Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bacharel em Enfermagem ASMA Profa. Esp. Enfa. Mariane Abreu profa.mariane.abreu@gmail.com Bacharel em Enfermagem CONCEITO •A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que ataca o sistema respiratório, e resulta na redução ou até mesmo obstrução no fluxo de ar. Fisiopatologia Está relacionada a interação entre fatores genéticos e ambientais que se manifestam como crises de falta de ar devido ao edema da mucosa brônquica, a hiperprodução de muco e a contração da musculatura lisa das vias aéreas, com consequente diminuição de seu diâmetro (broncoespasmo). Sinais e sintomas •Dentre os principais sinais e sintomas estão: a tosse, que pode ou não estar acompanhada de alguma expectoração; dificuldade respiratória, com dor ou ardência no peito; além de um chiado(sibilância). Na maioria das vezes não há expectoração ou se tem, é do tipo & quot;c lara de ovo ". Podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite. Sinais e sintomas •Os sintomas de asma ocorrem, ou agravam-se, à noite e, também, na presença de exercício, infecção viral, animais com pêlo e penas, ácaros domésticos (nos colchões, nas roupas de cama, nas almofadas, nas carpetes, na mobília acolchoada), fumo, pólenes, alimentos, alterações da temperatura, emoções fortes (riso, choro), aerossóis de produtos químicos e de fármacos. Fatores desencadeantes (exemplos) • O diagnóstico da asma tem por base: • História clínica : para determinar a presença de sintomas e as suas características, relacionados com exposições a fatores de agressão; • Exame específico : para determinar sinais de obstrução brônquica, embora um exame normal possa possibilitar o diagnóstico; • Avaliação funcional respiratória : para comprovação de obstrução brônquica, da presença de hiperreatividade brônquica e de limitação variável do fluxo aéreo; • Avaliação de atopia ; • Exclusão de situações que podem confundir-se com a asma . Classificação da Asma •Asma Intermitente: sintomas menos de uma vez por semana; crises de curta duração (leves); sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês); provas de função pulmonar normal no período entre as crises. •Asma Persistente Leve: presença de sintomas pelo menos uma vez por semana, porém, menos de uma vez ao dia; presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês, porém, menos de uma vez por semana; provas de função pulmonar normal no período entre as crises. Classificação da Asma •Asma Persistente Moderada: sintomas diários; as crises podem afetar as atividades diárias e o sono; presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana; provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF) >60% e < 80% do esperado. •Asma Persistente Grave: sintomas diários; crises frequentes; sintomas noturnos frequentes; provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF) > 60% do esperado Tipos de crise • Crise ligeira: Apresenta dispneia à marcha (a andar); Tolera posição de decúbito (posição de quem está deitado); Apresenta um discurso quase normal; consciente; normalmente calmo ; Não apresenta habitualmente tiragem respiratória; A frequência respiratória está habitualmente normal, podendo estar ligeiramente elevada; A frequência cardíaca está habitualmente abaixo dos 100/min; Apresenta sibilos (ruídos feitos ao respirar que indicam obstrução parcial dos brônquios) moderados. Não apresenta pulso paradoxal. Tipos de crise •Crise moderada: Apresenta dispnéia a falar; Adota a posição de sentado; Fala com frases curtas; Está consciente mas ansioso; Apresenta tiragem respiratória; A frequência respiratória encontra-se elevada; A frequência cardíaca encontra-se entre 100 e 120/min; Apresenta sibilos evidentes; Pode apresentar pulso paradoxal . Tipos de crise •Crise grave: Apresenta dispnéia em repouso; Encontra-se inclinado para a frente; Encontra-se ansioso ou até agitado; Apresenta tiragem respiratória; A frequência respiratória é superior a 30/min; A frequência cardíaca é superior a 120/min; Apresenta sibilos muito evidentes; Apresenta geralmente pulso paradoxal . Tipos de crise •Crise com paragem respiratória iminente Apresenta-se sonolento ou em estado de confusão; Apresenta bradicardia (diminuição do número normal das contrações cardíacas); Apresenta silêncio respiratório; Não apresenta pulso paradoxal. •Pulso paradoxal Na medicina , pulso paradoxal é definido como uma queda superior a 15 mmHg na pressão arterial sistólica durante a fase inspiratória da respiração. • É um sinal médico indicativo de diversas condições incluindo tamponamento cardíaco , pericardite , apneia do sono crônica, crupe , e doença obstrutiva dos pulmões, como asma e DPOC . Tratamento Para se tratar a asma, a pessoa deve ter cuidados com o ambiente, principalmente na sua casa e no trabalho, além de usar medicações e manter consultas médicas regulares. Técnicas fisioterapêuticas se mostram bastante eficientes. Os medicamentos podem ser divididos em duas classes: de alívio e de manutenção. Tratamento O tratamento da asma tem dois componentes: 1) Uso de um agente aliviador (resgate) na fase aguda (broncodilatador) para reverter a obstrução aguda das vias áereas asmáticas. 2) Uso de medicações controladoras, que modifiquem o ambiente das vias áereas, de forma a diminuir a frequência de broncoconstrição. A asma é uma doença crônica que deve, exceto nas formas mais leves, ser tratada por longo prazo. Tratamento O doente asmático deve procurar cuidados médicos imediatos se: 1. A crise de asma é grave. O doente apresenta-se em insuficiência respiratória global. Nos lactentes e em crianças de idade inferior a 5 anos a evolução para um quadro de insuficiência respiratória grave pode ser mais rápida. 2. A resposta ao tratamento broncodilatador inicial não foi imediata e mantida pelo menos durante 3 horas. 3. Há deterioração progressiva do seu estado clínico . Tratamento • Segundo o principal mecanismo de ação, os medicamentos usados no tratamento da asma podem ser divididos em duas categorias: os de alívio e os controladores. •Os de alívio (ß2 agonistas de curta duração, brometo de ipratrópio, teofilina e derivados, e corticosteróides sistêmicos) são administrados para controle de sintomas agudos. •Os controladores (ß2 agonistas de longa duração, cromoglicato dissódico, nedocromil sódico, cetotifeno, glico- corticosteróides inalatórios e os antileucotrienos) são administrados por período de tempo prolongado para controle da inflamação. Tratamento • Tanto os broncodilatadores quanto os anti-inflamatórios podem ser usados de várias formas: *por nebulização; *inaladores de pó seco; * comprimido; *xarope. •Os médicos dão preferência ao uso das medicações por nebulização, nebulímetro ou inaladores de pó seco por serem mais eficazes e causarem menos efeitos indesejáveis. Tratamento • Nebulizadores *Use o nebulizador de acordo com as orientações de seu médico e do fabricante. *Não misture medicamentos no nebulizador ou use o nebulizador de um medica-mento específico com outro medicamento. *Em caso de vazamentos ou obstrução, troque o nebulizador. *Seu nebulizador é de uso individual. *Sempre limpe e desinfete o nebulizador após cada aplicação. • Broncodilatadores Utilizados principalmente como medicações de alívio para cortar uma crise de asma. O broncodilatador é um medicamento, como o próprio nome diz, que dilata os brônquios (vias aéreas) quando o asmático está com falta de ar, chiado no peito ou crise de tosse. Tratamento • Antinflamatórios Utilizados principalmente para evitar crises (manutenção). Os corticóides inalatórios são, atualmente, a melhor conduta para combater a inflamação. Sãoutilizados com o intuito de prevenir as exacerbações da doença ou, pelo menos, minimizá-las e aumentar o tempo livre da doença entre uma crise e outra. Os anti-inflamatórios devem ser utilizados de maneira contínua (todos os dias), já que combatem a inflamação crônica da mucosa brônquica. Tratamento • Corticóides inalatórios É importante bochechar e lavar a boca com água depois de usar esses inaladores a fim de evitar a irritação da boca e da garganta. Alguns exemplos são: Fluticasona , budesonida , triancinolona , flunisolida, beclometasona e (combinação de fluticasona e salmeterol). • Todo paciente asmático deve ter em mãos um aparelho medidor do pico do fluxo expiratório (PFE). Esse aparelho é tão importante quanto um termômetro ou o aparelho de medir a pressão arterial, pois assim como a temperatura e a pressão, a asma pode ser mais bem controlada quando é medida. OBRIGADA.... EXERCÍCIO NO CLASSROOM PROFA MARIANE
Compartilhar