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HANNAH ARENDT

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HANNAH ARENDT (1906 – 1975) 
Johanna Arendt nasceu no dia 14 de outubro de 1906, em Linden-Limmer, Hanôver, Alemanha, morrendo em Nova York, no dia 4 de dezembro de 1975, aos 69 anos.
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Filósofa e pensadora política de origem judaica, filha do engenheiro Paul Arendt e de Frau Martha Cohn, doutorou-se em filosofia na Universidade de Heidelberg (1928), com uma tese sobre o conceito de amor em Santo Agostinho. 
Foi aluna de Heidegger, Husserl, e Karl Jaspers. 
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Vítima do racismo anti-semita, fugiu para Paris (1933), onde trabalhou como assistente social atendendo a refugiados judeus. 
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Em 1951 naturalizou-se cidadã americana, ocasião em que publicou o livro Origins of Totalitarianism, obra em que a tornaria conhecida e respeitada nos meios intelectuais. 
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Hannah Arendt se interessa pelos mecanismos dos sistemas totalitários e pela condição do homem moderno. Seu pensamento, durante muito tempo ignorado, abre novas perspectivas para a análise da crise da cultura por que passa atualmente nossa sociedade.
(GRISSAULT, 2012, p. 266)
TESES ESSENCIAIS

As Origens do Totalitarismo - 1951
A Condição Humana – 1958
Eichmann em Jerusalém – 1963
Entre o Passado e o Futuro – 1961
Da revolução – 1963
Sobre a Violência – 1963
A vida do Espírito – (Interrompido com sua morte em 1975)
OBRAS

Suas reflexões e conceitos dizem mais sobre a teoria e prática políticas em que a filosofia serve de base e fundamento. 
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 Um de seus projetos mais ousado foi sobre A condição humana. Em seu prefácio pode-se ler:

O que proponho nas páginas que se seguem é uma reconsideração da condição humana à luz de nossa mais novas experiências e nossos temores mais recentes. É obvio que isto requer reflexão; e a irreflexão – a imprudência temerária ou a irremediável confusão ou a repetição complacente de “verdades” que se 

tornaram triviais e vazias – parece ser uma das principais características do nosso tempo. 
O que proponho, portanto, é muito simples: trata-se apenas de refletir sobre o que estamos fazendo.

“O que estamos fazendo” é, na verdade, o tema central deste livro, que aborda somente as manifestações mais elementares da condição humana, aquelas atividades que tradicionalmente, e também segundo a opinião corrente, estão ao alcance de todo ser humano.
(ARENDT, 2005, p. 13)

A condição do homem moderno, segunda grande obra de Hannah Arendt (...), retoma sob novo ângulo o questionamento político que vem sendo feito desde As origens do totalitarismo, para responder os temores suscitados pelo advento do totalitarismo no século XX, ela reflete sobre o que, na condição humana, torna possível o renascimento do espaço político.
(CAMUS...[et al.], 2014, p. 16

Em A condição humana, Hannah Arendt se propõe pensar a possibilidade, para a sociedade moderna, de se preservar do totalitarismo. Como é do vazio político que se alimenta o regime totalitário, é preciso reabilitar a ação política.
(GRISSAULT, 2012, p. 267)
A PRIMAZIA DO AGIR

Então, Arendt analisa as diversas formas do agir humano. Porque é na ação que o homem poderá encontrar os meios para viver em paz, e não na contemplação . Trata-se de “pensar o que fazemos”. A vita activa designa a vida ativa, em oposição à vida contemplativa promovida pela tradição platônica.
(GRISSAULT, 2012, p. 267)

Trata-se de uma reflexão em que se busca encontrar em nossas atividades o sentido que possa ligá-las à nossa condição humana.

Todo ser vivo está sujeito ao nascimento e à morte, mas só o ser humano toma consciência disto. Duas vias se abrem: assumir sua condição tentando reencontrar a imortalidade como “vida perpétua nesta terra” (I) através de sua atividade prática ou recusá-la visando à eternidade pela vita contemplativa.
(CAMUS...[et al.], 2014, p. 16

Arendt reabilita a primeira via contra a tradição platônica, mas também contra pensadores modernos como Marx, que negligenciaram a distinção hierárquica a estabelecer entre três atividades fundamentas da vita activa:
(CAMUS...[et al.], 2014, p. 16)

Englobado no conceito de vita activa está o trabalho, a obra e a ação.
VITA ACTIVA

O trabalho é a atividade mais indispensável à vida, mas a menos humana, porque ela marca a escravidão do ser humano à necessidade natural. Sua função é assegurar a sobrevivência do indivíduo e da espécie, através da produção de bens destinados a serem consumidos. 
O TRABALHO

O animal laborans esgota-se em produzir o que ele deve destruir para continuar a produzir.
(CAMUS...[et al.], 2014, p. 16-17)

A obra deve ser distinguida do trabalho, no que ela escapa ao processo vital: através da fabricação de objetos de uso e a criação de obras de arte, o homo faber transforma a natureza para edificar um mundo humano, não natural, onde os seres humanos encontram “uma moradia mais durável e mais estável que eles mesmos” (...).
A OBRA

O mundo das obras, por sua dimensão objetiva, é destinado a sobreviver aos indivíduos que criaram as obras.
(CAMUS...[et al.], 2014, p. 17)

A ação é a atividade mais elevada, porque ela remete à vida política do ser humano. À diferença do trabalho e da obra, que só unem os humanos indiretamente, ela se funda na pluralidade. Pela ação, cada ser humano que nasce pode livremente inserir-se no mundo humano e introduzir nele algo novo.
(CAMUS...[et al.], 2014, p. 17)
A AÇÃO

Preocupada em pensar os acontecimentos de seu tempo, e sobremaneira o que tornou possível o horror da “solução final”, Hannah Arendt mostra, em As origens do totalitarismo, que o sistema totalitário, longe de poder ser integrado nas outras formas de opressão política que são o despotismo, a tirania, e a ditadura, é um tipo de regime radicalmente novo na história, possuindo sua própria especificidade.
(GRISSAULT, 2012, p. 266)
	O TOTALITARISMO:A NEGAÇÃO DO POLÍTICO

O sistema totalitário repousa na atomização social, criadora de uma massa amorfa constituída de indivíduos isolados que perderam toda consciência de viverem juntos, toda consciência política e, portanto, toda capacidade (e vontade) de se engajar politicamente.
(GRISSAULT, 2012, p. 266)

O sistema totalitário assegura sua conservação por meio da ideologia, fazendo reinar continuamente o terror. Ele reivindica sua legitimidade pretendendo esta a serviço de leis transcendente oriundas da natureza (a seleção das raças, pelo nazismo), ou da história (a luta de classes, pelo stalinismo)

despreza as leis positivas (instituídas) em nome de leis pretensamente superiores e se apresenta como simples executante de uma lógica implacável a serviço da história ou da natureza.
(GRISSAULT, 2012, p. 266-267)

Nos fragmentos das obras póstumas compilados por Ursula Ludz, ao interrogar sobre o que é política, Hannah Arendt nos diz:
O QUE É POLÍTICA

2.A política trata da convivência entre diferentes. Os homens se organizam politicamente para certas coisas em comum, essenciais num caos absoluto, ou a partir do caos absoluto das diferenças.
(ARENDT, 2007, p. 21)

5. A filosofia tem duas boas razões para não se limitar a apenas encontrar o lugar onde surge a política. A primeira é: 
a)Zoon politikon: como se no homem houvesse algo político que pertencesse à sua essência – conceito que não procede; o homem é a-político. A política surge no entre-os-homens; portanto, totalmente fora dos homens.

Por conseguinte, não existe nenhuma substância política original. 
A política surge no intra-espaço e se estabelece como relação. Hobbes compreendeu isso.
(ARENDT, 2007, p. 23)

“A política baseia-se no fato da pluralidade dos homens”, ela deve, portanto, organizar e regular o convívio de diferentes, não de iguais.
(ARENDT apud SONTHEIMER, 2007, p. 8) 

Distinguindo-se da interpretação geral comum do homem enquanto zoon politikon (Aristóteles), em conseqüencia da qual o político seria inerente ao ser humano, Arendt acentua que a política surge não no homem, mas sim, entre os homens, que a liberdade e a espontaneidade dos diferente homens
são pressuposto necessários para o surgimento de um espaço entre homens, onde só então se torna possível a política, a verdadeira política. 
“O sentido da política é a liberdade.”
(ARENDT apud SONTHEIMER, 2007, p. 8-9)

ARENDT, Hannah. A condição humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.
_________________. O que é Político? 7. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
GRISSAULT, Katy. 50 autores-chave de filosofia...e seus textos incontornáveis. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
100 obras-chave de filosofia. Sébastien Camus...[et al.] 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
REFERÊNCIAS
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