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UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa ECA – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Fernando de Moraes Mihalik - 1 - UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa EESSTTRRUUTTUURRAASS DDEE CCOONNCCRREETTOO AARRMMAADDOO EECCAA NNOOTTAASS DDEE AAUULLAA -- 0022 CCRRIITTÉÉRRIIOOSS BBÁÁSSIICCOOSS DDEE EESSTTRRUUTTUURRAAÇÇÃÃOO UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa ECA – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Fernando de Moraes Mihalik - 2 - NA_02/2004 EESSTTRRUUTTUURRAASS NNOOTTAASS DDEE AAUULLAA -- PPAARRTTEE 22 CCRRIITTÉÉRRIIOOSS BBÁÁSSIICCOOSS DDEE EESSTTRRUUTTUURRAAÇÇÃÃOO 1. DADOS NECESSÁRIOS PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO ESTRUTURAL - Projeto de Arquitetura Definição das áreas, dimensões e níveis Definição dos usos (cargas acidentais) Definição dos materiais (cargas permanentes) - Levantamento Topográfico Levantamento Planialtimétrico – dados da topografia e geometria do terreno, níveis (do terreno e dos vizinhos), interferências, particularidades. - Prospeções do Subsolo Sondagens – geralmente à percussão, para caracterização do subsolo: camadas, suas capacidades de resistência, nível do lençol freático. Definição do método construtivo a ser usado Determinação do tipo de fundação a ser utilizada. Assessoria de especialista em geotecnia e fundações. 2. DOCUMENTOS QUE COMPÕEM O PROJETO ESTRUTURAL - Memória de Cálculo (ou Memorial de Cálculo) Critérios de Projeto Adotados (materiais, normas utilizadas, e considerações de projeto adotadas) Seqüência de cálculos efetuados - Desenhos Locação de Pilares e Planta de Cargas (fornecem subsídios para locação da obra e determinação das características da fundação) Desenhos de Formas (apresentam a forma da estrutura após sua execução, ou seja, a sua geometria - fornecem subsídios para a execução das formas na obra, e troca de informações com as áreas envolvidas no projeto – arquitetura e instalações) Desenhos de Armação (apresentam todos os detalhes das armaduras a serem utilizadas nos elementos estruturais - fornecem os dados para a execução e montagem das armaduras na obra) UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa ECA – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Fernando de Moraes Mihalik - 3 - Desenhos Específicos (às vezes necessários para complementar informações e esclarecimentos adicionais – por exemplo, desenhos de seqüência construtiva, desenhos de montagem de peças estruturais, detalhes locais ligados à drenagem, cuidados especiais, etc) - Memorial Descritivo (ou Memorial Justificativo) Texto descrevendo de forma sucinta o funcionamento da estrutura e a justificativa da adoção da tipologia estrutural naquele projeto e de sua metodologia executiva. - Especificações Técnicas Texto descrevendo as características técnicas a serem observadas para a execução da estruturas – amparadas por especificações presentes nas normas técnicas brasileiras ou estrangeiras. - Planilhas de Quantidades Quadro resumo das quantidades de materiais e serviços a serem consumidos, de forma a possibilitar o orçamento da estrutura. 3. DESENHOS DE FORMAS Devem apresentar todos os detalhes necessários à compreensão das formas da estrutura - para a troca de informações e para a execução das formas para a obra. Identificam todos os elementos estruturais através de suas numerações - vigas(V), lajes(L), pilares (P), tirantes (T), blocos (B ou BL), sapatas (S), etc. Indicam basicamente apenas os elementos estruturais – não apresentam detalhes de arquitetura como paredes(a menos que seja necessário), janelas, portas, etc. A planta de formas representa uma vista inferior da estrutura. Portanto as arestas visíveis pela parte inferior aparecem em linha contínua; as arestas não visíveis por baixo aparecem como linhas tracejadas. Os pilares aparecem como se estivessem cortados, ou seja, com as linhas de contorno mais grossas. É aconselhável a apresentação de uma legenda para pilares que morrem, seguem ou nascem. Além do desenho em planta, as informações devem ser complementadas com cortes e detalhes. O uso de cortes rebatidos na própria estrutura é muito comum e simplifica a compreensão. Critérios Gerais e Convenções: Dimensões dos elementos estruturais: Lajes – espessura = h Vigas – base / altura ou base x altura (da seção transversal) Pilares - base / altura ou base x altura (da seção transversal) UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa ECA – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Fernando de Moraes Mihalik - 4 - Detalhes, Abertura em lajes, Numeração dos elementos, Legenda para pilares, Critérios para cortes rebatidos e indicação de rebaixos. 4. CRITÉRIOS BÁSICOS DE ESTRUTURAÇÃO PARA EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS E COMERCIAIS (Esses critérios servem como referência, e os limites aqui apresentados são orientativos, e deve existir certa flexibilidade nas definições das dimensões.) Mais comentários: Ver livro de Yopanan Rebello: A Concepção Estrutural e a Arquitetura, Editora Zigurate. - As lajes existem aonde houver piso. - As vigas devem estar posicionadas preferivelmente nas extremidades da edificação em planta e nas laterais de aberturas, como poços de elevador e escadas; além destas devem ser colocadas mais vigas, de modo a diminuir os vãos das lajes; a distância entre duas vigas paralelas deve ficar preferivelmente entre 3 e 6 metros. - As vigas devem ser locadas de forma que resultem em panos de laje de mesma ordem de grandeza. - Os pilares devem ser posicionados preferivelmente sem descontinuidade, da fundação até a cobertura, evitando-se sempre que possível a utilização de vigas de transição. - É preferível o posicionamento dos pilares próximos aos cantos da estrutura; outros pilares devem ser colocados, para não deixar grandes os vãos das vigas; as distâncias entre pilares devem ficar na faixa de 4 a 6 metros, e eles devem estar colocados preferivelmente nos cruzamentos de vigas. - A locação dos pilares deve buscar vigas com vãos da mesma ordem de grandeza. Diferenças de até 20% nos vãos adjacentes de vigas são consideradas econômicas. - Não há obrigatoriedade da colocação de pilares em todos os cruzamentos de vigas. Vigas podem estar se apoiando em outras vigas, e os esquemas estruturais das vigas devem estar perfeitamente determinados, sem a ocorrência de vigas hipostáticas. - Para saber qual viga está se apoiando e qual está recebendo a carga, analisa-se primeiro seus esquemas estáticos; caso ainda haja dúvidas, calcula-se a rigidez de cada viga – a que tiver maior rigidez tem mais condições de receber a carga, e a outra deverá se apoiar nela. - As estruturas das escadas geralmente são analisadas à parte, embora possam ser consideradas lajes inclinadas apoiadas nos níveis superior, inferior e intermediário, e em vigas e pilaretes de escada ou nos próprios pilares do edifício. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa ECA – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Fernando de Moraes Mihalik - 5 - 5. PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE LAJES, VIGAS E PILARES (Os critérios aqui apresentados valem para os casos gerais sem cargas elevadas ou materiais de elevada resistência; as dimensões das peças podem ser ajustadas, mas a ordem de grandeza deve ser respeitada.) 5.1. Lajes maciças moldadas no local, retangulares em planta, apoiadas nos 4 lados Espessura da laje (h) h = 2% a 2,5% do menor vão da laje. 2,5 % - para laje com continuidade em nenhum ou 1 lado 2,2 % - para laje com continuidade em 2 ou 3 lados 2,0 % - para laje com continuidade em 4 lados Observar a espessura mínima de 7 cm para lajes de piso e 12 cm para lajes destinadasà passagem de veículos (esse limite é usualmente observado para pontes, não para garagens). As lajes com lados em balanço são tratadas como apoiadas na direção do mesmo, com o dobro do vão. 5.2. Vigas Altura da viga (h) h = 1/10 vão, para vigas isostáticas bi-apoiadas h = 1/12 vão, para cada vão de viga contínua Largura da viga (b) recomendável entre 12 cm e 20 cm, no caso geral, podendo chegar a 30 ou 40 cm em casos de vigas que recebem várias cargas (de vigas ou no caso de vigas de transição.) As vigas em balanço são tratadas como vigas isostásticas bi-apoiadas, com o dobro do vão. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa ECA – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Fernando de Moraes Mihalik - 6 - 5.3. Pilares Para estimar as dimensões de um pilar é necessário que se conheça a ordem de grandeza da carga de compressão N atuante no mesmo. A área da seção transversal do pilar (A) deve ser da ordem que a carga atuante N provoque uma tensão de compressão σ de no máximo 100kgf / cm2 (1kN / cm2). Ou seja, como σ = N / A A = N / σ Critério para a estimativa da carga em um pilar (N): - Adota-se que a carga total de um pavimento de um edifício seja de 1 tf / m2, ou seja 1000 kgf / m2 (10 kN / m2) - A carga de um pavimento (N1 pav) em um pilar pode ser estimada considerando a carga total em uma “área de influência”(Ainfl), determinada pelas mediatrizes das linhas que ligam os pilares. (N1 pav = Ainfl x 1 tf/m2) - A carga vertical total atuante no pilar será igual à somatória das cargas de cada piso, portanto, se o edifício tiver n pavimentos estruturais, a carga total no piso mais carregado, jun to à fundação, será da ordem de n vezes a carga de 1 pavimento. (N = n x N1 pav) Observar a dimensão mínima de 12 cm para cada lado da seção (recomendável = 19 cm.) Essa tensão de compressão máxima pode ser reduzida caso o pilar for muito esbelto. Ver Nota de Aula sobre Pilares.
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