Buscar

Derrame Pleural docx editado

Prévia do material em texto

POLO CAICÓ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
JAQUELINE MARIA DA SILVA CORTEZ
JOSELANY KERCIA DANTAS CARNEIRO
JOSELAINE SAIONARA TOMAZ DA SILVA
JULIANA GOMES CORTÊS
DERRAME PLEURAL
CAICÓ – RN
2019
JAQUELINE MARIA DA SILVA CORTEZ
JOSELANY KERCIA DANTAS CARNEIRO
JOSELAINE SAIONARA TOMAZ DA SILVA
JULIANA GOMES CORTÊS
DERRAME PLEURAL 
Trabalho apresentado ao curso de graduação em enfermagem da Universidade Potiguar, polo Caicó, da disciplina sistema cardiorrespiratório, como pré-requisito avaliativo da 2ª Unidade do período letivo 2019.1
Orientador (a): Prof Lorena Albuquerque Vieira
SUMARIO
Introdução............................................................................... Pag 04
Definição................................................................................. Pag 05
Fisiopatologia.......................................................................... Pag 06
Sinais e sintomas.................................................................... Pag 07
Avaliação e achados diagnósticos/manejo clinico.................. Pag 07
Manejo clinico / Manejo de enfermagem................................ Pag 08
Prognostico............................................................................. Pag 09
Conclusão ............................................................................. Pag 10
Referencias............................................................................... Pag 11
Feedback..................................................................................Pag 12 
Introdução 
O derrame pleural é caraterizado pelo acumulo de líquidos em excesso entre as pleuras. Não é uma doença especifica, mas sim uma manifestação que muitas doenças podem causar. (Ex: tuberculose, ICC, pneumonia, câncer de pulmão, linfoma, doenças reumatológicas como L.E.S. e A.R, síndrome nefrótica, etc. São exemplos de doenças que podem cursar com derrame pleural.) Onde podem existir importantes doenças pulmonares que podem cursar com derrame pleural (ex: pneumonia, BK, TEP, etc.), mas também existem muitas causas extra-pulmonares de derrame pleural. (Ex: ICC (coração), síndrome nefrótica (rins), pancreatite (pâncreas), cirrose (fígado), etc.), ou seja, doenças em outros órgãos e sistemas podem cursar com derrame pleural É uma patologia respiratória do tipo restritiva.
Objetivos
Descrever a metodologia;
Suas características;
Definições ;
Sinais e sintomas;
E apresentar os cuidados de enfermagem nessa patologia.
Definição 
A pleura é formada por duas membranas serosas, uma que recobre o pulmão, chamada de pleura visceral, e outra que recobre a face interna da parede torácica, chamada de pleura parietal. O espaço pleural é um espaço virtual delimitado pelas duas pleuras e que contém uma pequena quantidade de liquido (0,1 ml/kg) com a função de lubrificação, facilitando o deslizamento pleural.
O derrame pleural, que consiste em uma coleção de líquido no espaço pleural, é geralmente secundário a outras doenças (p. ex., insuficiência cardíaca, tuberculose, pneumonia, infecções pulmonares, síndrome nefrótica, doença do tecido conjuntivo, embolia pulmonar e tumores neoplásicos). O derrame pode consistir em um líquido relativamente transparente (transudato ou exsudato), ser sanguinolento ou purulento. O líquido pleural acumula-se devido a um desequilíbrio nas pressões hidrostática ou oncótica (transudato), ou em consequência de inflamação por produtos bacterianos ou tumores (exsudato).
O derrame por transudação é causado por uma doença subjacente, ou doença que perturba a pressão normal nos pulmões, comprometendo a capacidade dos vasos sanguíneos do tórax a removerem o excesso de fluido dentro do espaço pleural. O tipo de alterações que podem causar derrame transudativo inclui a insuficiência cardíaca congestiva, a cirrose e a atelectasia. Também está associado com alguns procedimentos médicos, tais como a diálise peritoneal. 
O derrame exsudativo é causado por doenças pulmonares que originam inflamação da pleura devido a infecção ou à própria doença. O exsudado aparece quando a pleura se inflama, e o fluido não pode passar através das membranas. O tipo de alterações que podem originar derrame exsudativo incluem câncer, linfoma, embolia pulmonar, tuberculose, doenças relacionadas com a asbestose e traumatismo.
Fisiopatologia
Fisiologicamente existe equilíbrio entre a entrada e saída de líquido na cavidade pleural; de modo a manter constante a quantidade e concentração proteica do fluído pleural. Os movimentos respiratórios, pela alternância da inspiração e expiração, facilitam a reabsorção do líquido e das partículas, assim como a sua progressão nos linfáticos.
A acumulação de líquido no espaço pleural pressupõe a alteração deste estado de equilíbrio.
O líquido pleural acumula-se quando a sua formação excede a sua absorção.
Normalmente, o líquido entra no espaço pleural a partir de capilares da pleura parietal e é removido pelos linfáticos situados na pleura pariental. Este líquido pode também penetrar no espaço pleural a partir dos espaços intersticiais do pulmão através da pleura visceral ou da cavidade peritoneal através de pequenos orifícios no diafragma. Por conseguinte, o derrame pleural ocorre quando há excesso de formação de líquido pleural (da pleura parietal, dos espaços intersticiais do pulmão, ou da cavidade peritoneal) ou quando há menor remoção de líquidos pelos linfáticos.
A mecânica pulmonar e as trocas gasosas são afetadas pelo derrame pleural, a não ser que este seja suficientemente extenso para comprimir uma quantidade apreciável de parênquima subjacente.
Os mecanismo responsáveis pela acumulação de um volume anormal de líquido pleural são:
. Aumento da pressão hidrostática na microcirculação: na insuficiência cardíaca congestiva (ICC) , parece ser a elevação da pressão dos capilares pulmonares, o fator determinante do desenvolvimento do derrame pleural.
. Diminuição da pressão oncótica na microcirculação vascular: baixas taxas de albumina fazem aumentar o líquido intersticial. Ex: síndrome nefrótico.
. Diminuição da pressão do espaço pleural (ex: neoplasia broncogénica com atelectasia).
. Aumento da permeabilidade da microcirculação: o aumento da permeabilidade vascular permite a passagem de liquido ,proteínas e células.(ex: situações infecciosas ou neoplásicas que inflamem a pleura).
. Bloqueio da drenagem linfática: bloqueio da drenagem linfática desde os estomos até aos gânglios mediastinicos ( ex:tumor, fibrose). E um dos mecanismo mais importantes na formação dos derrames.
Sinais e sintomas 
Os sintomas mais frequentes de derrame pleural são dor, tosse e dispneia. A ‘’dor pleurítica’’ geralmente se manifesta com moderada intensidade, em pontada e variando com os movimentos respiratórios. Nos processos infecciosos, como na pneumonia, esta costuma ser aguda e crescente. Já nos processos embólicos e no pneumotórax apresenta-se de forma súbita. A inervação tanto do gradil costal quanto das pleuras diafragmáticas e mediastínica pode transferir a manifestação da dor para longe do local real. A tosse geralmente é seca, podendo vir em acessos, consequência da estimulação das terminações nervosas no processo inflamatório. A presença de dispneia é bastante variável, podendo apresentar-se de forma súbita ou crescente. Em geral, o grau é proporcional á quantidade de liquido e a velocidade de acúmulo.
Derrame pequeno a moderado: dispneia possivelmente ausente
• Derrame grande: dispneia devido à angústia respiratória aguda
• Sons respiratórios diminuídos ou ausentes, frêmito diminuído e som de macicez ou submacicez à percussão, sobre áreas de líquido e deslocamento da traqueia para longe do lado acometido.
Avaliação e achados diagnósticos
Exame físico
• Radiografias de tórax (decúbito lateral)
• TC do tórax
• Toracocentese
• Análise do líquido pleural (cultura, coloração de Gram, coloração para bacilos
acidorresistentes, contagens de eritrócitos e leucócitos, bioquímica, citologia e
pH
• Biopsia pleural.
Manejo clínico
O tratamentotem por objetivo descobrir a causa subjacente; evitar o reacúmulo de líquido; aliviar o desconforto, a dispneia e o comprometimento respiratório. O tratamento específico é direcionado para causa subjacente.
• A toracocentese é realizada para remover o líquido, obter amostras para análise e aliviar a dispneia e o comprometimento respiratório
• A inserção de um dreno torácico conectado a um sistema de drenagem em selo d’água ou aspiração pode ser necessária para drenagem e reexpansão do pulmão
• Pleurodese química, com instilação dos medicamentos no espaço pleural. Isso
promove a formação de aderências, obliterando essencialmente o espaço pleural
e evitando o acúmulo adicional de água
• Outras modalidades de tratamento incluem pleurectomia cirúrgica (inserção de um pequeno cateter fixado a um frasco de drenagem) ou implante de shunt pleuroperitoneal.
Manejo de enfermagem
• Fornecer analgesia adequada prescrita antes do procedimento (trata-se de um procedimento muito doloroso)
• Dar suporte ao esquema clínico: preparar e posicionar o cliente para a toracocentese e oferecer apoio durante todo o procedimento
• Enviar o líquido de toracocentese para exame laboratorial, quando apropriado
• Monitorar o dreno torácico e o sistema em selo d’água; registrar a quantidade de drenagem nos intervalos prescritos
• Fornecer manejo de enfermagem relacionado com a causa subjacente do
derrame pleural. 
• Ajudar o cliente a aliviar a dor, incluindo mudança do cliente para posições que são menos dolorosas, com mudança frequente de posição
• Administrar analgésicos, conforme prescrição, e avaliar o nível de dor
• Se o cliente for ambulatorial com cateter pleural para drenagem, instruir o cliente e a família sobre o manejo e o cuidado do cateter e do sistema de drenagem.
Prognóstico
O prognóstico depende da doença subjacente.
Possíveis complicações
· Dano pulmonar
· Infecção que se transforma em abscesso, 
· Pneumotórax (ar na cavidade torácica) após toracocentese
· Espessamento pleural (tecido fibrocicatricial no revestimento do pulmão)
Conclusão: 
O derrame pleural deve ser investigado em pessoas com febre por mais de 48 horas após a admissão hospitalar. A ultrassonografia é exame complementar cada vez mais utilizado, que auxilia na avaliação do derrame e orienta a escolha do melhor tratamento. Radiação deve ser reservada para casos selecionados. Está claro que qualquer que seja a terapia escolhida, ela deve ser instituída precocemente e ser especifica para a fase evolutiva do derrame.
Referências:
Livro de tratado de enfermagem
Google acadêmico http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/34182/1/2018_art_gcdantas.pdf
Feedback
1. O que é derrame pleural e quais os sinais e sintomas?
2. Quais as causas do derrame pleural?
3. Quais os cuidados de enfermagem?

Continue navegando