“Andei léguas.”, o sujeito é identificado pela desinência verbal (EU 
andei). 
Já em “Linda cidade, Rio de Janeiro.”, a forma verbal “é” está 
subentendida. 
Elipse é, pois, a omissão em uma frase de um termo facilmente 
identificável. 
Chamam-se ELÍPTICAS as orações a que falta um termo essencial, e, 
conforme o caso, diz-se que o SUJEITO ou o PREDICADO está 
ELÍPTICO. 
1.1 - TIPOS DE SUJEITO 
Alguns desses conceitos já foram apresentados na aula sobre 
Concordância (Aulas 4 e 5). 
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SIMPLES - Representado por apenas um núcleo. 
Falaram na sessão todos os oradores inscritos. 
SUJEITO: Todos os oradores inscritos 
NÚCLEO DO SUJEITO: oradores 
Povoam minha mente pensamentos macabros. 
SUJEITO: Pensamentos macabros 
NÚCLEO DO SUJEITO: pensamentos 
O culto dos deuses africanos abrange diferentes ritos. 
SUJEITO: O culto dos deuses africanos 
NÚCLEO DO SUJEITO: culto 
Viajamos cedo. 
SUJEITO (e NÚCLEO): Nós (elíptico, identificado pela desinência 
verbal) 
COMPOSTO - Representado por dois ou mais núcleos. Aplicam-se, 
neste caso, as regras de concordância verbal já estudadas. 
Uma lagoa profunda e o céu dormem atrás de meus olhos. 
SUJEITO: Uma lagoa profunda e o céu 
NÚCLEOS DO SUJEITO (COMPOSTO): lagoa / céu 
Dormem / Dorme uma lagoa profunda e o céu atrás de meus olhos. 
(concordância gramatical e ideológica, respectivamente) 
INDETERMINADO – Pode ser representado de duas maneiras: 
a) verbo na 3ª pessoa do plural. 
Falaram mal de você. 
Bateram na porta. 
Dizem por aí que tu andas novamente de novo amor, nova paixão, 
todo contente. 
b) verbo na 3ª pessoa do singular + SE (índice ou partícula de 
indeterminação do sujeito). 
Precisa-se de moças com experiência. 
Nunca se é feliz. 
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Fala-se muito mas pouco se faz. 
ORAÇÃO SEM SUJEITO - Verbos impessoais (= 3ª pessoa do 
singular) 
a) Verbos que indicam fenômenos da natureza: 
Chove muito. 
Anoiteceu rapidamente. 
b) Verbo HAVER (com sentido de existir): 
Nunca houve tantos interessados. 
Devia haver muitos interessados. 
c) Verbos com ideia de tempo decorrido: 
Faz seis meses de sua partida. 
Vai para dez anos de sua partida. 
Há três semanas não a vejo. 
Amanhã vai fazer dez meses de sua partida.d) Verbo SER nas expressões de horas, datas ou distâncias: 
De um extremo ao outro são dez metros. 
Era uma hora e vinte. 
1.2 - TIPOS DE PREDICADO 
O Predicado pode ser classificado de três formas: verbal, nominal e 
verbo-nominal. 
VERBAL – Quando o predicado enuncia o que o sujeito faz ou sofre, 
cabe ao verbo apresentar a informação mais relevante da oração. 
Assim, o predicado se chama verbal, pois seu núcleo é o verbo. É o 
único dos três que não contém predicativo. 
Entraram em campo os atletas. 
NOMINAL – Neste predicado, o elemento mais importante está sob a 
forma de um nome (adjetivo, substantivo, pronome substantivo). O 
verbo tem a simples função de ligar o sujeito a este nome (palavra ou 
expressão que encerra a declaração). Por isso, a palavra principal 
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(núcleo) se encontra no predicativo do sujeito e o predicado é 
chamado de nominal. 
Eles estavam contentes. 
VERBO-NOMINAL – Simultaneamente, apresenta a ação praticada e 
o estado referente ao sujeito (predicativo do sujeito) ou ao 
complemento verbal (predicativo do objeto). Por isso, possui dois 
núcleos: o verbo e o nome (que exerce a função de predicativo). 
Os atletas entraram em campo confiantes. (predicativo do sujeito) 
Achei-a simpática. (predicativo do objeto direto) 
PREDICAÇÃO VERBAL – É o modo como o verbo se apresenta no 
predicado (regência verbal). 
Como qualquer outra palavra, a classificação de um verbo só pode ser 
definida na frase. O verbo, a depender do sentido que possua no 
contexto, pode ser classificado como: 
a) INTRANSITIVO (I) : O verbo já possui o sentido completo, 
podendo estar acompanhado de termos acessórios (adjunto adverbial) 
ou integrantes (predicativo), que venham somente pormenorizar as 
circunstâncias da ação ou estado. 
b) TRANSITIVO: Neste caso, o verbo, sem um complemento, tem o 
seu sentido ou alcance prejudicado. Subdivide-se em: 
• DIRETO (TD) – o complemento se liga ao verbo de forma 
direta, ou seja, sem preposição obrigatória. Dentre os transitivos 
diretos, devemos destacar os verbos transobjetivos, que são 
os que exigem uma informação adicional a respeito do objeto 
direto. Essa informação vem sob a função sintática de 
predicativo do objeto direto. 
• INDIRETO (TI) – o complemento se liga ao verbo 
obrigatoriamente por meio de uma preposição. O único verbo 
transitivo indireto que pode ser transobjetivo é o verbo 
CHAMAR (veja a aula sobre Regência). 
• DIRETO E INDIRETO (TDI) - também chamado de 
bitransitivo, apresenta dois complementos, um direto e outro 
indireto, concomitantemente. 
c) DE LIGAÇÃO (VL) – Serve para ligar o predicativo do sujeito 
(núcleo do predicado nominal) ao sujeito. Seria um erro afirmar que 
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não possui significado, pois, a depender do verbo escolhido, podem ser 
expressos diversos aspectos: 
Ele é feliz. estado permanente / Ele está feliz. estado transitório 
Ele parece feliz. aparência / Ele anda feliz. estado passageiro 
2 – INTEGRANTES 
O próprio nome já indica a sua função na estrutura oracional. Esses 
termos integram (ou seja, completam, inteiram) a significação do 
verbo transitivo ou de um nome. 
São eles: OBJETO DIRETO, OBJETO INDIRETO, PREDICATIVO (DO 
SUJEITO e DO OBJETO), COMPLEMENTO NOMINAL E AGENTE DA 
PASSIVA. 
2.1 - OBJETO DIRETO - complemento de um verbo transitivo direto, 
ou seja, termo que vem ligado ao verbo sem preposição (obrigatória) 
e indica o ser para o qual se dirige a ação verbal. 
Vais encontrar o mundo (= Vais encontrá-lo) 
Admiro a todos. 
Aguardavam-me desde cedo. 
O objeto direto preposicionado costuma ser usado: 
a) com verbos que indicam sentimento: 
Ama ao próximo com a ti mesmo. 
b) para evitar ambiguidade: 
Feriu ao animal o caçador. 
c) quando vem antecipado, como em alguns provérbios: 
A homem pobre ninguém roube. 
d) em associação a pronomes pessoais oblíquos tônicos (mim, si, ti, 
nós, vós, ele, ela eles, elas), certos pronomes indefinidos e junto ao 
pronome relativo quem: 
Depois de várias doses, ele esqueceu a mulher, a filha e até a si. 
(ESQUECER é TD) 
O remorso atingiu a todos. (ATINGIR é TD) 
Ele tem uma mulher a quem considera uma rainha. (CONSIDERAR é 
TD) 
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e) com o numeral ambos na função de objeto direto: 
Ele contratou a ambos. (CONTRATAR é TD) 
f) em certas construções enfáticas, quando se atribui à ação um valor 
diferente do tradicional: 
Provou do próprio veneno (PROVAR é TD). 
Todos ficaram pasmos quando souberam do caso. (SABER é TD). 
O objeto direto pleonástico é usado quando se quer chamar a atenção 
para o OBJETO DIRETO que precede o verbo. 
Também pode ser constituído de um pronome átono e de uma forma 
pronominal tônica preposicionada. 
Esse carro, comprei-o hoje. 
A mim, ninguém me espera em casa. 
2.2 - OBJETO INDIRETO - complemento de um verbo transitivo 
indireto, isto é, o termo que se liga ao verbo por meio de preposição. 
Não vem precedido de preposição o objeto indireto representado pelos 
pronomes pessoais oblíquos me, te, lhe, nos vos, lhes e pelo 
reflexivo se. 
Ele só pensa na prova. 
Falou aos filhos. 
Como ousas desobedecer-me? 
Para saber identificar se esses pronomes (me, te, se, nos, vos, se) 
exercem a função sintática de objeto direto ou indireto (já que se 
prestam às duas funções), não podemos simplesmente trocar por “a 
mim”, pois, como vimos no item 2.1 – d, os pronomes oblíquos tônicos 
são sempre regidos por preposição. Para resolver esse mistério, basta 
trocar o pronome por um nome: 
Como ousas desobedecer-me? Como ousa desobedecer a seu pai? 
A regência do verbo DESOBEDECER exige preposição “a”. 
O objeto indireto pleonástico tem a mesma função do objeto direto 
pleonástico: realce. Neste caso, uma das formas é obrigatoriamente 
um pronome pessoal átono. A outra pode ser um substantivo ou um 
pronome oblíquo tônico antecedido de preposição. 
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Ao pobre, não lhe devo nada. 
A mim, ensinou-me tudo. 
2.3 - PREDICATIVO 
2.3.1 - DO SUJEITO – Termo que, mesmo distante, se refere ao 
sujeito. Pode ser representado por: 
a) um substantivo ou expressão substantivada. 
O boato é um vício detestável. 
b) um adjetivo ou locução adjetiva. 
A praia estava deserta. 
Esta linha é de morte. 
c) um pronome. 
O mito é o nada que é tudo. 
d) um numeral. 
Nós éramos cinco e brigávamos muito. 
e) por oração substantiva predicativa. 
A verdade é que nunca me importei com ele. 
Quando se deseja dar ênfase ao predicativo, costuma-se repeti-lo: 
Feliz, já não o sou mais. 
2.3.2 - DO OBJETO – Refere-se ao complemento verbal, que pode 
ser tanto o objeto direto como o indireto. 
O Predicativo do Objeto só aparece em predicado verbo-nominal e 
pode ser expresso: 
a) por substantivo: 
Chamo-me Cláudia. 
b) por adjetivo: 
Os moradores do castelo julgavam-no assombrado. 
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O predicativo do objeto pode vir, facultativamente, antecedido de 
preposição ou do conectivo como: 
O sujeito explicou porque o tratavam por doutor. 
Considero-o como meu irmão. 
Somente com o verbo CHAMAR pode ocorrer o Predicativo do Objeto 
Indireto: 
Chamam-lhe de hipócrita por toda a parte. 
Chamam ao rapaz de hipócrita por toda a parte. 
Com os demais verbos transobjetivos (crer, eleger, encontrar, estimar, 
fazer, julgar, nomear,proclamar etc.), ele é sempre PREDICATIVO DO 
OBJETO DIRETO. 
2.4 - COMPLEMENTO NOMINAL - pode completar um substantivo 
abstrato, um adjetivo ou advérbios (derivados de adjetivos). Vem 
regido por preposição e o termo preposicionado tem valor paciente. 
Não é permitida a colocação de cartazes. 
A decisão foi favorável aos alunos. 
O deputado discursou favoravelmente ao projeto. 
Mais adiante, veremos a distinção entre COMPLEMENTO NOMINAL e 
ADJUNTO ADNOMINAL. 
2.5 - AGENTE DA PASSIVA – Termo que exerce a ação verbal na voz 
passiva. Este complemento é normalmente introduzido pela preposição 
por. 
Ela está sendo conquistada por mim. 
3 – ACESSÓRIOS 
São chamados ACESSÓRIOS os termos que se juntam a um nome ou a 
um verbo para precisar-lhes o significado. Embora tragam um dado 
novo à oração, não são eles indispensáveis ao entendimento do 
enunciado. 
São termos acessórios: ADJUNTO ADNOMINAL, ADJUNTO ADVERBIAL, 
APOSTO. 
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3.1 - ADJUNTO ADNOMINAL – É o termo que delimita, especifica a 
significação do substantivo, qualquer que seja a função deste. O 
mesmo substantivo pode estar acompanhado de mais de um adjunto 
adnominal, ou seja, essa função pode ser exercida por um adjetivo, 
uma locução adjetiva, um artigo (definido ou indefinido), um pronome 
adjetivo, um numeral ou até mesmo uma oração adjetiva. 
Nos exemplos abaixo, são apresentados em negrito os adjuntos 
adnominais e sublinhados os núcleos (substantivos). 
Esta segregação social precisa de uma grande volta. 
Tinha uma memória de prodígio. 
O mar é um mistério para os sonhadores. 
A minha dona é a solidão. 
Venho cumprir uma missão do sacerdócio que abracei. 
Adjunto Adnominal x Complemento Nominal 
A diferença entre as funções sintáticas de ADJUNTO ADNOMINAL e 
COMPLEMENTO NOMINAL, em alguns casos, é sutil, quando o termo é 
regido por preposição. 
Se estiver preso a um ADJETIVO ou a um ADVÉRBIO, será 
COMPLEMENTO NOMINAL. 
A sala está cheia de armamento pesado. 
Discursei favoravelmente ao projeto. 
Se completar um SUBSTANTIVO CONCRETO, será ADJUNTO 
ADNOMINAL. 
A porta de ferro está enferrujada. 
Quando estiver junto a um SUBSTANTIVO ABSTRATO, é preciso 
verificar o termo preposicionado. 
Se o termo for PACIENTE, é um complemento nominal: 
A construção do prédio foi embargada. 
A venda de armas foi proibida. 
Se o termo for AGENTE, é um adjunto adnominal: 
A conquista dos brasileiros foi reconhecida por todos. 
A invasão dos soldados foi rápida e eficaz. 
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Essa distinção fica explícita com o exemplo que nos apresenta Adriano 
da Gama Kury (Novas Lições de Análise Sintática). 
A lembrança de meu pai alegrou-me. 
Fora do contexto, não podemos afirmar se o elemento em destaque 
exerce função ativa (adjunto adnominal) ou passiva (complemento 
nominal). 
Se a ação foi praticada pela filha (ela lembrou-se de seu pai e, com 
isso, alegrou-se), o valor é passivo (o pai foi lembrado – SOFREU A 
AÇÃO VERBAL) e a expressão exerce função de complemento 
nominal. 
Já se ação foi praticada pelo pai (ele se lembrou, fato que alegrou a 
filha), o valor da expressão é ativo (o pai lembrou – PRATICOU A 
AÇÃO VERBAL) e a função exercida pela expressão é adjunto 
adnominal. 
Podemos ilustrar essa distinção com o seguinte gráfico: 
COMPLEMENTO NOMINAL ADJUNTO 
ADNOMINAL 
Em resumo: 
 
- SUBSTANTIVO 
 CONCRETO 
- ADJETIVO 
SUBST. 
ABSTRATO 
- ADVÉRBIO 
Com idéia ativa = 
ADJUNTO 
ADNOMINAL 
Com idéia passiva = 
COMPLEMENTO 
NOMINAL 
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- ADJETIVO, ADVÉRBIO E SUBSTANTIVO ABSTRATO COM IDEIA 
PASSIVA COMPLEMENTO NOMINAL 
- SUBSTANTIVO CONCRETO E SUBSTANTIVO ABSTRATO COM IDEIA 
ATIVA ADJUNTO ADNOMINAL 
O único elemento da interseção é o SUBSTANTIVO ABSTRATO. 
Quer um ótimo método de memorização? Então, anote aí: tudo com 
A = substantivo Abstrato com ideia Ativa função de Adjunto 
Adnominal. 
3.2 - Adjunto Adverbial - é, como o nome indica, o termo de valor 
adverbial que denota alguma circunstância do fato expresso pelo 
verbo, ou intensifica o sentido deste, de um adjetivo ou de um 
advérbio. Pode vir expresso por um advérbio, uma locução ou 
expressão adverbial ou uma oração adverbial. 
São inúmeras as circunstância atribuídas por um adjunto adverbial. 
Sem a pretensão de esgotar os exemplos, podemos destacar: 
a) de causa - Por que não foste ao concerto? 
b) de companhia - Vivi com Daniel. 
c) de dúvida - Talvez Nina tivesse razão. 
d) de fim - Fazia isso por penitência. 
e) de instrumento - Dou-te com o chicote! 
f) de intensidade - Gosto muito de ti. 
g) de lugar - Levou-os para casa. 
h) de matéria - Era um adeus com raiva e lágrimas. 
i) de meio- Viajava de trem por toda a Europa. 
j) de modo - Vagarosamente, recolhemos os frutos. 
l) de negação - Não partas cheio de ressentimento. 
m) de tempo - Ele sentava-se cedo a essa mesa de trabalho e nunca 
reclamou de sua função. 
Em um período composto, a função de ADJUNTO ADVERBIAL pode ser 
exercida por uma ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL, atribuindo-se 
uma das circunstâncias enumeradas na aula passada (causal, 
condicional, concessiva, temporal, proporcional final, conformativa, 
consecutiva, concessiva, comparativa, locativa ou modal). 
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Também merecem destaque os Advérbios Interrogativos: causa 
(por que), lugar (onde, aonde, donde), de modo (como), de tempo 
(quando), presentes nas orações interrogativas. 
Não confunda esses advérbios com os pronomes relativos, que devem 
se referir a algum termo antecedente. 
Adjetivos adverbializados são os adjetivos que se usam no lugar do 
advérbio e, por isso, não variam. 
Eles falam alto. 
A cerveja que desce redondo. 
3.2.1 - PALAVRAS DENOTATIVAS 
Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, certas palavras, por 
vezes enquadradas indevidamente entre os advérbios, denotam 
circunstâncias, sem que, como estes últimos, modifiquem verbo, 
adjetivo ou outro advérbio. 
a) INCLUSÃO: até, inclusive, mesmo, também etc. 
Ele roubou diversas pessoas, até sua mãe. 
Mesmo os inocentes pagam. 
b) EXCLUSÃO: apenas, salvo, senão, só, somente etc. 
Da família só duas prestavam. 
c) DESIGNAÇÃO: eis 
Eis os livros de que te falei. 
d) RETIFICAÇÃO: aliás, isto é, ou melhor etc. 
Sinto que ele me escapa, ou melhor, que nunca me pertenceu. 
Corremos, isto é, voamos até o trabalho. 
e) EXPLICAÇÃO: por exemplo, a saber, isto é etc. 
Estivemos nesta casa, isto é, na sala, no quarto. 
f) SITUAÇÃO: afinal, então, agora, mas etc. 
Afinal, o que fazes por aqui? 
Mas, porque nunca me disse isso? 
g) REALCE : cá, lá, que, é que, só etc. 
Eles é que deveriam ter vindo aqui. 
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Eu só queria agradar você. 
Isso lá é jeito de falar com a sua mãe? 
3.3 – APOSTO - é o termo de natureza substantiva que se refere, 
na maioria das vezes a um substantivo, a um pronome ou a um 
equivalente, a título de explicação ou de apreciação. 
O aposto tem o mesmo valor sintático do termo a que se refere e, por 
meio dele, atribui-se a um substantivo (termo referente) alguma 
propriedade. Os dois termos designam sempre o mesmo ser, o mesmo 
objeto, a mesma ideia ou o mesmo fato. Entre o aposto e o termo a 
que ele se refere há em geral uma pausa, marcada na escrita por uma 
vírgula. 
Eles, os pobres desesperados, tinham uma euforiade fantoches. 
Pode também não haver pausa entre o aposto e a palavra principal, 
quando esta é um termo genérico, especificado ou individualizado pelo 
aposto. 
A cidade de Lisboa é linda. 
No mês de maio vemos florir o jardim. 
Estes apostos equivalem a “nomes, títulos”e são chamados de aposto 
de especificação. Não devem ser confundidos com adjuntos 
adnominais, que são atributos, termos de natureza adjetiva. 
O clima de Lisboa é muito agradável nesta época. 
As festas de maio homenageiam as mães. 
Tipos de aposto
a) Explicativo: Maria, a estudante, chegou. 
b) Enumerativo: João tem três filhos: Pedro, Antônio e Carlos. 
c) Resumitivo ou Recapitulativo: Fortunas, prazeres, sossego, nada o 
satisfazia. 
d) Distributivo: Eram dois bons alunos, um em Português e outro 
em História. 
e) Especificativo: Rio Amazonas / Praça da República 
f) Em referência a uma oração: Ele não compareceu, o que nos deixou 
tristes. 
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O aposto não deve ser confundido com o adjetivo que, em função de 
predicativo, costuma vir separado do substantivo que modifica por 
uma pausa sensível (geralmente na escrita indicada por vírgula). 
Veja o seguinte exemplo: 
A noite vai descendo muda e calma. 
Esta oração poderia ser enunciada: 
A noite, muda e calma, vai descendo. 
Nas duas orações, muda e calma exercem a função sintática de 
predicativo do sujeito e designam o estado em que se encontrava o 
agente (noite) ao praticar a ação (descer). Faz parte, portanto, de um 
predicado verbo-nominal. 
O adjetivo, usado na sua função própria (como a de predicativo do 
sujeito), não pode exercer a função de aposto, porque designa uma 
característica do ser ou da coisa, e não o próprio ser ou a própria 
coisa, como o aposto o faz. 
Maria, irmã de Carlos, mudou-se para o Acre. 
Agora, temos um exemplo de expressão que exerce a função de 
aposto. “Irmã de Carlos” tem valor substantivo e se refere ao 
elemento já enunciado (Maria). 
VOCATIVO
À parte do sujeito e do predicado, são termos de entoação exclamativa 
que, sem estarem subordinados a nenhum outro termo da frase, 
apenas servem para invocar, chamar ou nomear, com ênfase maior ou 
menor, a pessoa ou coisa personificada. 
José, venha falar comigo. 
Pode ser antecedida por uma interjeição: 
Evoé, Carlos! 
Encerramos, aqui, a aula de hoje. 
Em nossa próxima aula, falaremos sobre PONTUAÇÃO e muitos dos 
conceitos até então apresentados serão fundamentais para que 
possamos seguir com firmeza em nosso estudo. 
Grande abraço e até lá! 
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QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
(FGV / Ministério da Cultura /2006) 
Foto dos Sonhos 
O engenheiro colombiano Joaquín Sarmiento trabalhava em Nova York 
e se sentia, muitas vezes, solitário. Era mais um daqueles imigrantes 
nostálgicos. Para ocupar as horas vagas, decidiu aprender fotografia. 
Estava, nesse momento, descobrindo um novo ângulo para a sua vida, 
sem volta. A vontade de se aventurar pela América Latina tirando fotos 
fez com que ele deixasse para sempre a paisagem nova-iorquina, 
aposentasse sua carreira de engenheiro e transformasse Paraisópolis, 
uma das maiores favelas paulistanas, em seu cenário cotidiano. "Estou 
ficando sem dinheiro, mas é uma bela aventura." 
Depois de três anos nos Estados Unidos, voltou para Bogotá, 
planejando trabalhar em obras de infra-estrutura. 
Mudou de idéia. Com 26 anos, percebeu que o hobby que tinha 
adquirido em Nova York se convertera em paixão. No final de 2004, 
veio com sua família para duas semanas de férias em São Paulo. 
"Como sempre tive muito interesse em estudar a América Latina, fui 
ficando." Soube então de uma experiência desenvolvida pelo colégio 
Miguel de Cervantes, criado por espanhóis, na vizinha Paraisópolis. 
Lá, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de "Barracão 
dos Sonhos", no qual se misturam ritmos afros e ibéricos. Desse 
encontro nasceu, por exemplo, a estranha mistura dos ritmos e 
bailados flamencos com o samba. 
"Resolvi registrar esse convívio e, aos poucos, ia me embrenhando na 
favela para conhecer seus personagens." 
O que era, inicialmente, para ser um cenário fotográfico virou uma 
espécie de laboratório pessoal. Joaquín sentiu-se estimulado a dar 
oficinas de fotografia a jovens e crianças de Paraisópolis. "Descobri 
mais um ângulo das fotos: o ângulo de ensinar a olhar." Lentamente, 
naquele espaço, temido por muitos, Joaquín ia se sentindo em casa. 
"Há um jeito muito similar de acolhimento dos latino-americanos, 
apesar de toda a violência." 
Sem saber ainda direito como vai sobreviver – "as reservas que 
acumulei em Nova York estão indo embora" –, ele planeja as próximas 
paradas pela América do Sul. Mas, antes de se despedir, pretende 
fazer uma exposição sobre o seu olhar pelo Brasil. Até lá, está 
aproveitando a internet (www.joaquinsarmiento.com) para mostrar 
algumas das imagens fotográficas que documentam seus trajetos. 
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(Gilberto Dimenstein. Folha de São Paulo, 12/04/2006)
Com base no texto acima, responda às perguntas 1 a 3. 
1 - Assinale a alternativa que não exerça a mesma função sintática 
que as demais. 
(A) as horas vagas (ls.2-3) 
(B) muito interesse (l.13) 
(C) ritmos afros e ibéricos (l.17) 
(D) como vai sobreviver (l.27) 
(E) que (l.27) 
2 – (FGV / Ministério da Cultura /2006) 
Assinale a alternativa em que, respectivamente, a função sintática dos 
termos Paraisópolis (L.6), na vizinha Paraisópolis (L.15) e de 
Paraisópolis (L.23) esteja corretamente indicada. 
(A) sujeito – adjunto adnominal – adjunto adnominal 
(B) objeto direto – adjunto adverbial – adjunto adnominal 
(C) adjunto adnominal – adjunto adnominal – adjunto adverbial 
(D) objeto direto – complemento nominal – adjunto adverbial 
(E) sujeito – adjunto adverbial – complemento nominal 
3 – (FGV / Ministério da Cultura /2006) 
Assinale a alternativa em que o termo do texto não atribua, para a 
oração de que faz parte, circunstância temporal. 
(A) nesse momento (L.3) 
(B) Depois de três anos nos Estados Unidos (L.9) 
(C) No final de 2004 (L.12) 
(D) para duas semanas de férias em São Paulo (Ls.12-13) 
(E) antes de se despedir (L.29) 
4 - (BESC / ADVOGADO/ 2004) 
Assinale a alternativa em que o termo destacado exerça a mesma 
função sintática que o termo grifado na seguinte frase: "Os bancos 
ganharam antes e, sinaliza o governo, vão continuar ganhando.". 
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(A) "Está claro que a redução esperada e projetada da taxa-Selic 
diminuiu a rentabilidade dos bancos..." 
(B) "...já que posterga a corrida certa dos bancos em busca da 
rentabilidade perdida." 
(C) "E o risco de emprestar é sempre o de não receber." 
(D) "Buscam-se regras e leis para tornar menos 'paternalista' a 
decisão dos juízes..." 
(E) "Ou seja, há uma possibilidade, não desprezível, de o país perder, 
mais uma vez, uma janela de oportunidade." 
5 - (FGV / PREF.GUARULHOS/ 2001) 
Assinale a alternativa na qual “que” tem a mesma função sintática que 
em: “A flor que ontem desabrochou já está murcha”. 
A. Ela tem um quê de mistério. 
B. Sofreu muito com as chuvas que caíram. 
C. Veio tão rápido que nos surpreendeu. 
D. Venha, que ela está aqui. 
6 - (NCE UFRJ / TRE RJ Técnico Judiciário Adm/ 2001) 
“... exige mudança profunda no enfoque da administração dos 
problemas sociais pelos governos federal, estadual e municipal...” 
O comentário correto a respeito desse segmento do texto é: 
a) o termo da administração correspondea um adjunto adnominal; 
b) o termo dos problemas sociais corresponde a um objeto indireto; 
c) federal, estadual e municipal são apresentados numa ordem 
crescente de importância; 
d) o substantivo governos se prende aos adjetivos federal, estadual e 
municipal; 
e) o adjetivo profunda se refere aos substantivos mudança e 
administração. 
7 – (FGV/ATE MS/2006 – com adaptação) 
“Tenho medo de abrir! Vai que evapora!”. 
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Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, a correta 
função sintática de medo e de abrir. 
(A) adjunto adverbial – objeto indireto 
(B) predicativo do sujeito – complemento nominal 
(C) predicativo do sujeito – adjunto adnominal 
(D) objeto direto – adjunto adnominal 
(E) objeto direto – complemento nominal 
8 - (NCE UFRJ / Eletronorte / 2006) 
A alternativa em que o elemento sublinhado indica o agente e não o 
paciente do termo anterior é: 
(A) “a utilização de qualquer um deles”; 
(B) “a queima do petróleo”; 
(C) “inundação de vastas áreas”; 
(D) “a fauna aquática dos rios”; 
(E) “construção de barragens”. 
9 - (NCE UFRJ / BNDES/ 2005) 
Os adjetivos mostram qualidades, características ou especificações dos 
substantivos; a alternativa abaixo em que o termo em negrito NÃO 
funciona como adjetivo é: 
(A) difícil aprendizado; 
(B) sensação de dificuldade; 
(C) trabalho que é difícil; 
(D) tarefa dificílima; 
(E) acesso difícil. 
10 - (FGV / ICMS MS – ATI / 2006) 
Você nunca teve ilusões sobre a humanidade. 
O termo destacado no período acima tem a função sintática de: 
(A) adjunto adnominal. 
(B) adjunto adverbial. 
(C) complemento nominal. 
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(D) objeto indireto. 
(E) predicativo do objeto. 
11 - (UnB CESPE / Câmara dos Deputados / 2002 – com 
adaptação) 
Nabuco parte para Londres no mês de fevereiro de 1882, 
permanecendo como correspondente do Jornal do Comércio até 1884. 
Ele não passará como outrora o tempo londrino na ociosidade. Dedica-
se agora ao trabalho e ao estudo. Como vários outros intelectuais do 
seu tempo, interessados todos pelos problemas sociais e vivendo no 
exílio, torna-se freqüentador assíduo do Museu Britânico. 
Reflete e lê acerca de vários assuntos na biblioteca do Museu. O Museu 
Britânico é fonte de muitas obras importantes das ciências sociais. Ali, 
Karl Marx escreve O Capital e outros ensaios. Também ali Nabuco 
absorve as lições que são a base de um dos textos fundamentais das 
ciências sociais brasileiras. A atividade principal da sua mais recente 
temporada londrina é a familiarização com a bibliografia a respeito do 
escravismo colonial. Isso lhe permite escrever um livro da qualidade 
de O Abolicionismo — a reflexão mais coerente, profunda e completa 
já feita no Brasil acerca do assunto. Trata-se de um monumento de 
erudição, pleno de conhecimento de história, política, sociologia, 
direito e de tudo quanto se refere à escravidão negra. Pelo alto nível 
do conteúdo e a excelência da forma é um dos livros mais importantes 
das ciências sociais jamais escritos no Brasil. Ocupa, por isso, um 
lugar de destaque na bibliografia específica que, na época, era muito 
restrita. Hoje, mais de cem anos depois da sua primeira edição, 
quando as ciências sociais se desenvolveram tanto no mundo e no 
Brasil, o livro ainda é consultado e visto como exemplo, seja pelo 
volume de informações, seja pelos variados enfoques — alguns 
extremamente originais —, seja ainda pela forma superior. 
Por tudo isso é julgado como empresa notável. Bastava a redação de O 
Abolicionismo para justificar a proveitosa estada de Nabuco por dois 
anos na Inglaterra. 
Francisco Iglésias. Idem, p.13 (com adaptações). 
Analise as proposições a seguir, indicando V para as verdadeiras e F 
para as falsas. Em seguida, marque a opção que indica a ordem 
correta. 
I - Nas formas verbais “Dedica-se” (l.3) e “torna-se” (l.5), o pronome 
enclítico exerce funções sintáticas diferentes. 
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II - No trecho “Isso lhe permite escrever” (l.11), o pronome sublinhado 
exerce a função de objeto indireto e poderia ser substituído pela 
expressão a ele. 
a) V – V 
b) V – F 
c) F – V 
d) F - F 
12 – (UnB CESPE/SMF Maceió/2003) 
A devassa por decreto 
Não é de hoje que se propaga entre nós fenômeno raro a demandar 
análise criteriosa. Pode ser resumido em poucas palavras. Enquanto a 
milenar presunção de inocência acompanha o acusado até sua 
condenação, ainda que o delito a ele imputado seja dos mais graves e 
comprometedoras as provas apuradas, a presunção muda de face, 
embora não se diga, em se tratando de fato envolvendo o fisco; 
facilmente se aceita como verdadeira a imputação feita a alguém. 
Suponho que esse fenômeno derive do fato, generalizado, de 
estabelecer-se sinonímia entre contribuinte e sonegador. 
Não é preciso dizer que o tributo, entre outras razões, por ser 
obrigação legal, deve ser satisfeito na forma e no prazo de lei. De 
resto, as sanções criadas para forçar essa observância chegam a ser 
draconianas. Se elas fossem pactuadas entre particulares, dificilmente 
seriam aceitas como lícitas na esfera dos tribunais; em favor do fisco, 
no entanto, são aceitas sem reparos. Faço a observação apenas para 
salientar o aparato coercitivo que acompanha o direito, por vezes o 
suposto direito do erário. Mas, volto a dizer, ultimamente, os excessos 
“legislados” via de regra por medidas provisórias são chocantes, a 
começar por sua imoderação; assim, não têm faltado alterações 
insignes no processo fiscal, a ponto de convertê-lo em simulacro 
processual. 
Paulo Brossard. In: Correio Braziliense, 22/12/2002. Coluna Opinião 
(com adaptações). 
Com base no texto acima, julgue a assertiva que se segue. 
• Com relação à representação do sujeito da oração, no segmento 
“em se tratando de fato” (l.5), o sujeito é indeterminado, 
diferentemente do que ocorre no segmento “estabelecer-se 
sinonímia” (ls.7-8), em que o sujeito é “sinonímia”. 
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(CESPE UnB / MPU/ 1996) 
Com base no texto a seguir, responda às questões 13 e 14. 
Tal como a chuva caída 
Fecunda a terra no estio 
Para fecundar a vida, 
O trabalho se inventou. 
Feliz quem pode orgulhoso 
Dizer: - Nunca fui vadio 
E se hoje sou venturoso, 
Devo ao trabalho o que 
sou. 
Olavo Bilac, O trabalho. 
13 - (CESPE UnB / MPU/ 1996) 
Considerando a sentença contida nos versos 5 e 6, quanto à 
morfossintaxe, assinale a opção incorreta. 
(A) O adjetivo ''orgulhoso'' está exercendo a função de predicativo do 
objeto. 
(B) "Feliz'' e "vadio" são adjetivos que exercem as funções de 
predicativos de seus sujeitos. 
(C) "Nunca" é um advérbio que atualiza as circunstâncias de tempo e 
de negação, simultaneamente. 
(D) Na locução verbal "pode ... Dizer", o primeiro verbo é auxiliar e o 
segundo é o principal. 
(E) Reescrevendo a sentença na ordem direta, em discurso indireto, 
tem-se: Quem pode dizer orgulhoso que nunca foi vadio é feliz. 
14 - (CESPE UnB / MPU/ 1996) 
Em "E se hoje sou venturoso/ Devo ao trabalho o que sou." (v.7-8), há 
apenas 
(A) duas vezes o sujeito eu. 
(B) um pronome pessoal do caso oblíquo. 
(C) um pronome relativo e um pronome demonstrativo. 
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(D) dois predicados verbais. 
(E) três predicados nominais. 
15 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL/ 2006)A alternativa em que a construção com o pronome SE é diferente das 
demais é: 
(A) “desfez-se o regime de segregação racial”; 
(B) “solidificou-se a visão de que (....) o homem tinha direito a uma 
vida digna”; 
(C) “justificava-se abertamente o direito do marido de bater na 
mulher”; 
(D) “Lutou-se pela idéia de que todos os homens merecem a 
liberdade”; 
(E) “respeitar-se o sinal vermelho”. 
16 - (ESAF/TRF/2006) 
Assinale a opção correta em relação à função do “se”. 
Embora a recuperação da confiança tenha sido modesta em setembro, 
é possível que a tendência positiva se(1) acentue no final do ano, 
se(2) a queda do juro básico se(3) transferir para o crédito ao 
consumo e se(4) os salários reais continuarem a se(5) recuperar 
devido à contenção da inflação, que eleva o poder aquisitivo. 
(O Estado de S. Paulo, 04/10/2005, Editorial) 
a) 1 – conjunção condicional 
b) 2 – pronome reflexivo 
c) 3 – índice de indeterminação do sujeito 
d) 4 – conjunção condicional 
e) 5 – palavra expletiva ou de realce 
17 - (CESPE UnB / MPU/ 1996) 
Analise o emprego dos conectivos que sublinhados no fragmento a 
seguir: 
"o impassível gigante que os contemplava com desprezo, 
imperturbável a todos os golpes e a todos os tiros que lhe 
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desfechavam no dorso, deixando sem um gemido que lhe abrissem as 
entranhas de granito". 
Assinale a opção correta. 
(A) Nas três ocorrências, o que é pronome relativo. 
(B) Na primeira ocorrência, o que é sujeito da oração seguinte. 
(C) Na segunda ocorrência, o que é expletivo, podendo ser retirado da 
sentença sem prejuízo do sentido. 
(D) Na terceira ocorrência, o que é o objeto direto do verbo deixar. 
(E) Nas duas últimas ocorrências, o que é conjunção subordinativa 
integrante, não exercendo função sintática. 
18 - (UnB CESPE / PGE PA /2007) 
1 A paixão futebolística apresenta características particulares. É 
quase sempre eterna e não é necessariamente sustentada por 
convenções 
sociais, mas por dependência a uma relação de apego, de 
proximidade, 
4 necessidade que une os amantes esportivos. É apregoada 
desavergonhadamente a qualquer instante e em qualquer lugar com 
delicioso orgulho. 
7 Porém, quando o desempenho das nossas equipes de coração não 
atende às expectativas, mesmo que ocasionalmente passamos a sentir 
certa rejeição por elas e muitas vezes somos levados a atitudes 
10 irracionais. Renegar ou esconder as nossas preferências esportivas 
são 
condutas aceitáveis, mas conviver com repentes agressivos que 
violam qualquer tipo de acordo social, não, pois são ações 
animalescas, 
13 que deveriam sofrer severa punição. 
Sócrates. Na idade da pedra. In: CartaCapital, “Pênalti”, 
6/12/2006, p. 53 (com adaptações). 
Julgue a assertiva abaixo. 
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- Os termos “sociais” (R.3) e “severa” (R.13) exercem no texto a 
mesma função sintática. 
19 - (UnB CESPE / Bombeiros AC / 2006) 
1 Quebrar o círculo vicioso da pobreza significa 
oferecer oportunidades para as camadas de renda mais baixa 
da população, sobretudo por meio da educação de qualidade. 
4 O Governo Federal vem perseguindo, desde 1995, combater 
a pobreza estrutural e promover a inclusão social, após 
ampliar a oferta de vagas no ensino fundamental. 
7 Desenvolvido a partir de iniciativas bem-sucedidas 
de alguns municípios brasileiros, o Programa Nacional do 
Bolsa Escola foi criado em 2001 com a proposta de se 
10 conceder benefício monetário mensal a milhares de famílias 
brasileiras em troca da manutenção de suas crianças nas 
escolas. O dinheiro é pago diretamente à população por meio 
13 de cartões magnéticos, nas agências da Caixa Econômica 
Federal, nos postos de atendimento do Caixa Aqui ou em 
casas lotéricas. 
Internet: <www.mec.gov.br>. Acesso em 20/3/2006 (com 
adaptações). 
Com referência ao texto acima, julgue os itens subseqüentes. 
a) A forma verbal “vem perseguindo” (R.4) possui três complementos 
diretos: pobreza, inclusão e oferta de vagas. 
b) A expressão “iniciativas bem-sucedidas” (R.7) é o sujeito sintático 
do período que se estende das linhas 7 a 12. 
20 - (FUNRIO/MPOG – AGENTE ADM/2009) 
O carrasco 
(Luis Fernando Veríssimo) 
Pequena história, significando não sei bem o quê. Dizem que, quando 
recebeu o Robespierre caído em desgraça para medi-lo para a 
guilhotina, o carrasco se surpreendeu. 
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- O senhor aqui?! 
- Veja você - disse Robespierre. - Não faz muito, eu é que estava 
mandando gente para você executar. Agora o condenado sou eu. 
Mas isso é a política, um dia você manda, outro dia você é mandado. 
Inclusive para a guilhotina... 
Ao que o carrasco disse: 
- Felizmente, estou livre disso. Só eu sei manejar a guilhotina. Tenho o 
cargo mais estável da República. 
- Aliás - disse Robespierre - fui eu que lhe contratei, lembra? 
- Claro - disse o Carrasco - como poderia esquecer? 
- Então me ajude a fugir - sugeriu Robespierre. 
E o Carrasco sorriu e disse: 
- Lembra por que o senhor me contratou? Porque eu era o servidor 
público perfeito. Eficiente, cumpridor de ordens e incorruptível. 
Abra a camisa, por favor. 
(Zero hora, 16 de dezembro de 2007 | N° 15450) 
Com base no texto acima, responda a seguinte questão. 
 “Dizem que, quando recebeu o Robespierre caído em desgraça...” 
Assinale a opção que apresenta corretamente a classificação do sujeito 
de “Dizem” e uma respectiva explicação para tal emprego. 
A) sujeito inexistente – inexiste um termo a que o verbo possa se 
referir 
B) sujeito oculto – é identificável na forma verbal 
C) sujeito simples – seu núcleo é Robespierre 
D) sujeito composto – apresenta dois núcleos, Robespierre e Carrasco 
E) sujeito indeterminado – não se pode ou não se deseja especificar o 
sintagma que exerce a função de sujeito 
21 - (FUNRIO/MPOG – AGENTE ADM/2009) 
Machado de Assis e a política 
(Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça) 
Pedro II ao partir, sob condições injustas de desprestígio, deixava uma 
governação de cinqüenta anos de respeito à cultura e de uma certa 
magnanimidade, mas de pouca atenção ao Nordeste do País. Seu 
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tempo não aponta apenas a maldade da estatística ao revelar que 
ficara no Brasil uma nobreza de sete marqueses e uma marquesa 
viúva. Dez condes e dez condessas viúvas. Vinte viscondes e dezoito 
viscondessas viúvas. Vinte e sete barões e onze baronesas viúvas. Era 
viúva demais... 
Tornou-se consensual que Machado de Assis não se apaixona pela 
política. Inegavelmente nunca a ignorou como cronista ou romancista. 
Por isso mesmo, participou também da acesa discussão sobre a 
transferência da capital do País. 
Falava-se em instalar o Governo da República em cidades serranas do 
Estado do Rio de Janeiro, mas Cruls já batia pernas pelo Planalto 
Central, cuidando dos instantes seminais do que mais tarde viria a ser 
Brasília. E Machado opinava: 
"Não há dúvida que uma capital é obra dos tempos, filha da História. 
As novas devemos esperar que serão habitadas logo que sejam 
habitáveis. O resto virá com os anos". 
E ainda: 
"A Capital da República, uma vez estabelecida, receberá um nome 
deveras, em vez deste que ora temos, mero qualificativo. Não sei se 
viverei até a inauguração. A vida é tão curta e a morte tão incerta, que 
a inauguração pode fazer-se sem mim, e tão certo é o esquecimento 
que não darão pela minha falta". 
Foi mesmo assim, só que seu nome nunca restou esquecido em 
Brasília. O Senadoda República e os meios acadêmicos nunca o 
permitiram. 
Não se deixam de anotar muitas amostragens do interesse de 
Machado pela política, não na militância das ruas, mas na consideração 
do seu papel catalisador. 
Brito Broca chama a atenção para o fato de Brás Cubas ter sido 
deputado. E diz: 
"Se temos, pois, em Brás Cubas, uma sublimação do secreto ideal 
político de Machado de Assis, teremos no sentido satírico desse 
episódio o reverso do mesmo ideal. No discurso do herói, Machado, 
segundo o seu método de compensação psicológica, destrói a possível 
inveja que lhe causariam aqueles que subiam, um dia, os degraus da 
tribuna parlamentar. O Brás Cubas da barretina reflete toda a 
descrença e toda a malícia de um Machado de Assis deputado". 
O desfile de perfis políticos está mesmo nas crônicas de A Semana, 
entre elas o texto clássico "O Velho Senado", mas há nos romances 
políticos como Lobo Neves, supersticioso e fátuo; Camacho, cabo 
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eleitoral típico; Teófilo, ansioso por se tornar ministro; Brotero, o das 
aventuras amorosas e não podemos esquecer o brasileiro Tristão, a 
naturalizar-se português para se eleger deputado por lá. Também o 
deputado Clodovil a viajar pela Europa. 
O entorno de amigos de Machado estava farto de políticos: Alencar, 
Francisco Otaviano, Bocaiúva, Joaquim Serra e o maior deles: Joaquim 
Nabuco. 
Quero testemunhar algo muito em particular. Sou, como ele de certa 
forma o foi, membro de uma Corte de Contas, já centenária, o que no 
Brasil conta muito. Machado de Assis foi por 41 anos modelar 
funcionário público e apetecia a ele tarefas que hoje são nomeadas 
como de Controle Interno. 
Exerceu, entre outras tantas bem diversificadas, funções dessa 
natureza no Ministério de Obras Públicas. Não era esse o nome. Mas 
vá lá que seja para simplificar. É bom ver em papéis antigos o servidor 
público Machado de Assis desempenhar-se metodicamente do controle 
de contas dos que adquiriram lápis grafite, réguas de ébano, pó da 
Pérsia, cânfora, papel para embrulho, envelope para cartas. 
Na obra machadiana, o funcionário público sempre comparece sob a 
sua mordacidade, como mediocrão, relapso, incompetente, preguiçoso, 
exatamente o contrário do que ele foi. Rascunhava despachos antes de 
pô-los no papel, impugnava contas inadequadas, conteve gastos sem 
previsão orçamentária. 
Não se poupou de caturrices, como conta Josué Montello: Quando o 
Império enfardelou os trapos e a República chegou, é aconselhado a 
retirar da parede da repartição onde trabalhava o retrato do 
Imperador. Machado, solenemente esclarece: "O retrato chegou aqui 
com uma portaria e só sai com outra portaria". 
Em certa crônica na Gazeta de Notícias, numa fase de altas 
turbulências, apelou à esperança dizendo: "Supunha o mundo perdido 
em meio de tantas guerras e calamidades, quando respirei aliviado: 
encerravam-se em Londres, com grande brilho, as festas de 
Shakespeare". 
Pois bem, também brilharam no mês passado, as festas da "Semana 
Machado de Assis", na mesma Londres, abrindo as comemorações do 
seu centenário. 
(Diário de Pernambuco (PE) 17/7/2007. Disponível em: 
http://www.academia.org.br/ ) 
Com base na leitura do texto acima, resolva a próxima questão. 
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Escolha a alternativa em que o sujeito da oração está corretamente 
identificado. 
A) "Não há dúvida...” – sujeito: dúvida. 
B) “...como conta Josué Montello” – sujeito: Josué Montello. 
C) “Falava-se em instalar o Governo da República em cidades serranas 
do estado do Rio de Janeiro...” – sujeito: o Governo. 
D) “O Senado da República e os meios acadêmicos nunca o 
permitiram.” – sujeito: o. 
E) “Em certa crônica na Gazeta de Notícias, numa fase de altas 
turbulências, apelou à esperança – sujeito: certa crônica. 
22 – (FEPESE/AFRE SC/2010) 
A análise sintática do período 
“Desde muito antes de seu casamento, em 1839, Emma e Charles 
tratavam com franqueza das divergências que poderiam dividi-los.” 
leva a uma única afirmativa correta. Assinale-a: 
a. ( ) “Emma” é o sujeito simples do verbo “tratar”. 
b. ( ) “das divergências” é o objeto indireto do verbo “tratar”. 
c. ( ) “Desde muito antes de seu casamento” é um adjunto adverbial 
de modo. 
d. ( ) “com franqueza” é um complemento nominal de “seu 
casamento”. 
e. ( ) “que poderiam dividi-los” é uma oração coordenada sindética 
explicativa. 
23 – (FEPESE/AFRE SC/2010) 
Ao analisar sintaticamente o trecho “A lealdade conjugal é uma 
qualidade admirável, além de algo rara. Mas, em um caso, ao 
menos, ela quase pôs a perder aquela que se tornaria a ideia 
mais influente do pensamento científico nos dois últimos 
séculos: a teoria da evolução formulada por Charles Darwin.”, 
pode-se afirmar que: 
1. A frase “Mas, em um caso, ao menos, ela quase pôs a perder 
aquela…” é uma oração coordenada sindética adversativa, na qual o 
conectivo mas estabelece uma relação de oposição com a idéia 
expressa na oração anterior. 
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2. A frase “que se tornaria a ideia mais influente do pensamento 
científico dos dois últimos séculos: a teoria da evolução formulada por 
Charles Darwin.” é uma oração coordenada assindética, que exerce a 
função de complemento nominal do termo aquela. 
3. O pronome pessoal ela funciona como sujeito da oração “Mas, em 
um caso, ao menos, ela quase pôs a perder aquela…” e tem como 
antecedente a lealdade conjugal, que é o sujeito da oração principal. 
4. A expressão “a teoria da evolução formulada por Charles Darwin” é 
um aposto explicativo anexado à expressão “a ideia mais influente do 
pensamento científico nos dois últimos séculos”. 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 
a. ( ) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3. 
b. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3. 
c. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4. 
d. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4. 
e. ( ) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4. 
24 - (FGV/MINC/2006)
Foto dos Sonhos 
1. O engenheiro colombiano Joaquín Sarmiento trabalhava 
em Nova York e se sentia, muitas vezes, solitário. Era mais um 
daqueles imigrantes nostálgicos. Para ocupar as horas vagas, 
decidiu aprender fotografia. Estava, nesse momento, 
5. descobrindo um novo ângulo para a sua vida, sem volta. A 
vontade de se aventurar pela América Latina tirando fotos fez 
com que ele deixasse para sempre a paisagem nova-iorquina, 
aposentasse sua carreira de engenheiro e transformasse 
Paraisópolis, uma das maiores favelas paulistanas, em seu 
10. cenário cotidiano. "Estou ficando sem dinheiro, mas é uma 
bela aventura." 
Depois de três anos nos Estados Unidos, voltou para 
Bogotá, planejando trabalhar em obras de infra-estrutura. 
Mudou de idéia. Com 26 anos, percebeu que o hobby que 
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15. tinha adquirido em Nova York se convertera em paixão. No 
final de 2004, veio com sua família para duas semanas de 
férias em São Paulo. "Como sempre tive muito interesse em 
estudar a América Latina, fui ficando." Soube então de uma 
experiência desenvolvida pelo colégio Miguel de Cervantes, 
20. criado por espanhóis, na vizinha Paraisópolis. 
Lá, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de 
"Barracão dos Sonhos", no qual se misturam ritmos afros e 
ibéricos. Desse encontro nasceu, por exemplo, a estranha 
mistura dos ritmos e bailados flamencos com o samba. 
25. "Resolvi registrar esse convívio e, aos poucos,ia me 
embrenhando na favela para conhecer seus personagens." 
O que era, inicialmente, para ser um cenário fotográfico 
virou uma espécie de laboratório pessoal. Joaquín sentiu-se 
estimulado a dar oficinas de fotografia a jovens e crianças de 
30. Paraisópolis. "Descobri mais um ângulo das fotos: o ângulo de 
ensinar a olhar." Lentamente, naquele espaço, temido por 
muitos, Joaquín ia se sentindo em casa. "Há um jeito muito 
similar de acolhimento dos latino-americanos, apesar de toda 
a violência." 
35. Sem saber ainda direito como vai sobreviver – "as reservas 
que acumulei em Nova York estão indo embora" –, ele planeja 
as próximas paradas pela América do Sul. Mas, antes de se 
despedir, pretende fazer uma exposição sobre o seu olhar 
pelo Brasil. Até lá, está aproveitando a internet 
40. (www.joaquinsarmiento.com) para mostrar algumas das 
imagens fotográficas que documentam seus trajetos. 
(Gilberto Dimenstein. Folha de São Paulo, 12/04/2006) 
Assinale a alternativa que não exerça a mesma função sintática que as 
demais. 
(A) as horas vagas (L.3) 
(B) muito interesse (L.17) 
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(C) ritmos afros e ibéricos (L.22-23) 
(D) como vai sobreviver (L.35) 
(E) que (L.36) 
25 - (FGV/MINC/2006) 
Com base no texto da questão anterior, assinale a alternativa em que, 
respectivamente, a função sintática dos termos Paraisópolis (L.9), na 
vizinha Paraisópolis (L.20) e de Paraisópolis (L.29-30) esteja 
corretamente indicada. 
(A) sujeito – adjunto adnominal – adjunto adnominal 
(B) objeto direto – adjunto adverbial – adjunto adnominal 
(C) adjunto adnominal – adjunto adnominal – adjunto adverbial 
(D) objeto direto – complemento nominal – adjunto adverbial 
(E) sujeito – adjunto adverbial – complemento nominal 
26 - (FUPESE/AFRE SC/2010) 
A análise sintática do período 
“Desde muito antes de seu casamento, em 1839, Emma e Charles 
tratavam com franqueza das divergências que poderiam dividi-los.” 
leva a uma única afirmativa correta. Assinale-a: 
a. “Emma” é o sujeito simples do verbo “tratar”. 
b. “das divergências” é o objeto indireto do verbo “tratar”. 
c. “Desde muito antes de seu casamento” é um adjunto adverbial de 
modo. 
d. “com franqueza” é um complemento nominal de “seu casamento”. 
e. “que poderiam dividi-los” é uma oração coordenada sindética 
explicativa. 
27 - (CONSESP/PREF.BATATAIS SP – Agente 
Administrativo/2012) 
Em “Mataram um cachorro na esquina.”, o sujeito é 
(A) simples. 
(B) oração sem sujeito. 
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(C) indeterminado. 
(D) oculto. 
28 - (CONSESP/PREF.BATATAIS SP – Agente 
Administrativo/2012) 
O termo destacado em “O vento trouxe o fogo.” é 
(A) objeto indireto. 
(B) aposto. 
(C) predicativo do sujeito. 
(D) objeto direto. 
29 - (CONSESP/PREF.BATATAIS SP – Agente 
Administrativo/2012) 
Em “Aquela samambaia foi plantada por minha vizinha.”, os termos 
destacados são 
(A) objeto indireto. 
(B) agente da passiva. 
(C) adjunto adverbial. 
(D) vocativo. 
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GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
1 – C 
ACORDO ORTOGRÁFICO: Agora, registra-se “ideias”, sem acento 
agudo, e “infraestrutura”, sem hífen. 
Vamos analisar, uma a uma, a função sintática dos elementos 
destacados. 
a) “Para ocupar as horas vagas, decidiu aprender fotografia.” 
A expressão “as horas vagas” é o complemento do verbo ocupar. 
Como se liga ao verbo sem preposição, sua função é objeto direto. 
b) "Como sempre tive muito interesse em estudar a América Latina, 
fui ficando." 
Alguém tem alguma coisa. A expressão “muito interesse” exerce a 
função de complemento do verbo ter. É, pois, seu objeto direto. 
c) “Lá, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de 
"Barracão dos Sonhos", no qual se misturam ritmos afros e ibéricos.” 
A princípio, poderíamos pensar: o verbo misturar é transitivo direto, o 
que nos levaria ao erro de considerar “ritmos afro e ibéricos” como 
objeto direto. Seria um erro, uma vez que o verbo está acompanhado 
do pronome SE. Vamos, então, analisar o VALOR desse pronome: “se 
misturam ritmos afros e ibéricos”. 
Assim, podemos afirmar que “ritmos afros e ibéricos são misturados”. 
Existe, aí, uma ideia passiva. Trata-se, assim, de uma construção de 
voz passiva, em que o elemento “ritmos afros e ibéricos” exerce a 
função sintática de SUJEITO. 
Essa é a resposta para a questão. É a única opção em que a função 
sintática difere das demais. 
Olha a pegadinha aí, gente! Verbos transitivos diretos acompanhados 
de pronome SE, com ideia passiva, formam VOZ PASSIVA, e o termo 
que seria o objeto direto da voz ativa exerce a função de SUJEITO da 
voz passiva. 
Na dúvida, volte a estudar os pontos sobre VOZ PASSIVA das aulas 
sobre VERBOS e sobre CONCORDÂNCIA. 
d) “Sem saber ainda direito como vai sobreviver” 
Sem saber ISSO a oração “como vai sobreviver”, iniciada pelo 
advérbio “como”, tem a função sintática de complementar o verbo 
saber. É, portanto, uma oração subordinada substantiva objetiva 
direta – exerce a função de objeto direto. 
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e) "as reservas que acumulei em Nova York estão indo embora" 
Agora, podemos praticar a análise da função sintática exercida por um 
pronome relativo (item 2.1 da Aula 10 – Períodos). 
O pronome relativo se refere ao substantivo “reservas”. Trocando o 
pronome relativo pelo nome correspondente, teríamos: Acumulei as 
reservas. 
Assim, fica clara a função sintática exercida pelo pronome – objeto 
direto do verbo acumular. 
2 – B 
O examinador pede que se indique a função sintática das expressões 
em destaque. 
“A vontade de se aventurar pela América Latina tirando fotos fez com 
que ele deixasse para sempre a paisagem nova-iorquina, aposentasse 
sua carreira de engenheiro e transformasse Paraisópolis, uma das 
maiores favelas paulistanas, em seu cenário cotidiano.” 
Na passagem, o verbo transformar é transobjetivo – “(ele) 
transformou Paraisópolis em seu cenário cotidiano”. 
O vocábulo “Paraisópolis” exerce a função de objeto direto, enquanto 
que “em seu cenário cotidiano” possui a função de complementar esse 
nome – predicativo do objeto direto. 
Note a expressão “uma das maiores favelas paulistanas”. A função 
exercida por essa expressão (que tem valor substantivo) é a de 
aposto. 
“Soube então de uma experiência desenvolvida pelo colégio Miguel de 
Cervantes, criado por espanhóis, na vizinha Paraisópolis.” 
A expressão “na vizinha Paraisópolis” indica o local em que se 
localizava o colégio onde tal experiência era desenvolvida – tem valor 
circunstancial e exerce a função sintática de adjunto adverbial. 
Joaquín sentiu-se estimulado a dar oficinas de fotografia a jovens e 
crianças de Paraisópolis. 
A expressão “de Paraisópolis”, agora, tem valor adjetivo. Se fosse 
uma cidade, poderia até ser substituída por um adjetivo 
correspondente: paraisopolitanas (Nossa! Que coisa feia!). 
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Por isso, a expressão exerce a função de adjunto adnominal. 
Já em “a favela de Paraisópolis” (isso poderia ter sido explorado pelo 
examinador. Viu como ele foi bonzinho?), em que o termo exerce a 
função de aposto especificativo, indicando o nome da favela. 
As funções sintáticas são, portanto: OBJETO DIRETO, ADJUNTO 
ADVERBIAL E ADJUNTO ADNOMINAL. 
3 – D 
Todas as expressões destacadas apresentam valor circunstancial.Teremos de identificar qual delas não apresenta indicação de tempo, 
momento. 
a) “Estava, nesse momento, descobrindo um novo ângulo para a sua 
vida, sem volta.” 
Essa expressão indica o momento em que tal fato (descobrir um novo 
ângulo para a sua vida) ocorria (fácil essa, não é?). 
b) “Depois de três anos nos Estados Unidos, voltou para Bogotá, 
planejando trabalhar em obras de infra-estrutura.” 
Essa expressão também indica o momento em que o engenheiro 
voltou para Bogotá. 
c) “No final de 2004, veio com sua família” 
Mais uma vez, há indicação de momento. 
d) “No final de 2004, veio com sua família para duas semanas de 
férias em São Paulo.” 
Essa expressão, ao contrário das demais, indica a finalidade da vinda 
do engenheiro e sua família: gozar férias de duas semanas em São 
Paulo. 
Essa é a resposta! 
e) “Mas, antes de se despedir, pretende fazer uma exposição sobre 
o seu olhar pelo Brasil.” 
Quando ele pretende fazer uma exposição sobre seu olhar pelo Brasil? 
Resposta: “antes de se despedir”, ou seja, antes de ir embora do 
Brasil. Há, portanto, indicação de momento. 
4 - C 
Não seria preciso reproduzir o texto, pois podemos realizar a análise 
sintática a partir dos segmentos apresentados em cada opção. 
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Em "Os bancos ganharam antes e, sinaliza o governo, vão continuar 
ganhando.", a expressão em negrito exerce a função sintática de 
sujeito: “o governo sinaliza”. 
a) Já em “a redução esperada e projetada da taxa SELIC diminuiu a 
rentabilidade dos bancos...", o termo em destaque é o objeto direto 
do verbo diminuir, enquanto que o sujeito está representado por “a 
redução esperada e projetada da taxa SELIC”, cujo núcleo é redução. 
b) A expressão “a corrida certa dos bancos” exerce a função sintática 
de objeto direto do verbo postergar (= adiar). 
c) Em “o risco de emprestar é sempre o de não receber”, a 
expressão em relevo exerce a função sintática de sujeito do verbo de 
ligação “ser”. Essa é a resposta certa. 
d) O verbo tornar é, na construção, transobjetivo e apresenta, como 
objeto direto, a expressão “a decisão dos juízes” e, como predicativo 
do objeto direto, a expressão “menos `paternalista’”. 
Cuidado! A expressão “regras e leis” exerce a função sintática de 
SUJEITO da forma verbal transitiva direta “Buscam”, que está 
acompanhada do pronome apassivador SE (Buscam-se regras e leis = 
Regras e leis são buscadas). 
e) “de o país perder (...) uma janela de oportunidades” – O sujeito 
do verbo PERDER é “país”. A expressão “uma janela de 
oportunidades”, por sua vez, exerce a função sintática de OBJETO 
DIRETO. 
Note a forma com que a preposição se mantém separada do artigo que 
acompanha o substantivo “país”, sujeito do verbo PERDER. Essa é a 
recomendação da norma culta. Contudo, modernamente já se aceita a 
contração da preposição com o artigo (possibilidade do país perder...). 
5 - B 
Vamos dividir o período em orações: 
“A flor que ontem desabrochou já está murcha.” 
Oração principal – A flor já está murcha 
Oração subordinada – que ontem desabrochou 
A palavra que substitui a palavra flor, presente na oração principal. É, 
portanto, um pronome relativo, que inicia uma oração subordinada 
adjetiva. 
Por não haver pausa (indicada pela vírgula) entre as duas orações, 
essa é uma oração subordinada adjetiva restritiva. 
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O pronome relativo será trocado pelo nome, para melhor análise de 
sua função sintática: 
A flor ontem desabrochou. 
O pronome relativo, que está no lugar de “a flor”, exerce, portanto, a 
função sintática de SUJEITO. 
Vamos procurar uma outra ocorrência do relativo “que” na função de 
SUJEITO. 
a) “Ela tem um quê de mistério” – esse “quê” é um substantivo, tanto 
que está acompanhado de um artigo indefinido (um quê). Esse 
vocábulo exerce a função sintática de objeto direto do verbo ter. 
b) São duas as orações que compõem o período composto: Sofreu 
muito com as chuvas que caíram. 
Oração principal – Sofreu muito com as chuvas 
Oração subordinada – que caíram 
O pronome que substitui a palavra chuvas. Ele também exerce a 
função sintática de sujeito da oração subordinada adjetiva restritiva 
(“As chuvas caíram” = “que caíram”). Essa é, portanto, a resposta 
correta. 
c) “Veio tão rápido que nos surpreendeu.” 
Esse período composto por subordinação também possui duas 
orações: 
- oração principal – Veio tão rápido 
- oração subordinada – que nos surpreendeu. 
Há entre essas duas orações uma relação de causa e consequência, 
sendo essa segunda circunstância apresentada pela oração 
subordinada. 
Ela é, pois, uma oração subordinada adverbial consecutiva, e o 
vocábulo que é uma conjunção adverbial consecutiva. 
Note a presença do vocábulo “tão” na oração principal, uma 
característica desse tipo de construção. 
d) “Venha, que ela está aqui.” 
Vimos, em aulas anteriores, que uma das formas de distinguir a 
conjunção causal da conjunção explicativa é que esta última pode 
estar em uma construção de verbo no imperativo. 
Esse é um bom exemplo. Em “Venha, que ela está aqui”, a conjunção 
explicativa dá início à oração em que se apresenta a justificativa para 
a ordem presente na primeira oração (Venha). São orações 
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coordenadas, sendo a segunda classificada como “oração coordenada 
sindética explicativa”. 
6 – D 
a) A expressão “da administração” se associa à palavra enfoque, 
substantivo abstrato derivada do verbo enfocar. Como apresenta ideia 
passiva (a administração será enfocada), o termo que complementa o 
substantivo abstrato exerce a função sintática de COMPLEMENTO 
NOMINAL, e não de adjunto adnominal. 
b) A expressão “dos problemas sociais” complementa o substantivo 
abstrato “administração”. Logo, não poderia exercer a função de 
objeto indireto (complemento verbal). Também há nessa expressão 
valor passivo (os problemas sociais serão administrados). Assim, a 
função sintática é, mais uma vez, COMPLEMENTO NOMINAL. 
c) Não há entre “federal, estadual e municipal” nenhuma “ordem 
crescente de importância”. Você já deve ter aprendido em Direito 
Constitucional que não há entre os entes federativos nenhum tipo de 
subordinação. Por isso, a assertiva está incorreta. 
d) Exatamente por possuir três adjetivos a ele relacionados, o 
substantivo governos se flexionou no plural. Essa é a resposta 
correta. 
e) O que deve ser profunda? Resposta: a mudança, e não a 
administração. 
7 – E 
Vamos relembrar a diferença entre ADJUNTO ADNOMINAL e 
COMPLEMENTO NOMINAL, em relação aos termos que complementam 
substantivos abstratos. 
SUBSTANTIVOS CONCRETOS E SUBSTANTIVOS ABSTRATOS COM 
IDEIA ATIVA = ADJUNTO ADNOMINAL (Lembre-se daquela dica: tudo 
com A: Substantivo Abstrato com ideia Ativa Adjunto Adnominal.) 
ADJETIVOS, ADVÉRBIOS E SUBSTANTIVOS ABSTRATOS COM IDEIA 
PASSIVA = COMPLEMENTO NOMINAL 
Assim, quando o termo regente for um substantivo abstrato, deve-se 
analisar o valor que o termo regido apresenta em relação ao termo 
regente. Se for ativo, a função é de adjunto adnominal (tudo com “a”). 
Se for passivo, é complemento nominal. 
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Agora, mostraremos mais algumas formas de distinção. 
1ª dica: À exceção da preposição DE (que serve às duas funções), os 
complementos introduzidos por qualquer outra preposição (a, em, por) 
será um complemento nominal (chegada ao espaço, resistência em
surgir, dedicação ao povo, amor por alguém). 
2ª dica: Os complementos que vieremsob a forma verbal são 
complementos nominais por apresentarem essa ideia passiva. 
Exemplos: 
• “osso duro de roer” = a ideia é “duro de ser roído” – ideia 
passiva complemento nominal 
• Medo de cair = a ideia é “de sofrer uma queda” – ideia passiva 
 complemento nominal 
• Essa notícia é difícil de acreditar = a ideia é “difícil de ser 
acreditada” – ideia passiva complemento nominal. 
Vamos analisar, agora, a questão da prova. 
O primeiro elemento não deve ter gerado dúvidas. Trata-se de um 
complemento verbal direto. Assim, a função exercida por “medo”, em 
“tenho medo” é objeto direto. 
Teríamos duas opções válidas – d e e (50% de chances!!) 
O segundo elemento liga-se ao primeiro por meio de preposição (medo 
de abrir). O termo regente é medo = SUBSTANTIVO ABSTRATO. 
Precisamos definir se a função do termo regido (“de abrir”) é ativa 
(adjunto adnominal) ou passiva (complemento nominal). 
Para isso, verificaremos o valor da expressão no contexto: 
“Tenho medo de abrir! Vai que evapora!” 
A ideia é: “Tenho medo de que, sendo aberto, evapore” – ideia passiva 
(o envelope não vai abrir – PRATICAR O ATO - , mas ser aberto – 
SOFRER O ATO) complemento nominal. 
A vontade de indicar a ideia ativa é grande. Afinal, a lógica induz que o 
sujeito vai abrir o envelope, ou seja, praticar a ação. Essa tendência se 
justifica pela proximidade com o verbo de “ter” (ter medo – ação 
praticada pelo sujeito). 
Contudo, é preciso fazer a seguinte distinção: o que está relacionado a 
“abrir” não é o verbo “ter”, mas a ideia da abertura – ideia passiva: o 
envelope ser aberto. 
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8 – D 
O examinador busca o termo cujo complemento apresenta ideia ativa, 
ou seja, aquele cuja função sintática seja a de adjunto adnominal. 
A resposta é: “a fauna aquática dos rios”. Os rios possuem a fauna 
aquática. 
a) “a utilização de qualquer um deles” qualquer um deles será 
utilizado ideia passiva 
b) “a queima do petróleo” o petróleo será queimado ideia passiva 
c) “a inundação de vastas áreas” vastas áreas serão inundadas 
ideia passiva 
e) “a construção de barragens” as barragens serão construídas 
ideia passiva 
9 – B 
Em “sensação de dificuldade”, a expressão em negrito complementa 
um substantivo abstrato. Para saber se a função sintática é a de 
adjunto adnominal ou a de complemento nominal, temos de analisar o 
valor que ela atribui: “sensação de dificuldade” dificuldade é 
“sentida” ideia passiva complemento nominal. 
Todas as demais ocorrências apresentam termos que possuem valor 
adjetivo (na letra c, temos uma oração subordinada adjetiva restritiva) 
e exercem a função sintática de adjunto adnominal. 
10 – C 
Como “ilusões” é um substantivo abstrato, devemos analisar o valor 
de “humanidade”. 
É a humanidade que tem ilusões (ideia ativa) ou é sobre ela que você 
tem ilusões (passiva)? 
Certamente a segunda opção. Assim, o termo, por complementar um 
substantivo abstrato com ideia passiva, exerce a função sintática de 
COMPLEMENTO NOMINAL. 
11 – C 
ACORDO ORTOGRÁFICO: Agora, registra-se “frequentador”, sem 
trema. 
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Para responder à primeira assertiva, devemos analisar o seguinte 
segmento: 
Nabuco parte para Londres no mês de fevereiro de 1882, 
permanecendo como correspondente do Jornal do Comércio até 1884. 
Ele não passará como outrora o tempo londrino na ociosidade. 
Dedica-se agora ao trabalho e ao estudo. Como vários outros 
intelectuais do seu tempo, interessados todos pelos problemas sociais 
e vivendo no exílio, torna-se freqüentador(*) assíduo do Museu 
Britânico. 
Podemos notar que, nas duas ocorrências do pronome “se”, há um 
valor reflexivo. 
- “ele se dedica ao trabalho e ao estudo” = ele dedica “a si mesmo” ao 
trabalho e ao estudo 
- “ele se torna freqüentador(*) assíduo do Museu Britânico” = ele 
torna “a si mesmo” frequentador assíduo do Museu Britânico. 
Para identificar a função sintática, não basta trocar o ‘SE’ pelo ‘A SI’. 
Devemos, sim, trocar por um nome. Para isso, precisamos alterar a 
estrutura oracional: 
- ele dedica seu tempo ao trabalho e ao estudo. 
- ele torna seu filho frequentador assíduo. 
Nas duas construções, a função é objeto direto, ou seja, 
complemento verbal sem preposição obrigatória. 
Por isso, está FALSA a afirmação de que o pronome exerce funções 
diferentes. Em ambas, a função é a de objeto direto. 
A segunda proposição está CORRETA. Em “Isso lhe permite escrever”, 
o verbo permitir apresenta dois complementos: um direto, sob a 
forma oracional no infinitivo (escrever), e outro indireto, representado 
pelo pronome oblíquo lhe. Esse pronome poderia ser substituído com 
correção pela forma “a ele”. 
12 – ITEM CERTO 
O examinador apresentou a distinção entre sujeito indeterminado e 
construção de voz passiva, ambas as estruturas com o pronome SE. 
Na primeira, “em se tratando de fato”, temos um dos casos clássicos 
de indeterminação do sujeito – com verbo transitivo indireto TRATAR-
SE DE. São muito comuns questões de prova em que o verbo dessa 
construção esteja flexionado. Por isso, olho vivo! Apareceu um 
“tratam-se de”, pode marcar como ERRADA! Por ser sujeito 
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indeterminado, deve o verbo permanecer na 3ª pessoa do singular – 
“trata-se de”. 
Já na segunda estrutura, o verbo ESTABELECER é transitivo direto e 
está acompanhado do pronome SE (apassivador). Por isso, o sujeito 
dessa forma verbal é SINONÍMIA (“estabelecer-se sinonímia” = 
sinonímia ser estabelecida). Construção de voz passiva. 
A proposição está correta. 
13 – A 
Os versos em análise são: 
Feliz quem pode orgulhoso 
Dizer: - Nunca fui vadio 
Não se assuste com a nomenclatura. “Morfossintaxe” nada mais é do 
que o estudo das categorias das palavras considerando a morfologia e 
a sintaxe. Esses conceitos foram apresentados lá na nossa primeira 
aula. Não me diga que você já os esqueceu??? Não me decepcione 
assim... 
Morfologia estuda a palavra em si, quer em relação à forma, quer em 
relação à ideia que ela encerra (classes das palavras, flexões, 
elementos mórficos, terminação, grafia). Esse é o assunto da aula de 
hoje. 
Sintaxe é o estudo da palavra com relação às outras que se acham na 
mesma oração (concordância, regência, colocação). 
Assim, uma análise morfossintática é a que abrange elementos da 
palavra em si (classe gramatical, conjugação verbal, ortografia) e de 
sua relação com as demais na oração (sintaxe de concordância, 
regência, colocação). Viu como não é nenhum bicho-de-sete-cabeças? 
O erro está na opção a. 
Vamos analisar a função sintática exercida pelo adjetivo “orgulhoso”: 
“Feliz quem pode orgulhoso dizer...” – o adjetivo se refere ao sujeito 
da forma verbal dizer. Assim, é predicativo, mas do sujeito, 
representado pelo pronome indefinido quem, expressando a forma 
como o sujeito (quem) se encontra ao praticar a ação (dizer) 
predicado verbo-nominal. 
A assertiva está incorreta e é o gabarito da questão. 
Para a análise do período composto, vamos dividi-lo em suas orações: 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
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- Quem pode dizer orgulhoso – oração subordinada substantiva 
subjetiva (é o sujeito oracional do verbo SER) 
- que nunca foi vadio – oração subordinada substantiva objetiva 
direta (iniciada por uma conjunção integrante – quem pode dizer ISSO 
= que nunca foi vadio –, vem complementar o sentido do verbo 
dizer de forma direta) 
- é feliz – oração principal, formada por um predicado nominal. 
Em

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