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Aula 04
Microbiologia p/ EBSERH (Biomédico)
Professor: Thays Rodrigues
26274965572 - roger mendonça
Microbiologia para EBSERH (Biomédico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Thays Rodrigues ʹ Aula 04 
 
 
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AULA 04: Micologia 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Importância e aplicação dos fungos 1 
2. Características dos fungos 2 
3. Patogênese 8 
4. Classificação dos fungos 9 
5. Isolamento de fungos 10 
6. Identificação de fungos 22 
7. Tipos de micoses 29 
QUESTÕES 43 
GABARITO 51 
REFERÊNCIAS 51 
 
Queridos alunos, reta final para a nossa prova! Como estão os estudos? 
Sei que é cansativa a rotina de “concurseiro”, mas no final valerá a pena! 
Essa será nossa última aula e abordaremos o assunto: Micologia. Então, 
vamos começar! 
 
 
1. Importância e aplicação dos fungos: 
 
Bem, a micologia é a ciência que estuda os fungos. As bases 
moleculares e genéticas da patogênese bacteriana e viral são bem 
conhecidas, porém, o nosso conhecimento sobre a patogênese das 
infecções fúngicas é mais limitado. Apesar disso, nos últimos anos a 
incidência de infecções importantes causadas por fungo aumentou 
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bastante. Essas infecções normalmente ocorrem como infecções 
hospitalares e em indivíduos com sistema imunológico 
comprometido. Além dessas infecções, os fungos afetam plantas 
economicamente importantes. Normalmente associamos os fungos às 
doenças que podem ser causadas por eles, mas os fungos também 
possuem benéficos em diversas áreas, como: 
• Na cadeia alimentar fazendo decomposição de vegetais mortos, e 
dessa forma reciclam elementos vitais. 
• Uso de enzimas extracelulares como as celulases, que não podem 
ser digeridas pelos animais. 
• Algumas formigas cultivam fungos para quebrar a celulose e 
a lignina presentes nas plantas, possibilitando a digestão. 
• Nos alimentos (cogumelos), na produção de comida (pão e ácido 
cítrico) e drogas (álcool e penicilina). 
Existem mais de 100 mil espécies conhecidas de fungos, e apenas cerca 
de 200 são patogênicas aos humanos e aos animais!!! 
 
2. Características dos fungos: 
 Agora, para entendermos a patogênese dos fungos, precisamos 
aprender as características fundamentais dos fungos e suas principais 
diferenças em relação às bactérias. 
 
2.1 Estrutura: 
 
Como já vimos anteriormente, os fungos são divididos em dois tipos: 
bolores e leveduras. Eles diferem das bactérias em diversos aspectos: 
 
 Os fungos são microrganismos eucarióticos, ou seja, são células 
que possuem núcleo definido e protegido pelo envoltório 
nuclear, e ao contrário das células procarióticas, são mais 
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complexas por possuírem uma membrana nuclear individualizada e 
vários tipos de organelas. 
 O principal constituinte da parede celular dos fungos é a quitina, 
enquanto nas bactérias encontramos o peptideoglicano. Devido essa 
característica, podemos entender o porquê dos fungos não 
serem tratados com antibióticos, já que os antibióticos, como a 
penicilina, atuam inibindo a síntese de peptideoglicano. 
 Além da quitina, a parede dos fungos também é composta por 
outros polissacarídeos, como o ┚-glicano, importante para nosso 
estudo já que é o local de ação do antifúngico, caspofungina. 
 Ao contrário da célula humana, a membrana dos fungos contém 
ergosterol, que também é um local de ação de antifúngicos como 
fluconazol e cetoconazol. 
 
Comparação entre fungos e bactérias: 
Bactéria Fungo 
Unicelular Uni ou Pluricelular 
Procarionte Eucarionte 
Estruturas de locomoção 
(flagelos, cílios, pseudópodes) 
Não se locomovem 
Esporos Esporos 
Parede celular Parede celular 
Reprodução assexuada Reprodução assexuada e sexuada 
 
 
 
Analista em Saúde Pública - Biomédico – FUNDASUS – AOCP - 
2015 
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Considerando as características relacionadas a seguir: não sintetizam 
clorofila, não têm celulose (exceto algumas aquáticas), não armazenam 
amido, presença de quitina, armazenam glicogênio, são heterotróficos, 
são ubíquos, eucariotos, são leveduras, filamentosos e alguns dimórficos. 
Podemos afirmar que o enunciado refere-se a 
(A) bactérias. 
(B) protozoários. 
(C) vírus. 
(D) fungos. 
(E) parasitas. 
 
Comentário: Vimos várias características dos fungos na nossa aula, e 
elas estão citadas no enunciado da questão. Os fungos são 
microrganismos eucarióticos, ou seja, são células que possuem núcleo 
definido e protegido pelo envoltório nuclear, o principal constituinte da 
parede celular dos fungos é a quitina. Podem se apresentar na forma de 
bolores ou leveduras, ou as duas, sendo considerados fungos dimórficos. 
 
Gabarito: D 
 
Analista em Saúde Pública - Biomédico – FUNDASUS – AOCP - 
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A micologia é a ciência que estuda os fungos. Sobre a importância dos 
fungos, assinale a alternativa correta. 
(A) Os fungos não são importantes para a atividade enzimática como na 
produção de enzimas de interesse industrial. 
(B) Os fungos não têm ação alguma sobre os alimentos. 
(C) Os fungos agem na agricultura como nas micorrizas e biopesticidas. 
(D) Os fungos não têm atuação na produção de fármacos. 
(E) Os fungos não trazem quaisquer patologias para o organismo dos 
seres humanos. 
 
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Comentário: Os fungos são utilizados em diversas áreas como: 
Na cadeia alimentar porque decompõe vegetais mortos, e dessa forma 
reciclam elementos vitais (podendo também ser utilizados na agricultura). 
• Uso de enzimas extracelulares como as celulases, que não podem 
ser digeridas pelos animais. 
• Algumas formigas cultivam fungos para quebrar a celulose e a 
lignina presentes nas plantas, possibilitando a digestão. 
• Os homens utilizam os fungos como alimentos (cogumelos) e para 
produção de comida (pão e ácido cítrico) e drogas (álcool e penicilina). 
Existem mais de 100 mil espécies conhecidas de fungos, e apenas cerca 
de 200 são patogênicas aos humanos e aos animais. 
Entre as alternativas da questão, a única que traz a afirmativa correta é a 
letra C, já que as outras falam funções que o fungo FAZ. 
 
Gabarito: C 
 
2.2 Crescimento: 
 Vamos diferenciar aqui os tipos de fungos: bolores e leveduras. 
Os bolores crescem como filamentos longos (denominados hifas – 
elementos multicelulares em forma de tubo) e o conjunto delas 
formam os micélios. As hifas podem ser divididas em hifas septadas 
(se intercomunicam através de poros) ou não septadas (núcleos 
celulares dispersos ao longo da hifa). As leveduras crescem na forma de 
células únicas, que se reproduzem assexuadamente por 
brotamento. Apesar de classificarmos duas estruturas diferentes, vários 
fungos apresentam dimorfismo (apresentam as duas formas) em 
temperaturas diferentes, por exemplo: podem se apresentar como 
bolores em temperatura ambiente ou como leveduras à temperatura 
corporal. 
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Os principais gêneros de bolores de interesse médico são: 
Alternaria (deterioração de tomates, pimentões, maçãs e frutas cítricas); 
Aspergillus, Aureobasidium, Botrytis, Byssochlamys, Cladosporium, 
Claviceps, Colletotrichum. C. gloesporoides, Fusarium, Geotrichum, 
Monilia, Mucor, Neurospora, Penicillium, Rhizopus, Scopulariopsis, 
Scopulariopsis, Sporotrichum, Thamnidium. 
 
Os principais gêneros de levedura de interesse médico são: 
Candida (encontradas em carne fresca bovina e aves), Cryptococcus, 
Debaromyces, Hanseniaspora, Issatchenkia, Kluyveromyces, Pichia, 
Rhodotorula, Saccharomyces, Schizosaccharomyces, Torulospora, 
Trichosporon, Zygosaccharomyces. 
 
 Os fungos possuem duas formas de reprodução: sexuadamente 
(por acasalamento) e assexuadamente. Na reprodução sexuada há 
formação de esporos sexuados, como zigósporos, acósporos e 
badidiósporos. Quando se reproduzem assexuadamente há 
formação de conídios (corpos de frutificação), que são esporos 
assexuados, ou podem formar talósporos, sem corpos de frutificação. A 
estrutura dos conídios permite auxiliar na identificação dos fungos, já que 
O micélio possui duas funções diferentes: 
1. Promover a fixação do bolor ao substrato, sendo denominado 
micélio vegetativo; 
2. Promover a reprodução através dos esporos, sendo denominado 
de micélio reprodutivo. E ainda, o micélio é responsável pelo aspecto 
característico das colônias que formam. 
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eles possuem morfologia, coloração e arranjo bem característicos. Entre 
os conídios importantes podemos citar: astrósporos, clamidósporos, 
blastórsporos e esporangiósporos. 
 
 Artroconídios: Formados por fragmentação das hifas em 
segmentos retangulares. São encontrados nos fungos do gênero 
Geotrichum, em Coccidioides immitis e em dermatófitos. 
 
 
 
 
 
 
 Clamidoconídios: São células geralmente arredondadas, com 
paredes duplas e espessas. Formam-se em condições ambientais 
adversas, como escassez de nutrientes, água e temperaturas não 
favoráveis ao desenvolvimento fúngico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Blastoconídios – presentes nas leveduras: Às vezes, os 
blastoconídios permanecem ligados à célula-mãe, formando 
cadeias, as pseudo-hifas, cujo conjunto é o pseudomicélio. 
 
 
 
 
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onídio: São corpos de frutificação onde os esporos 
emergem livres. Podem ser macroconídios e microconídios Esse 
tipo de órgão de frutificação pode ter aspecto igual ao de uma 
hifa vegetativa ou apresentar formas variadas (ex: pincel, cabeça, 
margarida). 
 
3. Patogênese: 
 
 O estudo da patogênese é de grande importância para entendermos 
como os fungos são capazes de causar determinadas doenças. Quando 
nosso organismo é invadido por fungos, ele tenta se defender com 
mecanismos naturais da nossa imunidade, e essa resposta à infecção 
causa uma formação de granulomas. Esses granumulomas são 
produzidos em diversas doenças fúngicas sistêmicas, e estão 
relacionados com a resposta imune mediada por células do 
sistema imunológico. 
 Quando ocorre a ativação do sistema imune gera uma resposta de 
hipersensibilidade tardia no teste cutâneo. 
Além das micoses, os fungos podem causar outros dois tipos de 
doenças: a micotoxicose, causadas por toxinas ingeridas, por exemplo, 
no caso da ingestão de cogumelos Amanita, um fungo que produz toxinas 
capazes de inibir a síntese de mRNA, e alergias a esporos fúngicos. Outro 
tipo conhecido de toxina que pode causar doença é a aflatoxina, 
produzidos por bolores Aspergillus flavus que são capazes de causar 
danos hepáticos. As aflatoxinas são ingeridas a partir de grãos e 
amendoins contaminados. 
 
 
 
C 
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4. Classificação dos fungos: 
 
 Os fungos são classificados de acordo com suas estruturas 
apresentadas em: Ascomicetos, basidiomicetos, zigomicetos e 
deuteromicetos. 
 Ascomicetos: são parasitas que crescem sobre animais e 
vegetais; Vivem da absorção da matéria orgânica que decompõe e 
são importantes na escala industrial na fabricação de queijo e nas 
fermentações ligadas à produção de bebidas alcoólicas. 
 Basidiomicetos: são cogumelos comestíveis e venenosos, 
causadores de doenças em plantas e importantes decompositores, 
em especial de madeira. 
 Deuteromicetos: De modo geral, reproduzem-se 
assexuadamente por meio da produção de conidiósporos. 
Pertencem desse grupo diversas espécies de Penicillium (entre as 
quais a que produz penicilina) e Aspergillus (algumas espécies 
produzem toxinas cancerígenas). 
 Zigomicetos: são fungos profusamente distribuídos pelo ambiente, 
podendo atuar como decompositores ou como parasitas de animais. 
Os mais conhecidos é o Rhizobux stolonifer, bolor que cresce em 
frutas, pães e doces - seu corpo de frutificação é uma penugem 
branca que lembra filamentos de algodão, recheados de pontos 
escuros que representam os esporângios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. Isolamento de fungos: 
 
Os Bolores, em sua maioria, são aeróbios, ou seja, o seu 
crescimento nos alimentos limita-se à superfície em contato com o 
ar. 
De modo geral, as leveduras requerem menos umidade que a 
maioria das bactérias e mais umidade que a maioria dos bolores. A 
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temperatura ideal para o crescimento varia entre 25ºC e 30ºC, e é 
favorecido em pH ácido. 
As leveduras do gênero Candida são os maiores agentes de infecção 
hospitalar e representam um desafio para a sobrevida de pacientes com 
doenças graves e aqueles em período pós-operatório. 
A manifestação clínica mais comum nas candidíases hospitalares é 
febre. A candidemia pode ser definida como a ocorrência de duas ou mais 
culturas positivas para a mesma espécie de Candida, provenientes de 
amostras diferentes, coletadas após 72 h da admissão do paciente. A 
Infecção invasiva por Candida pode ser também considerada quando há 
isolamento de Candida a partir de sítio normalmente estéril associado a, 
pelo menos, outro sinal de infecção. A sensibilidade de hemocultura para 
Candida é baixa; aproximadamente, 50% dos pacientes com infecção 
invasiva por Candida podem ter culturas negativas. Além disso, se houver 
infecção bacteriana concomitante, pode diminuir a chance do isolamento 
de Candida. 
 
Os fatores reconhecidos de risco para infecção invasiva por 
Candida são: 
 Permanência > 4 dias em UTI 
 Antibioticoterapia de largo espectro 
 Cirurgia abdominal 
 Cateterização venosa central 
 Nutrição parenteral total Imunodepressão 
 Índice APACHE II > 10 
 Ventilação mecânica > 48h 
 Neutropenia 
 Quimioterapia citotóxica 
 
Esses conceitos fundamentais representam a base para a 
identificação de um fungo. Na identificação de bolores, a classificação 
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de filamentosos é feita, em regra, pelas características morfológicas, 
tanto macroscópicas (cor, aspecto, textura da colônia, etc.), 
quanto microscópicas (forma e cor da hifa, presença ou não de 
septos, tipo e arranjo de esporos, etc.), além da velocidade de 
crescimento (lenta, moderada ou rápida). A identificação de leveduras, 
ao contrário, é feita, principalmente, por características fisiológicas, 
desde que, a morfologia destes fungos não é muito variada e não permite 
distinção entre espécies e, em regra, entre gêneros. 
 
Estruturas dos fungos: 
1. Hifas: Fungos filamentosos (Bolores) 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Leveduras 
 
 
 
 
 
 
 
5.1 Coleta e transporte de amostras: 
 
O tipo e a qualidade da amostra biológica, submetida ao laboratório 
de micologia, são fatores importantes no sucesso do isolamento e 
identificação do verdadeiro agente etiológico de infecções fúngicas. 
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A amostra deve ser submetida ao exame microscópico direto e 
cultura em meios para isolamento e identificação acurada do 
agente etiológico. Por isso, a assepsia na coleta e o volume da amostra 
são fatores básicos para o sucesso do diagnóstico da infecção. 
 
5.2 Procedimento para coleta de amostras: 
 
 Escarro: Recolher, de preferência, a primeira expectoração 
da manhã, após gargarejo com água limpa ou fervida, em 
frasco de boca larga, esterilizado. Não deve conter saliva. 
 Urina: A amostra biológica mais apropriada para o 
diagnóstico de micose do trato urinário é obtida por 
sondagem ou citoscopia. Quando não for possível, e para 
evitar contaminação com microrganismos presentes nas áreas 
vizinhas, fazer limpeza prévia da região perineal com água e 
sabão, desprezar o primeiro jato de urina da manhã, e colher 
3 a 5 ml de urina em tubo de ensaio estéril. Coleções de 24 
horas, não têm valor para diagnóstico micológico. 
 Fezes: Fazer lavagem prévia da região anal com água e 
sabão, coletar porções de fezes em recipiente estéril com 
tampa ou “swab” anal, mergulhar o “swab” em salina estéril e 
enviar o tubo ao laboratório. 
 Orofaringe: Coletar com “swab” estéril o material de lesão 
de mucosa jugal, papilas linguais ou região tonsilar. Mergulhar 
o “swab” umedecido em salina estéril e enviar o tubo ao 
laboratório. 
 Secreção vaginal: Com auxílio de espéculo, coletar material 
da lesão ou do fundo de saco vaginal com “swab” estéril. 
Mergulhar o “swab” umedecido em salina estéril e enviar o 
tubo ao laboratório. 
 Unhas: Fazer limpeza prévia das unhas, escovando com água 
e sabão. Cortar com tesoura e desprezar a parte descolada da 
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unha e, com lâmina de bisturi, raspar as áreas mais profundas 
e pulverulentas. Colocar este material entre lâminas e vedá-
las com fita adesiva. 
 
A observação de um fungo na amostra biológica tem grande valor 
diagnóstico, pois demonstra a invasão do fungo no tecido e permite 
uma informação imediata ao médico, a qual pode ser crucial para 
determinar a terapia apropriada ao paciente. No entanto, se a quantidade 
da amostra biológica for insuficiente para o exame microscópico e cultura 
do material, a cultura, na maioria das amostras, tem prioridade sobre o 
exame microscópico, desde que é método mais específico e em muitos 
casos, mais sensível. O exame microscópico da amostra é realizado 
por várias técnicas, dependendo do tipo da amostra e suspeita 
clínica. 
 
5.3 Exames microscópico de amostras: 
 
 Exame microscópico direto com hidróxido de potássio 
(KOH) a 20%: É usado para exame de pelos, pele, unha, 
tecido obtido por biópsia, exsudatos espessos e outros 
materiais densos, pois dissolve a queratina presente 
nas amostras, o que facilita a análise microscópica. 
Coloca-se uma gota de KOH a 20% em uma lâmina de 
microscopia e sobre esta, uma porção da amostra a ser 
examinada. Examinar a preparação após 20 minutos, em 
microscópio óptico comum, inicialmente, com objetiva de 10x, 
seguida de 40x. 
 Exame microscópico direto com tinta nanquim (tinta da 
china): É utilizada em amostras de líquor, urina, 
secreções ou exsudatos, para visualização de leveduras 
capsuladas do gênero Cryptococcus, que se tornam 
mais evidentes contra o fundo negro proporcionado 
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pela tinta. Colocar uma gota de tinta nanquim e uma gota do 
sedimento da amostra centrifugada, sobre uma lâmina. Cobrir 
a preparação com lamínula e observar ao microscópio óptico 
(objetivas de 10x e 40 x). Observa-se a formação de 
brotamentos. 
 Exame microscópico com coloração de Gram: Todos os 
fungos são Gram- positivos, assim a utilização da coloração 
não visa a diferenciação dos microrganismos, mas possibilita 
discriminar elementos fúngicos de artefatos existentes em 
urina, secreções e fezes. A amostra é espalhada de modo 
homogêneo, em movimentos circulares, em uma lâmina de 
microscopia, fixada com calor e submetida à coloração. 
 Exame microscópico com coloração panótica (Giemsa, 
Leishman ou Wright): são usadas para pesquisa de 
Histoplasma capsulatum em diversas amostras biológicas: 
medula óssea, sangue, aspirados e secreção cutânea. Nestes 
casos, faz-se um esfregaço semelhante ao usado para 
coloração de Gram. Fixa-se com metanol e cora-se segundo o 
método escolhido. Podem ser usadas ainda, para corar 
“imprints” de tecidos obtidos por biópsia. 
 
Após o processamento da amostra, podemos utilizá-las nos meios 
de culturas adequados. A semeadura é realizada em forma de “zig-
zag” sobre a superfície dos meios sólidos e distribuídos em 
alíquotas de 12 a 20 ml, dentro de tubos de ensaio tamponados 
com tampão hidrófilo. 
 
 
No exame direto microscópico para pesquisa de fungos em material 
biológico com muco, pelos e unhas é indicado o uso de hidróxido de 
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potássio em solução aquosa a 10% ou 20%. Sobre a utilização dessa 
solução nesta prática, assinale a alternativa correta. 
(A) Facilita a microscopia por dissolver a queratina e o muco, destacando 
as estruturas fúngicas, quando presentes. 
(B) Utilizado para observar a motilidade de fungos dificilmente 
observadas em microscopia direta com salina. 
(C) Utilizado para identificar criptococos, pois permite destacar a cápsula 
deste fundo contra um fundo negro. 
(D) Utilizado para diferenciar leucócitos de alguns fungos através do 
núcleo refringente e gemulação do fungo. 
(E) Utilizado na pesquisa de Histoplasma capsulatum e diferenciação de 
leveduras e fungos filamentosos.Comentário: O exame microscópico direto com hidróxido de potássio 
(KOH) a 20% é usado para exame de pelos, pele, unha, tecido obtido por 
biópsia, exsudatos espessos e outros materiais densos, pois dissolve a 
queratina presente nas amostras, o que facilita a análise microscópica. 
 
Gabarito: A 
 
HC - UFMG - HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE 
FEDERAL DE MINAS GERAIS - 2014 
No exame direto microscópico para pesquisa de fungos em material 
biológico com muco, pelos e unhas é indicado o uso de hidróxido de 
potássio em solução aquosa a 10% ou 20%. Sobre a utilização dessa 
solução nesta prática, assinale a alternativa correta. 
(A) Facilita a microscopia por dissolver a queratina e o muco, destacando 
as estruturas fúngicas, quando presentes. 
(B) Utilizado para observar a motilidade de fungos difiilmente observadas 
em microscopia direta com salina. 
(C) Utilizado para identifiar criptococos, pois permite destacar a cápsula 
deste fundo contra um fundo negro. 
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(D) Utilizado para diferenciar leucócitos de alguns fungos através do 
núcleo refringente e gemulação do fungo. 
(E) Utilizado na pesquisa de Histoplasma capsulatum e diferenciação de 
leveduras e fungos fiamentosos. 
 
Comentário: O hidróxido de potássio a 20% é usado para exame de 
pelos, pele, unha, tecido obtido por biópsia, exsudatos espessos e outros 
materiais densos, pois dissolve a queratina presente nas amostras, o que 
facilita a análise microscópica. 
 
Gabarito: A 
 
COTEC/UNIMONTES - Biomédico - Pref. Capitão Enéas/MG - 2015 
As micoses superficiais e cutâneas têm surgido com grande prevalência 
nos ambulatórios de Dermatologia. Os métodos comumente utilizados 
para o diagnóstico de micoses utilizam o reativo Hidróxido de Potássio 
(KOH), cuja função é 
A) limpar o raspado de pele. 
B) desidratar o raspado de pele. 
C) clarear o raspado de pele. 
D) conservar o raspado de pele. 
 
Comentário: O hidróxido de potássio (KOH) é considerado um agente 
clarificante, ou seja, ele age para clarear o raspado de pele, facilitando a 
identificação no microscópio. 
 
Gabarito: C 
 
UEPB - Biomédico - Pref. Catolé do Rocha/PB – 2015 
A observação de um fungo na amostra biológica apresenta grande 
importância no diagnóstico laboratorial; sua presença no tecido permite 
uma informação rápida ao médico, auxiliando-o na tomada de decisão 
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quanto ao tratamento. O diagnóstico através da microscopia é realizado 
por várias técnicas, a depender do tipo de amostra a ser analisada. 
Assinale a alternativa CORRETA quanto ao método de exame microscópico 
direto utilizado no laboratório de micologia: 
a) Exame microscópico direto com azul da prússia 
b) Exame microscópico direto com hidróxido de magnésio (MgOH) a 5% 
c) Exame microscópico direto com hidróxido de potássio (KOH) a 20% 
d) Exame microscópico direto com hidróxido de sódio (NaOH) a 10% 
e) Exame microscópico direto com coloração de Sudan Black 
Comentário: O exame microscópico de amostras é feito através do exame 
direto com hidróxido de potássio (KOH) a 20%, além de exame direto 
com tinta nanquin, coloração de gram e coloração panótica. 
 
Comentário: Exame microscópico direto com hidróxido de potássio 
(KOH) a 20%: É usado para exame de pelos, pele, unha, tecido obtido 
por biópsia, exsudatos espessos e outros materiais densos, pois dissolve a 
queratina presente nas amostras, o que facilita a análise microscópica. 
 
Gabarito: C 
 
5.4 Meios de cultura: 
 
 Alguns meios de cultura que serão abordados aqui, nós já falamos 
na nossa primeira aula, então, peço que revisem a primeira aula. 
Para isolamento de fungos a partir de qualquer tipo de amostra, 
devem ser utilizados meios não seletivos, que permitam 
crescimento de fungos patogênicos e bolores de crescimento 
rápido (< de 7dias). Estes fungos, apesar de serem contaminantes de 
meio ambiente, podem ser agentes de micoses em pacientes suscetíveis, 
ou seja, são potencialmente, oportunistas. O isolamento desses fungos, 
em meio de cultura está sendo, cada vez mais, importante para 
diagnóstico laboratorial das infecções ditas oportunistas. 
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O meio básico em laboratório de micologia é o ágar 
Sabouraud dextrose (ASD). Em regra, usa-se um antibiótico para 
impedir o crescimento de bactérias que poderiam prejudicar o isolamento 
de fungos. O cloranfenicol é o mais indicado, pois resiste à autoclavação. 
Pode ser colocado tanto no ASD como em outros meios de cultura para 
fungos. 
 Os meios seletivos para fungos patogênicos contém cicloheximida 
que inibe parcialmente, ou totalmente, fungos anemófilos. Estes meios 
são indicados para cultivo de materiais coletados de lesões com 
suspeita de dermatofitose, para aumentar a sensibilidade no 
isolamento de dermatófitos. Mas, deve-se ressaltar que esta 
substância poderá inibir o isolamento de fungos oportunistas, como 
Aspergillus sp, além de Histoplasma capsulatum na fase leveduriforme e 
certas leveduras patogênicas dos gêneros Candida e Cryptococcus. 
 Podemos citar outros tipos de meios, como ágar contendo 
compostos fenólicos para Cryptococcus sp (ágar contendo sementes de 
niger ou Guizzotia abssinica), ou ágar especial para dermatófitos 
(Dermatophyte Test Medium). Existem ainda, meios presuntivos, por 
reação enzimática e colorimétrica, de espécies de Candida spp (Candida 
Medium, ChromAgar, Biggy Agar, etc). 
Para isolamento ou subcultivo de dermatófitos recomenda-se o 
ágar batata, para aumentar a esporulação e facilitar a identificação do 
gênero e espécie do fungo. Para fungos dimórficos, de crescimento lento 
(> 15 dias), recomenda-se o uso de meios enriquecidos como o ágar 
infusão de cerebro-coração (BHI) para obtenção, em menor 
tempo, de culturas melhor desenvolvidas. 
 A identificação de levedura ao nível de espécie tem um significado 
terapêutico muito importante, já que muitas leveduras fazem parte da 
microbiota normal da superfície da pele e das mucosas, como: cavidade 
oral, vagina, jejuno, ílio, cólon, etc. Ou seja, quando isolamos uma 
levedura em um material biológico, devemos observar a condição clinica e 
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o material coletado, para diferenciar leveduras da microbiota normal ou 
leveduras que estejam causando alguma infecção. 
 
 
UEPB - Biomédico - Pref. Catolé do Rocha/PB – 2015 
Conceitualmente os fungos são seres dispersos no meio ambiente, no ar 
atmosférico, em vegetais, no solo e na água.As patologias causadas por 
fungos são denominadas micoses e estes apresentam dois tipos de 
morfologia, as leveduras (unicelulares) e os fungos filamentosos 
(pluricelulares). Para o seu diagnóstico laboratorial, utiliza-se a cultura 
com uso de um tipo de ágar específico para estes microrganismos. 
Marque a alternativa CORRETA quanto ao meio básico utilizado no 
laboratório de micologia: 
a) Ágar manitol salgado 
b) Ágar sabouraud 
c) Ágar sangue 
d) Ágar McConkey 
e) Ágar selenito 
 
Comentário: “Paraisolamento de fungos a partir de qualquer tipo de 
amostra, devem ser utilizados meios não seletivos, que permitam 
crescimento de fungos patogênicos e bolores de crescimento rápido (< de 
7dias). O meio básico em laboratório de micologia é o ágar Sabouraud 
dextrose (ASD)”. 
 
Gabarito: B 
 
 
 
 
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5.5 Interpretação das culturas: 
 
 Normalmente, as leveduras forma colônias de cor branca ou 
bege, com textura cremosa e superfície lisa, enquanto os fungos 
filamentosos (bolores) formam colônias filamentosas. 
 
Leveduras Fungos filamentosos 
Eucariotos Eucariotos 
Unicelulares Pluricelulares 
Facultativos Aeróbios estritos 
pH ótimo: 4-4,5 pH ótimo: 5-5,5 
Temperatura ótima: ambiente Temperatura ótima: ambiente 
Tolerância alta osmolaridade Tolerância alta osmolaridade 
Reprodução assexuada: 
gemulação 
Reprodução assexuada: esporos 
Colônias cremosas Colônias filamentosas 
 
 
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro 
– HC-UFTM - IADES 
Quanto ao diagnóstico laboratorial das dermatofitoses, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Os dermatófitos são fungos leveduriformes. No exame macroscópico, 
apresentam colônias cremosas, de cores diferentes, em ágar sabourand. 
No exame microscópico, é possível visualizar a presença de macro e 
microconídios. As análises dessas características permitem identificar o 
gênero e a espécie do fungo isolado. 
(B) Um dos agentes etiológicos isolados nas dermatofitoses é o 
Trichophyton rubrum, que pode causar alopecia definitiva. No exame 
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microscópico, podem ser visualizados macroconídios sem septos, hifas em 
espiral e microconídios redondos. 
(C) Os dermatófitos são fungos com tropismo por tecidos ricos em 
queratina, como a pele, as unhas e os pelos. Quando eles parasitam o 
pelo, o tipo de parasitismo pode ser classificado, basicamente, em 
endotrix, ectotrix e endo/ectotrix. Isso é visualizado ao microscópio, no 
exame direto do pelo com KOH. 
(D) Um dos agentes etiológicos isolados nas dermatofitoses é o 
Microsporum canis, que pode causar alopecia definitiva. No exame 
microscópico, podem ser visualizados macroconídeos sem septos, hifas 
em espiral e microconídios. 
(E) Um dos agentes etiológicos isolados nas dermatofitoses é o 
Epidermophyton flocosum, que pode causar alopecia definitiva. No exame 
microscópico, podem ser visualizados macroconídios sem septos, hifas em 
espiral e microconídios em forma de lágrima. 
 
Comentário: Os dermatófitos são fungos septados hialinos que 
parasitam o tecido queratinizado (cabelo, pele e unhas). As 
dermatofitoses são infecções crônicas e frequentemente localizadas nas 
regiões quentes e úmidas do corpo, por exemplo, pé de atleta. As lesões 
aparecem com uma borda circular inflamada, contendo pápulas e 
vesículas. 
O diagnóstico é feito através de raspados de pele ou de unhas e tratados 
com KOH 10%. Podemos observar a presença de hifas septadas no 
microscópio ou utilizar Agar Sabouraud. 
 
Gabarito: C 
 
6. Identificação de fungos: 
 
 A determinação da identidade de um agente etiológico específico da 
doença fúngica deve ter influência direta no prognóstico e nas 
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considerações terapêuticas. Distinguir fungos leveduriformes dos fungos 
filamentosos é o primeiro passo na identificação de um isolado fúngico. A 
morfologia da colônia fornece, geralmente, uma boa indicação, 
pois os fungos leveduriformes formam colônias pastosas opacas e 
os fungos filamentosos formam colônias filamentosas, que variam 
em textura, cor e topografia. 
O isolamento de um fungo em meio de cultura não significa, 
necessariamente, que ele é o agente etiológico da infecção. A presença de 
fungos na microbiota (flora) de pacientes, por ex. Candida sp e no meio 
ambiente, por ex. Aspergillus sp, pode resultar em cultura positiva. Isto 
explica o grande número de culturas positivas para fungos, a partir de 
uma amostra biológica. A relação entre o fungo isolado em meio de 
cultura e sinais e sintomas, é critério clínico-epidemiológico. 
 
6.1 Identificação de leveduras: 
 
A levedura quando apresenta hifas hialinas e ramificadas, é 
sugestivo do gênero Candida sps e se, além disso, desenvolver 
clamidósporos ou tubos germinativos, em determinadas condições “in 
vitro”, é identificada como Candida albicans. Outros gêneros, tais como, 
Cryptococcus, Rhodotorula, Geotrichum e Trichosporon, também podem, 
na grande maioria das vezes, ser identificados apenas, por sua morfologia 
característica. O restante dos gêneros e espécies, porém, necessita de 
provas bioquímicas para sua identificação. 
 Para leveduras relacionadas a episódios de infecção hospitalar, há 
grande preocupação no estudo das espécies dos agentes, como marcador 
epidemiológico temporal e espacial de infecções, como no caso de 
espécies de Candida que têm menor sensibilidade a antifúngicos azólicos. 
 Colônias de levedura obtidas de amostra biológica, só devem ser 
identificadas, quando estiverem puras, ou seja, sem contaminação 
bacteriana ou em mistura de espécies. Dever realizar o plaqueamento de 
cada colônia morfologicamente distinta e confirmada sua pureza, por 
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microscopia. De cada colônia deve ser feito um repique em ASD 
para sua identificação. 
As provas fisiológicas mais comuns e mais simples para identificação de 
Candida albicans e Candida sp são: tubo germinativo e filamentação 
em cultivo em lâmina. No cultivo em lâmina, avalia-se a capacidade 
de produção de hifas hialinas ramificadas 
que podem se fragmentar em esporos, 
denominados artroconídios. Estas hifas 
ocorrem nos gêneros Geotrichum e 
Trichosporon. Caso a levedura forme hifas hialinas ramificadas sem 
fragmentação, provavelmente pertence ao gênero Candida e se 
houver formação de clamidósporos caracteristicos, é Candida 
albicans. 
Esquema simplificado para identificação de alguns gêneros de leveduras 
 
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 Prova do tubo germinativo: A partir de uma alçada da colônia 
isolada, fazer uma suspensão em tubo de ensaio contendo 0,5 ml 
de soro humano (pode-se usar também soro estéril de bovino, 
cavalo ou coelho). Incubar a 37ºC durante período máximo de 3 
horas. Este prazo é importante porque, após esse período, outras 
espécies de Candida e de outros gêneros, formam também tubo 
germinativo. Depositar então, uma gota da suspensão sobre lâmina, 
cobrir com lamínula e examinar ao microscópio óptico. A presença 
de tubo germinativo, na forma de pequeno filamento que brota do 
blastoconídio, sem formar constrição com a célula-mãe, permite a 
identificação presuntiva de Candida albicans. 
 Prova da uréase: A reação positiva para urease, junto com 
análise morfológica permite identificaçãopresuntiva de 
Cryptococcus sp. Leveduras do gênero Rhodotorula são também 
urease positiva, mas, como em regra, apresentam colônias com 
pigmento avermelhado ou salmão, são facilmente distinguidas de 
Cryptococcus sp. Outros gêneros incluindo Candida sp, produzem 
urease, mas tem outras características para sua identificação. 
 
 
HUCAM-UFES - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CASSIANO ANTONIO 
DE MORAIS DA UNIVERSIDADE - FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – 
AOCP – 2014 
Leveduras do gênero Candida são os maiores agentes de infecção 
hospitalar e representam um desafio para a sobrevida de pacientes com 
doenças graves e aqueles em período pós-operatório. Na identificação de 
leveduras, a presença de tubo germinativo, na forma de pequeno 
filamento que brota do blastoconídio sem formar constricção com a 
célula-mãe, permite a identificação presuntiva de qual das Candidas a 
seguir? 
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(A) Candida krusei. 
(B) Candida albicans. 
(C) Candida tropicalis. 
(D) Candida parapsilosis. 
(E) Candida glabrata 
 
Comentário: A prova do tubo germinativo permite a identificação 
presuntiva de Candida albicans, pois esse gênero forma clamidósporos 
característicos. Outras espécies de candida também formam tubo 
germinativo, mas a presença do tubo germinativo na forma de pequeno 
filamento que brota do blastoconídio, sem formar constricção com a 
célula-mãe é característica de Candida albicans. 
 
Gabarito: B 
 
6.2 Identificação de fungos filamentosos: 
Para a identificação de fungos filamentosos, observa-se a morfologia 
da colônia e aspectos microscópicos. A análise da colônia visa observar: 
cor, textura, superfície, pigmento difusível no meio de cultura, entre 
outros, e pode ser feita no tubo de ensaio contendo a cultura primária do 
fungo. Porém, o mais adequado é a análise a partir da “colônia gigante”, 
ou seja, uma cultura feita no ponto central de uma camada de ágar 
distribuído em placa de Petri. A observação das estruturas 
microscópicas, tais como: hifa hialina, septada ou cenocítica, 
forma, disposição e formação dos esporos, são suficientes, em 
geral, para a identificação de fungos filamentosos. 
 Microcultivo para fungos filamentosos: Colocar sobre uma 
lâmina esterilizada, contida em uma placa de Petri estéril, um 
cubo de ágar: ASD ou ágar batata. A lâmina deve estar sobre 
um suporte, que pode ser formado por outra lâmina, ou um 
pequeno bastão de vidro recurvado, ou ainda, dois palitos de 
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fósforo. Semear o fungo, a partir de repique recente, nos quatro 
lados do cubo de ágar. Recobrir com uma lamínula esterilizada. 
Fazer uma câmara úmida, adicionando 1 a 2 ml de água 
destilada estéril no fundo da placa ou embeber um pequeno 
chumaço de algodão estéril, para evitar a dessecação do meio de 
cultura, durante o crescimento do fungo. Tampar a placa e 
deixar à temperatura ambiente por 7 a 10 dias, até que se 
observe desenvolvimento de hifas com ou sem pigmentação. 
Após esse período, inativar a esporulação, adicionando 1 ml de 
formol ao algodão e vedando a placa com fita adesiva durante 
24h-48h. O vapor de formaol, além de inativar o fungo, irá 
auxiliar na fixação das estruturas microscópicas. Retirar a 
lamínula com auxílio de uma pinça, cuidadosamente, uma vez 
que nela deverão estar aderidas as hifas e esporos do fungo. 
Pingar uma gota de corante azul de lactofenol-algodão (“Cotton 
Blue”) e montar sobre uma lâmina. Desprezar o cubo de ágar e, 
em seu lugar, pingar outra gota de corante azul e recobrir com 
lamínula, para visualizar esporos e hifas também aderidos à 
lâmina. Observar em microscópio ótico com objetiva de 40 X, o 
tipo e cor da hifa, forma disposição e formação de esporos. 
 
Fungos anemófilos de hifas hialinas e septadas (hialohifomicetos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dermatófitos agentes de micoses cutâneas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.3 Identificação de fungos dimórficos: 
 
São fungos filamentosos que podem, sob determinadas condições, 
assumir forma de levedura, diminuindo a capacidade de 
filamentação e dividindo-se por brotamento, conferindo às 
colônias aspecto cremoso. Esta fase leveduriforme ocorre sob 
temperatura acima de 30°C, de preferência a 37°C. São fungos de 
crescimento lento (>15 dias) no primo-isolamento (Histoplasma 
capsulatum e Paracoccidioides brasiliensis ou moderado (8 a 14 dias), 
como Sporothrix schenckii. A identificação é feita pela comprovação do 
dimorfismo e pelo aspecto microscópico característico de cada fase. 
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UFA, cansados? Vimos bastante conteúdo até aqui! Mas agora, vamos 
começar uma parte muito importante para nosso concurso! Os tipos de 
micoses que podem ser causadas por cada tipo de fungo. 
 
7. Tipos de micoses: 
 As micoses médicas podem ser divididas em quatro categorias: 
cutâneas, subcutâneas, sistêmicas e oportunistas 
 
1. Vamos começar abordando as micoses cutâneas, já que elas 
são divididas em superficiais estritas e dermatofitoses: 
 
Superficiais estritas: causam alterações na camada mais 
superficial da pele e induzem apenas alterações estéticas, onde na 
maioria das vezes não causam resposta inflamatória. As principais 
micoses superficiais são: Pitiríase versicolor; Tinea negra; Piedra branca; 
Piedra negra. 
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 Pitiríase versicolor: é uma infecção cutânea causada pelo 
gênero Malassezia furfur, conhecida como “pano branco”. As 
lesões geralmente são observadas como áreas hipopigmentadas 
(brancas, vermelhas ou marrons), assintomáticas e podem 
apresentar descamação. Ocorre com maior frequência em climas 
quentes e úmidos e o diagnóstico geralmente é realizado pela 
detecção em preparações de raspados de pele tratadas com 
KOH. O tratamento é realizado com o antifúngico miconazol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Tinea nigra: é uma infecção das camadas queratinizadas da 
pele. Ela provoca a formação de uma mancha marrom causada 
pelo pigmento similar à melanina presente nas hifas. 
Normalmente é causada pelo gênero Cladosporium werneckii, 
que é encontrado no solo. O diagnostico pode ser realizado por 
exame microscópio e cultura de raspados de pele. 
 
 
 
Efeitos característicos: 
• Sinal de Besnier: descamação esfarelada da pele quando raspada 
com a unha. 
• Sinal de Zileri: discreto esfacelamento da queratina local ao estirar 
com os dedos. 
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Dermatofitoses: são causadas por fungos dermatófitos que 
infectam as estruturas queratinizadas (pele, pelos e unhas). 
Os gêneros mais importantes são: Epidermophyton, Trichophyton e 
Microsporum. A transmissão é através do contato direto com 
indivíduos infectados, porém, as células de Microsporum também 
podem ser disseminadas pelo contato com animais, ou seja, para 
prevenir a reinfecção, também devemos tratar os animais. 
As dermatofitoses são infecções crônicas e frequentemente 
localizadas nas regiões quentes e úmidas do corpo, por exemplo, pé 
de atleta. As lesões aparecem com uma borda circular inflamada, 
contendo pápulas e vesículas. 
O diagnóstico é feito através de raspados de pele ou de unhas e 
tratados com KOH 10%. Podemos observar a presença de hifas 
septadas no microscópio ou utilizar Agar Sabouraud. 
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Microbiologia para EBSERH (Biomédico) 
Teoria e exercícios comentados 
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HC-UFG - HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL 
DE GOIÁS CONCURSO PÚBLICO 06/2015 – EBSERH/HC-UFG 
EDITAL Nº 03 – EBSERH – ÁREA ASSISTENCIAL 
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Considerando-se que, na micologia clínica, são observadas as micoses 
subdivididas em superficiais e cutâneas, subcutâneas e sistêmicas. Quais 
são as micoses causadas por dermatófios pertencentes aos gêneros 
Epidermophyton, Microsporum e Trichophyton? 
(A) Micoses sistêmicas referidas como pneumonias fúngicas. 
(B) Micoses subcutâneas como a esporotricose e a micetoma. 
(C) Micoses superficiais devido à trauma nodular lesionado. 
(D) Micoses subcutâneas com lesões focais no tecido cerebral. 
(E) Micoses cutâneas da pele, cabelo ou unhas. 
 
Comentário: As dermatofitoses são causadas por fungos dermatófitos 
que infectam as estruturas queratinizadas (pele, pelos e unhas). Os 
gêneros mais importantes são: Epidermophyton, Trichophyton e 
Microsporum. 
 
Gabarito: E 
 
2. Micoses subcutâneas: São micoses causadas por fungos que 
crescem no solo e na vegetação que entram na pele (tecido 
subcutâneo) através de traumas na pele. 
 
 Esporotricose: É causada pelo gênero Sporothrix schenckii, um 
fungo dimórfico que quando introduzido na pele causa uma 
úlcera localizada, com a presença de nódulos ao longo da 
circulação linfática. Essa doença é observada em maior 
frequência em jardineiros, principalmente aqueles que lidam com 
roseiras, porque elas possuem espinhos. Para realizar o 
diagnóstico, utilizam-se amostras teciduais que revelam 
leveduras esféricas ou em forma de charuto, apresentando 
brotamentos. 
 
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 Cromomicose: É uma infecção que há a formação de 
granulomas, causada por diversos fungos do solo (Fonsecaea, 
Phialophora, Cladosporium, etc) que entram na pele através de 
traumas. Esses fungos recebem o nome de dematiáceos, 
porque apresentam conídios ou hifas com coloração escura. 
 
 
 
 
 
3. Micoses sistêmicas: são micoses que resultam da inalação 
dos esporos de fungos dimórficos que, são encontrados no solo 
na forma de bolores. Quando chegam aos pulmões, os esporos 
diferenciam-se em leveduras ou em outras formas. Se a infecção 
for apenas pulmonar, normalmente é assintomática. Mas, alguns 
indivíduos desenvolvem doenças disseminadas, ou seja, os 
organismos crescem em outros órgãos e causam lesões que podem 
resultar em morte. Não é uma doença que pode ser transmitida por 
indivíduos infectados. 
 
 Coccidioides: O fungo coccidioides immitis é dimórfico e se 
apresenta na forma de bolor no solo e como uma esférula nos 
tecidos que causa a doença coccidioidomicose. Esses fungos quando 
alcançam os pulmões, formam esférulas grandes que são 
preenchidas por endósporos. Quando essas esférulas têm a 
parede rompida, os endósporos são liberados e se diferenciam em 
novas esférulas. A disseminação pode acontecer pela corrente 
sanguínea, e ocorre em indivíduos que apresentam algum problema 
na imunidade. A transmissão ocorre através da inalação de ar 
contaminado. 
 
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 Histoplasma: o fungo H. capsulatum é um fungo dimórfico 
presente no solo na forma de bolo e nos tecidos como 
levedura, é o fungo causador da histoplasmose. Esse fungo 
forma dois tipos de esporos assexuados: os macronídios 
tuberculados, e os micronídios. 
Os esporos inalados são internalizados por macrófagos e 
desenvolve-se em leveduras, que produzem substancias alcalinas 
que permitem que elas sobrevivam no interior dos macrófagos. A 
disseminação no organismo ocorre principalmente no fígado e baço. 
A histoplasmose desenvolve-se em uma pequena minoria dos 
indivíduos infectados, normalmente quando há redução da 
imunidade mediada por células. 
 
 Blastomyces: o fungo Blastomyces dermatitidis causa 
blastomicose. É um fungo dimórfico, que assim como os 
outros, e se apresenta como bolor no solo e como levedura 
nos tecidos. Assim como os outros fungos vistos aqui, esse fungo 
cresce em solo úmido, rico em matéria orgânica, formando hifas 
com pequenos conídios. A infecção é causada pela inalação desses 
conídios, que pode resultar em granulomas ulcerados na pele, nos 
ossos ou em outros sítios. 
 
 Paracoccidioides: o fungo Paracoccidioides brasiliensis causa a 
paracacoccidioidomicose, e assim como os outros, também é um 
fungo dimórfico que se apresenta no solo e como levedura 
nos tecidos. Porém, a levedura apresenta parede espessa com 
brotamentos múltiplos. A inalação dos esporos causa lesões nos 
pulmões. Normalmente, as infecções primárias são autolimitadas; 
mas, o organismo pode se tornar inativo por longos períodos e 
reativar para causar doença clinica. Uma forma disseminada 
subaguda pode ser vista em pacientes mais jovens e 
indivíduos imunocomprometidos com linfadenopatia 
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marcada, hepatoesplenomegalia, envolvimento da medula 
óssea e manifestações osteoarticulares. As lesões pulmonares 
são caracterizadas como nodulares, infiltrativas, fibróticas e 
cavitárias. Além das manifestações pulmonares, alguns pacientes 
podem exibbir manifestações extrapulmonares, que incluem pele, 
linfonodos, glândulas adrenais, fígado, baço, sistema nervoso centra 
e ossos. 
 
 
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4. Micoses oportunistas: os fungos oportunistas não provocam 
doença na maioria dos indivíduos imunocomprometidos, mas podem 
causar infecções em indivíduos com defesas deficientes. 
 
 Candida: causada pelo fungoCandida albicans, uma levedura oval 
com brotamento único e que faz parte da microbiota normal 
das membranas mucosas do trato respiratório superior, 
gastrintestinal e genital feminino. Nos tecidos, apresenta-se 
como levedura ou pseudo-hifa, que são leveduras alongadas. 
Como faz parte da microbiota normal, o C. albicans não é 
transmitida, mas a presença dele na pele predispõe a infecções que 
envolvem instrumentos penetrantes como agulha e cateteres de 
longo prazo, ou seja, em pacientes com defesas comprometidas 
podem desenvolver doenças. 
O crescimento exagerado de C. albican na cavidade oral forma 
placas esbranquiçadas que conhecemos como aftas. Quando há o 
crescimento exagerado vulvovaginal, podemos observar a presença 
de prurido e secreções. A invasão da pele ocorre em áreas 
mornas e úmidas, que se tornam avermelhadas e 
exsudativas. Em indivíduos imunossuprimidos, Candida pode 
disseminar-se a vários órgãos ou causar candidíase 
mucocutânea crônica. 
Para o diagnostico, utilizamos amostras de exsudatos ou tecidos, 
onde podemos observar a presença de leveduras com brotamento e 
pseudo-hifas. Utilizamos a prova do tubo germinativo para 
diferenciar C. albicans das outras espécies, pois podemos 
observar a presença de camidósporos que são formados 
tipicamente por C. albicans. Os testes cutâneos com antígenos 
de Candidas também são utilizados para indicar que o individuo é 
capaz ou não de montar uma resposta imune celular. Presume-se 
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que um individuo que não responde a antígenos de Candida no 
teste cutâneo apresente imunidade mediada por células deficiente. 
 
 Cryptococcus: o fungo Cryptococcus neoformans causa a 
criptococose, especialmente meningite criptocóccica. A criptococose 
é a doença fúngica de risco à vida mais comum em pacientes 
com AIDS. O C. neoformans é uma levedura oval com brotamento, 
envolta por uma extensa cápsula polissacarídica. Não é um fungo 
dimórfico, e forma brotamento com base estreita. Esse fungo 
cresce em solo contendo dejetos de aves (principalmente 
pombos), e a infecção ocorre através da inalação desse fungo. A 
infecção se manifesta principalmente como infecção pulmonar e 
ocorre principalmente em pacientes com a imunidade mediada por 
células comprometida, como ocorre na AIDS. O diagnostico é feito 
através da coleta de líquor, que misturado à tinta nanquim, é 
possível observar célula de levedura através do microscópio. 
Também podem ser realizados testes sorológicos para anticorpos e 
antígenos. 
 
 Aspergillus: algumas espécies de Aspergillus, especialmente 
Aspergillus fumigatus, causam infecções de pele, olhos, ouvidos e 
outros órgãos. As espécies de Aspergillus apresentam-se na 
forma de bolores, e exibem hifas septadas que formam 
ramificações em forma de V. São transmitidos através de 
conídios disseminados pelo ar, pois crescem na vegetação em 
decomposição e produzem cadeias de conídios. O aspergillus pode 
colonizar e posteriormente invadir abrasões cutâneas, ferimentos, 
queimaduras, córnea, ouvido etc. São capazes de crescer em 
cavidades no interior dos pulmões, especialmente cavidades 
causadas pela tuberculose. Dessa forma, são capazes de causar a 
aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA), uma infecção dos 
brônquios causada por aspergillus. 
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 Mucor e Rhizopus: A mucormicose (zigomicose, ficomicose) é uma 
doença causada por bolores saprófitas (se alimentam 
absorvendo substâncias orgânicas, provenientes de matéria 
orgânica em decomposição:. São transmitidos através de 
esporos assexuados disseminados pelo ar e invadindo tecidos de 
pacientes com defesas reduzidas. Proliferam nas paredes de vasos 
sanguíneos, causando necrose dos tecidos distais ao vaso. O 
diagnostico é realizado através da visualização microscópica de 
hifas não septadas com paredes espessas irregulares e 
ramificações. 
 
 
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA DA UNIVERSIDADE 
FEDERAL DE SANTA MARIA - HUSM-UFSM CONCURSO PÚBLICO 
1/2014 - EBSERH/HUSM-UFSM 
São doenças causadas por fungos, EXCETO 
(A) fiariose. 
(B) esporotricose. 
(C) criptococose. 
(D) paracoccidioidomicose. 
(E) histoplasmose. 
 
Comentário: Entre as doenças citadas na questão, a única que não 
abordamos aqui foi a filariose, já que é uma doença causada por parasitas 
nemátodes. 
 
Gabarito: A 
 
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Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro 
– HC UFTM - IADES 
Micose sistêmica, geralmente com sintomatologia cutânea importante, 
grave, que, na forma crônica, é conhecida como “tipo adulto” e, na forma 
aguda ou subaguda, como “tipo juvenil”. A primeira caracteriza-se por 
comprometimento pulmonar, lesões ulceradas de pele, mucosas (oral, 
nasal, gastrintestinal), linfoadenopatia. Na forma disseminada, pode 
acometer todas as vísceras, frequentemente afetando a suprarrenal. A 
forma disseminada é rara e, quando ocorre, compromete o sistema 
fagocíticomononuclear, que leva à disfunção da medula óssea. Na 
cavidade oral, evidencia-se uma estomatite, com pontilhado hemorrágico 
fino, conhecida como “estomatite moriforme de Aguiar-Pupo”. No exame 
microscópico pós-cultura, é observada presença de células arredondadas, 
de dupla parede, birrefringente, com ou sem gemulação. Quando há 
gemulação múltipla, o parasita toma aspecto de “roda de leme”. Provas 
sorológicas, como a imunodifusão em gel e a histopatologia, são também 
empregadas. 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e 
parasitárias: guia de bolso/Ministério da Saúde, Secretaria de 
Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. 8. ed. 
rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2010, com adaptações. 
Assinale a alternativa correta quanto à patologia descrita no texto, a qual 
é causada por fungo. 
(A) Histoplasmose. 
(B) Paracoccidioidomicose. 
(C) Coccidioidomicose. 
(D) Candidíase. 
(E) Criptococose. 
 
Comentário: “Uma forma disseminada subaguda pode ser vista em 
pacientes mais jovens e indivíduos imunocomprometidos com 
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linfadenopatia marcada, hepatoesplenomegalia, envolvimento da medula 
óssea e manifestações osteoarticulares. As lesões pulmonares são 
caracterizadas como nodulares, infiltrativas, fibróticas e cavitárias. Além 
das manifestações pulmonares, alguns pacientes podem exibbir 
manifestações extrapulmonares, que incluem pele, linfonodos, glândulas 
adrenais, fígado, baço, sistema nervoso centra e ossos”. 
 
Gabarito: B 
 
HUCAM-UFES - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CASSIANO ANTONIO 
DE MORAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – 
AOCP – 2014 
Um médico neurologista envia ao laboratório uma amostra de líquor e 
solicita o exame “Pesquisa de fungos pela tinta da China”. Assinale a 
alternativa que apresenta o fungo que pode ser identificado no líquor por 
esse método. 
(A) Histoplasma capsulatum. 
(B) Aspergillus fumigatus. 
(C) Trichosporonsp. 
(D) Paracoccidioides brasiliensis. 
(E) Cryptococcus neoformans. 
 
Comentário: O diagnostico da criptococose causada pelo fungo 
Cryptococcus neoformans é realizada através da coleta de líquor, que 
misturado à tinta nanquim, é possível observar célula de levedura através 
do microscópio. Também podem ser realizados testes sorológicos para 
anticorpos e antígenos. 
 
Gabarito: E 
 
 
 
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FAFIPA - Serviço de Biomedicina - Pref. Londrina/PR – 2015 
São exemplos de patologias causadas por fungos: 
(A) Micose de pele e estrongiloidíase. 
(B) Criptococose e blastomicose. 
(C) Esquistossomose e dengue. 
(D) Listeriose e brucelose. 
(E) Tétano e cromoblastomicose. 
 
Comentário: Citamos diversas doenças causadas por fungos, entre elas 
estudamos a criptococose causada pelo fungo Cryptococcus neoformans 
e a blastomicose causada pelo fungo Blastomyces dermatitidis. 
 
Gabarito: B 
 
Chegamos ao fim do nosso curso! Desejo sucesso a todos! 
Estou aqui na torcida por cada um! Revisem nossas aulas e qualquer 
dúvida estarei à disposição no fórum! 
 
 
QUESTÕES: 
 
1) Maternidade Climério de Oliveira da Universidade Federal da 
Bahia/2014/ IADES 
Hifas hialinas septadas, algumas em espiral, microconídios arredondados 
e agrupados, com aspecto de cacho. Raros macroconídios em forma de 
charuto, com 1 a 6 septos. 
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As características microscópicas descritas são referentes ao agente 
fúngico 
(A) Microsporum canis. 
(B) Trichophyton mentagrophytes. 
(C) Microsporum gypseum. 
(D) Trichophyton rubrum. 
(E) Trichophyton tonsurans. 
 
2) Analista em Saúde Pública - Biomédico – FUNDASUS – AOCP - 
2015 
Considerando as características relacionadas a seguir: não sintetizam 
clorofila, não têm celulose (exceto algumas aquáticas), não armazenam 
amido, presença de quitina, armazenam glicogênio, são heterotróficos, 
são ubíquos, eucariotos, são leveduras, filamentosos e alguns dimórficos. 
Podemos afirmar que o enunciado refere-se a 
(A) bactérias. 
(B) protozoários. 
(C) vírus. 
(D) fungos. 
(E) parasitas. 
 
3) Analista em Saúde Pública - Biomédico – FUNDASUS – AOCP - 
2015 
A micologia é a ciência que estuda os fungos. Sobre a importância dos 
fungos, assinale a alternativa correta. 
(A) Os fungos não são importantes para a atividade enzimática como na 
produção de enzimas de interesse industrial. 
(B) Os fungos não têm ação alguma sobre os alimentos. 
(C) Os fungos agem na agricultura como nas micorrizas e biopesticidas. 
(D) Os fungos não têm atuação na produção de fármacos. 
(E) Os fungos não trazem quaisquer patologias para o organismo dos 
seres humanos. 
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4) No exame direto microscópico para pesquisa de fungos em material 
biológico com muco, pelos e unhas é indicado o uso de hidróxido de 
potássio em solução aquosa a 10% ou 20%. Sobre a utilização dessa 
solução nesta prática, assinale a alternativa correta. 
(A) Facilita a microscopia por dissolver a queratina e o muco, destacando 
as estruturas fúngicas, quando presentes. 
(B) Utilizado para observar a motilidade de fungos dificilmente 
observadas em microscopia direta com salina. 
(C) Utilizado para identificar criptococos, pois permite destacar a cápsula 
deste fundo contra um fundo negro. 
(D) Utilizado para diferenciar leucócitos de alguns fungos através do 
núcleo refringente e gemulação do fungo. 
(E) Utilizado na pesquisa de Histoplasma capsulatum e diferenciação de 
leveduras e fungos filamentosos. 
 
5) HC - UFMG - HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE 
FEDERAL DE MINAS GERAIS - 2014 
No exame direto microscópico para pesquisa de fungos em material 
biológico com muco, pelos e unhas é indicado o uso de hidróxido de 
potássio em solução aquosa a 10% ou 20%. Sobre a utilização dessa 
solução nesta prática, assinale a alternativa correta. 
(A) Facilita a microscopia por dissolver a queratina e o muco, destacando 
as estruturas fúngicas, quando presentes. 
(B) Utilizado para observar a motilidade de fungos dificilmente 
observadas em microscopia direta com salina. 
(C) Utilizado para identificar criptococos, pois permite destacar a cápsula 
deste fundo contra um fundo negro. 
(D) Utilizado para diferenciar leucócitos de alguns fungos através do 
núcleo refringente e gemulação do fungo. 
(E) Utilizado na pesquisa de Histoplasma capsulatum e diferenciação de 
leveduras e fungos filamentosos. 
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6) COTEC/UNIMONTES - Biomédico - Pref. Capitão Enéas/MG - 
2015 
As micoses superficiais e cutâneas têm surgido com grande prevalência 
nos ambulatórios de Dermatologia. Os métodos comumente utilizados 
para o diagnóstico de micoses utilizam o reativo Hidróxido de Potássio 
(KOH), cuja função é 
A) limpar o raspado de pele. 
B) desidratar o raspado de pele. 
C) clarear o raspado de pele. 
D) conservar o raspado de pele. 
 
7) UEPB - Biomédico - Pref. Catolé do Rocha/PB – 2015 
A observação de um fungo na amostra biológica apresenta grande 
importância no diagnóstico laboratorial; sua presença no tecido permite 
uma informação rápida ao médico, auxiliando-o na tomada de decisão 
quanto ao tratamento. O diagnóstico através da microscopia é realizado 
por várias técnicas, a depender do tipo de amostra a ser analisada. 
Assinale a alternativa CORRETA quanto ao método de exame microscópico 
direto utilizado no laboratório de micologia: 
a) Exame microscópico direto com azul da prússia 
b) Exame microscópico direto com hidróxido de magnésio (MgOH) a 5% 
c) Exame microscópico direto com hidróxido de potássio (KOH) a 20% 
d) Exame microscópico direto com hidróxido de sódio (NaOH) a 10% 
e) Exame microscópico direto com coloração de Sudan Black 
Comentário: O exame microscópico de amostras é feito através do exame 
direto com hidróxido de potássio (KOH) a 20%, além de exame direto 
com tinta nanquin, coloração de gram e coloração panótica. 
 
8) UEPB - Biomédico - Pref. Catolé do Rocha/PB – 2015 
Conceitualmente os fungos são seres dispersos no meio ambiente, no ar 
atmosférico, em vegetais, no solo e na água. As patologias causadas por 
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fungos são denominadas micoses e estes apresentam dois tipos de 
morfologia, as leveduras (unicelulares) e os fungos filamentosos 
(pluricelulares). Para o seu diagnóstico laboratorial, utiliza-se a cultura 
com uso de um tipo de ágar específico para estes microrganismos. 
Marque a alternativa CORRETA quanto ao meio básico utilizado no 
laboratório de micologia: 
a) Ágar manitol salgado 
b) Ágar sabouraud 
c) Ágar sangue 
d) Ágar McConkey 
e) Ágar selenito 
 
9) Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo 
Mineiro – HC-UFTM - IADES 
Quanto ao diagnóstico laboratorial dasdermatofitoses, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Os dermatófitos são fungos leveduriformes. No exame macroscópico, 
apresentam colônias cremosas, de cores diferentes, em ágar sabourand. 
No exame microscópico, é possível visualizar a presença de macro e 
microconídios. As análises dessas características permitem identificar o 
gênero e a espécie do fungo isolado. 
(B) Um dos agentes etiológicos isolados nas dermatofitoses é o 
Trichophyton rubrum, que pode causar alopecia definitiva. No exame 
microscópico, podem ser visualizados macroconídios sem septos, hifas em 
espiral e microconídios redondos. 
(C) Os dermatófitos são fungos com tropismo por tecidos ricos em 
queratina, como a pele, as unhas e os pelos. Quando eles parasitam o 
pelo, o tipo de parasitismo pode ser classificado, basicamente, em 
endotrix, ectotrix e endo/ectotrix. Isso é visualizado ao microscópio, no 
exame direto do pelo com KOH. 
(D) Um dos agentes etiológicos isolados nas dermatofitoses é o 
Microsporum canis, que pode causar alopecia definitiva. No exame 
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microscópico, podem ser visualizados macroconídeos sem septos, hifas 
em espiral e microconídios. 
(E) Um dos agentes etiológicos isolados nas dermatofitoses é o 
Epidermophyton flocosum, que pode causar alopecia definitiva. No exame 
microscópico, podem ser visualizados macroconídios sem septos, hifas em 
espiral e microconídios em forma de lágrima. 
 
10) HUCAM-UFES - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CASSIANO 
ANTONIO DE MORAIS DA UNIVERSIDADE - FEDERAL DO ESPÍRITO 
SANTO – AOCP – 2014 
Leveduras do gênero Candida são os maiores agentes de infecção 
hospitalar e representam um desafio para a sobrevida de pacientes com 
doenças graves e aqueles em período pós-operatório. Na identificação de 
leveduras, a presença de tubo germinativo, na forma de pequeno 
filamento que brota do blastoconídio sem formar constricção com a 
célula-mãe, permite a identificação presuntiva de qual das Candidas a 
seguir? 
 
(A) Candida krusei. 
(B) Candida albicans. 
(C) Candida tropicalis. 
(D) Candida parapsilosis. 
(E) Candida glabrata 
 
11) UFG - HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL 
DE GOIÁS CONCURSO PÚBLICO 06/2015 – EBSERH/HC-UFG 
EDITAL Nº 03 – EBSERH – ÁREA ASSISTENCIAL 
Considerando-se que, na micologia clínica, são observadas as micoses 
subdivididas em superficiais e cutâneas, subcutâneas e sistêmicas. Quais 
são as micoses causadas por dermatófios pertencentes aos gêneros 
Epidermophyton, Microsporum e Trichophyton? 
(A) Micoses sistêmicas referidas como pneumonias fúngicas. 
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(B) Micoses subcutâneas como a esporotricose e a micetoma. 
(C) Micoses superficiais devido à trauma nodular lesionado. 
(D) Micoses subcutâneas com lesões focais no tecido cerebral. 
(E) Micoses cutâneas da pele, cabelo ou unhas. 
 
12) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA DA 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - HUSM-UFSM 
CONCURSO PÚBLICO 1/2014 - EBSERH/HUSM-UFSM 
São doenças causadas por fungos, EXCETO 
(A) fiariose. 
(B) esporotricose. 
(C) criptococose. 
(D) paracoccidioidomicose. 
(E) histoplasmose. 
 
13) Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo 
Mineiro – HC UFTM - IADES 
Micose sistêmica, geralmente com sintomatologia cutânea importante, 
grave, que, na forma crônica, é conhecida como “tipo adulto” e, na forma 
aguda ou subaguda, como “tipo juvenil”. A primeira caracteriza-se por 
comprometimento pulmonar, lesões ulceradas de pele, mucosas (oral, 
nasal, gastrintestinal), linfoadenopatia. Na forma disseminada, pode 
acometer todas as vísceras, frequentemente afetando a suprarrenal. A 
forma disseminada é rara e, quando ocorre, compromete o sistema 
fagocíticomononuclear, que leva à disfunção da medula óssea. Na 
cavidade oral, evidencia-se uma estomatite, com pontilhado hemorrágico 
fino, conhecida como “estomatite moriforme de Aguiar-Pupo”. No exame 
microscópico pós-cultura, é observada presença de células arredondadas, 
de dupla parede, birrefringente, com ou sem gemulação. Quando há 
gemulação múltipla, o parasita toma aspecto de “roda de leme”. Provas 
sorológicas, como a imunodifusão em gel e a histopatologia, são também 
empregadas. 
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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e 
parasitárias: guia de bolso/Ministério da Saúde, Secretaria de 
Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. 8. ed. 
rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2010, com adaptações. 
Assinale a alternativa correta quanto à patologia descrita no texto, a qual 
é causada por fungo. 
(A) Histoplasmose. 
(B) Paracoccidioidomicose. 
(C) Coccidioidomicose. 
(D) Candidíase. 
(E) Criptococose. 
 
14) FAFIPA - Serviço de Biomedicina - Pref. Londrina/PR – 2015 
São exemplos de patologias causadas por fungos: 
(A) Micose de pele e estrongiloidíase. 
(B) Criptococose e blastomicose. 
(C) Esquistossomose e dengue. 
(D) Listeriose e brucelose. 
(E) Tétano e cromoblastomicose. 
 
15) CESPE – 2011 - FUB 
A respeito de microrganismos, julgue os itens a seguir. 
Leveduras e fungos filamentosos são seres multinucleados. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
16) Ano: 2013Banca: CESPE Órgão: UNIPAMPA Prova: Farmacêutico 
Bioquímico 
Com relação aos exames de diagnóstico em microbiologia, julgue os itens 
que se seguem: 
 
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Por meio do exame bacterioscópico gram, é possível estudar as 
características morfotinturiais de bactérias, fungos e leucócitos. Esse 
exame fornece, de maneira rápida, informações importantes para o início 
do tratamento do paciente. 
 
GABARITO: 
 
1. B 2. D 
3. C 4. A 
5. A 6. A 
7. C 8. B 
9. C 10. B 
11. E 12. A 
13. B 14. B 
15. ERRADA 16. CERTA 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
DAVIS, B. D. ; DULBECCO, R. Microbiologia de Davis ñ Fisiologia e 
Genética Bacterianas. Vol I. 2 a ed., São Paulo: Harbra do Brasil, 1979. 
421 p. 
 
DUNLAP; MADIGAN; MARTINKO. Microbiologia de Brock . 12ª Ed. Editora: 
Artmed. 2010 
 
LUIZ B. TRABULSI e FLÁVIO ALTERTHUM. Microbiologia. 5 ed. Atheneu, 
2009 
 
MURRAY, PR. et al. Microbiologia Médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2006. 992 p. 
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TORTORA, G. J. ; FUNKE, B. R. ; CASE, C. L. Microbiologia. 8. ed. Porto 
Alegre. 
 
Manual de microbiologia clínica para o Controle de infecção em serviços 
hospitalares – ANVISA, disponível em 
<www.anvisa.gov.br/servicossaude/manuais/microbiologia.asp>. 
 
 
 
 
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