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Resumo quarta semana a oitava

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FACULDADE DE MINAS – FAMINAS/BH 
Curso medicina – Primeiro período –turma 2 
Matéria: Embriologia 
Prof. da disciplina: Daniela Camargo Costa 
Aluna: Silvia Oliveira Dourado 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha Opinativa do filme Renascimento do parto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte – 2020 
Resumo quarta semana a oitava 
Introdução 
Fases do desenvolvimento embrionário: 
• Crescimento: é a divisão celular e a elaboração de produtos celulares; 
• Morfogênese: desenvolvimento da forma de algum órgão particular; 
• Diferenciação: as células estão organizadas em um padrão preciso e os órgão são 
capazes de executar funções especializadas. 
Dobramento do embrião: 
É o dobramento do disco embrionário trilaminar plano em um embrião ligeiramente cilíndrico, 
ele ocorre nos planos mediano e horizontal e resulta do crescimento rápido do embrião. 
Dobramento do embrião no plano mediano 
Dobramento das extremidades do embrião produz as pregas cefálica e caudal que resultam em 
uma movimentação da região cranial e caudal ventralmente, assim como o crescimento do 
embrião caudal e cranial. 
• Prega cefálica: 
- No início da quarta semana, as pregas neurais na região cranial formam o primórdio 
do encéfalo; 
- O encéfalo inicialmente se desenvolve e se projeta dorsalmente para a cavidade 
amniótica; 
- O septo transverso, o coração primitivo, o celoma pericárdico e a membrana se 
deslocam para a superfície ventral do embrião; 
- O endoderma da vesícula umbilical é incorporado ao embrião como o intestino 
anterior (primórdio da faringe, esôfago e sistema respiratório inferior); 
- O instestino anterior está entre o prosencéfalo e o coração primitivo; 
- A membrana bucofaríngea separa o intestino anterior do estomodeu, 
- O septo transverso localiza-se caudal ao coração e posteriormente se desenvolve no 
tendão central do diafragma; 
- A prega caudal afeta o arranjo do celoma embrionário. 
 
• Prega caudal: o dobramento da extremidade caudal resulta principalmente do 
crescimento da parte distal do tubo neural, o primórdio da medula espinhal. 
Dobramento do embrião no plano horizontal 
• O dobramento lateral do embrião em desenvolvimento produz as pregas laterais direita 
e esquerda; 
• O dobramento lateral é resultado do rápido crescimento da medula e dos somitos; 
• O primórdio da parede abdominal dobra-se em plano mediano , deslocado o disco 
embrionário ventralmente e formando um embrião cilíndrico; 
• Com a formação da parede abdominal, parte do endoderma germinativo é incorporado 
ao embrião com intestino médio, o primórdio do intestino delgado; 
• Após o dobramento lateral forma-se o ducto onfaloentérico; 
• O cordão umbilical formado a partir do pedículo de conexão. 
Derivados das camadas germinativas 
Ectodermar: 
• Sistema nervoso central 
• Sistema nervoso periférico 
• Epitélio sensorial dos olhos, das orelhas e do nariz 
• Epiderme e seus anexos (cabelo e unhas) 
• Glândulas mamárias 
• Hipófise 
• Glândulas subcutâneas 
• Esmalte dos dentes 
• As células da crista neural, derivadas do neuroectoderma 
Região central do ectoderma inicial, originam ou participam da formação de muitos tipos 
celulares e órgãos, 
• Células mielinizantes do sistema nervoso periférico 
• Células pigmentares da derme 
• Células da medula espinhal, dos nervos cranianos (V,VII,IX,X) e dos gânglios 
autônomos 
• Os músculos 
• Os tecidos conjuntivos e os ossos originados dos arcos faríngeo 
• A medular da suprarrenal e as meninges (membranas) do encéfalo e da medula espinhal 
Mesoderma: 
 
• Da origem ao tecido conjuntivo 
• Á cartilagem 
• Ao osso 
• Aos músculos liso e estriado 
• Ao coração 
• Ao sangue 
• Aos vasos linfáticos 
• Ao rins, aos ovários, aos testículos, aos ductos genitais, as membranas serosas de 
revestimento das cavidades corporais (pericárdio, pleura e membrana peritoneal), ao 
baço e ao córtex das glândulas suprarrenais. 
Endoderma: 
• Da origem ao revestimento epitelial dos tratos digestórios e respiratório 
• Ao parênquima das tonsilas, a glândula tireoide e paratireoide 
• Ao timo, ao fígado, ao pâncreas, ao epitélio de revestimento da bexiga e da maioria da 
uretra 
• Ao epitélio de revestimento da cavidade timpânica, antro do tímpano e tuba 
farogotimpânica. 
 
Quarta Semana 
As primeiras mudanças na forma do embrião ocorrem durante a quarta semana. 
Com 24 dias, os primeiros arcos faríngeos são visíveis, o primeiro arco faríngeo é nítido, sendo 
sua maior responsável por originar a mandíbula e a extensão rostral do arco. 
A proeminência maxila, contribui para a formação da maxila (superior). Agora devido as pregas 
cefálica e caudal o embrião se encontra levemente curvado. O coração forma uma grande 
proeminência cardíaca ventral e bombeia sangue, o neuroporo rostral está se fechando. 
Com 26 dias, três pares de arcos farígeos são visívei e o neuroporo está fechado, o prosencéfalo 
proeminente na cabeça e dobramento do embrião lhe causa uma curvatura em forma de C. 
No dia 26 ou 27 o broto dos membros superiores é reconhecível como uma pequena dilatação 
na parede ventrolateral do corpo, as fossetas óticas (primórdio das orelhas internas) também são 
visíveis. Há espessamentos ectodérmicos (placoides do cristalino), que indicam o primórdio dos 
futuros cristalinos dos olhos, estão nas laterais da cabeça. O quarto par de arcos faríngeos e os 
brotos dos membros inferiores podem ser observados no final da quarta semana, como também 
se observa uma longa eminência caudal, como uma cauda, assim como rudimentos de vários 
sistemas de órgãos, principalmente do sistema cardiovascular, já se encontram estabelecidos e o 
neuroporo caudal fechado. 
Quinta Semana 
Há pequenas mudanças na forma do corpo do embrião nessa semana, mas a crescimento da 
cabeça excede o de outras regiões, o alargamento da cabeça resulta principalmente devido ao 
rápido desenvolvimento do encéfalo e das proeminências faciais, a face faz contato com a 
proeminência cardíaca. O segundo arco faríngeo cresce mais rápido que o terceiro e quarto 
arcos, formando uma depressão lateral de cada lado, o seio cervical. Os brotos dos membros 
superiores adquirem a forma de remos, e os dos membros inferiores, de nadadeiras. 
As cristas mesonéfricas indicam o local do desenvolvimento dos rins mesonéfricos, que são 
primórdios dos rins permanentes. 
Sexta Semana 
Há relatos que o embrião na sexta semana mostra movimentos espontâneos, como contorção do 
troco e membros, mostram também respostas ao de reflexo ao toque. 
Os membros superiores começam a mostrar uma diferenciação regional, como o 
desenvolvimento do cotovelo e das grandes placas nas mãos, os primórdios dos dedos (os raios 
digitais) começam a se desenvolver, o desenvolvimento dos membros inferiores ocorre 4 a 5 
dias depois dos membros superiores. 
As saliências auriculares (pequenas dilatações) desenvolvem-se ao redor do sulco ou fenda 
faríngea entre os primeiros dois arcos faríngeos e contribuem para a formação da aurícula, a 
parte em forma de concha da orelha externa. Os olhos ficam maiores devido a formação de 
pigmentos na retina. 
A cabeça em relação ao tronco é extremamente grande e se apresenta curvada para a grande 
proeminência cardíaca, a sua posição resulta da curvatura na região cervical (pescoço) e o 
pescoço e o tronco começam a ficar eretos. 
Durante a sexto semana os intestinos entram no celoma extraembrioná na parte proximal do 
cordão umbilical. Esta herniação umbilical é um evento normal no embrião, ocorrendo pelo fato 
de a cavidade abdominal ser muito pequena neste estágio para acomodar os intestinos que estão 
em rápido crescimento. 
Sétima Semana 
Os membros sofrem uma mudança considerável durante a sétima semana, chanfranduras 
aparecem entre os raios digitais, sulcos e chanfraduras que separam as áreas das placas das mãos 
e dos pés, que indicam claramente os dedos.Forma-se o canal vitelino (ducto estreito que antes formava uma comunicação entre o intestino 
primitivo e o saco vitelínico). A comunicação entre o intestino primitivo e a vesícula umbilical 
está agora reduzida, a partir desse momento o pedículo vitelino torna-se o ducto onfaloentérico. 
Ao final da sétima semana, a ossificação dos membros superiores já se iniciou. 
Oitava Semana 
É a última semana do desenvolvimento embrionário, em seu início os dedos das mãos estão 
separados, contudo estão unidos por uma membrana visível. As chanfraduras estão nitidamente 
visíveis entre os raios digitais dos pés. A eminência caudal ainda está presente, mas é curta. 
O plexo vascular do couro cabeludo já apareceu e forma uma banda característica ao redor da 
cabeça, ao final da oitava semana todas as regiões dos membros estão aparentes e os dedos são 
compridos e completamente separados, os primeiros movimentos voluntários dos membros 
ocorrem na oitava semana, a ossificação inicia no fêmur. A eminência caudal desaparece e as 
mãos e os pés se aproximam ventralmente. 
Ao final da oitava semana o embrião já possui características humanas distintas, contudo sua 
cabeça é ainda desproporcionalmente grande em relação ao corpo, constintuindo quase metade 
do embrião. O pescoço está definido e as pálpebras estão mais evidentes, estando elas se 
fechando e no final dessa semana elas começam a se unir por fusão epitelial. Os intestinos ainda 
estão na porção proximal do cordão umbilical. 
Há diferenças sutis entre os sexos nas genitálias externas, porém elas não são distintas o 
suficiente para permitir uma identificação sexual precisa. 
OBS: 
Estimativa da idade do embrião: 
O comprimento do embrião é apenas um dos critérios para estabelecer a idade. 
Estimativas da idade de embriões recuperados após aborto espontâneo: determinado por suas 
características externas e pela medida de comprimento, contudo usar apenas o tamanho como 
comparação é incerto, pois as taxas de crescimento diminuem muito antes da morte; 
Comprimento cabeça-nádegas: é frequentemente o mais usado; 
Sistema Carnegie de Estagiamento do Embrião: é utilizado internacionalmente, seu uso permite 
que comparações possam ser feitas entre os achados de vários profissionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências bibliográficas 
Moore KL, Persaud TVN. Embriologia clínica. 8a ed. Rio de Janeiro (RJ): 
Elsevier; 2008. 
Moore KL, Persaud TVN (2016). Embriologia Clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier.

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