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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO NÚCLEO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA 1) O que são poluentes primários e secundários? Dê 2 exemplos de cada; -Poluentes primários: São os contaminantes diretamente emitidos pelas fontes para o ambiente; Exemplos: Material particulado (fumos, poeiras e névoas) e monóxido de carbono (CO). -Poluentes secundários: Resultam de reações dos poluentes primários com substâncias presentes na camada baixa da atmosfera e frações da radiação solar; Exemplos: Decomposição de óxidos de nitrogênio pela radiação ultravioleta oriunda do sol na formação de ozônio e nitratos de peroxiacetila. 2) Quais são as diferenças entre smog fotoquímico e smog redutor? -Smog fotoquímico: Ocorre em cidades muito populosas, em grandes centros urbanos, cujas atividades, principalmente a grande quantidade de veículos movidos por motores de combustão interna, liberam para a atmosfera poluentes gasosos. A gasolina, principal combustível usado nos automóveis, é derivada do petróleo, sendo constituída de uma mistura complexa de hidrocarbonetos, mas podendo conter também algumas impurezas como átomos de nitrogênio, oxigênio e enxofre, além de alguns metais. Assim, entre os produtos de combustão da gasolina, podem estar gases poluentes como o dióxido de nitrogênio (NO2) e o monóxido de nitrogênio (NO). Na atmosfera, os óxidos de nitrogênio podem reagir com o oxigênio sob ação da luz solar — por isso o nome fotoquímico —, formando moléculas de gás ozônio (O3). Assim, o smog fotoquímico possui os óxidos de nitrogênio e o ozônio como principais poluentes. -Smog redutor: Característico de regiões que possuem muitas indústrias. As indústrias geralmente utilizam como fonte de energia os combustíveis fósseis, como o carvão e os derivados do petróleo. Na composição dos derivados do petróleo, há impurezas como os compostos de enxofre. Dessa forma, na combustão, são formados óxidos de enxofre, como o dióxido de enxofre (SO2) e o trióxido de enxofre (SO3). Estes, por sua vez, reagem com o vapor de água do ar e formam ácido sulfúrico (H2SO4). Esse é o mesmo processo de formação da chuva ácida. 3) Quais são as diferenças entre lixões, aterros sanitários e controlados? -Lixões: Os lixões são vazadouros a céu aberto, que não fornecem nenhum tratamento adequado para o lixo. Isso significa que nos lixões os resíduos vindos de diversos lugares, como de residências, indústrias, hospitais e feiras, são simplesmente jogados, amontoados em grandes depósitos a céu aberto que geralmente ficam longe dos centros urbanos, apresentando-se como uma falsa solução à população. Inclusive muitos lixões são clandestinos. Visto que essa destinação não possui nenhum critério sanitário de proteção ao meio ambiente, o resultado é que todo esse lixo contamina a água, o ar, o solo, o lençol freático, atraindo vetores de doenças, como germes patológicos, moscas, mosquitos, baratas e ratos. Entre as doenças que são geradas pelo acúmulo de lixo, temos: dengue, febre amarela, febre tifoide, cólera, disenteria, leptospirose, malária, esquistossomose, giardíase, peste bubônica, tétano e hepatite A. -Aterros sanitários: Nos aterros sanitários, o lixo residencial e industrial é depositado em solos que receberam tratamento para tal, ou seja, que foram impermeabilizados, o que inclui uma preparação com o nivelamento de terra e com a selagem da base com argila e mantas de PVC. Os aterros sanitários também possuem sistema de drenagem para o chorume (líquido preto e tóxico que resulta da decomposição do lixo), que é levado para tratamento, sendo depois devolvido ao meio ambiente sem risco de contaminação, além de captação dos gases liberados, como metano, seguida da sua queima. São cobertos com solo e compactados com tratores, o que dificulta o acesso de agentes vetores de doenças e de oxigênio, e a proliferação de determinadas bactérias. As construções desses aterros são pautadas em normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Há também poços de monitoramento abertos próximo aos aterros para que se avalie constantemente a qualidade da água e haja verificação de eventuais contaminações. Entretanto, apesar de apresentar esses aspectos positivos e de ser economicamente viável, os aterros sanitários têm vida curta (cerca de 20 anos) e, mesmo depois de desativados, continuam produzindo gases e chorume. Se não forem bem preparados, podem resultar nos mesmos problemas que os vazadouros a céu aberto. Além disso, é necessário haver um controle do tipo de lixo que recebem, porque senão também podem acabar recebendo tipos de lixos perigosos, como resíduos hospitalares e nucleares. Assim, os aterros sanitários necessitam de controle e manutenção, o que nem sempre é feito. -Aterros controlados: São lugares onde o lixo é disposto de forma controlada e os resíduos recebem uma cobertura de solos. No entanto, os aterros controlados não recebem impermeabilização do solo nem sistema de dispersão de gases e de tratamento do chorume gerado, ou seja, os aterros controlados são uma categoria intermediária entre o lixão e o aterro sanitário, sendo geralmente uma célula próxima ao lixão, que foi remediada, recebendo cobertura de grama e argila. Outra destinação para os resíduos sólidos é a incineração, que tem a vantagem de diminuir muito o volume do lixo, destruir substâncias e materiais perigosos, além de produzir energia.