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Legislação Aplicada ao SUS - Redes de Atenção à Saúde e Sistemas de Informação

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Aula 03
Legislação Aplicada ao SUS p/ EBSERH - 2017 (Todos os cargos)
Professores: Adriano de Oliveira, Ana Paula de Oliveira
26274965572 - roger mendonça
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 03 
 
 
 
 
Legislação aplicada ao SUS – EBSERH – p/ todos os cargos 
(níveis médio e superior) 
 
Professor: Adriano de Oliveira 
 
 
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Redes de Atenção à Saúde e Sistemas de Informação 
Prof. Adriano de Oliveira ʹ Aula 03 
 
 
 
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AULA 03: REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE E SISTEMAS DE 
INFORMAÇÃO EM SAÚDE 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação da aula 2 
2. Considerações preliminares sobre o Decreto 7.508 5 
3. Rede de Atenção à Saúde 8 
4. Organização do SUS 13 
 Regiões de Saúde 13 
 Hierarquização 19 
5. Planejamento em saúde 24 
Mapa da Saúde 27 
6. Assistência à Saúde 29 
 RENASES 29 
 RENAME 31 
7. Articulação Interfederativa 37 
 Comissões Intergestores 37 
 COAP 39 
8. Sistemas de Informação no SUS 40 
9. Referências 54 
10. Lista de questões 55 
11. Gabarito 69 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Olá concurseiro(a)! 
 
 É com muita satisfação que lhe entrego esta última aula do Curso 
Legislação Aplicada ao SUS para provas da EBSERH. Espero que você 
tenha sido beneficiado em seus estudos pelo uso deste material. Vamos 
concluir este curso com chave de ouro discutindo uma das mais 
importantes normativas da história recente do SUS. 
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Prof. Adriano de Oliveira ʹ Aula 03 
 
 
 
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Toda lei de cunho operacional carece de uma regulamentação 
específica, e com o tempo isso foi se tornando cada vez mais necessário 
no caso da lei 8.080. Após mais de 20 anos de sua publicação, surge o 
documento que promoveu a regulamentação da lei 8.080, é o Decreto nº 
7.508 expedido pela Presidente da República em 28 de junho de 2011.
 Durante este longo período de tempo entre a aprovação da lei 
8.080 e sua regulamentação, o SUS foi operacionalizado por meio apenas 
de portarias ministeriais, que são atos administrativos do poder executivo 
com menos poder do que as leis e decretos. Por meio desses atos foram 
editadas, durante os anos 1990, as Normas Operacionais Básicas 
(NOB) e a Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS). Já 
na década seguinte surge o Pacto pela Saúde em 2006 trazendo 
evoluções muito importantes, sobretudo no sentido de ser mais 
propositivo quanto as metas que deveriam ser assumidas por todas as 
esferas de gestão do SUS. Apesar de suas limitações, esses instrumentos 
foram muito importantes para orientar as práticas de gestores de saúde 
municipais e estaduais. Todavia seus princípios estão todos contemplados 
no decreto e, portanto deixaram de ser uma tendência enquanto tema a 
ser cobrado em provas de concurso. 
Entre outras coisas isso significa que fazemos parte de uma 
geração marcante na história de construção do SUS. O decreto trata de 
aspectos da organização do SUS, do planejamento da saúde, da 
assistência à saúde e da articulação interfederativa. Todos estes 
elementos já constavam na lei 8.080, até porque se este é um documento 
regulamentador não pode fugir do escopo da própria lei que motivou sua 
criação. Porém ele traz maior clareza a vários aspectos da lei e propõe 
dispositivos para operacionalizar efetivamente o ordenamento do sistema. 
 Eu atuava no Ministério da Saúde em 2011 e participei das 
discussões de formulação do Decreto 7.508 e do esforço posterior a sua 
publicação para difundirmos seus pressupostos à todos os gestores 
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estaduais e municipais Brasil à fora. Por isso é um grande prazer poder 
retomar essa oportunidade junto à vocês por meio deste curso. 
 Por último apresentarei para vocês os principais Sistemas de 
Informação do SUS, pois o SUS só se converterá em uma Rede de 
Atenção à Saúde integrada e eficaz se contar com tecnologias de 
informação adequadas para isso. 
 
 
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 
 
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE 
 
ORGANIZAÇÃO DO SUS 
REGIÕES DE SAÚDE 
HIERARQUIZAÇÃO 
 
PLANEJAMENTO EM SAÚDE 
MAPA DA SAÚDE 
 
ASSISTÊNCIA À SAÚDE 
RENASES 
RENAME 
 
ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA 
COMISSÕES INTERGESTORES 
COAP 
 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SUS 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES DO DECRETO Nº 7.508 
 
 Após o artigo inicial que apenas esclarece o objetivo para o qual o 
decreto 7.508 foi feito, encontramos o segundo artigo que apresenta uma 
espécie de glossário onde são definidos uma série de conceitos 
fundamentais para o entendimento de todo o restante do decreto. Leiam 
atentamente cada uma dessas definições: 
 
Região de Saúde – espaço geográfico contínuo constituído por 
agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades 
culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e 
infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar 
a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de 
saúde; 
 
Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP) – acordo 
de colaboração firmado entre entes federativos com a finalidade de 
organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e 
hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas 
de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros que 
serão disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e 
demais elementos necessários à implementação integrada das ações e 
serviços de saúde; 
 
Portas de Entrada – serviços de atendimento inicial à saúde do usuário 
no SUS; 
 
Comissões Intergestores – instâncias de pactuação consensual entre 
os entes federativos para definição das regras da gestão compartilhada do 
SUS; 
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Mapa da Saúde – descrição geográfica da distribuição de recursos 
humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela 
iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os 
investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde 
do sistema; 
 
Rede de Atenção à Saúde (RAS) – conjunto de ações e serviços de 
saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade 
de garantir a integralidade da assistência à saúde; 
 
Serviços Especiais de Acesso Aberto – serviços de saúde específicos 
para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação 
laboral, necessita de atendimento especial; 
 
Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica – documento que estabelece: 
critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o 
tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos 
apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os 
mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos 
resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. 
 
 Trataremosao longo da aula de explicar melhor o que significam 
estas definições dos principais dispositivos listados acima de acordo com 
cada eixo em que os mesmos estão inseridos. 
 
 Mesmo antes deste aprofundamento já temos condições de olhar 
para a primeira questão para começarmos a sentir qual é o tom deste 
tema do Decreto 7.508 nas provas da EBESERH e nos aquecermos para o 
mergulho na discussão de cada um destes dispositivos. 
 
 
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AOCP – EBSERH/HC-UFG – 2015 
23) Assinale a alternativa correta. 
(A) Rede de Atenção à Saúde é o conjunto de ações e serviços de saúde 
articulados em níveis de complexidade decrescentes, com a finalidade de 
garantir a integralidade da assistência à saúde. 
(B) Serviços Especiais de Acesso Aberto são serviços de saúde específicos 
para atendimento da pessoa, que posteriormente ressarcirão 
financeiramente o Sistema Único de Saúde. 
(C) Região de Saúde é a descrição geográfica da distribuição de recursos 
humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela 
iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os 
investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde 
do sistema. 
(D) Mapas da Saúde é o espaço geográfico contínuo constituído por 
agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades 
culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e 
infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar 
a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de 
saúde. 
(E) Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica são os documentos que 
estabelecem critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; 
o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos 
apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os 
mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos 
resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. 
 
Comentário 
 Neste tipo de questão em que são listadas diferentes definições 
você precisa procurar pelos detalhes, seja algo que falta ou alguma 
informação distorcida. Na letra A ele troca a ordem crescente dos níveis 
de complexidade das RAS pela ordem descendente. Na letra B ele traz 
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algo mais conceitual, já vimos desde a Constituição Federal a respeito da 
importância do SUS garantir a gratuidade de suas ações para toda a 
população. Na letra C e D ele brinca de troca de definições, utilizando a 
descrição correta de Mapa da Saúde, mas chamando-o de Região de 
Saúde e vice-versa. Já na letra E encontramos uma definição correta e 
compatível com o conceito de Protocolo Clínico e Diretriz clínica. Essa 
portanto é a nossa resposta correta. 
 
 
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE 
 
 Apesar de toda a formosura da estruturação teórica e normativa do 
SUS, sabemos que na prática ele ainda se configura em um sistema de 
saúde fragmentado e baseado em um modelo de atenção à saúde 
inadequado para a situação epidemiológica do país. Temos uma situação 
de saúde do século XXI sendo respondida por um sistema de atenção à 
saúde desenvolvido no século XX, que se volta, principalmente, para as 
condições e os eventos agudos, a agenda hegemônica do século passado. 
 Isso quer dizer que precisamos considerar o atual perfil 
epidemiológico brasileiro, caracterizado por uma quadrupla carga de 
doenças que envolve a persistência de doenças parasitárias, 
infecciosas e desnutrição características de países subdesenvolvidos, 
importante componente de problemas de saúde reprodutiva com 
mortes maternas e óbitos infantis por causas consideradas 
evitáveis, e o desafio das doenças crônicas e seus fatores de risco 
como sedentarismo, tabagismo, alimentação inadequada, obesidade e o 
crescimento das causas externas em decorrência do aumento da 
violência e dos acidentes de trânsito. Esse traz consigo a necessidade de 
ampliação do foco da atenção para o manejo das condições crônicas, mas 
atendendo, concomitantemente, as condições agudas. O modelo de 
atenção à saúde vigente fundamentado nas ações curativas, centrado no 
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cuidado médico e estruturado com ações e serviços de saúde 
dimensionados a partir da oferta, tem se mostrado insuficiente para dar 
conta dos desafios sanitários atuais e, insustentável para os 
enfrentamentos futuros. 
 A Organização Mundial da Saúde tem recomendado à todos os 
países a implantação de sistemas de saúde mais integrados, com a 
adoção de um modelo de atenção que de fato atenda às necessidades de 
saúde da população, e que considere o fenômeno de aumento de 
expectativa de vida das pessoas e o consequente aumento das condições 
crônicas afetando a saúde destas pessoas. Esse tipo de sistema se chama 
Rede de Atenção à Saúde (RAS), e é o primeiro conceito que 
precisamos desvendar para compreender as proposições do Decreto 
7.508. 
 
 
 A Rede de Atenção à Saúde (RAS) pressupõe a superação do 
modelo piramidal de organização do sistema de saúde e aponta que é 
possível e necessário horizontalizar as relações e o fluxo comunicacional 
entre os diferentes serviços que compõem os níveis de atenção à saúde 
desta rede. 
 Após muitos debates e formulações, o Ministério da Saúde publicou, 
mesmos antes ao decreto, a Portaria nº 4.279/2010 que expressa um 
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entendimento comum de gestores de todas as esferas do SUS sobre o 
que é Rede de Atenção à Saúde e como devem ser organizadas no 
Brasil. A definição abaixo foi retirada da portaria: 
 
“As Redes de Atenção à Saúde é definida como arranjos organizativos de 
ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que 
integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, 
buscam garantir a integralidade do cuidado.” 
 
 Resgato aqui a definição mais simplificada do decreto 7.508, só 
para que você observe que no seu cerne ela representa a mesma lógica 
descrita na portaria ministerial supracitada. 
 
“Rede de Atenção à Saúde – conjunto de ações e serviços de saúde 
articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de 
garantir a integralidade da assistência à saúde”. 
 
 Os serviços da Atenção Primária à Saúde (APS) desempenham um 
papel fundamental neste desenho configurando-se como: ordenadora da 
rede, coordenadora do cuidado e centro de comunicação. Os 
serviços de atenção primária são estratégicos para garantir o acesso 
equitativo a serviços de saúde para toda a população. Devem ser portanto 
a “porta de entrada preferencial” das RAS, mas não exclusiva, por 
serem mais próximos ao local onde as pessoas vivem. 
 Na ilustração abaixo podemos observar como os serviços de APS se 
posicionam de maneira estratégica para articular intersetorialmente os 
recursos necessários para prestar uma atenção integral a saúde da 
população que lhe é adscrita, conforme os desenhos territoriais definidos 
para atuação de cada uma das suas equipes: 
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As bancas não podem em tese repetir questões entre uma prova e 
outra, mas às vezes elas só tapeiam mudando um detalhezinho ou outro, 
e no fundo perguntam a mesma coisa, quase do mesmo jeito. Confira isso 
nestas 2 questões iniciais. O nível de facilidade das questões que você 
observará nesta 1ª parte da aula não deve fazê-lo(a) subestimar o tema, 
porque ele é estruturante e dele podem emergir questões mais 
elaboradas. 
 
IBFC – EBSERH – 2013 
24) Segundo o Decreto Presidencial nº 7.508, de 28 de junho de 2011, 
conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de 
complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da 
assistência à saúde é a definição de: 
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a) Rede de Atenção à Saúde. 
b) Região de Saúde. 
c) Universalidade. 
d) Regionalização. 
 
IBFC – EBSERH/HU-UNIVASF – 2014 
24) Considerando o decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, o 
conjunto de ações e serviços de saúde articulados em nível de 
complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da 
assistência à saúde corresponde à (ao): 
A) Polo de Saúde. 
B) Rede de Atenção à Saúde. 
C) Região de Saúde. 
D) Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde. 
E) Mapa de saúde. 
 
Comentário 
 Nas duas questões há um resgate da definição de RAS apresentada 
no artigo 2º do Decreto 7.508 e em ambos os casos ele brinca entre as 
alternativas colocando alguns outros dispositivos/conceitos do decreto e 
mistura com outros princípios descritos na lei 8.080 que em geral são 
pertinentes, e que muito tem a ver com o decreto. Destaco porém 2 das 
principais características da RAS que você deve assimilar bem nesta 
definição – os níveis crescentes de complexidade e o objetivo de 
proporcionar integralidade do cuidado. As respostas então são letra A e B, 
respectivamente. 
 
 
 
 
 
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ORGANIZAÇÃO DO SUS 
 
REGIÕES DE SAÚDE 
 
A organização da RAS exige uma definição da região de saúde, o 
que implica na definição dos seus limites geográficos e de sua 
população e no estabelecimento do rol de ações e serviços que serão 
ofertados nesta região de saúde. As competências e responsabilidades 
dos pontos de atenção (serviços de cada nível de atenção – primário, 
secundário, terciário) no cuidado integral estão correlacionadas com a 
abrangência de base populacional, acessibilidade e escala para 
conformação destes serviços. 
A definição adequada da abrangência dessas regiões é essencial 
para fundamentar as estratégias de organização da RAS, devendo ser 
observadas as pactuações entre o estado e o município para o processo 
de regionalização e parâmetros de escala e acesso. 
 O decreto define o conceito de Regiões de Saúde de maneira mais 
simples, vamos conferir novamente: 
 
“...espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de 
Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, 
econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de 
transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o 
planejamento e a execução de ações e serviços de saúde;” 
 
A região de saúde portanto deve ser bem definida, baseada em 
parâmetros espaciais e temporais que permitam assegurar que as 
estruturas estejam bem distribuídas territorialmente, garantindo o 
tempo/resposta necessário ao atendimento dos usuários do Sistema, 
melhor proporção de estrutura/população/território e viabilidade 
operacional sustentável. 
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Remetendo-nos novamente ao decreto, ele define que para ser 
instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços 
de: 
I - atenção primária; 
II - urgência e emergência; 
III - atenção psicossocial; 
IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e 
V - vigilância em saúde. 
 
O decreto diz ainda que caberá aos entes federativos (estados e 
municípios), por meio de seus fóruns colegiados, a definição dos 
seguintes elementos para determinar às Regiões de Saúde: 
I - seus limites geográficos; 
II - população usuária das ações e serviços; 
III - rol de ações e serviços que serão ofertados; e 
IV - respectivas responsabilidades, critérios de acessibilidade e 
escala para conformação dos serviços. 
 
Vamos conferir mais questões. Percebam que estas bancas gostam muito 
de perguntar sobre regiões de saúde. É o tema desta aula que traz o 
maior número de questões. 
 
AOCP – EBSERH – 2015 
24) Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações 
e serviços de 
(A) 5.000 (cinco mil) habitantes. 
(B) hospital com residência em saúde pública. 
(C) urgência e emergência. 
(D) sistema de coleta seletiva de lixo. 
(E) hospital psiquiátrico. 
 
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Comentário 
 Apesar do decreto estabelecer que os entes federados devem 
considerar a concentração populacional para delimitar o desenho 
territorial de uma região de saúde, ele não menciona a que porte está se 
referindo, mas como ele lista o mínimo de serviços que esta região deve 
conter podemos supor que não será apenas para 5 mil pessoas. Há 
estudiosos que indicam uma média de 1 milhão e meio de habitantes 
como um parâmetro para a conformação de regiões de saúde, mas não 
considere isto como oficial pois não consta em nenhuma normativa do 
SUS. O decreto diz que é necessário contar com no mínimo uma estrutura 
hospitalar em cada região de saúde, mas esta estrutura não precisa 
necessariamente contar com um programa de residência. Apesar de todo 
município precisar de serviço de coleta de lixo, esse não é um critério 
para definir uma região de saúde. E mesmo considerando a necessidade 
de serviços de saúde mental ou psicossociais em uma região de saúde, 
esta estrutura não precisa ser hospitalar, até porque a política de saúde 
mental aponta para um processo de desospitalização. Assim, resta-nos 
apenas a letra C – serviços de urgência e emergência. 
 
AOCP – EBSERH/HC-UFG – 2015 
23) Assinale a alternativa correta. 
(A) Em sua constituição, o Sistema Único de Saúde não tem a 
participação da iniciativa privada. 
(B) As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, em articulação 
com os Municípios, inexistindo Regiões de Saúde interestadual. 
(C) A instituição das Regiões de Saúde observará cronograma no Plano 
Plurianual do Governo Federal. 
(D) As Regiões de Saúde não serão referência para as transferências de 
recursos entre os entes federativos. 
(E) Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações 
e serviços de atenção primária, urgência e emergência, atenção 
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psicossocial, atenção ambulatorial especializada e hospitalar e vigilância 
em saúde. 
 
Comentário 
 Esta questão já traz um pouco mais de diversidade em suas 
alternativas, resgatando outros temas que já vimos em normativas 
anteriores. O meu destaque é que a maioria das alternativas (A, B, D) 
traz uma afirmação negativa, o que deve fazer você desconfiar. Destaco 
ainda que as regiões não podem ser definidas por parâmetros federais e 
sim a partir de critérios dos gestores locais (estados e municípios) e 
podem haver regiões de saúde que envolvam territórios de diferentes 
estados, contanto que guardem uma relação próxima entre si e seus 
gestores estejam aptos a pactuarem responsabilidades. Um exemplo 
disso é a região de saúde do Vale do São Francisco, mais conhecida como 
PEBA por ficar na fronteira de Pernambuco com a Bahia, representado 
pelas cidades de Petrolina e Juazeiro. A resposta correta é a letra E, que 
traz uma menção correta dos serviços mínimos para se compor uma 
região de saúde. 
 
AOCP – EBSERH/HE-UFSCAR – 2015 
21) De acordo com o Decreto nº 7.508 de 28/06/2011, considera-se 
Região de Saúde 
(A) o espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de 
Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, 
econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de 
transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o 
planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. 
(B) o espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de 
Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, 
econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de 
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transportes compartilhados, com a finalidade de interagir entre os 
Estados, Municípios e a União. 
(C) todo o território Nacional, sem delimitação de identidades culturais, 
econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de 
transportes compartilhados. 
(D) o espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de 
Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, 
econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de 
transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o 
planejamento e a execução de ações e serviços administrativos. 
(E) o espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de 
Municípios limítrofes, sem delimitação de identidades culturais, 
econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de 
transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o 
planejamento e a execução de ações e serviços financeiros. 
 
Comentário 
 Aqui vai outra dica, geralmente quando a maioria das alternativas 
tem uma redação muito parecida, a alternativa correta costuma estar 
entre elas. Nesse caso ele utiliza a definição de região de saúde do artigo 
2º do decreto diferenciando apenas o final. É claro que as regiões de 
saúde tem como finalidade maior a organização dos serviços de saúde. 
Portanto nossa alternativa é a letra A. 
 
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24) Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações 
e serviços de 
(A) atenção primária, atenção psicossocial, atenção ambulatorial 
especializada e hospitalar e vigilância sanitária. 
(B) urgência e emergência, atenção psicossocial, vigilância sanitária e 
atenção ambulatorial especializada e hospitalar. 
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(C) atenção primária, urgência e emergência, atenção epidemiológica, 
atenção ambulatorial especializada e hospitalar e vigilância em saúde. 
(D) vigilância sanitária, atenção primária, urgência e emergência, atenção 
psicossocial, atenção ambulatorial especializada e hospitalar. 
(E) atenção primária, urgência e emergência, atenção psicossocial, 
atenção ambulatorial especializada e hospitalar e vigilância em saúde. 
 
Comentário 
 Nesta questão ele busca te confundir especificando as vertentes da 
vigilância em saúde. Já estudamos a respeito da importância da vigilância 
em saúde no SUS e vimos que suas partes devem estar integradas. Então 
eu pergunto: para quê escolher apenas perna da vigilância se nós 
precisamos de todas elas para compor uma região de saúde? A 
alternativa correta então é a letra E. 
 
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24) Considerando o decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, assinale a 
alternativa incorreta: 
a) São Portas de Entrada às ações e os serviços de saúde nas Redes de 
Atenção à Saúde os serviços de atenção primária, de atenção de urgência 
e emergência, de atenção psicossocial e especiais de acesso aberto. 
b) A população indígena contará com regramentos diferenciados de 
acesso, compatíveis com suas especificidades e com a necessidade de 
assistência integral à sua saúde, de acordo com disposições do Ministério 
da Saúde. 
c) A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES 
compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para 
atendimento da integralidade da assistência à Saúde. 
d) Ao usuário será assegurada a continuidade do cuidado em saúde, em 
todas as suas modalidades, nos serviços, hospitais e em outras unidades 
integrantes da rede de atenção da respectiva região. 
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e) O espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de 
municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, 
econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de 
transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o 
planejamento e a execução de ações e serviços de saúde, corresponde ao 
mapa de saúde. 
 
Comentário 
 Eis nossa primeira questão pedindo a alternativa incorreta. Este tipo 
de questão sempre é uma boa revisão de conceitos, pois 4 das 
alternativas vão resgatar descrições corretas. A única que você poderia 
ficar em dúvida é sobre a população indígena, mas veremos sobre isso 
mais a frente. É na alternativa E que encontramos a definição correta de 
região de saúde, mas sendo chamada de mapa da saúde. 
 
 
HIERARQUIZAÇÃO 
 
Este é outro aspecto importante da organização do Sistema Único 
de Saúde para que ele se conforme em uma Rede de Atenção à Saúde 
integral. A hierarquização dos serviços, por sua vez, diz respeito à 
possibilidade de organização das unidades segundo o grau de 
adensamento tecnológico dos seus serviços, isto é, o estabelecimento de 
uma rede que articula as unidades mais simples às unidades mais 
complexas, através de um sistema de referência e contra-referência de 
usuários e de informações. 
O processo de estabelecimento de redes hierarquizadas pode 
também implicar no estabelecimento de vínculos específicos entre 
unidades que prestam serviços de determinada natureza, como por 
exemplo, a rede de atendimento a urgências/emergências, ou a rede de 
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atenção à saúde mental. 
 
Para não deixar dúvidas a respeito de onde começa essa hierarquia 
o artigo 9º do decreto define quais são as Portas deEntrada às ações e 
aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde, os serviços de: 
 atenção primária; 
 atenção de urgência e emergência; 
 atenção psicossocial; e 
 especiais de acesso aberto. 
 
O decreto esclarece ainda que os serviços de atenção hospitalar 
e os ambulatoriais especializados, entre outros de maior densidade 
tecnológica, devem ser referenciados por estas Portas de Entrada, 
estabelecendo assim fluxos ordenados para garantir uma atenção 
adequada e otimização dos recursos que dispõe o sistema. 
O acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de saúde, 
conforme evoca a Constituição Federal, deve ser ordenado principalmente 
pela atenção primária e deve ser fundado na avaliação da gravidade do 
risco individual e coletivo, observadas as especificidades previstas para 
pessoas mais vulneráveis, conforme vimos na definição da equidade em 
aula anterior. 
Conforme apareceu em uma questão no tópico anterior há uma 
parágrafo único no decreto que declara que a população indígena contará 
com regramentos diferenciados de acesso, compatíveis com suas 
especificidades e com a necessidade de assistência integral à sua saúde. 
O que exemplifica bem este princípio da equidade. 
 
Para além de encontrar a resposta certa, tente identificar ao qual 
componente do decreto cada uma das alternativas da questão abaixo se 
refere. 
 
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25) De acordo com as denominações expostas no Decreto Presidencial nº 
7.508, de 28 de junho de 2011, considera-se Portas de Entrada: 
(A) as instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos para 
definição das regras da gestão compartilhada do SUS. 
(B) o conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de 
complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da 
assistência à saúde. 
(C) a descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de 
ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada. 
(D) os serviços de saúde específicos para o atendimento da pessoa que, 
em razão de agravo ou de situação laboral, necessita de atendimento 
especial. 
(E) os serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS. 
 
Comentários 
 Na letra A ele se refere as Comissões Intergestores. Na letra B se 
refere às Redes de Atenção à Saúde. Na letra C se refere ao Mapa da 
Saúde. Na alternativa D faço o destaque que apesar de sua descrição não 
ser a definição de Porta de Entrada, esse tipo de serviço está elencado 
entre os que são considerados Porta de Entrada do sistema, o que talvez 
permitisse recurso para anulação desta questão. De qualquer forma é na 
alternativa E que encontramos efetivamente a definição de Porta de 
Entrada. 
 
 As questões abaixo parecem estar identificadas como a mesma, 
mas foram aplicadas em provas para diferentes categorias profissionais. 
Até seus enunciados se parecem, mas preste atenção que uma delas 
pergunta a alternativa correta e a outra a incorreta. 
 
 
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25) O Decreto Presidencial n° 7.508, de 28 de junho de 2011 
regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor 
sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento 
da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá 
outras providências. Considerando as definições expressas nesse decreto, 
assinale a definição correta: 
A) Região de Saúde é descrição geográfica da distribuição de recursos 
humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela 
iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os 
investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde 
do sistema. 
B) Conselho de Saúde são - instâncias de pactuação consensual entre os 
entes federativos para definição das regras da gestão compartilhada do 
SUS. 
C) A Estratégia de Saúde da Família é o conjunto de ações e serviços de 
saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade 
de garantir a integralidade da assistência à saúde. 
D) Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de saúde específicos 
para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação 
laboral, necessita de atendimento especial. 
E) Mapa de Saúde é o espaço geográfico contínuo construído por 
agrupamento de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades 
culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e 
infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar 
a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de 
saúde. 
 
Comentário 
 Aqui ele novamente brinca com as definições trocando Região de 
Saúde por Mapa da Saúde (alternativas A e E), Conselhos de Saúde por 
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Comissões Intergestores, Estratégia de Saúde da Família por Redes de 
Atenção à Saúde. Com isso ficamos apenas com a alternativa D que 
define bem a especificidade de serviços especiais de acesso aberto para 
atenção à saúde do trabalhador. 
 
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25) O Decreto Presidencial n° 7.508, de 28 de junho de 2011 
regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor 
sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento 
da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá 
outras providências. Considerando esse decreto, assinale a alternativa 
incorreta: 
A) Poderão ser instituídas Regiões de Saúde Interestaduais, compostas 
por municípios limítrofes, por ato conjunto dos respectivos Estados em 
articulação com os municípios. 
B) O acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de saúde 
ordenado pela atenção primária e deve ser fundado na avaliação da 
gravidade do risco individual e coletivo e no critério cronológico, 
obvervadas as especificidades previstas para pessoas com proteção 
especial, conforme legislação vigente. 
C) A população indígena contará com os mesmos regramentos de acesso, 
que o conjunto da população conforme a necessidade de assistência 
integral à sua saúde, de acordo com disposições do Ministério da Saúde. 
D) O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem 
observadas na elaboração dos planos de saúde, de acordo com as 
características epidemiológicas e da organização de serviços nos entes 
federativos e nas Regiões de Saúde. 
E) Ao usuário será assegurada a continuidade do cuidado em saúde, em 
todas as suas modalidades, nos serviços, hospitais e em outras unidades 
integrantes da rede de atenção da respectiva região. 
 
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Comentário 
 Já nesta questão ele destaca a especificidade da população indígena 
que em acordo com o princípio da equidade, precisa ter acesso 
diferenciado. Esta é uma questão difícil, pois no senso comum pode-se 
confundir e pensar que o acesso deve ser igual para todo mundo. 
 
 
PLANEJAMENTO EM SAÚDE 
 
O planejamento no âmbito do SUS configura-se como 
responsabilidade dos entes públicos, devendoser desenvolvido de forma 
contínua, articulada, integrada e solidária entre as três esferas de 
governo, de modo a conferir direcionalidade à gestão pública da saúde. 
É esperado que cada ente federado realize o seu planejamento 
considerando as especificidades do seu território; as necessidades de 
saúde da sua população; a definição de diretrizes, objetivos e metas a 
serem alcançados mediante ações e serviços programados pelos entes 
federados; a conformação das redes de atenção à saúde, contribuindo 
para melhoria da qualidade do SUS e impactando na condição de saúde 
da população. 
Tanto a Lei 8080 quanto o Decreto 7508, estabelecem que o 
planejamento da saúde deve ser ascendente e integrado, ou seja, 
iniciando-se no nível local até compor o nível federal. Este processo deve 
sempre contar com a participação dos respectivos Conselhos de Saúde. 
 O planejamento integrado ao qual o decreto se refere é composto 
principalmente por 4 instrumentos que resumo abaixo. Apesar do decreto 
não fazer menção direta a estes instrumentos, ele aponta para diretrizes 
que para serem operadas precisam se traduzir em instrumentos. E hoje 
estes instrumentos são os mais utilizados no SUS. Além do que outros 
concursos de nível elevado pedem Planejamento no SUS em seu edital. 
 
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Plano de Saúde 
 
O Plano de Saúde é o instrumento que, a partir de uma análise 
situacional, reflete as necessidades de saúde da população e apresenta as 
intenções e os resultados a serem buscados no período de quatro anos, 
expressos em diretrizes, objetivos e metas. Constituem a base para as 
programações de cada esfera de governo, com o seu financiamento 
previsto na proposta orçamentária. 
Os Planos de Saúde orientam a elaboração do Plano Plurianual e 
suas respectivas Leis Orçamentárias, compatibilizando as necessidades da 
política de saúde com a disponibilidade de recursos financeiros. 
 
Programação Anual de Saúde - PAS 
 
Na Programação Anual de Saúde é definida a totalidade das 
ações e serviços de saúde, nos seus componentes de gestão e de 
atenção à saúde, neste último incluída a promoção, proteção, recuperação 
e reabilitação em saúde, conforme disposto na RENASES e RENAME. 
 
Programação Geral das Ações e Serviços de Saúde - PGASS 
 
A Programação Geral das Ações e Serviços de Saúde é um 
processo de negociação e pactuação entre diferentes gestores em 
que são definidos os quantitativos físicos e financeiros das ações e 
serviços de saúde a serem desenvolvidos, no âmbito regional, a fim de 
contemplar os objetivos e metas estabelecidos no Planejamento Integrado 
da Saúde, bem como os fluxos de referência para sua execução. 
 
 
 
 
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Relatório de Gestão 
 
O Relatório de Gestão é o instrumento que apresenta os 
resultados alcançados com a execução da Programação Anual de 
Saúde, apurados com base no conjunto de ações, metas e indicadores 
desta, e orienta eventuais redirecionamentos que se fizerem necessários 
ao Plano de Saúde e às Programações seguintes. 
Reflete ainda os resultados dos compromissos e 
responsabilidades assumidos pelo ente federado no Contrato 
Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP), firmado na região de 
saúde. O Relatório de Gestão deve ser submetido à apreciação e 
aprovação do Conselho de Saúde respectivo até o final do primeiro 
trimestre do ano subsequente. 
 
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25) Pelo decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, o órgão que 
estabelecerá as diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos 
de saúde, de acordo com as características epidemiológicas e da 
organização de serviços nos entes federativos e nas Regiões de Saúde é o 
(a) _________________. 
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. 
a) Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. 
b) Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde. 
c) Conselho Nacional de Saúde. 
d) Secretaria Executiva do Ministério da Saúde. 
e) Conselho Nacional de Secretários da Saúde (CONASS). 
 
Comentário 
 Esta questão não reflete adequadamente o potencial de exploração 
do tema Planejamento. Portanto, não se restrinja apenas a saber que os 
Planos de Saúde seguem diretrizes dos respectivos Conselhos de Saúde 
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de cada instância e não de Secretarias do Ministério da Saúde ou do 
CONASS. Assim a resposta é letra C. 
 
 
MAPA DA SAÚDE 
 
O Mapa da Saúde é a descrição geográfica da distribuição de 
recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS 
(próprio e privado complementar) e pela iniciativa privada (caráter 
suplementar), considerando-se a capacidade instalada existente, os 
investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde 
do sistema. 
No processo de planejamento, o Mapa da Saúde é uma ferramenta 
que auxilia a identificação das necessidades de saúde da 
população, nas dimensões referentes às condições de vida e acesso aos 
serviços e ações de saúde. Fornece elementos para a definição de 
diretrizes a serem implementadas pelos gestores, contribuindo para a 
tomada de decisão quanto à implementação e adequação das ações e dos 
serviços de saúde. 
Dessa forma, o Mapa da Saúde orienta o planejamento 
integrado dos estados, municípios e União, subsidia o estabelecimento 
de metas de saúde a serem monitoradas pelos gestores e acompanhadas 
pelos Conselhos de Saúde e permite acompanhar a evolução do 
acesso da população aos serviços de saúde nas diversas regiões de 
saúde e os resultados produzidos pelo sistema. 
As informações que constituem o Mapa da Saúde devem possibilitar 
aos gestores do SUS o entendimento de questões estratégicas para o 
planejamento das ações e serviços de saúde, contemplando, dentre 
outros, o georreferenciamento de informações afetas aos seguintes 
temas: 
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24) Segundo o Decreto Presidencial nº 7.508, de 28 de junho de 2011, a 
descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e 
serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, 
considerando-se a capacidade instalada existente, os investimentos e o 
desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema é a 
definição de 
a) Pactuação Integrada em Saúde. 
b) Rede hierarquizada em Saúde. 
c) Rede de Atenção à Saúde. 
d) Mapa da Saúde. 
 
Comentário 
 Esta questão no contexto da aula fica muito fácil de responder, é 
claro que ele está retomando no enunciado a definição de Mapa da Saúde. 
Ele poderia ao menos colocar o termo Região de Saúde entre as 
alternativas para te confundir um pouco. Lembre-se região tem a ver com 
a disposição do território e mapa com a capacidade instalada. 
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ASSISTÊNCIA À SAÚDERENASES 
 
A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde – RENASES 
compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para 
o atendimento integral à saúde das pessoas. É como se fosse um 
“cardápio” de ofertas que o sistema disponibiliza com vistas a cobertura 
completa das necessidades de saúde das pessoas. Em muitos países este 
instrumento é chamado de “Carteira de Serviços”. 
Esta Relação Nacional deve orientar a construção de Relações 
Estaduais e Municipais, e o conjunto de Relações Municipais de uma 
mesma Região de Saúde deve compor o hall de ações de toda aquela 
Rede de Atenção à Saúde, fruto das pactuações ocorridas em 
determinada região por meio da PGASS, que vimos logo acima. 
A oferta pelos entes federados deverá considerar as especificidades 
regionais, os padrões de acessibilidade, o referenciamento de usuários 
entre municípios e Regiões de Saúde e a escala econômica adequada. 
Está preconizado que nestas relações devem constar as seguintes 
ações e serviços: 
• Ações e serviços da atenção primária; 
• Ações e serviços da urgência e emergência; 
• Ações e serviços da atenção psicossocial; 
• Ações e serviços da atenção especializada (ambulatorial, hospitalar e 
odontológica); 
• Ações e serviços da vigilância em saúde. 
 
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25) De acordo com as definições do Decreto Presidencial nº 7.508/2011, 
assinale a alternativa correta. 
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(A) Portas de Entrada são instâncias de pactuação consensual entre os 
entes federativos para definição das regras da gestão compartilhada do 
SUS. 
(B) A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES) 
compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para 
atendimento da integralidade da assistência à saúde. 
(C) A Conferência Nacional de Saúde, em conjunto com o Poder 
Legislativo, estabelece as diretrizes a serem observadas na elaboração 
dos planos de saúde, de acordo com as características epidemiológicas e 
da organização de serviços nos entes federativos e nas Regiões de Saúde. 
(D) O processo de planejamento da saúde será descendente e 
independente, desde o nível federal até o local, devendo, no entanto, ser 
ouvidas as respectivas Conferências de Saúde, compatibilizando-se as 
necessidades das políticas de saúde com a disponibilidade de recursos 
financeiros. 
(E) O Conselho de Saúde é o órgão competente para dispor sobre a 
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) e os Protocolos 
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas em âmbito nacional. 
 
Comentário 
 Mais uma questão pouco exigente, solicitando que você distingua 
apenas qual a definição correta segundo o texto que consta no decreto 
7508. A resposta aqui, conforme o tema que estamos apresentando, está 
na letra B. Na letra A ele chama de Portas de Entrada o que na verdade 
são as Comissões Intergestores, sobre as quais você estudará logo 
abaixo. Na letra C eles faz uma troca mais difícil de identificar, ele refere 
ser prerrogativa da Conferência Nacional o que na verdade é atribuição do 
Conselho Nacional de Saúde. Na letra D ele inverte o planejamento 
ascendente pela ideia de planejamento descendente. E na letra E ele 
remete ao Conselho de Saúde uma função técnica que cabe ao Ministério 
ou Secretarias de Saúde em sua esfera de atuação. 
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RENAME 
 
A Relação Nacional de Medicamentos – RENAME compreende a 
seleção e a padronização de insumos farmacêuticos e medicamentos 
indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS 
a serem financiados pelos três entes federados, de acordo com as 
pactuações nas respectivas comissões intergestores e as normas vigentes 
para o financiamento do SUS. 
O elenco desses medicamentos e insumos foi publicado em portaria 
específica com a seguinte estrutura: 
• Relação Nacional de Medicamentos do Componente Básico da 
Assistência Farmacêutica. 
• Relação Nacional de Medicamentos do Componente Estratégico da 
Assistência Farmacêutica. 
• Relação Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da 
Assistência Farmacêutica. 
• Relação Nacional de Insumos. 
• Relação Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar. 
 
No artigo 28 do decreto encontramos uma série de condições 
necessárias para que um usuário possa acessar os medicamentos da 
RENAME. Todos estes pré-requisitos precisam ser cumpridos, não é 
suficiente apenas alguns. 
 
 Estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS; 
 Ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no 
exercício regular de suas funções no SUS; 
 Estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos 
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica 
complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos; e 
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 Ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do 
SUS. 
 
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem definir 
medicamentos de forma suplementar à RENAME, para atender à situações 
epidemiológicas específicas, respeitadas as responsabilidades dos entes. 
O artigo 29 do decreto esclarece ainda que: A RENAME e a relação 
específica complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos 
somente poderão conter produtos com registro na Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária – ANVISA. 
 
Curiosamente este é um dispositivo do decreto que apareceu de 
maneira mais frequente nas provas anteriores da EBSERH do que os 
demais, sobretudo nas provas da AOCP em 2015. Vamos conferir! 
 
AOCP – EBSERH/HE-UFPEL – 2015 
25) A Assistência Farmacêutica faz parte das políticas e dos programas 
de saúde do SUS. Assinale a alternativa que trata dos princípios dessa 
assistência. 
(A) Política pública norteadora para a formulação de políticas setoriais, 
entre as quais destacam-se as políticas de medicamentos, não garantindo 
a intersetorialidade inerente ao sistema de saúde do país (SUS) e cuja 
implantação envolve o setor público de atenção à saúde. 
(B) Controle do avanço científico e tecnológico em relação à produção de 
medicamentos. 
(C) Manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede privada 
de saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária 
articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas 
instâncias gestoras do SUS. 
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(D) Parte integrante da Política Nacional de Saúde, envolvendo um 
conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde 
e garantindo os princípios da universalidade, integralidade e equidade. 
(E) Política de capacitação e formação de profissionais na área 
farmacêutica, visando auxiliar a divulgação do uso correto dos 
medicamentos em atenção à saúde da família. 
 
Comentário 
 Esta questão é muito interessante, e a natureza de sua resposta é o 
que me fez escolhe-la para ser a primeira deste tópico. Ao invés de 
perguntar simplesmente a definição da RENAME, em conformidade com o 
artigo 25 do decreto, ela pergunta sobre os princípiosque contextualizam 
a política a qual este dispositivo está vinculado, e que não está 
explicitamente escrito no decreto. Este é o tipo de questão que eu gosto. 
Na alternativa A ela nega a intersetorialidade. Na B restringe-se apenas 
ao aspecto tecnológico da política. Na C circunscreve a política ao âmbito 
do setor privado. E na E ele restringe a política ao aspecto da capacitação 
de profissionais e de apenas um segmento. Portanto nossa alternativa 
correta é a letra D, pois enquadra a Política de Assistência Farmacêutica 
no contexto da Política Nacional de Saúde, reafirmando em seguida todos 
os princípios do SUS que já estudamos. 
 
AOCP – EBSERH/HU-UFJF – 2015 
25) De acordo com o Decreto Federal nº 7.508, de 28 de junho de 2011, 
o acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica pressupõe: 
(A) não estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS. 
(B) ter o medicamento sido prescrito por qualquer pessoa. 
(C) estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos 
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica 
complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos. 
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(D) não ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do 
SUS. 
(E) estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde particular. 
 
Comentário 
 Como vimos no texto, para se ter acesso a assistência farmacêutica 
no âmbito do SUS é preciso que a prescrição esteja em conformidade com 
a RENAME (ou relação complementar do estado ou do município), além de 
conformidade com que está preconizado nos protocolos clínicos destas 
instâncias. Portanto nossa resposta está na letra C. Sempre suspeite de 
uma questão que tem alternativas muito curtas e uma única maior. 
 
AOCP – EBSERH/HE-UFSCAR – 2015 
25) O acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica pressupõe, 
cumulativamente: 
(A) estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS, ter o 
medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no exercício regular 
de suas funções no SUS, estar a prescrição em conformidade com a 
RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a 
relação específica complementar estadual, distrital ou municipal de 
medicamentos e ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela 
direção do SUS. 
(B) estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos 
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica 
complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos, porém 
devido ao acesso universal e igualitário os medicamentos poderão ser 
prescritos por todos e quaisquer médicos no exercício regular da profissão 
e atingindo a toda a população. 
(C) o usuário, devido ao acesso universal e igualitário, não necessita estar 
assistido por ações e serviços de saúde do SUS, porém o medicamento 
deverá ter sido prescrito por profissional de saúde, no exercício regular de 
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suas funções no SUS, estar a prescrição em conformidade com a RENAME 
e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação 
específica complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos 
e ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do SUS. 
(D) estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos 
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica 
complementar apenas no âmbito distrital, de medicamentos e ter a 
dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do SUS, 
devendo estar, o usuário, assistido por ações e serviços de saúde do SUS. 
(E) estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS, 
porém, devido ao acesso universal e igualitário à assistência 
farmacêutica, a prescrição da medicação não necessita dos Protocolos 
Clínicos e seguir as Diretrizes Terapêuticas. 
 
Comentário 
 Esta questão aborda o mesmo tema da anterior, mas traz 
alternativas mais trabalhadas que exigem maior atenção para você 
identificar o que está errado em meio a outras informações que estão 
corretas. Aqui nossa alternativa está logo na letra A, pois traz em texto 
corrido aquela lista de 4 itens do artigo 28 do decreto. Na B ele amplia 
para prescrição de todo e qualquer médico, mesmo que fora do SUS. Na C 
ele vai além colocando que o usuário nem precisaria estar sendo assistido 
pelo SUS. Na D quase temos um texto correto também, não fosse a 
restrição ao âmbito distrital. E na E ele despreza a importância dos 
protocolos e diretrizes clínicas. 
 
AOCP – EBSERH/HE-UFPEL – 2015 
25) Assinale a alternativa que NÃO está relacionada ao acesso universal e 
igualitário à assistência farmacêutica. 
(A) Estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS. 
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(B) Ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde no 
exercício regular de suas funções no SUS. 
(C) Estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos 
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica 
complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos. 
(D) Ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do 
SUS. 
(E) Ter o ressarcimento das despesas com o atendimento e com 
medicamentos utilizados por profissional de saúde na rede privada. 
 
Comentário 
 Nesta última questão a AOCP adere a moda do IBFC e nos traz uma 
questão pegadinha que pede a alternativa incorreta. Assim, você 
acompanha nas quatro primeiras alternativas as mesmas informações já 
vistas nas questões anteriores e percebe que é a última que nada tem a 
ver com a política de assistência farmacêutica ou a RENAME, apesar de 
ser uma afirmativa válida. A política fiscal da receita federal brasileira 
prevê o abatimento de despesas médicas com planos privados de saúde 
na declaração do imposto de renda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA 
 
COMISSÕES INTERGESTORES 
 
Como vimos na aula 01, a Lei nº 12.466/2011 acrescentou os 
artigos 14-A e 14-B à Lei nº 8.080/1990, o que conferiu maior 
legitimidade às representações dos entes estaduais e municipais de 
saúde, à saber: o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) – 
composto pelos Secretários Estaduais de Saúde, o Conselho Nacional de 
Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) – composto pelos 
presidentes dos Conselhos de Secretários Municipais (COSEMS) de cada 
Estado. Estes artigos referem-se também as Comissões Intergestores – 
CIR (Comissão Intergestores Regional), CIB (Comissão Intergestores 
Bipartite) e CIT (Comissão Intergestores Tripartite), colaborando 
efetivamente para o aprimoramento do pacto federativo, adequando as 
atribuições a elas estabelecidas. 
Compete a CIR discutir aspectos operacionais, financeiros e 
administrativos da gestão compartilhada do SUS devendo pactuar as 
responsabilidades individuais e solidárias de cada ente federativo 
na Região de Saúde, definidas a partir da Rede de Atenção à Saúde, de 
acordo com o seu porte demográficoe seu desenvolvimento econômico-
financeiro. 
À CIB cabe pactuar as diretrizes estaduais das Regiões de 
Saúde e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de 
saúde dos entes federados, de acordo com as diretrizes nacionais, dando 
posterior ciência à CIT, além de promover os processos de avaliação 
do funcionamento das Regiões de Saúde devendo informar à CIT 
qualquer mudança na conformação regional. 
Por fim, compete à CIT, pactuar as diretrizes nacionais para a 
organização das Regiões de Saúde no SUS; decidir sobre casos 
específicos, omissos e controversos relativos à instituição de 
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Regiões de Saúde; e pactuar as regras de continuidade do acesso, para 
o atendimento da integralidade da assistência, às ações e aos serviços de 
saúde integrantes da rede de atenção à saúde, mediante 
referenciamento em Regiões de Saúde interestaduais. 
 
Temos apenas uma única questão sobre este tema. 
 
AOCP – EBSERH/HE-UFPEL – 2015 
24) O que é a Comissão Intergestores Tripartites do SUS? 
(A) Instância de articulação e pactuação na esfera federal que atua na 
direção nacional do SUS, integrada por gestores do SUS das três esferas 
de governo. 
(B) Comissão de gestores municipais, estaduais e federais que se 
encarregam dos planos estaduais, regionais e de regionalização das ações 
e serviços propostos pelos Colegiados de Gestão Regional. 
(C) Um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e 
da sociedade destinada a assegurar os direitos relativos à saúde, à 
previdência e à assistência social. 
(D) Gestão compartilhada nos âmbitos federal e estadual, com direção 
única em cada esfera de governo. 
(E) Espaços estaduais de articulação e pactuação política que objetivam 
orientar, regulamentar e avaliar os aspectos operacionais do processo de 
descentralização das ações de saúde. 
 
Comentário 
 Conforme vimos no texto e em aulas anteriores, a alternativa A 
descreve bem no que consiste a CIT. Destaco que a letra C se refere a um 
dispositivo de controle social previsto pela Lei nº 8212/1991 – Lei 
Orgânica da Seguridade Social, que nunca foi implementado. Já as demais 
alternativas embaralham elementos de diferentes conceitos sem se 
conformar efetivamente na descrição de qualquer elemento que interesse. 
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CONTRATO ORGANIZATIVO DE AÇÃO PÚBLICA - COAP 
 
 O COAP é um acordo entre os gestores dos municípios de uma 
mesma região de saúde, que envolve também o estado e a união, 
definindo-se de forma colaborativa as responsabilidades e os recursos 
financeiros de cada signatário para a organização e a integração das 
ações e serviços em uma Região de Saúde, garantindo a integralidade da 
assistência aos usuários. Este documento formaliza esse compromisso 
entre gestores e agrega dentro dele a maior parte dos dispositivos 
descritos anteriormente. 
 Estas bancas ainda não utilizaram este tópico em questões de 
provas anteriores, por isso me detive a trazer tão somente uma breve 
definição. Todavia fique a atento, o COAP é uma importante ferramenta 
de pactuação entre gestores e orienta o modelo de contratualização do 
SUS, o que envolve os Hospitais Universitários, porque em geral seu porte 
justifica o atendimento de vários municípios nas regiões de saúde onde se 
situam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SUS 
 
Os Sistemas de Informação em Saúde (SIS) podem ser definidos 
como um conjunto de componentes interrelacionados que coletam, 
processam, armazenam e distribuem a informação para apoiar o processo 
de tomada de decisão e auxiliar no controle das organizações de saúde. 
 Quanto a sua caracterização, os SIS são instrumentos padronizados 
de monitoramento e coleta de dados, que tem como objetivo o 
fornecimento de informações para análise e melhor compreensão de 
importantes problemas de saúde da população, subsidiando gestores nos 
níveis municipal, estadual e federal. 
A seguir estão relacionados os sistemas de informação mais 
importantes do SUS. Vou dividi-los em duas partes – os sistemas 
relacionados a indicadores de saúde (SIM, SINASC, SI-PNI) e os sistemas 
relacionados a produção de serviços (SIH, SIA, SIAB/SISAB): 
 
Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM 
 
Criado pelo Ministério da Saúde em 1975 para a obtenção regular 
de dados sobre mortalidade no país, possibilitou a captação de dados 
sobre mortalidade, de forma abrangente e confiável, para subsidiar as 
diversas esferas de gestão na saúde pública. Com base nessas 
informações é possível realizar análises de situação, planejamento e 
avaliação das ações e programas da área. O SIM proporciona a produção 
de estatísticas de mortalidade e a construção dos principais indicadores 
de saúde. A análise dessas informações permite estudos não apenas do 
ponto de vista estatístico e epidemiológico, mas também sócio-
demográfico. 
 
 
 
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Sistema de Informações de Nascidos Vivos - SINASC 
 
Implantado pelo Ministério da Saúde em 1990 com o objetivo de 
reunir informações epidemiológicas referentes aos nascimentos 
informados em todo território nacional, apresenta atualmente um número 
de registros maior do que o publicado pelo IBGE, com base nos dados de 
Cartório de Registro Civil. Por intermédio desses registros é possível 
subsidiar as intervenções relacionadas à saúde da mulher e da criança 
para todos os níveis do SUS, como ações de atenção à gestante e ao 
recém-nascido. O acompanhamento da evolução das séries históricas do 
SINASC permite a identificação de prioridades de intervenção. 
 
Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN 
 
O SINAN é alimentado, principalmente, pela notificação e 
investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional 
de doenças de notificação compulsória, mas é opcional a estados e 
municípios incluir neste sistema outros problemas de saúde importantes 
em sua região. Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico 
dinâmico da ocorrência de um evento na população, podendo fornecer 
subsídios para explicações causais dos agravos de notificação 
compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão 
sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade 
epidemiológica de determinada área geográfica. 
 
Sistema de Informação Programa Nacional de Imunizações 
 
O objetivo fundamental do SI-PNI é possibilitar aos gestores 
envolvidos no programa uma avaliação dinâmica do risco quanto à 
ocorrência de surtos ou epidemias, a partir do registro dos 
imunobiológicos aplicados e do quantitativo populacional vacinado, que 
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são agregados por faixa etária, em determinado período de tempo, em 
uma área geográfica. Por outrolado, possibilita também o controle do 
estoque de imunos necessário aos gestores que têm a incumbência de 
programar sua aquisição e distribuição. 
 
Sistema de Informações Hospitalares – SIH 
 
Foi o primeiro sistema do DATASUS a ter captação implementada 
em microcomputadores. A finalidade do seu principal instrumento (AIH - 
Autorização de Internação Hospitalar) é a de transcrever todos os 
atendimentos que provenientes de internações hospitalares que foram 
financiadas pelo SUS, e após o processamento, gerarem relatórios para os 
gestores que lhes possibilitem fazer os pagamentos dos estabelecimentos 
de saúde. 
Além disso, o nível Federal recebe mensalmente uma base de dados 
de todas as internações autorizadas (aprovadas ou não para pagamento) 
para que possam ser repassados às Secretarias de Saúde os valores de 
Produção de Média e Alta complexidade além dos valores de FAEC e de 
Hospitais Universitários. 
A AIH é preenchida pelo hospital após a alta hospitalar é enviada 
eletronicamente para a Secretaria de Saúde municipal ou estadual. Os 
dados são consolidados no nível nacional. Nela ficam registrados dados 
como a especialidade relacionada a internação, tipo de admissão 
(emergência ou eletiva), data da admissão, data da alta, dias de 
permanência, tipo e número de dias na UTI, motivo da alta, 
procedimentos realizados, diagnóstico primário e secundário. 
 
Sistema de Informações Ambulatoriais – SIA 
 
O SIA foi implantado nacionalmente na década de 90, visando o 
registro dos atendimentos realizados no âmbito ambulatorial, por meio do 
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BPA - Boletim de Produção Ambulatorial. Ao longo dos anos, o SIA vem 
sendo aprimorado para ser efetivamente um sistema que gere 
informações referentes ao atendimento ambulatorial e que possa 
subsidiar os gestores estaduais e municipais no monitoramento dos 
processos de planejamento, programação, regulação, avaliação e controle 
dos serviços de saúde, na área ambulatorial. 
Desde sua implantação tem como finalidade registrar os 
atendimentos e tratamentos realizados em cada estabelecimento de 
saúde no âmbito ambulatorial, seja na atenção primária ou especializada. 
Seu processamento ocorre de forma descentralizada, ou seja, os gestores 
de cada estado e município podem a princípio cadastrar programar e 
processar a produção dos prestadores do SUS locais. 
Este é um universo cheio de siglas, por isso descrevo abaixo as 
principais que podem aparecer nas definições ou explicações acerca dos 
sistemas de informação para que você esteja situado: 
 
AIH: Autorização de Internação Hospitalar 
APAC: Autorização de Procedimentos Ambulatoriais 
BPA: Boletim de Produção Ambulatorial 
CNES: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde 
DATASUS: Departamento de Informática do SUS 
FAEC: Fundo de Ações Estratégicas e Compensação 
FPO: Ficha de Programação Físico-Orçamentária 
SCNES: Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde 
SIGTAP: Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos do SUS 
 
Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica - SISAB 
 
O Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB foi implantado 
em 1998 em substituição ao Sistema de Informação do Programa de 
Agentes Comunitários de Saúde – SIPACS para o acompanhamento das 
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ações e dos resultados das atividades realizadas pelas equipes da 
Estratégia Saúde da Família - ESF. 
 O SIAB foi desenvolvido como instrumento gerencial dos Sistemas 
Locais de Saúde e incorporou em sua formulação conceitos como 
território, problema e responsabilidade sanitária, completamente inserido 
no contexto de reorganização do SUS no país, o que fez com que 
assumisse características distintas dos demais sistemas existentes. Tais 
características significaram avanços concretos no campo da informação 
em saúde. 
A Política Nacional de Atenção Básica de 2011 introduziu uma 
mudança nesse cenário apresentando a necessidade de aperfeiçoamento 
do SIAB, passando agora a denominar-se Sistema de Informação em 
Saúde da Atenção Básica – SISAB. Os Estados e Municípios tinham o mês 
de janeiro de 2016 como prazo máximo para implementação do novo 
sistema. O que quer dizer que algumas bancas desatualizadas podem 
ainda fazer referência ao SIAB, como veremos em questões logo abaixo. 
Este novo sistema preserva as características do anterior, mas 
apresenta como uma das grandes diferenças uma ferramenta que pode 
ser operada com transmissão de dados em tempo real, esta ferramenta é 
o e-SUS AB. A estratégia e-SUS AB busca reestruturar e integrar as 
informações da Atenção Básica em nível nacional. O objetivo é reduzir a 
carga de trabalho na coleta, inserção, gestão e uso da informação na 
Atenção Básica, permitindo que a coleta de dados esteja inserida nas 
atividades já desenvolvidas pelos profissionais. 
 
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22) Qual dos itens a seguir NÃO faz parte do Sistema de Informação em 
Saúde de Base Nacional? 
(A) SINASC – Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. 
(B) SISVA – Sistema de Vigilância Ambiental. 
(C) SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica. 
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(D) SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação. 
(E) SIS EAPV – Sistema de Informação sobre Eventos Adversos Pós-
vacinais. 
 
Comentário 
 Esta é uma questão que fiquei com muita dúvida se deveria inserir 
porque se refere a sistemas quase irrelevantes, a não ser para quem lida 
diretamente com eles. Seria uma questão cabível para uma vaga de 
concurso específica para a área de vigilância por exemplo. Isso porque 3 
alternativas trazem sistemas que estudamos (A, C e D), com a ressalva 
apenas de que uma delas se refere ainda ao SIAB e não trouxe o SISAB. 
As duas alternativas que geram dúvidas são justamente relacionadas a 
área de Vigilância em Saúde. O SIS EAPV é uma derivação do SIS PNI, já 
o SISVA não existe, você poderia ter sacado que é a única alternativa que 
não apresenta o termo Sistema de Informação, só Sistema. Sendo assim 
a alternativa a ser assinalada é letra B. 
 
IBFC – EBSERH-HUUFMA – 2013 
21) O sistema de informação no Brasil que é responsável pelas 
informações hospitalares do SUS é o 
A) SIH (Sistema de Informações hospitalares do SUS). 
B) DATA-SUS (Departamento de Informática do SUS). 
C) SIM (Sistema de Informação sobre Morbidade). 
D) CNES (Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde). 
E) SINAN (Sistema Nacional de Agravos de Notificação). 
 
Comentário 
 Essa é muito facinha, se por um lado as siglas podem nos confundir 
por outro elas nos lembram das iniciais dos nomes dos sistemas. Todas as 
alternativas se referem a sistemas existentes. E a nossa alternativa é a 
letra A. 
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IBFC – EBSERH/HU-UNIVASF – 2014 
23) Considerando os instrumentos utilizados pelo SIA / SUS (Sistema de 
Informações Ambulatoriais do SUS), analise os itens abaixo e assinale a 
alternativa na qual os itens citados correspondem a esses instrumentos. 
I. Programação

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