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CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
	SEMESTRE: 2020.1
	DISCIPLINA: TEORIA DA CONTABILIDADE
	CICLO/MODULO: 3º PERÍODO
	PROFESSOR: 
Identificação
	Nome do aluno: 
	Assinatura: 
Fichamento Patrimônio Líquido
Definição de patrimônio líquido
A palavra patrimônio tem sua origem na língua latina, da palavra patrimonìum,ìi (bens, posses, haveres), cujo antecedente é o termo pater (século XIII), referente a “pai”. Nesse sentido, pois, patrimônio está́ associado à paternidade de uma entidade. A expressão patrimônio líquido tem sido usada na língua portuguesa de forma ambígua para expressar a “participação dos proprietários”.
O Iasb, em sua estrutura conceitual, define o patrimônio líquido como o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzir todos os seus passivos. A Estrutura Conceitual da CVM e do CPC segue na mesma direção, ao definir patrimônio líquido como “valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos”. O fato de a definição do patrimônio depender de outras duas definições gera um problema prático. Se um determinado item não se enquadrar na definição de passivo, teremos que, por exclusão, considerá-lo como parte do patrimônio líquido. Em outras palavras, quando analisado sob a otica de origem de recursos, ou é próprio (patrimônio líquido) ou não é próprio (passivo ou de terceiros). Pela definição adotada de patrimônio líquido como sendo um valor obtido pela diferença do ativo e do passivo, a questão da mensuração e reconhecimento está também condicionada a mensuração e reconhecimento do ativo e do passivo. Entretanto, a questão da manutenção do capital é um aspecto relevante na discussão sobre o patrimônio líquido, que será́ tratado a seguir.
Manutenção do capital
Existem dois conceitos de capital que podem ser adotados por uma entidade: o capital físico e o capital financeiro. O capital financeiro refere-se ao recurso monetário que foi investido na entidade. Já́ o capital físico está vinculado à capacidade produtiva da entidade. Segundo a Estrutura Conceitual do CPC, a escolha de qual conceito de capital será́ adotado por uma entidade depende do usuário e de suas necessidades. Quando o usuário estiver interessado na manutenção do capital nominal in- vestido ou no seu poder de compra, a escolha será́ o capital financeiro. Caso a preocupação seja a capacidade operacional da entidade, o conceito de capital físico será́ a alternativa escolhida. A escolha do conceito de capital termina por afetar a meta que a entidade deverá atingir no seu resultado. A partir dos conceitos de capital apresentados anteriormente, é possível determinar que uma entidade está́ preocupada com a manutenção do seu capital financeiro ou do seu capital físico.
A busca pela manutenção do capital financeiro significa que a entidade só́ terá́ lucro se o montante financeiro de ativos líquidos no final do período for maior que o do início, depois de excluídos os aportes de capital e as distribuições aos proprietários. Já́ a manutenção do capital físico significa que haverá́ lucro somente se a capacidade física produtiva da entidade no final do período for maior que a capacidade do início, também depois de excluídos as distribuições e aportes de capital. A escolha de um dos conceitos de manutenção de capital tem influência na mensuração do resultado. Assim, a manutenção do capital físico tem como base a adoção do custo corrente para avaliação. Na verdade, conforme define a Estrutura Conceitual da CVM e do CPC, a diferença dos conceitos “está no tratamento dos efeitos das mudanças nos preços dos ativos e passivos da entidade.”
Teorias do patrimônio líquido
As teorias do patrimônio líquido influenciam os procedimentos contábeis, sendo uma referência para a apresentação das demonstrações financeiras. Isso ocorre devido ao fato de que cada teoria interpreta a posição econômica de uma entidade de maneira diferente, interferindo na sua evidenciação.
Na realidade, a discussão sobre as teorias do patrimônio líquido apresenta como pressuposto implícito a necessidade de optar por uma das teorias. Isso garantiria uma consistência na apresentação das demonstrações contábeis. Entretanto, a existência de diferentes usuários, com diferentes interesses, torna difícil imaginar que a consistência venha a acontecer. Assim, nos dias de hoje, a discussão das teorias do patrimônio líquido que receberam grande atenção no passado torna-se secundária em decorrência do direcionamento das pesquisas contábeis para área empírica.
Teoria do proprietário
A teoria do proprietário foca a atenção na figura do proprietário, sendo este o referencial dos conceitos e procedimentos contábeis (das regras) utilizados. Segundo esta teoria, a entidade existe para satisfazer aos objetivos e necessidades do dono, razão pela qual a principal finalidade da Contabilidade é a determinação da riqueza líquida do proprietário. Os passivos apurados pela Contabilidade representam, pois, obrigações do dono, de modo que é comum afirmar-se que a equação contábil, sob a ótica da teoria do proprietário, é dada por: Patrimônio líquido = Ativo – Passivo.
Apesar da discussão sobre as teorias do patrimônio muitas vezes induzir a discussões vagas e meramente teóricas, é importante destacar que a validade ou não da teoria do proprietário possui efeitos importantes sobre a própria movimentação financeira; em especial, sobre o tratamento tributário dos dividendos. Na teoria do proprietário, o dividendo é distribuição de resultado, e não despesa, enquanto os juros devem ser considerados como despesas financeiras, sendo redutoras do resultado de cada período. A tributação do lucro através do Imposto de Renda é considerada, nesta teoria, uma imposição fiscal sobre o resultado residual do dono. Desse modo, quando a Receita Federal decide também tributar os dividendos que são distribuídos, existiria uma dupla tributação sobre o mesmo fato gerador: o resultado do proprietário.
A teoria do proprietário refere-se a uma visão de Contabilidade desenvolvida no momento em que a economia era composta por pequenos negócios, tornando-se inadequada com o advento da grande corporação. É nesse contexto que surge a teoria da entidade.
Teoria da entidade
De acordo com a teoria da entidade, a entidade tem uma vida distinta das atividades e dos interesses pessoais dos proprietários de parcelas de seu capital. A entidade tem personalidade própria. A avaliação dos direitos dos credores pode ser determinada separada ou independentemente de outras avaliações, se a empresa estiver com bom grau de solvência.
O patrimônio líquido deixa, então, de ser considerado o centro da contabilidade para ser mais uma fonte de recursos para o ativo; e, em linhas gerais, essa teoria prega que o centro de interesse da Contabilidade deve ser a entidade; a visão é, pois, a de que a entidade deve ser representada pela igualdade entre o ativo e as obrigações: Ativo = Obrigações
Apesar de estar subentendido que “obrigações” corresponde ao passivo e ao patrimônio líquido, a teoria da entidade considera que tanto os acionistas como os financiadores contribuem com recursos para a entidade, devendo a mesma ser separada dos interesses dessas pessoas; e, nesse caso, o passivo representa uma obrigação da entidade. Assim, para a teoria da entidade não interessa, a rigor, a distinção entre dívida com terceiros e patrimônio líquido; razão pela qual as receitas são consideradas como da entidade, sendo compensação para os serviços prestados pela empresa, enquanto as despesas representam redução da receita. Ao contrário da teoria do proprietário, a teoria da entidade considera os juros de um empréstimo como sendo distribuição do capital. Sob essa ótica, a demonstração do resultado deveria focar o lucro operacional, que corresponderia ao resultado da entidade, sendo qualquer lucro obtido considerado como da entidade, até́ ser distribuído como dividendo.
É importante destacar que a teoria da entidade vai além do princípio da entidade, referente à separação dos negócios destaem relação aos negócios do proprietário, pois se um proprietário mantém sua conta bancária separada da conta da empresa isso não significa que o mesmo terá́ a visão da teoria da entidade.A teoria da entidade foi, portanto, proposta para refletir a realidade econômica e não os aspectos legais. Neste sentido, o lucro passa a ser, nesta teoria, uma medida de eficiência gerencial, podendo ser um indicativo dos lucros futuros. Apesar de parecer mais razoável a teoria da entidade, é importante salientar que existem restrições a essa teoria. Inicialmente, voltemos ao que foi discutido na introdução do capítulo, onde mostramos que a entidade não existe de forma objetiva, sendo uma suposição. Outro aspecto é que temos dificuldades de aplicar o ponto de vista da entidade. Na Contabilidade gerencial, por exemplo, deixamos de lado a entidade como um todo e focamos no centro de custos ou nos processos que interessam à administração interna.
Outras teorias do patrimônio
Além das teorias do proprietário e da entidade, quatro outras mereceram certo destaque na literatura: as teorias do fundo, do comandante, do empreendimento e a teoria residual. Na teoria do fundo, proposta por William Vatter, a base da Contabilidade deixa de ser o proprietário ou a entidade, para considerar um grupo de ativos e suas obrigações relacionadas. Por essa razão, esta teoria é centrada no ativo, uma vez que está focada na gestão e no uso apropriado dos ativos. Um fundo é, pois, considerado um grupo homogêneo dentro da organização, que possui obrigações que lhe são específicas. Essas obrigações, por sua vez, podem ser com terceiros (passivo) ou com o capital próprio.
Composição do patrimônio líquido
As transações do patrimônio líquido podem ser de dois tipos: transações de capital e transações relacionadas com o lucro. No primeiro caso temos o aporte de capital e a distribuição de resultados. O segundo está relacionado com as informações da demonstração de apuração do resultado da entidade. Considerando, numa determinada situação hipotética, a inexistência de
 transações de capital, a variação do patrimônio líquido deveria corresponder ao somatório das receitas menos o total das despesas.
Apesar de o patrimônio líquido estar definido em função do ativo e do passivo, é importante, para o usuário, conhecer o detalhamento deste grupo. Uma das razões é que o detalhamento do patrimônio líquido pode indicar a existência de restrição sobre a capacidade de distribuir seu resultados para os acionistas. Além disto, a evidenciação do patrimônio líquido deve informar a existência de direitos diferentes entre os financiadores da entidade. A existência de reservas é, em alguns casos, decorrente de uma obrigação legal para proteger os credores de eventuais prejuízos, podendo também ser originaria de concessões tributárias do governo. Tanto a existência destas reservas, quanto o seu valor, podem ser informações importantes para os usuários. A destinação de recursos para reservas, através dos lucros acumulados, não correspondem a despesas. Neste caso, não existe efeito sobre o valor total do patrimônio líquido. Assim, a legislação brasileira admite que o patrimônio líquido é composto pelo capital social, as reservas de capital, os ajustes de avaliação patrimonial, as reservas de lucros, as ações em tesouraria e os prejuízos acumulados. Anteriormente existia o grupo Resultados de Exercícios Futuros.

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