Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI COORDENADORIA DO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA TRABALHO FINAL DE CURSO GUSTAVO DE OLIVEIRA GONÇALVES PROPRIEDADE E PROJETO DE UM SISTEMA DE MICROGERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA SÃO JOÃO DEL-REI 2019 GUSTAVO DE OLIVEIRA GONÇALVES PROPRIEDADE E PROJETO DE UM SISTEMA DE MICROGERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Trabalho final de curso submetido ao Departamento do Curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de São João del-Rei para a obtenção do título de Engenheiro Eletricista. Orientador: Prof. Paulo César Monteiro Lamim Filho. SÃO JOÃO DEL-REI 2019 GUSTAVO DE OLIVEIRA GONÇALVES PROPRIEDADE E PROJETO DE UM SISTEMA DE MICROGERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Trabalho final de curso submetido ao Departamento do Curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de São João del Rei para a obtenção do título de Engenheiro Eletricista. Orientador: Prof. Paulo César Monteiro Lamim Filho. São João del-Rei, 11 de dezembro de 2019. BANCA EXAMINADORA Paulo César Monteiro Lamim Filho. Profº. Cristiane Geralda Tarôco Profª. Deivity do Carmo Santos Mestrando AGRADECIMENTOS À minha família e, em especial, aos meus pais, Flávio Gonçalves e Rosângela Maria de Oliveira Gonçalves, por sempre lutarem por mim e por todos os esforços que fizeram. Sou muito grato por tudo e sempre serei. Também à minha irmã, Ariana Oliveira Gonçalves. Vocês são meu amor incondicional; À minha namorada, Isabela Zaparoli, pelo carinho e companheirismo ao longo desses anos; Aos meus amigos Flávio Oliveira, Mateus Araújo, Paulo Henrique Bernardes, Guilherme Cardoso, Gabriel Rocha, Ayrton Senna, Calill Madson, Anne Valentim, William Teixeira, Nayara Oliveira e Clayderman Oliveira, por estarem presente ao longo desses anos de luta, mas também de muita alegria. Obrigado pela amizade; A todos os amigos de UFSJ, os quais tive o imenso prazer de conhecer; Ao professor Paulo César Monteiro Lamim Filho, pelo apoio, pela compreensão e também pela amizade; A todas aquelas pessoas que, de alguma maneira, influenciaram e contribuíram para minha formação acadêmica, para o meu crescimento pessoal e profissional, o meu muito obrigado. RESUMO A energia fotovoltaica tem se mostrado uma das tecnologias mais importantes para o desenvolvimento sustentável a nível mundial, na medida em que se propõe a atender a demanda energética da sociedade por meio de atividades de baixo impacto ambiental. As Resoluções Normativas nº 482 e nº 687 da Agência Nacional de Energia Elétrica possibilitaram aos consumidores brasileiros a produção de sua própria energia elétrica, inclusive compensando esta produção com créditos de energia e permitindo a transferência do excedente para a rede pública. Tais resoluções abriram uma nova perspectiva para o paradigma energético do país, contribuindo para a geração de energia limpa e para a diminuição dos gastos dos consumidores que se propuserem a adotar formas mais sustentáveis de geração de energia. Dessa forma, o presente trabalho foi baseado em um estudo de caso, cujo principal objetivo foi de ilustrar a metodologia de dimensionamento de um sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica. O estudo foi realizado na cidade de Ouro Preto – MG e abordou as etapas de prospecção e dimensionamento do sistema. Após o cálculo da potência necessária para atender a referida residência, foram escolhidos para compor o projeto o painel Canadian Solar e o inversor Fronius Galvo de 2,0 kW. Verificou-se que, tanto a configuração com cinco painéis, quanto àquela com seis, atenderiam à demanda de geração estabelecida inicialmente, de 214,5 kWh/mês. Assim, a configuração do projeto ficou a critério do cliente, dependendo da sua disponibilidade econômica e do espaço disponível para a implantação do mesmo. Foi comprovada a viabilidade econômica de implantação do sistema, uma vez que este apresentou payback de 7 anos e 11 meses e garantiu uma economia de aproximadamente R$ 97.767,85 ao longo de 25 anos. Palavras-chave: Energia solar fotovoltaica. Microgeração distribuída. Projeto de energia solar fotovoltaico. . ABSTRACT Photovoltaic energy has proven to be one of the most important technologies for sustainable development worldwide, meeting society's energy demand through activities with low environmental impact. The Normative Resolutions 482 and 687 of the National Electricity Agency (ANEEL) allowed Brazilian consumers to produce their own electricity, including offsetting this production with energy credits and allowing surplus transfer to the public grid. These resolutions opened a new perspective for the country's energy paradigm, contributing to the generation of clean energy and the reduction of consumer spending. Thus, the present research was based on a case study, whose aims to illustrate the sizing methodology of a photovoltaic system connected to the electric grid. The study was conducted in Ouro Preto city, Brazil, and addressed the stages of prospecting and sizing of the system. After calculating the power required to meet this residence, the Canadian Solar panel and the Fronius Galvo 2.0 kW inverter were chosen to compose the project. Both the five and the six panel configuration would meet the established generation demand of 214.5 kWh/month. Thus, the project configuration was at the discretion of the client, depending on its economic availability and the space available for its implementation. The economic feasibility of system implementing was proven, as it presented a 7-year and 11-month payback and guaranteed savings of approximately R $ 97,767.85 over 25 years. Keywords: Photovoltaic solar energy. Distributed microgeneration. Photovoltaic solar energy project. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Esquema de uma Célula Fotovoltaica ...................................................... 10 Figura 2 – Circuito equivalente de uma célula fotovoltaica ....................................... 11 Figura 3 – Parâmetros de Potência Máxima ............................................................. 12 Figura 4 – Influência da variação da irradiação solar na curva I-V, para temperatura de célula fixa e igual a 25ºC ...................................................................................... 13 Figura 5 – Influência da temperatura na operação dos módulos fotovoltaicos .......... 14 Figura 6 – Partes constituintes de um módulo fotovoltaico ....................................... 14 Figura 7 – Valores de horas de sol pleno .................................................................. 15 Figura 8 – Gráfico de Consumo x Geração ............................................................... 22 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Custo de Disponibilidade Segundo o Tipo de Fornecimento de Energia Elétrica ..................................................................................................................................... 16 Tabela 2 - Consumo de energia durante os doze meses considerados no estudo.... 17 Tabela 3 - Dados de irradiação obtidos do Crescesb ...................................................... 18 Tabela 4 - Característica do Sistema ............................................................................. 21 Tabela 5 - Viabilidade do sistema ....................................................................................... 22 Tabela 6 - Retorno dos investimentos ................................................................................ 23 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Especificações do painel Canadian Solar ................................................... 168 Quadro 2 - Especificações doInversor. ........................................................................... 179 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS Aneel Agência Nacional de Energia Elétrica CEMIG Companhia Elétrica de Minas Gerais Ef Eficiência global FF Fator de Forma I Corrente Id Corrente reserva de saturação do diodo (A); Imp Corrente de Potência Máxima Iph Corrente fotogerada (A); Junção PN Junção Positiva e Negativa kWh Quilowatt-hora M Parâmentro utilizado para referenciar o produto Ns (n) MPPT Maximul Power Point Tracking Nm Nível médio de radiação solar (h/dia) Pmp Ponto de Máxima Potência Ptmm Potência total do módulo (kWp) Rs Resistência em série da célula Rsh Resistência shunt ou paralelo da célula STRINGS Arranjos V Nível de tensão nos terminais da célula ou módulo fotovoltaico (V); V Tensão Vmp Tensão de Máxima Potência SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 9 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 10 2.1 A energia solar fotovoltaica ......................................................................... 10 2.2 A célula, o módulo e o modelo fotovoltáico ............................................... 10 2.3 Circuito Equivalente ..................................................................................... 11 2.4 Características elétricas dos módulos fotovoltaicos ................................ 12 2.5 Influências de parâmetros na tecnologia fotovoltaica. ............................. 13 2.6 Composição de um módulo fotovoltaico .................................................... 14 3 ESTUDO DE CASO ........................................................................................ 16 3.1 Localização ................................................................................................... 16 3.2 Definição do número de painéis .................................................................. 17 3.3 Dados do inversor ........................................................................................ 18 3.3.1 Critério 1 ......................................................................................................... 19 3.3.2 Critério 2: ........................................................................................................ 19 3.3.3 Critério 3: ........................................................................................................ 20 3.4 Viabilidade econômica ................................................................................. 21 3.5 Manutenção dos Equipamentos..........................................................................23 4 CONCLUSÃO ................................................................................................. 25 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 26 9 1 INTRODUÇÃO O aumento do consumo de energia elétrica está diretamente ligado ao crescimento contínuo da população mundial. Em países como o Brasil, que apresenta atualmente cerca de 209.3 milhões de habitantes (IBGE, 2017), ou como a China, que em 2017 registrou 1.386 bilhões de habitantes, é necessário que se tenha uma matriz energética muito forte para atender essa alta demanda. Neste sentido, a energia captada a partir dos raios solares tem se mostrado uma das tecnologias mais importantes para o desenvolvimento sustentável mundial. Seu principal diferencial é a certeza de um equilíbrio entre o atendimento da demanda energética da sociedade e a preservação dos recursos naturais, na medida em que é uma atividade reconhecida por seu baixo impacto ambiental. De acordo com Villava (2015), o Sol é a principal fonte de energia do nosso planeta. Assim, a superfície da Terra recebe anualmente uma quantidade de energia solar (nas formas de luz e calor) suficiente para suprir milhares de vezes as necessidades da população mundial durante o mesmo período. Ainda que apenas uma parcela dessa energia seja aproveitada, praticamente toda energia usada pelo ser humano tem sua origem no Sol. A Resolução Normativa nº 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica, aprovada em 17 de abril de 2012 (ANEEL, 2012), possibilitou aos consumidores brasileiros a produção de sua própria energia elétrica, inclusive compensando esta produção com créditos de energia, quando houver excedentes. Em novembro de 2015, entrou em vigor a Resolução Normativa nº 687, que atualizou a norma anterior, passando a permitir que o consumidor possa gerar sua própria energia e transferir o excedente para a rede. Essas resoluções abriram uma nova perspectiva para o paradigma energético do país, contribuindo para a geração de energia limpa, para a criação de empregos e, principalmente, para a diminuição dos gastos dos consumidores que se propuserem a adorar formas mais sustentáveis de geração de energia. 10 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 A energia solar fotovoltaica A energia solar fotovoltaica é a energia obtida através da conversão direta de luz em eletricidade por meio do efeito fotovoltaico. A célula fotovoltaica, um dispositivo fabricado com material semicondutor, é a unidade fundamental desse processo de conversão de energia. A energia solar fotovoltaica vem se constituindo como uma alternativa energética adequada, confiável e segura para o fornecimento de energia elétrica, não somente às localidades isoladas e dispersas da rede elétrica convencional, como também em regiões urbanas, através dos denominados “sistemas fotovoltaicos conectados à rede” (BENEDITO, 2009). 2.2 A célula, o módulo e o modelo fotovoltaico A conversão da energia das radiações eletromagnéticas em energia elétrica é um fenômeno físico conhecido como “Efeito Fotovoltaico”. De acordo com Lorenzo (1994), “a célula solar é, sem dúvida, o dispositivo fotovoltaico mais importante para a conversão direta da energia solar em energia elétrica”. As células fotovoltaicas atuais são constituídas por silício e por uma junção PN, que possui características semelhantes à de um diodo semicondutor (Figura 1). A irradiância solar incidente no material semicondutor da célula fotovoltaica gera pares de elétrons-lacuna em ambos os lados da junção PN, que se movem por ação do campo elétrico da junção, em sentidos contrários. Figura 1 – Esquema de uma Célula Fotovoltaica Fonte: Nascimento (2013) 11 Na região N (parte frontal da célula), o silício é dopado com fósforo. Tal elemento possui cinco elétrons em sua camada de valência que, durante este processo, serão adicionados à estrutura tetravalente do silício, culminando na sobra de elétrons na referida camada. Do mesmo modo, na região P, o silício é dopado com o boro, que possui três elétrons em sua camada de valência. Nessa região haverá, portanto, uma concentração de lacunas maior do que a de elétrons. O fato de a concentração de elétrons ser maior na camada N desencadeia uma transferência de elétrons da camada N para a camada P, formando, assim, um campo elétrico em sua junção. Neste processo, os elétrons que não ocupam as lacunas se deslocam para o material condutor, que irá transferir a corrente elétrica produzida pela célula quando a energia dos fótons for absorvida. 2.3 Circuito Equivalente A célula fotovoltaica pode ser caracterizada pela curva I-V, que representa a variação da corrente I com a tensão em seus terminais V. Quando exposto à radiação solar, o gerador forma corrente e tensão. Se o gerador não estiver conectado à nenhuma carga em seus terminais, é possível medir a tensão. Por outro lado, se a carga estiver conectada ao gerador, haverá uma corrente circulando pelo sistema. A Figura 2 e a Equação (1) apresentam,respectivamente, o circuito equivalente de uma célula fotovoltaica e a equação do circuito equivalente que expressa o funcionamento intrínseco dessa célula. Figura 2 – Circuito equivalente de uma célula fotovoltaica Fonte: Lorenzo (1994) 𝑰 = 𝑰𝒑𝒉 − 𝑰𝒅 |𝐞𝐱𝐩 ( 𝑽+ 𝑰 × 𝑹𝒔 𝒎 𝒙 𝑽𝒕 ) − 𝟏 | − (𝑽+ 𝑰 𝒙 𝑹𝐬) 𝑹𝐏 (1) 12 Legenda: Iph – Corrente fotogerada (A); Id – Corrente reserva de saturação do diodo (A); V – Nível de tensão nos terminais da célula ou módulo fotovoltaico (V); m – Parâmentro utilizado para referenciar o produto Ns(n); I – Corrente nos terminais de saída; Rs – Resistência em série da célula; Rp – Resistência Shunt; Rsh – Resistência shunt ou paralelo da célula. 2.4 Características elétricas dos módulos fotovoltaicos Para cada ponto da curva I x V, o produto corrente-tensão representa a potência gerada para aquela condição de operação. A Figura 3 demonstra que para uma célula – e, consequentemente, para o módulo – existe somente uma tensão na qual a potência máxima pode ser extraída. É importante citar que não existe geração de potência nas condições de circuito aberto e curto circuito, já que nesses casos a tensão ou corrente são iguais à zero. Figura 3 – Parâmetros de Potência Máxima Fonte: Creseb (2004) O Ponto de Máxima Potência (Pmp) corresponde ao produto da Tensão de Máxima Potência (Vmp) e da Corrente de Potência Máxima (Imp). Os valores Pmp, Vmp, Imp, Voc e Ish são, portanto, os cinco parâmetros que especificam o módulo sob dadas condições de radiação, temperatura de operação e massa de ar. 13 O Fator de Forma (FF) é uma grandeza que expressa o quanto a curva característica se aproxima de um retângulo no diagrama I x V. Assim, quanto melhor a qualidade das células no módulo, mais próxima da forma retangular será a curva I x V. O produto Imp x Vmp – que informa a potência máxima entregue à carga – está representado pela área tracejada na Figura 3 e é, obviamente, menor do que a área do retângulo representado pelo produto Isc x Voc. 2.5 Influências de parâmetros na tecnologia fotovoltaica. Sabe-se que as primeiras células fotovoltaicas fabricadas foram projetadas para aplicações espaciais. No espaço, tais células podem funcionar em sistemas situados em regiões próximas à atmosfera terrestre, onde a radiação solar é de ordem 1367 W/m2 e as células se encontram em temperaturas da ordem de 50º à 60ºC, condição na qual apresentam grande eficiência (GHENSEV, 2006). Esta eficiência elevada, apesar de já ocorrer nas primeiras famílias de células, não era coincidência. Isso ocorre na medida em que as células solares (como qualquer outro circuito elétrico) sofrem influência da temperatura a qual elas estão submetidas (GHENSEV, 2006). Conforme exposto na Figura 4, existem fatores externos que contribuem para a alteração dos parâmetros elétricos, sendo eles: a radiação solar incidente no plano do gerador e a temperatura da célula. A variação destes dois fatores ocorre, na maioria das vezes, pelas condições climáticas (ex.: presença de chuvas ou de nuvens durante o dia) ou devido a fenômenos não físicos, como sombreamento sobre a instalação. Outra variável importante neste processo é a temperatura na superfície dos módulos, já que grande parte da energia solar que incide na célula é convertida em calor. Figura 4 – Influência da variação da irradiação solar na curva I-V, para temperatura de célula fixa e igual a 25ºC. Fonte: Villalva (2015) 14 As células de silício apresentadas até o momento têm sua eficiência reduzida devido ao aumento da temperatura na mesma, sendo o cenário ideal para o seu funcionamento aquele com temperaturas mais baixas (GHENSEV, 2006). Na Figura 5 é possível observar que o aumento da temperatura é um fator prejudicial para os módulos, uma vez que culmina na redução da tensão causada por ela. Figura 5 – Influência da temperatura na operação dos módulos fotovoltaicos Fonte: Villalva (2015) 2.6 Composição de um módulo fotovoltaico A Figura 6 ilustra uma vista explodida de um módulo fotovoltaico. A função de cada uma das partes é descrita a seguir: Figura 6 – Partes constituintes de um módulo fotovoltaico Fonte: Portal Solar (2017) 15 a. Moldura de alumínio: é utilizada para proteger o módulo durante a instalação, impedindo que ocorram microfissuras nas células fotovoltaicas; b. Vidro especial: é aplicado para facilitar a entrada de luz e refletir o mínimo possível da luz que incide em sua superfície; c. Película encapsulante: protege as células contra o envelhecimento causado pelos raios UV (presente na radiação eletromagnética do sol), pela umidade e pela temperatura; d. Células fotovoltaicas: conversão direta da “luz” em eletricidade; e. Fundo protetor: protege os componentes internos do módulo e também os isola eletricamente; f. Caixa de junção: local onde encontram-se os terminais da célula que foram interconectadas e o diodo de by-pass, responsável por desviar a corrente elétrica em strings sombreadas. 2.7 Variação diária do recurso solar De acordo com Pinho (2014) o conceito de “horas de sol pleno” corresponde ao número de horas que a irradiância solar permanece constante e igual a 1000 W/m². Através desse conceito, utilizando um piranômetro, é possível medir a energia entregue pelo sol em uma determinada localidade ao longo de um dia. A Figura 7 mostra como as horas de sol pleno podem sofrer distorções dependendo das condições climáticas. Figura 7 – Valores de horas de sol pleno Fonte: Pinho (2014) 16 3 ESTUDO DE CASO Para realização de um projeto solar, devemos ter clareza de todas as etapas a serem consideradas, sendo elas: a) prospecção, b) dimensionamento, c) instalação e d) comissionamento. Tendo em vista que a finalidade desta seção é ilustrar a metodologia de dimensionamento de um sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica, contemplaremos aqui somente as etapas de prospecção e dimensionamento. 3.1 Localização O estudo de caso foi realizado na cidade de Ouro Preto – MG, em um imóvel atendido pela concessionária CEMIG, através de um fornecimento bifásico de energia elétrica. A Tabela 1 apresenta o que determina a Resolução Normativa nº 414 de 9 de setembro de 2010 da ANEEL, que impossibilita eliminar o custo de disponibilidade cobrado na fatura de energia para os consumidores enquadrados no grupo B, ou da demanda contratada, para os consumidores do grupo A. Tabela 1 – Custo de Disponibilidade Segundo o Tipo de Fornecimento de Energia Elétrica Tipo de fornecimento Custo de disponibilidade I Monofásico 30 KWh II Bifásico 50 KWh III Trifásico 100 KWh Fonte: Autoria própria A instalação dos módulos será em telhado colonial, em uma área direcionada para o nordeste. Como parte do projeto, o cliente foi alertado da presença de um edifício ao lado do terreno, podendo este ocasionar sombreamento futuro à instalação, caso o mesmo aumente seu número de andares. Do outro lado da residência existe também um lote vago, que não põe em risco o projeto. A Tabela 2 apresenta o consumo de energia referente ao imóvel avaliado durante os doze meses considerados no estudo. 17 Tabela 2 - Consumo de energia durante os doze meses considerados no estudo. MÊS CONSUMO (KWH) MÊS CONSUMO (KWH) MAR/2019 245 AGO/2018 276 FEV/2019 263 JUL/2018 245 JAN/2019 249 JUN/2018 258 DEZ/2018 292 MAI/2018 252 NOV/2018 277 ABR/2018 256 OUT/2018 281 Média total 264,5 SET/2018 280 Média diária 8,81 Fonte: Autoria própria 3.2 Definição do número de painéis De posse dos parâmetros citados anteriormente, é possível a potência do gerador que irá atender às especificações do cliente, através da Equação (2). Energia Gerada = Consumo médio – Taxa de Disponibilidade (2) Temos, portanto: Energia Gerada = 264,5Kwh/mês– 50kwh/mês = 214,5Kwh/mês Sabendo a potência do gerador, é necessário escolher o painel fotovoltaico que será utilizado. Neste estudo de caso o painel escolhido foi o Canadian Solar, cujas especificações estão descritas no Quadro 1. Quadro 1 - Especificações do painel Canadian Solar Fabricante: Canadian Solar Modelo: CS6P – 355 Potência nominal de pico Wp: 355wp Tensão à potência nominal V: 30,2 Tensão de circuito aberto V: 37,4 Corrente à potência nominal A: 8,43 Corrente de curto-circuito A: 9 A Área: 1,61 m2 Fonte: Autoria própria A escolha do painel fica a critério do projetista, que deve levar em consideração aspectos de eficiência e os custos para o cliente. Com o painel escolhido, é necessário definir a quantidade de painéis que conseguirá gerar os 214,5 Kwh/mês. Para isso, foi utilizada a Equação (3): 18 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠 = 𝑃𝑡𝑚 𝑃𝑡𝑚𝑚 𝑥 𝑁𝑚 𝑥 𝐸𝑓 𝑥 𝐺𝑚 𝑥 30 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 5,58 = 6 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠 (3) em que, Ptm = Geração mensal = 214,5 Kwh Ptmm = Potência total do módulo (kWp) = 0,355 Nm= Nível médio de radiação solar (h/dia) = 4,81 (Tabela 3) Ef = Eficiência global = 0,75 Tabela 3 - Dados de irradiação obtidos do Crescesb MÊS IRRADIAÇÃO GLOBAL MÉDIA (KWH/M³.DIA) MÊS IRRADIAÇÃO GLOBAL MÉDIA (KWH/M³.DIA) JANEIRO 5,46 AGOSTO 4,96 FEVEREIRO 5,73 SETEMBRO 5,15 MARÇO 4,82 OUTUBRO 5,18 ABRIL 4,45 NOVEMBRO 4,83 MAIO 3,96 DEZEMBRO 5,32 JUNHO 3,84 MÉDIA 4,81 JULHO 4,07 Fonte: Autoria própria 3.3 Dados do inversor A próxima etapa do projeto é a escolha do inversor que irá se adequar ao número de painéis determinado. A faixa de potência disponível no mercado nacional para esta aplicação está entre 1,5kW e 5kW. Deve-se escolher um inversor analisando seus dados de tensão e corrente, para saber se a quantidade de painéis sugerida se adapta a esse dispositivo. Por análise do projeto, por questões de mercado e pela qualidade do equipamento, escolheu-se para este estudo o inversor Fronius Galvo de 2,0kW. As especificações do inversor estão descritas no Quadro 2, a seguir: Quadro 2 - Especificações do Inversor Fabricante: Fronius Galvo Modelo: Galvo 2.0 – 1 de 2,0kW Potência DC máx: 2,140w Tensão de CC máx: 420v Faixa de operação MPPT de VDC: 120 - 355 Corrente máxima de entrada: 17,8A Número de strings: 1 Potência nominal de AC: 2000W Potência máx de AC: 2000VA Corrente máxima de saída: 9,7 A 19 Variação da tensão de saída: 180V à 270V Frequência da rede: 60 Hz Eficiência máxima: 96% Fonte: Autoria própria Existem três critérios para adequar o inversor à potência dos painéis que devem ser respeitados em conjunto: 3.3.1 Critério 1 A potência do gerador deve ser igual ou 20% superior à potência do inversor que, neste caso, é de 2,0Kw. Portanto, no primeiro critério temos uma faixa de potência de 2.0kW à 2.4kW. O valor de 20% é um valor estipulado para gerar um sistema de melhor qualidade e menor custo. Existem estudos que demonstram que este valor pode ser até 30% maior do que a potência do inversor. Porém, esta escolha implicaria em um maior número de painéis e, assim, em um maior custo de projeto para o cliente. 3.3.2 Critério 2: Os painéis fotovoltaicos devem trabalhar dentro da faixa MPPT do inversor. Porém, se o painel trabalhar no limite máximo superior ou no limite mínimo inferior, há um grande risco de se sair da faixa de atuação do equipamento, o que ocasionaria uma desconexão do sistema. Portanto, deve-se acrescentar 20% a mais no valor de tensão do limite inferior e 10% a menos no valor de tensão do limite superior. No inversor analisado, o limite inferior é de 120V. Acrescentando os 20% do limite inferior tem-se: 120 x 1,2 = 144V (4) No limite superior, retirando 10%, tem-se: 355 x 0,9 = 319,5V (5) Assim, a nova faixa de tensão de trabalho é de 144V a 319,5V. 20 3.3.3 Critério 3: A soma das correntes dos painéis deve ser menor do que a corrente máxima de entrada do inversor (17,8 A). Então, com base nos dois últimos critérios e com os dados de placa do painel, foi possível calcular a quantidade máxima e mínima de painéis ligados em série, bem como a quantidade de strings (arranjos). Nº mín de painéis em série = VmPmín Vmppainel = 144 30,2 = 5 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠 (6) Nº máx de painéis em série = VmPmín Vmppainel = 319,5 30,2 = 10 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠 (7) Nº de strings = Iinv Iscpainel = 17,8 9 = 1, 97 = 1 𝑠𝑡𝑟𝑖𝑛𝑔 (8) Como o inversor tem apenas 1 entrada MPPT e não suporta mais que 1 string, utilizou-se esta entrada para conectar os módulos ao inversor. Portanto, organizando os dados levantados, obtiveram-se as seguintes configurações possíveis de arranjos: 5 painéis em série com 1 string; 6 painéis em série com 1 string; 7 painéis em série com 1 string; 8 painéis em série com 1 string; 9 painéis em série com 1 string; 10 painéis em série com 1 string; Apesar de o estudo ter se baseado nos cálculos para ter um mínimo e um máximo de módulos possíveis, é necessário atentar-se aos três critérios mencionados anteriormente. Como eles devem ser atendidos em conjunto, algumas das opções listadas não atendem à interseção dos três. Conforme foi possível observar, todas as configurações estavam de acordo com os Critérios 2 e 3. Contudo, o Critério 1, que estabelece uma faixa de tensão 2,0k à 2,4k, não estava sendo obedecido em todas as opções. Assim sendo, a configuração que atende a todos os critérios são com 6 painéis. 21 3.4 Viabilidade econômica Conforme descrito anteriormente, existe a possibilidade de 6 painéis para atender de maneira correta a geração mensal do projeto (Equação 9). 𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 𝑃𝑡𝑚𝑚 𝑥 𝑁º 𝑥 𝐸𝑓 𝑥 𝑁𝑚 𝑥 30 𝑑𝑖𝑎𝑠 (9) Legenda: Ptmm = Potência total do módulo (kWp) Nm= Nível médio de radiação solar (h/dia) Ef = Eficiência global Nº = número de painéis Para 6 painéis: 355 𝑥 6 𝑥 4,81 𝑥 0,75 𝑥 30 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 230,51 𝑘𝑊ℎ/𝑚ê𝑠 (10) A configuração que atende à geração estabelecida inicialmente, onde seria necessário gerar 214,5kWh/mês. Assim, a configuração do projeto fica a critério do cliente, dependendo da sua viabilidade econômica e seu espaço no telhado, que não pode ser desconsiderado. Para uma análise mais detalhada da viabilidade do projeto, foi realizada uma simulação do desempenho econômico, considerando os parâmetros do sistema projeto descritos na Tabela 4. Tabela 4 - Característica do Sistema a ser Instalado Potência do Sistema 1,8kWp Quantidade de Placas Fotovoltaicas 6 x 355W Área Ocupada Pelo Sistema 12m² Produção Média Mensal 215Kwh/mês Economia Mensal do Sistema R$191,05 Produção Média Anual 2.576k Wh/Ano Economia Anual do Sistema R$2.292,64 Fonte: Autoria própria É possível também analisar graficamente o consumo e a geração do sistema, depois de implantado, com os dados coletados, conforme demonstrado na Figura 8. 22 Figura 8 – Gráfico de Consumo x Geração Fonte: Autoria própria Através da Figura 8 é possível perceber a constância de geração do sistema fotovoltaico, já que, mesmo em meses com a menor incidência solar e mais chuvosos, o sistema mantém sua geração de energia. Isso se explica pelo fato de que placas não necessitam do sol pleno, e sim da radiação solar sobre elas – o que acontece ainda que o tempo esteja fechado, nublado ou com muitas nuvens encobrindo. Também é possível analisar graficamente a viabilidade, gerando e respeitando a taxa de disponibilidade demonstrada anteriormente. A rentabilidade do projeto, com base no custo de implantação, na variação da tarifação de energia de 6% ao ano, na degradação anual do sistema, e na a taxa de disponibilidade do sistema, está disposta na Tabela 5. Tabela 5 - Viabilidadedo sistema Custo específico do projeto (Valor pago por cada quilowatt pico instalado): R$ 10.261,58 Investimento total na compra do sistema: R$ 18.861,65 Custo atual do kWh: R$ 0,89 Custo mensal da tarifa mínima: R$ 44,50 Degradação anual do sistema devido ao envelhecimento: 0,40% Taxa média histórica do reajuste das tarifas: 7,56% Tarifação de energia(ano): 6% Imposto incluso: R$ 352,23 Fonte: Autoria própria 23 Verificou-se sua viabilidade, uma vez que o payback do sistema se encontra em 7 anos e 11 meses e, ao longo de 25 anos, o consumidor obtém uma economia de aproximadamente R$ 97.767,85 (Tabela 6). Tabela 6 - Retorno dos investimentos Tempo de retorno do investimento (Payback)(anos): 7 anos e 11 meses Valor economizado em 25 anos: R$97.767,85 Juros ativo sob o valor economizado em 25 anos: R$19.311,01 Valores disponíveis em conta após 25 anos(Fluxo de caixa): R$ 117.078,86 Taxa de Retorno(rendimento): 14% Fonte: Autoria própria 3.5 Manutenção dos Equipamento Os painéis solares instalados no telhados ou em qualquer local, ficam sujos principalmente por conta de poeira, poluição, folhas de árvores. Em cidade grandes como São Paulo, onde a poluição é significativa, os painéis podem ficar sujos em menos de 1(um) ano. Sujeira causada por pássaros não é tão significativa, a não ser que tenha uma grande quantidade de pássaros por perto, porém caso tenha muito resquício de fezes a produção de energia solar do sistema pode ficar comprometida. A perda pode chegar em até 25% em alguns casos, de acordo com o laboratório Nacional de Energias Renováveis dos Estados Unidos. Segundo empresas de energia solar relaram perda de até 30% para alguns clientes que nunca limparam os seus painéis, mesmo considerando casos extremos, e em lugares onde tem uma incidência baixa de chuvas. Recomenda-se que a limpeza seja feita anualmente, porém em locais com baixa incidência de chuva e de muita poeira recomenda-se que seja feita a manutenção de 6 em 6 meses, utilizando um pano molhado para que não agrida fortemente o equipamento. 24 A melhor hora para se limpar o equipamento é em um dia nublado, no início da manhã ou à noite. Se o sol estiver forte, a água utilizada pode evaporar rapidamente dificultando a limpeza. O amanhecer pode ser um momento melhor para a manutenção, o orvalho da noite provavelmente terá amolecido a sujeira, e dessa forma facilitando o processo de limpeza. 25 4 CONCLUSÃO Neste estudo foi realizado o dimensionamento de uma microgeração de energia solar fotovoltaica para uma residência na cidade de Ouro Preto – MG, possibilitando uma visão detalhada das etapas de comissionamento do sistema. Através dos detalhes estudados, foi possível prever que, em um futuro próximo, pode haver interferência no sistema devido a um edifício que está sendo construído ao lado da residência, na mesma direção em que o sol incide. Mesmo com o projeto sendo considerado de pequena escala (1,8kWp), o mesmo apresentou um payback de 7 anos e 11 meses. Nos padrões atuais da legislação este é considerado um ótimo investimento, tendo em vista a economia gerada e o investimento pensando no futuro. Em relação à produção, é importante salientar que, para que o sistema mantenha um bom rendimento ao longo dos anos, é de extrema importância que se tenha alguns cuidados de manutenção pontuais. Dentre eles, destaca- se a limpeza periódica das placas solares, já que estas costumam se desgastar naturalmente ao longo dos anos e, com o excesso de sujeira, podem se degradar mais rapidamente. 26 REFERÊNCIAS ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica. Resolução Normativa nº 482, de 17 de abril de 2012. Estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica, e dá outras providências. 2012. Disponível em: < http://www2.aneel.gov.br/arq uivos/PDF/Resolu%C3%A7%C3%A3o%20Normativa%20482,%20de%202012%20- %20bip-junho-2012.pdf>. Acesso em: 10/11/2019. ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica. Resolução Normativa nº 413, de 9 de setembro de 2010. Estabelece as condições gerais de fornecimento de energia elétrica de forma atualizada e consolidada. 2010. Disponível em: < http://www.an eel.gov.br/documents/656877/14486448/bren2010414.pdf/3bd33297-26f9-4ddf- 94c3-f01d76d6f14a?version=1.0> Acesso em 09/10/2019. BENEDITO, R. S. (2009) Caracterização da Geração Distribuída de Eletricidade Por Meio de Sistemas Fotovoltaicos Conectados à rede. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós Graduação em Energia. Universidade de São Paulo, 2009 CRESCESB. Centro de Referência para Energias Solar e Eólica Sérgio de S. Brito. Potencial Solar. CRESCEB. 2004. Disponível em <http://www.cresesb.cepel.br/ index.php?section=com_con-tent&cid=331/>. Acesso em: 29 set. 2019. GHENSEV, A. Materiais e processos de fabricação de células fotovoltaicas. 2006. Monografia. (Curso de Pós-graduação) Curso de Pós-graduação Latu Sensu em Fontes Alternativas de Energia. Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2006. LORENZO, E. El Generador Fotovoltaico. In: Lorenzo, Eduardo Org. Electricidad Solar: ingenieria de los sistemas fotovoltaicos. Sevilha: Progensa, 1994. NACIMENTO, L. R. D. A avaliação de longo prazo de um sistema fotovoltaico integrado á edificação urbana e conectado á rede elétrica pública. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013. PINHO, J.T; GALDINO, M.A (org). Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltáicos. 2ª. ed. CEPERL-CRESEB: Rio de Janeiro, 2014. 530 p. PORTAL SOLAR. Passo-a-Passo da Fabricação do Painel Solar. Portal Solar. Disponível em: <https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do- painel-solar.html>. Acesso em: 20/08/2019. VILLALVA, M. G. Energia Solar Fotovoltaica: conceitos e aplicações. Editora Erica: Rio de Janeiro, 2012. http://www2.aneel.gov.br/arq%20uivos/PDF/Resolu%C3%A7%C3%A3o%20Normativa%20482,%20de%202012%20-%20bip-junho-2012.pdf http://www2.aneel.gov.br/arq%20uivos/PDF/Resolu%C3%A7%C3%A3o%20Normativa%20482,%20de%202012%20-%20bip-junho-2012.pdf http://www2.aneel.gov.br/arq%20uivos/PDF/Resolu%C3%A7%C3%A3o%20Normativa%20482,%20de%202012%20-%20bip-junho-2012.pdf
Compartilhar