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Lista 1 - Capítulo 13 - Gravitação Halliday&Resnick - 10a ed, v2. Física Geral e Experimental II – FSC 1025 Engenharia Civil/Engenharia de Produção/Engenharia de Controle e Automação Professora: Ana Claudia Lausmann Resolução ·1 Uma massa M é dividida em duas partes, m e M – m, que são em seguida separadas por certa distância. Qual é a razão m/M que maximiza o módulo da força gravitacional entre as partes? O máximo da função Fg(m) ocorre quando a derivada primeira for igual a zero. Fg(m)=G.m.(M-m)/r² dFg (m)/dm=G.(M-m)/r²+G.m.(-1)/r² e igualando a zero temos: (G.M-G.m-G.m)=0.r² G.M-2G.m=0 G.M=2G.m M=2m m/M=1/2 A razão m/M=1/2 maximiza o módulo da força grav. entre as partes. 3. Qual deve ser a distância entre uma partícula com 5,2 kg e uma partícula com 2,4 kg, para que a atração gravitacional entre as partículas tenha um módulo de 2,3 × 10–12 N? Dados: G=6,67 × 10–11 N.kg²/m² Fg= 2,3 × 10–12 N Fg= (G. m1.m2)/r² m1=5,2 kg r²=(G. m1.m2)/Fg m2=2,4 kg r=((G. m1.m2)/Fg)1/2 r=? r= (8,3x10-10/ 2,3 × 10–12)1/2 r=(361,92)1/2 |r|=19,02 m 6. Na Fig. abaixo, um quadrado com 20,0 cm de lado é formado por quatro esferas de massas m1 = 5,00 g, m2 = 3,00 g, m3 = 1,00 g e m4 = 5,00 g. Na notação dos vetores unitários, qual é a força gravitacional exercida pelas esferas sobre uma esfera central de massa m5 = 2,50 g? a=45° F51=? F52=? F53=? F54=? r=D/2 D=(L²+L²)1/2 D=L(2)1/2 L=20 cm=0,2 m m2 = 0,003 kg m3= 0,001 kg m5 = 0,0025 kg Como m1 e m4 têm massas iguais e F51 e F54 estão na mesma direção mas sentidos opostos, os vetores se anulam. Por outro lado, m2 e m3 têm massas diferentes, logo não se anulam. Calcularemos a intensidade dessasnforças e depois faremos a decomposição dos vetores em relação ao eixos x e y e somaremos suas componentes. F 52 =G.m 2 .m 5 /r² F 52 =G.m 2 .m 5 /(D/2)² F 52 =G.m 2 .m 5 /[L(2)1/2/2]² F 52 =G.m 2 .m 5 /(L²/2) F 52 =5,0x10-16/0,02 F 52 =2,5x10-14 N F 53 =-G.m 3 .m 5 /r² F 53 =-G.m 3 .m 5 /(D/2)² F 53 =-G.m 3 .m 5 /[L(2)1/2/2]² F 53 =-G.m 3 .m 5 /(L²/2) F 53 =-1,67x10-16/0,02 F 53 =-8,34x10-15 N Lembrando que também é necessário verificar a derivada segunda para garantir que estamos falando de um máximo da função. Se for um máximo a derivada segunda deve ter valor negativo. Se tiver valor positivo significa que estamos olhando para um mínimo. d²Fg (m)/dm²=- G.m/r² - G.m/r² Como m e G são valores positivos e r está ao quadrado podemos afirmar que a derivada segunda é <0 e temos um ponto de máximo. Obs.: F52 foi escolhida como positiva pois suas componentes apontam para cima e para direita e F53 é negativa pois suas componentes apontam para baixo e para esquerda. 10. Duas dimensões. Na Fig. abaixo, três partículas pontuais são mantidas fixas em um plano xy. A partícula A tem massa mA, a partícula B tem massa 2,00mA e a partícula C tem massa 3,00mA. Uma quarta partícula, de massa 4,00mA, pode ser colocada nas proximidades das outras três partículas. Em termos da distância d, em que valor da coordenada (a) x e (b) y a partícula D deve ser colocada para que a força gravitacional exercida pelas partículas B, C e D sobre a partícula A seja nula? Dados: mB = 2,0 mA mC = 3,0 mA mD= 4,0 mA Primeiro, vamos escrever os vetores FA,B, FA,C e FA,D em termos de suas componentes. FA,B=FA,B,xi + FA,B,y j FA,B=0i + FA,B,y j FA,B=G.mA.mB/d² j FA,B=G.mA.2,0.mA/d² j FA,B=2,0G.mA²/d² j FA,C=FA,C,xi + 0 j FA,C=G.mA.mC/(1,5d)² i FA,C=G.mA.3,0.mA/(1,5d)² i FA,C=-3,0.G.mA²/(1,5d)² i Agora faremos a decomposição dos vetores F 52 e F 53 . E encontraremos a força resultante na notação de vetores unitários. Para F 52 temos: F 52 =F 52, x i+F 52, y j F 52, x = F 52 . cos(45°)=2,5x10-14 .cos(45°)=1,77x10-14 N F 52, y = F 52 . sen(45°)=2,5x10-14 . sen(45°)=1,77x10-14 N Para F 53 temos: F 53 =F 53, x i+F 53, y j F 53, x = F 53 . cos(45°)=-8,34x10-15 . cos(45°)=-5,9x10-15 N F 53, y = F 53 . sen(45°)=-8,34x10-15 . sen(45°)=-5,9x10-15 N E por fim, o vetor força resultante na notação de vetores unitários é: F r =(F 52, x + F 53, x )i + (F 52, y + F 53, y ) j F r =(1,77x10-14 -5,9x10-15 )i + (1,77x10-14 -5,9x10-15) j F r = (1,18x10-14 i + 1,18x10-14 j) N Para que a força gravitacional seja nula sobre a partícula A, o vetor F A,D deve anular o vetor resultante de F A,B + F A,C , que são as outras forças atuando sobre a partícula A. F r = F A,B + F A,C F r =-3,0.G.mA²/(1,5d)² i+2,0G.mA²/d² j O módulo do vetor força resultante é portanto: F r =[F r,x ²+F r,y ²]1/2 F r =[(-3,0.G.mA²/(1,5d)²)² + (2,0G.mA²/d²)²] 1/2 F r = 2,4 G.m A ²/d² FA,D=FA,D,xi + FA,D,y j Por outro lado,temos: FA,D = G.mA.mD/r² FA,D =4,0G.mA²/r² Como o módulo de FA,D deve ser igual ao módulo da força resultante Fr, temos: 4,0G.mA²/r²= 2,4 G.mA²/d² 4,0 / r² = 2,4/d² r² = 4,0 d²/2,4 r² = 1,67 d² r= 1,3 d Esse é o comprimento r do vetor r. Para conhecermos suas componentes precisamos saber qual é o ângulo que o vetor FA,D faz com o eixo horizontal x, pois será o mesmo que o vetor r faz com o eixo x. Como FA,D deve ter mesma direção e sentido oposto ao vetor Fr , podemos obter essas informações através do vetor Fr. Dessa forma: rx = r.cos(56,31°) = 1,3.d.0,55 = 0,715d ry = - r.sen(56,31°) = - 1,3.d.0,83 = -1,08d r = rx i + ry j = 0,715d i – 1,08d j 13. A Fig. abaixo mostra uma cavidade esférica no interior de uma esfera de chumbo de raio R = 4,00 cm; a superfície da cavidade passa pelo centro da esfera e “toca” o lado direito da esfera. A massa da esfera antes de ser criada a cavidade era M = 2,95 kg. Com que força gravitacional a esfera de chumbo com a cavidade atrai uma pequena esfera de massa m = 0,431 kg que está a uma distância d = 9,00 cm do centro da esfera de chumbo, na reta que passa pelo centro das duas esferas e pelo centro da cavidade? b a F r F A,D Calculando o ângulo a: arctg (F r,y /F r,x ) = a a = [2,0G.mA²/d²]/[3,0.G.mA²/(1,5d)²] a = arctg( 2,0. 2,25/3,0) a= arctg(1,5) a= 56,31° Logo, b= 56,31°. x y Caso não hoouvesse a cavidade esférica na esfera maior, a força de interação entre as duas esferas seria simplesmente: F in = G.M.m/d² F in = G.2,95.0,431/(0,09)² F in = 8,48x10-11/8,1x10-3 F in = 1,05x10-8 N Como a esfera maior tem uma cavidade, vamos calcular quanto de massa foi retirado para criar essa cavidade. Como a cavidade é esférica, seu volume é dado por: Vce=4/3(p r³) com: r = R/2 = 0,02 p = 3,14 A densidade do chumbo r pode ser obtida através da equação: r=M/Ve porém, note que para calcularmos a densidade do chumbo com os dados que temos, Ve deve ser o volume total da esfera, não da concavidade. Então calculamos Ve também. r = R = 0,04 m a densidade do chumbo é: r=M/Ve r=2,95/2,6x10-4 r= 11346,15 kg/m³ Agora, podemos usar a mesma equação para saber a quantidade de massa que foi retirada da esfera para fazer a concavidade esférica: r = mC/Vce mc = r.Vce = 11346,15.3,3x10-5 m c = 0,374 kg A força de interação entre massa referente a concavidade esférica e a esfera menor seria de: Fin,c = G. mc.m/ (d-R/2)² Fin,c = G. 0,374.0,431/(0,09-0,02)² Fin,c = G. 0,374.0,431/(0,07)² Fin,c = 1,07x10-11/4,9x10-3 Fin,c = 0,22x10-8 N Portanto, a força real de interação Fr entre as esferas é dada subtraindo Fin,c de Fin: Fr = Fin – Fin,c Fr = 1,05x10-8 – 0,22x10-8 Fr = 0,83x10-8 Fr = 8,3x10-9 N V ce = 4/3[3,14.(0,02)³] V ce = 4/3(3,14.0,000008) V ce = 0,000033493 V ce = 3,3x10-5 m³ V e = 4/3[3,14.(0,04)³] V e = 4/3(3,14.0,000064) V e = 0,000267946 V e = 2,6x10-4 m³ 17. (a) Quanto pesaria na superfície da Lua um objeto que pesa 100 N na superfície da Terra? (b) A quantos raios terrestres o mesmo objeto deveriaestar do centro da Terra para ter o mesmo peso que na superfície da Lua? a) Dados: PO,T= 100 N g = 9,8 m/s² Qual a massa do objeto? PO,T = mO.g mO = PO/g mO = 100/9,8 mO = 10,20 kg Qual a aceleração da gravidade na superfície da Lua? gL = 1,67 m/s² Portanto, o peso do objeto na superfície da Lua PO,L seria: PO,L = mO. gL PO,L = 10,20.1,67 PO,L = 17,04 N b) Fg = PO,L Para que a força gravitacional entre esse objeto e a Terra seja igual ao peso do objeto na superfície da Lua o mesmo deveria estar a uma distância r da Terra, maior que o raio da Terra. Como calculamos r? Fg = PO,L Fg = G.mT.mO/r² logo, PO,L = G.mT.mO/r² onde mT é a massa da Terra: mT = 5,973332 × 1024 kg Então r: r² = G.mT.mO/PO,L r² = G. 5,973332 × 1024 . 10,20 / 17,04 r² = 2,385 x 1014 r = 1,54 x 107 m O raio da Terra é de 6,371x106 m. Para saber a quantos raios terrestres rT o objeto deveria estar do centro da Terra basta fazer r/rT: r/rT = 1,54 x 107 / 6,371 x 106 = 2,41 Então o objeto deveria estar a 2,41.rT do centro da Terra. 19. A que altitude acima da superfície da Terra a aceleração gravitacional é de 4,9 m/s2? Fg = G. mT. m / r² Fg = m.g G. mT / r² = g r²= G. mT / g r = (G. mT / g)1/2 r = (G. mT / 4,9)1/2 r = (3,98x1014 / 4,9)1/2 r = 8,13x1013 r = 9,0x106 m r-rT = h h = 9,0x106 - 6,371 x 106 h = 2, 64 x106 m 23. Um planeta é modelado por um núcleo de raio R e massa M cercado por uma casca de raio interno R, raio externo 2R e massa 4M. Se M = 4,1 × 1024 kg e R = 6,0 × 106 m, qual é a aceleração gravitacional de uma partícula em pontos situados a uma distância (a) R e (b) 3R do centro do planeta? b) No caso da letra “b” a partícula estaria na superfície da casca, logo: Fg = G. 5M. m / (3R)² = m. ag a) No caso da letra “a” a partícula estaria na superfície do núcleo, logo: Fg = G. M.m / R² = m. a g G.M/R² = a g a g = 7,6 m\s² ag = 5 G. M / 9R² ag = 1,37 x 1015 / 3,24x1014 ag = 4,2 m/s² 34. A Fig. abaixo mostra a energia potencial U(r) de um projétil em função da distância da superfície de um planeta de raio Rs. Se o projétil for lançado verticalmente para cima com uma energia mecânica de –2,0 × 109 J, determine (a) a energia cinética do projétil a uma distância r = 1,25Rs e (b) o ponto de retorno (vejao Módulo 8-3) em função de Rs. a) Pelo gráfico, na superfície do planeta a energia potencial é US= -5,0x109 J. A energia potencial gravitacional pode ser calculada através da seguinte expressão: U= - GMm/r. Quando o projétil se encontra na superfície do planeta, ou seja, r = RS, temos: US= - GMm/RS = -5,0x109 J. Quando o projétil se encontra a uma distância de 1,25RS teremos: U2= - GMm/1,25RS. Podemos reescrever essa expressão da seguinte forma: U2= (- GMm/RS) . (1/1,25) = US . (1/1,25) Sabemos que US= - GMm/RS = -5,0x109 J, então basta substituir esse valor na expressão acima. U2= (- GMm/RS) . (1/1,25) = US . (1/1,25) = -5,0x109 . (1/1,25) = -4x109 J. Queremos saber o valor da energia cinética K nessa distância. Se a energia mecânica se conserva, então deve ser igual a -2x109 J em qualquer distância. O que significa que: E= U+K = -2x109 J. Podemos usar isso e o fato de U2= -4x109 J para calcular K. Assim temos: K=E-U = -2x109-(-4x109) K=-2x109+4x109 = 2x109 J Logo, quando r=1,25RS, K= 2x109 J. b) O ponto de retorno ocorre quando a energia potencial é igual a energia mecânica. Se a distância continuasse aumentando além do ponto de retorno o projétil teria energia cinética negativa, o que não é possível. Pela expressão U= - GMm/r sabemos que U é inversamente proporcional a distância. Podemos usar esse fato para obter o ponto de retorno. Quando o projétil se encontra a uma distância de 1,25RS a energia potencial é -4x109 J. No ponto de retorno ela deve ser igual a energia mecânica, ou seja, -2x109 J, que significa diminuir para a metade de seu valor. Para que U seja a metade de seu valor r tem que dobrar, logo r= 2 . 1,25RS = 2,5 RS. 37. As três esferas da Fig. abaixo, de massas mA = 80 g, mB = 10 g e mC = 20 g, têm os centros em uma mesma reta, com L = 12 cm e d = 4,0 cm. Você desloca a esfera B ao longo da reta até que a distância entre os centros da esfera B e da esfera C seja d = 4,0 cm. Qual é o trabalho realizado sobre a esfera B (a) por você e (b) pela força gravitacional das esferas A e C? a) O trabalho que você realiza para deslocar a esfera B é igual à variação da energia potencial do sistema de três esferas. Logo, devemos calcular qual foi a variação da energia potencial devido ao deslocamento da esfera B. Antes da esfera B ser deslocada a energia potencial era: Ui= - G [(mA.mB/d)+(mB.mC/(L-d))+(mA.mC/L)] Ui= - 6,67x10-11.[(0,080.0,010/0,04)+(0,010.0,020/0,08)+(0,080.0,020/0,12)] Ui= - 6,67x10-11.[0,02+0,0025+0,013] Ui= - 6,67x10-11.0,0355= - 2,37x10-12 J Uf= - G[(mA.mB/(L-d))+(mB.mC/(d))+(mA.mC/L)] Uf= - 6,67x10-11.[(0,080.0,010/0,08)+(0,010.0,020/0,04)+(0,080.0,020/0,12)] Uf= - 6,67x10-11.[0,01+0,005+0,013] Uf= - 6,67x10-11.0,028 Uf= - 1,87x10-12 J O trabalho realizado por você é dado então por: W = Uf – Ui = - 1,87x10-12 -(- 2,37x10-12 ) W= 5,0x10-13 J b) O trabalho realizado pela força gravitacional devido a presença das esferas A e C será simplesmente o negativo do trabalho realizado por você para deslocar a esfera B para a nova posição, ou seja, -5,0x10-13 J.
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