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Epidemiologia_e_Profilaxia_da_CAE_e_Maedi_Visna

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EPIDEMIOLOGIA E PROFILAXIA DA CAE E MAEDI-VISNA
Profa Dra Masaio Mizuno Ishizuka1; Dr. Lúcio Oliveira Leite2; Dr. Otávio Diniz2
1 
Professora Titular
 Emérita de Epidemiologia de Doenças Infecciosas/FMVZ-USP; 2 CEDESA/CDA/SAA/SP
1. Conceituação:
Artrite Encefalite Caprina (CAE) e a Pneumonia Progressiva (evolução crônica) dos Ovinos
(MAEDI VISNA/MV) são infecções virais persistentes causadas por lentivírus intimamente
relacionados. Caracterizam-se mais freqüentemente por infecções e, portanto menor número de
casos de doença onde os animais permanecem como portadores por longo tempo em decorrência
da infecção persistente (2, 22, 24). A denominação MAEDI-VISNA origina-se da Islândia e
referem-se às duas manifestações clínicas quais sejam: MAEDI significa respiração laboriosa ou
dispnéia e associada à pneumonia intersticial progressiva e VISNA significa encolhimento ou
refugo (emagrecimento e caquexia).
2. Histórico:
MAEDI-VISNA: conhecida há mais de 50 anos e com diferentes denominações. As primeiras
descrições datam de 1915 na África do Sul (62) e posteriormente nos EUA (59). Entre 1933 e
1944, surgiu na Islândia uma doença de elevada transmissibilidade denominada MAEDI causando
elevadas perdas econômicas e comprometendo o comércio de animais. As investigações
decorrentes destes episódios permitiram verificar que o agente causal apresentava as
propriedades do vírus da leucoencefalomielite não purulenta também conhecida como VISNA que
acometia ovinos da Islândia. Atualmente considera-se que o MAEDI e VISNA são causados pelo
mesmo vírus diferenciando-se na manifestação clínica (92, 93). No Brasil, o 1º estudo sorológico
de MV foi no Rio Grande do Sul em 1995 (82, 90) e isolamento viral em 1997.
CAE: reconhecida pioneiramente em 1959 na Suíça em decorrência de manifestação clínica de
artrite crônica em caprinos adultos (91). Na Índia foram descritas manifestações clínicas
semelhantes ao MV em caprinos ( 81) e no Japão relatadas poliartrite crônica histologicamente
diagnosticadas (64). A 1ª hipótese sobre etiologia viral foi aventada e confirmada por
Weinhold,1974 por estudos em microscopia eletrônica em células do plexo coróide. Somente em
1980 foi reconhecida a etiologia viral da CAE, classificado como lentivírus da família Retroviridae e
denominado vírus da CAE (23,65). No Brasil, o 1º estudo sorológico foi no Rio Grande do Sul em
1986 e isolamento realizado por Hötzel, 1993 e Castro, 1999.
3. Distribuição geográfica e prevalência:
A doença inicialmente descrita na Islândia, foi posteriormente relatada na França, África do Sul,
Índia, Estados Unidos, Chile, Holanda, Alemanha.
No Brasil, MV e CAE foram relatadas no RS ; Bahia (5); Ceará (5), São Paulo e Minas Gerais (5,
13), Rio de Janeiro (5, 25), Pernambuco (13), Maranhão, Pará, Piauí, Paraná (90) e na Paraíba.
 Valores de freqüência de ocorrência em diferentes estados da União revelam:
São Paulo: 29,8% (615/2065) (33)
Bahia: 13,4% (215/1605) de caprinos de leite e corte dos quais 90,2% eram fêmeas e 89,8%
adultos (4) e 27,5% (211/768) segundo Assis, 1994.
Ceará: 1% (40/4019) dos caprinos e dentre os de leite, a ocorrência foi de 4,6% (37/810). (78) e
12,8% (15/157) segundo Assis, 1994.
Pernambuco: 17,6% (70/397) .
Minas Gerais: 33,3% (205/615), segundo Assis,1994.
Rio de Janeiro: 29,7% (30/101) segundo Assis,1994.; 22,9% (22/97) entre 1982 e 1988 e 10%
entre 1993 e 1994 (25).
4. Agente etiológico: o agente etiológico é um retrovírus de 60-100 nm de diâmetro. Pelas
características é semelhante ao oncornavírus e pertencente à subfamília Lentivirinae. Estudos
filogenéticos realizados comparando seqüência de nucleotídeos do vírus do MV (VMV) e do
CAE (VCAE) revelam claramente a importância epidemiológica de transmissão entre ovinos e
caprinos sem demonstração clara de que um vírus tenha se originado de outro (43, 54, 85,
94). Os VMV e VCAE compartilham semelhanças genéticas, mecanismo molecular de
replicação, morfologia e interações biológicas em seus hospedeiros e compõem um grupo
taxonômico espécie-específico com tropismo por células da linhagem monocítica-linfocitária e
causando infecção persistente prolongada (70). Ambos os vírus revelam prolongada
persistência no interior dos monócitos e macrófagos e um prolongado intervalo de tempo entre
o momento da infecção e o aparecimento de anticorpos em níveis detectáveis por provas
sorológicas.
Os lentivírus compartilham 3 características gerais relacionados com a persistência da
infecção: i) após a transcrição reversa do RNA viral nas células infectadas, o DNA resultante
(provírus) integra-se ao genoma da célula escapando dos mecanismos de defesa do
organismo do hospedeiro sem alterar a integridade do genoma; ii) os lentivírus replicam-se no
interior das celulas do sistema imunológico, normalmente responsáveis pela eliminação de
células infectadas e conseqüentemente o hospedeiro torna-se incapaz em eliminar o vírus e
além disso, a restrição da expressão viral sem produção de partículas virais, permite que
células infectadas escapem do sistema imune (11, 70); iii) os vírus apresentam alta taxa de
mutação durante o processo de replicação em decorrência de falhas da transcriptase reversa
em corrigir as novas seqüências de nucleotídeos culminando em variabilidade genética e
conseqüentemente fenotípica que favorecem o escape do sistema imune do hospedeiro (17).
O surgimento de variante genética influencia nas propriedades biológicas como persistência,
tropismo, capacidade de replicação, citopatogenicidade e desenvolvimento da doença (9,15,
49, 50). Neste dinâmica de mutação e replicação ocorre acúmulo de mutações que redunda
em coexistência de sub-populações de vírus heterogêneos originários de um mesmo genoma
ancestral. Além disso, a coexistência de mais de uma amostra viral num mesmo organismo
resulta em um ambiente favorável para recombinação genética (42).
Diferentes amostras têm sido obtidas em diversos países a partir de ovinos e caprinos e que
são genética e antigenicamente relacionados e os estudos filogenéticos tem revelado que
todas são classificadas em um mesmo grupo filogenético da amostra VCAE Cork (12, 43, 53,
55, 63, 94, 99).
Foram recentemente isolados no Brasil amostras de caprino que foram classificadas, por
caracterização molecular parcial do gene gag (58) e estudos filogenéticos dos genes pol e tat
(12), no mesmo grupo filogenético da amostra Maedi-Visna K1514. Esses achados sugerem a
transmissão de SRLV de caprinos para ovinos e vice-versa, como já foi demonstrado
experimentalmente (6, 73). Neste caso, havendo possibilidade de recombinação entre
amostras ovinas e caprinas cujas conseqüências são desconhecidas (12).
Resistência: apresenta baixa resistência quando no meio ambiente.
Cultivo: efeito citopático é observado depois de aproximadamente 14 dias em cultivo de
células do Plexus choreoideus de ovino ou em cultivo de células de traquéia e embrião bovino.
O vírus do MAEDI replica-se mais lentamente que o do VISNA.
Sensibilidade: ambos os vírus do MAEDI-VISNA são igualmente sensíveis ao éter,
clorofórmio, metaperiodato, tripsina, formol a 0,04%, luz UV, diferentes temperaturas e valores
de pH (5,1 – 9,4).
Infectividade: baixa havendo a necessidade de vários contactos entre animais fontes de
infecção e susceptíveis para que ocorra infecção deste último.
Patogenicidade : baixa, pois, apenas pequeno número de animais infectados revela sinais da
doença.
Letalidade: alta revelada pela mortalidade ou gravidade dos sinais clínicos.
Imunogenicidade/resposta imune: ambos os vírus apresentam poder imunogênico, i.é.
capacidade de despertar resposta imune, porém os anticorpos assim eliciados não tem
capacidade de limitar a infecção. Lentivírus induzem tanto resposta humoral quanto celular de
diferentes intensidades, mas que não protegem contra a infecção (7, 17). A primeira resposta
imune dirigida para a proteína do cápside (CA) é detectada por volta da terceira semana pós
infecção e por voltada quinta semana são elaborados anticorpos contra as demais proteínas
do nucleocápside (NC), matriz ( MA), glicoproteína transmembranária( TM) e glicoproteína de
superfície (SU) (19). Os anticorpos neutralizantes para SU são produzidos tardiamente,
apresentam baixa afinidade por seu antígeno homólogo e presentes em quantidade
insuficiente de forma que não interrompem o ciclo de replicação viral (7, 17, 44, 67). A
habilidade de induzir a produção de anticorpos neutralizantes é uma característica que
distingue os VCAE e VMV. O VMV induz prontamente a produção de anticorpos
neutralizantes, o que não ocorre em infecções pelo CAEV (70).
Na resposta celular ocorre proliferação de linfócitos T CD4+ (83) e T CD8+ (8,56) que são
responsáveis pela destruição de células infectadas e portanto expressam o provírus (células
infectadas latentemente). Os anticorpos passivos adquiridos pela ingestão de colostro
persistem em níveis detectáveis no soro de cabritos e cordeiros por menos de seis meses (2,
28, 57).
5. Importância econômica e em saúde pública: as perdas são decorrentes da diminuição da
produtividade e da mortalidade e forte limitador do comércio internacional por tratar-se de
barreira sanitária. Não é zoonose e, portanto, desprovida de importância em saúde pública.
Nos países onde as prevalências são mais elevadas e a ovino e caprinocultura são mais
tecnificadas (OIE/FAO 1997), as perdas econômicas são decorrentes da diminuição da vida
produtiva e da produção leiteira, predisposição da glândula mamária às infecções bacterianas,
retardo no crescimento das crias, desvalorização comercial dos produtos e despesas com
programas de controle (19, 34, 76).
6. Hospedeiros: ovinos e caprinos são os hospedeiros do VMV e apenas as cabras são
hospedeiros do VCAE. Existem linhagem de caprinos resistentes ao CAE e que são aqueles
que possuem alelos específicos do antígeno leucocitário (86).
7. Fatores predisponentes: o MAEDI encontra-se mais disseminada em criações extensivas
que nas intensivas. Nos estados brasileiros onde a CAE tem sido estudada, observa-se maior
prevalência em rebanhos leiteiros formados pela importação de raças exóticas como a Anglo
Nubiana, Saanem, Parda Alpina e Toggenburg e seus cruzamentos.
8. Patogenia:
Os lentivírus penetram no organismo dos animais susceptíveis geralmente por via oral ou
respiratória, caem na circulação sanguínea e infectam as células do sistema monocítico-
fagocitário, determinando a infecção persistente do hospedeiro. A persistência ocorre porque:
i) os monócitos contendo provírus integrado em seu genoma não são detectados pelo sistema
imune pois a expressão do gene viral só é ativada quando os monócitos maturam para
macrófagos (10); ii) infectam persistentemente macrófagos, sem causar lise celular, podendo
disseminar o vírus no próprio hospedeiro, sem a produção de partículas virais, através do
contato com outras células (66); iii) interrupção do ciclo viral (14); iv) replicação de variantes
antigênicos na presença de anticorpos neutralizantes (16, 60); v) produção insuficiente de
anticorpos neutralizantes e produção de interferon, que diminui o taxa de replicação e favorece
a persistência do estímulo antigênico (7, 17, 45, 67, 101). Por outro lado, a presença de ácido
siálico na superfície da partícula viral, o que dificulta a ação dos anticorpos neutralizantes , e a
alta mutabilidade do agente que pode resultar em variantes antigênicas, funcionam como
mecanismos de escape da resposta celular e humoral (17, 46, 56).
Anticorpos e citocinas surgem tão logo inicia a replicação e participam diretamente do
desenvolvimento das alterações imunopatológicas observadas nos órgãos de eleição (31, 51).
A produção contínua de partículas virais e sua interação (na forma de proteína livre ou
expressa na célula durante a infecção) com os anticorpos formando imunocomplexos,
contribuem para a evolução da doença (7, 10, 46, 61, 77). Pelo exposto, verifica-se que a
maioria das alterações patológicas são indiretamente mediadas pela resposta imune do
hospedeiro, resultado da alteração da atividade ou produção de citocinas (IL-1 e TNF) pelos
monócitos (96). Finalmente, a freqüência e a severidade das lesões parecem estar associadas
a fatores do genoma do hospedeiro (18, 32, 86) e da amostra viral (15, 50).
Maedi e Visna apresentam longo período de incubação chegando a vários anos e durante
esse período, os efeitos degenerativos dos vírus são observados no organismo dos animais
infectados, razão pela qual muitos autores preferem denominar de período de latência e não
período de incubação. Ambas as doenças podem estar presentes simultaneamente ou
isoladamente em um mesmo animal, apresentam evolução lenta e progressiva culminando
para a morte. O vírus penetra no organismo do susceptível pela mucosa nasal ou oral
contidos em aerossóis e colostro/leite, dissemina-se por diferentes órgãos além dos pulmões e
cérebro como evidenciado pelas reações linfocitárias mais ou menos extensas e
reconhecidamente é uma doença do sistema linforeticular. Anticorpos surgem tardiamente e
aumentam em título também lentamente, mas a reposta celular em órgãos afetados como
pulmões, as lesões são permanentes e difusas com proliferação de células linforeticulares
chegando a atingir os alvéolos pulmonares comprometendo as trocas gasosas.
Os pulmões afetados não se colapsam quando retirados do tórax, mas apresentam marcas
das vértebras em suas superfícies. Pulmões e os respectivos linfonodos encontram-se
aumentados de volume (2-3 vezes o tamanho normal). As lesões estão uniformemente
distribuídas pelo tecido pulmonar, i.é. uniformemente descoloradas ou com manchas marrom-
acinzentadas e com textura firme. Mamas afetadas encontram-se uniformemente endurecidas
e aumento de volume dos linfonodos relacionados.
CAE apresenta também longo período de incubação e as lesões se instalam em tecidos
específicos como articulações, pulmões, SNC e glândulas mamárias devido ao tropismo do
vírus por células da linhagem monocítico-fagocitária. A infecção ocorre cedo na vida dos
animais pela ingestão de colostro e/ou leite contaminado.
9. Diagnóstico Clínico de Lentivirose: A infecção por lentivirus, via de regra é persistente e
assintomática, mas pode causar doença acometendo simultaneamente em vários órgãos cuja
evolução é geralmente crônica e de agravamento progressivo das lesões causando perda de
peso e debilidade até a morte. Do ponto de vista clínico e anatomohistopatológico, as
apresentações clínicas das lentiviroses tem sido classificada em quatro formas básicas:
nervosa, artrítica, respiratória e mamária (30, 68, 76). A freqüência de ocorrência e gravidade
da manifestação clínica variam, mas, as lesões mantém suas características tanto em
caprinos como ovinos (30, 65). Ocasionalmente ocorrem, em animais soropositivos, alterações
inflamatórias nos rins, proliferação de células linfóides no baço e linfonodos (34) e infiltrações
mononucleares do endométrio (3).
Diagnóstico clínico de MAEDI-VISNA: O período de incubação é superior a 1 ano e a
doença é detectada em ovinos de mais de 2 anos de idade. Doença de manifestação
pulmonar em ovinos e raramente caprinos e a gravidade é maior entre ovinos quando
comparado ao caprino. São observados tosse, dispnéia (após exercícios físicos), taquipnéia,
consolidação pulmonar, som úmido à auscultação e comprometimento do estado geral (28, 68,
75).
A forma nervosa é pouco importante, tendo sido relatada em ovinos adultos, geralmente como
complicação da forma respiratória (20, 68). Os animais, mesmo mantendo o apetite e estado
ativo, apresentam ataxia e paresia uni ou bilateral dos membros posteriores, que evolui para
tetraparesia (21, 28, 68, 71). As lesões microscópicas são de meningoencefalomielite e
desmielinização (20, 21, 28, 34, 71).
Pneumonia intersticial progressiva: dispnéia lenta e progressiva em intensidade
acompanhada de enfraquecimento, debilidade generalizada e caquexia. A sintomatologiase
agrava com as mudanças de temperatura ambiental ou em decorrência de sobrecarga
corporal ou estresse como caminhadas longas. A tosse, quando observada é seca e a
temperatura corpórea e pulsação permanecem dentro dos limites normais. Um recurso útil
para auxiliar no diagnóstico, consiste em provocar caminhada rápida dos animais e examinar
aqueles que se atrasaram incluindo no exame clínico a observação de tosse e freqüência
respiratória. Em adultas observa-se quadro de mastite com endurecimento do tecido mamário.
Diagnóstico diferencial: difícil de se diferenciar da adenomatose pulmonar que se
caracteriza por tosse úmida. Não esquecer de doenças crônicas como a paratuberculose e
verminose pulmonar e gástrica.
Diagnóstico clínico de CAE: menos importante que a forma pulmonar e mais comum em
ovinos adultos, geralmente como complicação da forma respiratória (20, 68), e em cabritos, de
um a quatro meses de idade (21) ou, mais raramente, em caprinos mais velhos, em
associação com a artrítica (24, 71). Os animais, mesmo mantendo o apetite e estado ativo,
apresentam ataxia e paresia uni ou bilateral dos membros posteriores, que evolui para
tetraparesia (21, 28, 68, 71). Doença igualmente de evolução lenta e progressiva que se inicia
com andar cambaleante, movimento desordenado dos lábios e deslocamentos laterais da
cabeça e posteriormente surgem paresias e paralisias. O diagnóstico consiste em examinar o
rebanho em descanso para observar o movimento da cabeça, para em seguida provocar
movimentação dos animais com caminhadas rápidas para observá-los em marcha. A
freqüência de ocorrência num determinado momento é sempre baixa. A doença tem duração
variando de várias semanas a até 2 anos e um rebanho que tenha recebido animais
infectados, a infecção persiste por 4-5 anos.
A forma mais importante é a artrítica que se manifesta em animais com mais de oito meses de
idade (24, 34). As articulações mais afetadas são as carpianas que manifestam aumento na
consistência e no volume (24, 28, 34, 72). Portanto, o 1º sinal clínico é de poliartrite crônica
com sinovite e bursite. Ao exame macro e microscópico observam-se lesões típicas de
processos degenerativos e inflamatórios, que afetam os tecidos conjuntivos periarticulares,
bolsas sinoviais, tendões e bainhas tendinosas (28, 69, 75, 97,98).
 A forma mamária é freqüente e com grande significado econômico em face do
comprometimento da produção leiteira e predisposição a infecções secundárias da glândula
mamária (52, 89). As cabras afetadas apresentam mamite aguda ou crônica. A aguda é
observada no início da lactação, havendo endurecimento não edematoso do órgão, com
reduzida ou nula produção de leite (76). A crônica, também comum entre as ovelhas, instala-
se durante a lactação com assimetria e endurecimento da mama e leite de aspecto normal
(28, 73, 76). Nas duas formas há hipertrofia persistente dos linfonodos retromamários e,
histologicamente, observa-se mamite intersticial com presença de nódulos linfóides (28, 72,
75, 76).
Encefalite é observada mais freqüentemente em animais jovens entre 2-6 meses de idade.
Quando da suspeita de CAE ou MV em decorrência da manifestação clínica, a confirmação
pode ser conduzida pela combinação da avaliação clínica e sorologia. Quando necessário,
recorrer ao exame histopatológico de tecido apropriado recolhido durante necrópsia.
9.2 Diagnóstico Laboratorial:
Colheita amostras:
Maedi-Visna: enviar fragmentos de pulmão e glândula mamária para o diagnóstico de,
respectivamente, pneumonia intersticial e mastite indurativa.
CAE: enviar fragmentos de cérebro e medula espinal (meningoencefalite), glândula mamária
(mastite indurativa), articulações e sinóvia de articulações afetadas e de rim (vasculite)
(2, 23, 27, 72, 73). Materiais obtidos de animais vivos que pode ser enviado ao
laboratório para isolamento viral são: sangue periférico, leite e quando possível líquido
sinovial.
Diagnóstico laboratorial Direto:
Identificação dos agentes etiológicos: isolamento e identificação dos VCAE e do VMV
não são realizados na rotina de diagnóstico dessas doenças. Em face da natureza de
infecção persistente, o estabelecimento da condição de soro reagente é suficiente para a
identificação de portadores. Ressalte-se que, sendo a infecção causada por um Lentivírus,
a soro-conversão é tardia e muitos animais poderão ser falso negativos. VCAE e do VMV
podem ser isolados a partir de animal vivo ou de material de necrópsia.
Isolamento a partir de animal vivo do Vírus do MAEDI-VISNA: o DNA do pró-vírus do
VMV é carreado pelos monócitos circulantes e macrófagos teciduais. Portanto, o
isolamento viral depende de leucócitos obtidos assepticamente a partir de sangue
periférico (com anticoagulante) ou leite e cultivo em células indicadoras. Células
indicadoras mais comuns são de cultivo primário de célula de feto ou recém nascido de
ovino (células de Sheep Recogniz Plexus/SRP) e com passagem sucessiva por 3-4 vezes
para armazenagem em nitrogênio líquido.
Isolamento a partir de animal vivo do Vírus da CAE : aplica-se o mesmo princípio
relatado para VMV. Originariamente, o VCAE fora isolado a partir de membrana sinovial
removido de caprinos com artrite (23). De caprino vivo pode-se isolar a partir de sangue
periférico, leite e possivelmente de liquido sinovial aspirado. Como célula indicadora tem-
se a própria célula de membrana sinovial e diante da suspeita de efeito citopático,
recomenda-se aplicar testes para detecção de antígeno viral.
Isolamento a partir de material de necrópsia do Vírus da CAE e do VMV: amostras de
tecido de suspeição são assepticamente obtidas e de preferência à fresco (pulmão,
membrana sinovial, glândula mamária etc) e colocadas em HBSS ou meio de cultivo
celular e transferidas para uma placa de Petri para cortar em pequenos fragmentos com
auxílio de lamina de bisturi e finalmente transferidos 20-25 fragmentos para frascos de 25
ml com auxílio de pipeta Pasteur.
Método de reconhecimento de ácido nucléico:
Os procedimentos mais indicados para detecção e reconhecimento de seqüência de ácido
nucléico específico interno ao provirus do VCAE e do VMV a reação de cadeia de
polimerase (PCR) seguida da Southern blotting e reconhecimento in situ (41). Estes
métodos moleculares vêm sendo cada vez mais utilizados em laboratório de rotina para
fins de programas de erradicação complementando a sorologia principalmente naqueles
casos em que ano se pode diagnosticar definitivamente a infecção com base em
procedimento sorológico (48).
Anatomopatológico:
MAEDI-VISNA: À necrópsia observam-se aderências pleurais, pulmões pesados e firmes à
palpação e áreas de coloração róseo-acinzentadas (28, 68, 75, 76). Os achados
histopatológicos são de pneumonia intersticial e broncointersticial (28, 68, 75, 76) e
pulmões revelam perdem o desenho dos lóbulos a despeito de uma predileção do vírus
pela região do ílio. Os pulmões tornam-se mais pesados chegando a 800-1800g em
contraposição aos 300-500g de pulmões normais. O aumento de volume está
homogeneamente distribuído e não se retração quando da abertura da cavidade torácica e
retirada dos mesmos. A consistência é compacta e o aspecto gamosa.
CAE: lesões típicas de caráter degenerativo e inflamatório afetando os tecidos conjuntivos
periarticulares, bolsas sinoviais, tendões e bainhas tendinosas (28, 69, 75, 97).
Histopatológico:
MAEDI-VISNA
Pneumonia intersticial: reação intersticial com espessamento difuso interalveolar,
mononuclear e com formação de folículos. Ocorre perda de tecido elástico, hipertrofia de
tecido muscular liso interalveolar e hiperplasia de linfonodos. Alvéolos, de forma geral,
apresentam simples descamação ou migração leucocitária e somente em casos muito
graves se observa epitelização de alvéolos.
Forma nervosa/leucoencefalomielite: Na meningite não purulenta na medula espinal e
nas meninges basais ocorre pleocitose no líquido cefaloraquidiano. Observa-se infiltração
perivasculargeneralizada com presença de células arredondadas e fibrose da piamaster.
A glia revela proliferação periependimária acompanhada de infiltrado vascular que se inicia
na medula espinal e prossegue para o corpo caloso (Ammon, hipotálamo e quarto
ventrículo). Corte cerebral não são afetados. O infiltrado amarelado é abundante
culminando com a destruição da substancia branca e desmielizaçao localizada próximo ao
ependimo ou das meninges basais. Nas reações generalizadas caracterizadas por
infiltrado perivascular, os locais mais afetados são os rins, úberes e linfonodos. O
diagnóstico clínico, não sendo definitivo, depende do exame do líquido cefaloraquidiano de
histopastológico. No quadro de VISNA, o exame do líquido cefaloraquidiano revela
pleocitose inclusive na fase de latência (até 2.000 células/mm3). O prognóstico para os
doentes é sempre fatal.
Diagnóstico Laboratorial Indireto:
A sorologia para detecção de anticorpos é um valioso instrumento de diagnóstico de
portadores por se tratar de infecções causadas por vírus lentos. Os VCAE e VMV são
indistinguíveis quando submetidos a provas que empregam antisoros policlonais, mas o
comportamento de cada um frente a provas sorológicas é diferente. Assim, anticorpos
contra VCAE é detectado depois de 60 dias da infecção.. Os procedimentos mais usados
são os de Imunodifusão em Gel de Agar (IDGA) (26, 29, 87) e ELISA (enzyme-linked
immunosorbent assay) (39, 40, 100). A IDGA é específica, reprodutível e prática, mas
exige experiência para realizar a leitura. A ELISA é econômica e pode ser automatizado
tornando-a recomendável para triagem de gande número de soros. A sensibilidade e
especificidade da ELISA dependem da qualidade do antígeno utilizado. No caso de CAE e
MV, a produção de antígeno adequado tem limitado seu uso na rotina de diagnóstico, mas
estão surgindo métodos de ELISA modificados como aquele que emprega antígeno
protéico recombinante (79, 84), métodos de sanduíche com duplo anticorpo e anticorpos
monoclonais (40) que se mostram promissores para aplicação em larga escala. Protocolo
de ELISA vem sendo utilizado por muitos anos em certos países europeus em protocolos
de controle e erradicação de MV em ovinos (74) e CAE em caprinos. Mesmo assim, a
IDGA permanece sendo a prova mais frequentemente empregada.
IDGA: existem 2 antígenos virias de CAE e MV de importância em sorologia sendo um
deles preparado a partir de glicoproteina de envelope viral (gp135) e de nucleoproteína
(p28). É importante reconhecer que a sensibilidade do teste de IDGA para detecção de
anticorpos anti-CAE depende do antígeno empregado (1, 47), assim, a prova com o
antígeno de gp135 apresenta sensibilidade substancialmente superior ao que emprega
p28 (1). A IDGA para CAE é cerca de 35 % superior ao de MV empregando mesmo
antígeno e quando comparado com a prova de imunoprecipitaçao.
ELISA (prescrito para comercio internacional): existem vários protocolos da prova de
ELISA. Até o presente momento, são empregados testes que usam como antígeno, vírus
completo purificado e que indica ser a opção mais prática para diagnóstico de rotina (37,
87, 100). A prova de ELISA pode ser aplicada em leite, mas apresenta limitações em face
do baixo título de anticorpos no leite (aproximadamente 10% da concentração no soro),
uma redução substancial da sensibilidade além do que se poderia admitir (47). Com a
transmissão do VCAE é transplacentária e pelo leite, o teste de leite para detectar
anticorpos anti VCAE ou VMV podem não ser oportunos na prevenção da infecção (48).
Recentemente foi descrita prova de ELISA de competição (C-ELISA) para detecção de
anticorpo anti gp135 do VCAE (36,37) e que tem sido empregada também para MV (36).
Esta prova emprega anticorpos monoclonais (Mab 74A) que se une ao epitopo
conformacional da gp135 do VCAE.
A prova de ELISA tem sido utilizada naqueles laboratórios que dispõem de suficiente
equipamento (por ex. espectrofotômetro) e reagente. Ressalte-se que para exames em
larga escala como é o caso particular do diagnóstico veterinário é importante que se
disponha de procedimentos de fácil execução.
10 Cadeia epidemiológica:
MAEDI-VISNA
a. Fonte de Infecção: principalmente portador em incubação, portador são e doente. O
período de transmissibilidade é prolongado com duração de muitos anos (2, 24).
b. Via de eliminação: secreção nasal, sangue, leite, sêmen e menos frequentemente por
saliva e secreção faringiana ricas em células do sistema monocítico fagocitário.
c. Via de transmissão: por aerossóis (gotículas de Flügge) decorrentes da tosse, fômites
(agulhas, tesouras etc) contaminados com sangue e raramente por via transplacentária.
Não está comprovada a participação de artrópodes como vetor biológico.
CAE: pouco se sabe a respeito da cadeia de transmissão destra doença. Assim, tem-se:
a. Fonte de Infecção: portadores em incubação, portador são e doente.
b. Vias de eliminação: leite/colostro, sangue, fômites e eventualmente (não comprovado)
por contacto entre animais.
c. Vias de transmissão: leite e objetos contaminados (agulha, tesoura, material cirúrgico
etc).
d. Porta de entrada: mucosa oral
e. Susceptível: animais jovens (lactentes)
11 Profilaxia:
MAEDI-VISNA: não existem nem medicamentos nem vacinas para esta doença. Na Islândia, a
doença foi erradicada à custa de sacrifício obrigatório de casos clínicos e monitoria de rebanhos
afetados. Outros países introduziram rigorosas medidas preventivas impedindo a importação de
animais de áreas afetadas. Estratégia de sorologia e sacrifício talvez seja útil em países ou
rebanhos com baixa prevalência.
a. Medidas relativas às fontes de infecção: não existe tratamento. Diante de suspeita de
MV por evidencias clínicas ou anátomo/histopatológico, sacrificar todos os doentes e
proceder à investigação sorológica dos remanescentes. Em rebanhos de elevada
prevalência e com animais de alto valor genético, isolar os animais sorologicamente
positivos e apartar das mães positivas os recém nascidos imediatamente antes da
ingestão de colostro. Repetir sorologia a cada 4-6 meses e retirar progressivamente os
reagentes até o saneamento total do rebanho que será declarado livre depois de 2 anos
sem aparecimento de nenhum caso novo e poderão ser certificados como propriedade
livre de MV.
Área ou território endêmico: submeter à investigação sorológica todos os rebanhos e ir
eliminando os sororeagentes. Vigilância de movimentação de animais, o comércio de
reprodutores positivos. Assim programas oficiais baseiam-se na identificação e
sacrifício/isolamento de animais reagentes e controle do movimento da animais.
b. Medidas relativas às vias de transmissão: recomendado emprego de fômites e
equipamentos lavados e esterilizados, semem de animais sabidamente negativos pela
sorologia.
c. Medidas relativas aos susceptíveis: adquirir animais sabidamente negativos. Países
indenes adquirem animais de países igualmente indenes e que sejam portadores de
atestado negativo sorologicamente. Rebanhos soronegativos são aqueles que forneceram
resultados sorológicos negativos por 2 anos consecutivos comprovado pela sorologia
individual repetida a cada 4-6 meses. Recém nascidos de mães sororeagentes devem ser
enviados para rebanhos ou instalações livres, alimentados com colostro de fêmeas
negativas e isentas de leucose bovina.
CAE: admitindo os conhecimentos existentes acerca da cadeia epidemiológica da CAE, pode-se
recomendar:
a. Medidas relativas às fontes de infecção: identificação por sorologia e separação ou
eliminação dos animais sororeagentes. Investigação epidemiológica dos remanescentes.
Manter rebanhos positivos sob vigilância principalmente quanto à entrada e saída de
animais.
b. Medidas relativas às vias de transmissão: lavagem e esterilização de objetos
utilizados na lida dos animais porque podem estar contaminados com secreções e
excreções especificadas como vias de eliminação.
c. Medidas relativas aos susceptíveis: separação dos recémnascidos antes que
mamem colostro e criá-los em separado com colostro e leite (previamente submetidos
ao calor para inativação de eventual vírus presente) de animais sabidamente negativas
ou com leite em pó ou de vaca.
d. Medidas relativas aos contactos ou comunicantes: separação e/ou eliminação foi
utilizado na Islândia em seu programa de erradicação. Atuais programas não
mencionam ações relativamente aos comunicantes
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