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Por que a inflação é um problema? A inflação acarreta distorções, principalmente sobre a distribuição da renda, sobre as expectativas dos agentes econômicos, sobre o mercado de capitais, sobre o balanço de pagamentos, e acaba afetando o crescimento econômico do país. Introdução à Economia “Resumo Macroenomia” Macroeconomia: estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: renda e produto nacionais, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio. A Macroeconomia trata o mercado de bens e serviços como um todo, assim como o mercado de trabalho. Análise de curto prazo: questões conjunturais, como desemprego e inflação. Análise de longo prazo: “teoria do desenvolvimento (distribuição de renda) e crescimento econômico”, questões estruturais (políticas cujos efeitos demandam maior de tempo para apresentarem resultados). Objetivos de política macroeconômica: 1. alto nível de emprego; 2. estabilidade de preços; 3. distribuição de renda socialmente justa; 4. crescimento econômico. • Alto nível de emprego: “Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda” forneceu aos governantes os instrumentos necessários para que a economia recuperasse seu nível de emprego potencial ao longo do tempo. • Distribuição equitativa de renda: economia brasileira + cresceu entre 1930-1980. Disparidade muito acentuada de nível de renda, tanto entre diferentes grupos socioeconômicos como entre as regiões brasileiras. Há ferimento do sentido de equidade ou justiça social. “Teoria do bolo”: primeiro crescer pra depois distribuir. Necessidade de mão de obra qualificada (escassa) ganhos maiores do que os menos qualificados e principal determinante da piora distributiva. • Estabilidade de preços: é o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. Condições inflacionárias são inerentes ao próprio processo de crescimento econômico (estágios mais avançados) e são concomitantes com elevações no nível geral de preços = piores distribuições de renda. Estabilidade do comportamento do nível geral de preços = crescimento contínuo e sustentável/justa distribuição de renda. inflação Políticas de estabilização: Preocupação central questões relativas ao emprego e à inflação. Equilíbrio no balanço de pagamentos (equilíbrio externo): meta. • Crescimento econômico (crescimento da renda nacional per capita): “produto potencial”: limite à quantidade que se pode produzir com a tecnologia e os recursos disponíveis. o Crescimento econômico em longo prazo (elevar o produto potencial): a) ou um aumento nos recursos disponíveis b) ou um avanço tecnológico. Renda per capita: colocar à disposição da coletividade quantidade de mercadorias e serviços que supera o crescimento populacional. Razoável indicador – o mais operacional – afere a melhoria do padrão de vida da população. Dilemas de política econômica: (Trade Off 2003 e Plano Real) Crescimento e equidade distributiva: conflitantes - fator educacional - maioria da mão de obra com baixa qualificação e com baixos rendimentos. Metas de redução de desemprego e a estabilidade de preços: conflitantes: Alta taxa de empregabilidade -> plena utilização de recursos/aumento de preços - controle de consumo pra não haver inflação. Desemprego -> taxas de inflação cedem – desovar estoques acumulados – sindicatos: manutenção do emprego Medidas anti-inflacionárias: elevação dos juros, redução do crédito, redução dos gastos públicos, Estabilização dos preços -> melhoria no poder aquisitivo das classes trabalhadoras. Instrumentos de política macroeconômica: atuação do governo sobre a capacidade produtiva (oferta agregada) e as despesas planejadas (demanda agregada). Objetivo: permitir que a economia opere a pleno emprego, com baixas taxas de inflação, com distribuição de renda justa, e cresça de forma contínua e sustentável. Principais instrumentos: políticas fiscal, monetária, cambial e comercial, e de rendas. • Política fiscal: arrecadar tributos (política tributária) / controlar despesas (política de gastos). mais eficácia quando o objetivo é uma melhoria na distribuição de renda. ▪ Estimular (ou inibir) os gastos de consumo do setor privado: manipulação da estrutura e alíquotas de impostos. ▪ Reduzir inflação: diminuição de gastos públicos e/ou o aumento da carga tributária (o que inibe o consumo) Princípio da anterioridade (princípio da anualidade). • Política monetária: atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos existentes na economia: emissões, reservas compulsórias (percentual depósitos bancos comerciais -> BC), open market (compra e venda de títulos públicos), redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais), regulamentação sobre crédito e taxa de juros. Pode ser implementada após sua aprovação, decisões diretas. ▪ controle da inflação: medida política monetária -> diminuir (“enxugar”) o estoque monetário da economia (por exemplo, aumento da taxa de juros, aumento das reservas compulsórias ou venda de títulos no open market). ▪ Crescimento econômico: o inverso -> redução da taxa de juros e da taxa de compulsório, compra de títulos no open market, aumentando a liquidez da economia. • Políticas cambial e comercial: setores externos da economia ▪ Cambial (autoridades monetárias): atuação do governo sobre a taxa de câmbio. (Regime de taxas fixas / regime de taxas flutuantes de câmbio). ▪ Comercial (Ministério Planejamento/Relações Exteriores): estímulos fiscais, creditícios e as exportações. Controle das importações (estímulo/desestímulo). • Política de rendas: intervenção direta do governo na formação de renda (salários, aluguéis) com o controle e congelamento de preços (os agentes econômicos não podem responder às influências econômicas normais do mercado). Estrutura de análise macroeconômica: “Parte Real” • Mercado de bens e serviços: determina o nível de produção agregada, bem como o nível geral de preços. • Mercado de trabalho: determina a taxa de salários e o nível geral de emprego. “Parte Monetária” • Mercado monetário: supõe-se a existência de uma demanda de e de uma oferta de moeda, determinada pelas autoridades monetárias e pela atuação dos bancos comerciais. Determinam a taxa de juros. Estoque de moeda (meios de pagamentos). • Mercado de títulos: Analisa o papel de agentes econômicos superavitários e deficitários e como interagem. Superavitários (nível de gastos inferior ao volume de renda) efetuam empréstimos para os deficitários (nível de gastos superior ao nível de renda). Variável de mercado = preço dos títulos. • Mercado de divisas: A oferta de divisas depende das ex- portações e da entrada de capitais financeiros, enquanto a demanda de divisas é determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro. Variável de mercado = taxa de câmbio PIB: é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas. O PIB mede apenas os bens e serviços finais para evitar dupla contagem e são medidos no preço em que chegam ao consumidor levando em consideração os impostos sobre os produtos comercializados. Trata-se de um indicador de fluxo de novos bens e serviços finais produzidos durante um período. Se um país não produzir nada em um ano, o seu PIB será nulo.
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