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1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 1 FUNDAMENTOS SOBRE GNSS E SUAS IMPLICAÇÕES EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS Wilson Anderson Holler1 Engenheiro Cartógrafo Célio Ferreira2 Engenheiro Florestal Cleber Rodrigo Caneppele3 Engenheiro Agrônomo holler@quatrofolhas.com.br1, celio@quatrofolhas.com.br2, cleber_caneppele@hotmail.com3 INTRODUÇÃO Atualmente se tem discutido muito a utilização de tecnologias de posicionamento espacial em ciências agrárias como, por exemplo, na AP (Agricultura de Precisão) e em Georreferenciamento de Imóveis Rurais padrão INCRA (nas normas que regulamentam a lei 10.267/01). Dentro deste escopo este texto traz os conceitos fundamentais envolvidos na utilização dos sistemas GNSS (Global Navigation Satellite System – Sistemas de Navegação Global por Satélite) para auxiliar o leitor na escolha de receptores e métodos mais adequados em diversas situações. É abordado fundamentalmente o sistema de posicionamento introduzido pelos americanos (NAVSTAR-GPS). Outros sistemas (GLONASS, GALILEO, BEIDOU) utilizam métodos análogos ao GPS para determinação de coordenadas sobre a superfície da Terra. Perspectivas futuras sobre GNSS também são expostas. Os leitores interessados em aprofundar os temas abordados poderão consultar as referências fornecidas no final do capítulo. 1. O SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL. O Sistema de Posicionamento Global (designação extraída da simplificação de NAVigation System with Time and Ranging Global Positioning System - NAVSTAR GPS) surgiu como um produto da guerra fria, no sentido de se obter, em tempo real a posição exata de alguma entidade do mundo real (veículo, embarcação e mesmo o homem). Em outubro de 1957 com o lançamento, pelos soviéticos, do satélite SPUTNIK I, começou a utilização de satélites para o posicionamento geodésico. Em 1973 iniciou-se o desenvolvimento do Global Positioning System (GPS), projetado pelo Departamento de Defesa (DoD) dos Estados Unidos da América (EUA) para oferecer a posição instantânea, bem como a velocidade e o horário de um ponto qualquer sobre a superfície terrestre ou bem próxima a ela num referencial tridimensional holler@quatrofolhas.com.br holler@quatrofolhas.com.br1 celio@quatrofolhas.com.br2 cleber_caneppele@hotmail.com3 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 2 (LETHAM, 1996). No ano de 1978 é lançado o primeiro satélite do sistema GPS. O sistema atingiu sua configuração final somente a partir de 1994, onde foi possível integrá-lo totalmente as operações de levantamento. O Sistema de Posicionamento Global é uma revolução na navegação. Ele é uma tecnologia que determina a localização do usuário em qualquer ponto do mundo, 24 horas por dia, em quaisquer condições de tempo. É objetivo do sistema GPS, auxiliar nas atividades de navegação e realização de levantamentos geodésicos e topográficos. Hoje, milhões de pessoas utilizam a conveniência desta tecnologia para caçar, pescar, passear, voar e navegar. 2. SEGMENTOS Para melhor entendimento o sistema GPS é dividido em três segmentos: Espacial, de Controle e do Usuário. A figura 01 ilustra os três segmentos. FIGURA 01 - SEGMENTOS DO SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL (GPS). Fonte: autor 2.1 SEGMENTO ESPACIAL O segmento espacial (figura 02) é constituído por uma constelação de 24 satélites em órbita terrestre aproximadamente a 20.200 km com um período de aproximadamente 12h siderais (11h 56m no tempo solar médio) e distribuídos por seis planos orbitais. Estes planos estão separados entre si por cerca de 60º em longitude e têm inclinações próximas a 55º em relação ao plano equatorial terrestre. Foi concebida de maneira a existir no mínimo 4 satélites visíveis acima do horizonte em qualquer ponto da superfície a qualquer hora. holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 3 FIGURA 02 - CONSTELAÇÃO DOS SATÉLITES GPS – SEGMENTO ESPACIAL Fonte: GARMIN 2.2 SEGMENTO DE CONTROLE O segmento de controle (figura 03) é constituído por 5 estações de rastreio distribuídas ao longo do globo e uma estação de controle principal (MCS- Master Control Station). Esta componente rastreia os satélites, atualiza as suas posições orbitais e calibra e sincroniza os seus relógios. Outra função importante é determinar as órbitas de cada satélite e prever a sua trajetória nas 24h seguintes. Esta informação é enviada para cada satélite para depois ser transmitida por este, informando ao receptor GPS onde é possível encontrar o satélite. FIGURA 03 - ESTAÇÕES DE MONITORAMENTO GPS – SEGMENTO DE CONTROLE Fonte: autor 2.3 SEGMENTO DO USUÁRIO O segmento do usuário inclui todos aqueles que usam um receptor GPS para holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 4 receber e converter o sinal GPS em posição, velocidade e tempo. A figura 04 ilustra o segmento. Inclui ainda todos os elementos necessários neste processo como as antenas e programas de processamento. FIGURA 04 – SEGMENTO DO USUÁRIO 3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO 3.1 CARACTERÍSTICAS DO SINAL Os satélites transmitem constantemente duas ondas portadoras (sinais, figura 05), estas ondas estão na banda L (usada para rádio): A onda portadora L1 é transmitida a 1575.42 MHz e contém dois códigos modulados. O código de aquisição livre (C/A) – Coarse/Acquisition, modulado a 1.023MHz e o código (P) – Precise/Protected, modulado a 10.23 MHz; A onda portadora L2 é transmitida a 1227.60 MHz e contém apenas o código P. FIGURA 05 - ESTRUTURA DOS SINAIS Fonte: adaptado de DE WIT, 2007. As portadoras são moduladas com uma mensagem de navegação contendo holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 5 informação necessária à determinação da posição do satélite. Os fundamentos básicos do GPS baseiam-se na determinação da distância entre um ponto, o receptor, a outros de referência, os satélites. Sabendo a distância que nos separa de 3 pontos podemos determinar a nossa posição relativa a esses mesmos 3 pontos através da interseção de 3 elipses (quase circunferências) cujos raios são as distâncias medidas entre o receptor e os satélites. Na realidade são necessários no mínimo 4 satélites para determinar a nossa posição corretamente, mas deixemos isso para depois. Como outros sistemas de rádio-navegação, todos os satélites enviam seus sinais de rádio exatamente ao mesmo tempo, permitindo ao receptor avaliar o lapso entre emissão e a recepção. A potência de transmissão é de apenas 50 Watts. A hora- padrão GPS é passada para o receptor do usuário. Receptores GPS em qualquer parte do mundo mostrarão a mesma hora, minuto, segundo, até mili-segundo. A hora- padrão é altamente precisa, porque cada satélite tem um relógio atômico, com precisão de nano-segundo, mais preciso que a própria rotação da Terra. Cada satélite transmite um sinal que é recebido pelo receptor, este por sua vez mede o tempo que os sinais demoram a chegar até ele. Multiplicando o tempo medido pela velocidade do sinal (a velocidade da luz), obtemos a distância receptor-satélite, (Distancia= Velocidade x Tempo). A distância pode ser determinada através dos códigos modulados na onda enviada pelo satélite (códigos C/A e P), ou pela integração da fase de batimento da onda portadora. Esses códigos são tão complicados que mais parecem ser um ruído pseudo- aleatório (PRN-Pseudo-Random Noise), mas de fato eles têm uma seqüência lógica. O receptor foi preparado de modo que somente decifre esses códigos e mais nenhum, assim ele está imune a interferências geradas quer por fontes radio naturais querpor fontes radio intencionais. Esta é uma das razões para a complexidade dos códigos. Como o código P está intencionalmente reservado para os utilizadores autorizados pelo governo norte americano, (forças militares norte americanas e aliados) os utilizadores “civis” só podem determinar a distância através da sintonia do código C/A. 3.2 DETERMINAÇÃO DA POSIÇÃO A partir da estrutura do sinal, o sistema baseia-se nas medidas de pseudo- distância obtida a partir dos códigos. Esta distância é fundamentada na observação do tempo de deslocamento do sinal entre o satélite e o receptor. A determinação do tempo de deslocamento do sinal é feita através da comparação do sinal emitido pelo satélite e holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 6 sua réplica gerada no receptor. A distância é chamada de pseudo-distância devido à não sincronização entre os relógios do satélite e do receptor. As medidas também utilizam as observações das fases da portadora, e analogamente àquelas obtidas a partir do código (C/A), também fornecem indiretamente a medida da distância receptor-satélite. Neste caso específico o que se mede é a diferença de fase entre o sinal que chega do satélite e o gerado pelo oscilador do receptor. Existe uma incógnita na observação da distância chamada de ambigüidade, que é o número inteiro de ciclos que a onda levou para chegar ao receptor no início do rastreio (coleta de dados GPS). Para identificação da posição de pontos ou locais de interesse o sistema GPS utiliza-se das coordenadas dos seus satélites. As coordenadas desses satélites estão referenciadas a um sistema geodésico (WGS-84), o mesmo utilizado pelo receptor GPS para processar os dados recebidos e determinar as coordenadas dos pontos de interesse. Sabendo a distância do receptor a um único satélite e, sabendo a posição do satélite, que é enviada no sinal GPS, o conjunto de possíveis localizações do receptor em torno do satélite descreve um círculo no espaço, figura 06. FIGURA 06 – PRINCÍPIO BÁSICO DE POSICIONAMENTO GPS Fonte: autor holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 7 Conhecendo a distância do receptor a um segundo satélite (figura 07b), as possibilidades de localização do receptor se restringem a dois pontos, que é a interseção de dois círculos. FIGURA 07 – DETERMINAÇÃO DA POSIÇÃO Fonte: autor Com um terceiro satélite, é possível restringir a possibilidade de localização do receptor a apenas um ponto. Do ponto de vista geométrico, apenas 3 medições de distâncias seriam suficientes, no entanto, é necessária uma quarta observação dado que os relógios dos receptores não estão sincronizados com os relógios dos satélites. 3.3 PRECISÃO DO SISTEMA GPS O objetivo inicial do U.S.DoD (Departamento de Defesa dos Estados Unidos) era disponibilizar dois serviços com precisões diferenciadas. O SPS foi idealizado para proporcionar navegação em tempo real com uma exatidão muito inferior ao proporcionado pelo PPS, mas verificou-se que os receptores usando apenas o código C/A proporcionavam uma precisão muito próxima dos que usavam o código P. Como resultado o Departamento de Defesa implementou duas técnicas para limitar a precisão do sistema aos utilizadores autorizados: Acesso Seletivo (SA - Selective Availability) - Consiste na manipulação da mensagem de navegação de modo a degradar a informação inerente ao relógio do satélite e às efemérides transmitidas. O SA foi desativado em 1 de Maio de 2000. A figura 08 mostra como ficou a precisão antes e depois da desativação do SA; a b c holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 8 FIGURA 08 – PRECISÃO COM SA ATIVADO (100M) E DESATIVADO (20M) Fonte: adaptado de GARMIN, 2007. Anti-Sabotagem (AS - Anti-spoofing): é semelhante ao SA, no propósito de negar aos civis e potências hostis, o acesso ao código P. Este sistema impede que os receptores GPS sejam enganados por falsos sinais criptografando o código P num sinal chamado código Y. Apenas os receptores militares conseguem descriptografar o código Y; Geometria dos Satélites: o efeito da geometria dos satélites é expresso pelo fator de degradação da precisão (DOP- Dilution Of Precision). Se por exemplo observarmos 4 satélites muito próximos, um metro na medição da distância pode resultar em centenas de metro de erro na posição calculada. Mas se observarmos muitos satélites e estes se encontrarem espalhados pelo céu, talvez o erro na posição seja inferior a 1.5 metros por cada metro de erro na medição de uma distância. Existem vários tipos de DOP, os mais comuns são: GDOP - degradação da precisão da posição tridimensional (geometria); PDOP - degradação da precisão da posição tridimensional e tempo; VDOP - degradação da precisão vertical; HDOP - degradação da precisão horizontal. Para perceber melhor o efeito da geometria dos satélites na precisão do posicionamento imagine um tetraedro que é formado por linhas que ligam o receptor a cada satélite usado, figura 09. 20 metros 100 metros holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 9 FIGURA 09 – GEOMETRIA DOS SATÉLITES & DOP Fonte: JAVAD, 2007 Quanto maior for o volume do tetraedro, menor (e portanto, melhor) será o DOP. Um bom DOP terá valores menores que 7. Nunca se deve efetuar observações com DOPs superiores a 8. Geralmente quanto mais satélites observarmos, menor será o DOP. 4. AS FONTES DE ERRO DO GPS O sistema GPS está sujeito a erros aleatórios, sistemáticos e grosseiros. As fontes de erros envolvidas no processo de medidas devem ser bem conhecidas. Os erros sistemáticos podem ser parametrizados ou eliminados por técnicas apropriadas. Os erros aleatórios, por sua vez, não apresentam qualquer relação funcional com as medidas e são, normalmente, as discrepâncias remanescente nas observações depois que todos os erros grosseiros e sistemáticos são minimizados. Eles são inevitáveis, sendo portando, considerados como uma propriedade inerente da observação. O quadro 01 apresenta uma subdivisão das fontes de erros e lista de alguns de seus efeitos. holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 10 QUADRO 01 – FONTES DE ERRO E EFEITOS FONTES EFEITOS Satélite Erro da órbita Erro do relógio Relatividade Atraso de Grupo Propagação do sinal Refração troposférica Refração ionosférica Perdas de ciclos Sinais refletidos (Multicaminho) Rotação da Terra Receptor/Antena Erro do relógio Erro entre os canais Centro de fase da antena Estação Erro nas coordenadas Marés terrestres Movimento do Pólo Pressão da atmosfera Dos erros citados no quadro 01, serão comentados os mais difundidos: Efeito Multicaminho: ocorre quando o sinal é refletido antes de alcançar o receptor GPS, figura 10. O sinal refletido demora um pouco mais para alcançar o receptor que o sinal não refletido. Como a distância para cada satélite é calculada com base no tempo que o sinal leva para alcançar o receptor, a demora resulta em um erro de posição. O erro pode ser minimizado pela escolha de um local menos expostos aos sinais ref let idos para a instalação da antena. Para minimizar este erro, a antena deve ser montada em superfícies horizontais planas e grandes, distantes de estruturas verticais como prédios, mastros, etc. Este erro afeta com maior intensidade a portadora L2, devendo os levantamentos de alta precisão (que utilizam L1 e L2) serem realizados em áreas livres de obstrução (HOLLER, 2007); Condições Atmosféricas holler@quatrofolhas.com.br1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 11 FIGURA 10 – EFEITO MULTICAMINHO (a) (b) Fonte: GARMIN, 2007(a), AUTOR(b) Condições Atmosféricas: Os sinais provenientes dos satélites atravessam a atmosfera (figura 11) onde sofrem refração, resultando numa trajetória curva associada a um atraso na chegada do sinal. A trajetória curva se deve ao fato do sinal passar através de vários níveis de densidade variáveis. O retardo do sinal é uma conseqüência da diferença entre a velocidade do sinal na atmosfera e no vácuo. O meio onde ocorre a propagação consiste essencialmente da troposfera e da ionosfera, figura 10. A troposfera se estende da superfície terrestre até aproximadamente 80 km e comporta- se como um meio não dispersivo, isto é, a refração é independente da freqüência do sinal. A ionosfera é um meio dispersivo (a refração depende da freqüência), o que holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 12 significa que a fase da portadora e a modulação sobre ela serão afetadas de forma diferentes. A ionosfera abrange aproximadamente a região que vai de 80 até 330 km acima da superfície terrestre; FIGURA 11 – ATMOSFERA: TROPOSFERA E IONOSFERA Fonte: adaptado de DE WIT, 2007. Perdas de Ciclos: as medidas de fase (portadora) são, normalmente, contínuas com respeito ao período de uma sessão de observação. Quando há uma não continuidade na medida da fase diz-se que ocorreu perda de ciclos. Isto pode ser devido a bloqueio do sinal, aceleração da antena, variações bruscas na atmosfera, interferências de outras fontes de rádio e problemas com o receptor e software; Erro do relógio: os receptores GPS são normalmente equipados com osciladores de quartzo, os quais possuem boa estabilidade interna e são de custos relativamente baixos. Cada receptor possui a sua própria escala de tempo, definido pelo oscilador interno, a qual difere da escala de tempo GPS. Alguns receptores possuem osciladores altamente estáveis, podendo aceitar padrões de tempo externo. No entanto, são receptores de custo elevado, normalmente utilizados em redes de alta precisão. De qualquer forma, no posicionamento relativo, os erros dos relógios são praticamente eliminados, não exigindo para a maioria das aplicações, padrões de tempo altamente estáveis; Coordenadas da Estação: posicionamento GPS, no modo relativo, proporciona diferenças de coordenadas tridimensionais (ΔX, ΔY e ΔZ) de alta precisão. Para tal, pelo menos um ponto deve ser mantido fixo. Qualquer erro em suas coordenadas irá ser propagado para as coordenadas dos pontos determinados a partir dele. A figura 12 mostra a influência em metros de alguns erros envolvidos nos holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 13 levantamentos GPS. FIGURA 12 - INFLUÊNCIA DOS ERROS Alguns erros podem ser reduzidos utilizando a correção diferencial, tais como os erros de relógio de satélite. Isto se deve ao fato de serem comuns tanto no receptor da estação Base como nos receptores rover (itinerantes). Erros que não são comuns entre a Base e o rover não podem ser reduzidos utilizando a correção diferencial, tais como sinais refletidos (multicaminho) e ruído nos receptores. Cada satélite transmite dados orbitais e do relógio da satélite baseado em um comportamento previsto. Se a órbita do satélite não se comporta como previsto, resulta em um erro de pseudo-distância. Este erro de freqüência orbital entre os dois receptores depende da distância entre eles (linha de base). Devido aos satélites orbitarem em alta altitude, os erros orbitais são quase idênticos entre os receptores Base e rover até aproximadamente 100 Km de distância (linha de base). Para distâncias maiores entre os receptores, os erros orbitais se tornam notavelmente diferentes para cada receptor, tornando-se uma fonte de erro mais difícil de ser resolvida com correções diferenciais (erros da ionosfera). 5. ASPECTOS TÉCNICOS DE UM RECEPTOR GPS 5.1 RASTREAMENTO DOS SATÉLITES Um receptor rastreia um satélite pela recepção de seu sinal. Sinais de apenas quatro satélites são necessários para obtenção de uma posição fixa tridimensional, mas é desejável um receptor que rastreie mais de quatro satélites simultaneamente. Rastrear satélites significa conhecer suas posições. Muitos receptores calculam a posição com holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 14 quatro satélites e usam os sinais do quinto para verificar se o cálculo está correto. 5.2 CANAIS O canal de um receptor é considerado a sua unidade eletrônica primordial, podendo possuir um ou mais canais. Os tipos de canais são divididos em multi-canais (canais dedicados), seqüencial e multiplexados. Nos receptores multi-canais, também denominados de canais paralelos, cada canal rastreia continuamente um dos satélites visíveis. No mínimo quatro canais são necessários para obter posição e correção do relógio em tempo real. Se mais canais estiverem disponíveis, um maior número de satélites pode ser rastreado. Os receptores modernos contam com até 72 canais para cada freqüência. Nos receptores seqüenciais, o canal alterna de satélite dentro de intervalos regulares, normalmente não coincidentes com a transmissão dos dados, fazendo com que a mensagem do satélite só seja recebida completamente depois de várias seqüências. Alguns receptores dispõem de um canal dedicado para a leitura das mensagens. Na maioria dos casos usam-se canais seqüenciais rápidos, cuja taxa de alternância é da ordem de um segundo. Na técnica multiplex, seqüências são efetuadas entre satélites numa velocidade muito alta, e quando for o caso, nas duas freqüências. A razão de troca é mais sincronizada com as mensagens de navegação (diferente da técnica seqüencial), permitindo que elas sejam obtidas quase que simultaneamente. Um receptor usando a técnica multiplex necessita da ordem de 30 segundos para obter a primeira posição, tal como nos receptores com canais dedicados. Receptores com um único canal são de baixo custo, mas como são lentos na aquisição de dados, ficam restritos a aplicações de baixa velocidade. A maioria dos receptores geodésicos tem de 8 a 12 canais dedicados (paralelos), com capacidade de rastrear todos os satélites visíveis. 5.3 ANTENAS A antena detecta as ondas eletromagnéticas emitidas pelos satélites, converte a energia da onda em corrente elétrica, amplifica o sinal e o envia para a parte eletrônica do receptor. Existem vários tipos de antenas no mercado de acordo com a necessidade do usuário, dentre as quais podem ser citadas: Monopole ou Dipole, Hilex, Spiral Hilex, Microstrip e Choke ring. O modelo de antena mais apropriada para GPS de navegação é a microstrip. A figura 13 mostra dois modelos de antena. holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 15 Para levantamentos geodésicos, a antena utilizada deve permitir a recepção de duas ondas portadoras (L1 e L2) e garantir alta estabilidade entre o centro de fase e o seu centro geométrico, além de ter uma proteção contra o efeito multicaminho. O modelo de antena mais adequado para a precisão geodésica é o Choke ring. FIGURA 13 - TIPOS DE ANTENAS EXTERNAS PARA RECEPTORES GPS. Choke Ring 5.4 TIPOS DE RECEPTORES GPS Existem diversos tipos de equipamentos GPS. Os aparelhos são aqui descritos com as precisões fornecidas pelos fabricantes. No entanto, alguns vendedores querendo vender seu produto superestimam a capacidade de seus produtos, portanto, cabe ao consumidor ficar atento e escolher um equipamentomais adequado às suas necessidades. Os seguintes equipamentos/receptores estão listados: navegação, diferenciais, cadastrais, topográficos e geodésicos. 5.4.1 Navegação Os equipamentos de navegação (figura 14) são aqueles que fornecem o posicionamento em tempo real, baseado no código C/A. A precisão (SPS – código C/A) destes equipamentos é da ordem de 20 metros. FIGURA 14 – EXEMPLOS DE RECEPTORES DE NAVEGAÇÃO GPS 12 GPS Map 76S GPS V Etrex Vista 5.4.2 GPS Diferenciais (DGPS) São semelhantes aos de navegação, diferindo-se por possuírem um link de rádio, utilizado para receber as correções diferenciais provenientes de uma estação base. Através dessas correções em tempo real é possível minimizar o maior erro do GPS que é SA, obtendo-se precisões da ordem de 1 a 3 metros. holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 16 5.4.3 Cadastrais São aparelhos que trabalham com o código C/A e/ou trabalham com a fase da portadora L1 (o código C/A é modulado sobre ela), figura 15. A grande diferença deste equipamento é a sua capacidade de aquisição e armazenamento de dados alfanuméricos associados às feições espaciais levantadas (ponto, linha e área). Dependendo do tipo de aparelho utilizado a precisão pode chegar a 50 cm. FIGURA 15 – EXEMPLOS DE RECEPTORES CADATRAIS Trimble GeoXM Juno ST Handheld P550 GIS 5.4.4 Topográficos São aparelhos semelhantes aos cadastrais, figura 16. Possuem uma precisão da ordem de 3 cm, são utilizados para levantamentos topográficos que permitem aquisição de dados para escalas de 1:2000 ou maior. FIGURA 16 – EXEMPLOS DE RECEPTORES TOPOGRÁFICOS Trimble ProXT Tech Geo GTRA-BT Ashtech Promark2 5.4.5 Geodésicos São aparelhos de dupla freqüência (sofrem menos interferência da ionosfera, pós-processado), recebendo a freqüência L1 (e código C/A) e a freqüência L2 (código C/A ou P), figura 17. São indicados para trabalhos geodésicos como transportes de coordenadas e controle de redes. Se utilizados para trabalhos topográficos conseguem produtos de escala 1:1000 ou melhor. Normalmente a antena destes receptores ficam apoiadas a tripés para dar maior estabilidade. holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 17 FIGURA 17 – EXEMPLOS DE RECEPTORES GEODÉSICOS E TRIPÉ PARA APOIO Novatel DL4-Plus Trimble Net R5 Tripé para apoio da antena 6. MÉTODOS DE POSICIONAMENTO GPS Independentemente do objetivo da utilização do GPS, podem-se ter posicionamentos absoluto e relativo, e combinações com a presença ou ausência de movimento. Posicionamento é definido como sendo a posição de objetos em relação a um referencial específico. O método de posicionamento pode ser classificado como absoluto, quando as coordenadas de um objeto estão associadas diretamente ao geocentro, e relativo, quando as coordenadas são determinadas em relação a um referencial materializado por um ou mais vértices com coordenadas conhecidas. Um complemento a esta classificação refere-se ao deslocamento de um dos receptores (rover), quando o posicionamento torna-se cinemático. Já quando o receptor está em repouso e, denomina-se, posicionamento estático. Os métodos e as técnicas do posicionamento GPS são apresentados em um organograma simplificado na figura 18. FIGURA 18 – ORGANOGRAMA: MÉTODOS E TÉCNICAS DO POSICIONAMENTO GNSS Fonte: adaptado de KRUEGER, 1996. GPS Métodos Absoluto Relativo Diferencial Técnicas Técnicas Técnicas Estático Cinemático Estático Estático Rápido Cinemático Stop & Go DGPS holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 18 Os métodos e técnicas apresentados na figura 19 podem ser também aplicados ao outros sistemas de posicionamento global (GLONASS, Galileo e Beidou). O método absoluto (figura 19) consiste em apenas realizar um rastreio GPS utilizando as técnicas Estático e Cinemático. No primeiro o receptor permanece parado, enquanto que no segundo o receptor está em movimento. Neste método não há correção das observações GPS obtidas. FIGURA 19 – POSICIONAMENTO: MÉTODO ABSOLUTO COM TÉCNICA ESTÁTICO Fonte: autor A seguir são detalhadas as principais técnicas utilizadas em levantamentos GPS nos métodos Relativo e DGPS. 6.1 MÉTODO RELATIVO No método relativo, a posição de um ponto é determinada em relação a outro(s), cujas coordenadas são conhecidas. As coordenadas do(s) ponto(s) conhecido(s) (receptor A, figura 20) devem estar referenciadas ao WGS-84, ou num sistema compatível a esse. Nesse caso os elementos que compõem a linha de base, ou seja, ΔX, ΔY e ΔZ, são estimados e, ao serem acrescentados às coordenadas da estação base ou de referência, proporcionam as coordenadas da estação desejada (receptor B, figura 20). FIGURA 20 – MÉTODO RELATIVO Fonte: autor 6.1.1 Estático É o método de posicionamento que permite obter maior precisão. É geralmente VVeettoorr ddaa lliinnhhaa bbaassee B holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 19 utilizado para medição de bases longas, redes geodésicas, tectônica de placas etc. Neste método os receptores permanecem fixos durante um certo período de tempo (maior que 30 minutos). 6.1.2 Rápido-Estático Usado para estabelecer redes locais de controle, adensamento de redes etc. Corresponde a uma sessão estática de curta duração (de 5 a 30 minutos). É Bastante preciso em bases de comprimento até 20 km, e muito mais rápido que o posicionamento estático. O principal problema deste método de posicionamento reside na resolução das ambigüidades. 6.1.3 Cinemático Usado medição de vários pontos sucessivamente. É um método bastante eficaz para medir vários pontos próximos entre si. O receptor não fica em modo estático em qualquer período da sessão. Contudo, no caso de existirem elementos que obstruam a trajetória do sinal (pontes, árvores, edifícios altos etc.) e menos de 4 satélites visíveis, é necessária uma reinicialização que pode demorar 5-20 minutos. 6.1.4 Stop and Go Este método de posicionamento consiste em transportar um receptor a todos os pontos a observar, efetuando breves paragens (alguns minutos), nas posições de maior interesse. O requisito básico deste método é que as ambigüidades sejam determinadas antes de se iniciar o posicionamento. O receptor deve ser transportado cuidadosamente de maneira a não ocorrer obstrução dos sinais dos satélites (perdas de ciclos). 6.2 MÉTODO DIFERENCIAL O conceito do DGPS é diferente daquele envolvido no posicionamento/método relativo. Enquanto no método DGPS aplicam-se as correções estimadas na estação base nas coordenadas ou observações da estação a determinar (rover), no relativo há um vetor ligando as duas estações. 6.2.1 DGPS Se soubermos a localização de um receptor, podemos comparar os valores obtidos com os valores teóricos e deste modo calcular correções para medições de outros receptores que estão em pontos desconhecidos. holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 20 O receptor na posição conhecida é chamado receptor base ou de referência, e o receptor ou receptores que estão em posições desconhecidas são chamados “rover”. O receptor de referência calcula as medições para cada satélite, baseando-se na sua posição que é conhecida e na localização instantânea de cada satélite. Depois compara os valores calculados com as medições reais e determinadas a priori. A diferença entre esses valores nos dá a correção para cada satélite, a qual vai ser transmitida ao outro receptor. O rover pode então aplicar as correções recebidas da estação base e sua posiçãopode ser determinada melhorando consideravelmente a qualidade das coordenadas obtidas. O DGPS é baseado na medição da distância receptor-satélite através da observação do código, figura 21. As correções diferenciais são transmitidas ao receptor remoto, por uma ligação rádio de dados, utilizando o protocolo RTCM (Radio Technical Commission for Maritime Services Special Committee) que especifica o modo de transmissão dos dados GPS (por "link" de rádio) para estas correções. FIGURA 21 – DGPS Fonte: autor Se não necessitamos trabalhar em tempo real as medições da base e do rover seriam gravadas e mais tarde transferidas para um computador para depois ser efetuado o cálculo. Esta técnica é usualmente designada por pós-processamento. Nos métodos de posicionamento baseados na observação do código os resultados são instantâneos, mas não são precisos. 6.2.2 Real Time Kinematic (RTK) O RTK é baseado na medição da distância receptor-satélite através da fase da onda portadora, figura 22. A maior dificuldade desta técnica é o desconhecimento do número de ciclos completos (inteiros) decorridos desde que o sinal deixou o satélite até ao instante de sintonia (ambigüidade de ciclo). Temos então que esperar alguns minutos ROVER BBAASSEE CCoorrrreeççããoo ((CCóóddiiggoo)) Linha de Base holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 21 até que o receptor consiga resolver a ambigüidade de ciclo de cada par receptor-satélite. Depois de o receptor resolver as ambigüidades corretamente, a precisão da cada posição calculada situa-se entre 0,5 cm a 2 cm na horizontal e de 1 a 3 cm na vertical + 1 ppm para um receptor de dupla freqüência e + 2 ppm para um receptor de uma freqüência. FIGURA 22 - RTK 6.3 COMPARATIVO DAS TÉCNICAS DE POSICIONAMENTO GPS Na figura 23 estão mostradas as principais técnicas de posicionamento relativo e diferencial confrontadas com as precisões obtidas para os comprimentos de linha de base correspondentes. FIGURA 23 – GRÁFICO COMPARATIVO: TÉCNICA X PRECISÃO Precisão 1 m 1 dm 1 cm 1 mm Comprimento da linha de base 1 10 100 1000 km Estático Tempo real Ambigüidades fixadas Pós-processamento Estático rápido RTK DGPS Precisão 1 m 1 dm 1 cm 1 mm Comprimento da linha de base 1 10 100 1000 km Estático Tempo real Ambigüidades fixadas Pós-processamento Estático rápido RTK DGPS FONTE: WILLGALIS et al. (2002, p. 4). NOTA: adaptado e traduzido pelo autor. 7 CONSIDERAÇÕES SOBRE GPS Para uma reflexão sobre a utilização de receptores GPS alguns cuidados devem ser lembrados. Para esclarecer uma das dúvidas que permeiam o posicionamento GPS, ROVER BBAASSEE CCoorrrreeççããoo ((PPoorrttaaddoorraa)) Linha de Base holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 22 o da medição de áreas com receptores de navegação, é abordado um exemplo para duas situações com geometrias diferentes. 7.1 REALIZANDO CÁLCULO DE ÁREA COM GPS DE NAVEGAÇÃO Alguns receptores GPS permitem que o usuário calcule uma determinada área instantaneamente. Mas para realizar esse tipo de operação com um GPS de navegação é necessário ter alguns cuidados. A tecnologia atual permite uma precisão de 5 a 15 metros nos GPS de navegação. Entretanto estão surgindo novas tecnologias capazes de reduzir o erro horizontal para valores de 1 a 3 metros. Os trabalhos com o GPS de mão devem ser realizados com cautela tendo em vista que o erro ainda é significativo para pequenas áreas. Como ilustrações são mostradas abaixo duas tabelas indicando o percentual de erro obtido no cálculo de área de um quadrado e de uma circunferência se admitirmos um erro de 5 metros para fora do desenho. Na prática este erro é aleatório podendo estar em qualquer direção. FIGURA 24 – ÁREA RETANGULAR E CIRCULAR Na figura 24 ΔL e Δr representam a margem de erro de 5 metros. O quadro 02 mostra, em porcentagem, os erros encontrados levando em consideração alguns valores de áreas retangulares e circulares. QUADRO 02 – ERROS ENCONTRADOS PARA AS ÁREAS RETANGULARES E CIRCULARES Área Retangular Área Circular Área Erro Área Erro 1 ha 10% 3,14 ha 10% 25 ha 2% 28,0 ha 5% 100 ha 1% 78,0 ha 2% 2500 ha 0,20% 314 ha 1% 10000 ha 0,10% 7800 ha 0,20% 40000 ha 0 31400 ha 0,10% O quadro 02 mostra que quanto maior a área medida com o GPS de mão, menor será o percentual de erro. Portanto, o usuário deve verificar em cada caso, se o GPS de mão poderá ser útil na determinação da área. Para trabalhos que exijam precisão, é recomendado utilizar o GPS de navegação apenas como instrumento holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 23 auxiliar. 7.2 VANTAGENS DO GPS Disponibilidade a qualquer hora e lugar da superfície terrestre; Levantamentos com o GPS não implicam em aumento da(s) equipe(s) de campo; A interferência do operador é minimizada, sendo a quase totalidade das informações obtidas e armazenadas eletronicamente; Implantação de pontos de apoio e de georreferenciamento para fotogrametria e o sensoriamento remoto. 7.3 LIMITAÇÕES DO GPS Susceptibilidade às interrupções nos sinais transmitidos pelos satélites, sobretudo em áreas próximas a edificações muito altas ou de densa cobertura arbórea; O sistema pode ser desligado a qualquer momento pelo Departamento de defesa dos EUA. 9. INTEGRAÇÃO GPS/SIG Uma outra grande vantagem do sistema GPS é a sua capacidade de integração com outros sistemas, ressaltando sua relação com o Sistema de Informação Geográfica (SIG). A interface entre os dois sistemas permite uma maior velocidade na obtenção e tratamento dos dados georreferenciados. O GPS é o ponto chave da junção destes dois sistemas, pois permite inicialmente a aquisição dos dados, os quais constituirão a base cartográfica para a análise espacial pelos SIGs. Desse modo pode- se alcançar grande velocidade e precisão na coleta de dados, conduzindo a uma significativa melhoria nos mapeamentos agrícolas, geodésicos e ambientais. No entanto deve-se ter muito cuidado, no que se refere à questão de fornecer adequadamente os dados para o Sistema de Informação Geográfica (SIG). As coordenadas obtidas pelo rastreamento de satélites do GPS referem-se a um datum geocêntrico internamente consistente, o “World Geodetic System/1984” (WGS-84), e usualmente os SIG’s operam sobre coordenadas de cartesianas em uma dada projeção, normalmente UTM (Universal Transverse Mercator). A exportação de dados coletados por GPS pode ser realizada de forma direta, através dos formatos de dados espaciais (DXF, SHP, DGN) e dos formatos de atributos holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 24 (DBF, Access), utilizando-se softwares específicos, como o Ezsurv para receptores topográficos e geodésicos e o GPS TrackMaker (gratuito) para receptores de navegação. 13. OUTROS SISTEMAS DE POSICIONAMENTO 13.1 GLONASS O GLONASS (Global’naya Navigatsionnay Sputnikovaya Sistema – Sistema de Navegação Global por Satélite) foi desenvolvido pela ex-URSS, no início dos anos 70, sendo atualmente mantido pelo governo Russo através da Russian Federation Space Force, tem como principal objetivo proporcionar posicionamento 3D, velocidade e tempo sob qualquer condição climática e em todo o globo. O sistema GLONASS apresenta dois tipos de sinais de navegação: o sinal de navegação de precisão padrão (SP – Standard Precision) e o sinal de navegação de alta precisão (HP – High Precision). O posicionamento e serviço de tempo no módulo SP é fornecido a todos os usuários civis de maneira continuae ao redor do globo com precisão horizontal de 57 a 70 m, vertical de 70 m com probabilidades de 99,7% (GLONASS, 2002). Da mesma forma que o sistema GPS, o sistema GLONASS também é composto por três segmentos: o espacial, de controle e de usuários. O quadro 03 mostra uma breve comparação entre o sistema GPS e o GLONASS. QUADRO 03 – COMPARAÇÃO GPS/GLONASS GLONASS GPS Nº de satélites 24 (9)* 24 (28)* Nº de satélites/lançamento 3 1 Nº de planos orbitais 3 6 Inclinação da órbita 64,8º 55º Altitude da órbita 19100 Km 20200 Km Período de revolução 11h 15 min 40 s 11h 50 min 00s Sistema de referência PZ-90 WGS-84 Sistema de tempo TUC (Rússia) TUC (USNO) Freqüência das portadoras L1 1602 + 0,5625 * n (MHz)** 1575,42 MHz L2 1246 + 0,4375 * n (MHz)** 1227,60 MHz Freqüências dos códigos C/A 0,511 MHz 1,023 MHz P 5,11 MHz 10,23 MHz * O número entre parênteses representa o número atual de satélites em funcionamento (31/02/2007) ** n é o número dos canais de cada satélite. Pelo quadro 03, pode-se observar que as freqüências dos códigos C/A e P do GLONASS são aproximadamente metade daquela do sistema GPS, o que pelo menos teoricamente indica que as pseudodistâncias GLONASS são de pior acurácia, pois apresentam um comprimento de onda maior. holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 25 Atualmente existe uma tendência de fabricação de receptores no mercado habilitados a receber os seus sinais. Estes receptores são conhecidos pela sigla GNSS. 13.2 GALILEO Sistema de posicionamento que está sendo desenvolvido pela União Européia, previsto para entrar em operação no ano de 2012. O Galileo surgiu da necessidade das nações do mundo se livrar da dependência do sistema GPS controlado pelo governo norte americano. Galileo futuramente será um sistema de navegação global por satélite próprio da Europa, que fornecerá um serviço altamente exato, garantido sob o controle civil. Será interoperável com GPS e GLONASS, oferecendo dupla freqüências como padrão. Garantirá a disponibilidade do serviço sobretudo nas circunstâncias mais extremas e informará aos usuários dentro de segundos uma falha no satélite. Isto será importante para as aplicações onde a segurança é essencial (GALILEO, 2007). O primeiro satélite experimental foi lançado em 2004 e outro neste ano (2007). Mais quatro satélites operacionais serão lançados entre 2008 e 20010 para validação das órbitas. Uma vez que esta fase de validação da órbita for terminada, os satélites restantes serão instalados para alcançar a potencialidade operacional total em 2008 (GALILEO, 2007). O sistema Galileo por completo consistirá em 30 satélites (27 + 3 sobressalentes operacionais), posicionados em três planos médios circulares da órbita da terra (MEO – Medium Earth Orbits) em 23.616 km de altitude acima da Terra, e em uma inclinação dos planos orbitais de 56 graus em referência ao plano equatorial. O grande número de satélites junto com a otimização da constelação, e a disponibilidade dos três satélites de reposição ativos, assegurarão que a perda de um satélite não tenha nenhum efeito para o usuário. Haverá dois centros de controle (GCC) no território europeu que controlarão os satélites. Os dados serão fornecidos por uma rede global de vinte estações de monitoramento, e transmitidos aos centros de controle através de uma rede de comunicações. O centro de controle de dados tem a função de computar a informação e sincronizar o sinal do tempo de todos os satélites e da estação na Terra (GALILEO, 2007). Cada satélite será equipado com um transponder, que poderá transmitir sinais dos transmissores do usuário ao um centro. Ao mesmo tempo, o sistema fornecerá um sinal ao usuário, informando a integridade deste sinal. Esta última característica é nova e é considerada a principal melhora comparada ao sistema americano (GPS). holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 26 O quadro 04 relaciona algumas vantagens e desvantagens do Galileo. QUADRO 04 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DO GALILEO Vantagens Desvantagens Precisão (1m contra 10 m do GPS); Qualidade do sinal; Cobertura global (30 satélites contra 24 do GPS); Pode ser utilizado nas regiões situadas em latitudes extremas; Inclui uma mensagem da integridade do sinal que informa ao usuário todos os erros imediatamente. O sistema não será gratuito (com custos adicionais para aplicações específicas). Fonte: (GALILEO, 2007). 13.3 BEIDOU O Sistema Beidou - nome chinês para uma constelação conhecida no Hemisfério Ocidental como Ursa Maior (ou Big Dipper) - foi construído para uma órbita geoestacionária circular, operando a 22.300 milhas (aproximadamente 35.888 km) de altitude. A China planeja lançar uma série de satélites para criar a rede de navegação espacial chamada, em inglês, Compass Navigation Satellite System. Enquanto o U.S./GPS, E.U./GALILEO e RUSSIAN/GLONASS utilizam satélites que se movem em relação à superfície terrestre, o Beidou (ou Compass) irá posicionar cinco de seus satélites em órbitas geoestacionárias, e os outros trinta irão transitar em órbitas similares aos outros GNSS. A Xinhua (Agência de Notícias Oficial da China), em novembro de 2006, afirmou que Beijing (ou Pequim) proverá total acesso aos sinais do Beidou permitindo um posicionamento com precisão de 10 metros. Outro serviço, para determinados usuários, permitirá um posicionamento mais preciso. 13.3 GNSS Sigla genérica para Global Navigation Satellite Systems (Sistemas de Satélites de Navegação Global), que engloba os sistemas GPS (EUA), GLONASS (Rússia), Galileo (União Européia) e Beidou (China). O GNSS (Global Navigation Satellite System) surgiu da idéia de combinar o GPS, o GLONASS (GLObal Navigation Satelite System – O sistema Russo equivalente ao GPS), o Galileo (sistema europeu) e o Beidou (sistema chinês). Esta combinação de sistemas vem trazer vantagens substanciais como o maior número de satélites disponíveis. holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 27 8. APLICAÇÕES DO GPS Embora o GPS tenha sido desenvolvido para ir ao encontro das necessidades militares, logo foram desenvolvidas técnicas capazes de tornar útil para a comunidade civil. Hoje qualquer pessoa que queira saber sua posição, encontrar seu caminho para determinado local (ou de volta ao ponto de partida), conhecer a velocidade e direção de seu deslocamento pode se beneficiar com o sistema. Com a popularização do GPS, um novo conceito surgiu na agricultura: a agricultura de precisão (AP). 8.1 GPS E AGRICULTURA DE PRECISÃO (AP) O conceito utilizado em agricultura de precisão (AP) é conhecido desde 1929 (STAFFORD, 1996), mas apenas recentemente tecnologias apropriadas tornaram-se disponíveis para realizá-lo em campo. Trata-se do processo da busca do crescimento em eficiência através do gerenciamento localizado da agricultura. Envolve a aplicação de novas tecnologias que modificam técnicas existentes, utilizando-as para medir rendimento, determinar as condições do solo e da cultura e realizar o mapeamento da propriedade. Sendo composta por diversos componentes, a AP pode ser pensada como um sistema de grupos de atividades (Figura 26). Nestes grupos são incluídas atividades como colheita, amostragem de solos ou distribuição de fertilizantes que se pressupõe que sejam feitas usando critérios de qualidade e eficiência independentes do sistema AP. Os componentes têm um elo comum, que é o georreferenciamento através do GPS de todas as atividades. O monitoramento da lavoura pode incluir contagens de insetos, número de plantas ou folhas afetadas, graus de severidade de doenças, graus de severidade de acamamento, número e vigor de plantas espontânease qualquer outro parâmetro quantitativo ou qualitativo relativo à saúde da planta, sua distribuição (stand) e seu desenvolvimento. As técnicas para este monitoramento são as mesmas utilizadas na agricultura tradicional, com a diferença que os pontos de amostragem são georreferenciados, o que permite a sua espacialização em mapas e eventual retorno aos mesmos pontos para acompanhamento da evolução de uma doença no tempo, por exemplo. O monitoramento de solos envolve a coleta de amostras em pontos também georreferenciados. Alternativamente, a produtividade relativa pode ser mapeada por sensoriamento remoto, através de imagens de satélite ou de vôos de baixa altitude. O monitoramento da holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 28 produtividade requer sensores nas colhedoras, que são específicos para grãos, plumas, ou volume/massa (cana, frutos, tubérculos). Os dados levantados pelos componentes de monitoramento são alimentados ao componente de análise dos dados georreferenciados, através de um sistema de informações geográficas (SIG). Este componente realiza o armazenamento e manipulação das informações em bancos de dados, e também a análise destes visando gerar ações diferenciadas no espaço, ou seja, ações que levam em conta a variabilidade espacial da lavoura. Esta é a questão que essencialmente diferencia a agricultura tradicional, na qual as taxas de fertilizantes, corretivos, agroquímicos e sementes são fixas para toda uma gleba da AP, na qual as taxas são variáveis de acordo com a variabilidade dos atributos monitorados. Ou seja, as grandes diferenças entre o sistema AP e a agricultura tradicional é o georreferenciamento pelo GPS dos atributos e operações relacionados à produção, e a manipulação desta informação em um SIG. A partir dos mapas de aplicação gerados pelo componente de análise, a aplicação em taxa variável, usando equipamentos especializados ou não, é realizada. Isto permite a AP tratar as diferentes manchas que comumente ocorrem na lavoura como realmente devem ser tratadas, sem excessos ou déficits, ao mesmo tempo em que preserva os “tiros longos” das operações mecanizadas. Isso maximiza a eficiência dos fatores de produção aplicados em taxa variável enquanto mantêm as manobras das máquinas em um mínimo, maximizando assim a lucratividade. FIGURA 26 - FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE AP Fonte: adaptado de (ROLLOF, 2007). Acrescentando um exemplo ao tema GPS e AP podemos supor que uma máquina agrícola dotada de receptor GPS pode armazenar dados relativos à produtividade em um cartão magnético que, tratados por programa específico, produz holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 29 um mapa de produtividade da lavoura. As informações, resultantes de uma análise por parte do engenheiro agrônomo, permitem aperfeiçoar a aplicação de corretivos e fertilizantes. Lavouras americanas e européias já utilizam o processo que tem enorme potencial em nosso país. Mais exemplos de algumas aplicações: Delimitação de parcelas agrícolas; Levantamentos de canais de irrigação; Localização de poços ou furos de água; Delimitação de culturas danificadas. O tema AP atualmente está sendo muito discutido e um dos conceitos fundamentais é o correto entendimento dos sistemas de posicionamento globais para integração de dados georreferenciados a um SIG visto que a principal diferença entre a agricultura tradicional e agricultura de precisão é a informação georreferenciada, isto é, atributos associados a coordenadas geográficas. Neste texto foi abordado de maneira extremamente sucinta o assunto AP, não esgotando as discussões sobre a integração GPS e AP. 14. CONSIDERAÇÕES FINAIS Segundo a ABI Research (empresa americana de pesquisas tecnológicas), existem no mundo atualmente 12 milhões de dispositivos GPS, e até 2011 este número chegará a 315 milhões. Para qualquer que seja a finalidade que você esteja utilizando um receptor GPS, seja ele de navegação ou geodésico, é de extrema importância seguir algumas dicas, como por exemplo: antes de comprar um aparelho ou realizar um levantamento definir o tipo de produto que se quer obter; conhecer bem todas as funções do aparelho utilizado; estar preparado para utilizar outros tipos de aparelhos de navegação, caso aconteça algo de errado com equipamento utilizado; e, principalmente, ler bastante sobre o tema. 16. GLOSSÁRIO TÉCNICO Acurácia e precisão: Acurácia é o grau de veracidade de um grupo de dados enquanto precisão é o grau de repetibilidade das medições. Usando a analogia do alvo de flechas, a acurácia descreve o quanto as flechas (diferentes medições) se aproximam do centro do alvo, correspondente ao valor real. Quanto mais próximas as flechas estiverem do centro maior a acurácia. Precisão é o tamanho da dispersão do grupo de flechas atirado; holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 30 quanto menor, maior a precisão, mesmo estando distante do centro do alvo. É importante entender que um determinado grupo de medições pode apresentar alta precisão, porém baixa acurácia e vice-versa, figura 27. FIGURA 27 – ACURÁCIA X PRECISÃO Almanaque: Conjunto de informações transmitidas pelos satélites GPS suficientes para o cálculo aproximado da posição dos satélites. Efemérides: Informações transmitidas pelos satélites suficientes para o cálculo da posição precisa dos satélites GPS ao longo do tempo. WGS 84, World Geodetic System of 1984: Elipsóide geocêntrico adotado no sistema GPS utilizado para representar coordenadas. holler@quatrofolhas.com.br 1Eng. Cartógrafo, Esp. Geoprocessamento, Quatro Folhas - Engenharia e Consultoria Florestal e Agrícola. holler@quatrofolhas.com.br 31 9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABI RESEARCH. Disponível em: <http://www.abiresearch.com/products/market_research/Satellite_Positioning_Systems_a nd_Devices>. Acessado em 20 de maio de 2007. BAUER, M. Vermussung und Ortung mit Satelliten: NAVSTAR-GPS und andere satellitengestützte Navigationssysteme. 4.ed. Heidelberg: Wichmann, 1997. 392 p. DE WIT, T. D. Cours Localisation par satellites. Laboratoire de Physique et Chimie de l'Environnement, Orléans. Disponível em: <http://lpce.cnrs-orleans.fr/~ddwit/gps/>. Acessado em 20 de maio de 2007. GALILEO. Disponível em: <http://europa.eu.int/comm/dgs/energy_transport/galileo>. Acessado em 20 de maio de 2007. GARMIN. About GPS. Disponível em: <http://www.garmin.com/aboutGPS>. Acessado em 20 de maio de 2007. HOFMANN-WELLENHOF, B., LICHTENEGGER, H. e COLLINS, J. Global Positioning System: theory and practice. New York: Springer Wien, 1997. 386 p. HOLLER, W. Estimation of the Multipath Effect Using TEQC Software. Disponível em: <http://ws-geomatics.blogspot.com/>. Acessado em 05/06/2007. 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