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Contabilidade Empresarial

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Contabilidade Empresarial
1
Contabilidade Empresarial
1
Contabilidade 
Empresarial
Professor José Carlos Moreira
Contabilidade Empresarial
2
Introdução 4
Tributos federais 4
Imposto sobre a Importação 5
Imposto sobre a Exportação 6
Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza 7
Imposto sobre Produtos Industrializados 8
Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o 
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) 9
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 10
Tributos estaduais 10
Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação 10
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 11
Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor 12
Tributos municipais 12
Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana 12
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza 13
Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis 13
Contabilidade tributária 14
Elementos fundamentais do tributo 16
Elementos fundamentais da obrigação tributária 16
Obrigação tributária principal 18
Obrigação tributária acessória 18
Processo de escrituração contábil 19
Formalidades da escrituração contábil 20
Processo de escrituração fiscal 23
Espécies de escrituração fiscal 24
Documentos fiscais 24
Notas fiscais modelo 1 ou 1 A 26
Nota fiscal de venda a consumidor 28
Nota fiscal de produtor 29
Nota fiscal/conta de energia elétrica 30
Nota fiscal de serviço de transporte 31
Conhecimento de transporte rodoviário de cargas 33
Conhecimento de transporte aquaviário de cargas 34
Conhecimento aéreo 35
Conhecimento de transporte ferroviário de cargas 36
Bilhete de passagem rodoviário 37
Bilhete de passagem aquaviário 38
Bilhete de passagem e nota de bagagem 39
Bilhete de passagem ferroviário 40
Livros fiscais 40
Livro de Registro de Entradas modelos 1 e 1-A 43
Livro de Registro de Saídas modelo 2 e 2-A 46
Livro de Registro de Controle da Produção e do Estoque 47
Livro Registro de Selo Especial de Controle, modelo 4 48
SUMÁRIO
Contabilidade Empresarial
3
Livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais, modelo 5 49
Livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais 
 e Termos de Ocorrências, modelo 6 49
Livro Registro de Inventário, modelo 7 51
Livro de Registro de Apuração do IPI, modelo 8 53
Livro Registro de Apuração do ICMS, modelo 9 55
Processo de escrituração fiscal eletrônica 57
Dacon – Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais 58
DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais 63
DIPJ - Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica 65
Demonstrações financeiras 69
Balanço Patrimonial 72
Ativo 73
Passivo 75
Patrimônio líquido 76
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 78
Regime de competência 78
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) 82
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) 83
Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 85
Referências bibliográficas 87
Contabilidade Empresarial
4
INTRODUÇÃO
Este trabalho está focado na contabilidade tributária. Mais especificamente, abordaremos o processo 
de escrituração contábil e o de escrituração fiscal. Ambos estão a cargo da contabilidade, contudo, as 
escriturações envolvidas são diferentes, uma vez que na contábil seu objetivo é o registro das informações e 
eventos ocorrido no dia a dia das empresas, que devem ser registradas.
Já o processo de escrituração fiscal está ligado intimamente com a contabilidade tributária, uma vez que 
seus objetivos principais são as aplicações de regras e princípios para interpretar e aplicar as normas legais 
proveniente da legislação tributária com o fim específico de apurar o resultado econômico dentro do exercício 
social., gerando as obrigações tributárias principais, representadas por impostos, taxas e contribuições.
Ocorre que essas obrigações tributárias principais apoiam-se em documentos e livros fiscais que devem 
ser preenchidos com o fim de registrar e apurar todos os atos e fatos administrativos que definiram os 
fatos geradores e os valores dos tributos. Esse processo de escrituração em documentos e livros fiscais é 
denominado pela legislação tributária de obrigação tributária acessória.
Para demonstrarmos o processo de escrituração fiscal, este trabalho mostra, em seus três primeiros 
capítulos, os tributos da forma como são apresentados pela nossa Constituição, ou seja, divididos entre 
federais, estaduais e municipais, discorrendo de forma superficial sobre aqueles em espécie.
No quarto capítulo, está o foco de nosso trabalho, a contabilidade tributária e os processos de escrituração 
contábil e fiscal. Demonstramos de maneira abrangente o processo de escrituração fiscal, abordando em 
especial todas as obrigações acessórias, inclusive os modelos disponíveis de documentos e livros fiscais e os 
demonstrativos e declarações fiscais eletrônicos.
Finalizando, o quinto capítulo traz as demonstrações financeiras que as empresas estão obrigadas a 
apresentar para público em geral, acionistas, fornecedores e em especial Fisco. Nelas, são registrados todos 
esses impostos, taxas e contribuições, proporcionando para o operador do Direito conhecer e interpretar os 
registros contábeis compactados nesses documentos, representados por Balanço Patrimonial, Demonstração 
de Resultados do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração dos Lucros e Prejuízos 
Acumulados e Demonstração do Valor Adicionado.
TRIBUTOS FEDERAIS
A Constituição em vigor assim distribui a competência federal de estabelecer tributos:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
Contabilidade Empresarial
5
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
Nossa Constituição Federal, com objetivo de financiar a seguridade social, instituiu as contribuições ao 
Programa de Integração Social (PIS) e ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) 
e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), bem como a Contribuição Social sobre 
o Lucro Líquido (CSLL). Todas elas são de competência da União, estando dispostas no art. 195 da CF:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos 
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa 
física que lhepreste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
[...]
Imposto sobre a Importação
O Imposto sobre a Importação é de competência da União, tendo como função principal não a arredação 
e sim a regulação. É utilizado para a normatização da economia de mercado, prestando-se como instrumento 
de controle de políticas econômicas cambiais e de comércio exterior. Tem como fato gerador a entrada de 
produtos estrangeiros no território nacional. No Código Tributário Nacional, encontramos suas regras nos 
arts. 19 a 22.
Sua definição está insculpida no art. 19: “O imposto, de competência da União, sobre a importação de 
produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional”.
O contribuinte do imposto é o importador ou quem a ele a lei equiparar. Em alguns casos, é o arrematante 
de produtos apreendidos ou abandonados.
Em virtude de sua função regulatória ter natureza extrafiscal, não está obrigado ao princípio da 
anterioridade. As alterações em suas alíquotas podem entrar em vigor imediatamente, conforme art. 150, § 
1º, da Constituição Federal:
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
III – cobrar tributos
[...]
b) No mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) Antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os institui ou aumentou, 
observado o disposto da alínea b;
[...]
§ 1º A vedação do inciso III, b não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V e 154, 
II e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V e V e 154, 
II, nem a fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.
O tributo desfruta de algumas particularidades:
• O fato gerador, por decisão do Supremo Tribunal Federal, será considerado quando do desembaraço 
aduaneiro do produto estrangeiro.
• O bem importado poderá ter sua tributação suspensa, isenta ou a restituir em virtude de algumas 
operações:
* Drawback, representada por matérias-primas estrangeiras importadas que irão compor produto 
nacional a ser exportado. Isso proporciona a competitividade do produto nacional no mercado 
externo, com reduções consideráveis nos custos de produção, incentivando as exportações.
* Franquias temporárias, representadas por produtos de procedência estrangeira que entram no 
país por tempo determinado para eventos ou demonstrações, tais como os veículos da Fórmula 
1 e os produtos destinados a demonstrações em feiras de negócios.
Imposto sobre a Exportação
O Imposto sobre a Exportação é de competência da União. Também tem função fiscal e regulatória, sendo 
predominantemente extrafiscal. Igualmente ao Imposto sobre a Importação, é utilizado para a normatização 
da economia de mercado, prestando-se como instrumento de controle de políticas econômicas cambial e de 
comércio exterior.
O contribuinte do imposto é o exportador ou quem a ele a lei equiparar. O fato gerador é a saída de 
produtos nacionais ou nacionalizados do território nacional, destinados ao mercado exterior.
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No Código Tributário Nacional, suas regras estão dispostas nos arts. 23 a 28, e encontramos sua definição 
no art. 23: “O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos 
nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional”.
Em virtude de sua função regulatória, tendo natureza extrafiscal, não está obrigado ao princípio da 
anterioridade. As alterações em suas alíquotas podem entrar em vigor imediatamente, conforme o art. 150, 
§ 1º, da Constituição Federal.
Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza
O Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza é de competência da União, tendo como fato 
gerador a aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de renda. A renda é todo produto do capital, 
do trabalho ou de ambos; proventos de qualquer natureza tem-se como quaisquer acréscimos patrimoniais. 
O Código Tributário Nacional dispõe sobre esse imposto nos arts. 43 a 45, definindo o imposto no art. 43:
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como 
fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos 
no inciso anterior.
§ 1º A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, 
condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
§ 2º Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o 
momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo.
O contribuinte do imposto é todo aquele, pessoa física ou jurídica, que obteve aquisição de disponibilidade 
econômica ou jurídica ou de qualquer acréscimo patrimonial, podendo ser tanto material, representado por 
bens corpóreos e incorpóreos, quanto financeiro, ou seja, a disponibilidade física de recursos em caixa.
A disponibilidade jurídica é representada pelos acréscimos patrimoniais tanto materiais como financeiros 
adquiridos de forma lícita, ou seja, dentro dos preceitos legais. Cabe salientar que os acréscimos patrimoniais 
ilícitos só representarão aquisição econômica e não jurídica.
As pessoas físicas terão incidência do imposto em todos e quaisquer rendimentos aferidos, tais como de 
salários, pro labore, aluguéis, juros de aplicações financeiras etc. Na base de cálculo para as pessoas físicas, 
alguns tipos de despesas poderão ser abatidos, tais como assistência médica, educação, dependentes etc., 
calculando-se o imposto pelo valor líquido apurado.
As pessoas jurídicas que optarem pela tributação pelo lucro real calculam o imposto sempre sobre o lucro, 
representado pela diferença entre a receita e as despesas incorridas para as empresas. Para as que optarem 
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pela tributação pelo lucro presumido, de acordo com o ramo de atividade, haverá uma presunção do lucro a 
ser tributado.
Imposto sobre Produtos Industrializados
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é de competência da União e tem como fato gerador os 
produtos industrializados nacionais ou estrangeiros. Considera-se industrializado todo produto submetido a 
qualquer operação que modifique sua natureza, finalidade ou aperfeiçoamento para o consumo, tais como:
• Transformação: a que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário, importe na obtenção 
de espécie nova.
• Beneficiamento: a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, 
a utilização, o acabamento ou a aparência do produto.
• Montagem: a que consista na reunião de produtos, peças ou partes de que resulte um novo produto 
ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal.
• Acondicionamento ou reacondicionamento: a que importe em alterar a apresentação do produto pela 
colocação de embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando ela se destine apenas 
ao transporte da mercadoria.
• Renovação ou recondicionamento: a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de 
produto deteriorado ou inutilizado, renove-o ou restaure-o para utilização.
O Código Tributário Nacional trata do impostos nos arts. 46 a 51, dispondo sua definição no art. 46:
Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador:
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51;
III - a sua arrematação,quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido 
submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.
Sua regulamentação está disposta no Decreto nº 7.212/10. Seu campo de incidência abrange os vários 
produtos especificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi).
São obrigados ao pagamento do IPI os seguintes contribuintes:
• O importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto de 
procedência estrangeira.
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• O industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em seu 
estabelecimento, bem como aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar.
• O estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele 
saírem, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar.
• Os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam 
empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, 
quando alcançados pela imunidade prevista na Constituição Federal.
Atenção: considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial ou 
comerciante em relação a cada fato gerador que decorra de ato que praticar.
Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social (Cofins)
O PIS e a Cofins, de competência da União, são contribuições com finalidade social que incidem sobre o 
faturamento das pessoas jurídicas de Direito Privado.
O PIS foi criado pela Lei Complementar nº 7/70, com a finalidade de promover a integração do empregado 
na vida e no desenvolvimento das empresas, conforme disposto no art. 1º:
Art. 1º - É instituído, na forma prevista nesta Lei, o Programa de Integração Social, destinado a promover 
a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas.
§ 1º - Para os fins desta Lei, entende-se por empresa a pessoa jurídica, nos termos da legislação do 
Imposto de Renda, e por empregado todo aquele assim definido pela legislação trabalhista.
§ 2º - A participação dos trabalhadores avulsos, assim definidos os que prestam serviços a diversas 
empresas, sem relação empregatícia, no Programa de Integração Social, far-se-á nos termos do Regulamento 
a ser baixado, de acordo com o art. 11 desta Lei.
A Cofins foi criada pela Lei Complementar nº 70/91, com a finalidade de financiamento da seguridade 
social, como definido em seu art. 1º:
Art. 1º Sem prejuízo da cobrança das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para 
o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), fica instituída contribuição social para 
financiamento da Seguridade Social, nos termos do inciso I do art. 195 da Constituição Federal, devida 
pelas pessoas jurídicas inclusive as a elas equiparadas pela legislação do imposto de renda, destinadas 
exclusivamente às despesas com atividades-fins das áreas de saúde, previdência e assistência social.
A tributação do PIS e da Cofins pode se dar de duas formas, o regime de incidência cumulativo e o não 
cumulativo. Este último destina-se às pessoas jurídicas optantes pela tributação do Imposto de Renda pelo 
lucro real.
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A tributação do faturamento das empresas pelo PIS/PASEP e pela COFINS pode se dar de duas formas:
a. no regime de incidência cumulativa, as alíquotas são aplicadas ao valor da receita bruta, ajustada 
por algumas exclusões permitidas pela legislação, em geral relacionadas a itens que não se configuram como 
receitas (devoluções, abatimentos, reversões de provisões);
b. no regime de incidência não cumulativa, as alíquotas são aplicadas à receita ajustada na mesma 
forma da base cumulativa, mas permite-se também que o contribuinte reduza o valor da contribuição devida 
no montante relativo à mesma alíquota aplicada aos valores de compras de bens para revenda, insumos 
utilizados na produção de produtos ou serviços, e as despesas e custos com energia elétrica, alugueis pagos a 
pessoa jurídica, arrendamento, depreciação e amortização, dentro das condições estabelecidas na legislação 
(REZENDE; PEREIRA; ALENCAR, 2010, p. 71).
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, de competência da União, é também uma contribuição social 
destinada ao custeio da seguridade social, atendendo ao disposto no art. 195 da Constituição Federal. Foi 
criada pela Lei nº 7.689/88.
Tem sua incidência sobre o lucro das pessoas jurídicas e de entidades equiparadas a elas pela legislação 
do Imposto de Renda, seja no regime de lucro real, presumido ou arbitrado.
TRIBUTOS ESTADUAIS
Segundo o art. 155 da Constituição Federal:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual 
e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
III - propriedade de veículos automotores.
Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação
O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação é de competência dos estados e do Distrito Federal, 
ocorrendo sua incidência sobre a transmissão de bens e direitos por herança (causa mortis) ou na doação.
Tem função predominantemente fiscal, e seu fato gerador ocorre:
1. na transmissão de qualquer bem ou direito havido por sucessão legítima ou testamentária, inclusive 
a sucessão provisória;
2. na transmissão por doação, a qualquer título, de quaisquer bens ou direitos;
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3. na aquisição de bem ou direito em excesso pelo herdeiro ou cônjuge meeiro, na partilha, em sucessão 
causa mortis ou em dissolução de sociedade conjugal.
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
O Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre as Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação é de competência dos estados e do Distrito 
Federal, conforme estabelecido pelo art. 150, II, da Constituição Federal, observadas as disposições previstas 
na Lei Complementar nº 87/96, conhecida como Lei Kandir.
A partir da lei complementar, cada estado institui o tributo mediante seu próprio regulamento, chamado 
de Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação 
de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – RICMS, criados por meio de 
decretos dos governadores dos estados.
O imposto só existirá se houver circulação de mercadorias ou serviços. Ele será calculado na cadeia 
econômica toda vez que houver valor agregado, razão pela qual é um imposto não cumulativo, havendo 
sempre a compensação do montante que resulte da diferença a maior da operação anterior, conferindo ao 
contribuinte o direito de descontar os valores já pagos na etapa anterior. Toda etapa da cadeia econômica 
em que haja circulação de mercadorias deverá estar acompanhada da devida nota fiscal ou cupom fiscal, 
destacando-se o valor devido do ICMS.
O principal fato gerador é a circulação de mercadoria e a prestação de serviço de transporte interestadual 
e intermunicipal e de comunicação, mesmo para as operações iniciadas no exterior, calculadas sobre o valor 
agregado. O art. 2° da Lei Kandir dispõe sobre os fatos geradores do imposto:
Art. 2º O imposto incide sobre:
I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em 
bares, restaurantes e estabelecimentos similares;
II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, 
mercadorias ou valores;
III - prestações onerosasde serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, 
a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
IV - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária 
dos Municípios;
V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de 
competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do 
imposto estadual.
§ 1º O imposto incide também:
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I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que 
não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade;
II - sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis 
líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à 
industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado 
o adquirente.
§ 2º A caracterização do fato gerador independe da natureza jurídica da operação que o constitua.
Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor
O Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) é de competência dos estados e do Distrito 
Federal. Seu fato gerador é a propriedade de veículo automotor. A incidência do imposto é anual e será pro-
rata quando da compra de veículo novo.
Sua base de cálculo para veículos novos é o valor da nota fiscal de venda e, no caso de veículos usados, 
o valor venal, valor de mercado em função da marca, do modelo e do ano de fabricação, estabelecido pela 
autoridade tributária estadual.
TRIBUTOS MUNICIPAIS
Segundo o art. 156 da Constituição Federal:
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão 
física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.
Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana
O Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (IPTU) é de competência municipal, incidente sobre 
a propriedade, a posse ou o domínio útil de prédios e terrenos localizados na área urbana municipal. O 
contribuinte são todas as pessoas físicas ou jurídicas que detenham a propriedade do bem imóvel.
Sua base de cálculo é o valor venal do imóvel, apurado por critérios municipais, e sua alíquota deve ser 
determinada por legislação municipal, variando de acordo com cada município.
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Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) é de competência dos municípios e do Distrito 
Federal. Desde 1º de agosto de 2003, é regido pela Lei Complementar nº 116/03.
O fato gerador é a prestação de serviços, conforme definida pelo art. 1º da LC nº 116/03, por empresas 
ou profissionais autônomos. Esses serviços constam de lista anexa à Lei Complementar.
Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito 
Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se 
constituam como atividade preponderante do prestador.
§ 1º O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha 
iniciado no exterior do País.
§ 2º Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos 
ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte 
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de 
mercadorias.
§ 3º O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre os serviços prestados mediante 
a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão ou 
concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço.
§ 4º A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado.
Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis
O Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a Eles Relativos é de competência municipal 
e tem função fiscal. Incide sobre a transmissão de bens imóveis ou de direitos a eles relativos de forma 
onerosa, sendo seu fato gerador:
1. a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso:
 a. de bens imóveis, por natureza ou acessão física;
 b. de direitos reais sobre bens imóveis, exceto os de garantia;
2. a cessão, por ato oneroso, de direitos relativos a aquisição de bens imóveis.
Contabilidade Empresarial
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA 
Antes de definirmos contabilidade tributária, vamos conceituar contabilidade. O Primeiro Congresso 
Brasileiro de Contabilistas, realizado no Rio de Janeiro de 17 a 27 de agosto de 1924, definiu: “Contabilidade 
é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à administração 
econômica”.
Devemos observar que qualquer evento envolvendo valores realizado nas empresas é registrado na 
contabilidade. Isso significa que todas as operações de compra, venda, pagamento de fornecedores, contas, 
salários, encargos e impostos são escrituradas nela. Na contabilidade, todas essas operações são registradas, 
acumuladas, resumidas e interpretadas. Tudo de maneira ordenada, dentro de princípios contábeis, dando 
transparência aos serviços do profissional da contabilidade, uma vez que respondem civil e criminalmente 
pelas informações prestadas no exercício de suas funções.
O contador tem a obrigação funcional de informar à sociedade como a empresa utilizou os recursos 
disponíveis. Demonstramos um conceito mais contemporâneo, do prof. Sergio de Iudícibus (2009, p. 21):
A Contabilidade, na qualidade de ciência social aplicada, com metodologia especialmente concebida 
para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, 
financeiras e econômicas de qualquer ente, seja este pessoa física, entidade de finalidades não lucrativas, 
empresas, seja mesmo pessoa de Direito Público, tais como Estado, Município, União, Autarquia etc., tem um 
campo de atuação muito amplo.
No entendimento do prof. José Carlos Marion, a contabilidade posiciona-se como instrumento de tomada 
decisão gerencial interna no âmbito empresarial, bem como auxilia externamente os acionistas, fornecedores 
que aplicam recursos nessas empresas, por meio das demonstrações financeiras, que analisam a rentabilidade 
e a liquidez do negócio. Finalmente, serve para o governo, que se utiliza muito dos demonstrativos contábeis 
para apurar e arrecadar impostos, taxas e contribuições.
Devemos deixar claro que o objetivo da contabilidade é fornecer informações de natureza econômica, 
financeira, produtiva e social aos usuários internos e externos da empresa.
A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões 
dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões. 
Com o passar do tempo, o governo começa a utilizar-se dela para arrecadar impostos e a torna obrigatória 
para a maioria das empresas (MARION, 2009, p. 28).
Os usuários que se utilizam da contabilidade são pessoas que se interessam pela situação econômica e 
patrimonial da empresa. Elas incluem os administradores, que usam as informações geradas para tomada 
de decisões definindo as estratégias de curto e longo prazo da entidade. Os investidores, representados 
por sócios ou acionistas que aplicam fundos monetários na empresa,tendo interesse no retorno do capital 
investido, utilizam-se dos relatórios contábeis para análise da rentabilidade da empresa.
Os fornecedores de insumos e o sistema financeiro, que aplicam mercadorias e capitais, respectivamente, 
têm interesse na liquidez da empresa para saldar suas dívidas. O governo tem duplo interesse nas informações 
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geradas pela contabilidade, uma vez que a mantença do Estado deve-se a tributação e arrecadação de 
impostos, taxas e contribuições.
Contudo, os dados contábeis empresariais também fornecem informações para análises microeconômicas 
setoriais que levam o governo a tomada de decisões de ordem socioeconômicas. Para tanto, são elaboradas 
demonstrações financeiras obrigatórias para atender aos usuários externos, representadas por Balanço 
Patrimonial, Demonstrações de Resultados do Exercício e Demonstrações do Fluxo de Caixa.
Os usuários internos também fazem uso dessas demonstrações, contudo, como a contabilidade armazena 
todas as informações da empresa, ela também elabora relatórios gerenciais extracontábeis para tomada de 
decisão da alta gerência.
As repartições e os economistas governamentais têm duplo interesse nas informações contábeis. Em 
primeiro lugar, baseando-se frequentemente em tais informações é que se exerce o poder de tributar e 
arrecadar impostos, taxas e contribuições. Isto é especificamente verdadeiro no caso das empresas cujo 
imposto de renda é taxado a partir dos balanços, embora alguns ajustes tenham que ser feitos ao lucro 
contábil para se apurar o lucro tributável. Em segundo lugar, os economistas encarregados de análises globais 
ou setoriais de nossa economia interessam-se pelos dados contábeis das diversas unidades microeconômicas, 
os quais, convenientemente agregados e tratados estatisticamente, podem fornecer bases adequadas para as 
análises econômicas. (IUDÍCIBUS, 2009, pp. 23-4).
Partindo desses pressupostos, vamos posicionar a contabilidade tributária como o ramo que tem como 
principais objetivos e funções a aplicação de regras e princípios próprios para interpretar e aplicar as normas 
legais provenientes da legislação tributária, gerenciar e apurar rigorosamente os tributos incidentes nas 
diversas atividades das empresas.
O professor Láudio Camargo Fabretti (1999, p. 27) assim define, de forma específica e detalhada:
O objeto da contabilidade tributária é apurar com exatidão o resultado econômico do exercício social, 
demonstrando de forma clara e sintética, para, em seguida, atender de forma extracontábil às exigências das 
legislações do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o lucro (CSL) 
determinando a base de cálculo fiscal para formação das provisões destinadas ao pagamento desses tributos, 
as quais serão abatidas do resultado econômico (contábil), para determinação do lucro liquido à disposição 
dos acionistas, sócios ou titular de firma individual.
Nosso Código Tributário Nacional, em seu art. 96, define o termo legislação tributária. Cabe lembrar que 
os atos editados pelos entes tributantes obedecem a uma hierarquia: somente a lei institui, extingue, majora 
ou reduz os tributos, o decreto regulamenta-os, e as portarias, as instruções normativas e as resoluções 
complementam-nos.
Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, 
os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas 
a eles pertinentes.
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Elementos fundamentais do tributo
É a relação de Direito Público na qual o estado (sujeito ativo) pode exigir do contribuinte (sujeito passivo) 
uma prestação em razão de prévia determinação legal, correspondente a uma obrigação tributária. Esta se 
divide em principal e acessória, conforme definição do Código Tributário Nacional:
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo 
ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorrente da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou 
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal 
relativamente à penalidade pecuniária.
Elementos fundamentais da obrigação tributária
a. A lei – é o principal elemento da obrigação, pois cria, modifica e extingue tributos e determina as 
condições de sua cobrança, obedecendo ao princípio da legalidade.
b. O objeto – representa as obrigações que o sujeito passivo (contribuinte) deve cumprir, segundo as 
determinações legais.
Basicamente, as prestações consistem em obrigação principal definida por lei, a partir do fato gerador, 
para pagamento do valor pecuniário referente ao tributo devido ou à multa imposta por não atendimento 
à determinação legal. As obrigações acessórias são representadas pelo cumprimento de formalidades 
complementares, destinadas a comprovar a observância da legislação aplicável. Exemplo: a escrituração de 
livros fiscais, a apresentação da declaração de rendimentos etc.
É importante registrar que qualquer inobservância de obrigação acessória é possível de ser convertida em 
obrigação principal em razão da aplicação de multas previstas na legislação específica.
c. Fato gerador – denomina-se assim a concretização da hipótese de incidência tributária prevista em 
abstrato na lei, que gera (faz nascer) a obrigação tributária. Por exemplo:
• prestar serviços (ISS);
• fazer circular mercadorias (ICMS);
• receber renda (IR) etc.
A concretização do fato gerador pode fazer nascer uma obrigação principal, que é sempre de natureza 
pecuniária, isto é, pagar um tributo, ou uma obrigação acessória, que é um dever administrativo. Por exemplo: 
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emitir notas fiscais, escriturar livros fiscais, fazer inscrição no CNPJ, manter e conservar livros e documentos, 
prestar declarações em formulários próprios etc.
O CTN define o fato gerador nos arts.114 e 115:
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à 
sua ocorrência.
Art.115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, 
impõe a praticam ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
d. Contribuinte ou responsável – denomina-se contribuinte o sujeito passivo da obrigação tributária 
que tem relação pessoal e direta com o fato gerador. Denomina-se responsável a pessoa que a lei escolher 
para responder pela obrigação tributária, em substituição ao contribuinte de fato, dada a maior complexidade 
para alcançá-lo.
Os responsáveis não arcam com o ônus tributário, que é suportado pelo contribuinte de fato. Atuam como 
uma espécie de agente arrecadador do Fisco e como seus depositários. Cabe-lhes recolher as importâncias 
descontadas ou cobradas do contribuinte de fato ao Fisco, nos prazos de lei. Não o fazendo, serão declarados 
depositários infiéis, sujeitos à pena de prisão (Lei nº 8.866/94).
Exemplos:
• Imposto de Renda retido na fonte;
• contribuição ao INSS descontada dos empregados;
• IPI cobrado do comprador na nota fiscal.
e. Base de cálculo – é o valor sobre o qual se aplica o percentual com a finalidade de apurar o montante 
a ser recolhido. A base de cálculo, conforme a Constituição Federal, deve ser definida em lei complementar, 
estando sua alteração sujeita aos princípios constitucionais da legalidade (mudança somente por outra lei), 
da anterioridade (a lei deve estar vigente antes de iniciada a ocorrência do fato gerador) e da irretroatividade 
(a norma não pode atingir fatos passados).
Assim, a lei complementar deve definir com muita clareza os critérios para a determinação da base de 
cálculo. Exemplos:
• Cofins – faturamentomensal: art. 2º, LC nº 70/91.
• Imposto de Renda – montante real, presumido ou arbitrado da renda ou proventos de qualquer 
natureza: art. 44, CTN.
f. Alíquota – é o fator definido em lei aplicado sobre a base de cálculo. Determina o montante do tributo 
a ser pago. A lei pode estabelecer uma tabela progressiva, em que a alíquota vai sendo elevada, incidindo 
sobre faixas de valores cada vez maiores.
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Assim como a base de cálculo, a alteração da alíquota também está sujeita aos princípios constitucionais 
da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade.
Após o entendimento da contabilidade tributária e da legislação tributária, vamos nos ater ao estudo do 
objeto, a obrigação tributária. Conforme demonstra o art. 113 do Código Tributário Nacional, divide-se em 
principal e acessória, sendo que o fator fundamental que as diferencia é que o objeto da obrigação tributária 
principal é o pagamento.
Obrigação tributária principal
A obrigação tributária principal é o pagamento do tributo ou de penalidade pecuniária ao Estado, tendo 
sempre conteúdo patrimonial. É a obrigação de dar, ou seja, efetuar o pagamento ao sujeito ativo do tributo 
definido pelo fato gerador esculpido na lei.
A obrigação tributária principal decorre sempre de lei, ou seja, somente esta poderá instituir, extinguir, 
modificar ou majorar um tributo, bem como somente ela gerará uma obrigação tributária principal. Assim, as 
obrigações de pagar ao Estado os tributos deverão ser necessariamente instituídas por lei.
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo 
ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
Obrigação tributária acessória
As obrigações tributárias acessórias são os deveres instrumentais representados por atos e fatos 
administrativos exigidos pelo sujeito ativo com o intuito de assegurar o interesse da arrecadação dos tributos 
e também para facilitar a atividade de fiscalização no sujeito passivo.
A obrigação acessória decorrente da legislação tributária não é pecuniária e sim prestações positivas 
ou negativas representadas por obrigação de fazer ou não fazer. Serve para viabilizar o cumprimento das 
obrigações principais. Exemplos incluem obrigação de emitir nota fiscal e escriturar os livros de entrada e 
saída, apuração etc., sempre no interesse da arrecadação e da fiscalização dos tributos.
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
[...]
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou 
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
A obrigação tributária acessória será convertida em principal no que se refere ao pagamento de multa, 
caso o contribuinte não cumpra com seu dever de fazer ou não fazer.
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
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[...]
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal 
relativamente à penalidade pecuniária.
Processo de escrituração contábil
No atual momento de globalização econômica, o processo da escrituração mercantil, que faz a transformação 
dos dados em informações e relatórios, é imprescindível para os gestores empresariais. Os relatórios contábeis 
e extracontábeis, extraídos das informações centralizadas na contabilidade, são de suma importância para 
a alta gerencia das entidades. 
Cabe salientar que qualquer tipo de empresa, independentemente do porte ou da tipicidade jurídica, 
necessita de escrituração contábil para controlar o seu patrimônio e gerenciar adequadamente os negócios, 
inclusive para atender à legislação e à fiscalização tributária, já que a contabilidade não se faz necessária 
apenas para o atendimento de necessidades empresariais. A escrituração contábil, ainda que de forma 
simplificada, e as demonstrações contábeis são exigências que devem ser atendidas pelas empresas com 
vista ao atendimento dos diversos dispositivos da legislação em vigor.
“Escrituração é uma técnica contábil que consiste em registrar nos livros próprios (Diário, Razão, Caixa, 
etc.) todos os acontecimentos que ocorrem na empresa e que modifiquem ou possam vir a modificar a 
situação patrimonial” (RIBEIRO, 2010a, p. 78).
A escrituração contábil pode servir de base para distribuir lucros, compensar prejuízos, elaborar as 
demonstrações contábeis, provar em juízo a situação patrimonial, resolver questões que possam existir com 
herdeiros e sucessores de sócio falecido, requerer concordata por insolvência financeira, provar a sócios que 
se retiram da sociedade a verdadeira situação patrimonial da empresa para fins de restituição de capital ou 
venda de participação societária etc.
A escrituração contábil está inserida no Código Civil. Os arts. 1.179 e 1.180 trazem em seu bojo a 
obrigatoriedade para o empresário e a sociedade empresária de fazê-lo. Contudo, não podemos confundi-
la com a escrituração fiscal, que está atrelada às obrigações acessórias. Deve ser elaboradas para atender 
aos órgãos fiscalizadores, uma vez que os agentes públicos, nas suas atribuições funcionais, dependem dos 
registros para aferir e atestar como as obrigações decorrentes das relações tributárias foram satisfeitas pelo 
contribuinte.
Em vista do exposto, devemos diferenciar as duas escriturações, a contábil e a fiscal, sem confundi-las.
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, 
mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação 
respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
§ 1º Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados.
§ 2º É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.
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Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por 
fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço 
patrimonial e do de resultado econômico.
Formalidades da escrituração contábil
A entidade deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos, por 
intermédio de processo manual, mecanizado ou eletrônico. A escrituração será executada:
a. em idioma e moeda corrente nacionais;
b. em forma contábil;
c. em ordem cronológica de dia, mês e ano;
d. com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as 
margens;
e. com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem 
ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos.
A terminologia utilizada deve expressar o verdadeiro significado das transações.
Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas nos históricos dos lançamentos, desde que permanentes 
e uniformes, devendo constar, em elenco identificador, no Diário ou em registro especial revestido das 
formalidades extrínsecas.
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem 
cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou 
transportes para as margens.
Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, 
regularmente autenticado.
A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e mapas demonstrativos e demonstrações 
contábeis são de atribuição e responsabilidade exclusivas do contabilista legalmente habilitado, segundo o 
art. 1.182 do Código Civil.
O balanço e as demais demonstrações contábeis, no encerramento de exercício, serão transcritos no 
“diário”,completando-se com as assinaturas do contabilista e do titular ou de representante legal da entidade. 
Igual procedimento será adotado quanto às demonstrações contábeis, elaboradas por força de disposições 
legais, contratuais ou estatutárias.
O Diário e o Razão constituem os registros permanentes da entidade.
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Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais da escrituração contábil, 
observadas as peculiaridades da sua função. No Diário, serão lançadas, em ordem cronológica, com 
individuação, clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, incluídas as de 
natureza aleatória, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais. Observado o disposto no 
caput do art. 1.184, admite-se:
a. a escrituração do Diário por meio de partidas mensais;
b. a escrituração resumida ou sintética do Diário, com valores totais que não excedam a operações de um 
mês, desde que haja escrituração analítica lançada em registros auxiliares.
Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, 
dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa.
§ 1º Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, 
relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, 
desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados 
os documentos que permitam a sua perfeita verificação.
§ 2º Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser 
assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.
Quando o Diário e o Razão forem feitos por processo que utilize fichas ou folhas soltas, deverá ser adotado 
o registro Balancetes Diários e Balanços.
No caso de a entidade adotar para sua escrituração contábil o processo eletrônico, os formulários contínuos, 
numerados mecânica ou tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma de livro.
O livro Diário será registrado no Registro Público competente, de acordo com a legislação vigente.
Art. 1.185. O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos 
poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades 
extrínsecas exigidas para aquele.
Art. 1.186. O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado de modo que registre:
I - a posição diária de cada uma das contas ou títulos contábeis, pelo respectivo saldo, em forma de 
balancetes diários;
II - o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no encerramento do exercício.
As Normas Brasileiras Contábeis (NCB) espelham o exato teor do Código Civil com relação à escrituração 
contábil. Para tanto, reproduzimos as NBC T 2 – Da Escrituração Contábil:
NBC T 2 – DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
NBC T 2.1 - DAS FORMALIDADES DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
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2.1.1 – A Entidade deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos, 
através de processo manual, mecanizado ou eletrônico.
2.1.2 – A escrituração será executada:
a) em idioma e moeda corrente nacionais;
b) em forma contábil;
c) em ordem cronológica de dia, mês e ano;
d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as 
margens;
e) com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem 
ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos.
2.1.2.1 – A terminologia utilizada deve expressar o verdadeiro significado das transações.
2.1.2.2 – Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas nos históricos dos lançamentos, desde que 
permanentes e uniformes, devendo constar, em elenco identificador, no “Diário” ou em registro especial 
revestido das formalidades extrínsecas.
2.1.3 – A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e mapas demonstrativos e 
demonstrações contábeis são de atribuição e responsabilidade exclusivas de Contabilista legalmente habilitado.
2.1.4 – O Balanço e demais Demonstrações Contábeis de encerramento de exercício serão transcritos no 
“Diário”, completando-se com as assinaturas do Contabilista e do titular ou representante legal da Entidade. 
Igual procedimento será adotado quanto às Demonstrações Contábeis elaboradas por força de disposições 
legais, contratuais ou estatutárias.
2.1.5 – O “Diário” e o “Razão” constituem os registros permanentes da Entidade.
Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais da escrituração contábil, 
observadas as peculiaridades da sua função. No “Diário” serão lançadas, em ordem cronológica, com 
individuação, clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, incluídas as de 
natureza aleatória, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais.
2.1.5.1 – Observado o disposto no “caput”, admite-se:
a) a escrituração do “Diário” por meio de partidas mensais;
b) a escrituração resumida ou sintética do “Diário”, com valores totais que não excedam a operações de 
um mês, desde que haja escrituração analítica lançada em registros auxiliares.
2.1.5.2 – Quando o “Diário” e o “Razão” forem feitos por processo que utilize fichas ou folhas soltas, deverá 
ser adotado o registro “Balancetes Diários e Balanços”.
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2.1.5.3 – No caso de a Entidade adotar para sua escrituração contábil o processo eletrônico, os formulários 
contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma de livro.
2.1.5.4 – O Livro Diário será registrado no Registro Público competente, de acordo com a legislação vigente.
Processo de escrituração fiscal
Para o Fisco, a escrituração é o meio destinado a alcançar o resultado de interesse da tributação, atingindo 
o fim, que é a arrecadação. Enquanto isso, para a contabilidade, ela tem por finalidade registrar, preservar e 
garantir a verdade econômico-financeira da entidade.
Como nos referimos anteriormente, não podemos confundir a escrituração contábil e a escrituração fiscal, 
pois esta faz parte das obrigações acessórias que serão elaboradas para atender aos órgãos da fiscalização. 
Estes dependem dela para verificar, avaliar e atestar a veracidade dos lançamentos das relações tributárias.
A obrigação tributária acessória decorre da legislação e tem por objeto uma prestação, um ato, positivo 
ou negativo, no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. O objeto da obrigação de servir, 
portanto, é a prestação de fazer ou não fazer, que está disposta no Código Tributário Nacional, em seu art. 
115: “Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe 
a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal”.
O objeto da prestação de fazer ou não fazer na obrigação tributária é qualquer situação estabelecida 
pela legislação tributária no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos (escriturar uma nota 
fiscal, escriturar os livros de entrada e saída, fazer as apurações os livros de inventário, fazer a declaração 
de rendimentos etc.).
A inadimplência em relação à obrigação acessória de fazer ou não fazer enseja a aplicação da penalidade 
pecuniária correspondente a multa pelo não cumprimento da obrigação. Devemos observar que o fato de o 
contribuinte deixar de adimplir a obrigação de fazer ou não fazer determinada atividade estabelecida pela 
legislação tributária a converte numa obrigação principal de dar em pagamento o valor correspondente à 
penalidade fixada em lei, ou seja, a multa pelo não cumprimento, como determina o art. 113, § 3º, do Código 
Tributário Nacional:
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
[...]
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fatoda sua inobservância, converte-se em obrigação principal 
relativamente a penalidade pecuniária.
Nas obrigações tributárias acessórias, seu conteúdo será sempre a obrigação de fazer ou não fazer. 
Elas terão conteúdo econômico somente quando da inadimplência pelo contribuinte, quando a legislação 
tributária fixará uma penalidade pecuniária.
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A legislação tributária, portanto, é que define o conteúdo econômico da obrigação acessória, mediante a 
fixação do valor que o ente tributante poderá exigir do contribuinte que deixou de cumpri-la.
Espécies de escrituração fiscal
Para começarmos nossos estudos sobre escrituração fiscal, vamos iniciar por aquelas que são comuns 
as todas as empresas obrigadas pela legislação tributária, independentemente de seu ramo de atividade - 
indústria, comércio ou prestação de serviços. São elas a emissão de nota fiscal e os livros de entrada e saída.
Cabe salientar que, no âmbito estadual, nossa pesquisa restringiu-se aos modelos de documentos e 
livros fiscais do governo do estado de São Paulo. Contudo, eles não têm expressiva mudança em outros 
estados, uma vez que existe uma padronização. Para tanto, utilizamos o Regulamento do Imposto sobre 
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e 
de Comunicação (RICMS), aprovado pelo Decreto Estadual nº 45.490, de 30 de novembro de 2000.
Documentos fiscais
São documentos que comprovam a transação de compra e venda, propiciando a responsabilidade e a 
garantia do comprador. Eles cobrem a circulação de mercadorias ou a prestação de serviços, permitindo 
a apuração de receita, bem como seu débito relativo a imposto sobre venda para o emitente ou o crédito 
tributário para o destinatário de acordo com a legislação tributária.
Existem diversos documentos fiscais, tais como nota fiscal, nota fiscal de venda a consumidor, nota fiscal 
de produtor rural, conhecimento de transporte rodoviário, aquaviário, ferroviário e aéreo de cargas, bilhete 
de passagem rodoviário, aquaviário, ferroviário e aéreo e tantos outros. Nosso trabalho irá descrever os 
principais e também apresentar seus modelos, de acordo com o RICMS-SP.
Para tanto, começaremos por apresentar o art. 124 do RICMS-SP, que define esses documentos em seus 
incisos, de acordo com as operações ou prestações que cada ramo de atividade empresarial realizar:
Artigo 124 - A pessoa inscrita no Cadastro de Contribuintes do ICMS emitirá, conforme as operações ou 
prestações que realizar, os seguintes documentos fiscais
I - Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A;
II - Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2;
III - Cupom Fiscal emitido por Equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF;
IV - Nota Fiscal de Produtor, modelo 4;
V - Nota Fiscal/Conta de Energia Elétrica, modelo 6;
VI - Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7;
VII - Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8;
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VIII - Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9;
IX - Conhecimento Aéreo, modelo 10;
X - Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11;
XI - Bilhete de Passagem Rodoviário, modelo 13;
XII - Bilhete de Passagem Aquaviário, modelo 14;
XIII - Bilhete de Passagem e Nota de Bagagem, modelo 15;
XIV - Bilhete de Passagem Ferroviário, modelo 16;
XV - Despacho de Transporte, modelo 17;
XVI - Resumo de Movimento Diário, modelo 18;
XVII - Ordem de Coleta de Carga, modelo 20;
XVIII - Nota Fiscal de Serviço de Comunicação, modelo 21;
XIX - Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicações, modelo 22;
XX - Manifesto de Carga, modelo 25;
XXI - Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas, modelo 26;
XXII - Documento Fiscal Eletrônico - DFE;
XXIII - Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica – DANFE;
XXIV - Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviário, modelo 27;
XXV - Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico - DACTE
§ 1º - A Secretaria da Fazenda pode determinar
1 - o uso de impresso de documento fiscal ou de outro impresso fiscal por ela fornecido, ficando-lhe 
facultado cobrar retribuição pelo custo;
2 - a adoção e utilização, por parte dos contribuintes, de dispositivos de controle, inclusive eletrônicos, que 
visem monitorar ou registrar as suas atividades de produção, armazenamento, transporte e suas operações 
ou prestações, no interesse da fiscalização do imposto.
§ 2º - É obrigatória a manutenção de impresso de Nota Fiscal em cada estabelecimento, ainda que 
exclusivamente varejista, excetuado o estabelecimento rural de produtor.
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§ 3° - Os documentos referidos neste artigo, exceto os previstos nos incisos III, XXII, XXIII e XXV, 
obedecerão aos modelos contidos no Anexo/Modelos.
§ 4º - É vedada a utilização simultânea dos modelos 1 e 1-A do documento fiscal de que trata o inciso I, 
salvo quando adotadas séries distintas, nos termos do artigo 196.
Notas fiscais modelo 1 ou 1 A
A nota fiscal modelo 1 ou 1 A é um documento fiscal que se destina a registrar as transferências de 
propriedade sobre um bem produzido na indústria ou comercializado no segmento atacadista ou varejista. É 
utilizada tanto para operações de entrada como de saída de mercadorias ou produtos entre duas empresas 
ou entre uma empresa e uma pessoa física. Foi criada com intuito fiscal, e sua escrituração demonstra o valor 
monetário do bem e o valor relativo aos impostos incidentes sobre ele.
O art. 125 do RICMS-SP dispõe quando deverão ser emitidas:
Artigo 125 - O contribuinte, excetuado o produtor, emitirá Nota Fiscal:
I - antes de iniciada a saída da mercadoria;
II - no momento do fornecimento de alimentação, bebida ou outra mercadoria, em qualquer estabelecimento;
III - antes da tradição real ou simbólica da mercadoria:
[...]
IV - relativamente à entrada de mercadoria ou bem ou à aquisição de serviços nas hipóteses e nos 
momentos definidos no artigo 136.
V - nas hipóteses expressamente previstas na legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.
O RICMS-SP, nos arts. 125 a 131, disciplina toda a utilização das notas fiscais modelo 1 ou 1 A.
Para melhor elucidar, demonstramos a seguir os modelos dessas notas fiscais modelo 1 ou 1 A, disponíveis 
nos anexos do RICMS.
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Figura 1. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao. 
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Figura 2. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao.
Nota fiscal de venda a consumidor
A nota fiscal de venda ao consumidor, modelo 2, é um documento fiscal utilizado em comércio varejista 
não obrigado ao uso de equipamento emissor de cupom fiscal. Destina-se a venda de produtos e mercadorias 
para consumidores finais, que os retiram ou os consomem no local, conforme disciplina o art. 123-A do 
RICMS-SP:
Artigo 132-A - Ressalvado o disposto no artigo 132, nas demais hipóteses previstas na legislação, tais como 
não- obrigatoriedade de uso de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF ou na impossibilidade de seu 
uso, poderá ser emitida, nas vendas à vista a pessoa natural ou jurídica não-contribuinte do imposto, em que 
a mercadoria for retirada pelo comprador ou por este consumida no próprio estabelecimento, a Nota Fiscal de 
Venda a Consumidor, modelo 2.
I - mediante utilização de impressos fiscais, na forma de talonário, formulário contínuo ou jogos soltos, 
observado o disposto no artigo 212-P;
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II - por meio eletrônico, na forma prevista no § 4° do artigo 212-O.
Parágrafo único: É vedada a emissão do documento fiscal de que trata este artigo nas operações com 
valores acima de R$ 10.000,00 (Dez mil reais), hipótese em que deverá ser emitida a Nota fiscal, modelo 1 
ou 1-A, referida no inciso I do artigo 124, ou a Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, referida no inciso I 
do artigo 212-O.
O RICMS-SP, nos arts. 132 a 134, disciplina toda a utilização das notas fiscais de venda a consumidor 
modelo 2. Apresentamos a seguir o modelodas notas fiscais de venda a consumidor os modelos delas:
Figura 3. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao.
Nota fiscal de produtor
Os estabelecimentos rurais também estão obrigados a emitir nota fiscal em suas operações de entrada e 
saída de produtos. O art. 139 do RICMS-SP define quando elas deverão ser emitidas:
Artigo 139 - O estabelecimento rural de produtor emitirá Nota Fiscal de Produtor, modelo 4:
I - sempre que promover a saída de mercadoria;
II - na transmissão da propriedade de mercadoria;
III - sempre que, no estabelecimento, entrarem bens ou mercadorias, real ou simbolicamente, nas hipóteses 
previstas no inciso I do artigo 136;
IV - em outras hipóteses previstas na legislação.
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§ 1º - Fica dispensada a emissão da Nota Fiscal de Produtor no transporte manual de produto da agricultura 
ou da criação ou seus derivados, excluída a condução de rebanho.
§ 2º - Poderá a Secretaria da Fazenda estender a dispensa da emissão da Nota Fiscal de Produtor a outras 
hipóteses.
O RICMS-SP, nos arts. 139 a 145, disciplina toda a utilização das notas fiscais de produtor, modelo 4. 
Apresentamos a seguir o modelo das notas fiscais de venda a consumidor delas:
Figura 4. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao.
Nota fiscal/conta de energia elétrica
As empresas concessionárias ou permissionárias de energia elétrica também estão obrigadas a apresentar 
nota fiscal. Contudo, o documento fiscal exigido pela legislação tributária é a conta que recebemos em nossas 
empresas ou residências, na qual estão discriminados o consumo e os impostos relativos ao fornecimento do 
período. O art. 146, caput, do RICMS-SP dispõe sobre a nota fiscal/conta de energia elétrica:
Artigo 146 - A pessoa jurídica que, na condição de contribuinte ou de substituta tributária, praticar, sob 
regime de concessão ou de permissão, operação relativa à circulação de energia elétrica, objeto de saída por 
ela promovida, destinando-a diretamente a estabelecimento ou domicílio situado no território paulista, para 
nele ser consumida pelo respectivo destinatário, deverá, observada disciplina específica estabelecida pela 
Secretaria da Fazenda, emitir Nota Fiscal/Conta de Energia Elétrica, modelo 6, para acobertar a respectiva 
operação [...]
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Figura 5. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao.
Nota fiscal de serviço de transporte
A nota fiscal de serviços de transporte, modelo 7, deverá ser emitida por agência de viagem ou por 
transportador, em veículo próprio ou fretamento destinado ao transporte interestadual ou intermunicipal de 
pessoas com fim específico de turismo ou fretamento por período determinado. Deve ser utilizada:
I. pelas agências de viagem ou por quaisquer transportadores que executarem serviços de transporte 
intermunicipal, interestadual e internacional de turistas e de outras pessoas, em veículos próprios ou 
fretados;
II. pelos transportadores de valores, para englobar, em relação a cada tomador de serviço, as prestações 
realizadas, desde que dentro do período de apuração do imposto;
III. pelos transportadores ferroviários de cargas, para englobar, em relação a cada tomador de serviço, as 
prestações executadas no período de apuração do imposto;
IV. pelos transportadores de passageiros, para englobar, no final do período de apuração do imposto, os 
documentos de excesso de bagagem emitidos durante o mês;
V. pelos transportadores que executarem serviços de transporte intermunicipal, interestadual ou 
internacional de bens ou mercadorias utilizando-se de outros meios ou formas em relação aos quais 
não haja previsão de documento fiscal específico.
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Sua obrigatoriedade está disposta no art. 147 do RICMS-SP, e o art. 148 determina que os transportadores 
de valores também deverão utilizá-la.
Artigo 147 - A Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7, será emitida, antes do início da prestação 
do serviço, por agência de viagem ou por transportador, sempre que executar, em veículo próprio ou fretado, 
serviço de transporte interestadual ou intermunicipal de pessoas, tal como do tipo turismo ou fretamento por 
período determinado.
§ 1º - Considera-se veículo próprio, além daquele registrado em nome do prestador do serviço, o utilizado 
em regime de locação ou por outra forma contratual.
§ 2º - A Nota Fiscal de Serviço de Transporte será emitida em relação a cada veículo e a cada viagem 
contratada.
§ 3º - Em excursão com contrato individual referente a cada passageiro, será facultada a emissão de uma 
única Nota Fiscal de Serviço de Transporte, por veículo.
§ 4º - Quando a Nota Fiscal de Serviço de Transporte acobertar a prestação por modal dutoviário, esta 
deverá ser emitida mensalmente e em até 2 (dois) dias úteis após o encerramento do período de apuração
Artigo 148 - A Nota Fiscal de Serviço de Transporte será, também, emitida:
I - por transportador de valores, para englobar, em relação a cada tomador de serviço, as prestações 
realizadas, desde que dentro do período de apuração do imposto;
A seguir, apresentamos o modelo da nota fiscal de serviço de transporte, modelo 7, disponível nos anexos 
do RICMS-SP. O regulamento disciplina toda a utilização das notas fiscais de serviço de transporte nos arts. 
147 a 151.
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Figura 6. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao.
Conhecimento de transporte rodoviário de cargas
O conhecimento de transporte rodoviário de cargas é um documento fiscal obrigatório que deve ser emitido 
pelas transportadoras de cargas para acompanhar as mercadorias no transporte rodoviário interestadual ou 
intermunicipal. O art. 152 do RICMS-SP regula sua obrigatoriedade:
Artigo 152 - O Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8, será emitido antes do início 
da prestação do serviço por transportador, sempre que executar serviço de transporte rodoviário interestadual 
ou intermunicipal de carga [...].
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Figura 7. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao.
Conhecimento de transporte aquaviário de cargas
O conhecimento de transporte aquaviário de cargas, modelo 9, é o documento fiscal exigido das empresas 
transportadoras de cargas que executam esses serviços por meio de transportes marítimos, lacustres ou 
fluviais, no âmbito interestadual ou intermunicipal. Está disposto no art. 155 do RICMS-SP:
Artigo 155 - O Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9, será emitido antes do início 
da prestação do serviço por transportador, sempre que executar serviço de transporte aquaviário interestadual 
ou intermunicipal de carga [...].
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Figura 8. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao.
Conhecimento aéreo
O conhecimento aéreo, modelo 10, é o documento fiscal obrigatório exigido nas operações de transporte 
de cargas interestadual ou intermunicipal em que as empresas se utilizam da via aérea. Sua obrigatoriedade 
está definida no art. 158 do RICMS-SP: “O Conhecimento Aéreo, modelo 10, será emitido antes do início da 
prestação do serviço por transportador, sempre que executar serviço de transporte aeroviário interestadual 
ou intermunicipal de carga [...]”.
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Figura 9. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao.
Conhecimento de transporte ferroviário de cargas
O Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11, é o documento fiscal exigido nas 
operações de transporte ferroviário de cargas interestaduais ou intermunicipais. Está disposto no art. 161 do 
RICMS-SP:
Artigo 161 - O Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11, será emitido antes do início 
da prestação do serviço por transportador, sempre que executar serviço de transporte ferroviário interestadual 
ou intermunicipal de carga [...].
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Figura 10. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao.
Bilhete de passagem rodoviário
O bilhete de passagem rodoviário,modelo 13, é o documento fiscal que será exigido dos prestadores 
de serviços de transporte rodoviário interestadual e intermunicipal de passageiros. O art. 168 do RICMS-SP 
dispõe sobre sua obrigatoriedade:
Artigo 168 - O Bilhete de Passagem Rodoviário, modelo 13, será emitido antes do início da prestação do 
serviço por transportador, sempre que executar serviço de transporte rodoviário interestadual ou intermunicipal 
de passageiros [...].
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Figura 11. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao.
Bilhete de passagem aquaviário
O bilhete de passagem aquaviário, modelo 14, é o documento fiscal utilizado pelas empresas que prestam 
serviços de transportes de passageiros no âmbito interestadual e intermunicipal utilizando-se dos meios 
transportes marítimos, lacustres ou fluviais. Tem no art. 170 do RICMS-SP sua exigência legal:
Artigo 170 - O Bilhete de Passagem Aquaviário, modelo 14, será emitido antes do início da prestação do 
serviço por transportador, sempre que executar serviço de transporte aquaviário interestadual ou intermunicipal 
de passageiros [...].
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 Figura 12. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao.
Bilhete de passagem e nota de bagagem
O bilhete de passagem e nota de bagagem é o documento fiscal utilizado pelas empresas aéreas que 
prestam serviços de transporte aeroviário interestadual e intermunicipal de passageiros. Sua obrigatoriedade 
está disposta no art. 171 do RICMS-SP:
Artigo 171 - O Bilhete de Passagem e Nota de Bagagem, modelo 15, será emitido antes do início da 
prestação do serviço por transportador, sempre que executar serviço de transporte aeroviário interestadual ou 
intermunicipal de passageiros [...].
Figura 13. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao.
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Bilhete de passagem ferroviário
O bilhete de passagem ferroviário, modelo 16, é o documento fiscal obrigatório para as empresas 
que prestam serviços de transportes de passageiros utilizando-se da malha ferroviária interestadual e 
intermunicipal. O art. 172 do RICMS-SP traz em seu bojo sua exigibilidade:
Artigo 172 - O Bilhete de Passagem Ferroviário, modelo 16, será emitido antes do início da prestação do 
serviço por transportador, sempre que executar serviço de transporte ferroviário interestadual ou intermunicipal 
de passageiros [...]
Figura 14. Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/legislacao.
Livros fiscais
Os livros fiscais são mais uma das exigências das obrigações acessórias que devem ser observadas pelo 
contribuinte. Eles deverão ter suas folhas encadernadas e numeradas sequencialmente, bem como conter 
termo de abertura e encerramento. Têm ainda que ser autenticados pela repartição fiscal competente, 
conforme dispõe o art. 224 do RICMS-SP:
Artigo 224 - Os livros fiscais serão impressos e terão folhas numeradas tipograficamente em 
ordem crescente, costuradas e encadernadas, de forma a impedir sua substituição.
§ 1º - O livro terá termos de abertura e de encerramento, conforme modelos constantes do Anexo/
Modelos, lavrados e assinados pelo contribuinte, termos esses de cuja ocorrência se fará assentamento no 
livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, consignando-se o respectivo 
número de ordem e data do evento.
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§ 2º - Poderá a Secretaria da Fazenda disciplinar a aposição de visto autenticador nos livros fiscais no 
momento de sua apresentação à fiscalização, em qualquer situação prevista na legislação ou para atendimento 
de exigência fiscal.
De acordo com o art. 213 do RICMS-SP e o art. 444 do Regulamento do Imposto sobre Produtos 
Industrializados (Ripi), as empresas devem manter em seus estabelecimentos os seguintes livros fiscais, de 
acordo com as operações ou prestações de serviços desenvolvidos por elas.
Segundo o RICMS-SP:
Artigo 213 - Salvo disposição em contrário, o contribuinte deverá manter, em cada estabelecimento, 
conforme as operações ou prestações que realizar, os seguintes livros fiscais:
I - Registro de Entradas, modelo 1;
II - Registro de Entradas, modelo 1-A;
III - Registro de Saídas, modelo 2;
IV - Registro de Saídas, modelo 2-A;
V - Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3;
VI - Registro do Selo Especial de Controle, modelo 4;
VII - Registro de Impressão de Documentos Fiscais, modelo 5;
VIII - Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6;
IX - Registro de Inventário, modelo 7;
X - Registro de Apuração do IPI, modelo 8;
XI - Registro de Apuração do ICMS, modelo 9;
XII - Livro de Movimentação de Combustíveis - LMC.
XIII - Livro de Movimentação de Produtos – LMP (RICMS-SP).
No Ripi:
Art. 444. Os contribuintes manterão, em cada estabelecimento, conforme a natureza das operações que 
realizarem, os seguintes livros fiscais:
I - Registro de Entradas, modelo 1;
II - Registro de Saídas, modelo 2;
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III - Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3;
IV - Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle, modelo 4;
V - Registro de Impressão de Documentos Fiscais, modelo 5;
VI - Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6;
VII - Registro de Inventário, modelo 7; e
VIII - Registro de Apuração do IPI, modelo 8.
§ 1º Os livros Registro de Entradas e Registro de Saídas serão utilizados pelos estabelecimentos industriais 
e pelos que lhes são equiparados.
§ 2º O livro Registro de Controle da Produção e do Estoque será utilizado pelos estabelecimentos industriais, 
e equiparados a industrial, e comerciantes atacadistas, podendo, a critério da Secretaria da Receita Federal do 
Brasil, ser exigido de outros estabelecimentos, com as adaptações necessárias.
§ 3º O livro Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle será utilizado pelo estabelecimento que 
fabricar, importar ou licitar produtos sujeitos ao emprego desse selo.
§ 4º O livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais será utilizado pelos estabelecimentos que 
confeccionarem documentos fiscais para o uso próprio ou para terceiros.
§ 5º O livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências será utilizado pelos 
estabelecimentos obrigados à emissão de documentos fiscais.
§ 6º O livro Registro de Inventário será utilizado pelos estabelecimentos que mantenham em estoque 
matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem e, ainda, produtos em fase de fabricação e 
produtos acabados.
§ 7º O livro Registro de Apuração do IPI será utilizado pelos estabelecimentos industriais e equiparados a 
industrial.
§ 8º Aos livros de que trata esta Seção aplica-se o disposto no art. 382.
Os livros Registro de Entradas, modelo 1, e Registro de Saídas, modelo 2, serão utilizados por contribuinte 
sujeito, simultaneamente, à legislação do IPI e à do ICMS.
Os livros Registro de Entradas, modelo 1-A, e Registro de Saídas, modelo 2-A, serão utilizados por 
contribuinte sujeito apenas à legislação do Imposto de Circulação de Mercadorias e de Prestação de Serviços.
O livro Registro de Controle da Produção e do Estoque será utilizado por estabelecimento industrial ou a ele 
equiparado pela legislação federal e por atacadista. Pode, a critério do Fisco, ser exigido de estabelecimento 
de contribuinte de outro setor, com as adaptações necessárias.
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O livro Registro do Selo Especial de Controle será utilizado pelo estabelecimento que fabricar, importar ou 
licitar produtos sujeitos ao emprego desse selo, hipóteses previstas na legislação do IPI.
O livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais será utilizado por estabelecimento que confeccionar 
impressos de documentos fiscais para terceiro ou para uso próprio.
Os livros Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências e Registro de Inventário 
serão utilizados por todos os estabelecimentos.
O livro Registro de Apuração do IPI será utilizado por estabelecimento industrial

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