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Antropologia Forense - Medicina Legal

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TRABALHO	DE	ANTROPOLOGIA	FORENSE	
	
	
	
	
1) O	QUE	É	IDENTIDADE	E	IDENTIFICAÇÃO?	
Identificação	é	a	ação	ou	efeito	de	reconhecer	uma	pessoa	ou	uma	coisa.		Isso	faz	com	que	
se	 possa	 diferenciar,	 por	 identificação,	 duas	 ou	 mais	 coisas	 ou	 pessoas	 diferentes	 pela	
presença	 dos	 atributos	 que	 a	 caracterizam.	 Para	 fazer	 uma	 identificação	 utilizam-se	
requisitos,	como:	
	
Unicidade	-	elementos	ou	conjunto	de	sinais	escolhidos	devem	permitir	a	distinção	
de	um	indivíduo	dos	outros;	
Perenidade	-	caracteres	que	resistam	a	ação	do	tempo,	que	não	são	totalmente	
eliminados	pelo	tempo,	como	por	exemplo,		os	ossos,	que	permanecem	após	a	
morte;	
Imutabilidade	-	sinais	que	devem	permanecer	idênticos	a	partir	do	momento	em	que	
se	constituem,	devem	resistir	a	ação	da	idade,	às	doenças	etc.	(são	válidos	por	toda	a	
vida);	
Praticabilidade	-	os	elementos	devem	ser	facilmente	obtidos,	sem	o	que	não	seria	
possível	a	tarefa	dos	serviços	de	identificação,	onde	a	sobrecarga	de	trabalho	é	
notável;	
Classificabilidade	-	os	elementos	devem	ser	facilmente	classificáveis,	permitindo	o	
seu	arquivamento	e	facilitando	a	sua	localização	sempre	que	se	fizer	necessária.		
	
Já	a	Identidade	é	o	conjunto	de	características	que	distinguem	uma	pessoa	ou	uma	coisa	e	
por	 meio	 das	 quais	 é	 possível	 individualizá-la.	 Dessa	 forma,	 Identidade	 é	 comumente	
associada	como	o	conjunto	de	caracteres	próprios	e	exclusivos	de	uma	pessoa,	 como	o	
nome,	 idade,	 estado,	 profissão,	 sexo,	 defeitos	 físicos,	 impressões	 digitais.	 São	 esses	
caracteres	 que	 individualizam	 o	 sujeito.	 Cada	 indivíduo	 ou	 coisa	 tem	 peculiaridades	 e	
características	 próprias	 que	 a	 distinguem	 de	 outros,	 sendo	 essas	 as	 características	
usuais	que	identificam	o	sujeito.	
Portanto,	 Identificar	é	reconhecer	a	 identidade	de	alguém	ou	de	determinada	coisa	que	
apresentam	um	conjunto	de	particularidades	que	o	caracterizam.		
	
2) CITE,	DESCREVA	E	EXPLIQUE	OS	TIPOS	DE	IDENTIFICAÇÃO	JUDICIÁRIA:	
Identificação	judiciária	é	o	modelo	de	identificação	utilizado,	na	rotina,	pela	polícia	e	pela	
justiça.	 Ela	 consiste	 no	 uso	 de	 dados	 antropométricos	 e	 antropológicos	 para	 acessar	 a	
identidade	 civil	 de	 um	 possível	 suspeito.	 Podemos	 dividir	 a	 identificação	 judiciária	 em	
quatro	tipos:	
1º-	identificação	civil-	neste	caso	há	que	se	estipular	a	personalidade	jurídica	da	pessoa.	
Esse	tipo	de	identificação	é	feita	a	partir	do	registro	civil	do	sujeito,	por	meio	de	inspeção	
ou	mera	verificação	desse	registro.	
2º-	 identificação	 criminal-	 que	 visa	 colher	 informações	 sobre	 antecedentes	 ou	 ações	
criminais	 ligadas	a	determinado	sujeito.	Esse	tipo	de	 identificação	conta,	principalmente,	
com	 a	 fase	 do	 Fichamento	 ou	 primeiro	 Registro,	 que	 é	 feito	 em	 repartição	 pública	
competente,	 em	 que	 determinado	 número	 de	 caracteres	 físicos	 permanentes	 de	 um	
individuo	são	registrados.	
Cabe	 ainda	 evidenciar	 a	 análise	 do	 viés	 profissional	 e	 de	 qualidade,	 que	 em	 muito	
contribuem	para	a	identificação	de	um	indivíduo.	
3º-	identificação	Profissional-	a	análise	do	viés	profissional	no	processo	de	identificação	
ocorre	 através	 da	 verificação	 do	 registro	 do	 indivíduo	 nos	 órgãos	 de	 classe.	 O	 referido	
registro	 contém	 algumas	 informações	 pessoais	 básicas	 que	 podem	 auxiliar	 na	
identificação.	
4º-	identificação	de	Qualidade:	o	viés	da	análise	de	qualitativa	em	um	processo	de	
identificação	consiste	em	reunir	e	compilar	informações	a	respeito	da	relação	do	indivíduo	
com	órgãos/	instituições,	como	por	exemplo	se	ele	é	ou	foi	militar,		eleitor,	contribuinte,	
trabalhador,	habilitado	a	dirigir	veículos	etc.	
Além	disso,	 a	 identificação	 judiciária	 também	pode	 contar	 com	 a	 fase	 de	 julgamento	 ou	
comparação	entre	os	dois	registros,	a	fim	de	que	seja	negada	ou	confirmada	a	identidade	
do	sujeito.	
	
3) CITE,	DESCREVA	E	EXPLIQUE	OS	TIPOS	DE	IDENTIFICAÇÃO	MÉDICA	LEGAL:	
A	Identificação	Médico-legal	exige	conhecimentos	médico-legais	para	chegar	à	identidade	
da	 	 	 	 	 	 pessoa	 ou	 coisa.	 Segundo	 Espíndula	 (2007),	 a	 identificação	 criminal	 pode	 ser	
dividida	em	dois	grupos	principais:	
-Identificação	 conclusiva:	 modalidade	 que,	 sozinha,	 identifica	 alguma	 pessoa.	
-Identificação	não-conclusiva	ou	excludente	de	hipóteses:	não	são	conclusivas,	mas	auxiliam	
na	identificação	de	uma	pessoa.	
Obviamente,	 mesmo	 com	 essa	 divisão	 de	 modalidades	 de	 perícias,	 na	 identificação	
humana,	são	poucas	as	vezes	que	se	utiliza	somente	um	método	de	identificação.	Isso	pode	
acontecer,	 porque	 uma	 técnica,	 classificada	 como	 conclusiva,	 não	 forneça	 dados	
suficientes	para	a	 identificação.	Um	exemplo,	 corriqueiro,	disso	é	a	 identificação	de	uma	
impressão	digital,	a	qual,	muitas	vezes,	não	se	encontra	inteira	e	sim	parcial.	Dessa	forma,		
é	 necessária	 a	 utilização	 de	 mais	 de	 uma	 modalidade	 de	 identificação,	 na	 maioria	 das	
vezes.	
Além	das	modalidades,	podemos	dividir	a	identificação	médico-legal	em	tipos,	que	são:	
1. Física:	 Nesse	 tipo	 de	 identificação	 médico-legal,	 serão	 analisadas	 as	 caraterísticas	
físicas	do	 individuo	ou	coisa,	a	 fim	de	se	encontrar	a	sua	possível	 identidade.	 	Nesse	
tipo	de	identificação	analisa-se	os	seguintes	critérios		
	Espécie	animal		–	por	meio	de	ossos,	dentes	e	aparelho	de	mastigação,	pêlos,	unhas	e	
sangue;	
Cor		 –	 por	 meio	 de	 escalas	 cromáticas,	 raça,	 índice	 cefálico,	 ângulo	 facial	 e	 tipo	 de	
cabelo;	
Sexo	–	 gonadal,	 genético,	 morfológico,	 civil	 ou	 jurídico,	 psicológico,	 psíquico	 ou	
comportamental;	
Idade	–	através	da	estatura	e	peso,	pele,	olhos,	dentes,	ossificação	e	órgãos	genitais;	
sinais	 individuais	–	 relativos	 aos	 dentes	 e	 arcada	 dentária,	 deformidades,	 cicatrizes,	
tatuagens	e	sinais	profissionais.	Em	vivos,	mortos	(identificação	de	cadáver)	e	restos	
(fragmentos	de	corpos	ou	outros	materiais,	pêlos,	sangue	e	unhas).	
2. Funcional:	analisa	a	atitude	do	indivíduo,	mímica,	gestos,	andar,	voz	etc;	
3. Psíquica:	 voltada	 para	 o	 estudo	 das	manifestações	 psíquicas	 normais	 e	 patológicas,	
incluindo	o	diagnóstico	das	oligofrenias	(insuficiência	mental),	psicoses,	neuroses	etc.	
Portanto,	 o	 conjunto	 desses	 3	 tipos	 de	 identificação	 médico-legais	 podem	 fornecer	
características	suficientes	para	determinar	a	identidade	do	individuo	ou	coisa.	
	
4) CITE,	DESCREVA	E	EXPLIQUE	OS	TIPOS	DE	IDENTIFICAÇÃO	ODONTOLEGAL:	
	A	identificação	odontolegal	trata-se	da	identificação	restrita	a	região	da	cabeça	e	pescoço,	
compreendendo	 as	 perícias	 no	 vivo,	 morto,	 nas	 ossadas,	 em	 fragmentos,	 em	 trabalhos	
odontológicos	 e,	 até	 mesmo,	 em	 peças	 dentais	 isoladas	 e/ou	 vestígios	 lesionais.	 Essa	
modalidade	 de	 identificação	 é	 largamente	 utilizada,	 sobretudo	 por	 que	 os	 elementos	
dentais	 são	 os	 orgãos	 mais	 duráveis	 do	 corpo	 humano.	 Com	 isso,	 as	 peças	 anatômicas	
resistem	 à	 deterioração	 do	 tempo	 e,	 dessa	 forma,	 podem	 ser	 fundamentais	 para	 a	
identificação	de	pessoas	ou	coisas	muito	antigas.	
Podem-se	 utilizar	 vários	 tipos	 metodológicos	 para	 realizar	 a	 identificação	 odontolegal,	
como:	
1. Queiloscopia-		
Consiste	em	técnica	de	identificação	baseada	no	registro	e	classificação	das	características	
labiais,	 no	 que	 diz	 respeito	 à	 espessura,	 disposição	 comissural	 e	 impressões	 produzidas	
pelo	 arranjo	 de	 linhas	 do	 vermelhão	 do	 lábio,	 realizadas	 por	 um	 indivíduo	 em	
determinado	 substrato.	 A	 Queiloscopia	 está	 fundamentada	 no	 fato	 do	 lábio	mucoso	 ser	
recoberto	 por	 pequenos	 sulcos,	 que	 indicam	 diferenças	 individuais	 por	 responderem	 a	
uma	 base	 genética.	 Existem	 variações	 na	morfologia	 e	 disposição	 das	 linhas	 dos	 lábios,	
sendo	únicas	 para	 cada	 indivíduo,	 permanentes	 e	 imutáveis.	 A	Queiloscopia	 é,	 portanto,	
uma	 importante	 espécie	 deidentificação	 -	 Em	 investigações	 criminais,	 por	 exemplo,	
impressões	 labiais	 visíveis	 pela	 presença	 de	 batom	 podem	 ser	 encontradas	 em	 copos,	
guardanapos,	roupas,	cigarros,	indicando	uma	relação	do	sujeito	com	o	ambiente	do	crime.		
	
2. Odontoscopia	-	
Trata-se	 da	 identificação	 pessoal	 através	 do	 reconhecimento	 de	 padrões,	 previamente	
catalogados,	 dos	dados	 odontológicos	pessoais,	 ou	 seja,	 consiste	 em	 método	
consubstanciado	no	conjunto	de	informações	analisadas	e	avaliadas	detalhadamente	pelo	
cirurgião	 dentista	 que	 são	 escritas	 no	 prontuário	 do	 paciente.	 Evidencia-se	 que	 no	
prontuário	deve	constar	todos	os	dados	pessoais	do	paciente,	informações	de	doenças	pré-
existentes,	 sinais	 individuais,	 além	 do	 odontograma	 que	 é	 um	 formulário	 utilizado	 nos	
atendimentos	odontológicos,	onde	é	descrita	a	situação	em	que	se	encontra	cada	elemento	
dentário.	
	
	
3. Prosopografia	
Consiste	 no	 estudo	 das	 ciências	 constitutivas	 da	 face	 que	 visa	 estabelecer	 e	 identificar	
pontos	 característicos,	 semelhantes	 e	 divergentes,	 de	 uma	 face	 humana	 com	 relação	 a	
outra.	No	que	se	refere	à	 identificação	humana,	a	Prosopografia	possibilita	comparar,	de	
forma	 objetiva,	 elementos	 apresentados	 em	 imagens,	 fotos	 e	 vídeos,	 e	 estabelecer	 se	
pertencem	ou	não	a	uma	mesma	pessoa.		
	
4. Identificação	Rugopalatinoscópica-	
A	 identificação	 rugopalatinoscópica	 consiste	 na	 observação	 da	 abóbada	 palatina,	 onde	
atrás	dos	incisivos	centrais,	na	linha	mediana,	localiza-se	uma	região	saliente	na	qual	sua	
forma	 e	 dimensões	 variam	de	pessoa	para	 pessoa,	 sendo	 chamada	de	 papila	 incisiva	 ou	
papila	 palatina.	No	 terço	 anterior	 da	 rafe	 palatina	 há	 uma	 série	 de	 cristas,	 cuja	 forma	 e	
tamanho	 são	 variáveis	 recebendo	 o	 nome	 de	 placas	 ou	 rugas	 palatinas.	 Essas	 rugas	 são	
devido	as	 rugosidades	ósseas	que	aparecem	durante	a	 vida	 intra-uterina.	 Logo,	 como	as	
rugosidades	palatinas	são	formadas	no	3º	mês	de	vida	intra-uterina,	possuem	resistência	à	
ação	 destrutiva	 e	 mutável	 do	 tempo,	 permanecendo	 na	 mesma	 posição	 durante	 toda	 a	
vida.	 Ainda	 é	 comprovada	 que	 a	 rugosidade	 tem	 a	 capacidade	 de	 resistir	 as	 mudanças	
decorrentes	da	decomposição	até	sete	dias	após	a	morte.	E	por	isso	é	um	método	que	pode	
ser	utilizado	seguramente,	dependendo	do	grau	de	decomposição	do	corpo.	A	colheita	das	
amostras	 pode	 ser	 feita	 através	 da	 moldagem	 de	 precisão	 ou,	 como	 por	 fotografia	 do	
palato,	utilizadas	para	a	comparação	entre	os	modelos	dos	indivíduos.		
	
5. Identificação	pelo	DNA-	 	
O	DNA	é	classificado	como	um	recurso	confiável	que,	dependendo	do	grau	de	degradação	
do	 corpo,	 ainda	 pode	 ser	 recolhido	 e	 comparado.	 Isso	 ocorre	 quando	 as	 impressões	
digitais,	 exames	 de	 arcos	 dentários	 e	 exames	 antropométricos	 são	 inviáveis,	 e	 por	 isso	
utiliza-se	a	 tipagem	de	DNA.	A	análise	de	DNA,	para	 identificação	odontolegal,	apresenta	
bons	resultados,	pois	um	fragmento	de	tecido	pode	ser	potencialmente	 identificado.	 Isso	
porque,	em	casos	que	implicam	em	uma	alta	degradação	do	corpo	a	ser	analisado,	a	polpa	
dental	é	um	dos	poucos	materiais	orgânicos	disponíveis	para	análise	do	DNA,	pelo	fato	de	
o	esmalte	dentário	ser	a	substância	mais	dura	do	corpo	humano.	Devido	a	isso,	os	dentes	e	
as	 estruturas	 dentais	 frequentemente	 resistem	 a	 eventos	 post-mortem	 que	 provocam	 a	
destruição	de	outros	tecidos,	como	por	exemplo,	o	fogo.	Sendo	assim,	em	casos	como	esse,	
os	dentes	e	as	estruturas	dentais	podem	ser	a	única	fonte	confiável	para	o	recolhimento	de	
matéria	orgânica	que	forneça	o	DNA	para	a	identificação	do	individuo	ou	da	coisa.	
	
	
6. Identificação	por	autópsia	virtual-	
Esse	 tipo	 de	 identificação	 conta	 com	 a	 visualização	 das	 estruturas	 anatómicas	 3-D,	 em	
tempo	real,	sem	danificar	o	corpo,	que	representa	um	ganho	importante,	além	da	ausência	
de	 contaminação.	A	 revisão	do	 caso,	mesmo	após	vários	anos	de	morte,	 a	 eliminação	de	
processamento	 químico	 e	 radiológico	 e	 organização	 de	 dados,	 além	 da	 melhoria	 na	
comunicação	 são	 benefícios	 proporcionados	 pela	 abordagem	 computadorizada	 presente	
na	 autópsia	 virtual.	 Porém,	 a	 principal	 objecção	 observada	 é	 o	 seu	 suporte	 para	 ser	
executada	em	países	menos	desenvolvidos.	
	
	
	
7. Identificação	da	arcada	dentária-		
A	identificação	pelos	dentes	exige	duas	ocasiões	especiais:	a	ante-mortem	que	diz	respeito	
às	informações	antes	da	morte,	quanto	mais	precisas,	melhores	serão.	A	segunda	ocasião	é	
a	post	mortem,	que	coletará	dados	do	cadáver	e	através	dela	se	fará	a	comparação	com	as	
informações	 ante-mortem.	 Informações	 como	 posição	 e	 características	 dos	 dentes,	
ausência	de	um	ou	vários	dentes,	 cáries,	 e	muito	mais	 contribuirão	para	 a	 identificação.	
Após	a	comparação	dos	dois	registros,	se	afirmará	ou	negará	que	o	material	estudado	é	da	
pessoa	procurada.	
A	 análise	 dos	 dentes	 pode	 revelar	 também	a	 idade	 aproximada	do	 individuo,	 sobretudo	
pelos	 aspectos	 como:	 estatura,	 peso,	 presença	 de	 rugas	 entre	 outros.	 Para	 isso	 há	 dois	
métodos	 de	 realização	 do	 exame,	 o	 método	 direto,	 que	 é	 realizado	 através	 do	 exame	
clínico,	analisando	o	número	de	dentes	irrompidos,	a	sequência	eruptiva,	a	cronologia	de	
erupção	 e	 o	 estado	 geral	 dos	 elementos	 dentários.	 E	 o	 indireto,	 por	meio	 de	 análise	 de	
radiografia	 intra	 e	 extra-orais	 observando,	 principalmente,	 a	mineralização	 dentária.	 Se	
ambas	as	técnicas	forem	associadas,	obtêm-se	um	melhor	resultado.	
Além	da	idade,	os	dentes	também	podem	revelar	a	altura	estimada	do	individuo	através	de	
uma	formula	calculada	pela	análise	dos	incisivos	centrais,	laterais	e	os	caninos	inferiores.	
Essa	 formula	 permite	 atestar	 a	 altura	máxima	 e	mínima	 do	 individuo,	 o	 que	 corrobora	
para	traçar	o	perfil	estático	e	ajudar	no	processo	de	identificação.		
	
8. Identificação	pela	anatomia	do	crânio-		
O	trabalho	não	começa	pelo	dente	individualizado,	mas	sim	de	todo	o	crânio,	deste	para	a	
mandíbula	e	maxilar,	daí	para	os	segmentos	e	finalmente	cada	dente	individualmente.	Os	
pontos	 craniométricos	 servem	 como	 referências	 básicas	 no	 processo	 de	mensuração	 do	
crânio.	A	maioria	desses	planos	estão	localizados	no	plano	sagital	mediano	e	são	ímpares.	
Os	 outros,	 que	 são	 pares,	 estão	 localizados	 em	 planos	 laterais.	 Os	 principais	 pontos	
craniométricos	 são:	 alveolon,	 asterion,	 basion,	 bregma,	 dacrion	 ou	 lacrimal,	 esfenion,	
estafilion,	estafanion,	eurion	e	gizion.	
Além	disso,	através	da	análise	do	crânio,	pode-se	distinguir	o	individuo	de	sexo	masculino	
ou	 feminino.	Por	exemplo,	os	ossos	da	mulher,	em	geral,	são	mais	 leves	e	menores.	 Já	as	
rugosidades	 que	 marcam	 as	 inserções	 musculares	 no	 sexo	 masculino	 são	 mais	
pronunciadas,	além	do	que	as	extremidades	articulares	no	sexo	feminino	têm	dimensões	
menores,	 porém	 os	 segmentos	 que	 fornecem	maiores	 subsídios	 para	 a	 identificação	 do	
sexo,	além	do	crânio,	são	o	tórax	e	a	bacia.		
	
9. Identificação	por	fotografia	do	sorriso-		
É	 uma	 técnica	 que	 tem	 encontrado	 grande	 aceitação	 em	 todo	 o	 mundo,	 se	 mostrando	
muitas	 vezes	 eficiente	 na	 identificação	 humana	 de	 desconhecidos	 que	 apresentem	
imagens	que	mostram	características	dentais	específicas,	por	meio	da	análise	comparativa.	
A	 identificação	 utilizando-se	 essa	 técnica	 não	 deve	 ser	 encarada	 como	modo	 simplista;	
visto	 que	 a	 técnica,	 assim	 como	 outras,	 apresenta	 suas	 limitações,	 pois	 as	 fotografias	
apresentam	diferenças	de	posicionamento.	Vale	ainda	ressaltar	que	a	 fotografia	utilizada	
deve	ser	recente.

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