Buscar

Guerra na Síria

Prévia do material em texto

3. Como começou a guerra civil?
À medida que os levantes da oposição aumentavam, a resposta violenta do governo se intensificava.
Simpatizantes do grupo antigoverno começaram a pegar em armas - primeiro para se defender e depois para expulsar as forças de 
segurança de suas regiões.
Assad prometeu "esmagar" o que chamou de "terrorismo apoiado por estrangeiros" e restaurar o controle do Estado.
A violência rapidamente aumentou no país: grupos rebeldes se reuniram em centenas de brigadas para combater as forças oficiais e
retomar o controle de cidades e vilarejos.
Em 2012, os enfrentamentos chegaram à capital, Damasco, e à segunda cidade do país, Aleppo.
O conflito já havia, então, se transformado em mais que uma batalha entre aqueles que apoiavam Assad e os que se opunham a ele -
adquiriu contornos de guerra sectária entre a maioria sunita do país e xiitas alauítas, o braço do Islamismo a que pertence o 
presidente.
Isto arrastou as potências regionais e internacionais para o conflito, conferindo-lhe outra dimensão.
Em junho de 2013, as Nações Unidas informaram que o saldo de mortos já chegava a 90 mil pessoas.
4. Quem está lutando contra quem?
A rebelião armada da oposição evoluiu significativamente desde suas origens.
O número de membros da oposição moderada secular foi superado pelo de radicais e jihadistas - partidários da "guerra santa" 
islâmica. Entre eles estão o autointitulado Estado Islâmico e a Frente Nusra, afiliada à Al-Qaeda.
Os combatentes do EI - cujas táticas brutais chocaram o mundo - criaram uma "guerra dentro da guerra", enfrentando tanto os 
rebeldes da oposição moderada síria quanto os jihadistas da Frente Nusra.
Também combatem o Exército curdo, um dos grupos que os Estados Unidos estão apoiando no norte da Síria.
Desde 2014, os EUA, junto com o Reino Unido e a França, realizam bombardeios aéreos no país, mas procuram evitar atacar as forças 
do governo sírio.
Já a Rússia lançou em 2015 uma campanha aérea com o fim de "estabilizar" o governo após uma série de derrotas para a oposição. Essa 
intervenção possibilitou vitórias significativas das forças aéreas sírias.
Os rebeldes moderados têm requisitado armas antiaéreas ao Ocidente para responder ao poderio do governo sírio. Mas Washington e 
seus aliados têm procurado controlar o fluxo de armas por medo de que acabem indo parar nas mãos de grupos jihadistas.
5. Qual é o envolvimento das potências internacionais?
Os Estados Unidos culpam Assad pela maior parte das atrocidades cometidas no conflito e exigem que ele deixe o poder como pré-
condição para a paz.
Já a Rússia apoia a permanência de Assad no poder, o que é crucial para defender os interesses de Moscou no país.
O Irã, de maioria xiita, é o aliado mais próximo de Bashar al-Assad. A Síria é o principal ponto de trânsito de armamentos que Teerã 
envia para o movimento Hezbollah no Líbano - a milícia também enviou milhares de combatentes para apoiar as forças sírias.
Estima-se que os iranianos já tenham desembolsado bilhões de dólares para fortalecer as forças sírias, provendo assessores militares, 
armas, crédito e petróleo.
Contrapondo-se à influência do Irã, a Arábia Saudita, principal rival de Teerã na região, tem enviado importante ajuda militar 
para os rebeldes, inclusive para grupos radicais.
Outro aliado importante dos rebeldes sírios, a Turquia tem buscado limitar o apoio dos EUA às forças curdas, que acusam de apoiar 
rebeldes do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão).
Os rebeldes da oposição síria ainda têm atraído apoio em várias medidas de outras potências regionais, como Catar e Jordânia.

Continue navegando