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PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM FITNESS E PERSONAL TRAINING METODOLOGIA DO JUMP APLICADA AO FITNESS E AO WELLNESS Profª Drª Rosa Maria Soares Costa de Mendonça Ciências da Saúde Promover a atualização e evolução dos conhecimentos, habilidades e atitudes dos profissionais que atuam na área da Educação Física, em especial com as práticas corporais de academia (PCA) e treinamento individualizado (TI), no sentido de atender às novas exigências de melhoria da qualidade dos serviços prestados e que atendam ao interesse da sociedade. Quem já atua no mercado com PCA ? Em quais modalidades de Exercício Físico? Quais as dificuldades percebidas? ESPECIALIZAÇÃO EM FITNESS E PERSONAL TRAINING VIGITEL – PROCEDIMENTOS DE AMOSTRAGEM • Adultos (≥ 18 anos de idade) que residem em domicílios servidos por, ao menos, uma linha telefônica fixa; • Capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal; • Tamanho amostral mínimo de 2 mil indivíduos em cada cidade para estimar, com coeficiente de confiança de 95% e erro máximo de dois pontos percentuais, a frequência de qualquer fator de risco na população adulta. INDICADORES • As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade, responsáveis por 71% de um total de 57 milhões de mortes ocorridas no mundo em 2016 (WHO, 2018a, 2018b). • No Brasil, são igualmente relevantes, tendo sido responsáveis, em 2016, por 74% do total de mortes, com destaque para doenças cardiovasculares (28%), as neoplasias (18%), as doenças respiratórias (6%) e o diabetes (5%) (WHO, 2018c). Um pequeno conjunto de fatores de risco responde pela grande maioria das mortes por DCNT e por fração substancial da carga de doenças devido a essas enfermidades. Entre esses, destacam-se o tabagismo, o consumo alimentar inadequado, a inatividade física e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. (WHO, 2014). Percentual de adultos que praticam atividades físicas no tempo livre equivalentes a pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana ou pelo menos 75 minutos semanais de atividade física de intensidade vigorosa; Atividade com duração inferior a 10 minutos não é considerada para efeito do cálculo da soma diária de minutos despendidos pelo indivíduo com exercícios físicos (Haskell et al., 2007; WHO, 2010). ATIVIDADE FÍSICA - CRITÉRIOS • Caminhada , cam inhada em es te i r a , musculação, hidroginástica, ginástica em geral, natação, artes marciais e luta, ciclismo, voleibol/futevôlei e dança foram classificados como práticas de intensidade moderada; • Corrida, corrida em esteira, ginástica aeróbica, futebol/futsal, basquetebol e tênis foram classificados como práticas de intensidade vigorosa (Ainsworth et al., 2000) O comprometimento do praticante de exercícios físicos com a sua rotina de treino, não acontece no início da prática, pois há um processo lento que vai desde a inatividade até a manutenção da prática de exercícios físicos. O grande desafio que se impõe para a prática regular de exercício físico é fazê-lo parte constante do cotidiano das pessoas. A preparação do profissional de educação física é de suma importância para a mudança desde quadro. A academia de ginástica ao investir no treinamento de seus profissionais e ao repensar sua função estará evitando o desenvolvimento de atividades inadequadas ou desatualizadas, visando apenas ao atendimento imediato da grande demanda. E aí, o que fazer para mudar? SABA, F. Aderência à Pratica do Exercício Físico em Academias. Rio Claro: Motriz, v.16, n.1, p.181-188, jan./mar. 2010. Considerações Iniciais O mini trampolim foi criado pelo americano Albert Earl Carter, na década de 70, através do trampolim acrobático, em 1911 onde foram feitos os seus primeiros registros técnicos, sendo visto por muito tempo como uma modalidade competitiva, passando a ser também um instrumento utilizado para a recreação infantil. Só em 1938 foi criado um trampolim de menor tamanho com a finalidade de tornar uma atividade popular. Com o decorrer dos anos, o instrumento foi sendo aprimorado e tornou-se um equipamento para fins terapêuticos. (Conti, 2005). CIDA CONTI Estrutura do Equipamento • 6 pés maciços (com respectiva sapata de borracha anti-derrapante); • 32 ou 36 molas metálicas e 16 ou 18 bigodes de ligação à lona, respectivamente (dependendo do modelo e diâmetro da lona); • Aro metálico, lona e saia. Alguns cuidados: A escolha do mini trampolim é um aspecto importante dado que, as diferenças entre equipamentos refletem diretamente na durabil idade dos mesmos e, principalmente, na segurança dos alunos. A utilização de um equipamento similar, mas que não respeite as indicações poderá: • Aumentar o impacto, em função da baixa elasticidade (molas/lona); • Interferir com os objetivos da aula, conduzindo à perda de ritmo nas coreografias, por fraca reatividade elástica da lona; • Levar à diminuição do número de praticantes, em função do desconforto e de eventuais lesões. Alguns cuidados: METODOLOGIA DO JUMP APLICADA AO FITNESS E AO WELLNESS 1. MONTAGEM DE AULAS 2. TIPOS DE AULA 3. PRINCIPAIS TÉCNICAS 4. SELEÇÃO MUSICAL 5. CONTROLE DA INTENSIDADE A modalidade consiste em aulas coletivas de exercícios coreografados com músicas, sendo o s m o v i m e n t o s a p l i c a d o s s o b r e u m minitrampolim de superfície elástica e sistema de fixação através de molas (Furtado, Simão e Lemos, 2004). MONTAGEM DE AULAS Embora com algumas nuances, a característica da modalidade é bastante similar, entre as diversas empresas que comercializaram o produto. Com exceção da metodologia de criação de aulas (estilo pré-coreografado), ou alguma nomenclatura específica, a base técnica deve ser a mesma. MONTAGEM DE AULAS TÉCNICA MONTAGEM DE AULAS TÉCNICA Essencial que o professor demonstre a técnica e as posturas corretamente, de forma que os alunos possam segui-las facilmente; Demonstrar segurança e eficiência, próximo do ideal, pois terá que executar os movimentos em cima do mini-trampolim; MONTAGEM DE AULAS TÉCNICA Incentivar a boa postura e o recrutamento muscular correto; A qualidade do movimento é uma ferramenta para transmitir a intensidade e o tipo de esforço correto a ser aplicado; MONTAGEM DE AULAS TÉCNICA Para assegurar a segurança dos participantes, e preservar a integridade física do praticante durante a aula, existem algumas instruções que devem ser respeitadas. MONTAGEM DE AULAS TÉCNICA Joelhos semi-flexionados: para proteger a articulação do joelho, nunca se deve hiperestender os membros inferiores durante os movimentos; MONTAGEM DE AULAS TÉCNICA Ênfase nos calcanhares: os movimentos executados na “ponta” dos pés provocam desequilíbrios e instabilidade nos tornozelos, aumentando o risco de entorse; MONTAGEM DE AULAS TÉCNICA Não calcar as molas: devido aos espaços entre molas, poderão ocorrer desequilíbrios graves, aumentando o risco de lesão. (Nota: alguns modelos de mini trampolins têm uma saia a proteger as molas. O cuidado deverá ser o mesmo, não calcando a saia). MONTAGEM DE AULAS TÉCNICA Descer do JUMP de costas para o solo: a saída do mini trampolim não deve ser efetuada pela frente do mesmo, para evitar o avanço do joelho, e consequente stress articular ou perda de equilíbrio; MONTAGEM DE AULAS TÉCNICA Empurrar a lona: o objetivo desta aula é tirar partido da superfície elástica, contrariando-a, não aproveitando a sua impulsão. Assim, o principal desafio será o de empurrar a lona, e não saltar; MONTAGEM DE AULAS TÉCNICA Não colocar materiais por baixo da lona: durante a aula, o objetivoé tirar partido da propriedade elástica da lona, por isso, ela vai flexibilizar, e se houver materiais por baixo da lona, poderão colocar em risco a integridade física do praticante. MONTAGEM DE AULAS TÉCNICA Principais Objetivos • Treinar para alcançar a técnica perfeita; • Conhecer os padrões de movimentos aplicando a sequência progressiva; • Executar a sequência progressiva dos movimentos já com sua terminologia correta (técnica de aterrissagem, posturas para os diferentes grupos de movimentos; TÉCNICA • Ter competência na manutenção da postura, ritmo, qualidade e amplitude sobre a superfície elástica. TÉCNICA • É a base para padrões de movimentos perfeitos; • Mui to comum ver professores e a lunos demonstrarem uma postura sem técnica (percepção corporal); • O alinhamento corporal correto em situação estática deve ser mantido nas fases dinâmicas sobre a superfície elástica, mesmo quando o peso corporal é sustentado sobre uma perna; Alinhamento Corporal – Postura Básica TÉCNICA • Posição básica – estabelece um ponto de referência chave para execução de todos os movimentos a partir da estabilização do centro de gravidade (CG) conforme o ataque gerado sobre o apoio de 1 ou dos 2 pés. Alinhamento Corporal – Postura Básica TÉCNICA • A qualidade do movimento está relacionada com a estética e a sensação cinestésica do movimento perfeito; • A execução que utiliza plano, amplitude de movimento, intensidade e ritmo correto, apresenta e dar uma boa sensação; Controle do Movimento TÉCNICA • Movimentos mais fortes devem ser controlados para diminuir a probabilidade de lesões; • Sempre utilizar as opções de movimentos no controle de intensidade. Controle do Movimento TÉCNICA • Os movimentos podem ter amplitudes diferentes e executados em intensidades também diferentes para assegurar o máximo resultado e segurança; • A falta de flexibilidade e mobilidade articular pode afetar a AM; Amplitude do Movimento TÉCNICA • Para iniciantes, a redução da AM ou comprimento da alavanca, redução da intensidade ao aterrissar e diminuição da fase aérea, proporcionam a auto- regulagem das intensidades desejadas; • AM seguras dependem da utilização dos pontos iniciais e finais prescritos, evitando hiperextensão de alavancas e comprometimento articular. Amplitude do Movimento TÉCNICA • As aulas pré-coreografadas são preparadas exatamente de acordo com as batidas da música que podem variar de acordo com as fases de treino; • Em média, as músicas variam de 4-8 minutos, contudo, o BPM se mantém constante para cada música; • Músicas e cadência de baixa qualidade sonora podem afetar a técnica; Ritmo TÉCNICA • É necessário ouvir a batida correta da música para executar os movimentos de maneira segura e coordenada; • Rotação repetitiva da música e das rotinas estimula um treinamento ativo, aprimoramento da técnica, maior intensidade e melhores resultados. Ritmo TÉCNICA • A postura perfeita requer manutenção da técnica competente durante toda aula; • É comum começar com um alto nível de execução e quando cansados ao longo da aula, comprometerem a postura; Forma TÉCNICA • A natureza e duração da aula causam fadiga nos grupos estabilizadores; • Necessário a conscientização do alinhamento postural constante, posição e movimento correto dos pés junto a técnica de aterrissagem. Forma TÉCNICA • Manter um complexo rígido de pé-tornozelo (pé chapado); • A ênfase da força aplicada, encontra-se no calcanhar; • Na fase aérea, deve-se manter o complexo pé- tornozelo relaxado, assumindo a forma correta da ação da gravidade sobre o corpo (ponta de pé); Aterrissagem TÉCNICA • Manter uma variação média de 10cm na fase aérea, garantindo uma absorção de impacto próxima de 80% comparado ao exercício em solo rígido. Aterrissagem TÉCNICA • Iniciantes e níveis moderados de condicionamento físico podem se beneficiar usando as opções para auto-ajustamento das intensidades; • Diminuição dos movimentos de braços, amplitudes e comprimento das alavancas; Intensidade e Opções para Iniciantes TÉCNICA • Alunos mais sedentários ou com comprometimento de saúde devem ficar atentos as contra-indicações e procurar o médico antes de iniciar esta prática de exercício. Intensidade e Opções para Iniciantes TÉCNICA Intensidade Em estudo prévio realizado um grupo de estudos com profissionais de Jump nas cidades de Estrela e Lajeado-RS, Concluiu-se que 78% os entrevistados controlam a intensidade da aula por meio da música, 64% por meio da força aplicada sobre o minitrampolim e 43% pelo aumento da amplitude de movimento (Zanatta, Almeida e Tiggemann, 2014). Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo. v.11. n.64. p.89-95. Jan./Fev. 2017. ISSN 1981-9900 TÉCNICA • Posicionamento dos pés ao empurrar a superfície elástica; • Pisar de maneira correta; • Caráter central (pés quase unidos); • Caráter látero-lateral (pés ligeiramente afastados a largura dos ombros); • Caráter ântero-posterior (pés l igeiramente afastados, sendo um a frente do outro). Centralização TÉCNICA • Também conhecidos como exercícios do grupo 1 ou família 1; • O tronco na vertical e visão ao horizonte; • Manter a coluna vertebral na posição neutra; • Ênfase do calcanhar do pé que esteja em contato com a lona. Movimentos com ação de 1 pé TÉCNICA • Joelho destravado, não permitindo que ultrapasse a linha central do pé ao tocar a lona (sistema gaveta); • Isometria da musculatura estabilizadora para manutenção do tronco ereto; • Braços acompanham a cadência do ritmo; Movimentos com ação de 1 pé TÉCNICA Sequencia Progressiva para Movimentos com 1 apoio CARÁTER MOVIMENTO 1 OPÇÃO 2 OPÇÃO 3 OPÇÃO Central Sprint Corrida Hop Corrida Caminhada Látero-lateral Chá-chá alto Chá-chá baixo Step touch Látero-lateral Elevação de joelho simples Amplitude de pernas (intensidade) Amplitude de braços (complexidade) Step touch Látero-lateral Elevação de joelho dupla Amplitude de pernas (intensidade) Amplitude de braços (complexidade) Látero-lateral Elevação de calcanhar para trás simples Amplitude de pernas (intensidade) Amplitude de braços (complexidade) Step touch Látero-lateral Elevação de calcanhar para trás dupla Amplitude de pernas (intensidade) Amplitude de braços (complexidade) TÉCNICA Sequencia Progressiva para Movimentos com 1 apoio CARÁTER MOVIMENTO 1 OPÇÃO 2 OPÇÃO 3 OPÇÃO Látero-lateral Hip hop duplo Amplitude de pernas (intensidade) Elevação de calcanhar para trás simples Step touch Látero-lateral Hip hop simples Amplitude de pernas (intensidade) Látero-lateral Elevação de calcanhar para frente simples Step touch Látero-lateral Elevação de calcanhar para frente dupla Nenhuma Látero-lateral Cowboy alto duplo (sequencia coreográfica) Elevação de calcanhar para frente simples Step touch TÉCNICA Sequencia Progressiva para Movimentos com 1 apoio CARÁTER MOVIMENTO 1 OPÇÃO 2 OPÇÃO 3 OPÇÃO Ântero- posterior Cowboy alto duplo Cowboy baixo duplo Tap Ântero- posterior Cowboy alto simples Cowboy baixo simples Ântero- posterior Cowboy baixo duplo Tap Ântero- posterior Cowboy baixo simples TÉCNICA • Tronco ligeiramente inclinado pra frente conforme ação dos flexores do quadril e joelhos; • Manter a coluna vertebral na posição neutra, com com uma grande atenção e cuidado para a região cervical; • Ênfase nos calcanhares; Movimentos com ação dos 2 pés TÉCNICA • Joelhos destravados; • Projeção do tronco a frente seguindo o alinhamento com os joelhos, através de uma flexão que partedo quadril (10º); • Manter a isometria da musculatura estabilizadora do tronco mesmo após a projeção doa 10º. Movimentos com ação dos 2 pés TÉCNICA Sequencia Progressiva para Movimentos com 2 pés CARÁTER MOVIMENTO INTENSIDADE Central Básico Moderada-alta Central Grupado Moderada Central Chinelo Moderada-alta Central Twist Moderada Látero-lateral Lateral Moderada-alta Látero-lateral Tesoura Moderada • O professor deve desenvolver um vasto vocabulário de instruções verbais, sons, posturas, sinais visuais, imagem técnica e expressões faciais; MONTAGEM DE AULAS • Ensinar claramente com orientações básicas que incluem o objetivo da música, as recomendações sobre os movimentos, posicionamento correto e antecipação nas mudanças de movimento; MONTAGEM DE AULAS • Ensaiar um vocabulário didático e aprender ONDE, COMO e QUANDO incorporá-lo na aula. MONTAGEM DE AULAS • Arte de compor; determinação dos passos, atitudes e poses; • Grandes aulas são cr iadas através do desenvolvimento das habilidades do professor; MONTAGEM DE AULAS • Aprender uma coreografia é difícil no início, mas com a sistematização, sua habilidade para memorizar e executar se tornarão simples; • As boas aulas são baseadas na interpretação da música, aproveitamento do exercício, segurança e simplicidade para o professor e para o aluno. MONTAGEM DE AULAS Programa de condicionamento cardiovascular que deflagrou a febre do mini-trampolim no Brasil, criado por Cida Conti. As sessões têm duração de cinquenta minutos com coreografias fáceis e intensas proporcionando um alto gasto calórico e muita diversão. Programas Pré-coreografados É uma aula de ginástica de alto gasto calórico e trabalho cardiovascular, realizada em mini-trampolins. 100% desenvolvida por brasileiros e já um sucesso consagrado no Brasil. O trabalho aeróbio é intenso durante os 55 minutos de aula, melhorando muito o condicionamento físico de quem pratica. Programas Pré-coreografados BENEFÍCIOS BENEFÍCIOS Silva, Lima e Agostini (2008), constataram que 12 semanas de treinamento de Power Jump contribui na condição cardiorrespiratória, na força muscular e na flexibilidade de mulheres jovens; Silva, C. C.; Lima, C.; Agostini, S. M. Comportamento das variáveis fisiológicas em mulheres submetidas a 12 semanas de treinamento do programa Power Jump. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. Vol. 2. Num. 12. 2008. p. 593-604. Os praticantes consideram como sendo uma aula empolgante, divertida e motivante, onde ao mesmo tempo em que beneficiam a saúde e o físico, sentem prazer e distração ao realizá-la; Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.2, n.12, p.593-604. Nov/Dez. 2008. ISSN 1981-9900. Segundo o Instructor Manual (2005), o programa Power Jump proporciona uma gama de benefícios cardiovasculares, melhorando o condicionamento físico geral (cardiorrespiratório e neuromuscular); auxilia o retorno venoso e a correção postural; auxilia no tratamento e prevenção da osteoporose, bem como resistência muscular, coordenação motora e equilíbrio. Instructor Manual. Power Jump: Les Mills Body Training Systems. 2005. BENEFÍCIOS Em um estudo sobre mini-trampolim realizado com mulheres com sobrepeso durante 10 semanas, com sessões de 50 minutos (White, 1980 citado por Alonso, 2005), e um outro analisando o consumo de oxigênio e freqüência cardíaca, em mulheres praticantes de Jump Fit, com idade de 26,8 anos, todas fisicamente ativas e familiarizadas com a aula em questão, revelaram que este tipo de treinamento contribui positivamente na melhora tanto da freqüência cardíaca como do VO2máx. (Furtado, Simão e Lemos 2004). Furtado, E.; Simão, R.; Lemos A. Análise do Consumo de Oxigênio, Freqüência Cardíaca e Dispêndio Energético durante as aulas de Jump Fit. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. São Paulo. Vol.10. Núm. 5. 2004. p. 371 – 375. BENEFÍCIOS Os resultados apontaram melhora significativa nos valores de freqüência cardíaca de repouso, da capacidade cardiorrespiratória (VO2máx.), dos níveis de flexibilidade do quadril, dorso e músculos posteriores da coxa, força e impulsão de membros inferiores. Diante desses achados conclui-se que o programa Power Jump contribuiu principalmente na melhora de parâmetros cardiovasculares e isso se deve por sua característica predominantemente aeróbia, o que resulta numa melhor eficiência deste sistema. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.2, n.12, p.593-604. Nov/Dez. 2008. ISSN 1981-9900. TIPOS DE AULA Pré-coreografadas (1) TIPOS DE AULA Pré-coreografadas (2) Música Objetivo Pausa 1 Aquecimento 2 Training 1 3 Training 2 30” 4 Intensive 30” 5 Recovery 30” 6 Training 3 30” 7 Electric Intensive 30” 8 Estabilizadores/Abs 30” 9 Alongamento TIPOS DE AULA Pré-coreografadas (3) Pré-coreografada 1 O Aquecimento é efetuado no solo, para permitir um maior número de possibil idades de deslocamentos, para aquecer as articulações e respectivos tendões e músculos, mas também, por se tratar de um meio estável, com o qual o aluno já está familiarizado. Pré-coreografada 1 Segue-se o Pré-Treino, já em cima do mini- trampolim, e deverá ser uma coreografia sem complexidade, nem combinações, para permitir que os receptores proprioceptivos se adaptem à superfície elástica, e para que os praticantes se fami l ia r i zem com a nomenc latura dos movimentos. Pré-coreografada 1 D e p o i s e x e c u t a m - s e 6 f a i x a s Cardiovasculares, utilizando combinações de mov imen t o s , d e ma i o r o u meno r complexidade, e aumentando gradualmente a intensidade da aula, conforme o nível de aptidão física dos praticantes. Pré-coreografada 1 No f i na l do t r e i no , e xecu tam- se o s Alongamentos, para permitir que o organismo regularize o batimento cardíaco, evitando o excesso de pressão sanguínea, dado que em seguida iremos treinar numa posição horizontal. Pré-coreografada 1 Termina-se a aula com os Abdominais, não só por se tratar de uma zona corporal muito requerida pelos alunos, mas porque o reforço de todo o “core” abdominal é importante para o forta lec imento de toda a musculatura interveniente na estabilização da coluna. Pré-coreografada 2 Fases Objetivos do treinamento Aquecimento Passar os movimentos e suas centralizações Training 1 Aumento gradativo da intensidade e elevar o astral Training 2 Focar no equilíbrio e na exigência muscular. Movimentos de flutuação Intensive O primeiro pico trás um treino intenso Recovery Baixar a FC para retomar a diversão Training 3 Volta a utilizar a musculatura flexora do quadril, estabilizadores e equilíbrio Eletric intensive Treino intenso de maior duração Estabilizadores Trabalho de dorsal, lombar glúteos com movimentos combinados a partir da posição prancha Alongamento Relaxamento e alongamento Pré-coreografada 3 O Aquecimento deverá ser efetuado no solo, com as mesmas preocupações que no Jump, tendo em conta a mobilização geral; Os Cardios devem respeitar o princípio de treino p rog re s s i vo , começando com menor intensidade, e aumentando a intensidade ao longo da aula; Pré-coreografada 3 Nos Segmentos Localizados, devem ser utilizados, os exercícios de trabalho muscular localizado (sem deslocamentos), com recurso aos diferentes materiais disponíveis – Barra e Anilhas, Halteres, Elásticos Tubulares, TeraBand’s, entre outros. O Cardio-Squat, pretendeexercitar de forma dinâmica os membros inferiores, alternando entre agachamentos e movimentos do grupo 2, tais como polichinelos. Pré-coreografada 3 Os Abdominais fazem parte do trabalho de reforço da coluna, e devem ser efetuados, sempre que possível, em cima da lona, para tirar partido da elasticidade da mesma. Finaliza-se com os Alongamentos, onde deve haver uma especial atenção para os grupos musculares exercitados ao longo da aula, bem como o alongamento e relaxamento de toda a musculatura do “core” abdominal, altamente solicitada durante toda a aula. Verificar se as diferentes estratégias de alteração da intensidade das aulas de Jump são efetivas para promover modificações na (FC) e na (PE) de 09 mulheres praticantes da modalidade (25,44±3,81 anos). Realizaram sessão de jump padrão e com estratégia diferenciada. Cada estratégia possuía uma duração de 6 minutos com movimentos específicos sobre o trampolim, sendo avaliada a FC (Frequencímetro) e a PE (Escala RPE de Borg). As estratégias constituíram no aumento do ritmo de execução, da força de aplicação dos pés sobre trampolim e da amplitude dos movimentos. Os resultados indicaram valores significativamente superiores da FC na estratégia ritmo (155±11 bpm; p=0,013), força (153±10 bpm; p=0,011) e amplitude (160±9 bpm; p=0,001), quando comparados com a sessão padrão (135±13 bpm), sendo a amplitude superior a força (p=0,048). Os valores de PE variaram entre 13 e 16, sendo que todas as estratégias diferenciadas foram superiores a sessão padrão (p<0,05). Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo. v.11. n.64. p.89-95. Jan./Fev. 2017. ISSN 1981-9900. Verificou os efeitos de uma aula de Power Jump sobre a PA, FC, (VO2máx.), flexibilidade, impulsão vertical e horizontal. Participaram 10 mulheres não praticantes da modalidade, entre 18 e 23 anos (média de 19,6 ± 1,26), todas de um único grupo, sendo avaliadas antes e após o período de treinamento, que foi de 12 semanas, 3x semana, com 60 min de duração. Os resultados apontaram melhora do VO2máx., diminuição da FC, aumento no nível de flexibilidade e força de MMII. Conclui-se então que o treinamento de 12 semanas do programa Power Jump, realizado de forma regular contribuiu para melhoria dos parâmetros cardiovasculares e neuromusculares, frisando que quanto maior o tempo de treinamento e maior a intensidade de execução, maiores serão os benefícios. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.2, n.12, p.593-604. Nov/Dez. 2008. ISSN 1981-9900. SELEÇÃO MUSICAL • Qual a importancia da seleção musical? • Quais os aspectos a considerar na escolha das músicas? • Qual a relação da música com a intensidade do movimento? • Como deve ser a cadência musical numa aula de JUMP? • Organize uma sequência de batimentos por minutos (BPM) adequados para uma aula de JUMP com 9 músicas e duração de 55 minutos h t t p : / / w w w. d o m i n i o p u b l i c o . g o v. b r / p e s q u i s a / D e t a l h e O b r a F o r m . d o ? select_action=&co_obra=173911 CONTROLE DA INTENSIDADE • Quais recursos podem ser usados para controlar a intensidade de uma aula de JUMP? • Considerando o início, o meio e o fim de uma aula de JUMP, como organizaria a intensidade seguindo os padrões de movimentos com um e dois apoios dos pés? • De acordo com a literatura e considerando seu estudo sobre a seleção musical, estabeleça uma média de BPM que atenda as recomendações do A C S M n a p r e s c r i ç ã o d e e x e r c í c i o s cardiorrespiratórios. http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12230/000622456.pdf • Gestantes; • Portador de labirintite não medicada; • Instabilidade osteomioarticular nos membros inferiores e quadril; • P e s s o a s c o m p r o b l e m a s c a r d í a c o s o u cardiorrespiratórios devem antes procurar orientação médica, uma vez que numa aula típica, os alunos permanecem mais de 50% do tempo com a freqüência cardíaca elevada; • Pessoas de portadoras de problemas na coluna vertebral também devem procurar orientação médica, podendo necessitar de adaptações na atividade ou então evitar a prática. Contra Indicações Referências 1. ACESSA.COM – ESPORTE. A História do Jump Fit. Disponível na internet no endereço < http://www.acessa.com/viver/arquivo/vida_saudavel/2002/08/6-jump_fit/> , acesso em 4 de outubro de 2009. 2. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (ACSM). Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 3. BODY SYSTEMS. Perguntas e Respostas: Power Jump. Disponível na internet no endereço: <http://www.bodysystems.net/novosite/pergunt/tx_perg.asp#pj>, acesso em 4 de outubro de 2009. 4. FIT-PRO FITNESS. Jump Fit: objetivos e benefícios. Disponível na internet no endereço: <http://www.fitpro.com.br/jumpfit/>, acesso em 4 de outubro de 2009. 5. FURTADO, ELEN; SIMÃO, ROBERTO; LEMOS, ADRIANA. Análise do Consumo de Oxigênio, freqüência cardíaca e dispêndio de energético, durante as aulas de Jump Fit. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 10, n. 5, set/out, 2004. 6. GROSSI, TALITA; GUGLIELMO, LUIZ G. A.; CARMINATTI, LORIVAL J.; FERNANDES da SILVA, JULIANO. Determinação da Intensidade da Aula de Power Jump por Meio da Frequência Cardíaca. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, Santa Catarina, abr/jun, 2008. Referências 7. LEMOS, ADRIANA; SIMÃO, ROBERTO; MIRANDA HUMBERTO; NOVAES, JEFFERSON da S. A Influência de uma Sessão de Jump Fit no Desempenho dos Exercícios Resistidos. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, maio de 2005. 8. MCARDLE, W. D.; KATVH, F. I.; V. L. Fisiologia do Exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Ed. 5. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 9. PERANTONI, CAROLINA. B.; DERESZ, CRISTINE S.; LAURIA, ANDRÉ de A.; LIMA, JORGE R. P.; NOVAES, JEFERSON da S. Análise da Intensidade de Uma Sessão de Jump Training. Fitness & Performance Journal, Rio de Janeiro, v. 8, n. 4, jul/ago 2009. 10. SCHIEHLL, P. E. ; Melo, M.O ; Fischer, G ; Thiago Corrêa Duarte ; LOSS, J. F. Simetria na Força de Reação Vertical Durante Exercícios no Jump Fit. In: XII Congresso Brasileiro de Biomecânica, 2007, São Pedro. Biomecânica do Esporte, 2007. v. 1. 11. SCHIEHLL, PAULO EDUARDO. Classificação dos exercícios do Jump Fit a partir de parâmetros relativos ao impacto. Porto Alegre. UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado, abril de 2007. 12. TEIXEIRA, CAMILA V. L. Estudo da Influência Fisiológica de 12 Semanas da Prática de Aulas de Jump Fit em Mulheres entre 18 e 26 Anos. Campinas. UNICAMP – Universidade de Campinas. Monografia de Graduação, 2004.
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