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Farmacologia – Sabrinah Crovador 1 FARMACOLOGIA 1° BIMESTRE É a ciência que estuda o comportamento de uma substância dentro de um organismo vivo. In vitro Ensaio pré clinico: ocorre em animais, normalmente utilizados em roedores, apartir do momento que da certo em roedores, passa os teste para outros animais: cães, primatas, suinos, ovelhas Ensaios clínicos: ocorre em humanos, testa-se em um pequeno grupo de pessoas saudáveis, pois caso ocorre efeito colateral, consegue observar e combates do que uma pessoa doente (voluntarias), depois se passa a utilizar a medicação com pessoas com a doença. Mercado: lança-se o medicamento para o mercado. DIVISÕES DA FARMACOLOGIA Farmacodinâmica: estuda o mecanismo de ação dos fármacos, ou seja, a interação do fármaco com o receptor dentro do organismo. Farmacocinética: Estuda o caminho percorrido pelo fármaco dentro de um organismo vivo. o Absorção do medicamento o Distribuição o Biotransformação/ metabolização (o fármaco é inativo, normalmente que faz esse processo é o fígado) o Eliminação (normalmente pelo rim) Farmacotécnica: estuda a síntese e preparação de uma medicação, ou seja, estuda o melhor veiculo para aquele principio ativo – para que o medicamento possa alcançar os locais de ação necessários para a produção da ação farmacológica e dos efeitos terapêuticos necessários. Farmacognosia: Estuda a origem das drogas, o isolamento do principio ativo/fármaco – ex: morfina, que é isolada da papoula, que é uma planta – classificando de origem vegetal, animal, mineral, sintética. Farmacologia clinica: é uma associada com a pesquisa farmacológica associada ao caso clinico, ao paciente que necessita daquele medicamento. Farmacoterapêutica: Estuda as propriedades terapêuticas/farmacêuticas de um medicamento Terapêutica: estuda as propriedades terapêuticas tanto do agente químico, quanto de um agente físico. Imunofarmacologia: trabalha-se muito com medicamentos chamados de biofármacos ( substância produzida a partir de uma substância natural), engenharia genética e anticorpomonoclonal. Toxicologia: estuda a ação de agentes tóxicos, pode ser fármacos ou agentes físicos: radiação. CONCEITOS GERAIS Droga: é qualquer substância química promover tanto um efeito benéfico quanto maléfico ao organismo. Medicamento/ Fármaco: substâncias químicas que produzem um efeito benéfico no organismo, podendo ter efeito colateral. Remédio: é qualquer coisa que faça com intuito de beneficiar o animal, inclui tanto substancia quimica quanto um agente físico. ex: gelo, massagem. Nutracêutico: é uma substância que tem propriedade nutricional e tem propriedade farmacologia também, ou seja, pode ser um medicamento que tem um efeito farmacológica, ex: probioticos. Posologia: ciência que estuda a dosagem, forma como administrar o medicamento. Dose: quantidade necessária de um medicamento pra produzir um efeito farmacológico Dosagem: via de administração, frequência, duração PRESCRIÇÃO BRASILEIRA DE MEDICAMENTOS Responsabilidade: Aspecto clínico: Aspecto profissional: precisa saber as informações necessárias para aquele medicamento Aspecto legal: precisa saber quais são as características de prescrição realizados a lei – podem ser usados como drogas abusivas pelos donos dos animais. RECEITA Manuscrita Caneta – azul ou preta Rasura – não pode conter Receituário – segue um ordem, e em papel timbrado Validade – depende, a grande maioria é de 30 dias, antibiótico: 10 dias, medicamentos contínuos tem uma validade maior. Imperativo - sempre será: dê, administre, aplique, (como ordem) COMO PRESCREVER UM MEDICAMENTO? Necessário: Conhecer o tipo de medicamento – farmácia humana/veterinária, manipulado ou não. Conhecer as regras de prescrição do medicamento Farmacologia – Sabrinah Crovador 2 Onde encontrar informações do medicamento – Bula Conhecer a formulação do medicamento – capsula, comprimido Conhecer a estrutura da receita TIPOS DE MEDICAMENTOS Nome químico: Todo o medicamento isolado, se dá um nome para aquela molécula, ele é o nome químico e o farmacológico é principio ativo: Ex: acetilsalicicilico – AS, Melhoras, Aspirina 1 (25) – 3 – mercapto – 2 – metilpropinoil – L – Prolina – quando o nome químico é muito complicado, se dá um outro nome mais fácil, o nome farmacológico/principio ativo é Captopril OS MEDICAMENTOS SÃO DIVIDIDOS EM CATEGORIAS Medicamentos farmacopeicos ou oficiais: clinica ou experimental terá que ter nela, aqueles que tem efeitos terapêuticos. Os que não tiverem nela, não são autorizados no Brasil. Possuem formulário nacional – são adendos Sempre esta listado principio ativo (nome químico/ nome farmacológico) Medicamentos magistrais: medicamentos manipulados, principio ativo está listado na farmacopeia, mas não entra como oficiais, pois pode se utilizar diferentes princípios ativos, e diferentes concentrações, para fazer o fármaco. Somente o nome do principio ativo, nunca o nome comercial. ESPECIALIDADES FARMACÊUTICAS Todos os medicamentos que são vendidos em farmácias convencionais, precisa de autorização do ministério da saúde (humano) ou da agricultura (veterinário) Principio ativo Nome comercial Medicamentos de referência: primeira vez lançado no mercado Nome comercial : Ex: enrofloxacina – foi lança 1° pela Bayer ® e foi chamada de Baytril Medicamento similar: uma outro empresa produz ele a base do mesmo principio do de referente, mas não usou a mesma receita, muda-se o nome comercial pois a receita é diferente. Se gasta com pesquisa. Nome comercial: Ex: enrofloxacina zelatril, duotril, flotril, kinolax Medicamento genérico: quando ocorre a quebra da patente, e é obrigado liberar a receita, normalmente é baseado no de referência. Deveria ser igual ao de referência, teoricamente deveria ser tão bom quanto o de referência. Ele é sempre mais barato, pois não gastou com pesquisa. Na receita geralmente cola-se o principio ativo sempre Vem com a tarja amarela Medicamentos tarjados: Tarja vermelha: vem uma descrição dentro da tarja, “venda sob prescrição médica” – somente com receita. Roacutan – só poder ser “vendido com retenção de receita” – sempre com duas receitas. Tarja preta: característica de dependência química: ritalina, morfina, gardenal, rivotril Medicamentos de venda livre: não são tarjados – anti-inflamatórios são de venda livre. Informações: Farmacopeia Formulário nacional Compêndio médico – forma de livro Compêndio veterinário – forma de livro DEF (Dicionário de Especialidades Farmacêuticas) – forma de bula ITV ( Índice Terapêutico Veterinário) – forma de bula Guia terapêutico – vet smart Livros/ Artigo Farmacologia – Sabrinah Crovador 3 FÓRMULAS FARMACÊUTICAS - Formulação depende da via de administração Oral: Comprimido (Sólida) – é princípio ativo associado ao amido, consegue ser prensado. Sulcado: pode ser partido em 2 Bissulcado: pode ser partido em 4 Capsula - vem na forma de pó, envolvido por uma capsula de gelatina, não pode se dividir, pois não consegue dividir corretamente. Capsula mole – envoltório único, possui conteúdo líquido. Drágea – comprimido com revestimento, ele serve da proteção para que não sofra ação com o Ph do estômago. Pastilha – possui efeito local - na veterinária o animal engole. Ela possui flavorizante (tem gosto bom), de acordo com a espécie Pó – pode colocar na ração, diluir na água – Ex: Sulfa (antibiótico) – dilui nos bebedores, Aminomix, em bovinos de utiliza o Premix no concentrado. Uso oral líquido: Xarope: colorido, doce Suspensão: sempre vem em fases, um diluente e o principio ativo, na hora de utilizar precisa agitar bem para virar uma fase só. Quando abre tem que se colocar na geladeira. Uso tópico: Pomada: tem partículas solidas diluída emum meio oleoso – é uma substância monofásica Creme: tem partículas solidas que são diluídas em meio aquoso. Ele é aveludado, absorve rápido - é monofásico. Pasta: é mais rígida – tem alta concentração de partículas solida que é diluída em meio aquoso – é monofásica. Gel: é bifásico – tem partículas solidas que não se mistura no meio gelificante/aquoso. Colírio: formulação oftalmológica, administra em forma gotas Pomada: 12 h/ 12h oftalmológica Via retal: animal que vai passar por colondoscopia, solução de enema, faz lavagem na região de colon. Injetável: Ampola: quebra Frasco ampola: possui a borracha para colocar a agulha e puxar a medicação Frequência: A cada quanto tempo se faz o medicamento Semil in die + SID 1x ao dia, cada 24 horas Bid in die = BID 2x ao dia, cada 12 horas Ter in die = TID 3x ao dua, cada 8 horas Quarte in die = QID 4x ao dia, cada 6 horas PRESCRIÇÃO DO MEDICAMENTO 1. Cabeçalho – normalmente já é timbrado – nome clinica, endereço, telefone, CNPJ / CPF – autônomo 2. Superscrição: dados do animal: nome do paciente (dados do dono não é obrigatório, há não ser que tenha retenção de receita). 3. Inscrição: da informação sobre a medicação: o Qual a via de administração o Nome do medicamento o Concentração do medicamente o Quantidade do medicamento 4. Instrução: qual dose, frequência e tempo de uso. 5. Data, carimbo com CRMV e assinatura. LEGISLAÇÃO Portaria n°149 de 26 de dezembro de 1996 – ministério da agricultura Medicamentos veterinários: Medicamento de venda livre não precisa de receita Medicamento com apresentação da receita - Hormônios - Vacinas - Antimicrobianos (antibiótico) - Antiparasitário Medicamento com retenção de receita Evitar partir o comprimido, no máximo na metade. Farmacologia – Sabrinah Crovador 4 - Anestésicos, sedativos e tranquilizantes Medicação humana: Portaria n° 344 de 12 de maio de 1998 - Substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial – promove dependência química Receita A: Receituário amarelo - a receita tem que ter registro/ aprovada pela ANVISA para conseguir ser utilizada, e depois de utilizar o bloco, tem que comprovar onde foi utilizado a receita. A1 – entorpecentes – morfina A2 – entorpecentes (especiais) – tramadol – depende da dose. A3 – psicotrópicas Receita B: receituário azul – diazepan (Gatos) B1 – psicotrópicas B2 – psicotrópicas anorexígenas Receita C: consegue prescrever consegue usar o receituário normal, em duas vias Lista D: (precursores, Lista E: (plantas – papola), Lista F: (proscritos) Exemplo de receita: Cão, 5kg Enrofloxina: só existe na forma de comprimido 15 mg, 50 mg, 150 mg. Dose: 5mg/kg ---- 10mg/kg P x D = 5 x 5 = 25 mg a 50 mg (JT) - BID – 10 dias Segunda via se faz para cada medicamento separada. AÇÃO DOS MEDICAMENTOS Farmacodinâmica – estuda o mecanismo de ação, o medicamento precisa se liga a alguma estrutura que existe no organismo para promover a ação, essa estrutura se chama sítio de ligação. Nome da clinica, end/tel, CNPJ Para um cão de nome bidu ou para cão/bidu: - Uso oral 1) Enrofloxacina 50mg _______________2 cx/ 20 comp Dê 1 comprimido a cada 12 horas durante 10 dias Nome da clinica, end/tel, CNPJ Para um cão de nome bidu ou para cão/bidu: - Uso oral 1) Pregabalina 50mg _______________150 capsulas Dê 1 cápsula a cada 12 horas durante 60 dias Farmacologia – Sabrinah Crovador 5 “Uma droga não irá funcionar a não ser que esteja ligada” – Paul Ehrlich Estruturalmente inespecíficos: não precisa de um sitio de ligação para promover o seu efeito, justamento porque ele não se liga nada, não se sabe como ele funciona; ex: anestésico inalatório. Estruturalmente específicos: precisa se ligar ao sitio de ligação para produzir o seu efeito. Tem que ser especifico para o seu sitio de ligação (chave – fechadura). Efeito farmacológico x concentrações: Se ele é especifico a dose que eu utilizar será menor que comparada ao inespecífico. Alteração estrutural: Se houver alguma alteração de forma, ele não conseguirá se ligar ao sitio de ação. Pequena alteração, ele ainda consegue se ligar, mais seu efeito não será tão eficiente. ESPECIFICOS - Quais os sítios de ligação que ele pode se ligar: Enzimas Moléculas transportadoras Canais iônicos Receptores: grande maioria se liga em receptores. Outro: DNA – quimioterápicos/antineoplasico Ligam-se por alterações químicas: Ponte de hidrogênio Dipolo – dipolo Ponte de lawgver Ligação covalente ( + forte) – depois que o fármaco se liga tem dificuldade de sair daquele lugar, normamente são substâncias tóxicas. ENZIMAS Inibição: AINE – barra o processo fisiológico do organismo Quando o fármaco se liga, promove a inibição dela. Ex: a aspira se liga a ciclocigenase (COX), faz ela parar de funcionar. A Cox produz mediadores inflamatório, se inibir ela, diminui a inflamação. Ativação – pode ter interação por: Substrato normal – existe um neurotransmissor endógeno, a dopamina, ela se liga a uma enzima chamada de dopa-descarboxilase, quando ela se liga promove um processo enzimático que altera a conformação da dopamina, gerando outro produto, a noradrenalina, um dos efeitos é o aumento da frequência cardíaca. Substrato falso – ele não é um substrato daquela enzima especifica, mas consegue se ligar. A metildopamina, consegue se ligar a dopa- descaboxilase, a mesma da dopamina, possui a estrutura semelhante, porem quando a enzima processa ela, ocorre a formação de metil- noradrenalina, e ela não é a mesma coisa de quando a se utiliza a dopamina, por isso é chamado de substrato falso. Há farmaco que conseguem utilizar e forma a mesma coisa que o normal. Pró-droga: ele é um fármaco inativo, quando ele é administrado, sofre uma conversão enzimática, se tornando ativo. Ex: prednisona, se liga ao enzima que existe no fígado, enzimas de fase I, sofre a quebra, sendo ativada, se tornando prednisolona, que é o fármaco propriamente dito. MOLÉCULAS TRANSPORTADORAS Lipossolubilidade: fármacos que são lipossolúveis não precisam de transportados, conseguem passar a membrana lipídica. Proteínas transportadoras: existem fármacos que precisa de uma transportador, para passar pela membrana lipídica. Ex: glicose, aminoácidos, íons e neurotrasmissores. Quando ele se liga a proteínas pode ser: Ativação do transporte: O fármaco se liga no sítio de ligação e ativa a proteína, essa proteína transportadora, íra leva-lo para dentro da membrana. Ex: Glicose de liga a uma proteína transportadora, chamada de glut 4, que a leva para dentro da células Inibição do transporte: O fármaco se liga ao sitio, e impede que o transporte da proteína sej afeito, mas não do próprio fármaco, ele impede o transporte de outra proteína. Ou seja, quer inibir alguma substância de ser transportada. Ex: bomba sódio potássio, a digoxina bloqueia a bomba, que inibe a entrada e saída de sódio e potássio, diminuindo frequência cardíaca. AÇÃO DOS MEDICAMENTOS – continuação CANAIS IÔNICOS Farmacologia – Sabrinah Crovador 6 Direta: pois se liga diretamente no canal iônico, podendo abri-lo ou fecha-lo. O canal iônico pode estar aberto ou fechado. Quando se administra o fármaco, ele tem seu próprio sito de ligação no canal, então ele pode se ligar a esse sitio no canal, promovendo abertura ou fechamento do canal, isso dependa da função do fármaco. Se o canal abrir, ocorrerá a entrada de íons específicos e isso vai levar ao efeito celular, e terapêutico. Ou pode ocorrer ao contrário, o canal estará aberto, quando o fármaco se liga no sitio, ele o fecha, bloqueando o canal, assim não terá entrada de íons e isso também vai produzir um efeito celular e terapêutico farmacológico. Ex: anestésico local faz um bloqueio direto de canal iônico (canal Na +especificamente), ele se liga a esse canal, e o fecha, não ocorrendo a entrada de Na + , Isso ao nível de neurônio. Quando se tem a entrada de Na + no neurônio, se tem a prorrogação do impulso nervoso, há propagação do impulso nervoso, se ocorre o bloqueio, não tem a propagação do impulso nervoso e então o animal não sentirá dor. Indireta: O fármaco não se liga no canal iônico, e sim a um receptor que controla o canal. Há um canal que é ligado/controlado por um receptor e o fármaco se liga nesse receptor. Esse receptor comanda esse canal para abrir ou fechar, depende da função do fármaco. Ex: interação do canal com o receptor GABA (acido gama amino butirico) , existe um neurotransmissor chamado GABA também, e é no receptor desse neurotransmissor que o fármaco irá agir. Diazepan se liga ao receptor GABA, e no casso desse fármaco ocorre a abertura de um canal de cloro (Cl - ), entra íon de cloro, ao contrario do sódio (Na + ), o cloro diminui ou bloqueia o impulso nervoso. Em um animal convulsionando, ele esta em excesso de excitação, aumenta o impulso nervoso, o fármaco ira diminuir essa excesso, e minimizar ou controlar a convulsão. Receptores: Receptores ligados a canais Controlam os eventos sinápticos rápidos – ação em milissegundos, isso não significa que o fármaco irá agir mais rápido, somente a ligação química é rápida. Ex: receptores nicotínicos da acetilcolina, receptor GABA Receptores acoplados a proteína G – receptor mais utilizado pelos medicamentos -Mensageiros Ex: receptores muscarinicos da acetilcolina, adrenorrecptores, receptores de apiáceos, de dopamia, etc.. Pode se ligar a: Sistema adenilato ciclase Sistema guanilato ciclase Sistema fosfolipase C/ fosfolipase de inositol Sistema de fosfolipase A Abre e fecha canais iônicos Receptores ligados a tirosina-quinase Autofosforilização Ex: receptores para fatores de crescimento, hormônios, de citocina, etc. Receptores que regulam a transição de genes Receptores se encontram no núcleo Ex: receptores para hormônios esteroides e tireoideanos Proteína G: É uma estrutura, que contem 3 sub-unidades: beta, gama e alfa. A beta e gama não se dissociação, a única que tem capacidade se dissociar é a alfa. Existe uma molécula que se chama ganosina que fica ligada a proteína, em forma de GDP = difosfato de guanosina, ela fica ligada a proteína G em repouso, que esta acoplada na sub-unidade alfa. Ela em repouso não fica acoplada ao seu receptor, fica fluindo pela membrana plasmática. Quando é ativada é ligada ao seu receptor, essa ativação ocorre: O fármaco se liga ao seu receptor, porém esse receptor precisa da proteína G, quando ele se liga ao receptor ele promove uma alteração da molécula do receptor, isso promove a atração da proteína G até ele, se ligando a ele. Quando ela se liga a ele, ocorre a dissociação da porção alfa, ela perde um GDP pra dentro da célula, e ao mesmo tempo ganha uma molécula de GTP, quando isso ocorre ela esta pronta para exercer a sua função, está ativada, ela leva ao estimula de um sistema enzimático ou de um canal iônico. Farmacologia – Sabrinah Crovador 7 Receptores ligados à tirosina-quinase: Esse receptor não é muito bem entendido, mas basicamente o receptor esta ligado a uma enzima intracelular ligada ao receptor pela membrana, chamada de tirosina quinase, o fármaco que tem especificidade com esse receptor se liga a essa enzima, e entra em um processo de autofosforilização, ocorre uma serie de reações bioquímicas dentro de autofosforilização e o produto final interfere com a transcrição de genes, fazendo com que se produza proteína- síntese proteica de uma determinada proteína diminua ou para que não ocorra a produção. É assim que ocorre o efeito da medicação, muitas vezes precisa que uma proteína pare de ser produzida para ter o efeito especif ico ou ao contrario. Ex: A insulina geralmente age nesse receptor, o receptor está sempre ligado a uma enzima, ela se liga ao receptor, quando se liga, ela ativa a enzima, e ao ativar, ela entra em processo de autofosforilização, ao final desse processo ocorre uma alteração na transcrição de gene, para que tenha a produção de proteínas sinalizadoras, e ela que promove o efeito especifico da insulina, ela sinaliza para que o transportador de glicose (GLUT 4) leva a glicose para dentro da célula. Receptores que regulam a transcrição de genes: Os receptores ficam dentro do núcleo, se esta dentro do núcleo, o fármaco tem que ser obrigatoriamente lipossolúvel para conseguir alçá-lo. A grande maioria dos hormônios esteroides que são lipossolúveis se ligam, nesse receptor nuclear. Os hormônios tireoidianos e os fármacos tireoidianos também vão se ligar a esse receptor. Apesar de atravessar tranquilamente a até chegar ao núcleo, a ligação do Fármaco com o receptor, demora algumas horas. Ex: corticoides-hormonios esteroidal. É um anti-inflamatório, quando se liga ao receptor ele inibe a produção COX por transcrição genética. Pode produzir ou não uma proteína, que é o caso do corticoide impede a nível de transcrição genética que exista produção de COX, não tendo reação anti-inflamatória, por isso é anti-inflamatório. MECANISMO DE RELAÇÃO DOSE x RESPOSTA Introdução: Como que a relação e a receptor interage Efeito x quantidade administrada: Quanto maior a quantidade de fármaco se faz, maior será o efeito dele, pois quanto mais fármaco se faz, mais se liga aos receptores para ele, maior a eficácia. Receptores x efeito maximo Lei de ação da massa: O medicamento quando se liga ao receptor em uma determinada velocidade, depende do tipo de interação, os dois juntos, forma um complexo que é chamado de medicamento receptor, esse medicamento também se dissocia do receptor também, e é representado por uma velocidade K2. Medicamento + Receptor K1 (velocidade de associação) K2(velocidade de dossociação) MR (complexo medicamento receptor) Curva dose resposta: Quanto maior a quantidade, maior a eficácia. Nunca se utiliza a eficácia máxima de um fármaco, pois chega a sobre- dose, tendo efeito colaterais. Eficácia: resposta máxima de um medicamento. Janela terapêutica: Ponto em que o medicamento é usado em equilíbrio, pois não que ter efeitos colaterais. Potência: Aquele medicamento que quando se utiliza uma pequena dose, já terá o efeito farmacológico suficiente. Medicamento X teve o efeito mais potente, com a menor dose. A qualidade entre os medicamento X, Y, Z é a mesma, todos vão atingir o mesmo efeito, porém o x tem melhor potência, pois atinge o objetivo com uma dose menor que os outros. Especificidade: Fármacos atuam seletivamente nos tecidos A especificidade é recíproca Quanto maior a especificidade de um fármaco pelo receptor, menor a quantidade necessária para fazer o efeito (Potência). Agonista: produz a ativação do complexo – fármaco que se liga ao receptor e ativa-o. Total: obtém a maior resposta possível, ele é o mais especifico para aquele receptor. Parcial: se liga ao receptor, mas não é tão especifico, a resposta dele nunca vai ser a máxima. Antagonista: bloqueia a ativação – fármaco que se liga ao se receptor, e bloqueia-o. Farmacologia – Sabrinah Crovador 8 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA Potência: quanto maior a quantidade de fármaco para desencadear o efeito, mais potente é o fármaco. Variação biológica: o Hiper-reativo: resposta em doses baixas o Hiporreativo: necessitam em doses maiores o Tolerância: necessitam em doses maiores o Efeito incomum o Hipersensibilidade: reação alérgica ANTAGONISMO: anulação do efeito Farmacológico: Competitivo - agonista x antagonista pelo mesmo receptor Parcial reversível - agonista x agonista: Nesse caso tem dois agonistas, morfina é agonista de receptor mi, pode ser utilizado ex: o tramadol, a morfina tem muito mais afinidade do que o tramadol, então a morfina ganha a competição. O tramadolse aumentado à dose, e conseguir o receptor, ele atrapalha a analgesia, a morfina seria o melhor analgésico – NUNCA SE ASSOCIA MEDICAMENTOS DE MESMA CLASSE. Irreversível: antagonista dissocia lentamente ou não dissocia Não tem dois fármacos brigando pelo mesmo sitio, o problema é que ele se ligado no receptor na forma de ligação covalente – ex: organofosforados, ele é uma antagonista, de um receptor/enzima chamado de acetilcolinesterase, e quando se liga bloqueia ela, e ela é muito importante, pois quebra acetil colina, animal convulsiona, leva a óbito. Ele nunca mais se desacopla da enzima. Não-competitivo: bloqueio pelo antagonista ocorre por outro mecanismo de ação Tem dois fármacos que se ligam em receptores independentes, mas um antagonista o outro na mesma cascata de eventos. Ex: contração muscular – um fármaco age no cálcio, e outro no canal sódio Fisiológico: Agonista x agonista em receptores independentes: noradrenalina e histamina. Ex: Quando o animal tem reação alérgica libera a histamina, se ligando a receptores H1, promovendo hipotenção. Pode se utiliza a noradrenalina, ela age em outro receptor alfa 1, promovendo hipertensão, aumenta a pressão arterial, faz um antagonismo fisiológico, revertendo o efeito da histamina. Deve se utilizar um anti-histamínico em conjunto sempre. Químico: Não há ligação com receptores, e sim interação química. O medicamento se quela com outro medicamento e impede a ação do outro medicação. Ex: carvão ativo, quando ele chega ao intestino, ele se liga no medicamento que está causando intoxicação, ele se liga a ele evita a absorção dele. FARMACOCÍNETICA: ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS Caminho que o fármaco percorre dentro do organismo: Absorção Distribuição Metabolização Eliminação O medicamento para entrar na corrente sanguínea, precisa ser administrado (IV, IM, IO, SC, VO), de acordo com essa via que a gente administra, precisa superar algumas barreiras celulares. Ex:estômago – por via oral, o fármaco chega no lúmen gástrico, entre as celular do epitélio gástrico terão capilares sanguineos, terá que transpor essas células para chegar na corrente sanguínea, se ele for hidrossolúvel é muito fácil dele passar. Depois que o fármaco chega na corrente sanguínea, ele será absorvido, sofrendo distribuição em todos o organismo, porem só fará efeito onde ele tem receptor especifico para ele. Quando se liga ao sitio de ação dele, e faz o seu efeito farmacológico, ele volta para corrente sanguínea, chegando ao fígado, que será inativado, pois o rim normalmente só consegue eliminar o fármaco se tiver em forma inativa. Farmacologia – Sabrinah Crovador 9 Absorção de medicamentos: Conceito : Entrada de uma substância química dentro da circulação sanguínea, sem que para isso cause um trauma. Constituição das membranas celulares pH do meio pka do medicamento Transporte de membrana Fármacos em geral são divididos de três formas: Ácidos ou bases forte – eles não sofrem interferência do Ph do meio Ácidos ou bases fracas – Sofrem com o ph do meio Substâncias apolares - não sofrem interferência do ph do meio, ela sempre será lipossolúvel O PKA do fármaco é o Ph do meio em que ele está em que 50% das moléculas do medicamento está na forma ionizada e 50% na forma não ionizada ou 50% polar e 50% apolar ou 50% lipossolúvel e 50% hidrossolúvel ! Esse equilíbrio é dada por uma equação de Henderson – Hasselback Ácidos fracos: pH – pKa = Log (I/NI) Bases fracas: pH – pKa = log = log (NI/I) o Moléculas acidas se tornam + lipossolúveis em pH ácido o Moléculas acidas se tornam menos lipossolúveis em pH básico o Moléculas básicas se tornam menos lipossolúveis em pH ácido o Moléculas básicas de tornam mais lipossolúveis em pH básico Intestino: pH alcalino Estomago: pH ácido PASSAGEM DE MEDICAMENTOS Processos passivos: não tem gasto de energia Difusão simples: gradiente de concentração (apolar) – as moléculas de dissovem-se nas membranas e, em seguida, difundem-se para o meio no qual sua concentração é menor. A agitação térmica e a diferença de concentração entre os dois lados da membrana constituem a força que move a substancia, não havendo gasto de energia celular. Filtração: polares pequenas, poros – é um processo pelo qual substancias solidas se separam do líquido em que se encontram dissolvidas ou em suspensão. Trata-se de um método puramente físico, no qual a força propulsora é o gradiente de pressão (força hidrostática). A taxa de filtração depende desse gradiente e do tamanho da partícula a ser filtrada em relação ao diâmetro dos poros. Transporte por carreador: Difusão facilitada: é a favor ao gradiente de concentração – a proteína leva do meio mais concentrado para o menos concentrado Transporte ativo: é contra o gradiente – a proteína leva do meio que esta menos concentrado para o mais concentrado Endocitose: é o processo pelo qual a membrana se invagina em torno de uma macromolécula ou de varias pequenas moléculas, englobando-as com gotículas do meio extracelular. Ela é dividida em: Pinocitose (liquido) que ocorrem em partículas liquidas e fagocitose (sólido) ocorre com partículas solidas. BARREIRAS CORPORAIS Mucosa gastrointestinal: ultrapassa células gastrointestinais, e endoteliais – barreira simples. Pele: ultrapassar o epitélio – barreira simples Córnea: barreira hemato-ocular Barreira hematoencefálica Barreira hematotesticular – capilares sanguíneo e células de sertoli Barreira placentária – capilares (nutrição e metabolitos), tem uma seletividade para que proteja o feto. Medicamento lipossolúvel atravessa todas as barreiras tranquilamente, deve-se tomar cuidado. Capilar continuo: cada célula endotelial ficam muito juntas, são justapostas, o medicamento, não consegue passar entre os espaços das células. Capilar fenestrado: possui um espacinhos entre cada célula endotelial, é muito encontrado em glândulas secretórias. Sinusoide: existe um espaço grande entre cada células, é muito encontrado no fígado, pois ele precisa metabolizar muitas substancias, consequentemente, as células precisam ter fácil acesso ao fígado. Farmacologia – Sabrinah Crovador 10 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS Divide as vias de adm de três formas: Parenterais – são medicamentos injetáveis Tópicas – medicamentos aplicados em superfície, função: que tenha ação somente naquele local Enterias – relacionado a gastrointestinal (via oral) ENTERAIS Vantagens: fácil administração – utilizada como acesso á circulação sistêmica através do trato gastrointestinal. Tutor pode administrar grande volume por ela (pode até fazer fluidoterapia). Desvantagens: alterações na absorção Irritação: pode ocorrer vômito Acido gástrico: existem medicamentos que são inativados no Ph dele Motilidade: animal com diarreia, o peristaltismo está aumentado, então tudo o medicamento acaba passando muito rápido, não dando tempo do intestino absorver. Com a diminuição do peristaltismo, a absorção do medicamento vai ser maior, podendo causa até sobre- dose. Conteúdo: (área de absorção) há medicamentos que podem ou não serem feitos junto com o medicamento, alguns não conseguem ser absorvidos por causa do alimento. Efeito de primeira passagem ou metabolismo de primeira passagem: Quanto o medicamento é feito por via oral, chega até o intestino que é onde ocorre a absorção, porém tem alguns vasos específicos que vão do intestino direto para o fígado, que é chamado de circulação enterohepática. O medicamento pode ganhar esse capilar e chegando direto no fígado, sendo inativado, antes de chegar no seu local de ação. Por isso normalmente a dose é maior, porque boa parte dele tende a se perder na metade do caminho. VIA RUMINAL: É mais comum ser usada a via intramuscular nos ruminantes. Quando se faz a medicação via oral, ele acaba se diluindo dentro do rúmen. A microbiota do rúmen normalmente inativa o medicamento. Ph do rúmen é básico, então a substância ácida acaba não sendo absorvida. Utiliza-se quando o medicamento pra que tenha ação no rúmen, naquele local. VIA RETAL Utilizada quando a irritação estomacal ou vômitos Não há efeito de primeira passagem Absorção irregular e acaba irritando sempre a mucosa VIA TÓPICA Obtenção de efeitos localizados Absorção sistêmica o Lesões o Calor – ocorre vasodilatação, a absorção vai ser maior. o Hiperadrenocorticismo – ocorre o aumento da produção de cortisol, interfere com a produção do tecido conjuntivo, o excesso de cortisol, deixa a pele fica bem fina, fazendo com que a absorção do medicamento sendo muito maior, podendo causar intoxicação. o Lambedura – recomentado a utilizar o colar, para que o animal não retira o med e para que evite que o animal se intoxique com o med. Ex: Nebacetin, é nefrotoxico. VIAS PARENTERAIS: Via IV: possui rápida absorção, rápida ação – sempre a via de eleição para emergência. Consegue aplicar grandes doses, ex: fluidoterapia Pode aplicar medicamentos que são irritantes – não provendo dor Desvantagem: Efeitos colaterais adversos, serão rápidos e maiores – não dá tempo de pensar o que fazer Pode ocorrer embolia (empurrar uma bolha de ar), pode formar coagulo no cateter e acabar empurrando para dentro. Farmacologia – Sabrinah Crovador 11 Pode ocorrer infecção: tricotomia incorreta, assepsia incorreta. VIA INTRAMUSCULAR E SUBCUTÂNEA: A intramuscular (10m) será mais rápido que a subcutânea (algumas horas). Via intramuscular não é feita pra grandes quantidades de volumes Subcutânea é utilizada pra grandes volumes Vascularização tecidual Absorção lenta Desvantagem: Dor Inflamação BIODISPONIBILIDADE E BIOEQUIVALÊNCIA Quantidade de um fármaco que atinge a corrente sanguínea e o local de ação de forma inalterada. Intravenosa possui uma biodisponibilidade de 100% Via oral possui uma biodisponibilidade depende do medicamento de 80%, outro med. 20% - não significa que tenha que alterar a dose, tudo que é perdi já é contabilizado durante os estudos, não perdendo a eficácia do medicamento. Quanto é lançado um genérico, também que ter a mesma disponibilidade que o original. DISTRIBUIÇÃO Trajeto percorrido pelo fármaco ao entrar na corrente sanguínea até o seu local de ação. É tudo o que o medicamento faz dentro da corrente sanguínea. Modelo bicompatimental: Quando estuda o organismo em compartimento, no caso do bicompartimento, ele é dividido em dois grandes compartimentos: o Compartimento central: formando por órgão com muita vascularização – rim, pulmão, cérebro. o Periférico: formado por órgão com menos vascularização – osso, músculo, tecido adiposo. Medicamento chega no compartimento central primeiro, chegando em todos os tecidos, porem só terá no seu local de ação (receptor) O medicamento dentro da circulação sanguínea é encontrado de três formas: Livre: esta na corrente sanguínea da mesma forma que foi aplicado Conjulgada: ele pode estar ligado à proteína plasmática Depósito: medicamento tem tropismo a uma região, acabando ficando muito mais tempo em uma região do que em outra. O medicamento só pode agir no seu receptor se tiver na forma livre, as outras duas formas não conseguem agir. Aplicação do medicamento, ele será absorvido, chegando à corrente sanguínea, uma parte fica na forma livre, outra conjugada e uma dependendo pode ficar de deposito. Quem esta na forma livre se liga no receptor direto, a forma conjugada e deposito em algum momento fica livre e se liga também ao seu receptor. O medicamento chega ao fígado, será metabolizado/inativado, volta para a circulação e chegando ao rim e será eliminado. Associados a proteínas plasmáticas: Medicamentos Ácidos se ligam a albumina Medicamento Bases se ligam a glicoproteína ácida Quantidade de proteínas - hipoalbuminemia Competição – quanto se faz dois medicamentos que competem pela mesma proteína, gerando uma competição, deixando um dos medicamentos na forma livre, não tendo o seu efeito. Anti-inflamatório não esteroidal tem mais afinidade a albumina, e anticoagulante está na forma livre, tendo maior efeito. Pode se utilizar os dois juntos, mas com a dose menor do anticoagulante. Depósito em tecidos: Iodo radioativo tem tropismo pelas células da tireoide, é muito utilizado quando tem câncer na tireoide. Tetraciclina tem tropismo em um tecido ósseo de crescimento, ela tem pigmento, deixando o osso amarelo e o osso também, ela promove má formação do tecido ósseo – não se pode fazer em animais em fase de crescimento ou gestantes. Tiopental – na 4 dose, o que estava em deposito começa a voltar. FARMACOCINÉTICA: BIOTRANSFORMAÇÃO E ELIMINAÇÃO DOS FÁRMACOS Farmacologia – Sabrinah Crovador 12 A molécula do fármaco irá sofrer um alteração/transformação na sua estrutura, para que a molécula fica na forma hidrossolúvel/polar/ionizada. Desta forma o rim elimina ele. Principal órgão que faz a metabolização é o fígado, ele possui mecanismos enzimáticos específicos dentro dos hepatócitos, no reticulo endoplasmático liso. O rim pode eliminar alguns fármacos também , trato gastrointestinal e plasma. REAÇÃO DE FASE I: Há medicamentos que irão sofrem somente por reação de fase I e metabolizado. O principal objetivo é tornar o fármaco hidrossolúvel. o Oxidação o Redução o Hidrolise Resultados: pode ter reação que pode diminuir a atividade, inativar ou ativar mais ainda o medicamento (prednisolona – pró-fármaco). Oxidação Pode ocorrer por enzimas microssomais = enzimas citocromo P450 – ocorre associado a esse processo a redução da molécula. Pode ocorrer por enzimas não microssomais = monoaminooxidases - ocorre somente oxidação. Redução Associada a citocromo 450 p primeiro oxidação, e em conjunto redução. Hidrolise As enzimas que irão agir serão as esterases, quando ocorre no fígado ela é chamada de esterase hepática. Quando ocorre no plasma, é chamada de esterase plasmática. REAÇÃO DE FASE II: Há medicamentos que passam somente por reação de fase II e metabolizado. Também é chamada de conjugação ou síntese. O fármaco se liga a uma substância endógena, e essa ligação é que faz com que ele seja metabolizado, fazendo com que fique mais hidrossolúvel, na forma metabolizável. Para que ele se ligue a uma substância/enzima ele precisa de uma enzima para que ocorra a conjugação. Conjugações: Fármaco + ácido glicurônico glicuronídeos (glicoroniltrasferase) Toda vez que o fármaco se liga ao acido glicurônico, a enzima que faz essa conjugação é a glicuroniltransferase, gerando o metabolito glicuronídeos . Fármaco + sulfato sulfatados (varias enzimas) Fármaco + acetato acetilados (acetiltransferase) Fármaco + glutamina diversos ( coenzima A) Fármaco + glutationa ácidos mercapturicos (gama – glutamil transpeptidade) Sempre que tem alguma substância toxica dentro do organismo, o fígado ira ativar esse tipo de conjugação, para inativar essa substancia toxica. Felinos: tem deficiência de glicuroniltransferase – tem que cuidar com a medicação e a dose Caninos: deficiência de acetiltransferase Suínos: deficiência de enzimas de sulfatos FATORES QUE INFLUENCIAM A BIOTRANSFORMAÇÃO Farmacologia – Sabrinah Crovador 13 Idosos: quando a animal é mais velho o fígado já sofrem varias lesões, já entrou em contato com substância toxicas, e o mecanismo enzimático já não sai mais como era antes, a dose para ele é baixa. Neonatos: Quando o animal é recém-nascido as enzimas enzimáticas não estão totalmente formadas – doses baixas Doenças hepáticas: dose baixa, ou utilizar fármacos que não passem por metabolização hepática. Limitação das vias de biotransformação: as vias possuem um limite, podendo ter sobre dose. Falha de conjugação: Glutation Paracetamol O paracetamol vai direto para reação de fase I I, ele utiliza a via do acido glucurônico e essa reação é mediada pela enzima gluconiltransferase. Os gatos possuem deficiência na enzima, saturando a via/não conseguindo metabolizar, o organismo manda o paracetamol para a fase I, sofrendo oxidação, formando um metabólico toxico. Então a glutationa (endógeno) se liga a esse metabolito toxico por meio da enzima gama – glutamil transpeptidade, para inativa-lo, e essa via também satura. Fazendo tanto lesão hepática, quanto hemólise. O animal fica cianótico, diminui frequência respiratória. ELIMINAÇÃO DOS FARMACOS Excreção renal: Principal: precisa estar no forma polar hidrossolúvel Depuração ou clearence renal: É o processo da passagem do medicamento pelo rim, pelo néfron. Néfron formado por glomérulo, dentro dele tem a chegada da arteríola aferente, ela se enovela dentro do glomérulo e sai dele como o nome de eferente, e contorna toda a estrutura do rim. O medicamento quando chega ao glomérulo, ele será filtrada, essa filtração só ocorre se ele for pequeno. A grande maioria dos medicamentos não é pequeno, porque ele já foi metabolizado, conjugado, é uma molécula maior, e hidrossolúvel. O néfron, pois proteínas que fazem esse transporte para dentro. Processo de secreção ativa = mecanismo de transporte – no caso de fármacos grandes Boa parte que são filtrados, ainda não secretadas, no caso da glicose, o rim recupera ela no túbulo contorcido proximal. Isso depende do Ph do meio, medicamento acido, com urina acida, fica lipossolúvel, volta a atividade e volta pra circulação sanguínea (é como se ele tivesse dado uma 2° dose do med.) – Pielonefrite : trabalha com doses menores. No casso de um medicamento acido em sobre dose: para modificar a Ph urina, faz a basificação da urina com ringer lactato, que permite que o fármaco seja eliminado mais rápido. Cloredo de sódio 0,9 % acidifica Eliminação biliar: Quando o fármaco tem um alto peso molecular, acabam sendo eliminados via bili, serão secretados na bili. Intestino – cai no intestino direto no duodeno o Será eliminado pelas fezes o Reabsorção *ciclo entero-hepático – uma parte desse medicamento pode cai nessa circulação, caindo fígado, sendo inativado e cai de volta de novo na bili, pois o rim não vai conseguir metabolizar, pois é uma molécula grande. Eliminação pelo leite: O leite tem o pH + ácido – o medicamento básico tende a ser eliminados pelo leite, pois ele tem a tendência de ser eliminado no meio acido; O filhote pode ingerir o medicamento ainda ativo, ou pode ser ingerido inativo, porém pode ser ativado no intestino. Alimentação humana – pode ingeri-los, podendo causar resistência, tanto no animal, quanto no humano (na veterinária o uso é indiscriminado). SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Organização: Central: o Encéfalo o Medula espinhal Periférico Farmacologia – Sabrinah Crovador 14 o Sistema nervoso somático – promovem movimentos voluntários Fibra aferente ou sensitiva – leva informação da periferia para o snc Fibra eferente – leva informação do snc para a periferia o Sistema nervoso autônomo – Promovem movimento de forma involuntária Simpático Parassimpático - Não trabalha com fibra aferente, não tem importância farmacológica - Eferentes SÃO importantes SNAS Eferentes: Neurônios pré – ganglionares: Sai da medula; na região T1 a L3 (região toracolombar da medula espinhal) , faz a sinapse em um gânglio, na cadeia ganglionar paravertebral, ele irá fazer sinap com o neurônio pós ganglionar. É um neurônio curto Neurônios pós – ganglionares: origem no gânglio de SNA e termina na víscera/ ou dentro dela. É um neurônio longo. SNAP Pré-ganglionar - Sai da porção cranial da medula no mesencéfalo Medula oblonga Sai da medula sacral Faz sinapse com um gânglio intravisceral Pós-ganglionar simpático – vem do gânglio e termina na víscera/ou dentro da víscera Neurônios pré-ganglioares cranias: Nervos cranianos o Oculomotor III o Facial VII o Glossofaríngeo IX o Vago X – onde tem mais fibras parassimpáticas o Espinhal XI Neurônios pré-ganglionares sacrais o Vísceras pélvicas e abdominais: bexiga, reto, genitália. Inervação por ambas divisões Efeitos opostos Efeitos completares Inervação isolada: Inervação apenas simpática – ex: glândula sudorípara Inervação apenas parassimpática – ex: músculo ciliar do olho promove acomodação visual para perto/longe. MECANISMO DE RESPOSTA Ativação do SNAS estimulado por situação de estresse / também chamado de luta ou fuga Aumenta frequência cardíaca o Cronotropismo Cronotrópico positivo – aumenta frequência cardíaca o Inotropismo positivo Inotrópica posica - melhora contratabilidade/força de contração Pressão arterial aumenta – por causa da vasoconstrição Aumento da glicemia Diminuição do peritaltismo Esfíncter contraído Farmacologia – Sabrinah Crovador 15 Pupila dilatada - midríase – aumento campo de visual e de luz Ativação do SNAP: Diminui frequência cardíaca o Cronotropismo Cronotrópico negativo - diminui frequência cardíaca o Inotropismo negativo Inotrópica negativo - diminui contratabilidade/força de contração Pressão arterial baixo Vasos - causa da vasodilatação Peristaltismo normal Esfíncteres relaxado Pupila contraída – miose Atividades glândulas: lagrima, saliva, muco, etc. TRANSMISSÃO DE IMPULSO NERVOSO Porque ocorre a troca de carga? É ela que promove a abertura de canal de cálcio, permitindo que as vesículas se fundam na membrana pré- sinaptica, liberando os neurotransmissores na fenda sináptica. Neurônio pré-ganglinar x neurônio pós ganglionar: SNAS e SNAP Acetil Neurônios pós ganglionar x celular alvo SNAP: Ach SNAS: catecolaminas o Noradrenalina o Adrenalina Neurotransmissores NANC serotonina e dopamina entre outros. Não adrenérgicos Não colinérgicos CATECOLAMINAS Biosintese catecolamina A tirosina é a precursora das catecolaminas Tirosina L - dopa dopamina L – norepinefrina L – epinefrina* *80% das catecolaminas Interrupção: Sistema de recaptação I Ex: Antidepressivos Sistema de recaptação II Degradação pela COMT (Catecol – o – metiltransferase) e Monoaminooxidades (MAO) *metabólitos resultantes: inativos rim receptores adrenergicos ou adrenoreceptores: Alfa 1, alfa 3, beta 1 e beta 2 ACETILCOLINA Biossíntese Ach Farmacologia – Sabrinah Crovador 16 Colina + coenzima A – quando elas se encontram, a coenzima A fornece o radical acetil para a colina formando acetilcolina – será armazenada dentro das vesículas sinápticas Interrupção É degrada na fenda sináptica por Hidrolise pela enzima acetilcolinesterase, quando tem a quebra dela tem formação de acido acético (outras funções das células) e colina (que se junta a coenzima A novamente) Degradação: recaptação Receptores colinérgicos ou colinorrecptores: Nicotínicos ou muscarínicos Nicotínicos: N1 ou Nm: junções neuromusculares N2 ou Nn: gânglios autônomos e SNC *resposta excitatória Muscarínicos: M1:gânglios autônomo, SNC e estomago M2: miocárdio e m. lisa M3: glândulas secretoras, m. lisa e SNC M4: glândulas secretoras, m.lisa, pulmão e SNC M5: glândulas salivares e olhos *excitatória AGONISTAS E ANTAGONISTAS COLINÉRGICO Parassimpaticomimético: é um fármaco que imita o parasimpatico Direta – são igual à acetilcolina, produzindo o mesmo efeito que ela Indireta Anticolinérgico – antagonista de acetilcolina FARMACOS COLINERGICOS DE AÇÃO DIRETA ALCALOIDES NATURAIS SINTETICOS: o Muscarina o Pilocarpina – mais importante o Arecolina ESTERES DE COLINA: tem a própria a acetilcolina o Acetilcolina o Carbacol o Betanecol Efeitos farmacológicos Musculaturalisa: o Relaxa esfíncteres o Aumenta Peristaltismo o Aumenta contração de bexiga o Aumenta contração de brônquios – broncoconstrição o Altas doses: hipermotilidade (diarreia) e espasmos náuseas, vômito, cólica e defecação. Glândulas – ativa produção de produto glandular HCL, saliva Cardiovascular o Vaso dilatação de vasos periféricos o Diminui FC – cronotrópico negativa o Diminui Contratilidade – inotrópico negativo SNC – não ultrapassar BHE e não agem em SNC – somente se fizer alta dose, e isso pode causar convulsão. Pilocarpina: 17 M e P – principalmente de muscarineo Ela faz miose, desloca corpo ciliar, fazendo uma acomodação nessa região, isso libera o ângulo, para que ocorra uma drenagem mais eficiente. Diminuição de Pressão intraocular (PIO) de 4 à 8h glaucoma – na veterinária é utilizada mais a forma tópica - humor aquoso, produzido pelo corpo ciliar e ele fica ligado a musculatura ciliar Evita fazer em animal que tem lesão de retina, porque pode ocorre o deslocamento de retina Idiopático = não sabe porque acontece “porque deus quis” A longo prazo pode promover tolerância Carbacol: Mesma função que a pilocarpina Somente em forma tópica – colírio Faz miose Glaucoma – é 2° opção, ele não é tão eficiente quanto a pilocarpina Betanecol Via oral Os principais receptores dele estão no TGI e em bexiga (peristal Se utiliza quando precisa a contração dessas estruturas Retenção fecal - Ílio paralitico – é comum em pós cirúrgico de cirurgias abdominais, para de movimentar o intestino / retenção por causa obstrutiva, pode ocorre o rompimento (explode), geralmente é cirurgico Urinária não obstrutiva – fêmeas que acabaram de ter filhotes, por causa da compressão do útero na bexiga. Efeitos colaterais: Normalmente o betanecol Cólica, eructações, diarreia. Aumenta secreção salivar e lacrimal Cuidar com: o Obstruções mecânicas o Pacientes asmáticos- pois já tem contrição, faz um fármaco que já mais broncocontrição, fazendo ele entrando em crise o Insuficiência cardíaca o Úlcera – aumenta peristaltismo, aumenta produção de acido clorídrico. o Gestante – por causa da contração, levando ao aborto. FARMACOS COLINERGICOS DE AÇÃO INDIRETA Age em acetilcolinesterase ou anticolinesterásicos (antagonista de colinesterase) organofosforados – se liga a ACH de forma irreversível - são tóxicos Carbamatos Carbamatos: Se liga a ACH de forma reversível Agentes de curta duraçao Possui efeito terapêutico Fisiostigmina: glaucoma – é um colírio, feito por via tópica para produz miose (3° opção) A longo prazo pode fazer uma opacidade do cristalino Neostigmina: Existe por VO e injetável Doença autoimune: Miastenia gravis – medicamento de eleição – bloqueia a acetilcolinesterase e aumenta a quantidade de acetilcolina. Reversão de BNM (bloqueador neuro muscular) – quando paralisa o diafragma, porque o respirador respira pelo paciente. Íleo paralitico Atonia de bexiga Organofosforados: é bem volátil – evapora no ambiente Inibição irreversível: o Inseticidas o Praguicidas o Produtos sanitários 18 o Anti-helminticos São Líquidos lipossolúveis Efeitos: Acúmulo de Ach Junção Neuromuscular: Aumenta contração muscular – fasciculação (Tudo contrai ao mesmo tempo) TGH: o Secreção (siallorreia) o Esfíncteres o m.lisa SR: o Brônquios o Secreção SCV: o Predomínio SNAP SNC: o Convulsão Olho: o Miose PARASSIMPATICOLÍTICOS Antídotos Antimuscarínicos naturais (utilizados no Brasil) e análogos sintéticos Antimuscarinicos naturais: Atropina – colírio para cólica Escopolamina o Escopolamina + dipirona o Normamelte utilizada por VO o Via injetável: SC ou IM, ou pode se utilizar por IV em bólus (alucinógeno) o Obtidos da planta beladona o tópica: colírio VO x VI x SC Efeitos farmacológicos SNC: o Atropina: causa excitação o Escopolamina: causa sonolência e fadiga - Em paciente com dor intensa, ela faz o efeito contrário que ela deveria ter (cavalo – cólica) SCV: Atropina: o FC o Reverte estímulo vagal e braquicardia o Impede vasodilatação – só impede que piore, não faz vasocontrição, não aumenta pressão TGI Escopolamina: o Antiepasmódicos o Diminui peristaltismo o Ótima para dor visceral Secreções: Atropina: o Secreção salivar diminui SR: Atropina: o Antagonismo casos de broncoconstrição – quando é por estimulo vagal Olho: Atropina: o Midríase Uso terapêutico Atropina: o Anestesia o Exames oftalmológicos o Cirurgias oftalmológicas 19 o Tratamentos oftalmológicos o Braquicardia o Intoxicação por colinérgicos ou anticolinesterásicos Escopolamina o Cólica o Cinetose Efeitos colaterais Ressecamento de boca deglutição Taquicardia – atropina Visão turva – atropina Intoxicação: paralisia generalizada e morte (difícil – tem que errar muito). - fisostigmina 2° BIMESTRE AGONISTAS E ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS Receptores – Todos os adrenérgicos são receptores de proteína G: Alfa 1 Musculatura lisa vascular – encontrado bastante em vaso Terá efeito excitatório – faz vasocontração Alfa 2 Musculatura lisa vascular - Pâncreas Normalmente em MLV tem efeito excitatório, faz vasocontrição. Em algumas áreas ele faz vasodilatação Quando tem ação no pâncreas, tem ação inibitória, inibe a produção e secreção de insulina: age em célula B – pancreática (todo fármaco que age no pâncreas é um hiperglicemiante) Beta 1 Coração Efeito excitatório – aumento da contração e frequência cardíaca – é um fármaco cronotrópico positivo e inotrópico positivo Beta 2 Musculatura lisa bronquiolar (pulmão) Efeito inibitório – faz broncodilatação Alguns fármacos se ligam a todos os receptores, e tem uns que se ligam seletivamente Receptor alfa tende ter uma resposta melhor do que a resposta de receptor beta Os A1 tem resposta melhor que A2 Os B1 tem resposta melhor que B2 Alguns fármacos dependendo da dose que se faz se liga em um receptor e não em outro: dopamina o Em dose terapêutica (baixa) tende se ligar ao receptor que é so dela: D fazendo vasodilatação, se aumentar (intermediaria) a dose age no receptor dela e no B1, aumentando mais a dose (alta) se liga ao A1 Resistência vascular: Quando usada em uma Dose baixa: atua em um tipo de vaso, na vasculatura renal, fazendo vasodilatação do vaso do rim. Dose intermediaria: B1 – aumenta frequência cardíaca, aumenta contração, aumenta a pressão, mais é muito pouco. Dose alta: A1 – faz vasocontrição sistêmica – aumenta pressão arterial – nessa dose é utilizada com vasopressor Simpaticomiméticos: Simpaticomiméticos de ação direta: atua diretamente nos receptores adrenérgicos Ação indireta: não se ligam nos receptores, mas aumenta o tempo dos neurotransmissores na fenda sináptica – ele inibe a recaptação dos neurotransmissores. FARMACOS SIMPATICOMIMÉTICOS DE AÇÃO DIRETA Catecolaminérgicos: na sua estrutura tem a molécula núcleo catecol Noradrenalina Adrenalina Dopamina Dobutamina – somente sintético, o corpo não produz ela Não são seletivos – agem em todos os receptores 20 Não catecolaminérgicos: não possui o núcleo catecol – são seletivos Agonista alfa 1 adrenergicos: o fenilefrina Agonistas A2 adrenergicos: o xilazina o Dexmedetomidina o Clonidina Agonistas B2 adrenergicos: o Salbutamol o Clembuterol NORADRENALINA: Age somente em A1, A2 e B1 (não age em receptor B2) A1 – faz vasocontrição – pressão arterial aumenta A2 – vasocontrição – aumenta pressão arterial B1 – cronotropismo e inotropismo positivo B2 – não age, então faz broncodilatação – mas não significa que ela faz broncoconstrição. É utilizada para situações de choque séptico (tende a ser mais utilizada) e hipotensão. Efeitos colaterais: Hipertensão Vasoconstrição Taquicardia: coração que bate rápido Arritmia: coração que bate rápido, fora de ritmo Bradiarritmia: coração que bate muito devagar, fora do ritmo Taquiarritmia ADRENALINA/EPINEFRINA Age em A1, A2, B1, B2 Ela muito mais eficiente que a noradrenalina – sempre maior o efeito B1 - É um inotrópico + e cronotrópico + A1 e A2 - Vasopressor mais potente – B2 – faz broncodilatação Faz contração em esfíncteres e relaxa vísceras Contração esplênica: existe uma víscera que é o baço, que faz contração esplênica – mediada pela adrenalina, ocorre quando você precisa de oxigênio. Pupila: dilata Aumenta glicemia: A2 – Inibe insulina Pode se utilizar em: Crise de asma (a nora não iria agir em B2) Choque anafilático Choque cardiogênico (ocorre quando o coração esta falhando) Parada cardíaca/assistolia (medicamento de eleição), É utilizada junto com anestesia local perto do vaso ela faz vasocontrição, deixando o medicamento mais tempo no local. Efeitos colaterais: Hipertensão Vasocontrição Taquicardia Arritmia DOPAMINA: D1 E D2: baixas doses B1: dose intermediaria A1: altas doses Receptor D1 fica na arteríola aferente – faz vasodilatação D2 também faz vasodilatação o Porque em geral tem mais D2 do que D1, ambos tem efeitos de vasodilatação, porem tem muito mais sangue saindo, piorando o estado do animal. 21 o Noradrenalina, epinefrina, doputamina: Não são feitas VO – não funcional o VI – pode ser feito por bollus, injeta toda dose de uma vez, ou seja, efeito colaterais serão intensos. o 2 minutos de Meia via: tempo que o fármaco leva para que metade dele saia da corrente sanguínea o Sempre é feito por infusão continua, só faz em bollus na parada cardíaca. DOBUTAMINA - + barata Age principalmente em B1 – faz cronotropismo e inotropismo + Efeitos pequenos em: B2 e A1 Dobutamina e dopamina são utilizada em: Choque cardiogênico: dose intermediária dopamina, que atinge coração. Insuficiência cardíaca: dobutamina e dopamina Insuficiência renal: Dobutamina Anestesia: Dobutamina e dopamina Efeitos colaterais da dobutamina Taquicardia taquiarritmia Dopamina: B1 e A1 – Taquicardia Taquiarritmia Hipertensão. FARMACOS NÃO CATECOLAMINÉRGICOS Agonistas A1 adrenérgicos Fenilefrina: A1 - vasocontrição Tópica: vasocontrição tópica – na forma nasal: Sorine (descongestionante nasal) Via oral Efeito colateral: Vasocontrição e hipertensão – por via oral Agonistas A2 adrenérgicos Fármaco Razão alfa-2-alfa-1 Xilazina 160:1 Detomidina 260:1 Romifidina 340:1 Medetomidina 1620:1 Dexmedetomidina 1620:1 XILAZINA/DEXMEDETOMIDINA: SNA: Age em A2 – principal efeito colateral é hipertensão SNC: causa sedação e analgesia visceral Efeitos farmacológicos A2: Hipertensão/hipotensão – xilazina tem efeito duplo Braquicardia: efeito compensatório – não é um problema (dex) Arritmia: bradiarritmia (xilazina) Vômito: principalmente o gato Agonistas B2 adrenérgicos – São utilizados como broncodiladores 22 Salbutamol: B2 e B1 Clembuterol: dopen em cavalo B2 Utilizados para: Asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) Parto prematuro – receptores B2 no útero – Efeitos colateral: taquicardia SIMPATICOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA Agem inibindo a recaptação dos neurotransmissores na fenda sináptica. Efedrina: A1 B1 Principal efeito: inibe recaptação de noradrenalina Utilizada para hipotensão Efeito colateral: hipertensão, taquiarritmia. Hipotensão: todos Insuficiência cardíaca : dobutamina, adrenalina, dopamina, noradrenalina Asma: sabultamol, clembuterol, adrenalina (ruim). Parto prematuro: clembuterol, sabultamol Choque cardiogenico: dobutamina, dopamina. Choque séptico: noradrenalia Choque anafilático: adrenalina Sedatico: dex, xilazina Rinite alérgica: Parada cardíaca: DPOC: Clembuterol Reação de fase 2: glutationa ANTAGONISTAS ADRENERGICOS Antagonistas alfa adrenérgicos: Alfa1 e alfa2 Alfa1: prazosina Alfa 2 o Loimbina o Atipamezol - Hipertensão/reversão - Antagonista beta adrenérgicos: - Propanolol: agonista de b1 e b2 - Atenolol: agonista de b1 - Carvedilol: ação mista – alfa 1 e b1 Uso terapêutico: Antagonistas beta adrenérgicos: Inotrópicos e cronotrópicos Ansiedade o Efeitos colaterais: Braquicardia, hipotensão, bradiarretmia, broncocontrição (cuidar quando o animal tem bronquite). ANESTÉSICOS INALATÓRIOS Fármacos que agem em sistema nervoso central, não tem transmissão de impulso nervoso. 23 É divido de 3 formas: Depressão total de SNC Depressão seletiva (agem em determinadas áreas) Promove estimulo de neurônios/SNC Fazem depressão total, inibe todo tipo de impulso nervoso Histórico: Explosivos e inflamáveis principalmente éter (atualmente é proibido) Irritantes as vias aeras Altas taxas de mortalidade Anestésicos injetáveis Anestésicos halógenos – são fármacos utilizados atualmente, são mais seguros (1950 na medicina). o 1° fármaco inalatório: oxido nitroso, promovia alucinação – Testado por um dentista. o 2° fármaco Éter – Willian Mortan (pai da anestesia) Propofol mais muito apneia – tem que saber como controlar. Conceitos: Anestésico geral obrigatoriamente ele tem que fazer hipnose = inconsciência. Analgesia = impede percepção de estimulo doloroso – geralmente se associa um analgésico, pro anestésico fazer analgesia tem que ser em dose alta, pode matar o animal Tem que ter ausência de resposta muscular/estimulo Tem que promover relaxamento muscular Classificação: Inorgânicos: o Oxido nitroso (droga de abuso) também conhecido com gás hilariante. Orgânicos: o Gasosos: ciclopropano, etileno (vem em cilindros) o Voláteis Halogenados: clorofórmio, halotano, isofluorano (vet - $100), desfluorano, sevofluorano (méd – mais caro $1000), enfluorano Não halógenos: éter Fármaco cinética: Adm pela via inalatória membrana alveolar capilares Artérias SNC Tecidos (fígado) Pulmões sangue venoso Rim Absorção: Pressão de vapor: alta – mais rápido o fármaco evapora Ponto de ebulição: baixa Interferências: Coeficiente de partição (solubilidade) o Sangue: gás o Óleos: gás Ventilação pulmonar DC: quantidade de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo em um minuto Biotransformação: Halotano: 20% a 40% é metabolizado pelo fígado – hepatite – passa por reação de fase I sofre oxidação metabolitos que podem ser reconhecidos pelo organismo com algo estranho, fazendo que seja liberado anticorpos por causa dele, fazendo lesão hepática hepatite Isofluorano: 0,2% Sevofluorano: 5% Enfluorano: 20% - 5% 24 Desfluorano: 1% Concentração alveolar mínima: Dose do anestésico inalatório 50% dos pacientes não apresentam resposta ao estimulo doloroso padrão Mecanismo de ação: Teoria da lipossolubilidade: lipídeos Teoria da adsorção: tensão superficial Teoria coloidal: coloides naturais Teoria da permeabilidade celular Teoria dos hidratos: cristais H20 Teoria bioquímica: 02 cerebral Teoria da expansão das membranas: conformação de proteínas de membrana SNC: Depressão central Metabolismo cerebral: isso x halotano Vasodilatação cerebral: halotano x isso SCV: PA: DC, RVS FC: PA, cronotrópico negativo Sensibilização do miocárdio á ação das catecolaminas Efeitos gerais: S. respiratório: fazem relaxamento de musculatura Sistema músculo esquelético Outros órgãos o Fígado o Rim o Hipertemia maligna Rianodina (tem que terfundo genético para isso) halotano/ isoflurano – não tem fármaco que trate, só trato os sintomas – noramalmente morre. Sevoflurano Acido fluorídrico nefrotoxico ANESTÉSICOS INJETÁVEIS Eles tendem ser bem semelhantes entre eles, existe uma classe em especifica que tem varias particularidades, que é estudada separada na literatura, os dissociativos. Uso terapêutico: Indução anestésica: para indução é preferível a injetável, é mais rápida e estressa menos o animal. (Inalatória é estressante por causa do odor, e a colocação em si). Manutenção: varia conforme o anestesista e individuo. o Se for de modo injetável: se mantém em bolús (uma vez só, puxa na seringa e adm) ou infusão anestésica = fluidoterapia. GRAFICO: Todo medicamento que eu faço alcança a concentração X no sangue, que é a concentração plasmática, ele precisa alcançar uma concentração tal, que vai produzir seu efeito benéfico. Ex: propofol para alcançar a concentração benéfica, precisa estar dentro da tarja cinza, toda infusão continua inicia com bolus. E depois vai mantendo a mesma concentração plasmática. A melhor forma é infusão continua, pois você o estabiliza, não deixando aprofundar demais, ou superficializar. Quando administro o propofol ele vai subir a concentração plasmática dele, ás vezes ele até passa a tarja ideal, mas depois ela diminui e começa a fazer a manutenção que não muda, porque estou fazendo uma infusão continua. A quantidade só varia quando eu dou a bolus inicial, depois ela se mantém a mesma concentração plasmática. Quando se utiliza em bolus, faz o bolus e muitas vezes ele passa da faixa ideal de concentração plasmática, porem ele começa a ser metabolizado, vai ser eliminado e a concentração começa a cair, até que passe da concentração ideal pra baixo da linha, nesse momento o animal começa a acordar, fazendo com que se faça mais um bolus/repique, de novo, aumenta concentração passando do ideal, passa o efeito, acorda, faz outro bolus e assim repetidamente. Ou seja, é muito melhor fazer infusão continua, pois estabiliza essa concentração, não deixando ele superficializar e nem aprofundar demais a anestesia. Pois toda vez que você esta a baixo ou acima da concentração ideal pode ter efeitos colaterais. TIVA: anestesia total intravenosa o Toda vez que faz uma indução anestésica somente com injetável e em infusão continua, é TIVA. 25 PIVA: anestesia parcial intravenosa o Mantém a anestesia tanto intravenosa e inalatória Pode se utilizar somente bolus em: Procedimentos cirúrgicos de curta duração – (ex: castração de macho). Exames diagnósticos Para se fazer TIVA precisa de aparelhos específicos – bomba de infusão. Classes que podem ser utilizadas como anestésicos injetáveis: Barbitúricos: são formados a partir do ácido barbitúrico Não barbitúricos: não são formados a partir do ácido barbitúrico o 1° classe: Compostos imidazólicos o 2° classe: Alquil-fenóis o 3° classe: Derivados da fenciclidina, mais conhecidos como dissociativos. BARBITÚRICOS Modificação hipnose: Derivados do acido barbitúricos, não possui propriedades farmacológicas, porém os cientistas ao manipular a estrutura molecular do acido barbitúrico, descobri-se que a nova estrutura formada possui efeito farmacológico. Conseguiram obter 20 moléculas que tem efeito clínico, e dentro das 20, 10 tem efeito anestésico geral/hipnose. De 4 a 8 átomos: para promover o efeito anestésico, tem que ter de 4 a 8 átomos ligados ao carbono 5; Menos de 4 átomos ligados ao carbono 5: tranquilizante ansiolítico. Ex: fernobarbital Mais de 8 átomos ligados ao carbono 5: normalmente promove excitação e não depressão do SNC Principal fármaco: 1° classe: Tiobarbituricos – tiopental – possui um átomo de enxofre no lugar de onde os oxidobarbitúricos tem o oxigênio (Faz com que tempo de inicio e duração sejam diferentes). o Inicio da ação: 15 a 30s para começar a agir e fazer efeito o Duração: 10 a 15 minutos, um único bolus 2° classe: Oxidobarbituricos – pentobarbital – tem oxigênio. o Inicio de ação: 30 a 60s para começar a agir e fazer efeito o Duração: 60 a 120 minutos, um único bolus. Mecanismo de ação: GABA: Agonismo de receptor GABA, que é ligado ao canal de cloro. Ativam esse receptor abrindo canal de cloro, tendo entrada de cloro no neurônio, fazendo que não ocorra impulso nervoso, causando depressão total do SNC. Ach: Diminuição da ligação da acetilcolina com os receptores na junção da placa motora Farmacocinética dos barbitúricos: Pode ser utilizado por VO (fernobarbital), IV (tiopental, pentobarbital) Se adm fora da veia, o pH é muito acido, faz necrose, é bem dolorosa. Efeito acumulativo: quando mais repiques/infusão continua mais ele se acumula em determinados tecidos, possui tropismo por tecido adiposo (faz deposito). Depois que começa a passar o efeito, faz as outras doses, cada vez se acumula mais medicamento, porém uma hora ele sai do tecido adiposo, voltando em uma grande quantidade, causando sobre dose, agindo no GABA, e agir novamente. Fazendo com que a recuperação seja muito longa. O tiopental não é bom em longos períodos, somente em cirurgia curta. São considerados fármacos ácidos fracos, sofrem alteração da solubilidade depende do Ph do meio. Não interfere em nada na absorção, pois você faz intravenosa. Acidose: diminui ligação Distribuição: o Hipoalbunemia: Ácidos fracos normalmente se ligam a albumina, tem que se avaliar se não esta em hipoalbunemia. o Acidose: diminui ligação Biotransformação: exigem transformação hepática Excreção: renal Local de ação é no SNC: dose dependente – quanto mais aumenta a dose, mais efeito terá. o Sedação, anestesia geral, depressão bulbar (coma). Tiopental é muito utilizado para eutanásia. o Centro termorregulador: mantém temperatura interno estável, o único jeito de aumentar a temperatura do animal, é acorda-lo. o Centro respiratório: depressão e apneia (parada respiratória) o Reduzem a Pressão Intracraniana (PIC) e consumo de 02 pelo cérebro – é um neuroprotetor SNC o FC e PA o Arritmias: sensibilização do miocárdio a ação das catecolaminas Gestantes: atravessa barreira placentária. Tiopental: Indução anestésica Barbitúricos não possui reversores, o melhor para ser utilizado é o tiopental, pois tempo de duração é menor, para se lidar com os efeitos colaterais. 26 Trauma craniano, tanto para anestesia, ou às vezes para manutenção. Convulsão não responsiva (crise epiléticas) Eutanásia: faz depressão bulbar em altas doses. NÃO BARBITURICOS Compostos imidazólicos: Etomidato: ele é o mais caro, não se utilizaza muito em grades animais, principalemte para cardiopatas Mecanismo de ação: o Se liga a receptor GABA. Farmacocinética: o Via: uso exclusivo intravenoso, se sai da veia não causa necrose, mas promove uma dor grande Distribuição: o Depende muito de proteína plasmática, albumina hipoalbunemia Biotransformação: o hepática Excreção: o renal Tempo de duração: o começa a agir em 15 a 30s, dura 10 a 15 minutos e um bolus Não possui efeito acumulativo Cortisol: o Faz supressão do Córtex da adrenal, fazendo parar de produzir cortisol SNC: faz depressão SCV: não promove qualquer efeito – por isso é muito indicado para cardiopa SR: deprime Grandes animais: custo, possui alguns efeitos colaterais que em grandes são mais drásticos: o Quando se induz pode-se fazer mioclonia (tiques), podendo virar uma convulsão, geralmente isso ocorre no pós-operatório. o Vômito: na recuperação, na indução começa a vomitar, podendo fazer pneumonia aspirativa o Dor: mesmo dentro da veia, é extremamente doloroso, obrigatoriamente tem que trabalhar com alguns fármacos juntos. Alquil-fenois: Propofol: óleo de soja, glicerol, fosfolipídeo de ovo – Único que tem que estar refrigerado. o Não se utilizao frasco depois de aberto, na veterinária: pode ser utilizar somente no dia, em outros pacientes. Mecanismo de ação: o Liga-se ao GABA o Canal de Cloro Farmacocinética: o Via: intravenosa Distribuição: o 98% se liga a albumina Biotransformação: o Hepática Eliminação: o Renal Tempo de duração: o indução 10 a 15s, duração 10 a 15m Não tem efeito acumulativo Não faz depressão da córtex da adrenal Felinos: metahemoglobinemia hipóxia SR: deprime SCV: o Diminui pressão artérias por Resistência Vascular Sistêmica, sem afetar FC. Muito utilizado em grandes animais. Muito utilizado para a TIVA NÃO BARBITÚRICOS Derivados da fenciclina ou dissociativos: Cetamina e tiletamina – cetamina normalmente na forma isolada, e tiletamina sempre vai estar associada ao zolazepan (nome comercial: zoletil ou telazol) – são os fármacos mais utilizados Via: IV, IM, SC – Apesar não existir a forma oral, pode pegar a injetável e fazer oral – porém tem que aumentar dose. - Se utiliza em animais silvestres (macacos), coloca a cetamina na contamina, facilitando para pegar. - Animais grandes pode fazer a medicação por intramuscular, com zarabatana/dardos. Analgesia (adjulvante) – Em doses baixas já conseguem promover analgesia. 27 - Cetamina: Analgesia somente, pele músculo e osso (não pega víscera), é uma analgesia leve, ex: para uma castração não é suficiente. - Utiliza ela muito mais na forma analgésica, sendo um adjvulvante/associada. - Cetamina é utiliza como droga abuso, porém tem que ser cristalizada. CETAMINA o Tem dois tipos: a veterinária e a humana o Toda cetamina é formado por uma molécula que contém dois isômeros, positivo e negativo. Tanto isômero positovo quanto negativo possui as propriedades analgésicas, e também os efeitos colaterais. o O isômero positivo é mais responsável pelos efeitos positivos. O negativo aos efeitos colaterais. o As formulações veterinárias, são formados pelos dois isômeros. o A formulação humana, só possui o isômero negativo, sendo a melhor formulação, pois tem menos efeitos colaterais que a veterinária. Mecanismo de ação: o Derivados da fenciclidina – se ligam a receptor gaba, inibem impulso nervoso, por conta da entrada de cloro. o Faz inibição da recaptação de catecolamina – adrenalina e noradrenalina – aumenta frequência cardíaca (aumenta consumo de oxigênio) e pressão arterial o Bloqueiam receptores do tipo NMDA (N-Metil D-aspartato) – promove analgesia. o Se ligam aos receptores opioides: Se liga ao receptor sigma, responsável pelos efeitos colaterais hipertonicidade (rigidez) muscular, alucinações e convulsões. Dose analgesia: meio miligrama por kilo. Dose anestésica: 20 miligrama por kilo. o Não possui efeito acumulativo – o Biotransormação hepática o metabólico resultando ainda tem atividade, fazendo que o animal demore para acordar. o Eliminação: renal SNC: SCV: - aumenta PA, aumenta FC SNC: - aumenta PIC o Pode se utilizar em todas as espécies; o Ela é barata (formulação veterinária) o Vias de administração: IV, IM, SC, VO o Margem de segurança é grande – se errar a dose, dificilmente você irá matar o “animal”. o Dificilmente faz apneia – muito utilizada em grandes animais, em cirurgias a campo. o Mantém os reflexos protetores (normal ele piscar), midríase (dilatação da pupila) o Rigidez muscular: sempre associa com relaxantes – O diazepan é um benzodiazepínico que é um relaxante. Cetamina + xilazina – não é recomendado o Sialorreia – baba bastante no pós operatório, a xilazina também faz isso. o Movimentos involuntários – pode acontecer, porém é raro, na duvida melhora a analgesia. o Recuperação: excitação, alucinações e delírios . ANESTESICOS LOCAIS Faz depressão nervosa local/regional São considerados agentes que bloqueia reversivelmente a condução nervosa Promove o bloqueio da sensibilidade (bloquei motor também) x porém está com consciência Estrutura química: São compostas por três estruturas: o Anel aromático lipofílico – não tem alteração se solubilidade o Cadeia intermediaria: obrigatoriamente tem que ter 4 a 5 átomos – se tiver mais ou menos não tem efeito analgésico. Depende qual o tipo da cadeia intermediaria, pode ser: - Ésteres: cocaína, procaína, benzocaína, tetracaína – são hidrolisados/metabolizados rapidamente no plasma sanguíneo pelas enzimas esterases plasmáticas. - Amidas: Lidocaina, bupivacaína, Levobupivacaína, ropivacaína - sofrem metabolização hepática, por hidrolise, pela enzimas esterases hepáticas. Dura mais. o Grupamento hidrofílico: amina terciária – porção ionizada, sofre ação do PH do meio, podendo ficar mais ou menos lipossolúvel. Mecanismo de ação: o Grupo amina: porção ionizável - pH o São bases fracas o Potencial de ação menor, condução nervosa * Os anestésicos locais precisam ser diluídos, a indústria os dilui em sais de acido forte, que é chamado de cloridrato. *Dentro do frasco ele esta na forma hidrossolúvel (O veiculo é hidrossolúvel, o fármaco continua lipossolúvel), quando faz esse medicamento na região, deixa o ph da região baixo, acidificando a região, causando lesão de membrana das células que estão ali, causando dor, o organismo imediatamente aciona sistema compensatório, acionando tampões para aumentar o Ph, o bicarbonato, até chegar o PH normal da região, fazendo com que o fármaco fico lipossolúvel. Ficando lipossolúvel, ele consegue passar ultrapassa a membrana celular do neurônio, e dentro dele é acido, deixando hidrossolúvel, pra se ligar ao de sódio que está no neurônio ele precisa ficar hidrossolúvel, bloqueando o canal de sódio, não deixando ter impulso nervoso. *Anestésico local em processo inflamatório não funciona. 28 Propriedades: Porção/Grau de ionização: interfere no inicio de ação – no período de latência, tempo que leva para agir. o Lidocaína – Pka: 7.7 – Significa que 50% hidro, 50 lipo – quando aplica em ph de 7.4, fica com mais moléculas lipossolúvel. Lidocaína fica lipossolúvel mais rápido, agindo mais rapidamente. Inicio de ação é mais rápido: em 1m já tem anestesia local. Dura: 1 hora o Bupivacaína – Pka: 8.1 7.4 – demora mais para chegar ao pH 7.4 – inicio de ação: 20 a 30 minutos. Dura: 4 horas. Farmacocinética: Absorção: o Lipossolubilidade x quantidade e fluxo sanguíneo o Vasoconstritor Distribuição o Dose toxica – dose alta/ errada causa toxicidade. Biotransformação: Ester: hidrolise por esterares plasmáticas Amida: hidrolise no fígado A bupivacaína precisa fazer conjugação com acido glicurônico proble,as em gatos Eliminação: renal Uso: Anestesia local/regional (procedimentos) Anestesia tópica: spray( intutubação em gatos), pomada, colírio. Anestesia por infiltração: ID, SC, IM Anestésica peridural – Ao redor do nervo, nunca aplica dentro do nervo. Anestesia do neuro-eixo – anestesia realizada na medula Anestesia intra-articular – dentro da articulação Utilizado para: Alivio de dores intensas Diagnostico – muito utilizado em equinos, em claudicação, utilizada em parte, quando acertar ele para de claudicar. Antiarrítmico – A lidocaína pode ser utilizada com antiarrítmico, porém obrigatoriamente tem que ser utilizada pela via intravenosa, em taquicardia (acelerado e arritmia). Associações: Epinefrina Bicarbonato de sódio Efeitos colaterias: SNC: dormência, torpor, tremores, musculares, inconsciência, convulsão, coma e apneia. SCV: Menor taxa de condução e contração, bupivacaína (tem mais efeito tóxico) PRINCIPAIS ANESTÉSICOS LOCAIS Cloridrato de tetracaína o Tópica o Dose toxica;. 1 mg/kg Cloridrato de lidocaína o Inicio de ação: 1 a 3 minutos o Tempo de duração: 60 a 120 minutos o Efeito antiarrítmico – por via intravenosa não tem efeito de anestésico o Dose tóxica: 7mg/kg (Só lidocaína) e 9mg/kg (se for com vasoconstritor: epinefrina)
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