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- Usinagem: Processo onde a peça é obtida através da retirada de cavacos (aparas de metal) de uma peça bruta, através de ferramentas adequadas. A usinagem confere a peça uma precisão dimensional e um acabamento superficial que não podem ser obtidos por nenhum outro processo de fabricação. - Usinagem na pré-história: Paleolítico, Neolítico, materiais dúcteis (cobre e ouro), conhecimento de novos materiais, ferro ultimo metal que o homem passou a utilizar. - Evolução de usinagem: Furação de corda puxada; primeira forma usada p/ motorizar maquinas a roda d’agua; Século XIX o vapor foi substituído pela energia elétrica. - Usinabilidade dos materiais: Na retirada de cavacos verifica-se que cada material tem comportamento diferente. Podemos definir usinabilidade como sendo o grau de dificuldade que determinado material apresenta para ser usinado. Usinabilidade não depende apenas das características do material, mas também de outros parâmetros de usinagem, tais como: refrigeração; rigidez do sistema maquina-ferramenta; tipo de operação; características da ferramenta. “Dependendo das condições de usinagem, o mesmo material pode sofrer variações em sua usinagem”. - Serve também para definir as dimensões máximas de corte, então, o volume do material removido por hora máquina; A exigência de um acabamento de alta qualidade poderá influir no custo de usinagem; baseadas nestes critérios é que são estabelecidas as tabelas e os gráficos que indicam o comportamento de cada material na usinagem; Ensaios e experimentações para ser trazido a valores mais adequados. - Critérios para determinação de usinabilidade: Comparação, tal como vida da ferramenta; Indice de usinabilidade através de comparação com o desempenho previamente conhecido de um material padrão; Principais critérios passíveis de serem expressos em valores numérios: Vida da ferramenta; força de corte; potência consumida. -Propriedades: Dureza e resistência mecânica - Valores baixos favorecem usinabilidade; Ductibilidade – Valores baixos favorecem usinabilidade; Condutividade térmica – Valores elevados favorecem usinabilidade; Taxa de encruamento – Valores baixos favorecem usinabilidade. - Movimentos de Usinagem: Movimento do corte - Movimentos entre a ferramenta e a peça que provoca remoção de cavaco durante única rotação ou um curso da ferramenta. (Torneamento) ou da ferramenta (fresamento); Movimento de avanço – Movimento entre a peça e a ferramenta, junto com o movimento do corte, possibilita remoção contínua do cavaco ao longo da peça; Movimento de ajuste ou penetração – Movimento entre a ferramenta e a peça, no qual é predeterminada a espessura da camada de material a ser removida; Movimento efetivo de corte – Movimento entre ferramenta e a peça, a partir do qual resulta o processo de usinagem. Movimento de avanço contínuo, o movimento efetivo é a resultante da composição dos movimentos de corte e de avanço. - Ferramenta de tornear: a = Ângulo de incidência folga; p = Ângulo de corte ou de cunha; ¥ = -Ângulo de saída do cavaco. - Ferramenta de desbates: Operação em que há uma grande retirada de cavaco em curto espaço de tempo. O momento sobre a ferramenta é grande e a velocidade de corte é mais baixa. (Construção robusta). - Ferramenta de acabamento: Desbastar-se uma peça, deixa-se algum sobremetal para o acabamento fino. Consegue-se precisão e bom acabamento. Esforço é sobre a ferramenta é menor e a velocidade de corte é elevada. - Elevada dureza a frio e a quente (Exigência básica): é a resistência oferecida pelo material a penetração, ao desgaste, e ao atrito. Dureza deve ser bem maior que a do material a ser usinado, porém, dentro de um limite para que este não se torne muito quebradiço. - Tenacidade: É a capacidade que o material tem de absorver energia (deformar-se) até fraturar-se, incluindo a deformação plástica; Material deve ter uma boa tenacidade para resistir aos choques/impactos durante a usinagem, evitando trincas e lascamentos na ferramenta. Resistência ao desgaste por abrasão: Na região de contato peça-ferramenta-cavaco ocorrem elevadas pressões e presença de partículas muito duras. Essas partículas, causa o rápido desgaste por abrasão da ferramenta, caso ela não possua elevada resistência. Instabilidade Química: A ferramenta e a peça tem diferentes composições químicas e trabalham em elevadas temperaturas, logo uma condição favorável para reações. Estas reações podem resultar em desgaste e perdas de propriedades da ferramenta. Custo e facilidade de obtenção: Material de ferramenta com baixo custo porém, não apresentam propriedades desejadas, ex. aço rápido. Por outro lado, materiais com excelente propriedades porém com elevado custo. Atender a qualidade-custo deverá ser adequado a necessidades específicas. - Materiais empregados na fab. De ferramentas: Aço rápido; metal duro; cermet; cerâmica; nitreto de boro cúbico cristalino; diamante. - Aço rápido: Desenvolvido por Taylor e apresentado publicamente em 1900 em Paris. Composição: Elementos de liga – Tungstênio ou molibdênio, cromo, vanádio e manganês. Caracteristicas – Temperatura limite de 520 a 600ºC, tratamento térmico complexo. Aço rápido com revestimento de nitreto de titânio-tin: Baixo atrito, reduz a formação de aresta postiça. - Metal duro: (Carbonetes Sinterizados) Surgiram em 1927 com o nome de widia, com uma composição de 81% de tangstênio, 6% de carbono e 13% de cobalto. Caracteristicas: Elevada dureza, elevada resistência a compressão, elevada resistência ao desgaste, controle sobre a distribuição da estrutura. Propriedades: tipo e tamanho das partículas, tipo e propriedade dos ligantes, quantidade de elementos da liga. Revestimentos: Deposição química CVD e Deposição física PVD. Seleção da pastilha: (PMK) Aço e materiais dúcteis P, Aço inox e materiais de dureza intermediário M, ferro fundido e latóis K. - Cerâmica: As ferramentas de cerâmica evoluíram se tornando mais resistentes e menos frágil. Dois tipos de cerâmica – Base de óxido de alumínio, base de nitrito de Silício. Características: Alta dureza a quente (1600ºC); Não reage quimicamente com o aço; usado com alta velocidade de corte; não forma APC. Características em relação ao aço – 1/3 da densidade do aço; alta resistência a compressão; muito quebradiço; baia condutividade térmica; Aplicação – Ferro fundido, aço endurecido, ligas resistentes ao calor; Não deve ser utilizada para o alumínio e titânio, pois reage quimicamente; evite corte interrompidos. Exigência – máquina ferramenta com extrema rigidez e potência disponível. - Cermet: Composto formado por cerâmica e metal. O cermet é um metal duro a base de titânio. Aplicação – Ao longo da história os cermets ganharam fama de frágil (quebra das pastilhas). Atualmente os cermets são usados no fresamento de materiais endurecidos com êxito. - CBN: Material relativamente jovem, introduzido nos anos 50 e mais largamente nos anos 80, devido a exigência de alta estabilidade e alto custo. Características - Dureza elevada; alta resistência a quente. Excelente resistência ao desgaste; alto custo; relativamente quebradiço. Aplicação – Usinagem em aços duros; usinagem de desbate e de acabamento; peças de ferro fundido coquilhado; componentes com superfície endurecida. - Diamante: Características marcante: São os materiais que apresentam maior dureza, materiais em que podem ser empregados: Usinagem de latão, bronze, borracha, vidro, plástico, etc. Não utilizado para ferroso devido a afinidade do carbono. Não pode ser usado em processo com temperatura superior a 900ºC devido a grafitização do diamante. - Mecanismo de formação do cavaco: 1 – Contínuo (Mat. Dúcteis); 2 – Cisalhado (Condição ideal); 3 – Ruptura (Mat. Frágil); Formas de cavaco: fita, helicoidal, espiral, lasca. - Desgastes: Flanco, Entalhe e cratera (Esperado ocorre no processo); Avarias: 1 Deformação, 2 Quebra, 3 Lascamento, 4 Trinca (térmica ou mecânica). - Flanco: Desgate que ocorre na superfície de folga da ferramenta, todo processo de usinagem ocorre desgaste de flanco. - Abrasão,APC (para minimizar utiliza ferramenta mais resistente ao desgaste) aumenta VC se for APC, se não, diminui VC para reduzir temperatura na região de corte. - Entalhe: Ocorre nas lateriais da ferramenta devido a oxidação (ar/agua) (minimizar fluido anti oxidante) reduzir a VC para diminuir temperatura. - Cratera: Ocorre na superfície de saída da ferramenta, devido ao atrito entre ferramenta e cavaco. Difusão (para minimizar utilizar cobertura de óxido de AL) afinidade com altas temperaturas do material da ferramenta e da peça. - Deformação plástica: ocorre devido a alta pressão de corte mais alta temperatura na região de corte (para minimizar diminuir VC e classe de ferramenta com resistência a quente.) - Lascamento: Ocorre a retirada de uma só vez do material da ferramenta. Ferramenta frágil, geométrica gráfil (raio de ponta, cunha e ângulo do ponta) minimizar mais robustez, corte interrompido (1ºcontato suave.) - Quebra: Ocorre inesperadamente, geralmente em ferramenta muito dura. Carga excessiva sobre a ferramenta (raio de ponta e ângulo de ponta pequeno) corte interrompido, parada do movimento de corte, canais entupidos. - Trinca térmica: Ocorre devido a variação de temperatura, as marcas aparecem perpendicular a aresta de corte. Para minimizar utilizar uma classe mais terraz, muito fluido ou nada de fluido. - Trinca mecânica: Ocorre devido a variação da espessura de corte (típico de fresamento) choque da ferramenta (corte interrompido) para minimizar utilizar ferramenta mais terraz, reduzir avanço, maior rigidez de fixação peça mais ferramenta. - Vida da ferramenta é o tempo que a mesma trabalha efetivamente, até perder sua capacidade de corte, dentro de um critério previamente estabelecido. Fatores que determinam um valor limite de desgaste para o fim da vida da ferramenta são: Desgaste e/ou avarias receia a quebra (desbaste); Não é possível obter tolerância e/ou acabamento da peça (acabamento); A temperatura ultrapassa aquela em que a aresta perde o corte (aço rápido); Aumento da força faz exceder a potência da máquina ou gera vibração. - Fatores que influenciam na vida da ferramenta: A velocidade de corte é o parâmetro que mais influencia no desgaste, pois aumenta o calor no processo sem aumentar a área da ferramenta que irá receber este calor; Avanço também aumenta a temperatura no processo, porém também aumenta a área que receberá este calor; Profundidade do corte tem menor influencia no desgaste, pois não mexe com a energia (calor). - Para melhorar vida útil da ferramenta: Otimizar a profundidade de corte ex: torneamento externo de 12mm; Otimizar o avanço – tempo de corte mais curto, logo menor energia (calor) no processo; Reduzir a velocidade de corte para reduzir o calor; Profundidade de corte – muito pequena: perda no controle, vibração, calor excessivo, não é econômico; Avanço – muito leve, cavacos em forma de fita, APC, não é econômico, rápido; Velocidade de corte – muito baixa. - Soldagem: É o processo de união de materiais usada para obter a coalescência (união) localizada de metais e não metais, produzida por aquecimento até uma temperatura adequada, com ou sem a utilização de pressão e/ou material de adição. - Soldabilidade: é a facilidade que os metais tem de se unirem por meio de soldagem e de formarem uma série contínua de soluções sólidas coisas, mantendo as propriedades mecânicas dos materiais originais. (Composição química; controle de temperatura; tratamento posterior; peculariedades de cada material. - Eletrodo revestido (Soldagem arco elétrico): É um processo de soldagem por fusão em que a fonte de calor é gerada por um arco elétrico formado entre um eletrodo e a peça a ser soldada. Vantagem: processo versátil, pois adapta-se a materiais de diversas espessuras e em qualquer posição de trabalho; O equipamento necessário tem custo relativamente baixo; Seu emprego é indicado tanto dentro da fábrica como em campo; Usada nas industrias naval, ferroviária, metalomecânica e da construção civil; É utilizado para soldar diversos tipos de materiais, aços carbono, aço de baixa liga, aços inoxidáveis. Desvantagens: Processo manual, depende da habilidade do soldados, implica em menor controle dos parâmetros de soldagem, como Zona termicamente afetada Metal de base Zona fundida Zona de ligação Cobre-junto corrente de soldagem; Baixa produtividade, pela sua baixa taxa de deposição e baixa taxa de ocupação do soldador (tempo com o arco aberto pelo tempo total de soldagem);Gera grande volume de gases e fumos durante o processo; Cuidados com os eletrodos revestidos – Absorção de umidade pode comprometer o desempenho de alguns tipos de eletrodos. - Eletrodo: Constituido de um núcleo metálico chamado alma, que pode ser ou não da mesma natureza do metal- base, pois o revestimento entre outras coisas, pode complementar sua composição química. - Revestimento: Composto de elementos de liga e desoxidantes, estabilizadores de arco, formadores de escória, materiais fundentes e de materiais que formam a atmosfera protetora. Funções do revestimento: 1 reduzir a velocidade de solidificação, por meio da escória. 2 – Proteger contra a ação da atmosfera e permitir a desgaseificação do metal de solga por meio de escória. 3 – facilitar a abertura do arco, além de estabiliza-lo. 4 – introduzir elementos de liga no deposito e desoxidar o metal. 5 – facilitar a soldagem em diversas posições de trabalho. 6 – guiar as gotas em fusão na direção da peça de fusão.
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