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Teoria dos Sistemas Econômicos Não-Capitalistas

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Sociologia e Extensão Rural
Professor: Paulo Jose da Fonseca Pires
Acadêmicas: Natane dos Santos e Thaís Rabelo Hüntemann
Teoria dos sistemas económicos
não - capitalistas (1924)
CHAYANOV,Alexander.
Teoria moderna
Consideram os fenômenos econômicos 
Renda, 
Capital,
Preço e outras categorias
Foram baseado no trabalho assalariado e visando a maximização dos lucros.
Os outros tipos —não-capitalistas 
Considera-se que não têm qualquer influência nos problemas fundamentais da economia moderna e, por conseguinte, que não apresentam qualquer interesse teórico.
 Idade Média
Dificuldade em analisar a formação dos preços socorrendo-nos unicamente dos conceitos de que dispomos atualmente. 
Escola histórica
Descreve o passado económico,
Porém, mesmo a descrição mais exata é incapaz, de fornecer uma teoria dos fatos económicos.
O tipo da exploração baseada no trabalho familiar 
Nem Arístóteles nem os outros autores deixaram uma teoria económica, no sentido que hoje seja relativa à realidade económica do seu tempo.
Chave da vida económica 
Valor de troca, rendimento bruto e dos custos materiais de produção, os salários e o juro do capital
Economia natural
A distinção entre o que é económico e o que é lucrativo, se apresentam de modo muito diferente das ideias e princípios 
À medida que a troca e a circulação monetária aumentam quantidade toma-se cada vez mais independente da qualidade.
A categoria preço torna-se a mais importante; associada às outras categorias existentes.
Trabalho familiar
A família, equipada de meios de produção, utiliza a sua força de trabalho para cultivar o solo 
Obtém, como resultado uma certa quantidade de bens. 
Na ausência da categoria do salário, é impossível situar estrutura o lucro líquido, a renda e o juro do capital, 
Verdadeiras categorias económicas no sentido capitalista
Camponês ou Artesão 
Gerem a sua própria empresa, 
Sem recurso ao trabalho assalariado, 
Obtém uma quantidade de produtos que, depois de vendidos no formam o produto bruto da sua exploração.
Este produto do trabalho familiar é a única categoria de rendimento
O fenómeno social do salário e do lucro líquido não existe.
A importância do produto do trabalho
Determinada pela dimensão e composição da família.
Estudos empíricos relativos às explorações camponesas da Rússia e de outros países permitiram-nos verificar a seguinte tese: 
O grau de auto-exploração é determinado por um equilíbrio específico entre a satisfação da procura familiar e a fadiga devida ao trabalho.
No sistema da exploração camponesa, 
O nível dos preços da terra não depende apenas do mercado dos produtos agrícolas e da lucratividade da cultura 
Depende do aumento de densidade da população rural local.
Outras categorias dependentes:
Taxa de juro sobre o capital, se comportam de maneira análoga no sistema económico.
A exploração no trabalho familiar só tem vantagem em investir em capital se atingir um nível 'superior de bem-estar,
Ela restabelece o equilíbrio entre a fadiga devida ao trabalho e a satisfação da procura.
Exploração familiar
Na avaliação da família, é evidente que quanto mais considerável é o produto, mais facilidade tem a família de retirar daí os meios de formar capital.
Quando a situação é difícil, devido às más colheitas parte normalmente destinada ao consumo e utilizá-la na formação de novo capital.
Estrutura das unidades económicas
O produto indivisível do trabalho familiar, 
A densidade da população;
O nível habitual da procura tradicional;
 A capacidade de engendrar uma renda, própria aos bons solos e às condições climatéricas favoráveis.
 A capacidade da população para formar capital e o carácter sujeito a imposto deste capital, tendo em conta o nível de prosperidade.
3. As disposições económicas que controla, pela coação extra-económica, o modo de utilização das terras e as migrações populares.
Escravos
Participa num processo de produção 
É levado a fornecer uma certa prestação de trabalho sob a ameaça de punições 
A manutenção é racional para o empresário 
As despesas são determinadas pelas normas fisiológicas e pelo tipo de trabalho exigido; 
Pouco difere dos animais de trabalho no que respeita à organização da empresa.
Sistemas de economia esclavagista:
Um sistema em que a oferta de escravos é alimentada, no decurso de guerras entre povos estrangeiros, pela captura de escravos já adultos. 
A exploração do seu trabalho é completa e leva a uma rápida destruição; 
Por outro lado, evita as despesas ligadas à formação das crianças (reprodução) e à manutenção prolongada dos adultos.
Sistemas de economia esclavagista:
Um sistema em que a oferta é naturalmente alimentada pela reprodução dos escravos no seio da própria família escrava; 
Isto implica despesas, bem entendido, em ligação tanto com a formação da nova geração, como com as reduções do grau de exploração da força de trabalho escrava, em particular as mulheres.
Antigo sistema da escravatura
Fator de declínio
A guerra e a captura tiveram de ser abandonadas enquanto fonte de aprovisionamento de escravos e substituídas por uma produção pacífica baseada na reprodução natural.
A antiga unidade económica teve então de enfrentar custos diretos mais elevados, que em breve ultrapassaram a renda capitalizada do escravo.
Servidão russa
Caracterizada pelo obrok 
Traduz uma combinação particular entre a exploração baseada no trabalho familiar e a exploração baseada na escravatura. 
Não coincide nem quantitativa nem qualitativamente com a renda dos escravos.
Sujeitos ao obrok, obrigados a entregar ao proprietário uma parte do produto.
Obrok vs Escravatura 
Na exploração servil sujeita ao obrok, o proprietário não suporta custos económicos relativos à reprodução do material humano. 
O número de servos não é, determinado pelo produto marginal dos servos e o custo marginal
Na exploração escravatura;
 O aumento é por via da procriação e, o número dos servos, depende dos próprios servos.
As coisas passam-se de maneira muito diferente na unidade económica sujeita ao obrok.
Esta unidade caracteriza-se por uma certa heterogeneidade económica: o conceito de lucratividade próprio à família camponesa é o mesmo que encontramos na exploração baseada no trabalho familiar, que busca de um investimento em capital tão rendoso quanto possível.
Além disso, na organização da unidade económica baseada na escravatura, o número de escravos pode-se adaptar.
Comunismo
É um sistema económico no qual todos os fundamentos económicos da sociedade capitalista —capital, juro, salário, renda— são totalmente eliminados, ao mesmo tempo que o aparelho tecnológico da economia moderna é preservado e mesmo melhorado.
Princípios e os fenómenos
A necessidade de equipar a força de trabalho humana com diversos meios de produção;
Aumentar consideravelmente a produtividade do trabalho aplicando;
Possibilidade de fazer funcionar a agricultura, com diferentes níveis de esforço em trabalho e segundo diferentes modalidades de concentração dos meios de produção por unidade de área,
O aumento da produtividade do trabalho e da quantidade produzida por unidade de área,
Possibilidade para um trabalhador produzir uma quantidade de bens superior à necessária e assegurar à família os meios de vida e de reprodução.
Conclusão 
Cada sistema, visto ser fechado, só pode comunicar com os outros graças aos elementos económicos objetivos que possuem em comum,
Futuro da teoria económica reside, não na construção de uma teoria única e universal, mas na concepção de vários sistemas teóricos que dêem conta das formas de coexistência e de evolução próprias de cada uma dessas diferentes ordens.
AGRICULTURA FAMILIAR, PLURIATIVIDADE E POLITICAS PUBLICAS NA REGIÃO NORDESTE E SUL DO BRASIL, NOS ANOS 1990 E 2000: TRAJETÓRIAS E DESAFIOS.
Capitulo 2 
A PLURIATIVIDADE E O COMPORTAMENTO DAS VARIÁVEIS RELACIONADAS AS CARACTERÍSTICAS INTERNAS DAS FAMÍLIAS DA AGRICULTURA FAMILIAR NAS REGIÕES NORDESTE E SUL: AS INFLUENCIAS DA TEORIA CHAYANOVAIANA. 
INTRODUÇÃO
Objetivoé apresentar parte das elaborações do pensamento chayanoviano com vistas a retomar os principais aspectos da obra Chayanov que são utilizados nas analises acerca do comportamento da pluriatividade no interior da agricultura familiar. 
INTRODUÇÃO
O capitulo apresenta o pensamento chayanoviano, tendo em vista esse referencial, analisar algumas variáveis, que frequentemente são destacadas, a partir da abordagem chayanoviana, como centrais para a compreensão da pluriatividade sendo elas: 
Tamanho das famílias;
Escolaridade;
Idade. 
O pensamento de chayanov acerca da economia camponesa e as influencias de sua teoria nos estudos sobre a agricultura famíliasr e a pluriatividade no Brasil. 
Os membros da escola da organização da produção, entraram em um debate para investigar sobre as possibilidades e sobre os mecanismos utilizados pela organização camponesa a fim de aumentar a produtividade do trabalho agrícola, tento em vista suas particularidades como: 
Uma economia que tem o trabalho famíliar como central para a efetivação da produção e que prevalece a falta de acumulação de capital. 
Nas formulações chayanovianas, as variáveis renda, mais-valia e lucro não seriam capazes de explicar uma organização econômica que não possui o salário como meio de remuneração daqueles que trabalham. 
Chayanov refuta os padrões de analise com base naquelas variáveis para explicar o funcionamento das economias camponesas, argumentando que será necessária outra teoria econômica que levasse em conta as organizações produtivas não capitalista conforme pode ser constatado em seu trabalho teoria dos sistemas não capitalistas. 
Em 1985 chayanov inicia sua obra destacando que uma unidade econômica camponesa é o fato de que a mesma não utiliza para a realização de seu processo produtivo força de trabalho contratada, assalariada, mas apenas a força de trabalho própria família é fundamental para a compreensão dos mecanismo de funcionamento da unidade camponesa a investigação da composição da família que é quem dirigi a propriedade. 
Assim os elementos como:
Tamanho da família 
Relação entre os que trabalham 
Os que apenas consomem
 A diferenciação demográfica por que passa a família ao longo de sua consolidação são decisivos para entender a dinâmica de funcionamento de unidade camponesa, portanto os limites máximos e mínimos do volume de produção ser realizado pela mesma. 
Para chayanov o trabalho da família seria a única forma do camponês obter recursos já que a categoria salário, própria de uma economia tipicamente capitalista, não é um conceito que ajude a compreender a dinâmica de uma economia fundamentalmente doméstica ainda que inserida nos circuitos mercantis. 
Caracterização da economia camponesa:
Pertencente ao modo de produção mercantil simples, em que excedente comercializado pelo camponês;
Nenhum forma de acumulação a não ser a satisfação de suas necessidades. 
Um dos elementos centrais da obra de chayanov
Reside na investigação do equilíbrio entre o consumo familiar(satisfação das necessidades); 
Uso da força de trabalho familiar, na relação entre consumo e trabalho.;
Na busca desse equilíbrio é que o tamanho da família se constituiria como elemento estruturante da analise chayanoviana:
Definiria a relação entre aqueles com capacidade de trabalhar e os sem capacidade de trabalho. 
Tamanho da família
O processo de diferenciação demográfica da mesma na teoria de Chayanov estabelece:
A forma como os recursos da propriedade(trabalho e terra) são alocados; 
O acesso a terra por determinada unidade camponesa. Esse acesso a terra explica, as diferenças existentes entre a parcela de terras: quanto maior o numero de indivíduos capazes de trabalhar maior será o acesso a terra. 
É a satisfação das necessidades familiares da unidade camponesa e que permite compreender os apontamentos de chayanov de que a decisão de produzir é dada pelos elementos de motivação individual da unidade familiar.
É o próprio camponês que autonomamente define o tempo e a intensidade de seu trabalho de tal maneira que em suas formulações a logica das decisões individuais. 
A intensidade do trabalho será tanto maior quanto maior for o numero de consumidores 
O trabalho terá mais importância quanto maior for o numero de pessoas da família a terem suas necessidades satisfeitas e menor valor ele terá quando se aproximar da satisfação das necessidades da família. 
Assim sendo a produção e o trabalho na unidade camponesa dependem mais do numero de consumidores do que de trabalhadores. 
A exploração do trabalho familiar 
Determinará uma quantidade de mercadorias que serão vendidas no mercado; 
Possibilitará a obtenção dos bens que irão satisfazer as necessidades do grupo familiar;
O quanto de produto o camponês conseguira obter dependerá da intensidade e da produtividade do trabalho. 
Chayanov(1985) Cria uma taxa C/W	
C Numero de consumidores da família
W Numero de trabalhadores, para indicar o grau de auto exploração do trabalho da família. 
No inicio do ciclo familiar essa relação é relativamente alta uma vez que os filho ainda são pequenos praticamente o pai é que garante as necessidades de consumo. 
Integração com a agroindústria
A organização econômica do estabelecimento camponês deixasse de corresponder as forcas internas de chaynov analisou e passasse a obedecer a padrões impostos pela agroindústria.
(...) o camponês não é mais o “sujeito criador de sua própria existência”, expressão tão cara a Chayanov: esse sujeito agora não se situa mais internamente no estabelecimento camponês, mas está no mercado (abramovay, 1992:69)
A pluriatividade no inteiror do pensamento chayanoviano: (des) construindo as relações existentes
O volume de atividade da família, não apenas atividade agrícola, mais também atividades artesanais e comerciais. 
Combinação de atividades agrícolas e atividades não agrícolas, parece apontar para o debate referente ao fato de que a combinação dessas atividades sempre existiu no inteiros das unidades produtivas rurais, mas que o com o avanço do progresso técnico da agricultura essas atividades foram sendo para fora da propriedade.
A pluriatividade e o comportamento das variáveis relacionadas ás características internas das famílias da agricultura familiar nas regiões Nordeste e sul
Os dados desta seção sobre os determinantes do comportamento da pluriatividade, aqueles que em nossa pesquisa denominamos determinante intrínsecos, como por exemplo:
Tamanho
Escolaridade
Idade média das famílias da agricultura familiar. 
A dinâmica do tamanho da família e sua relação com a dinâmica da pluriatividade
Volume de atividade da unidade economia;
Avaliação de que se a família tem um numero maior de membros;
Seria possível afirmar que quanto maior o tamanho da família, quanto maior o numero das pessoas capazes de trabalhar, maior seriam as possibilidades de existência da pluriatividade.
Diante dessa realidade e do comportamento da variável tamanho da família, fortalece-se aqui a hipótese deste trabalho de que é na evolução da politica publica para a agricultura familiar, naquelas duas regiões, que se encontram os elementos explicativos para a compreensão da dinâmica da pluriatividade. 
A trajetória da idade e da escolaridade das famílias rurais: buscando “tecer” as relações com o comportamento da pluriativade.
A realidade das famílias da Região do Sul do Brasil
A realidade das famílias da região nordeste do Brasil
Conclusões finais
Objetivo desse capitulo foi:
Identificar a dinâmica dos tipos de famílias que compõem a agricultura familiar ao longo dos dois períodos e regiões em analise. 
Conclusões finais
Esperava-se que a redução do tamanho das famílias da agricultura familiar, impactasse de maneira negativa sobre o número de familiar pluriativas. Porem não foi o esperado. 
Portanto o tamanho das famílias não pode ser considerado o elemento explicativo da dinâmica da pluriatividadenaquelas duas regiões. 
Conclusões finais
Foi possível observar que os avanços no grau de instruções das pessoas das famílias pluriativas e agrícolas, evidenciado pela variável média dos anos de estudo, e da idade média que apresentou tendência de crescimento na regiões.

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