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Estrutura e Formação das Palavras

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Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br 
- 1 - 
AULA 2 - ESTRUTURA, FORMAÇÃO E CLASSE DAS PALAVRAS 
Olá, pessoal 
Primeiramente, para auxiliar alguns candidatos a concursos públicos cujos 
editais preveem que não serão exigidas as regras ortográficas advindas do 
Acordo Ortográfico de 1990 (que passou a valer em 2009), trago a tabela 
de emprego de hífen com prefixos vigente até 2008 (aproveite, que 
isso está acabando – a partir de 2013, só valerão as novas regras 
ortográficas!). Quem estiver se preparando para outros certames, não 
perca tempo estudando essa tabela, pois as chances de cair são mínimas. 
Então, antes de entrarmos na matéria de hoje, segue o material. Bons 
estudos. 
Prefixos Diante de Exemplos: Obs. 
auto, 
contra, 
extra, 
intra, 
infra, 
neo, 
proto, 
pseudo, 
semi, 
supra, 
ultra 
vogal, h, r e s auto-escola, 
contra-ordem, 
extra-oficial, 
intra-renal, 
infra-som, 
neo-republicano,
proto-revolução, 
pseudo-
revelação, 
semi-selvagem, 
supra-humano, 
ultra-som 
Fugindo à regra 
(ai, ai, ai...), a 
palavra 
extraordinário
escreve-se sem 
hífen (esta 
aglutinação foi 
consagrada pelo 
uso). 
ante, 
anti, 
arqui, 
sobre 
h, r e s ante-histórico, 
anti-rábico, 
ante-sala, 
anti-higiênico, 
arqui-rabino, 
sobre-solar 
O prefixo 
“sobre”
apresenta 
algumas 
exceções 
Exemplos: 
sobressair, 
sobressalto, 
sobressalente, 
etc. 
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- 2 - 
hiper, 
super, 
inter 
h e r Super-herói, 
hiper-realista, 
inter-regional 
Sub b e r sub-bosque, 
sub-região 
circum, 
pan, 
mal 
vogal e h circum-
adjacente, 
pan-americano, 
mal-educado, 
mal-humorado 
ad, 
ab, 
sob 
R ad-renal, 
ab-rogar, 
sob-roda 
além, 
aquém, 
recém, 
sem, 
sota, 
soto, 
vice, 
ex(= 
anterioridade) 
qualquer 
palavra 
além-mar, 
aquém-mar, 
recém-casado, 
sem-terras, 
soto-capitão, 
ex-aluno 
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: 
Lembro mais uma vez que as normas acima coexistirão apenas até 
dezembro de 2012! A partir de janeiro de 2013, valem as regras de hífen 
com prefixos apresentadas no material da aula passada. Agora, sim, vamos 
falar sobre a palavra: sua estrutura, processo de formação e classificação. 
Algumas questões de provas utilizam a expressão “análise morfossintática” 
em seus enunciados, o que leva muita gente ao desespero: “Nossa, eu não 
estudei isso!!!”. Calma, povo! Em nosso estudo de hoje, abordaremos esses 
conceitos e saberemos que, ao fim do curso, você terá sido apresentado 
aos elementos que possibilitam essa bendita análise. 
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- 3 - 
A gramática se divide basicamente em: FONÉTICA, MORFOLOGIA, 
SINTAXE, SEMÂNTICA e ESTILÍSTICA. 
Fonética estuda os sons e fonemas linguísticos. Neste ponto, estudam-se, 
inclusive, tonicidade, classificação da palavra segundo a sílaba tônica, 
encontros vocálicos ou consonantais etc. Parte disso já foi objeto de 
comentário na aula anterior. Felizmente, não precisamos nos aprofundar, 
pois somente os aspectos relativos à ortografia costumam fazer parte dos 
programas de concursos públicos. 
Morfologia estuda a palavra em si, quer em relação à forma, quer em 
relação à ideia que ela encerra (classes das palavras, flexões, elementos 
mórficos, terminação, grafia). Esse é o assunto da aula de hoje. 
Sintaxe é o estudo da palavra com relação às outras que se acham na 
mesma oração (concordância, regência, colocação). 
Semântica estuda os sentidos das palavras (já vimos na aula anterior) e 
Estilística investiga o sistema expressivo que o idioma apresenta (figuras 
de estilo, de linguagem etc.). 
Assim, a análise morfológica considera a palavra, sua formação, sua 
classe, a possibilidade de emprego, suas flexões, enquanto que a análise 
sintática trata da relação dessa palavra com as demais numa estrutura 
oracional. Em suma, uma análise morfossintática aborda todos estes 
aspectos – a palavra em si e sua relação com as demais da oração. Viu 
como não é nenhum bicho de sete cabeças (agora, sem hífen)??? 
Na Morfologia, um dos pontos a ser estudado é a estrutura das palavras, 
isto é, as unidades que as compõem. 
ESTRUTURA DAS PALAVRAS 
Recentemente, esse ponto do programa vem sendo explorado em 
concursos públicos, principalmente pela Fundação Getúlio Vargas. 
Para conhecer a estrutura das palavras, iremos “dissecá-las”, identificando 
cada uma de suas pequenas partes. 
As palavras são constituídas de morfemas, que são unidades mínimas 
indivisíveis da palavra (equivalem às células do corpo). 
Esses morfemas apresentam significados, que podem ser de natureza 
lexical (conceitos e sentidos da língua; léxico é o conjunto de palavras de 
uma língua, ou seja, vocabulário) ou de natureza gramatical (gênero, 
número, modo, tempo). 
Vamos a um exemplo. Na palavra CÉUS, podemos distinguir dois morfemas 
– o primeiro, que carrega a significação, forma, por si, um vocábulo: céu; o 
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segundo não tem autonomia vocabular, serve para identificar o número: s. 
Ao primeiro, dá-se o nome de morfema lexical (significado), e, ao segundo, 
o nome de morfema gramatical (define o número). 
Os morfemas podem ser classificados em: 
- elementos básicos e significativos: raiz, radical e tema; 
- elementos modificadores de significação: afixos, desinências e vogal 
temática; 
Há, também, os elementos de ligação: vogais ou consoantes, também 
chamados de infixos. Esses elementos não são considerados morfemas, 
como veremos adiante. 
Raiz 
É o elemento mínimo, primitivo, carregado do núcleo significativo que se 
conserva através do tempo, comum às palavras cognatas, ou seja, da 
mesma família. É objeto de estudo da Etimologia, parte da gramática que 
estuda a origem das palavras. 
A título de exemplo, as palavras estar (em latim, stare) e constar (em 
latim, constare) possuem a mesma raiz: “st”. 
Radical 
É o elemento comum das palavras cognatas. É responsável pelo significado 
básico da palavra. Ex.: Em terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, 
terrestre e aterrar, o radical comum a todos é terr-. 
Às vezes, pode sofrer alterações. Ex.: dormir, durmo; querer, quis 
As palavras que possuem mais de um radical são chamadas de compostas. 
Ex.: passatempo 
Ao radical, juntam-se os demais elementos, como desinências, sufixos, 
prefixos, infixos, vogais temáticas, de forma a compor novas palavras. 
Nos verbos, o radical é o que resta após eliminar a terminação “AR”, “ER”, 
“IR”: 
CANTAR = radical é CANT 
BEBER = radical é BEB 
PARTIR = radical é PART 
A partir da mesma raiz, formam-se vários vocábulos: são cognatos os 
vocábulos coração, cardíaco, cordial, cardiologista. 
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Uma curiosidade: a expressão de cor, usada em “saber de cor”, é também 
cognata de “coração”. Isso porque os antigos consideravam o coração como 
sede não só da sensibilidade (amor), mas também da inteligência. Então 
“saber de cor” liga-se à ideia de “saber de coração”. 
Vamos ver alguns exemplos da formação das palavras cognatas. 
Ao radical CARDI (do grego kardia = coração) podem ligar-se: 
a) O (vogal de ligação) + LOG (logos = tratado) + IA (sufixo) = 
CARDIOLOGIA 
b) O (vogal de ligação) + PAT (path é a raiz de páscho = sofrer) + IA = 
CARDIOPATIA 
Afixos 
São partículas que se anexam ao radical para formar outras palavras. 
Existem dois tipos deafixos: 
Prefixos: colocados antes do radical. Ex.: desleal, ilegal 
Sufixos: colocados depois do radical. Ex: felizmente, igualdade, confeitaria
Infixos 
Os infixos, também chamados de vogais ou consoantes de ligação, não 
são significativos e, por isso, não são considerados morfemas. 
Entram na formação das palavras para facilitar a pronúncia. 
Ex.: café (radical) + T + eira (sufixo) = cafeteira 
 capim(radical) + Z + al (sufixo) =capinzal 
 rod (radical) + O + via (radical) = rodovia 
Vogal Temática
Vogal Temática (VT) se junta ao radical para receber outros elementos. 
Pode existir vogal temática tanto em verbos quanto em nomes. Ex.: beber, 
rosa, sala. 
Nos nomes, as vogais temáticas podem ser a, e, o. 
Nos verbos, também são três as vogais temáticas – a, e, i – e estas 
indicam a conjugação a que pertencem os verbos (1ª, 2ª ou 3ª conjugação, 
respectivamente). 
Ex.: partir (PART + I + R) - verbo de 3ª conjugação 
 sonhando (SONH + A + NDO) – verbo de 1ª.conjugação 
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Eu disse “pode existir” porque nem todas as palavras possuem vogal 
temática. Há formas verbais e nomes sem vogal temática. Isso pode 
ocorrer nos nomes terminados em consoante (rapaz, fácil) ou em vogal 
tônica (saci, fé) – casos em que o radical se confunde com o tema
(resultado da união do radical com a vogal temática), ou em algumas 
conjugações verbais. 
Em resumo, se um nome terminar por outra letra que não o “a”, “e” ou 
“o”, é chamado de atemático (sem tema). 
CUIDADO: não confunda vogal temática com desinência, que marca 
a flexão da palavra. 
Em palavras que não se flexionam em gênero, esse “a”, “e” ou “o” finais 
são o tema, e a desinência de gênero é indicada pelo símbolo Ø: 
 radical VT 
desinênc
ia 
gênero 
desinênc
ia 
número 
Sala sal a Ø 
Pinto pint o Ø 
Livros livr o Ø s 
estudant
es 
estudant e Ø s 
Quando o nome se flexiona, o “a” será desinência de gênero (feminino) e 
“o”, a desinência no masculino. Esse é o posicionamento de Celso Cunha e 
Lindley Cintra, em sua obra Nova Gramática do Português Contemporâneo 
(Ed.Nova Fronteira). 
 radical 
desinência 
gênero 
desinência 
número 
Aluno alun o 
Bela bel a 
Algumas algum a s 
Menino menin o 
Meninas menin a s 
OBSERVAÇÃO: Outros autores apontam como Ø a indicação do gênero 
masculino, considerando que o morfema “o” seria a vogal temática (menino 
= radical: menin + VT: o). Em nosso material, adotamos o posicionamento 
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de Cunha e Cintra, por ser majoritário. Acredito serem remotas as chances 
dessa classificação ser objeto de prova, mas, de qualquer forma, fica 
registrada a ressalva. 
Lembramos mais uma vez que algumas formas verbais podem não 
apresentar vogal temática. Por exemplo: eu mato (1ª.pessoa do singular 
do presente do indicativo do verbo matar) – “mat” é o radical e “o” é uma 
desinência. 
Tema 
É a união do radical com a vogal temática. 
Ex.: cantaremos = cant (radical) + a (VT) = canta (tema) 
 mala = mal (radical) + a (VT) = mala 
Desinências
São morfemas colocados no fim das palavras para indicar flexões verbais ou 
nominais. Podem ser: 
1) Nominais: indicam gênero (feminino ou masculino) e número (singular 
ou plural) dos nomes (substantivos, adjetivos, alguns pronomes e 
numerais). 
GÊNERO 
masculino.............. o 
feminino................ a 
NÚMERO 
singular................. Ø (ausência de 
desinência) 
plural.................... s 
2) Verbais: existem dois tipos de desinências verbais: desinência modo-
temporal (DMT) e desinência número-pessoal (DNP). 
Seus nomes já dizem tudo, não é? 
DMT – indica o modo e o tempo (presente do indicativo, pretérito 
imperfeito do subjuntivo) 
DNP – indica o número e pessoa (1ª.pessoa do singular, 3ª.pessoa do 
plural) 
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- desinência modo-temporal: 
MODO INDICATIVO: 
presente: não há (qualquer desinência que exista será DNP) 
pretérito perfeito: não há (qualquer desinência que exista será DNP) 
pretérito imperfeito: va, ve (1ª conjugação); a, e (2ª e 3ª conjugação) 
pretérito mais-que-perfeito (o que acabamos de ver): ra, re 
futuro do presente: ra, re 
futuro do pretérito: ria, rie 
MODO SUBJUNTIVO 
presente: e (1ª conjugação); a (2ª e 3ª conjugações) 
pretérito imperfeito: sse 
futuro: r 
- desinência número-pessoal: 
MODO INDICATIVO 
 eu / tu / ele / nós / vós / eles 
presente: o / s / - / mos / is / m 
pretérito perfeito: i / ste / u / mos / stes / ram 
pretérito imperfeito: - / s / - / mos / is / m 
pretérito mais-que-perfeito: - / s / - / mos / is / m 
futuro do presente: i / s / - / mos / is / o (do "rão", sendo "rã/ra" DMT) 
futuro do pretérito: - / s / - / mos / is / m 
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MODO SUBJUNTIVO 
presente: - / s / - / mos / is / m 
pret.imperfeito: - / s / - / mos / is / m 
futuro: - / es / - / mos / des / m 
 2.1) Verbo-nominais (VN): indica as formas nominais dos verbos 
(infinitivo, gerúndio e particípio). Ex.: beber, correndo, partido
Exemplos TEMPO/MODO/ 
FORMA 
TEMA 
DMT DNP VN RADICAL VT 
CANTAVA Pret.Imp.Indicativ
o 
CANT A VA 
CANTÁVAMOS Pret.Imp.Indicativ
o 
CANT A VA MOS 
COMPRARÍAMOS Fut.Presente 
Indic. COMPR A RÍA MOS 
COMPRANDO Gerúndio COMPR A NDO 
COMPRAS Presente 
Indicativo 
COMPR A 
S 
AMASSE Pret.Imperf.Subj. AM A SSE 
AMÁSSEMOS Pret.Imperf.Subj. AM Á SSE MOS 
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS 
Já conhecemos as “partes” das palavras - morfemas. Agora, veremos a 
maneira como os morfemas se organizam para formar novas palavras. 
Os principais processos de formação são: Derivação, Composição, 
Hibridismo, Onomatopeia, Sigla e Abreviação. Os principais são os dois 
primeiros. 
1. Derivação
Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra 
chamada de primitiva. 
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Os processos de derivação são: 
Derivação Prefixal
A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo 
ou mais são acrescentados à palavra primitiva. 
Ex.: pôr (primitiva) / compor (prefixo + primitiva) / recompor (dois prefixos 
+ primitiva) 
Derivação Sufixal
A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo ou 
mais são acrescentados à palavra primitiva. 
Ex.: real (primitiva) / realmente (primitiva + sufixo) 
Derivação Prefixal e Sufixal
A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são 
acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a 
presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado. 
Ex.: deslealmente (prefixo: des + sufixo: -mente) - também existem os 
vocábulos: desleal / lealmente
Alguns autores, todavia, não aceitam essa classificação. Julgam que houve, 
primeiramente, um dos processos para, então, ocorrer o outro. 
Por exemplo: graça desgraça (prefixação) desgraçado (sufixação) 
Derivação Parassintética
A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são 
simultaneamente acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, 
ou seja, os dois afixos não podem se separar, devem ser usados ao mesmo 
tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado. 
Ex.: anoitecer (prefixo: a + sufixo: -ecer) - não existem “anoite” nem 
“noitecer”. 
 desperdiçar (prefixo: des + sufixo: -içar) – não existem “desperd(a)”nem “perdiçar”. 
 engordar (prefixo: en + sufixo: -ar) – não existem “engord(a)” nem 
“gordar”. 
Maria Nazaré Laroca, no Manual de Morfologia do Português, observa que 
há uma grande produtividade deste processo de formação das palavras, 
sobretudo, com bases substantivas: 
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PREFIXO “EN" + SUBSTANTIVO + SUFIXO “AR” DERIVADA 
en + caderno + ar encadernar 
en + terra + ar enterrar 
en + cabeça + ar � encabeçar 
Derivação Regressiva
Normalmente, as palavras derivadas são maiores que as primitivas. No 
processo de derivação regressiva ocorre o inverso – a derivada é menor
que a primitiva. Ocorre perda vocabular. 
 SARAMPÃO SARAMPO 
Chama-se deverbal quando, a partir desse processo, um verbo 
(geralmente indicativo de ação) dá origem a u m substantivo abstrato.
COMPRAR COMPRA 
VENDER VENDA 
ATACAR ATAQUE 
SACAR SAQUE 
COMBATER COMBATE 
CASTIGAR CASTIGO
Derivação Imprópria
A derivação imprópria, também intitulada de “mudança de classe” ou 
“conversão”, ocorre quando palavra comumente usada como 
pertencente a uma classe é usada na função de outra, mantendo 
inalterada sua forma. 
 “A cerveja que desce redondo.” (originalmente adjetivo, usado como 
advérbio). 
 Comício monstro (substantivo usado como adjetivo) 
2. Composição 
Consiste na criação de uma nova palavra a partir da junção de dois ou 
mais radicais (palavra composta). 
Pode ocorrer de duas formas: 
- aglutinação - ocorre alteração na forma ou na acentuação dos 
radicais originários.
fidalgo (filho + de +algo) 
aguardente (água + 
ardente) 
embora (em + boa + hora) 
pernalta (perna + alta)
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- justaposição – seu próprio nome já indica o processo. Os radicais 
são mantidos da forma original, podendo ser ligados diretamente ou 
por hífen. 
 beija-flor malmequer bem-me-quer segunda-feira 
Curiosidades: algumas palavras que, em português, apresentam 
forma simples, em sua origem eram compostas: aleluia provém do 
hebraico hallelu Yah (= louvai ao Senhor); oxalá deriva do árabe wa 
as llâh (= e queira Deus). (Fonte: Cunha, C. e Cintra, L., op.cit., 
p.108) 
Existe um motivo para essa diferença entre BEM-ME-QUER e 
MALMEQUER. 
A regra de emprego de hífen que se aplica ao advérbio BEM é diferente 
da regra que se aplica ao MAL. 
- BEM exige hífen para formar uma palavra composta com outro 
vocábulo, conservando cada um sua própria estrutura e acentuação: 
"bem-querer", "bem-aventurança", "bem-humorado", "bem-disposto"; 
- MAL se liga com hífen a palavras iniciadas por H ou vogal ("mal-
acostumado", "mal-acabado", "mal-humorado"), somente. Assim, se o 
outro vocábulo iniciar por outra letra que não seja H ou 
vogal, escreve-se "tudo junto": "malfeitor", "maltrapilho", "maltratar". 
Isso justifica as formas: bem-me-quer, bem-comportado e 
malmequer, malcomportado. 
Não posso deixar de observar que existem algumas formas 
aglutinadas do "bem", mas essas são raras e justificáveis por 
etimologia e processo de formação: benfeitor (do latim benefactore), 
benfeitoria e benfazejo (palavras derivadas da primeira); bendizer (do 
latim benedicere), bendito (derivada da anterior). 
3. Hibridismo 
Consiste na formação de palavras pela junção de radicais de línguas 
diferentes 
 auto/móvel (grego + latim) bio/dança (grego + 
português) 
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4. Onomatopeia
Consiste na formação de palavras pela imitação de sons e ruídos. 
 pingue-pongue miau tique-taque zun-zum 
5. Sigla
Consiste na redução de nomes ou expressões empregando a primeira 
letra ou sílaba de cada palavra. 
 UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais 
 IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
Uma vez “vulgarizada”, a sigla passa a ser considerada como 
primitiva, podendo formar derivadas: deputados petistas (PT), 
empregados celetistas (regidos pela CLT), pacientes aidéticos 
(portadores de AIDS). 
6. Abreviação ou redução 
Consiste na redução de parte de palavras com objetivo de 
simplificação. 
 moto (motocicleta) gel (gelatina) cine (cinema) extra 
(extraordinária). 
A seguir, indicamos, para o seu conhecimento, alguns prefixos 
gregos e latinos. 
ALGUNS PREFIXOS GREGOS 
PREFIXOS SIGNIFICADO EXEMPLOS 
 a-, an- negação, privação, falta analfabeto, ateu, 
anestesia 
 ana- decomposição, inversão, 
repetição 
análise, anagrama, 
anáfora 
 anfi- ao redor de, duplicidade anfiteatro, anfíbio 
 anti- (ant-) oposição antídoto, antagonista 
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 apo- distância, afastamento apogeu, apóstolo 
 arqui-, arque-, 
arc-, arce-, arci- 
superioridade, primazia arquipélago, arcanjo, 
arcebispo 
 cata- movimento de cima para baixo catadupa, catarata 
 dia-, di- através de, duplicidade, 
afastamento 
diagonal, ditongo, 
diacronia 
 dis- dificuldade dispneia, disenteria 
 ec-, ex- movimento para fora eclipse, exorcista,êxodo
 e-, en- posição interna encéfalo, emplasto 
 epi- posição superior, posterior epitáfio, epílogo 
 eu- bom, bem, perfeição, 
excelência, verdade 
eucaristia, eufonia, 
evangélico 
 hemi- meio, metade hemisfério 
 hiper- posição superior, excesso hipérbole, hipertrofia, 
hipertensão 
 hipo- falso, por baixo de, posição 
inferior 
hipocrisia, hipotensão, 
hipotenusa 
 meta- transformação, de um lugar 
para o outro, mudança 
metamorfose, 
metáfora, metacarpo 
 para- proximidade, ao lado, 
paralelismo 
paradigma, parônimo, 
parágrafo 
 peri- em volta de, em torno de perímetro, perígrafe 
 poli- multiplicidade polissemia, polissílaba 
 pro- em frente, para frente, 
anterior 
progresso, prólogo, 
prognóstico 
 sin-, sim-, si- simultaneidade, reunião sinfonia, sintonia 
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ALGUNS PREFIXOS LATINOS 
PREFIXOS SIGNIFICADO EXEMPLOS 
a-, ab-, abs- afastamento, separação abstenção, abdicar, aversão 
a-, ad-, ar-, as- aproximação, direção, 
tendência 
adjunto, adjacente, admirar, 
assentir, arrendar 
ambi- duplicidade (=“ambos”) ambidestro, ambíguo 
ante- anterioridade anteontem, antepassado 
aquém- do lado de cá aquém-mar 
bis-, bi- repetição bípede, binário, bisneto 
circum- em torno de, ao redor circunferência, circunscrito 
cis- posição aquém cisandino, cisalpino 
com- (con-), co- 
(cor-) 
companhia, combinação compor, coautor, cooperar, 
correligionário 
contra- oposição contravenção, contradizer 
de- movimento de cima para 
baixo 
decrescer, demolir, decair 
des-, dis- separação, privação, 
negação 
deportar, descriminar, 
descrer, dissidência 
e- ,em- ,em- , in- 
(im) 
introdução, superposição engarrafar, empilhar, 
imergir, ingerir 
e-, es-, ex- movimento para fora, 
mudança de estado, 
separação 
emergir, expelir, escorrer, 
extrair, exportar, esvaziar, 
esconder, explodir 
extra- posição exterior, excesso extravagante, 
extraordinário, extravasar 
intra- posição interior intramuscular, intravenenoso 
i-, im-, in- negação, mudança imoral, impúbere, incinerar 
intra-, intro-, in-, i- movimento para dentro imersão, impressão,inalar, 
intrapulmonar, introduzir 
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justa- posição ao lado justaposição 
o-, ob- posição em frente, 
oposição 
obstáculo, obstar, obsceno, 
opor 
per- movimento através de perfurar, pernoite, perfumar 
pos- ação posterior, em 
seguida 
pospor, póstumo 
pre- anterioridade, 
superioridade 
pré-natal, predomínio, 
prefixo 
pro- movimento para frente, 
intensidade 
projetar, propulsor, 
prolongar 
re- repetição, para trás recomeço, regredir 
retro- movimento mais para 
trás 
retrospectiva, retroagir 
sub-, sus-, sob-, 
so- 
movimento de baixo para 
cima, posição inferior 
suspender, subsolo, 
soerguer, supor 
sobre-, super-, 
supra- 
acima, excesso sobrepor, supermercado, 
supracitado 
trans- (tras-, tra-, 
tres) 
através de, além de, 
mudança 
transpor, trespassar, 
traduzir, transbordar 
ultra- além de, excesso ultrapassado 
vice-, vis- abaixo de, substituição visconde, vice-cônsul 
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CLASSES GRAMATICAIS 
A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) enumera em dez as 
classes gramaticais: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, 
numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. 
Tomamos a liberdade de incluir mais uma, apresentada sem 
denominação na NGB, mas reconhecida por gramáticos consagrados: 
palavras denotativas. 
Para fins didáticos, separamo-las em duas categorias: variáveis e 
invariáveis: 
CLASSES DE PALAVRAS 
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS 
Substantivo Advérbio 
Adjetivo Palavra Denotativa 
Artigo Preposição 
Pronome Conjunção 
Numeral Interjeição 
Verbo 
Cada uma delas será analisada isoladamente. 
1. SUBSTANTIVO 
Palavra com que designamos ou nomeamos os seres em geral. 
Primitivos 
Dão origem a outras palavras. 
Ex.: terra, casa 
Derivados 
São criados a partir de outras 
palavras. 
Ex.: terreiro, aterrar; casebre, 
casinha 
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Simples 
Formados por apenas um radical. 
Ex.: cabra, tempo 
Compostos 
Formados por mais de um radical. 
Ex.: cabra-cega, passatempo 
Comuns 
Designação genérica, referente a 
qualquer ser de uma espécie. 
Ex.: rua, praça, mulher 
Obs. Os dias da semana, como os 
meses do ano ou as estações do 
ano, não são nomes próprios – 
designam frações do tempo. 
Próprios 
Um ser específico da espécie. 
Ex.: rua Rio de Janeiro, praça 
Duque de Caxias, Isabela 
Concretos 
Nomeiam objetos, lugares, 
pessoas, animais, ou seja, coisas 
que têm subsistência própria. 
Entram nessa espécie os fictícios e 
coisas hipoteticamente existentes. 
Ex.: Carmem, mesa, urso, fada, 
Júpiter 
Abstratos 
Nomeiam ações, estados, 
sentimentos, qualidades, noções, 
ou seja, coisas que só existem em 
função de outras. 
Ex.:alegria, tristeza, realização, 
modo, viagem, colheita, 
delicadeza, rispidez. 
Coletivos 
Os substantivos coletivos transmitem a noção de plural, embora sejam 
grafados no singular. Nomeiam um agrupamento de seres da mesma 
espécie. 
Ex.: matilha, multidão, rebanho, freguesia. 
1.1) Flexão em número 
Como vimos, os substantivos são palavras variáveis, alterando-se em 
função do número e do gênero. 
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a) Formação do plural nos substantivos simples
- Regra geral: o plural é formado pelo acréscimo da desinência -s. 
 mapa mapas degrau degraus 
- Substantivos terminados em -ão: a regra é a forma plural -ões, 
mas também há casos em que formam -ães ou -ãos. Todos os 
paroxítonos e alguns oxítonos terminados em –ão formam o plural –
ãos. 
 questão questões capitão capitães 
 irmão irmãos órfão órfãos 
Alguns substantivos apresentam mais de uma forma: 
 anão anões, anãos aldeão aldeãos, aldeões, aldeães 
 charlatão charlatões, charlatães 
- Substantivos terminados em -r, -z: acréscimo de -es. 
 bar bares raiz raízes vez vezes júnior juniores 
gravidez gravidezes (estranhou, por quê? Significa mais de uma 
gestação) 
- Substantivos terminados em -s: acréscimo de -es quando forem 
oxítonos; invariáveis quando não forem oxítonos. 
 país países lápis lápis ônibus ônibus 
- Substantivos terminados em -l: substitui-se o -l por –is; em 
alguns poucos casos, acrescenta o –es. 
 anel anéis álcool álcoois mal males cônsul cônsules 
- Substantivos diminutivos: segundo a norma culta, o plural de 
diminutivos obedece à seguinte regra: do vocábulo original no plural, é 
retirada a letra “s”, que irá para o fim da palavra, após o sufixo que 
indica essa flexão em grau. 
faróis faroizinhos bares barezinhos flores florezinhas 
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b) Formação do plural nos substantivos compostos
A flexão de número dos substantivos compostos segue o quadro 
abaixo: 
Condição 
Varia(m) .... elemento(s) 
Exemplos 
o 1º último todo nenhum 
Substantivo 
composto sem hífen X 
pontapés, 
planaltos, 
aguardentes, 
vaivéns 
Palavras repetidas 
ou onomatopeias X 
tico-ticos, 
reco-recos 
Verbo ou palavra 
invariável + 
substantivo ou 
adjetivo 
X 
sempre-vivas, 
vaga-lumes, 
para-choques, 
abaixo-assinados 
guarda-roupas 
(ideia de “guardar”)
Dois substantivos 
ou substantivo + 
adjetivo (qualquer 
ordem) 
 X 
guardas-noturnos, 
couves-flores, 
secretários-
executivos 
Substantivos 
compostos ligados 
por preposição 
X Pés de moleque, 
copos-de-leite 
Verbo + advérbio X Os fala-mansa 
Verbos antônimos X Os leva-e-traz 
Dois substantivos, 
quando o 2º. 
indicar finalidade
ou semelhança, 
limitando o sentido 
do 1º (flexão 
predominante). 
Modernamente, já 
se aceita a flexão 
dos dois elementos. 
X (X) 
Pombos-correio(s), 
carros-bomba(s), 
salários-família(s), 
navios-escola(s), 
peixes-boi(s) 
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1.2) Flexão em gênero
Quanto ao gênero, os substantivos podem ser: 
a) Biformes: possuem duas formas, uma para o feminino e outra 
para o masculino. 
 Pombo – pomba príncipe – princesa ator – atriz pastor 
- pastora 
b) Uniformes: possuem apenas uma forma para os dois gêneros. 
Os substantivos uniformes se subdividem em: 
Epicenos: uma só forma para os dois gêneros, a distinção é feita 
pelas palavras macho e fêmea. 
 a mosca a baleia o besouro a cobra o crocodilo 
(macho / fêmea) 
Comuns de dois gêneros: uma só forma para os dois gêneros, a 
distinção é feita pelo determinante (artigo, pronome, adjetivo...). 
a pianista / o pianista belo colega/ bela colega o 
intérprete / a intérprete 
Sobrecomuns: uma só forma para os dois gêneros, não é possível 
fazer a distinção pelos determinantes. A distinção pode ser feita 
pela expressão: do sexo masculino/ do sexo feminino. 
 a pessoa a criança o cônjuge a testemunha o ídolo (não 
tem feminino) 
* O gênero de alguns substantivos podem causar dúvida: 
 a alface o champanhao dó (tanto compaixão como a 
nota musical) 
E “personagem”, afinal? É masculino ou feminino? Modernamente, 
esse é um dos casos de “comum de dois”, ou seja, aceita o artigo 
feminino ou masculino: o/a personagem. 
* Certos substantivos, ao mudar de gênero, mudam também de 
significado: 
A cabeça / o cabeça o caixa / a caixa o moral (autoestima)/ a 
moral (ética) 
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Para distrair: No filme “Carandiru”, em sua participação “especial”, 
Rita Caddilac (lembra-se da figura?) cantava uma música cujo refrão 
era : “É bom para o moral / É bom para o moral...”. Pelo menos, 
acertou no gênero... rs.... 
O mesmo acontece em relação ao número de alguns: 
Féria (renda) x férias (dias de descanso, mesmo que seja só um) 
Bem (benefício) x bens (riquezas, propriedades) 
Haver (verbo) x haveres (riquezas, bens) 
Cuidado com esses: Óculo (uma espécie de luneta – instrumento 
que permite boa visibilidade à distância) x óculos (lentes encaixadas 
em uma armação) 
Já ouvi muita gente boa falando “perdi o meu óculos”...ui!! Nesse 
sentido, é sempre plural – “Perdi os meus óculos”. 
Outros são empregados apenas no plural: 
pêsames núpcias víveres alvíssaras (prêmio 
ou recompensa) 
1.3) Flexão em Grau
É a possibilidade de indicar o tamanho do ser que nomeia. 
Os substantivos podem estar em três graus: normal , aumentativo e 
diminutivo. 
As variações de grau podem ser feitas de duas formas: 
Analítica: acréscimo de um adjetivo: casa pequena/grande, pé 
pequeno/grande 
Sintética: acréscimo de um sufixo: casinha, casebre, pezinho, 
pezão
2. ADJETIVO 
Palavra variável modificadora de substantivo ou palavra substantivada, 
exprimindo qualidade, estado ou propriedade. 
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Pode também atribuir uma relação, como tempo (recebimento 
mensal), proveniência (vinho chileno) etc. A esses dá-se o nome de 
adjetivos relacionais. 
Locução adjetiva é uma expressão que equivale a um adjetivo. 
Geralmente é constituída de preposição e substantivo ou preposição e 
advérbio. 
 mesa de madeira casa da frente 
Cuidado! Só podemos analisar e classificar os vocábulos a partir do 
contexto. 
Por exemplo, doméstica, a princípio, seria um adjetivo. Contudo, em 
“As domésticas não têm muitos de seus direitos reconhecidos”, essa 
palavra é um substantivo. 
Aliás, é muito estreita a relação entre o substantivo e o adjetivo. 
Muitas vezes, a posição desses elementos na oração implica alteração 
de sua morfologia. 
Por exemplo: negro jogador / jogador negro – no primeiro, 
“negro” é um substantivo e sua qualidade é “jogador” (assim como em 
“negro pintor” ou “negro lutador”). Isso se inverte no segundo 
exemplo, em que “negro” é uma característica do jogador. A palavra-
núcleo é o substantivo, e o adjetivo o caracteriza. 
Essa possibilidade de alteração morfológica e/ou semântica dos 
adjetivos, em função de sua colocação na frase vem sendo objeto de 
questões dos mais recentes concursos públicos. 
Como o adjetivo concorda sempre com o substantivo, sofrerá as 
mesmas flexões que ele: gênero, número e grau. 
2.1) Flexão de Gênero 
Os adjetivos podem ser: 
a) Biformes- possuem duas formas, uma para indicar cada gênero. 
 Que garoto bonito! Que garota bonita! 
b) Uniformes - possuem apenas uma forma para indicar os dois 
gêneros (feminino e masculino). Muitos deles terminam em ar/or
(exemplar, maior), z (audaz, feliz), os paroxítonos terminados em s 
(simples), l (fácil, infiel), m (comum, virgem) etc. 
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 aluno ou aluna: inteligente, capaz, simples, amável, ímpar, 
ruim 
CURIOSIDADE: Alguns adjetivos terminados em “u”, “ês” e “or” não 
se flexionam em gênero. 
 a mulher hindu a menina cortês a remessa anterior a 
pior decisão 
Nos adjetivos compostos, somente o gênero do último elemento varia. 
intervenção médico-cirúrgica sandália azul-clara literatura 
latino-americana 
Uma característica em relação aos adjetivos pátrios: o menor inicia a 
locução. 
 acordo nipo-itálico mercadoria sino-japonesa 
2.2) Flexão de Número
Os adjetivos simples seguem as mesmas regras dos substantivos 
simples para flexionarem em número. 
 útil úteis feroz ferozes 
Adjetivo composto formado por dois adjetivos: só o segundo elemento 
varia. 
 sapato marrom-escuro sapatos marrom-escuros 
 camisa azul-clara camisas azul-claras
Exceção: azul-marinho e azul-celeste – todos os elementos são 
adjetivos, mas esses adjetivos não se flexionam. 
 camisas azul-marinho / azul-celeste. 
OBS: No adjetivo composto surdo-mudo, variam os dois elementos: 
 surdos-mudos / surda-muda 
Em relação a esse ponto, veja a assertiva INCORRETA presente em 
uma questão de prova da ESAF (AFC 2002): 
“O plural do adjetivo composto “político-institucional” se faz 
adicionando a desinência de plural aos dois elementos.”. 
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É falsa essa afirmação, pois, como vimos, nesse caso, varia apenas o 
último elemento: político-institucionais. 
Adjetivo composto formado por um adjetivo e um substantivo: 
permanecerá invariável. 
 Uniformes verde-oliva sofás marrom-café. 
Isso também acontece em adjetivos simples indicativos de cores que 
derivam de substantivos. 
 Vestidos cinza bonés laranja carros prata anéis 
turquesa 
Luiz Antônio Sacconi (em Gramática Básica) destaca que o adjetivo 
infravermelho é variável (raios infravermelhos), enquanto que 
ultravioleta é invariável (raios ultravioleta). 
2.3) Flexão de Grau
A flexão de grau corresponde à variação em intensidade da qualidade 
expressa pelo adjetivo. 
a) Grau comparativo 
Indica que um ser possui uma qualidade igual, inferior ou superior a 
outro. 
 Este cão é tão feroz quanto aquele. 
 Este cão é menos feroz que aquele. 
 Este cão é mais feroz que aquele. 
Também, em relação ao mesmo ser, pode determinar se uma 
qualidade que ele possua é igual, inferior ou superior a outra. 
 Ele é tão inteligente quanto bonito. 
 Ele é mais inteligente que bonito. 
 Ele é menos inteligente que bonito. 
b) Grau superlativo 
Absoluto – o ser apresenta elevado grau em certa qualidade 
Sintético – expresso em uma só palavra. Ex.: Este cão é 
ferocíssimo. 
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Analítico – formado com mais de uma palavra, normalmente 
um advérbio (muito, bastante, imensamente) . Ex.: Este cão 
é muito feroz. 
Relativo – o ser se sobressai em relação aos demais seres que 
possuem a mesma qualidade. 
Superioridade. Ex.: Este cão é o mais feroz do bairro. 
Inferioridade. Ex.: Este cão é o menos feroz do bairro 
Alguns adjetivos possuem formas especiais para o comparativo e o 
superlativo sintéticos. 
Observe: 
Adjetivo Comparativo 
Superlativo 
absolutorelativo 
bom melhor ótimo o melhor 
mau pior péssimo o pior 
grande maior máximo o maior 
pequeno menor mínimo o menor 
Quando se comparam duas qualidades, a proximidade dos adjetivos 
“bom”, “mau”, “grande” e “pequeno” com “mais” ou “menos” não os 
transforma em “melhor”, “pior”, “menor” ou “maior”. 
 Ele é mais bom do que bonito. 
 Ele é mais pequeno que gordo. 
3. ARTIGO 
Classe variável que define ou indefine um substantivo. Gosto de 
brincar dizendo que o artigo é igual a arroz – só serve para 
acompanhar. Nunca vem isolado ou longe de um substantivo. 
Pertencem à classe de palavras variáveis, flexionando-se em gênero 
e número. 
Podem ser: 
Definidos: o/a, os/as 
Indefinidos : um/uma, uns/umas 
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Servem para: 
- substantivar uma palavra que geralmente é usada como pertencente 
a outra classe. 
 calça verde (adjetivo) / o verde (substantivo) da camisa 
 não quero (advérbio) / Deu um não (substantivo) como 
resposta. 
- evidenciar o gênero do substantivo comum-de-dois. 
o colega / a colega o personagem / a personagem o pianista 
/ a pianista 
4. PRONOME 
É a palavra que acompanha (determina) ou substitui um nome. 
 Ana disse para sua irmã: 
- Eu preciso do meu livro de matemática. Você não o encontrou? Ele
estava aqui em cima da mesa. 
1. sua acompanha “irmã” e se refere a Ana; 
2. eu substitui "Ana"; 
3. meu acompanha "livro de matemática"; 
4. o substitui " livro de matemática"; 
5. ele substitui " livro de matemática" 
Assim, os pronomes podem ser: 
ADJETIVOS – acompanham o nome, determinando-o – exemplos 1 e 
3; 
SUBSTANTIVOS – substituem o nome – exemplos 2, 4 e 5. 
Os pronomes também identificam as três pessoas do discurso: 
- primeira pessoa: a que fala; 
- segunda pessoa: com quem se fala; 
- terceira pessoa: de quem se fala. 
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CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES
Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, 
demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos. 
Como o assunto é muito extenso, por ora apresentamos somente 
alguns conceitos, deixando para a aula específica o aprofundamento 
do assunto. 
5. NUMERAL 
Classe que expressa quantidade exata, ordem de sucessão, 
organização. 
Os numerais podem ser: 
5.1) Cardinais 
Indicam uma quantidade exata. Ambos, que substitui o cardinal os 
dois, é numeral e se flexiona em gênero. Os cardinais um, dois e as 
centenas a partir de duzentos também variam em gênero (uma, 
duas, trezentas). Já outros cardinais, inclusive o “mil”, são invariáveis. 
5.2) Ordinais 
Indicam uma posição exata e variam em gênero e número 
 segundo décimo primeiras 
5.3) Multiplicativos 
São invariáveis quando apresentam valor substantivo. 
 Ele tem o dobro da idade de sua mulher. 
Empregados com valor adjetivo, flexionam-se em número e gênero. 
5.4) Fracionários 
Concordam com os cardinais que indicam o número das partes. 
 um quarto dois décimos metade 
INFORMAÇÕES IMPORTANTES: 
- Milhão, bilhão (ou bilião, acredite!), trilhão comportam-se como 
substantivos e variam em número. 
- Milhar pode ser precedido por um artigo de gênero masculino: “os
milhares de crianças que estiveram aqui...”. 
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6. VERBO 
Conceito 
Palavra variável (pessoa, tempo, número e modo) que exprime uma 
ação, um estado, um fenômeno. 
Sua importância no estudo da gramática é tão grande que teremos 
uma aula dedicada exclusivamente a ele. 
Passemos, agora, para as classes invariáveis. 
7. ADVÉRBIO 
Classe invariável que expressa circunstâncias. 
Os advérbios se ligam a verbos, adjetivos, outros advérbios ou até 
mesmo a orações ou enunciações inteiras. 
 Ele corre tanto. Ana Hickman é tão alta! 
Aquele piloto dirige muito mal. 
Infelizmente, não poderei comparecer. 
São algumas circunstâncias expressas pelos advérbios:
Tempo (sempre, amanhã...) 
Lugar (aqui, ali...) 
Modo (amavelmente, 
rapidamente...) 
Intensidade (tão, muito...) 
Afirmação (sim, realmente...) 
Negação (nem, não...) 
Dúvida (provavelmente, 
talvez...)
Uma característica dos advérbios chamados “nominais” é que eles 
podem se formar a partir da forma feminina dos adjetivos (quando a 
possuem) com o acréscimo de “mente”: 
 rapidamente corretamente adequadamente 
 provisoriamente precariamente certamente 
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Na enumeração de vários advérbios nominais em sequência, pode-se 
omitir o sufixo “mente”, mantendo apenas o do último vocábulo. Sua 
repetição causaria o indesejável efeito de eco: 
 Ele dançava linda, leve, encantadora e brilhantemente. 
Locução adverbial - Duas ou mais palavras com valor de advérbio. 
Rubens estava morrendo de medo. (loc.adverbial expressa a 
circunstância de causa) 
A bela mulher apareceu na porta. (loc.adverbial expressa a 
circunstância de lugar) 
As locuções adverbiais mais comuns são: com certeza, sem dúvida, de 
longe, de perto, às vezes etc. 
Sobre o emprego dos advérbios bem e mal, acompanhados de bem e 
antes de adjetivos particípios, já falamos na aula de ortografia. 
Prefere-se a não-junção: 
É um dos jogadores mais bem pagos do mundo. 
Não há necessidade (nem condição) de decorar listas de advérbios ou 
locuções adverbiais. 
Você irá identificar a classe gramatical a partir da relação que a 
palavra estabelece com as demais. 
Veja: a palavra meio pode ser advérbio, mas nem sempre o será. 
Vamos aos exemplos: 
1 - "Estava meio atrasada." 
2 - "Resolvi dar meia volta." 
3 - "O meio universitário era favorável para a disseminação daquelas 
ideias." 
Você notou que no exemplo 1, mesmo ao lado de um adjetivo 
feminino, o vocábulo permaneceu inalterado? Isso comprova que essa 
palavra é um advérbio – é invariável e modifica um adjetivo. 
Já a segunda forma se flexionou em gênero, concordando com a 
palavra “volta” – é um numeral, classe de palavra variável. 
No exemplo 3, o vocábulo está acompanhado de um artigo, o que o 
classifica como um substantivo. Também poderia se flexionar: “Os 
meios acadêmicos...”. 
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Também merecem destaque os advérbios interrogativos: onde, 
aonde, donde, como, que fazem parte de orações interrogativas e 
não devem ser confundidos com os pronomes relativos homógrafos. 
Estes possuem antecedentes aos quais se referem, enquanto que os 
advérbios interrogativos são “independentes” e se referem a 
circunstâncias como tempo, modo, causa ou lugar. Podem estar em 
construção interrogativa direta ou indireta. 
Não sei como você aguenta esse homem! 
Aonde você vai? (o verbo ir exige a preposição “a”, que a ele se liga: 
a + onde) 
Quero saber onde você vai almoçar. (quando o verbo exigir a 
preposição “em”, basta o “onde”.) 
Donde você veio? (o verbo vir exige a preposição “de”, que se liga ao 
advérbio: de + onde) 
8. PALAVRAS DENOTATIVAS 
Na língua portuguesa, há algumas palavras e locuções não definidas 
pela Nomenclatura GramaticalBrasileira (NGB) em qualquer das 
classes de palavras. São as palavras denotativas, que apresentam 
certa semelhança com os advérbios mas que, devido a algumas 
características peculiares, com eles não se confundem (a NGB chama 
de “palavras de classificação à parte”. 
A principal característica que as distinguem dos advérbios é o fato de 
estes se referirem a certos vocábulos (verbos, adjetivos, advérbios), 
enquanto que as palavras denotativas podem se referir a qualquer
vocábulo ou até mesmo a nenhum diretamente. 
As palavras ou expressões denotativas mais comuns são: 
- de exclusão – exceto, salvo, apenas etc. 
Todos, menos Lula, sabiam do mensalão. 
- de inclusão – até, inclusive, mesmo, também etc. 
Até Deus duvida disso! 
- de explicação – isto é, ou melhor, ainda, por exemplo, a saber etc. 
Este ato é arbitrário, ou seja, não respeita leis ou regras. 
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- de retificação – isto é, ou melhor (a diferença entre esta e a 
anterior depende do contexto). 
Eu preciso de dois laudos, ou melhor, de três. 
- de realce – é que, lá, só, cá, mas etc. 
Ele lá sabe alguma coisa sobre isso? 
- de designação – eis. 
Eis o vencedor da competição. 
- de situação – então, mas, afinal etc. 
Mas, afinal, o que você queria? 
9. PREPOSIÇÃO 
Classe invariável que liga termos de uma oração de tal modo que o 
significado do primeiro (antecedente – termo regente) é explicado ou 
delimitado pelo segundo (consequente - termo regido). 
Ex.: O professor gosta de trabalhos noturnos. 
 Não há necessidade de trabalharmos à noite. 
São exemplos das preposições simples mais comuns, chamadas de 
essenciais: 
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, 
por, sem sob, sobre, trás 
Algumas palavras, cujo sentido original é de outra classe gramatical, 
podem ser usadas como preposições – são chamadas de preposições 
acidentais (denominação rejeitada por Napoleão Mendes de 
Almeida). 
 Eu a considero como uma irmã. Você terá que fazer a prova 
amanhã. 
As locuções prepositivas se caracterizam por apresentar, como último 
vocábulo, uma preposição essencial: 
Abaixo de apesar de graças a por entre junto a 
 embaixo de 
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10. CONJUNÇÃO 
Classe invariável que liga orações, às vezes, liga termos coordenados 
de uma oração. 
Ex.: Os pais viajaram e estudaram. (liga orações) 
Os pais viajaram para Orlando e Paris. (liga termos dentro de uma 
oração) 
As conjunções podem ser: 
Coordenadas – relacionam elementos de mesma função 
gramatical. 
Subordinadas – ligam duas orações, sendo que uma 
complementa, determina ou restringe o sentido de outra. 
Locução conjuntiva 
Formada por mais de um vocábulo, sendo que, normalmente, o último 
é uma conjunção. 
 já que se bem que a fim de que 
11. INTERJEIÇÃO 
Classe invariável que expressa emoções, sensações, sentimentos ou 
representa um chamamento. 
 alívio (Ufa!) dor (Ai!) espanto (Quê!) medo
(Credo!) 
 satisfação (Viva!) chamamento (Oxalá!) saudação
(Alvíssaras!) 
Locução interjeitiva é o conjunto de duas ou mais palavras com valor 
de interjeição. 
 Que horror! Queira Deus! Ai de mim! 
Na escrita, a interjeição vem acompanhada do sinal de exclamação, 
com exceção do “Ó” de apelo (“Ó menino, não faça isso”), que não 
deve ser confundido com “Oh”, de admiração. 
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Sobre “Vivam os campeões!”, nosso mestre Evanildo Bechara observa, 
em seu “Lições de Português pela Análise Sintática”, que o emprego 
quase interjeitivo da oração e a proximidade com a interjeição 
(invariável, portanto) “Salve os campeões!” levam à forma “Viva os 
campeões!”, com evidente erro de concordância. 
Contudo, ressalta o mestre: “Apesar de correr vitoriosa na linguagem 
coloquial, esta concordância no singular deve ser cuidadosamente 
evitada na língua padrão”. 
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QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
1 - (FGV / Ministério da Cultura /2006) 
Assinale a alternativa que não apresente a classificação correta de um 
dos elementos mórficos do vocábulo deixasse 
(A) deix- = radical 
(B) -e = desinência número-pessoal 
(C) -a = vogal temática verbal 
(D) deixa = tema 
(E) -sse = desinência modo-temporal 
2 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) 
Assinale a alternativa em que um dos elementos mórficos da palavra 
contribuiu (L.65) não esteja corretamente analisado. 
(A) contribuiu = prefixo 
(B) contribuiu = raiz 
(C) contribuiu = desinência modo-temporal 
(D) contribuiu = tema 
(E) contribuiu = vogal temática 
3 -(CESGRANRIO / INSPETOR DE POLÍCIA / 2001) 
Inúmeros, ilícita, impropriedade têm em comum: 
a) o prefixo negativo; 
b) a classe gramatical; 
c) o gênero; 
d) o número; 
e) a forma gráfica. 
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4 - (FUNDEC / TRT 1ª.Região / 2003)- Mantida grafia original da 
prova, anterior a 2009. 
Os prefixos das palavras entressafra (linha 15) e internacional são 
sinônimos. Idêntica relação semântica pode ser depreendida entre os 
prefixos das palavras: 
A) anti-higiênico e suboficial; 
B) co-redator e contra-regra; 
C) arquiinimigo e hiper-humano; 
D) vice-diretor e sobreloja; 
E) ante-histórico e recém-chegado. 
5 - (FGV / ALESP / 2002) 
Assinale a alternativa em que todas as palavras têm prefixo indicativo 
de negação: 
A. imoral - imprudente. 
B. imoral - deslocar. 
C. aderente - amoral. 
D. aderente - subterrâneo. 
6 - (FGV / Ministério da Cultura /2006) 
Assinale a alternativa em que o prefixo tenha o mesmo sentido que o 
de imigrantes. 
(A) imberbe 
(B) imergir 
(C) incréu 
(D) iníquo 
(E) inválido 
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7 - (FGV / ICMS MS /2006) 
Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo 
mesmo processo que entrevejo. 
(A) joalheria 
(B) serenidade 
(C) decodifica 
(D) acompanhando 
(E) perfumadas 
8 - (FGV / ALESP / 2002) 
Assinale a alternativa que apresenta um prefixo indicando “posição 
superior”: 
A. Transatlântico. 
B. Perímetro. 
C. Epiderme. 
D. Sublocar. 
9 - (FGV / BESC ADVOGADO/ 2004) 
Assinale a alternativa em que o vocábulo NÃO seja formado pelo 
mesmo processo que "crescimento" 
(A) financeiro 
(B) rentabilidade 
(C) falta 
(D) prancheta 
(E) executáveis 
10 - (FUNDEC / PRODERJ / 2002) Mantida grafia original da prova, 
aplicada antes de 2009. 
Os prefixos das palavras supercomputador e contra-informação são 
sinônimos, respectivamente, dos prefixos das palavras: 
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A) hiperinflação e megainvestidor; 
B) politraumatizado e desnecessário; 
C) ultraleve e hemisfério; 
D) além-fronteira e endotérmico; 
E) arquimilionário e antiinflacionário. 
11 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judiciário / 2001) 
O vocábulo perdão, presente no texto, tem como plural perdões; o 
item abaixo em quetodos os vocábulos podem fazer o plural do 
mesmo modo é: 
a) cidadão, vulcão, capelão; 
b) escrivão, aldeão, razão; 
c) capelão, situação, alazão; 
d) corrimão, cidadão, escrivão; 
e) vulcão, aldeão, alazão. 
12 - (NCE UFRJ / Corregedoria Geral da Justiça RJ ) 
Hibernação está para inverno, considerados os vários aspectos de sua 
formação, como: 
(A) crescimento está para crescer; 
(B) diminuição está para diminuir; 
(C) mensal está para mês; 
(D) liberdade está para livre; 
(E) animação está para alma. 
13 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL/ 2006) 
A alternativa que mostra inadequação entre cognatos é: 
(A) terra / aterrorizar; 
(B) lei / legalizar; 
(C) acordo / acordar; 
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(D) temor / atemorizar; 
(E) homem / humanizar. 
14 - (NCE UFRJ / CVM / 2005) 
A relação ERRADA entre verbo e substantivo é: 
(A) ceder / cessão; 
(B) estender / extensão; 
(C) exceder / exceção; 
(D) ascender / ascensão; 
(E) pretender / pretensão. 
15 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005) 
Agrário se refere a campo; o vocábulo abaixo em que esse radical tem 
significado diferente é: 
(A) agricultor; 
(B) agridoce; 
(C) agrimensor; 
(D) agreste; 
(E) agrícola. 
16 - (FGV / ICMS MS – TTI / 2006) 
Assinale a alternativa em que o prefixo tenha valor distinto do de 
incompetentes. 
(A) irrespondível 
(B) agnósticos 
(C) ateus 
(D) incorrer 
(E) inafiançável 
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17 - (FGV / ICMS MS – Fiscal de Rendas / 2006) 
Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo 
mesmo processo que acompanhamos. 
(A) rapidíssimos 
(B) encanada 
(C) utilizamos 
(D) repressão 
(E) intermediárias 
18 - (CESGRANRIO / BNDES – ADVOGADO / 2004) 
No título do artigo “A tal da demanda social”, a classe de palavra de 
“tal” é: 
(A) pronome. 
(B) adjetivo. 
(C) advérbio. 
(D) substantivo. 
(E) preposição. 
19 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) 
Tal como está organizada, a sociedade gira em torno do mercado, de 
acordo com um sistema que alguns chamam de "economia de 
mercado", e outros, de "capitalismo". Até hoje, não surgiu nenhum 
sistema tão capaz de fazer crescer a economia. As experiências feitas 
em nome do socialismo não manifestaram força própria suficiente para 
competir, no plano do crescimento econômico, com o capitalismo. 
A palavra Tal classifica-se como: 
(A) adjetivo. 
(B) advérbio. 
(C) conjunção. 
(D) pronome demonstrativo. 
(E) pronome relativo. 
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20 - (CESGRANRIO / MPE RO / 2005) 
Dentre os plurais dos nomes compostos, o único flexionado de modo 
adequado é: 
(A) guarda-chuvas. 
(B) olhos azuis-turquezas. 
(C) escolas-modelos. 
(D) surdo-mudos. 
(E) pores-dos-sóis. 
21 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005) 
matérias-primas faz plural da mesma forma que: 
(A) porta-voz; 
(B) guarda-comida; 
(C) bem-te-vi; 
(D) aluno-mestre; 
(E) pisca-pisca. 
22 - (FGV / Pref.Araçatuba / 2002) 
O plural dos adjetivos compostos está correto em 
A. Faltava sempre às segundas-feiras. 
B. Recebeu dois salários-famílias. 
C. Houve alguns quebras-quebras na cidade. 
D. Gostava de sopa de grão-de-bicos. 
23. (CONSESP/Prefeitura Batatais SP – Agente Administrativo/2012) 
Assinale a alternativa correta, quanto ao plural dos substantivos 
compostos. 
(A) Tenente-coronéis. 
(B) Gentil-homens. 
(C) Altos-relevos. 
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(D) Cartões-postal. 
24 - (FGV / ICMS MS / 2006) 
Outras vezes ela passa por mim na rua entre os camelôs. 
Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalheria. 
No trecho acima, a inversão das palavras grifadas não provocou 
alteração de sentido. Assinale a alternativa em que a inversão dos 
termos provoca alteração gramatical e semântica. 
(A) novos papéis / papéis novos 
(B) várias idéias / idéias várias 
(C) lúcidas lembranças / lembranças lúcidas 
(D) tristes dias / dias tristes 
(E) poucas oportunidades / oportunidades poucas 
25 - (UnB CESPE / Banco do Brasil / 2002) 
Passa quase despercebido para o mercado que, na guerra dos bancos 
pela carteira dos brasileiros, o Banco do Brasil S.A. (BB) está mais 
ativo do que nunca. Foi a casa que mais conquistou novos clientes em 
2001, saltando de 10,5 milhões de correntistas pessoa física para 12 
milhões. 
Na área das empresas, o crescimento também foi robusto. Com a 
criação de uma divisão de corporate, sua carteira empresarial saltou 
de 767 mil para 900 mil clientes. 
O BB ainda tem um amplo terreno para conquistar clientes menos 
endinheirados por intermédio das concessões de crédito. A instituição, 
mesmo com 24,6% de todos os ativos do sistema financeiro nacional, 
não tinha agilidade suficiente para fazer isso, por conta do estoque de 
créditos ruins que a ancora. Depois do ajuste patrimonial, ganhou 
fôlego. 
QUESTÃO 
Acerca de aspectos estruturais e das idéias do texto acima, julgue o 
seguinte item. 
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No primeiro parágrafo do texto, as duas ocorrências do advérbio 
“mais” — intensificando “ativo” (l.3) e “conquistou” (l.3) — 
comprovam que advérbios podem modificar tanto verbos como 
adjetivos. 
26 - (FGV / BESC ADVOGADO/ 2004) 
Assinale a alternativa em que o termo grifado seja artigo definido. 
(A) "...o que os empurra a dar crédito para o setor privado e para as 
pessoas físicas." 
(B) "O que se faz?" 
(C) "O que está ocorrendo é que os interesses que prevaleceram..." 
(D) "...agora, o que se está fazendo é buscar "acalmar" os que temem 
perder lucros na fase de transição." 
(E) "Ou seja, há uma possibilidade, não desprezível, de o país perder, 
mais uma vez, uma janela de oportunidade." 
27 - (FCC / INSS MEDICO / 2006) 
Analise a proposição abaixo. 
- Esses papeizinhos amarelos marcam as páginas mais importantes do 
relatório. 
28 – (FGV/SEFAZ RJ / 2009) 
De uma época de mudança passamos à mudança de época. (L. 59-60) 
A mudança na ordem entre os elementos das expressões destacadas 
determina a alteração do significado dessas expressões. O item em 
que a mudança de ordem também altera o significado original da 
frase ou da expressão é: 
(A) Não pretendemos detalhar tais problemas amplamente conhecidos 
(L. 29-30) / Não pretendemos detalhar amplamente tais problemas 
conhecidos. 
(B) Apenas queremos compartilhar e reforçar a convicção de muitos 
(L. 30-31) / Queremos, apenas, compartilhar e reforçar a convicção de 
muitos. 
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(C) sinalizando o nascimento de um novo patamar de hominização (L. 
51-52) / sinalizando o nascimento de um patamar de hominização 
novo. 
(D) Assujeitar a Terra, espoliar ao máximo seus recursos (L. 34-35) / 
Assujeitar a Terra, espoliar seus recursos ao máximo. 
(E) a solução para os referidos problemas não se encontra nos 
recursos da civilização vigente (L. 31-33) / a solução para os 
problemas referidos não se encontra nos recursos da civilização 
vigente. 
29 - (FGV/SEFAZ RJ / 2009) 
Com relação aos processos de formação de palavras, analise as 
afirmativas a seguir: 
I. estruturador, civilizacional e renováveis sãoadjetivos formados por 
derivação sufixal. 
II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos 
formados por composição e derivação. 
III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos 
formados por composição. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
30 - (FGV/SEFAZ RJ/2008) 
Assinale a alternativa em que a palavra indicada não seja formada 
pelo mesmo processo que injustiça. 
(A) internacional 
(B) auto-organização 
(C) antielisão 
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(D) ilícito 
(E) tecnologias 
31 – (CONSESP/PREF.BATATAIS SP – Agente Administrativo/2012) 
Em “A avaliação foi dificílima.”, temos um adjetivo com grau 
(A) comparativo de igualdade. 
(B) comparativo de inferioridade. 
(C) superlativo absoluto analítico. 
(D) superlativo absoluto sintético. 
32 - (FUNRIO/SÃO PAULO TURISMO – NÍVEL MÉDIO/2009) 
O poema de Cecília Meireles traz várias palavras que caracterizam o 
eu-lírico do poema. Tendo em vista as palavras “calmo, triste, magro, 
vazio, amargo”, assinale a alternativa que contém sua flexão em grau 
superlativo relativo de superioridade: 
a) o mais calmo, o mais triste, o mais magro, o mais vazio, o mais 
amargo. 
b) muito calmo, muito triste, muito magro, muito vazio, muito 
amargo. 
c) calmíssimo, tristíssimo, magríssimo, vaziíssimo,amaríssimo. 
d) bastante calmo, bastante triste, bastante magro, bastante vazio, 
bastante amargo. 
33 – (FGV/Senado Federal/2012) 
Assinale a palavra do texto que tenha sido formada pelo mesmo 
processo que viceja (L.18). 
a) neoliberal (L.49) 
b) democracia (L.59) 
c) redistributivas (L.75) 
d) contrabalançar (L.62) 
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e) americano (L.49) 
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GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1 – B - A forma verbal deixasse não possui desinência número-
pessoal: 
TEMA 
DMT DNP 
Radical Vogal 
DEIX A SSE Ø 
2 – C - O morfema “u” é desinência número-pessoal. 
PREFIX
O 
TEMA 
DMT DNP 
Radical Vogal 
tem
CON TRIBU I Ø U 
À raiz trib unem-se os prefixos que formam os radicais dos verbos: 
retribuir, contribuir. 
O mesmo ocorre nos seguintes verbos: 
• (raiz = preend) compreender, apreender, repreender; 
• (raiz = vert) reverter, perverter, inverter, converter; 
• (raiz = fer) preferir, conferir, deferir, inferir, desferir; 
Esse são alguns exemplos de verbos formados a partir da união de 
prefixos à raiz. 
3 – A – Os três vocábulos apresentam prefixos negativos: inúmeros, 
ilícita, impropriedade. 
4 – Os prefixos latinos entre e inter designam “posição 
intermediária”. Os prefixos gregos da opção C também são sinônimos: 
arqui e hiper indicam superioridade. 
a) anti - prefixo grego = oposição / sub - prefixo latino = posição 
inferior 
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b) co – latino = companhia ou contiguidade / contra – latino = 
oposição 
d) vice – latino = em lugar de / sobre – latino = posição superior 
e) ante – latino = anterioridade / recém – latino = recente 
Decorrente do Acordo Ortográfico, haveria nova grafia em: 
“corredator”, “contrarregra” e “arqui-inimigo”. 
5 – A 
b) i = negação / des = separação 
c) a em “amoral” = negação / a em “aderente” = aproximação 
d) a em “aderente” = aproximação / sub = posição inferior 
6 – B – O prefixo i em ‘imergir’ indica o movimento para dentro (como 
em imigrar). 
7 – E - O vocábulo “entrevejo” passou pelo processo de derivação 
prefixal, com a colocação do prefixo entre (posição intermediária). A 
esse mesmo processo se submeteu o vocábulo “perfumadas”, com o 
prefixo per (movimento através) 
a) derivação sufixal (joia + lh + eria) sofreu derivação sufixal com –
eria ou –aria, que indicam “atividade de”, “ramo de negócio”, “ofício”. 
b) derivação sufixal – o sufixo “-(i)dade” indica qualidade ou estado 
(sereno + idade) 
c) derivação prefixal e sufixal (prefixação) “de-” (prefixo latino = 
ação contrária) + código + (sufixação) “-ficar” = decodificar 
d) derivação parassintética - a + companh + (a)ndo (sufixo indicativo 
de gerúndio) 
8 – C – O vocábulo ‘epiderme’ significa a camada mais superficial da 
pele (prefixo grego epi + radical grego derme = pele). Como o 
examinador busca o prefixo que indica “posição superior”, essa é a 
resposta. 
Em relação às demais opções: 
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a) trans- latino = passar além de. 
b) peri- grego = em torno de. 
d) sub- latino = posição abaixo. 
9 – C 
O examinador buscava a palavra que NÃO fosse formada pelo mesmo 
processo que a palavra CRESCIMENTO, que sofreu o processo de 
DERIVAÇÃO SUFIXAL, ou seja, o acréscimo de um sufixo. 
A resposta foi a opção C: o vocábulo “falta” é o próprio tema (radical 
falt + VT a) e não recebeu nenhum sufixo. 
Já em relação às demais, temos que: 
a) financeiro – “finança” recebeu o sufixo “-eiro” indica, nesse caso, 
atividade. 
b) rentabilidade – “renda” deu origem ao adjetivo “rentável” que, por 
sua vez, recebeu o sufixo “(i)lidade”, que significa qualidade ou 
estado. 
d) “eta” é um sufixo de valor diminutivo. 
e) “-vel” é um sufixo nominal que forma adjetivos, com o sentido de 
“digno de” ou “possível de certa ação”. 
10 – E – Os prefixos super, extra, ultra (latinos), mega, hiper e arqui 
(gregos) são equivalentes e indicam superioridade. Já os prefixos 
contra-, ob-, o-, des- (latinos) e anti- e para- (gregos) denotam 
oposição. 
Os demais apresentam os seguintes significados: 
- hemi – grego = metade; 
- poli – grego = muitos; 
- endo – grego = posição interna; 
- além – elemento de composição latino = adiante, além de. 
ACORDO ORTOGRÁFICO: Novas grafias para “anti-inflacionário” 
(com hífen) e “contrainformação” (sem hífen). 
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11 – E - vulcões; aldeões ou aldeães; alazões e alazães. 
a) cidadãos; vulcões ; capelães. 
b) escrivães; aldeãos, aldeões ou aldeães; razões. 
c) capelães; situações; alazões e alazães. 
d) corrimãos; cidadãos; escrivães. 
12 – E - Essa questão exigia bastante percepção do candidato. A dica 
para solucioná-la estava na expressão “considerados os vários 
aspectos de sua formação”. Assim como “hibernação” buscou em sua 
origem latina a forma que significa “inverno” (hiber), a palavra 
“animação” tem em sua raiz (änima) o sentido de alma. 
13 – A - A palavra “aterrorizar” tem relação com “terror” e não ‘terra’. 
14 – C – O aluno que se lembrou da aula sobre Ortografia não errou 
essa questão. No material, mencionamos que “exceção” não deriva de 
EXCEDER, mas de EXCETUAR. 
15 – B - O elemento de composição em “agridoce” é latino e significa 
“acre, ácido, azedo”. Já em “agricultura”, “agrimensor”, “agreste” e 
“agrícola” está presente o prefixo “agri”, também latino, que se refere 
a campo. 
16 – D – O prefixo latino “in” em “incorrer” significa “movimento para 
dentro”. Os demais têm valor de negação. 
17 – B - O processo de acompanhamos é o mesmode encanada – 
derivação parassintética. 
a) rapidíssimos - sufixação 
c) utilizamos - sufixação 
d) repressão - prefixação 
e) intermediárias – prefixação e sufixação (mediar � intermediar � 
intermediária) 
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18 – A – Não nos cansamos de repetir – a análise morfológica de uma 
palavra só pode ser feita de acordo com o contexto. Na oração “A tal 
da demanda social”, o vocábulo “tal” está sendo usado para indicar. 
Por isso, é um pronome demonstrativo. 
Esse pronome faz parte da expressão “O(a) tal de”, usado na 
linguagem com desdém. 
Não confunda com “o tal”, substantivo coloquial brasileiro de dois 
gêneros usado para designar a pessoa que julga ser mais importante 
do que é: “Ela se acha o tal”. 
Veja na próxima questão um outro emprego de “tal”. 
19 – B - Muita gente boa, de cara, deve ter marcado "pronome 
demonstrativo" (D), e não foi à toa que essa questão está nesta 
posição. 
Em “Tal como está organizada, a sociedade gira em torno do 
mercado”, esse "tal" indica MODO - circunstância. Troque por "assim" 
ou "do modo" e continuará fazendo sentido. Assim, notamos que não é 
pronome demonstrativo, mas ADVÉRBIO - opção B. 
20 – A 
b) olhos azul-turquesa – note que “turquesa” (com “s”) é um mineral 
azul ou esverdeado. Como o segundo elemento do adjetivo composto 
é um substantivo, permanecerá invariável. 
c) escolas-modelo(s) – atualmente, esta questão estaria sujeita a 
recursos, pois o enunciado não menciona a norma culta e 
modernamente já se aceita a flexão dos dois vocábulos, mesmo o 
segundo indicando finalidade. 
d) surdos-mudos – os dois se flexionam. 
e) pores-do-sol – só o primeiro elemento varia. 
21 – D - “Matéria-prima” é um substantivo composto formado por um 
substantivo e um adjetivo. No plural, os dois elementos variam. O 
mesmo acontece com “alunos-mestres”. 
a) porta-voz porta-vozes (verbo + substantivo) 
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b) guarda-comida guarda-comidas (ideia de guardar – não varia) 
c) bem-te-vi bem-te-vis 
e) pisca-pisca pisca-piscas 
ACORDO ORTOGRÁFICO: Algumas palavras compostas deixaram de 
receber o hífen. A justificativa seria a falta de ambiguidade em relação 
à forma sem hífen. Um exemplo seria o substantivo “dia a dia” (agora, 
sem hífen), equivalente a “cotidiano”, que passa a ser grafado igual ao 
advérbio, que significa “diariamente”. Em relação aos substantivos 
compostos dessa questão, não houve nenhuma modificação. 
22 – A – Em “segunda-feira”, os dois elementos se flexionam: 
segundas-feiras (numeral e substantivo). 
Da mesma forma que a questão 20, esta seria passível de anulação, 
em virtude da possibilidade de se flexionar os dois elementos do item 
B – salários-família(s). Assim, haveria duas respostas igualmente 
válidas – A e B. 
As demais opções, devidamente corrigidas, seriam: 
c) Houve alguns quebra-quebras na cidade. 
d) Gostava de sopa de grãos-de-bico. 
23 – C 
Como o substantivo composto é formado por adjetivo + substantivo, 
as duas palavras se flexionam: altos-relevos. 
As formas corretas das demais palavras são: 
a) tenentes-coronéis 
b) gentis-homens 
d) cartões-postais 
24 – B 
Primeiramente, lembramos que a palavra “ideia” perdeu o acento 
agudo. 
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A mudança da colocação do vocábulo “várias” altera seu aspecto 
semântico e morfológico. Em “várias idéias (*)”, é um pronome 
indefinido. Já em “idéias(*) várias”, tem valor adjetivo com o sentido 
de “variadas”. 
Não há alteração morfológica nem semântica entre os elementos das 
opções a, c e d (novos, lúcidas e tristes, que mantêm em qualquer 
das orações o sentido e a classificação morfológica – adjetivo). 
A "pegadinha" do enunciado em relação à opção E é a exigência de 
alteração SEMÂNTICA E GRAMATICAL: poucas oportunidade (pronome 
indefinido) e oportunidades poucas (adjetivo) 
Há alteração gramatical. O Dicionário Eletrônico Aurélio indica as 
seguintes acepções do vocábulo "pouco": 
“Adjetivo. 
1.Em pequena quantidade; escasso, reduzido. [Superl. abs. sint.: 
pouquíssimo.] 
Pronome indefinido. 
2.Algo (coisa ou indivíduo) em quantidade ou em grau menor do que o 
habitual ou o esperado.” 
Contudo, mesmo que haja alteração gramatical (um é pronome 
indefinido e o outro, adjetivo), não há alteração semântica. Em 
qualquer das duas construções, a ideia é que são oportunidades em 
quantidade pequena ou menor do que o esperado. Por isso, não foi 
esse o gabarito. Pura maldade! 
25 – Item correto – Essa é uma ótima oportunidade de vermos o 
emprego do advérbio. Com função de intensidade, modifica tanto um 
adjetivo (“o Banco do Brasil S.A. (BB) está mais ativo do que nunca”) 
quanto um verbo (“Foi a casa que mais conquistou novos clientes 
em 2001”). 
26 – E – Como vimos, o artigo estará sempre acompanhando um 
nome. A única ocorrência deste vocábulo é na opção E, em que 
acompanha o substantivo “país”. 
a) "...o que os empurra ..." – pronome oblíquo 
b) "O que se faz?” – pronome demonstrativo junto do pronome 
interrogativo “que”. 
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c) "O que está ocorrendo..." - pronome demonstrativo junto do 
pronome interrogativo “que”. 
d) "...agora, o que se está fazendo é buscar "acalmar" os que temem 
..." – pronome demonstrativo (aqueles) 
27 - Item correto 
A formação do plural de PAPÉIS leva a letra “s” para o fim do vocábulo 
após a inclusão do sufixo indicador de diminutivo = PAPEIZINHOS. 
Como houve deslocamento da sílaba tônica (agora, é a sílaba “zi”, e 
não “péis”), não há necessidade de colocação de acento agudo. 
28 – A 
O advérbio modifica um adjetivo, um verbo ou outro advérbio. Na 
opção A, originalmente o advérbio “amplamente”, devido à sua 
posição, modificava o adjetivo “conhecidos” (Não pretendemos 
detalhar tais problemas amplamente conhecidos = problemas 
muito conhecidos). Com a mudança de posição, passou a modificar 
o verbo DETALHAR: Não pretendemos detalhar amplamente tais 
problemas conhecidos. 
A mudança de posição do vocábulo alterou o sentido da construção, 
sendo essa a resposta. 
29 – A 
I – Os adjetivos tiveram o acréscimo de sufixos, sofrendo, portanto, o 
processo de derivação sufixal. Note que, no terceiro caso (renováveis), 
foram duas as etapas da formação da palavra: derivação 
parassintética (novo => renovar) para, em seguida, sofrer o processo 
de derivação sufixal: renovar (verbo) => renováveis (adjetivo). 
Assim, considerando a última, houve a sufixação, sim. ITEM CORRETO. 
II – A palavra “hominização” provém de “homin(i)” (homem em 
latim), com o acréscimo do sufixo formador de substantivos “-ação”; 
“dilapidação” foi formada por sufixação, pois provém de ‘dilapidar”, 
palavra derivada de “lápide”. O verbo, por sua vez, sofreu processo de 
derivação parassintética, com acréscimo simultâneo do prefixo “di-” 
(que indica separação, movimento para diversos lados) e do 
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sufixo “-ar” (formação de verbo); já “autodestruição” foi fruto de 
junção do elemento de composição grego “auto” (= de si mesmo 
processo de composição) com o vocábulo “destruição” (que recebeu o 
sufixo “-ção” ao vocábulo original “destruir” processo de derivação 
sufixal). Somente o último foi formado por ambos os processos, ao 
contrário dos

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