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Sistema Gastrointestinal
 O sistema digestório é responsável por várias funções como
preensão, mastigação, deglutição e decomposição do
alimento até a degradação enzimática pelo organismo ou por
microrganismos simbiontes, posterior absorção e
eliminação do material que não foi aproveitado.
 Embora os produtos de degradação enzimática sejam
semelhantes, os processos digestivos variam entre as
espécies. Basta comparar o sistema digestório de um
monogástrico com um poligástrico ou de um carnívoro com
um herbívoro. Portanto, aspectos comparativos sobre
fisiologia do sistema digestório das diferentes espécies
animais são essenciais para o uso racional de medicamentos
que interfiram nas funções gastrintestinais.
Rúmen ➜ fermentação microbiana e maceração 
Retículo ➜ separação dos alimentos
Omaso ➜ absorção de água, minerais e maceração
Abomaso ➜ digestão química
Ceco ➜ primeira câmara fermentativa, quebra celulose 
Cólon ➜ segunda câmara, absorção de água 
Estimulantes do Apetite
Há dois mecanismos reguladores da ingestão de alimentos. 
A longo prazo ➜ que regula o estoque de nutriente,
impedindo que se tornem muito baixos ou elevados;
A curto prazo ➜ responsável pela ingestão de alimento,
regulando a fome. (Esta resposta é mediada pelo hipotálamo,
onde se localiza o centro da saciedade e centro da fome).
Eduarda Riboli - Medicina Veterinária
Orexígenos
 Os primeiros medicamentos usados como orexígenos foram
os amargos. Antigamente acreditavam que essas substâncias
em contato com as papilas gustativas da boca, estimulavam a
produção de saliva, ocorrendo o efeito do apetite
 Os amargos foram utilizados como estimulantes em bovinos e
equinos, porém em cães e gatos não há estimulação do apetite
porque esses animais evitam sabor amargo.
 Uma forma natural de estimular o apetite é oferecer alimentos
palatáveis em pouca quantidade e maior frequência. Como
forrageiras tenras para herbívoros e carne crua para carnívoros.
 Utilizados atualmente:
Substâncias ácidas ➜ ácido cítrico
Vitaminas do complexo B ➜ manutenção do apetite
Esteroides anabolizantes ➜ aumenta retenção do nitrogênio
fornecido pela alimentação
Zinco ➜ necessário para a acuidade do paladar, já que, a
inapetência é uma característica da deficiência de zinco
Anti-histamínico ➜ buclizina e ciproheptadina (recomendada
para cães e gatos10 a 20 min antes da alimentação)
Demulcentes, protetores de Mucosa, Emolientes,
Adsorventes e Adstringentes
Há controvérsia quanto ao uso dos termos demulcente, protetor
de mucosa e emoliente. Muitas vezes demulcente e protetor de
mucosa são usados como sinônimos, referindo -se a
medicamentos empregados para lubrificar, proteger ou aliviar a
irritação da mucosa do trato gastrintestinal.
Demulcentes
São substâncias de alto peso molecular cujos efeitos se fazem
nas primeiras porções (da boca até o estômago) 
Protetores de Mucosa
Produz barreira sobre a mucosa gástrica, estimulando a
produção de prostaglandinas (responsável pelo aumento de
muco). Útil para prevenção de úlcera gástrica, produzida pelo
uso de AINES.
Ex: Sucralfato: Sucralfilm
Emolientes
Substâncias gordurosas ou oleosas utilizadas em geral sobre a
pele e, eventualmente, em membranas mucosas. Óleo mineral:
uso tópico (VR). Lubrificar fezes. Fecaloma (fecólitos)
Adsorventes
 Substâncias que por meio de força eletrostática atrai toxinas
fixando sobre sua superfície. 
Ex: carvão ativado
 Outra substancia menos eficiente que é é o Trissilicato de
Alumínio que além de adsorvente, apresenta também efeito
antiácido estomacal.
Carminativos, Antifiséticos, Antiflatulentos e
Antiespumantes
São medicamentos que facilitam a eliminação de gases
contidos no sistema digestório ou dificultam a formação de
espuma nos líquidos digestivos que aprisiona os gases no
seu interior.
Antiespumantes
 Os antiespumantes são medicamentos que, em pequenas
quantidades, alteram a tensão superficial dos líquidos
digestivos, impedindo a formação de bolhas ou rompendo as
já formadas; assim, favorecem a eliminação de gases do
sistema digestório por meio das eructações ou dos flatos.
Ex: Silicone (Ruminol): Ruminantes
 Acetil tributil acetato (Blo-trol): Ruminantes
 Simeticone/dimeticona: pets, grandes
 São usados no combate do timpanismo espumoso dos
bovinos. No processo de fermentação da celulose no rúmen,
há formação de gás. No timpanismo espumoso o gás está
aprisionado dentro de bolhas e não é liberado. 
 Nesta situação há necessidade do antiespumante, que pode
ser administrado diretamente no rúmen, por meio da sonda.
Antizimóticos ou Antifermentativos 
 Medicamentos que previnem ou diminuem a fermentação
excessiva da celulose que ocorre no rúmen (levando ao
timpanismo dos ruminantes) ou no cólon (cólica timpânica
dos equinos). 
Ex: Óleo de terebintina
 Formalina
 Antimicrobianos de TGI
 Óleo de Linhaça
 Éter
 Álcool 
Em bovinos, 15 a 30 ml de terebintina misturada em 300 a
600 ml de óleo de linhaça administrados por sonda estomacal
ou diretamente no rúmen por trocarte. Em ovinos e caprinos
empregam -se 4 a 8 ml em 60 a 300 ml de óleo de linhaça.
Eduarda Riboli - Medicina Veterinária
Pró-Cinéticos
 Medicamentos que têm a capacidade de estimular, coordenar e
restaurar a motilidade gástrica, pilórica e do intestino delgado.
 As possibilidades de modular a motilidade do sistema digestório
se ampliam bastante. Ou seja, várias substâncias químicas são
capazes de imitar ou antagonizar os efeitos dos transmissores
endógenos. 
 As principais substâncias envolvem efeitos: colinérgicos
Muscarinicos, antidopaminérgicos e serotoninérgicos.
 Ex: Metoclopramida - seu efeito sobre a motilidade é pela 
atuação em vários receptores, o mais importante é Antagonista
dopaminérgico. Precauções: cólicas espasmódicas. Equinos
excitação SNC, alteração comportamento. 
 Domperidona - antidopaminérgicos, menos efeitos centrais.
Não faz liberação colinérgica
 Betanecol (Liberan) - Atua em receptores muscarínicos no
TGI e vísceras
 Carbacol (Colentim) - Receptores muscarínicos e nicotínicos 
principalmente em gânglios autônomos
 Pilocarpina - Agonista muscarínico. Extraída do jaborandi.
Potente parassimpaticomimético. Rápida ação vagal. Aumenta
peristaltismo. Hipersecreção digestiva. Colírio, secreção ocular,
salivar
Antiácidos 
 São medicamentos que aumentam o pH gástrico, neutralizando
o ácido clorídrico liberado pelas células do estômago. 
 O principal uso dos antiácidos é no tratamento e na prevenção
da acidose ruminal (também chamada de indigestão aguda por
carboidratos em ruminantes, sobrecarga aguda por grãos,
impactação ruminal aguda, sobrecarga ruminal, acidose láctica)
provocada pela sobrecarga de grãos.
 Sistêmicos ➜ Bicarbonato de sódio (exerce função em todo
organismo)
 Não sistêmicos ➜ Agem somente no estômago
Ex: Trissilicato de Mg e Hidróxido de Al
 Efeito demulcente e adsorvente
 Mg (efeito laxante)
 Ca (ruim)
 Al (constipante) - Especialidades farmacêuticas associam
vários ativos para ter efeitos colaterais reduzidos
Bloqueadores da secreção de HCL
 Para entender o mecanismo de ação desses fármacos é
importante lembrar que: o controle desta secreção é realizado
pela acetilcolina (via nervo vago) que age em receptores
muscarínicos, e pela gastrina nas quais ambas liberam
histamina e ela libera HCl. O HCl controla parcialmente sua
liberação pela retroalimentação negativa sobre a gastrina. 
 São bloqueadores da secreção de HCl ou de seus efeitos:
Antagonistas muscarínicos do tipo M1: pirenzepina e a
telenzepina, estão em desuso porque reduzem em 40/50% a
secreção basal de HCl e retardam o esvaziamento gástrico, e
ainda causam efeito colaterais tradicionais de bloqueio dos
receptores muscarínicos: boca seca, dificuldade visual,
constipação intestinal.
Antagonistas histaminérgicos do tipo H2: cimetidina,
ranitidina, famotidina e nizatidina. Cimetidinatem efeito
colateral. Estes medicamentos são bem absorvidos por via
oral e eliminados via urina principalmente.
Inibidor da bomba gástrica de HCl: omeprazol, loprazol,
equiprazol, lansoprazol. Seu poder é bloquear
reversivelmente a bomba que está nas células parietais, as
quais são responsáveis por secretar HCl.
Eduarda Riboli - Medicina Veterinária

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