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Do Arrolamento do art 659 a 667 do CPC Conceito O arrolamento é um procedimento simplificado do inventário e da partilha de béns do de cujus, que será obtido quando os herdeiros optarem pela partilha amigável, ou seja, arrolamento sumário ou quando o valor dos béns do espólio for igual ou inferior a 1.000 salários mínimos e isso se dá o nome de arrolamento comum. Em ambas as hipóteses, se houver apenas um herdeiro, não haverá arrolamento, e sim adjudicação. Arrolamento Comum O arrolamento é um procedimento simplificado do inventário e da partilha, que será admitido quando as partes e o Ministério Público estejam de acordo com a partilha, conforme disposto no Art. 665, CPC. E ainda, poderá ser utilizado o arrolamento comum quando o valor dos bens do espólio for igual ou inferior a 1.000 salários mínimos, de acordo com Art. 664, CPC. O novo código de processo civil inovou ao permitir que haja na demanda, interesse de incapaz, desde que as partes estejam de acordo com a partilha. Procedimento A legitimidade para requerer sua abertura é a mesma do inventário, ou seja, de quem estiver na posse e administração do espólio (art. 615 do C PC ). A petição inicial deve rá preencher os requisitos do ar t. 620 do Código de Processo Civil. O inventariante será nomeado pelo Juiz dentre as pessoas indicadas no art. 617 do CPC. Este será no meado após a represe ntação do espólio pelo administrador provisório. O art. 626, determina a citação do cônjuge , companhei ro, herdeiros e legatários para se manifestarem sobre as primeiras declarações, e ainda, em seu parágrafo primeiro e agilizo uo procedimento, ao de terminar que as citações de todos deverão ocorrer pelo Correio, por meio de carta de intimação. A citação por edital só ocorrerá para ciência dos “interessados incertos ou desconhecidos”. Além disso, a Fazenda Pública, o Ministéri o Público e o testamenteiro serão intimados das primeiras declarações (art. 626 ), uma vez que não são partes, mas sim interessados. Arrolamento sumário Esta forma simplifica ainda mais o inventário, sendo cabível apenas para as hipóteses onde todos herdeiros são maiores e capazes, abrangendo bens de quaisquer valores. Diferente do arrolamento comum, a escolha por esta forma de arrolamento é independente do valor dos bens. Os herdeiros apresentam o plano de partilha ao juiz que somente o homologa em um procedimento de jurisdição voluntária, portanto não decide. O seu fator predominante é exatamente o acordo entre as partes envolvidas e a sua capacidade plena . O código de Processo Civil de 2015 trouxe uma inovação, pois some nte ne ste caso de arrolamento sumário, a partilha amigável será homologada (o u os bens adjudicados ao único herdeiro) anteriormente ao recolhimento do imposto de transmissão causa mortis. Após a expedição do formal de partilha ou da carta de adjudicação, a Fazenda Pública será intimada para providenciar o lançamento administrativo do imposto, fora do processo . Procedimento A abertura do arrolamento sumário poderá ser requerida por todos os herdeiros ou por apenas um, desde que haja anuênciados demais. Primeiramente, será requerida a nomeação do inventariante, o qual será indicado pelos herdeiros. No próprio requerimento já constará a descrição dos bens com a enumeração dos herdeiros e a respectiva parte que lhes compete. Por fim, deverão atribuir valor aos bens do espólio, para fins de partilha. A Fazenda Pública não será citada, apenas será notificada a fim de acompanhar o recolhimento do ITCMD, não ficando, portanto, vinculada aos valores atribuídos aos bens pelos herdeiros. Caso a Fazenda discorde dos referidos valores, deverá fazer o lançamento administrativo, nos termos da legislação tributária, cobrando, posteriormente, a diferença que entender cabível. Assim sendo, eventuais questões relativas a tributos não serão apreciadas no arrolamento (ar t. 662, do C PC ). O art. 663 do NCPC determina que a existência de credores do espólio não impedirá a homologação da partilha ou da adjudicação, se forem reservados bens suficientes para o pagamento da dívida. Essa reserva de bens será realizada pelo valor estimado pelas partes, salvo se o credor, regularmente notificado, impugnar a estimativa. Transitada em julgado a sentença de homologação de partilha ou de adjudicação, será lavrado o formal de partilha ou elaborada a carta de adjudicação e, em seguida, serão expedidos os alvarás referentes aos bens e às rendas por ele abrangidos, intimando-se o fisco para lançamento administrativo do imposto de transmissão e de outros tributos por ventura incidentes, conforme dispuser a legislação tributária Requisitos na petição incial de arrolamento De acordo com Art. 660 do CPC esses são os requisitos para a petição inical. Art. 660 Na petição de inventário, que se processará na forma de arrolamento sumário, independentemente da lavratura de termos de qualquer espécie, os herdeiros: I - requererão ao juiz a nomeação do inventariante que designarem; II - declararão os títulos dos herdeiros e os bens do espólio, observado o disposto no art. 630; III - atribuirão valor aos bens do espólio, para fins de partilha. A primeira peculiaridade do arrolamento é constatada logo na petição inicial, a qual é apresentada por todos os herdeiros, que já elegeram de antemão o inventariante. Fluxograma
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