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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL ENSAIO DAS LINHAS DE FLUXO EM UM SOLO ARENOSO Manaus — AM 2019 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL BRUNO MOZAN SANTOS VALE – 21750586 FELIPE FRAXE FILHO - 21752720 IANA VIEIRA FERNANDES - 21751333 MECÂNICA DOS SOLOS II Manaus — AM 2019 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2. OBJETIVOS 4 Objetivo Geral 4 Objetivos Específicos 4 3. REFERENCIAL TEÓRICO 5 4. MATERIAIS E MÉTODOS 6 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 8 6. CONCLUSÃO 9 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL 1. INTRODUÇÃO Neste relatório, apresentaremos os resultados obtidos do 1º experimento do curso de Mecânica dos Solos II. Neste experimento, foram efetuadas montagens ilustrativas da percolação da água em uma camada de solo arenoso com uma estaca-prancha subdividindo-o ao meio. A percolação se dá através de linhas de fluxo, que puderam ser observadas através de corantes que eram carregados pelo caminho da água. Este relatório encontra-se estruturado da seguinte maneira: inicialmente temos a introdução, seguida de uma breve descrição dos motivos e objetivos esperados neste experimento, logo depois, o embasamento teórico por trás do experimento é detalhado. Após isso, são evidenciados os materiais e métodos usados para a realização do mesmo e ainda os resultados e conclusões obtidos. 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral A principal motivação deste experimento é percepção na prática dos conteúdos teóricos aplicados em sala de aula. A ideia é propiciar ao aluno a evidência de que a teoria anda em conjunto com o conhecimento prático. 2.2. Objetivos Específicos a. Assimilação prática das linhas de fluxo que se originam durante a percolação da água nas camadas do solo, por meio de um sistema simplificado de solo confinado a uma caixa pranchada de policarbonato. b. Percepção da anisotropia do solo, documentada em sala de aula com tabelas que diferenciavam a permeabilidade horizontal da vertical e evidenciada no experimento. 3. REFERENCIAL TEÓRICO O estudo do fluxo de água em obras de engenharia geotécnica é de grande relevância, pois permite determinar a vazão percolada, a pressão da água nos poros, e a adoção de medidas preventivas contra o efeito deste movimento, por exemplo. Segundo Pinto (2006) quando o fluxo de água ocorre sempre na mesma direção, diz-se que o fluxo é unidimensional; quando as partículas se deslocam em qualquer UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL direção, o fluxo é tridimensional; e quando as partículas seguem caminhos curvos, mas em planos paralelos, o fluxo é bidimensional. Das (2007) define linha de fluxo como uma linha ao longo da qual uma partícula de água se desloca de montante para jusante no meio do solo permeável. E uma linha equipotencial é uma linha ao longo da qual a carga potencial é igual em todos os pontos, ou seja se vários piezômetros forem posicionados ao longo de uma linha equipotencial, a água subirá ao mesmo nível. A rede de fluxo é, portanto, a combinação de várias linhas de fluxo e equipotenciais. Neste relatório será abordado a rede de fluxo correspondente à percolação sob uma pranchada penetrante na areia, para a possibilidade de observação da rede formada, algumas condições devem ser pontuadas: Imagem 1: Rede de fluxo sob prancha. Fonte: Google Imagens. A. Diferença de nível da água constante- a diferença de potencial entre os dois lados da prancha é o que gera o fluxo de montante a jusante; B. As superfícies de montante e jusante de solo devem ser linhas equipotenciais; C. As linhas de fluxo cruzam as linhas equipotenciais em ângulos retos. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL 4. MATERIAIS E MÉTODOS Para a realização de tal experimento, utilizou-se: ● Caixa feita de policarbonato e madeira, com estaca-prancha de policarbonato no meio, revestida de verniz em suas junções, de dimensões internas XXX mm x XXX mm x XXX mm, (Imagem 3); ● Solo arenoso; ● Água; ● Corante líquido de coloração azulada (Imagem 2); ● Pequenas folhas de papel adesivo; ● Pegador; ● Conjunto de seringa e agulha (Imagem 2). Imagem 2: Seringa, agulha e corantes utilizados no procedimento. Fonte: Próprio autor. (2019) UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL Imagem 3: Caixa de policarbonato e madeira com estaca-prancha no meio utilizada no procedimento. Fonte: Próprio autor. (2019) A metodologia do estudo se consistiu em preencher parte do volume da caixa com areia, de modo que sua altura seja suficiente para que a divisória impeça a comunicação dos líquidos entre as duas câmaras por outro meio se não pelo processo de percolação. Em seguida, entornou-se água nas duas câmaras, de modo que houvesse uma diferença de altura significante entre suas lâminas, marcando-se o limite definido previamente com pequenas folhas adesivas. Logo após, por meio do conjunto seringa e agulha, aplicou-se pequenas doses de corante em alguns pontos do solo, rente à parede de policarbonato transparente, de modo a tornar a trajetória da água visível. Por fim, através do pegador, retirou-se o excesso de água da segunda câmara e despejou-se de volta para a primeira, de forma a garantir que a diferença de potencial (d.d.p.) entre as lâminas de água permaneça constante. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES Através do experimento, observou-se a formação de duas linhas de fluxo inteiras e parte de outras duas. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL Tais resultados podem ser explicados pela falta de tempo adequado para a realização do experimento frente às dimensões da caixa, bem como pontos de passagem de água (vazamentos) ao longo da estrutura, o que acabou transformando o sistema teoricamente fechado em um sistema aberto, ou seja, que permite troca de matéria com o ambiente externo (Sardella, 1993), aumentado assim, o tempo necessário para a percolação e tendendo o sistema rumo ao desbalanceamento da d.d.p., demandando alguma reposição de água ao longo do estudo. Contudo, a formação do inicio das outras linhas de fluxo são um forte indício de que, caso o experimento continuasse a ser realizado, os resultados obtidos seriam os mesmos (sua formação plena). Imagem 4: Esquema experimental em ação Fonte: Próprio autor. (2019) 6. CONCLUSÃO Por meio do experimento realizado, foi possível observar, conforme a teoria, as linhas de fluxo durante a percolação sob pranchada penetrante em uma camada de solo. Durante a realização do experimento algumas dificuldades foram pontuadas no tópico 5, como o vazamento da caixa de policarbonato, não garantido a estanqueidade necessária, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL e uma limitação de tempo, fazendo com que o experimentonão se completasse. No entanto o experimento ocorreu de forma esperada, atendendo as expectativas. Sabe-se também, que estudos realizados vêm demonstrando que o Kx (condutividade hidráulica horizontal) é habitualmente maior que o Kz (condutividade hidráulica vertical). Há, por conseguinte, maior distorção da linha de fluxo na direção horizontal em virtude da permeabilidade ser maior nessa direção, conforme pode ser observado mais evidentemente na primeira linha de fluxo formada, na Imagem 4, onde a linha chega ‘mais grossa’ ao lado de menor nível d’água. Isso faz com que a propriedade de anisotropia do solo possa ser observada. É possível observar também, que as linhas de fluxo não se interceptaram, mesmo com a anisotropia do solo. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DAS, Braja M.. Fundamentos de engenharia geotécnica. 6. ed. São Paulo: Thomsom, 2007. PINTO, Carlos de Sousa. Curso básico de mecânica dos solos. 3. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. 351 p. SARDELLA, A.; MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. São Paulo: Ática, 1993. MARAGON, M.. Mecânica dos solos II: Hidráulica Dos Solos. Disponível em: <http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/ms2_unid01.pdf>. Acesso em: 6 dez. 2019. GUDWIN, Ricardo Ribeiro. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS. Disponível em: <http://www.dca.fee.unicamp.br/~gudwin/courses/EA773/RotRelat.pdf>. Acesso em: 6 dez. 2019. MATA-LIMA, Herlander. MECÂNICA DOS SOLOS:Fluxo Bidimensional (Redes de Fluxo) São Paulo: Herlander Mata-lima, 2014. Color. Disponível em: <https://www.feis.unesp.br/Home/Instituicao/administracao/congregacao/anexo_04.pdf >. Acesso em: 6 dez. 2019. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL Curso Básico de Mecânica dos Solos. Disponível em: <https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/ofitexto.arquivos/deg_230623.htm>. Acesso em: 7 dez. 2019.
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