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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ___________ – __.
 
xxxxxxxxxxxxxx, QUALIFICAÇÃO, neste ato representada por sua genitora, a senhora xxxxxxxxxx, QUALIFICAÇÃO, residentes e domiciliadas a xxxxx, nº. xxxx, Bairro xxxxx, xxxxxx – xx, CEP: xxxxxxx, telefones nº (DDD) xxxxxx, por seus procuradores e advogados, com escritório profissional situado à XXXXXXXX conforme instrumento de mandato em anexo, vem, respeitosamente, à elevada presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE C/C ALIMENTOS E GUARDA COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
 Em face de xxxxxxxxxx, QUALIFICAÇÃO pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I. DA JUSTIÇA GRATUITA
PRELIMINARMENTE, cumpre salientar que a Requerente não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu sustento e de sua família (declaração de pobreza em anexo), requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita como amparo na Lei 1.060/50 e consoante ao artigo 98, caput, do novo CPC/2015, in verbis:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
II - DOS FATOS
A genitora da autora e o réu se conheceram em meados de 2006. Nessa época iniciaram um relacionamento amoroso de aproximadamente 4 (quatro) meses, que findou, pois, o requerido foi embora da cidade, comprometendo-se a dar toda a assistência necessária para a genitora da menor durante a gestação e para a criança, entretanto, nunca mais procurou-as.
Dessa relação nasceu a autora, em __ de _____ de _____, conforme certidão de nascimento em anexo.
Ocorre que, após o nascimento da autora, o réu esquivou-se em conhecer sua filha e assumir a paternidade, desta forma, ao nascer, a menor recebeu apenas o nome da mãe, conforme certidão de nascimento.
O requerido nunca buscou notícias da criança e tampouco prestou qualquer tipo de assistência ao menor e a sua genitora. Mesmo assim, por saber da vontade de filha em conhecer o pai, a genitora da menor conseguiu meios de entrar em contato e levou a filha até o Estado de Minas Gerais para conhece-lo.
Atendendo a pedido do requerido, foi realizado exame de DNA no dia __ de ___de ____, restando comprovado que a requerente é filha legítima do requerido.
Ora excelência, é latente que o requerido deve cumprir com sua obrigação registrando sua filha e contribuindo para manutenção do mínimo necessário para que a requerente tenha uma qualidade de vida dentro de padrões aceitáveis, levando em consideração que durante toda a vida da menor, nunca contribuiu de forma afetiva nem financeira.
Incontestável é o dever do Requerido em prestar alimento a filha menor, que necessita atualmente de pelo menos 80% (oitenta por cento) do salário mínimo vigente, por mês, devendo ser depositado na conta poupança da genitora da menor, (informar dados), até o dia 10 (dez) de cada mês e que ao final se convertam em definitivos.
Segundo a genitora da menor, o requerido ganha em média R$ 2.000,00 (dois mil reais) por mês, possuindo desta forma, condições de pagar o valor requisitado para a sua filha.
A genitora da menor já possui a guarda unilateral, desejando desta forma, continuar com esse direito, obtendo a guarda definitiva, regulamentando com o requerido o direito de visitas, a ser combinado antecipadamente, nas férias da menor.
Assim, a prometida regularização não se concretizou e até o momento, a autora vem sendo sustentada única e exclusivamente por sua genitora. Infrutíferas as tentativas da composição amigável ao reconhecimento da paternidade, não resta outra alternativa a autora, senão a vinda ao Judiciário.
III – DO DIREITO
III. DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE
Nos termos do artigo 1607 do Código Civil:
“Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente. ”
Conforme preceitua o artigo 1609 do mesmo diploma legal, o reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e poderá ocorrer: no registro do nascimento; por escritura pública ou escrito particular, devendo ser arquivado em cartório; por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.
Ainda, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.069/90) expressa em seus artigos 26 e 27 a extensão ao direito de personalidade, in verbis:
“Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação. ”
“Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de justiça. ”
No que tange à prova da paternidade, merece destaque a norma do artigo 1605 do Código Civil, segundo o qual “na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por qualquer modo admissível em direito: I – quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente; II – quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos”.
Sendo assim, a autora tem direito ao reconhecimento do vínculo de paternidade, visto exame de DNA acostado aos autos.
Ademais, conforme demonstrado nas provas documentais (DNA) e fotos anexados à presente, além de provas testemunhais, oportunamente arroladas, rematam cabalmente qualquer dúvida que porventura pudesse existir quanto à filiação da autora.
Dispõe expressamente o artigo 1616 do Código Civil que a declaração de paternidade decorrente da sentença tem os mesmos efeitos do reconhecimento da paternidade.
Desta forma, requer que seja reconhecida a paternidade da menor e seja expedido por este Juízo, mandado de retificação ao cartório de registro civil para fazer constar todas as qualificações pertinentes à filiação da menor.
III.2 DOS ALIMENTOS
 Fundamenta-se na legislação vigente o pedido da requerente:
Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
I – dirigir-lhes a criação e educação;
II – tê-los em sua companhia e guarda; (...)
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:
VII – a guarda e a educação dos filhos, regulado o direito de visita; (...)
Assim resta evidente o direito da genitora de ficar com a guarda das menores, uma vez que, já tem a guarda de fato desde o nascimento destas. Ademais, busca-se a preservação do vínculo afetivo familiar das menores com a mãe com quem convivem desde seu nascimento.
Consoante o sistema do Código Civil, os alimentos compreendem os recursos necessários à sobrevivência, não só à alimentação propriamente dita, como a habitação, vestuário, tratamento médico e dentário, assim como a instrução e educação, quando se trata de menor. Nesse sentido, fez o Legislador pátrio consignar, no § 1º, do art. 1.694, do Código Civil, que: “Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades e dos recursos da pessoa obrigada”.
Da mesma forma, o fato do requerido não participar com a manutenção necessária da requerente, comete o crime de abandono material previsto no artigo 244 do Código Penal. In verbis:
Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Parágrafoúnico - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada.
 Ademais, o dever de prestação de alimentos está previsto expressamente na Constituição Federal, em seu artigo 229, sendo dever dos pais satisfazerem as necessidades vitais das autoras, vez que estas não podem provê-las por si.
Segundo informações obtidas pela genitora da menor, o réu possui situação financeira estável, trabalha na empresa xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, percebendo cerca de R$ 2.000,00 (dois mil reais) mensais. Assim, plenamente comprovada a possibilidade do réu.
Diante do que aqui ficou exposto, não resta outro meio a requerente senão buscar através da ação de alimentos a prestação jurisdicional, a fim de proteger seus direitos.
 IV - DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPATÓRIA
 Em que pese a presente demanda para satisfazer o interesse da requerente, convém salientar que esta não pode esperar pelo provimento jurisdicional, tendo em vista que suas necessidades são perenes e urgentes.
Com isso, a concessão da tutela de urgência para que a requerente tenha sua satisfação atendida é medida que se impõe, sob pena de ter sérios prejuízos, como material e educacional. Nesse sentido, o art. 300 do Novo Código de Processo Civil, é expresso ao afirmar que:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
Desta forma, a requerente requer a tutela provisória de urgência sem a oitiva prévia da parte contrária, conforme art. 9º, parágrafo único, inc. I, do CPC. In verbis:
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;
 Assim, a concessão da tutela de urgência antecipatória, no sentido de definir provisoriamente, alicerçados nos artigos supracitados, alimentos à autora no importe 80% (oitenta por cento) do salário mínimo vigente, com vistas a salvaguardar os interesses da requerente até a decisão final do presente feito.
Dessa maneira, está mais que demonstrado pela requerente, um fato concreto e objetivo, configurando-se assim os dois requisitos da tutela provisória de urgência com relação aos seus problemas enfrentados, como ora já descritos anteriormente.
V – DOS PEDIDOS.
Diante de todo o exposto, requer-se:
a) o benefício da Assistência Judiciária, por serem juridicamente pobres, nos moldes dos artigos 98 a 102, do CPC/2015;
b) a intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos da lei;
c) concessão da tutela de urgência antecipatória, para fixação de alimentos provionais no valor equivalente a 80% (oitenta por cento) do salário mínimo vigente, por mês, devendo ser depositado na conta poupança da genitora da menor, (informar dados), até o dia 10 (dez) de cada mês e que ao final se convertam em definitivos;
d) seja oficiado o empregador do réu para que realize desconto diretamente na folha de pagamento, referente ao valor a título de pensão alimentícia, nos termos do artigo 734 do Código de Processo Civil, e que deverão ser pagos diretamente à genitora da menor ou através de depósito bancário na conta acima informada;
e) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015;
f) determinar a citação do requerido, inicialmente pelo correio e, sendo esta infrutífera, por oficial de justiça, ou, ainda, por meio eletrônico, tudo nos termos do art. 246, incisos. I, II e V, do CPC/2015;
g) seja concedida a guarda da menor a sua genitora, uma vez que, esta já se encontra sob sua guarda e responsabilidade de fato;
h) seja deferida a regulamentação de visitas conforme termos acima expostos;
i) a procedência de todos os pedidos, declarando-se, por sentença, que a autora é filha do réu, com as consequências decorrentes previstas em leis, como a consequente expedição do mandado de retificação ao cartório de registro civil para fazer constar todas as qualificações pertinentes à filiação da menor, bem como condenação do Requerido ao pagamento de pensão alimentícia, com a devida conversão em caráter definitivo, na mesma proporção dos alimentos provisórios;
j) a condenação do requerido às custas e honorários e sucumbenciais;
l) ao final, sejam julgados procedentes, totalmente, os pedidos veiculados nesta ação.
Protesta-se provar o alegado por todos os meios de prova permitidos em lei, especialmente depoimento pessoal do réu; prova testemunhal e, principalmente, prova documental (exame DNA anexo);
Dá-se a causa o valor de R$ xxxxxxx, para efeitos meramente fiscais.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
CIDADE - XX, __de ____ de _____.
JACQUELINE MATHEUS DOS SANTOS
OAB/BA 52.861

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