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Carmela Maria Polito Braga, DELT/EE-UFMG Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG Anísio Rogério Braga, COLTEC-SE/UFMG Aula 05 Combinação de Erros em Sistemas de Instrumentoação. Caracterização Estática: Calibração. Pré-calibração. Reta de Calibração: Ajuste, Incertezas Associadas. CARACTERIZAÇÃO ESTÁTICA DE INSTRUMENTOS: CALIBRAÇÃO CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DOS INSTRUMENTOS • O desempenho estático dos instrumento de medida pode ser caracterizado a partir dos parâmetros apresentados a seguir: • Sensibilidade ou Ganho: é a relação entre a variação de uma indicação de um instrumento (saída) e a variação correspondente do valor da grandeza medida (entrada). • Ex.: um transmissor eletrônico de temperatura com uma faixa nominal de 100 a 200º C e uma saída de 4 a 20 mA, possui ganho ou sensibilidade: Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 2 X Y GS )/(16,0)/( 100200 420 CmACmAGanhoadeSensibilid x INPUT O U T P U T y G instrumento Não Linear Ganho variável x INPUT O U T P U T y G1 G2 G3 instrumento Linear Ganho constante x INPUT O U T P U T y G função não-linear com ganho constante CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DOS INSTRUMENTOS • Faixa Nominal (Range): faixa de indicação do instrumento. • Ex.: medidor de pressão com faixa nominal de 1 a 5 bar. • Obs.: quando o limite inferior é zero a faixa é definida em termos do limite superior, apenas. Ex.: 0 a 10 bar é expressa como “10 bar”. • Amplitude da Faixa Nominal (Span): valor absoluto entre os valores extremos de uma faixa nominal. Ex.: para o instrumento de pressão, com faixa de 1 a 5 bar, o span é 4bar. • Fundo de Escala (FE): é o valor máximo da faixa nominal. No exemplo do instrumento de pressão, o fundo de escala é 5 bar. • Quando a representação dos parâmetros de caracterização estática de instrumentoos é feita em relação os valores de Fundo de Escala – FE ou de Span eles são denominados “valores fiduciais”. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 3 CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DOS INSTRUMENTOS • Zona Morta: intervalo máximo no qual o valor de uma grandeza medida pode ser variado em ambas as direções sem produzir mudança perceptível na resposta (indicação) do instrumento. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 4 INPUT O U T P U T DEAD ZONE INPUT O U T P U T 10% INPUT CHANGE INPUT O U T P U T 50% INPUT CHANGE INPUT 100% INPUT CHANGE Ex.: folga de engrenagens em instrumentoos mecânicos impede variação na saída para pequenos estímulos. CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DOS INSTRUMENTOS • Resolução: menor variação da grandeza medida que causa variação perceptível na indicação correspondente. A resolução de um dispositivo mostrador (indicador) corresponde a menor diferença entre indicações que pode ser significativamente percebida. • No caso de instrumentoos digitais a resolução é dependendente da resolução do conversor A/D (número de bits) e é expressa por: • Deriva (Drift): mudança, indesejável e lenta, de uma característica metrológica de um instrumento de medição que ocorre com o passar do tempo, causada por fatores ambientais ou intrínsecos ao sistema. Implica no deslocamento do zero. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 5 12 R N Span N -> é o número de bits do conversor. CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DOS INSTRUMENTOS • Limiar de Mobilidade (Threshold): é a maior variação (lenta e uniforme) no valor de uma grandeza medida que não causa variação detectável na resposta (indicação) de um instrumento. Pode depender de ruído ou atrito. Define o valor mínimo perceptível na entrada do instrumento. • Ex.: atrito estático em instrumentoos mecânicos impedem a deflexão inicial quando o estímulo (força) esta ́ abaixo de um certo limiar (menor do que o atrito estático máximo). • Linearidade: maior diferenc ̧a existente entre um ponto da curva de calibração esta ́tica e a melhor reta (no sentido de mínimos quadrados) ajustada. Pode ser quantificada como: Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 6 FE Dif eLinearidad max.100% x INPUT O U T P U T y Difmax Linearidade CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DOS INSTRUMENTOS • Histerese: maior diferença entre curvas estáticas obtidas quando o mensurando é variado com derivada positiva (valores crescentes), em relação ao caso em que é variado com derivada negativa (valores decrescentes). O efeito da histerese é notado em instrumentoos que possuem comportamento diferente para entrada crescente em relação a entrada decrescente. Pode ser quantificada como: Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 7 HistFE Hist Histerese .100% INPUT O U T P U T 10% INPUT CHANGE INPUT O U T P U T 50% INPUT CHANGE INPUT O U T P U T 100% INPUT CHANGE CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DOS INSTRUMENTOS • Carga do instrumento: um instrumento de medida (elemento primário) sempre extrai alguma energia do meio onde encontra-se instalado. Sem isto seria impossível realizar a medição. Mas a grandeza medida é sempre perturbada pelo meio ou pelo ato da medição, o que torna impossível, teoricamente, alcançar uma medida perfeita. Este efeito de carga do instrumento está associado à sua rigidez ou impedância de entrada, definida como: Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 8 fluxo esforço i V V Z Vesforço -> variável de esforço; Vfluxo -> variável de fluxo. 65 °C 65 °C70 °C 20 °C ABORDAGEM DE CIRCUITOS E SISTEMAS • Os sistemas A e B podem ser elétricos, térmicos, hidráulicos, mecânicos de translação e mecânicas de rotação, etc. • Os sistemas A e B só se “conhecerão” se ocorrer transferência de energia: • São necessárias duas variáveis para “representar” a energia transferida: uma variável de INTENSIDADE ou ESFORÇO e uma variável de QUANTIDADE ou FLUXO (circulação ou escoamento). • O produto dessas variáveis corresponde à ENERGIA ou à POTÊNCIA transferida de A -> B ou B -> A. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 9 tempo Energia Potência Energia Potência Capacidade de Realizar Trabalho Variação da Energia no Tempo INTENSIDADE ESFORÇO: ou Variável “Sobre” QUANTIDADE FLUXO: Escoamento ou Variável “Através" Sistema A Sistema B IV QuantidadeeIntensidadEnergia fluxoEsforçoPotência SISTEMAS ANÁLOGOS POTÊNCIA Variável INTENSIDADE Esforço (Sobre) Variável QUANTIDADE/Δt Fluxo (Através) UNIDADE (Watt) Característica Intrínseca do Sistema Elétrica Tensão [V] Corrente [I] V*A Impedância Z = V/I Y = I/V Mecânica (Rotação) Torque [T] Velocidade Angular [] rad/s * Nm Rigidez K = T/ = dt Compliância C = /T Mecânica (Translação) Força [F] Velocidade linear [v] m/s * N Rigidez S = F/x x = vdt Compliância C = x/F Hidráulico Pressão [Ph] Vazão [Q] N/m 2 * m3/s Resistência Hidráulica Rh = Ph/Q Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 10 QuantidadeeIntensidadEnergia t QUANTIDADE EINTENSIDADPotência fluxoEsforçoPotência CONCEITO DE IMPEDÂNCIA GENERALIZADA • Sendo as variáveis de ESFORÇO e FLUXO contínuas ou periódicas (i.e., não zeram após um transiente, mantendo-se em estado permanente), pode-se calcular uma característica intrínseca do sistema que é a Impedância (ou Admitância) generalizada. • O conceito de Impedância é usado quando a variável de interesse é o ESFORÇO ou INTENSIDADE: • O conceito de Admitância é usado quando a variável de interesse é a QUANTIDADE, i.e., o FLUXO (ESCOAMENTO ou CIRCULAÇÃO): • Usando estas definições a potência drenada do sistema A por B pode ser obtida: Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 11 F E Z E F Y Y F Z E P 22 CONCEITO DE IMPEDÂNCIAGENERALIZADA • Exemplos de sistemas para Impedância e Admitância... Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 12 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 0.5 1 1.5 2 Tempo [s] v C (t ) [V ] Tensão e Corrente em um Capacitor (R = 10kOhm e C = 100uF) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 50 100 150 200 i C (t ) [u A ] v C (t) i C (t) v(t) Massa Mola Diapasão Deslocamento Tempo Circuito RC x y R Cic Ligando uma Fonte DC y i C x CONCEITO DE RIGIDEZ E COMPLIÂNCIA GENERALIZADA • Quando uma das variáveis, de ESFORÇO ou FLUXO, não são contínuas ou periódicas, i.e., zeram depois de um transiente, utiliza-se os conceitos de Rigidez e Compliância. • Rigidez: é usado quando a variável de interesse é a INTENSIDADE, i.e., o ESFORÇO. • Compliância: é usado quando a variável de interesse é a QUANTIDADE, i.e., o ESCOAMENTO ou FLUXO (circulação). Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 13 dtF E Si E dtF Ci CONCEITO DE IMPEDÂNCIA GENERALIZADA • Exemplos de sistemas para Rigidez e Compliância... Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 14 Teste Modal para Auscultação Descarga Parcial em Barramento Trifásico CARACTERIZAÇÃO ESTÁTICA DE INSTRUMENTOS • Consiste na determinação da relação entre a entrada e a saída do instrumento, considerando valores constantes de equilíbrio para a entrada e para a saída, ou seja, considerando apenas os valores observados em regime permanente. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 15 x(t) t X2 X1 Variabilidade da grandeza Valor permanente da grandeza Instrumento de Medição y(t) t Y2 Y1 Indicação do instrumento Variabilidade da instrumento CARACTERIZAÇÃO ESTÁTICA DE INSTRUMENTOS • O procedimento de determinação da curva Característica Estática é chamado de Calibração1. • O Procedimento de Medição deve ser capaz de fornecer resultados de medição adequados para a avaliação da veracidade de medição de valores medidos obtidos a partir de outros procedimentos de medição para grandezas de mesma natureza, em calibração ou em caracterização de materiais de referência (situação ideal em que somente o mensurando é variado). • Na prática, deve-se usar um Método Exemplar. • O Método Exemplar é um procedimento de medição reconhecido pelos especialistas como sendo suficientemente correto para a aplicação a qual se destina o instrumento. • Para se realizar a Calibração Estática, ou Calibração, é preciso manter as grandezas de influência (entradas indesejadas) sob Estado de Controle Estatístico. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 16 1 O termo aferição foi retirado do VIM na edição 2012 CARACTERIZAÇÃO ESTÁTICA DE INSTRUMENTOS • Estado de Controle Estatístico é aquele em que um sistema encontra-se apenas sob influência de fontes comuns de variação, totalmente aleatórias, com pequenas oscilações em torno de seu valor médio típico. • Em termos de um Procedimento de Medição corresponde ao estado em que as entradas interferentes e modificantes são mantidas praticamente constantes, isto é, com pequenas flutuações aleatórias, apenas, em torno de seus valores médios. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 17 Em Estado de Controle Estatístico Fora de Estado de Controle Estatístico CALIBRAÇÃO (CARACTERIZAÇÃO ESTÁTICA) • Além dos cuidados apontados anteriormente, que passos devem ser seguidos para se realizar a calibração estática com qualidade? 1. Reconhecer as entradas desejada (mensurando), interferentes e modificantes (grandezas de influencia). 2. Decidir que grandezas de influência não poderão ser ignoradas na aplicação especifica do instrumento. 3. Preparar o procedimento de medição, procurando implementar um método exemplar. 4. Obter as curvas características estáticas (mais de uma), correspondentes a cada caso para valores de grandezas de influência que, inevitavelmente, existirão na aplicação específica do instrumento. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 18 CALIBRAÇÃO SIMPLIFICADA (PRÉ-CALIBRAÇÃO) • É usual, sobretudo na indústria, um ajuste prévio ao procedimento formal de calibração para os parâmetros: • Ganho/Sensibilidade • Offset/Bias/Polarização (Erro Sistemático) • Utilizando potenciômetros de ajuste, disponíveis nas unidades eletrônicas dos instrumentoos para este fim. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 19 IOUT(mA) Medidor Ajuste de Ganho Ajuste de Zero 4 a 20 mA25 a 350 °C Trimpots de ajuste, com parafusos pequenos e expostos. O pré-ajuste não garante que estes pontos extremos serão ligaados por um reta! TMIN = 25 T(°C) IMAX = 20 IMIN = 4 TMAX = 350 CALIBRAÇÃO SIMPLIFICADA (PRÉ-CALIBRAÇÃO) • Para realizar este pré-ajuste, adota-se o seguinte procedimento iterativo: 1. Impondo-se o valor mínimo da variável desejada à entrada do instrumento, ajusta- se o ”zero” para que o valor indicado seja o valor desejado nesta situação; 2. Impondo-se o valor máximo da variável desejada à entrada do instrumento, ajusta- se o ”ganho/sensibilidade” para que o valor indicado seja o valor desejado nesta situação; 3. Volte ao passo 1. • Após algumas iterações (usualmente 2 a 5), pode-se obter os pontos da curva de calibração estática, entre os dois pontos extremos pré-ajustados. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 20 Calibrador de Processos (Temperatura) Calibrador de Pressão CALIBRAÇÃO SIMPLIFICADA (PRÉ-CALIBRAÇÃO) Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 21 Calibradores de processo com Documentação Fluke 740 Series Os calibradores de processo com documentação Fluke Série 740 são ferramentas portáteis resistentes para calibração e para identificação e resolução de problemas de instrumentoos de controle de processos. Calibradores de Loop Fluke 773 Medidor Clamp CC (100mA) Gerador (4 a 20 mA) Simulador (4 a 20mA) Teste de Loop CALIBRAÇÃO SIMPLIFICADA (PRÉ-CALIBRAÇÃO) • Como proceder a calibração para obter os dados que permitirão construir a Curva de Calibração Estática? • Realizando medições simultâneas da grandeza de interesse com o instrumento a ser calibrado com um padrão de medição. • Padrão de Medição: instrumento que seja rastreável do ponto de vista metrológico e com uma resolução pelo menos 10 vezes maior (mais preciso). Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 22 Exemplo de uma Bancada de Calibração evidenciando um forno padrão com um sensor de temperatura e uma bomba padrão com um transmissor de pressão. CURVA (RETA) DE CALIBRAÇÃO • Para Sistemas Afins, usualmente ajusta-se uma reta aos dados obtidos do procedimento de calibração estática, modelando-se o comportamento estático do instrumento como: • y -> é a saída do instrumento em processo de calibração; • x -> é a saída do padrão de medição (saída do padrão); • a -> é o Ganho ou Sensibilidade; • b -> é o offset, bias ou polarização do instrumento sob processo de calibração. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 23 baxy RETA DE CALIBRAÇÃO • Na forma matricial tem-se: • Y -> é o vetor de dados obtidos do instrumento em calibração; • X -> é o vetor de dados obtidos do padrão de medição. • Como obter valores ótimos para os parâmetros a e b da reta de calibração? Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 24 1 ][ X baY ̂][ 1 ba X X m YX XY m m 1ˆ ˆ Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 25 • Minimizando o erro quadrático médio entre a reta de calibração ajustadae os pontos (dados de medições) obtidos no processo de calibração. • A função de custo J pode ser expandida por álgebra matricial: • O mínimo de J é obtido via cálculo fazendo-se: • De onde vem: ]ˆ[]ˆ[ 2 1 2 XYXYEeJ T n i i XXYXYYJ XXXYYXYYJ TTT TTTT 2 2 ˆˆ2 ˆˆˆ 0 J YXXX TT 1][ˆ n i ieba 1 2min)ˆ,ˆ(̂ XYYX TT Lembrando que a identidade matricial é: RETA DE CALIBRAÇÃO • Voltando à equação matricial: • A estimação dos parâmetros a e b é obtida por meio da inversão da matriz Xm que não sendo quadrada tem solução dada pela matriz pseudo-inversa. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 26 1 ][ X baY ̂][ 1 ba X X m mX-Y= ˆ )(ˆ 1 YXXX b a T mm T m Lembrando que: T mm T m XXX 1)( é a matriz pseudo-inversa. Em que: YX XY m 1ˆ ˆ RETA DE CALIBRAÇÃO • Na prática, utilizando-se o Matlab, a melhor maneira de resolver a equação matricial, tanto do ponto de vista do tempo de execução quanto de exatidão numérica, é usando o operador de divisão matricial: • Ele produz a solução no sentido dos mínimos quadrados usando o método de eliminação Gaussiana sem calcular explicitamente a inversa • Xm é uma matriz M x N • Y é um vetor coluna M x 1 Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 27 YXθ m \ \ -> mldivide RETA DE CALIBRAÇÃO • Exemplo: considere os seguintes vetores de dados obtidos de um processo de calibração: • Para a estimação dos parâmetros a e b organizamos a matriz X como: Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 28 T X 1 0.1 1 9.0 1 8.0 1 7.0 1 6.0 1 5.0 1 4.0 1 3.0 1 2.0 1 1.0 Y = [0.2396 0.6257 0.6944 1.1415 1.1195 1.4529 1.6219 1.7078 1.7829 2.1941]'; (Sensor em Calibração) X = [0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1]'; (Sensor Padrão de Medição) ATENÇÃO: Para os cálculos que se seguem, não troque as váriaveis X (Sensor Padrão) com Y (Sensor a Calibrar). RETA DE CALIBRAÇÃO • Calcula-se os parâmetros a e b usando o operador matricial: • que resulta em: • em que o Ganho ou Sensibilidade do instrumento é: a = 1.97; • o Offset ou Bias é: b = 0.17; • Portanto, o modelo estimado para a reta de calibração é: Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 29 YX \ 17.0 97.1 17.097.1 xy RETA DE CALIBRAÇÃO Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 30 Incerteza/erro RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA ASSOCIADA À INDICAÇÃO DO INSTRUMENTO • A partir da variância dos erros do ajuste da reta de calibração (chamados de resíduos), pode-se estimar a incerteza padrão associada a indicação do instrumento ainda não-corrigido: • No cálculo acima foram desprezadas as incertezas associadas ao padrão de medição e ao erro de estimação dos parâmetros: • A incerteza padrão calculada acima é do Tipo A e, portanto, devemos observar o número de graus de liberdade (no caso, n-2), uma vez que tem-se o cálculo de sY dependente de dois parâmetros estimados (a e b). Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 31 2 ;)]ˆˆ([ 11 22 n bXaYes Y iiiY ;1144,0 1144,0)( 8 1 2 Y iY u es Desvio dos erros de ajuste da reta de calibração, também chamados de resíduos. RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA ASSOCIADA À INDICAÇÃO DO INSTRUMENTO • Como são desconsideradas informações sobre incertezas do Tipo B, pode-se usar a FDP t-Student para obter o fator de abrangência necessário ao cálculo da incerteza expandida, como se segue: • No nosso exemplo, k = 2,37 para ν = 8. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 32 2711,01144,037,2 YU YnY utU 2- ;45,95 • Caso sejam consideradas informações sobre incertezas do Tipo B (e.g., incertezas do padrão de referências e demais grandezas de influência), deve-se determiná- las1 como incertezas padrão Tipo B e combiná-las à incerteza Tipo A calculada: • Após o cálculo da incerteza padrão combinada (uYC)associada a indicação do instrumento deve-se obter o número de graus de liberdade efetivo (𝜈𝑒𝑓) pela equação de Welch-Satterthwaite: • Por meio 𝜈𝑒𝑓 determina-se o fator de abrangência t (de Student) para uma probabilidade de 95,45% e, então, calcula-se a incerteza expandida como: RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA ASSOCIADA À INDICAÇÃO DO INSTRUMENTO Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 33 ... 44 4 PR PR Y Y YC ef uu u PR Y n 2 YCY utU ef ;45,95 Incerteza Padrão do Padrão de Referência e demais incertezas (Tipo B) ... 22 PRYYC uuu Incertezas do Tipo B geralmente são expressas na forma de incertezas expandidas, encontradas em manuais de instrumentoos padrão de referência. Logo, deve-se “transformá-las” em incertezas padrão. • O resultado do cálculo de UY em relação à reta de calibração, são duas retas paralelas, esboçando a região de intervalos de confiança para as indicações não- corrigidas do instrumento comparadas às medidas do padrão de medição X: RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA ASSOCIADA À INDICAÇÃO DO INSTRUMENTO Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 34 YUba ˆˆX Y X ba ˆˆ X YUba ˆˆX YUba ˆˆX • O cálculo apresentado considera que o instrumento terá a mesma dispersão para os dados em toda faixa utilizada no experimento, comparando-se com o padrão de medição. • Já o GUM considera dispersões diferentes para cada patamar de medição em comparação com um padrão de medição. • A reta de calibração tem por objetivo “varrer” uma faixa de medição de um instrumento e expressar a incerteza utilizando todos os dados dessa faixa. Procedimento muito prático e largamente utilizado. • O GUM/JCGM expressa a incerteza para um único patamar de medição, propondo uma amostra com muitas observações (medições) nesse patamar. Procedimento mais refinado, porém mais complexo. Indicações não-corrigidas (𝒀𝒊) escalar RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA DA INDICAÇÃO CORRIGIDA (FUNÇÃO INVERSA DA RETA) • Após a reta de calibração ser ajustada, e as incertezas padrão terem sido obtidas deseja-se: 1. Calcular o valor verdadeiro convencional do mensurando, ou valor estimado do mensurando, a partir da indicação do instrumento calibrado. Para isso, o resultado da reta de calibração deve ser utilizado, permitindo corrigir o valor indicado pelo instrumento: 2. Calcular a incerteza padrão combinada associada a indicação corrigida do instrumento, primeiramente desconsiderando a propagação de incertezas devido ao erro de estimação dos parâmetros 𝒂 e 𝒃, considerando somente à informação disponível sobre incertezas do Tipo B: Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 35 a b ˆ ˆ ˆ Y X O Erro Sistemático (bias ou offset) é subtraído do valor indicado e o resultado dividido pelo ganho do instrumento. ... 22 ˆˆ PRXCX uuu a u u Y X ˆ ˆ ... 4 ˆ 4 ˆ 4 ˆ PR PR X X CX ef uu u PR YX n 2ˆ CXX utU ef ˆ;45,95 O problema é o mesmo de se calcular a incerteza da indicação não-corrigida, porém utilizando a incerteza uX. Porquê? • Semelhante ao resultado anterior, pore 𝑼 𝑿 são duas retas paralelas em relação à uma reta que passa pela origem, esboçando a região de intervalos de confiança para as indicações corrigidas do instrumento comparadas às medidas do padrão de medição X: RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA DA INDICAÇÃO CORRIGIDA (FUNÇÃO INVERSA DA RETA) Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 36 X U ˆX X X U ˆX X̂ X X U ˆX Indicações corrigidas 𝒀 − 𝑏 𝑎 • Observeque a função inversa da reta de calibração, a equação de correção, aplica a correção sistemática ( 𝑏) e o ajuste de ganho da faixa ( 𝑎) para as medidas do instrumento Y. • A reta central às indicações corrigidas é a reta calibrada (Y = X), uma vez que aplicando-se os Mínimos Quadrados utilizando 𝑿 (𝑿\ 𝑿), obtém-se exatamente 𝑎 = 1 e 𝑏 = 0 • A função inversa da reta de calibração pode ser implementada em um sistema computacional, ou mesmo eletronicamente. escalar Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA ASSOCIADA À INDICAÇÃO DO INSTRUMENTO Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 37 • Todavia, é mais adequado considerar a propagação de incertezas devido ao erro de estimação dos parâmetros 𝒂 e 𝒃. • Como os parâmetros ótimos (erro quadrático médio mínimo) são funções dos dados coletados no procedimento de calibração, eles são de fato variáveis aleatórias. Portanto há, também, incertezas associadas à estimação de cada parâmetro (𝒖 𝒂 e 𝒖 𝒃). • Dessa forma, pode-se calcular as variâncias de Y, 𝒂 e 𝒃 : ; 1 ; ;)]ˆˆ([ 1 22 ˆ 2 ˆ 2 2 2 2 ˆ 22 n i iab n i i n i i Y a n i ii Y Y X n ss XXn ns s bXaYs Expressão para a variância dos erros de ajuste da reta de calibração, também chamados de resíduos. Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA ASSOCIADA À INDICAÇÃO DO INSTRUMENTO Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 38 • Nesse caso, antes de se obter as incertezas padrão, considere que o experimento para obtenção da reta de calibração foi repetido m vezes, para os mesmos pontos do padrão de medição X. Logo, o número de pontos n passa a ser o número total de pontos das m repetições. • Dessa maneira, a reta de calibração, 𝒀 = 𝑎𝑿 + 𝑏, é estimada observando- se todos os n pontos do experimento. • Assim, as incertezas padrão, funções dos desvios padrão obtidos, podem ser calculadas como se segue: m -> no. de experimentos com n medidas cada.m s u YY aa su ˆˆ bb su ˆˆ Para 1 experimento, 𝑿 é estimado e deve ser retirado do grau de liberdade. Os parâmetros 𝒂 e 𝒃 são estimados e devem ser retirados do grau de liberdade. Yba ˆˆ 2 nY Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA ASSOCIADA À INDICAÇÃO DO INSTRUMENTO Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 39 • Para calcular a incerteza padrão para a reta de calibração considerando a propagação de incertezas devido ao erro de estimação dos parâmetros 𝒂 e 𝒃, deve-se utilizar a equação geral de propagação de incertezas: • Substituindo o termo 𝑏 = 𝑌 − 𝑎 𝑋, no qual ( 𝑋, 𝑌) são as médias dos vetores Y e X com n pontos nos m experimentos, e aplicando à equação acima, porém utilizando-se a reta de calibração 𝑌 = 𝑎𝑋 + 𝑌 − 𝑎 𝑋, tem-se: • Em que: 2 ˆ 2 ˆ 2 ˆˆ abXYC ua Y u b Y u X Y u Equações (medições indiretas) Aula 03… bXaY ˆˆ XaYXaY ˆˆ 2 ˆ 22 ˆˆ aY Y YC u a Y u Y Y a u X Y u n s u Y Y n i iY n Y 1 n i iX n X 1 Aula 3 – Slide 11 Desvio da média. a u u YX ˆ De fácil demonstração! Tente em casa… n corresponde ao número total de pontos dos m experimentos Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA ASSOCIADA À INDICAÇÃO DO INSTRUMENTO Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 40 • Desenvolvendo… 2 2 2 2 2 2 2 22 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 22 2 ˆ 222 11 ˆ ˆ ˆ ˆ n i i n i i YYC n i i n i i YYY YC n i i n i i YYY YC n i i n i i YYX YC aYXYC XXn XXn nm su XXn ns XX n s m s u XXn ns XX n s ma s au XXn ns XX n s m s au sXXuuau Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA ASSOCIADA À INDICAÇÃO DO INSTRUMENTO Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 41 • Resultando na seguinte expressão para a incerteza padrão da reta de calibração, considerando a propagação de incertezas devido ao erro de estimação dos parâmetros 𝒂 e 𝒃: • Como são desconsideradas informações sobre incertezas do Tipo B, pode-se usar a FDP t-Student para obter o fator de abrangência necessário ao cálculo da incerteza expandida, como se segue: 2 2 2 11 n i i n i i Y XXn Xn nm s X uYC uYC resultará em um vetor de incertezas padrão associadas às indicações não corrigidas do instrumento, refenciando as medidas do padrão de medição X. 2 2 2 2;45,95 11 n i i n i i Yn XXn Xn nm st X UY YCY utU YC ;45,95 2 nYC Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA PADRÃO COMBINADA ASSOCIADA A INDICAÇÃO Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 42 • Além de considerar as incertezas dos parâmetros, é importante também combinar as incertezas padrão do Tipo B com a incerteza padrão da reta de calibração uYC, logo: • Desta forma, calcula-se o número de graus de liberdade efetivos, 𝝂𝒆𝒇, para uC e com ele determina-se o fator de abrangência t de Student para obtenção da incerteza expandida UY: Incerteza Padrão do Padrão de Referência e demais incertezas (Tipo B) ... 22 PRuYCC uu ... 44 4 PR PR YC u YC C ef u u ν 2 nYC t t t t 1 13,968 10 2,284 19 2,140 80 2,032 2 4,527 11 2,255 20 2,133 90 2,028 3 3,307 12 2,231 25 2,105 100 2,025 4 2,869 13 2,212 30 2,087 150 2,017 5 2,649 14 2,195 35 2,074 200 2,013 6 2,517 15 2,181 40 2,064 1000 2,003 7 2,429 16 2,169 50 2,051 10000 2,000 8 2,366 17 2,158 60 2,043 100000 2,000 9 2,320 18 2,149 70 2,036 2,000 Tabela t de Student para 95,45% PR Assim como para as demais incertezas do Tipo B, a não ser que se tenha mais informações a respeito. Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA PADRÃO COMBINADA ASSOCIADA A INDICAÇÃO Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 43 • Nesse caso, 𝝂𝒆𝒇 é um vetor, bem como 𝒕𝟗𝟓,𝟒𝟓%, 𝝂𝒆𝒇 (de Student ) que contém os fatores de abrangência para cada ponto do vetor uC, obtendo-se o vetor de incertezas expandidas UY para as indicações não- corrigidas do instrumento submetido a m experimentos para obteção da reta de calibração 𝒀 = 𝑎𝑿 + 𝑏. CY Y utU tU efυ 95%, efυ 95%, ... 11 2 2 2 2 2 PR n i i n i i Y u XXn XXn nm s ATENÇÃO! Para m experimentos, 𝑿𝒊 passa a considerar o número total de pontos de todos os experimentos. 𝑋 é a abscissa média do ponto ( 𝑋, 𝑌) da reta de calibração estimada, considerando todos os pontos dos m experimentos. Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA PADRÃO COMBINADA ASSOCIADA A INDICAÇÃO Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 44 • O resultado do cálculo de 𝑼𝒀 em relação à reta de calibração, considerando as incertezas do Tipo B e dos parâmetros 𝒂 e 𝒃, é uma hipérbole que envolve a reta (𝒀 = 𝑎𝑿 + 𝑏) em seu foco, esboçando a região de intervalos de confiança para as indicações não-corrigidas do instrumento: Fonte: MANDEL, J. The Statistical Analisys of Experimental Data. Wiley, NY, 1964. • O cálculo apresentado traz um resultado coerente se pensarmos que, tanto no inicio como no final de sua faixa, um instrumento pode apresentar menor repetitividade! Isso pode ocorrer por diversos fatores tais com: não-linearidades, resolução (início da escala), ganho (final da escala), deriva, etc. • Se desconsideramos alguns pontos no inicio e no finaldo experimento, as hipérboles tendem a ser duas retas paralelas. Y X ba ˆˆ X YUX ba ˆˆ YUX ba ˆˆ Indicações não corrigidas (𝒀𝒊) YUX ba ˆˆ vetor Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA DA INDICAÇÃO CORRIGIDA (FUNÇÃO INVERSA DA RETA) Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 45 • Para calcular a incerteza padrão associada a indicação corrigida do instrumento, porém considerando apenas propagação de incertezas devido ao erro de estimação dos parâmetros 𝒂 e 𝒃, assumindo que m experimentos foram realizados, tem-se que: • Dessa forma, aplicando-se a mesma metodologia utilizada nos slides 33-35, i.e., substituindo o termo 𝑏 = 𝑌 − 𝑎 𝑋, considerado m experimentos e a reta de correção 𝑋 = 𝑌−( 𝑌− 𝑎 𝑋) 𝑎 , obtém-se a seguinte expressão: 2 ˆ 2 ˆ 2 ˆ ˆ ˆ ˆ ˆˆ abYCX sa X s b X u Y X u Equações (medições indiretas)… X a YY X ˆ ˆ 2 ˆ 22 ˆ ˆ ˆˆˆ aYYCX ua X u Y X u Y X u a bY X ˆ ˆ ˆ Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA DA INDICAÇÃO CORRIGIDA (FUNÇÃO INVERSA DA RETA) Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 46 • Desenvolvendo semelhante ao slide 34, a expressão para incerteza padrão para as indicações corrigidas do instrumento é dada por: • Desconsiderando incertezas do Tipo B, a incerteza expandida é calculada diretamente obtendo-se o t de Student para , 𝝂 𝑿𝑪 : 2 22 2 ˆ ˆ 11 ˆ n i i n i i Y XXna Yn nma s Y u CX uXC resultará em um vetor de incertezas padrão associadas às indicações corrigidas do instrumento, refenciando as medidas do padrão de medição X. 2 22 2 2;45,95ˆ ˆ 11 ˆ n i i n i i Y n XXna Yn nma s t Y U X YC X uU YC t ;45,95ˆ 2ˆ nCX Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA PADRÃO COMBINADA ASSOCIADA À INDICAÇÃO CORRIGIDA (FUNÇÃO INVERSA DA RETA) Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 47 • Por último, para calcular a incerteza padrão combinada associada a indicação corrigida do instrumento considerando a propagação de incertezas devido ao erro de estimação dos parâmetros 𝒂 e 𝒃, bem como as incertezas do Tipo B, assumindo que m experimentos foram realizados, tem-se que: • Resolvendo semelhante aos slides 36 e 38, obtém-se os vetores 𝝂𝒆𝒇 e 𝒕𝟗𝟓%, 𝝂𝒆𝒇 (de Student ) e a expressão para a incerteza expandida, 𝑼 𝑿, referente às indicações corrigidas: Incerteza Padrão do Padrão de Referência e demais incertezas (Tipo B) ... 22 ˆ PRuCXC uu PR YC n 2 CX X utU tU efυ 95%, efυ 95%, ˆ 2 2 22 2 ˆ ... ˆ 11 ˆ PR n i i n i i Y u XXna YYn nma s 𝑼 𝑿 resultará em um vetor de incertezas expadidas associadas às indicações corrigidas do instrumento, comparandas as medidas do padrão de medição X. Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA DA INDICAÇÃO CORRIGIDA (FUNÇÃO INVERSA DA RETA) Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 48 • O resultado do cálculo de 𝑼 𝑿, para as indicações corrigidas em relação à reta calibrada (𝒀 = 𝑿), considerando a incerteza devido ao erro de estimação dos parâmetros 𝒂 e 𝒃, bem como as incertezas do Tipo B, é uma hipérbole que envolve essa reta em seu foco, esboçando a região de intervalos de confiança para as indicações corrigidas do instrumento comparadas às medidas do padrão de medição X: • Semelhante ao resultado anterior, porém com uma região de incertezas em torno de uma reta que passa pela origem. 𝑿 𝑿 X X X UX ˆ Indicações corrigidas 𝒀 − 𝑏 𝑎 X UX ˆ vetor Avançado... RETA DE CALIBRAÇÃO INCERTEZA DA INDICAÇÃO CORRIGIDA (FUNÇÃO INVERSA DA RETA) Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 49 • Para os casos citados no slide 28 e no slide 30: ba ˆˆ XY 1736,09717,1 XY 9717,1 1736,0ˆ Y X UX =[0.1644 0.1526 0.1510 0.1450 0.1451 0.1454 0.1473 0.1487 0.1502 0.1615]’;UY =[0.3143 0.3028 0.2939 0.2878 0.2847 0.2847 0.2878 0.2939 0.3028 0.3143]’; Apesar de visualmente parecerem retas paralelas, observe as extremidades de UY e UX, caracterizando as hipérboles de incerteza. BIBLIOGRAFIA • DOEBELIN, E. O. Measurement Systems – Application and Design, 5ª. Edição. Editora McGraw-Hill, USA, 2004. • BALBINOT, A.; BUSSAMARELO, V. J. instrumentação e Fundamentos de Medidas. Vol 1, 2ª. Edição. Editora LTC. Rio de Janeiro, RJ, 2010. • MANDEL, J. The Statistical Analisys of Experimental Data. Wiley, NY, 1964. • Evaluation of measurement data - Guide to the expression of Uncertainty in Measurement, (GUM 1995 with minor corrections). JCGM 100:2008, 1st Edition, 2008. • Vocabulário Internacional de Metrologia: conceitos fundamentais e gerais de termos associados (VIM 2012). Duque de Caxias, RJ : INMETRO, 2012. 94 p. Traduzido de: International Vocabulary of Metrology: basic and general concepts and associated terms – JCGM 200:2012. 3rd. ed. 2012. Traduzido por: grupo de trabalho luso-brasileiro. ISBN: 978-85-86920-09-7. • ALBERTAZZI JR., A. Apostila Metrologia I. Laboratório de Metrologia e Automatização, Departamento de Engenharia Mecânica, UFSC, 2002. • Apostila de instrumentação da FEM – Unicamp. • Imagens da internet . • Notas de aula dos professores Anísio R. Braga, Leonardo Torres. Profs. Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG 50 Cap. 3.2 Cap. 2.3 a 2.7.4 Cap. 12
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