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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE DELITO DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS DO ESTADO DO ACRE. Autos nº. 0002658-29.2019.8.01.0001. MANOEL DE JESUS RODRIGUES DA SILVA, vulgo “ GG”, JOSÉ DA CRUZ DA SILVA E SILVA, VALDICO NORUEGA DO ESPÍRITO SANTO, ELISSON RODRIGUES DIAS, ROBÉRIO OLIVEIRA DA SILVA (ROBÉRIO OLIVEIRA OLIVEIRA), vulgo “ESCOBAR”, JOÃO PAULO FERREIRA DE CASTRO, MARIA CELIANE SOUZA DA SILVA E SALATIEL MARINHO GUIMARÃES, ALYSON BRASIL PEREIRA, já devidamente qualificados nos autos em epigrafe, por meio de seu advogado que está subscreve, vem à presença de Vossa Excelência com fulcro no artigo 600, do Código de Processo Penal, apresentar CONTRARRAZÕES, ao RECURSO DE APELAÇÃO, interposto pelo Ministério Público do Estado do Acre.. Requer ainda, que, após o regular processamento e recebimento das CONTRARRAZÕES, os autos seja encaminhado ao c. Tribunal de Justiça do Estado do Acre, para o seu posterior conhecimento e ulterior desprovimento. Termos em que, Pede deferimento. Rio Branco-Acre, 17 de maio de 2019. RIBAMAR DE SOUSA FEITOZA JÚNIOR ADVOGADO OAB/AC 4119. P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2572 CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO. APELANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE. APELADO: MANOEL DE JESUS RODRIGUES DA SILVA. APELADO: JOSÉ DA CRUZ DA SILVA E SILVA. APELADO: VALDICO NORUEGA DO ESPÍRITO SANTO. APELADO: ELISSON RODRIGUES DIAS. APELADO: ROBÉRIO OLIVEIRA DA SILVA. APELADO: JOÃO PAULO FERREIRA DE CASTRO. APELADO: SALATIEL MARINHO GUIMARÃES. APELADO: MARIA CELIANE SOUZA DA SILVA. APELADO: ALISSON BRASIL PEREIRA. PROCESSO Nº. 0002658292019.8.01.0001. Egrégio Tribunal de Justiça; Colenda Câmara; Ínclitos Desembargadores; Douta Procuradoria de Justiça. Em que pese as razões recursais do Parquet Estadual, a mesma não merece prosperar, uma vez que a pena aplicada aos apelados, já foram por demais desproporcional, vez que trata-se apenas de integrantes de organizações criminosas e não de lideranças como quer fazer crer, sem provas o Ministério Público, devendo o presente recurso ser improvido. P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2573 I-DO RESUMO DOS AUTOS. Os apelados foram denunciados, pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE, com base nos Inquéritos Policiais n.º. 03/2018 e 05/2018, da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado de Polícia Civil de Rio Branco/Acre - DECCO, ofereceu denúncia em desfavor de AIRTON DE ALMEIDA BENEVIDES ("BNL ou BM");ÁLVARO DA SILVA BATISTA ("IMORTAL"); ALYSSON BRASIL PEREIRA("MATEUS"); ANTONIO ALEX SILVA DE LIMA ("VINGADOR"); ARILSON PEREIRADA ROCHA ("LATREL"); CARLOS CESAR GOMES ("TREVA"); CARLOS DANIELFERREIRA BARBOSA ("MORTE LENTA"); DANIEL GADELHA BENLOLO ("MEIOLOCO"); DHEIMESSON DE CASTRO PEREIRA (MUTANTE); DOUGLAS PINHEIRO DE MELO ("LIMÃOZINHO"); ELISSON RODRIGUES DIAS ("TRITURADOR"); FRANCIMAR BRAGA DA SILVA, ("CAVEIRINHA ou DIABOLOIRO"); FRANCISCO ELISANILDO DA SILVA OLIVEIRA ("MENOR"); FRANCISCO NUNES UMBATO ("CONE/LEITO"); FRANCISCO VALDEMIR DASILVA ALMEIDA, ("SANGUE BOM"); GABRIEL MONTEIRO MOREIRA ("PLAYBOY"); GENILSON DOS SANTOS DA SILVA ("MENINO DA FAVELA"); HERNANDES ALVES ("HK"); HIGOR SANTOS LEÃO ("ANJO DA NOITE"); IGORFÉLIX SILVA ("MENOR ou SAMURAI ou BRINQUEDO QUE MATA"); ISAAC DEABREU SOUZA ("EMERGÊNCIA"); ISAIAS BRANDÃO DE SOUZA ("MATADOR"); ISMAEL CARLOS SANTOS DE LIMA DO NASCIMENTO ("LOBO SOLITÁRIO"); JOÃO PAULO FERREIRA DE CASTRO ("DIAMANTE"); JODEILSON SALES SOUZA ("AMARELIN"); JOSÉ AILSON SOUZA CASTRO ("PALÁCIO"); JOSÉ AILSON SOUZA CASTRO ("PALÁCIO"); JOSE DA CRUZ DA SILVA E SILVA("R15/ARIEL"); JOSÉ FERNANDO BATISTA DA SILVA ("ANJO DA GUARDA"); JOSÉ SANDRO MONTEIRO PIMENTEL ("ADRENALINA"); KÁSSIA GERÔNIMODA ROCHA ("CLARINHA"); MANOEL DE JESUS RODRIGUES DA SILVA ("GG"); MARIA CELIA FERREIRA DE SOUZA ("PERIGOSA"); NADSON FIGUEIREDO DE SOUZA ("APOLION"); NILBERTO P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2574 NASCIMETNO SANCHES ("KAMICASE"); QUÊNIDO DOS SANTOS SILVA ("SOLUÇÃO"); RAIMUNDO CASTRO DO NASCIMENTO ("PINGO/BAIXINHO DA FRONTEIRA); RAIMUNDO JORGE SOARES ("TORETO"); RAYLANDO DE MELO FERREIRA ("PEQUENINHO"); ROBÉRIO OLIVEIRA DE OLIVEIRA ("ESCOBAR"); ROMÁRIO DIOGO DE MOURA, ("TRAFICANTE"); RUBÉNS MENDES BARBOSA ("FUMAÇA"); SALATIEL MARINHO GUIMARÃES ("PLAYBOY"); SANDESON COELHO DO NASCIMENTO ("JUH/DEMÔNIO BRANCO"); SAULO MUNIZ DE PAULA ("CAVALEIRO DAS SOMBRAS"); SEBASTIÃO IGNACIO DOS SANTOS JÚNIOR ("JR"); VALDICO NORUÉGUA DO ESPÍRITO SANTO ("TRANSFORME) e; WENDEU DA COSTA CARVALHO ("TRUTINHA"); WILIAN RADAMES DE OLIVEIRA ("NAZISTA"); KELSNYS REIS SANTOS ("KELY"); LUCAS DE SOUZA LIMA ("GALEGO"); NATANIEL RIPARDO BEZERRA ("POMBO") e; JUCICLEY LIMA JERÔNIMO ("CATRA"), qualificados nos autos, imputando-lhes a prática do crime previsto no artigo 2º, §2º, § 3º e §4º, incisos I e IV, da Lei n.º 12.850/2013. Ressai autos de Inquérito Policial de nºs. 03 e 05/2018, ambos oriundos da Delegacia de Combate ao Crime Organizado - DECCO que, até o dia 1° de outubro de 2018, em horário e local não definido nos autos, no Estado do Acre, os denunciados: 1. AIRTON DE ALMEIDA BENEVIDES, conhecido pela alcunha de "BNL ou BML"; 2. ÁLVARO DA SILVA BATISTA, conhecido pela alcunha de "IMORTAL"; 3. ALYSSON BRASIL PEREIRA, conhecida pela alcunha de "MATEUS"; 4. ANTONIO ALEX SILVA DE LIMA, conhecido pela alcunha de "VINGADOR"; 5. ARILSON PEREIRA DA ROCHA, conhecido pela alcunha de "LATREL"; 6. CARLOS CESAR GOMES, conhecido pela alcunha de "TREVA"; 7. CARLOS DANIEL FERREIRA BARBOSA, conhecido pela alcunha de "MORTELENTA"; 8. DANIEL GADELHA BENLOLO, conhecido pela alcunha de "MEIOLOCO"; 9. DHEIMESSON DE CASTRO PEREIRA, conhecido pela alcunha de "MUTANTE"; 10. DOUGLAS PINHEIRO DE MELO, conhecido pela alcunha de "LIMÃOZINHO"; 11. ELISSON P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O US A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2575 RODRIGUES DIAS, conhecido pela alcunha de "TRITURADOR"; 12. FRANCIMAR BRAGA DA SILVA, conhecido pela alcunha de "CAVEIRINHA ou DIABO LOIRO"; 13. FRANCISCO ELISANILDO DA SILVA OLIVEIRA, conhecido pela alcunha de "MENOR"; 14. FRANCISCO NUNES UMBATO, conhecido pela alcunha de "CONE ou LEITO"; 15.FRANCISCO VALDEMIR DA SILVA ALMEIDA, conhecido pela alcunha de "SANGUE BOM"; 16.GABRIEL MONTEIRO MOREIRA, conhecido pela alcunha de "PLAY BOY"; 17.GENILSON DOS SANTOS DA SILVA, conhecido pela alcunha de "MENINO DAFAVELA"; 18. HERNANDES ALVES, conhecido pela alcunha de "HK"; 19. HIGOR SANTOS LEÃO, conhecido pela alcunha de "ANJO DA NOITE"; 20. IGOR FÉLIX SILVA, conhecido pela alcunha de "MENOR ou SAMURAI ou BRINQUEDO QUE MATA"; 21. ISAAC DE ABREU SOUZA, conhecido pela alcunha de "EMERGÊNCIA"; 22. ISAIAS BRANDÃO DE SOUZA, conhecido pela alcunha de "MATADOR"; 23.ISMAEL CARLOS SANTOS DE LIMA DO NASCIMENTO, conhecido pela alcunha de "LOBO SOLITÁRIO"; 24.JOÃO PAULO FERREIRA DE CASTRO, conhecida pela alcunha de "DIAMANTE"; 25. JODEILSON SALES SOUZA, conhecido pela alcunha de "AMARELIN"; 26. JOSÉ AILSON SOUZA CASTRO, conhecido pela alcunha de "PALÁCIO"; 27.JOSE DA CRUZ DA SILVA E SILVA, conhecido pela alcunha de "R15 ou ARIEL"; 28. JOSÉ FERNANDO BATISTA DA SILVA, conhecido pela alcunha de "ANJO DA GUARDA"; 29.JOSÉ SANDRO MONTEIRO PIMENTEL, conhecido pela alcunha de "ADRENALINA"; 30.KÁSSIA GERÔNIMO DA ROCHA, conhecida pela alcunha de "CLARINHA"; 31.MANOEL DE JESUS RODRIGUES DA SILVA, conhecido pela alcunha de "GG"; 32.MARIA CELIA FERREIRA DE SOUZA, conhecida pela alcunha de "PERIGOSA"; 33.NADSON FIGUEIREDO DE SOUZA, conhecido pela alcunha de "APOLION"; 34.NILBERTO NASCIMETNO SANCHES, conhecido pela alcunha de "KAMICASE"; 35.QUÊNIDO DOS SANTOS SILVA, conhecido pela alcunha de "SOLUÇÃO"; 36.RAIMUNDO CASTRO DO NASCIMENTO, conhecido pela alcunha de P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2576 "PINGO/BAIXINHO DA FRONTEIRA"; 37.RAIMUNDO JORGE SOARES, conhecido pela alcunha de "TORETO"; 38.RAYLANDO DE MELO FERREIRA, conhecido pela alcunha de "PEQUENINHO"; 39. ROBÉRIO OLIVEIRA DE OLIVEIRA, conhecido pela alcunha de "ESCOBAR"; 40.ROMÁRIO DIOGO DE MOURA, conhecido pela alcunha de "TRAFICANTE"; 41.RUBÉNS MENDES BARBOSA, conhecido pela alcunha de "FUMAÇA"; 42.SALATIEL MARINHO GUIMARÃES, conhecido pela alcunha de "PLAYBOY"; 43.SANDESON COELHO DO NASCIMENTO, conhecido pela alcunha de "JUH/DEMÔNIO BRANCO"; 44.SAULO MUNIZ DE PAULA, conhecido pela alcunha de "CAVALEIRO DAS SOMBRAS"; 45.SEBASTIÃO IGNACIO DOS SANTOS JÚNIOR, conhecido pela alcunha de "JR"; 46.VALDICO NORUÉGUA DO ESPÍRITO SANTO, conhecido pela alcunha de "TRANSFORME"; 47.WENDEU DA COSTA CARVALHO, conhecido pela alcunha de "TRUTINHA"; 48.WILIAN RADAMES DE OLIVEIRA, conhecido pela alcunha de "NAZISTA"; 49.KELSNYS REIS SANTOS, conhecida pela alcunha de "KELY"; 50.LUCAS DE SOUZA LIMA, conhecido pela alcunha de "GALEGO"; 51.NATANIEL RIPARDO BEZERRA, conhecido pela alcunha de "POMBO"; 52.JUCICLEY LIMA JERÔNIMO, conhecido pela alcunha de "CATRA", promoveram e integraram, pessoalmente, a organização criminosa denominada - Primeiro Comando da Capital - PCC, a qual atua com o emprego de armas de fogo, com a participação de adolescentes e mantém conexão com outras organizações criminosas independentes. Consta, ainda que os denunciados: 1. DONIZETE PEREIRA DE ARAÚJO, conhecido pela alcunha de "RATINHO ou TERRORISTA"; 2. FRANCISCO CLAURO FERREIRA DE LIMA, conhecido pela alcunha de "ACRIANO"; 3. GERALDO DE SOUZA PEREIRA NETO, conhecido pela alcunha de "RABUGENTO"; 4. GILMAR MOURA DA COSTA, conhecido pela alcunha de "SK ou DY BALA"; 5. ISRAEL SOARES DE MORAES, conhecido pela alcunha de "DIDEUS"; 6. MANUEL RONALDO CESAR DA SILVA, conhecido pela alcunha de "DIMAS"; 7. P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2577 MARIA CELIANE DE SOUZA DA SILVA, conhecida pela alcunha de "ÁGATA"; 8. SEBASTIÃO EZEQUIEL OLIVEIRA SILVA, conhecido pela alcunha de "CRIS"; 9. WESLEY VARGAS CORDEIRO, conhecida pela alcunha de "PEQUENO"; 10. ARISON SOUZA DO NASCIMENTO, conhecido pela alcunha de "COSTELINHA"; 11. GERLANDIA DO NASCIMENTO SERRA, conhecida pela alcunha de "GÊ ou NEGUINHA"; 12. JOSÉ NERY VALDINO DE ALMEIDA, conhecido pela alcunha de "COWBOY"; 13. THALIS HENRIQUE CARNEIROPEREIRA, conhecido pela alcunha de "SAMURAI"; 14. THALITA BRAGA DEABREU, conhecida pela alcunha de "NINA", promoveram, integraram e exerceram o comando da organização criminosa denominada - Primeiro Comando da Capital - PCC, a qual atua com o emprego de armas de fogo, com a participação de adolescentes e mantém conexão com outras organizações criminosas independentes. Outrossim, no aditamento de fls. 1924/1933, os denunciados FRANCISCO FERNANDO MELA DA SILVA, conhecido pela alcunha de "NANDO" e SAMUEL SOUZA SANTOS, conhecido pela alcunha de "ARGENTINO", promoveram e integraram, pessoalmente, a organização criminosa denominada - Primeiro Comando da Capital - PCC, a qual atua com o emprego de armas de fogo, com a participação de adolescentes e mantém conexão com outras organizações criminosas independentes. Denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual (fls. 675/991). Decisão Judicial recebendo a denúncia em 26/10/2018 (fls.1077/1083). Inquéritos Policiais nºs. 03 e 05/2018 (fls. 1092/1893), os quais incluem Relatório Policial (fls. 1094/1099); Relatório de Investigação Policial (fls.1117/1133); Relatórios de Interceptações Telefônicas (fls. 1151/1245). Defesa Prévia do acusado Gabriel Monteiro Moreira apresentada por intermédio de advogado particular constituído (fl. 1916). Aditamento da Denúncia formulada pelo Ministério Público P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2578 Estadual (fls. 1924/1933). Decisão Judicial de recebimento o aditamento da denúncia em06/11/2018 (fls. 1947/1953). Os acusados Alysson Brasil Pereira, Arilson Pereira da Rocha, Carlos Cesar Gomes, Carlos Daniel Ferreira Barbosae Alvaro da Silva Batista foram citados e intimados em 11/11/2018 (fls. 1982). Os acusados Francimar Braga da Silva, Dheimesson de Castro Pereira, Francisco Clauro Ferreira de Lima, Douglas Pinheiro de Melo e Elisson Rodrigues Dias foram citados e intimados em 11/11/2018 (fl. 1983). O acusado Salatiel Marinho Guimarães foi devidamente citado e intimado em cartório no dia 22/11/2019 (fl. 2021) Os acusados Thalita Braga de Abreu, Francisco Fernando Melo da Silva, Samuel Souza Santos, Jucicley Lima Jerônimo foram citados e intimados em25/11/2018 (fl. 2048).Os acusados Nataniel Ripardo Bezerra, Arison Souza do Nascimento, José Neri Valdino de Almeida, Kelsnys Reis Santos foram citados e intimados em 25/11/2018 (fl. 2049).Os acusados Valdico Noruega do Espírito Santo, Willian Radames de Oliveira Lima e Sanderson Coelho do Nascimento foram citados e intimados em23/11/2018 (fl. 2051).Os acusados Raimundo Jorge Soares, Robério Oliveira de Oliveira e Romário Diogo de Moura foram citados e intimados em 23/11/2018 (fl. 2071).Os acusados Francisco Elisanildo da Silva Oliveira, Gabriel Monteiro Moreira e Igor Félix Silva foram citados e intimados em 23/11/2018 (fl. 2072).Defesa Prévia do acusado José Néri Aldivino de Almeida apresentada por intermédio de advogado particular constituído (fls. 2073/2074). Os acusados José da Cruz da Silva e Silva, Jodeilson Sales Souza, José Ailson Souza Castro (Palácio) e Israel Soares de Moraes (Di Deus) foram citados e intimados em 23/11/2018 (fl. 2084). Os acusados Raimundo Castro do Nascimento, Quênido dos Santos Silva, Nilberto Nascimento Sanches e Maria Célia Ferreira de Souza, foram citados e intimados em 23/11/2018 (fl. 2085). P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2579 Os acusados Raylando de Melo Ferreira e Francisco Nunes Umbato foram citados e intimados através de carta precatória no dia 27/11/2018 (fl. 2089). Defesa Prévia do acusado Arilson Pereira da Rocha apresentada por intermédio de advogado particular constituído (fls. 2093/2094). Defesa Prévia do acusado José Ailson Souza de Castro apresentada por intermédio de advogado particular constituído (fls. 2097/2098). Os acusados Antonio Alex Silva de Lima, Higor Santos Leão, Nadson Figueiredo de Souza e Thalis Henrique Carneiro Pereira foram citados e intimados através de carta precatória no dia 27/11/2018 (fl. 2117).O acusado Rubens Mendes Barbosa foi citado e intimado através de carta precatória no dia 03/12/2018 (fl. 2141).Os acusados Manoel de Jesus Rodrigues da Silva e João Paulo Ferreira de Castro foram citados e intimados através de carta precatória no dia03/12/2018 (fl. 2148).Os acusados José Fernando Batista da Silva, Saulo Muniz de Paula e Airton de almeida Benevides foram citados e intimados através de carta precatória no dia 24/11/2018 (fl. 2155).Defesa Prévia dos acusados Manoel de Jesus Rodrigues da Silva, vulgo "GG", José da Cruz da Silva e Silva, Valdico Noruega do Espírito Santo, Elisson Rodrigues Dias, Robério Oliveira da Silva (Robério Oliveira Oliveira), vulgo "Escobar", João Paulo Ferreira de Castro, Maria Celiane de Souza da Silva, vulgo "Ágata" e Salatiel Marinho Guimarães apresentada por intermédio de advogado particular constituído (fls. 2156/2160). Defesa Prévia do acusado Kelsnys Reis Santos apresentada por advogado particular constituído (fls. 2181/2183). A acusada Gerlandia do Nascimento Serra foi citada e intimada no dia 12/12/2018 (fl. 2189). Os acusados Ismael Carlos Francelino e Gilmar Moura da Costa foram citados e intimados através de Carta Precatória no dia 11/01/2019 (fl. 2215).A acusada Maria Celiane de Souza da Silva foi citada e intimada através de carta precatória no dia 07/12/2018 (fl. 2233).Defesa Prévia dos acusados Alysson Brasil Pereira, Airton de Almeida Benevides, Álvaro da Silva Batista, Antônio P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2580 Alex Silva de Lima, Carlos César Gomes, Carlos Daniel Ferreira Barbosa, Dheimesson de Castro Pereira, Douglas Pinheiro de Melo, Francimar Braga da Silva, Francisco Clauro Ferreira de Lima, Francisco Elisanildo da Silva Oliveira, Francisco Nunes Umbato, Higor Santos Leão, Igor Félix Silva, Israel Soares de Moraes, Jodeilson Sales Souza, José Fernando Batista da Silva, Maria Célia Ferreira de Souza, Nadson Figueiredo de Souza, Nilberto Nascimento Sanches, Quênido dos Santos Silva, Raimundo Castro do Nascimento, Raimundo Jorge Soares, Raylando de Melo Ferreira, Romário Diogo de Moura, Rúbens Mendes Barbosa, Sanderson Coelho do Nascimento, Saulo Muniz de Paula, Wesley Vargas Cordeiro, Willian Radamés de Oliveira Lima, Arison Souza do Nascimento, Nataniel Ripardo Bezerra, Jucicley Lima Jerônimo, Thalis Henrique Carneiro Pereira, Thalita Braga de Abreu, Francisco Fernando Melo da Silva, Samuel Souza Santos apresentada por intermédio da Defensoria Pública Estadual no dia 17/02/2019 (fls. 2239/2240). A Defesa Prévia do acusado Arilson Pereira da Rocha apresentada por advogado constituído no dia 12/03/2019 (fls. 2246/2248). O acusado Isaías Brandão de Souza foi citado e intimado através de carta precatória no dia 25/02/2019 (fl. 2253).Decisão determinando o desmembrando do processo em relação aos acusados nos termos do artigo 80, do Código de Processo Penal, a fim de facilitar a instrução, já que o processo conta com 68 denunciados, sendo assim, este processo prosseguirá apenas com relação aos acusados Alysson Brasil Pereira, Elisson Rodrigues Dias, João Paulo Ferreira de Castro, José da Cruz da Silva e Silva, Manoel de Jesus Rodrigues da Silva, Maria Celiane de Souza da Silva, Robério de Oliveira da Silva, Salatiel Marinho Guimarães e Valdico Noruega do Espírito Santo (fls. 2259/2273). Audiência de Instrução e Julgamento realizada em 05/04/2019, ocasião em que foram ouvidas duas testemunhas da acusação, uma testemunha de defesa, dois informantes da defesa e os acusados interrogados, cujas declarações se encontram gravadas em sistema audiovisual. As alegações P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2581 finais foram apresentadas oralmente pelo Ministério Público e pela Defesa. Na oportunidade, o Parquet requereu a procedência da denúncia, condenando-se os acusadosAlysson Brasil Pereira, Elisson Rodrigues Dias, João Paulo Ferreira de Castro, José da Cruz da Silva e Silva, Manoel de Jesus Rodrigues da Silva, Maria Celiane de Souza da Silva, Robério de Oliveira da Silva, Salatiel Marinho Guimarães e Valdico Noruega do Espírito Santo, nas penas do art.2º, §2º e §4º, incisos I e IV, da Lei n.º 12.850/2013. A defesa dos apelados, por sua vez, requereu a procedência em parte da denúncia. No que se refere ao acusado Manoel de Jesus Rodrigues da Silva requereu a absolvição, ante a negativa de autoria e ausência de provas e, em caso de condenação, a aplicação da pena no mínimo legal com regime aberto. Quanto aos demais acusados requereu, uma vez que não há provas de que tenham convidado outras pessoas para integrar organização, que seja julgado com o verbo integrar e não promover, com a fixação da pena no mínimo legal, bem como pela fixação de regime inicial de cumprimento de pena na modalidade aberto, para aqueles que for possível. Destarte, o Magistrado a quo, contrariando as provas dos autos, entendeu por bem, as fls.2346-2436, em Julgar Procedente a presente Ação Penal, para condenar os Apelados, sendo ele MANOEL DE JESUS RODRIGUES DA SILVA, a uma pena de 08 (oito) anos e 10 (dez) meses de reclusão, no regime fechado, e aos demais acusados, aplicou a reprimenda definitiva de 6 (seis) anos e 09 (nove) meses de reclusão no regime semiaberto, nos termos da denúncia. Contudo, o Ministério Público do Estado do Acre, inconformado com a r. sentença penal condenatória, diga-se de passagem desarrazoada e desproporcional, pelo quantum de pena imposta aos apelados, insurge-se, da mesma, frente ao presente apelo. O que não merece razão. P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2582 Os autos estão com vistas aos apelados, para apresentação de CONTRARRAZÕES, o que o faz nessa oportunidade. É o sucinto relatório. II- DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA. Requerem os apelantes os benefícios da gratuidade da justiça, por não terem condições financeiras de arcar com as expensas do processo, bem como com honorários advocatícios, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal, e aplicando subsidiariamente o artigo 98 ss, do Código de Processo Civil. III – DAS RAZÕES. Excelência, é cediço, que a responsabilidade criminal, exige a demonstração inconteste, da autoria e da materialidade delitiva, o que revela a própria existência do crime. Tendo restado sobejamente demonstrado nos autos em tela, a pratica do crime de “integrar”, organização criminosa, Primeiro Comando da Capital- PCC, conforme confessado pelos Apelados, com exceção de MANOEL DE JESUS RODRIGUES DA SILVA. A lei n°. 12.850/2013, em seu artigo 2º, caput, define o tipo penal e as condutas puníveis por ela, vejamos: Art. 2o - Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa: Ora, todo o conjunto probatório coligido aos autos, restou demonstrado que os apelados apenas integravam a referida organização criminosa, sem promove-la, visto que não há um apadrinhamento sequer, do ingresso de novos integrantes, através de convites dos apelados, pois, durante as interceptações telefônicas, interceptadas, fora P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2583 colhido os dados dos apelados como novos integrantes da mencionada organização. Nessa linha, importante destacar, que embora os apelados tenham integrado, por um curto período de tempo, a organização em comento, não há notícia nos autos, de que tenham executado qualquer comando das lideranças da facção, a fim de promove-la, não passando seus ingressos na organização, tão somente com o fim de ter segurança e paz, no local onde residem, logo não há que falar, que suas condutas tenham ultrapassado o limite da espécie, não havendo falar em valoração negativa da culpabilidade, como quer o Ministério Público. 3.1 – DA NÃO REFORMA DA SENTENÇA QUANTO A NÃO VALORAÇÃO NEGATIVA DA CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL DA CULPABILIDADE, PREVISTA NO ARTIGO 59, DO CÓDIGO PENAL. Sustenta, o Parquet estadual, que o Juiz sentenciante considerou a circunstância judicial da culpabilidade como normal à espécie, desconsiderando todo o cenário acima descrito. Assim, sustenta que a CULPABILIDADE, deve ser valorada negativamente, a fim de aumentar a pena-base aplicada aos apelados, o que elevaria a pena-base para o patamar de 5 (cinco) anos e 06 (seis) de reclusão, SEM APRESENTAR UM FUNDAMENTO IDONEO PARA ISSO, e sem demonstrar, a suposta exasperação da conduta, ultrapassada eventualmente pelos apelados, que agiram com dolo normal a espécie. Ora, Excelência, sustenta o Ministério Público, como fundamento, para aumentar a pena-base, o cenário do aumento da criminalidade no Brasil, no Acre, através do aumento dos crimes contra o patrimônio, tráfico de drogas, homicídios, e etc. Vale destacar, e mais uma vez mencionar, que o Ministério Público, não conseguiu produzir provas, de que o aumento desses crimes, que assolam a sociedade, tenham sido praticado pelos apelados, ou com P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2584 a participação dos mesmos. Logo, não podem, serem, os apelados, penalizados por crimes que não tenham praticado, haja vista, que não se trata de LIDERANÇAS, como quer o apelante, desprovido de provas, baseado apenas em achismos, e sim de integrantes, que diga-se de passagem, não foram flagrados em interceptação telefônica alguma, pelo contrário, tiveram seus cadastros passados por lideranças quando houve a interceptação, quando as lideranças faziam conferencia de cadastro, o que não há que se falar, que os apelados, tenham agido com dolo, que ultrapasse o limite da conduta, vez que a conduta é integrar, não havendo falar em valoração negativa da Culpabilidade, que é normal a espécie, como acertadamente entendeu o Juízo a quo. É bom lembrar, que o Apelante descreve, um cenário de horror e pavor social, esquecendo ele, que o ano de 2017, foi o ano com o maior número de homicídios no estado do Acre, e durante esse período, os apelados, ainda não integravam a organização criminosa primeiro comando da capital-PCC, visto que as interceptações telefônica,datam de fevereiro a abril de 2018, razão pela qual, não pode os apelados serem culpados, do que ocorreu no passado, quando ainda não integravam a citada organização. De igual modo, cabe lembrar, que o apelante, não carreou aos autos, uma prova sequer, de que os apelados, tenham praticado algum delito, a mando da organização criminosa, ou até mesmo a promovido, de modo a aumentar as estatísticas criminais, não passando a conduta dos recorridos, apenas de integrar, a mencionada organização criminosa, o que não eleva o dolo da conduta, vez que agiram com dolo que não ultrapassa os limites da espécie, como entendeu o Juízo sentenciante, e deve ser mantido como medida de justiça. Ora, o cenário descrito de pavor social pelo Ministério Público, deve valorar negativamente a culpabilidade e a pena das lideranças da organização, caso aquelas tenham contribuído para a elevação da criminalidade, e não para aqueles, que como os apelados, P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2585 praticaram, somente o verbo “integrar”, não agindo com dolo que ultrapassasse os limites da conduta, devendo portanto, ser mantido, o entendimento do Juízo sentenciante, que valorou as provas e as condutas de cada apelado. O entendimento do Magistrado sentenciante, encontra amparo, na consolidada e esclarecedora jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, que afirma, não encontrando fundamento, para uma maior apenação, não há que se falar, em valorar negativamente a culpabilidade, como quer o parquet estadual. “DESCABIMENTO. TRÁFICO DE DROGAS. PENA- BASE FIXADA ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. CULPABILIDADE E CONSEQUÊNCIAS DO CRIME. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. CONDUTA SOCIAL E CIRCUNSTÂNCIAS DO ART. 42 DA LEI N.11.343/06. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS.CAUSA DE DIMINUIÇÃO DO ART. 33, § 4º, DA LEI N.11.343/2006. PATAMAR DE APLICAÇÃO DO BENEFÍCIO. UTILIZAÇÃO DA NATUREZA E QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA EM DUAS FASES DA DOSIMETRIA. BIS IN IDEM. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. - O Superior Tribunal de Justiça, acompanhando a modificação do Supremo Tribunal Federal no sentido de não mais admitir habeas corpus substitutivo de recurso próprio, passou a restringir o cabimento do remédio heróico utilizado no lugar do recurso legalmente previsto, ressalvada a possibilidade da concessão da ordem de ofício nos casos em que restar configurado flagrante constrangimento ilegal. - A pena-base foi fixada em 6 (seis) anos e 6 (seis) meses de reclusão, P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2586 considerando-se, além do art. 42 da Lei n. 11.343/06, a culpabilidade, a conduta social e as consequências do delito (art. 59 do CP). - Quanto à culpabilidade, o Juiz de Direito não apresentou fundamento idôneo a autorizar maior apenação na primeira etapa da dosimetria, uma vez que ser penalmente imputável e ter conhecimento da ilicitude da conduta constituem elementos da culpabilidade em sentido estrito (parte integrante da estrutura do crime) e não em sentido lato, isto é, a reprovação social que o crime e o seu autor merecerem pela conduta criminosa praticada. - No que diz respeito às consequências do delito, o magistrado levou em consideração a repercussão negativa da conduta do réu sobre a saúde e o desenvolvimento dos jovens. Entretanto, esse argumento não é idôneo, pois comum a todos os crimes de tráfico de drogas. [...] Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida, de ofício, para determinar que o Juiz das Execuções, mantida a condenação e afastada a consideração desfavorável em relação à culpabilidade e as consequências do crime, proceda à nova análise dosimetria da pena, devendo, ainda, ser utilizada as circunstâncias do art. 42 da Lei n.11.343/06 em somente uma das etapas do cálculo da pena. (HC 252.213/GO, Rel. Ministro ERICSON MARANHO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, julgado em 04/12/2014, DJe 26/02/2015)” – g.n. P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2587 Nessa esteira, considerando, as provas encartadas aos autos, onde restaram demonstrado que os apelados, apenas integraram organização criminosa, primeiro comando da capital-PCC, sem terem agido com dolo que ultrapasse os limites da conduta de integrar, não há que se falar em valoração negativa da Culpabilidade, vez que o apelante, não demonstrou ter os apelados agido com dolo que ultrapasse os limites da conduta, e o cenário pretérito utilizado como fundamento é inidôneo, não autoriza maior apenação, devendo ser mantido incólume a sentença do Juízo sentenciante. 3.2. DA NÃO INCIDÊNCIA DA AGRAVANTE PREVISTA NO ARTIGO 2º, § 3º, DA LEI Nº. 12.850/2013, PARA A APELADA MARIA CELIANE SOUZA DA SILVA. Sustenta ainda o Ministério Público, que sobre a pena imposta a Apelada Maria Celiane de Souza da Silva, deve incidir a agravante prevista no artigo 2º, §3º, da Lei nº.12.850/2013, alegando que além de ser integrante da organização criminosa Primeiro Comando da capital – PCC, também atuava, como liderança individual. Aduz, que Maria Celiane tinha posição que lhe conferiu maior influência dentro do grupo, agindo como se fosse coordenadora, responsável, aliás, por um departamento específico da organização, a saber da ala feminina da organização criminosa, da qual era integrante bem como do setor da "fora do ar", responsável pela interlocução com os presos que não possuem acesso a telefones celulares cuja comunicação principal é realizada através das visitas. O tipo penal, descrito no artigo 2º, § 3º, da Lei nº. 12.850/2013, agrava a pena para aqueles que exercem função de comando individual ou coletivo, vejamos: P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57, so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2588 “§ 3º. A pena é agravava para quem exerce a função de comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução”. [grifei] Ora, não há nos autos, nenhuma prova que evidencie que a apelada MARIA CELIANE SOUZA DA SILVA, exercesse a função de comando individual ou coletivo, como quer fazer crer o Parquet Estadual, com base apenas, em interceptações telefônicas, que não apontam em nenhuma delas, que a apelada exercesse comando individual, sobre a organização. Sustenta, o apelante, que na chamada 4930347.WAV, informa que os membros da organização criminosa que estão presos estão solicitando advogados. Contudo, alteram a verdade fática, pois, na verdade, no dialogo interceptado, a apelada está solicitando advogado para a pessoa de seu companheiro JARDESON, com que mantem união estável, e o mesmo fora transferido para a penitenciária, da penitenciária Moacir Prado, no município de Tarauacá, para o presidio Manoel Néri, no município de Cruzeiro do Sul, para RDD. E por isso, cobrava a apelada, advogados para os lideranças da organização para ver a situação do seu companheiro, pois, quando ingressam na organização, recebem promessas e as promessas não estavam sendo cumpridas, por isso, a apelada estava cobrando, para seu companheiro e não para terceiros, como quer fazer quer o apelante. Cabe lembrar, que há ainda, outra conversa interceptada da apelada, com uma pessoa não identificada, onde aquela inconformada com a transferência do seu companheiro (marido) Jardeson, para o presidio Manoel Néri, no município de Cruzeiro do Sul, em RDD, relata para a pessoa não identificada, a conversa que teve com o diretor do presidio, em que a mesma afirma, que seu companheiro, não concordou que matassem a pessoa do diretor do presidio, pelo contrário, convenceu os demais que não era para fazerem isso, e mesmo assim, o diretor o P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2589 transferiu, não o ajudando quem o ajudou. Esse inconformismo, não pode ser utilizado para afirmar que a apelada fosse liderança, pois, essa fala é irresignação daquilo que ouviu do seu marido. Ademais, não há nos autos, prova alguma, de que a apelada MARIA CELIANE, exercesse a função de comando seja individual ou coletivo. Diga-se de passagem, em nenhum dos áudios interceptados, demonstram que a apelada exerça a função de comando individual, basta observar, que não há uma ordem dada pela mesma, bem como, não há um diálogo interceptado, em que os demais integrantes se reportem a apelada como liderança, de comando. Desta feita, não há que se falar, em incidência da agravante, prevista no artigo 2º, § 3º, da Lei nº.12.850/2013, visto que não restou cabalmente demonstrado que a apelada exerça qualquer função de comando individual da organização criminosa, primeiro comando da capital-PCC, e o fato de ter o cadastro guardado, conforme afirmado pelo apelante, não induz que a mesma exercia função de comando, devendo portando, a r. sentença permanecer incólume. De outra banda, vale destacar, que a apelada é pessoa primária, de bons antecedentes, não ostenta registros criminais, não teve qualquer envolvimento com o crime, apenas passou a integrar organização criminosa, porque manteve um relacionamento amoroso, com seu atual companheiro, que encontra-se preso na penitenciária Manoel Néri em Cruzeiro do Sul, e ao se envolver amorosamente com ele, passou a receber a ameaça de morte da ex companheira do seu marido, ingressando na organização, para cessar as ameaças. Mas, jamais exerceu função de liderança, não convidou e nem apadrinhou ninguém para integrar a organização criminosa. Além do mais, o apelante, não produziu provas robustas, capaz de apontar e demonstrar, que apelada exercesse a função de comando individual da organização criminosa, razão pela qual, não há que se falar em incidência da agravante prevista no artigo 2º, § 3º, da lei P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2590 nº.12.850/2013, tendo acertado o magistrado sentenciante, em afastar a agravante, por não ter restado evidenciado, do acervo probatório coligido aos autos, qualquer função de comando, exercida pela apelada, ainda que eventualmente. Nesse sentido, por todas as razões expostas acima, e por tudo que nos autos constam, não há que se falar em incidência da agravante, descrita no art. 2º, § 3º, da Lei nº.12.850/2013, razão pela qual, pugna, seja mantida incólume, a sentença combatida, que está estribada no conjunto probatório carreado aos autos, e não em achismos ou presunções como quer o apelante, divorciado das provas encartada ao processo. IV – PREQUESTIONAMENTO. Prequestiona - se desde já, a matéria de forma explicita e destacada, pois caso haja provimento ao presente apelo, restará violado o artigo 593, inciso I, do Código de Processo Penal, c/c artigo 59, do Código Penal, c/c artigos 2º, § 3º, da Lei nº. 12.850/2013, ensejando interposição de Recurso Especial ao Superior Tribunal de Justiça. V - DO PEDIDO. Diante de todo o exposto, postula-se, seja conhecido e DESPROVIDO o presente recurso, mantendo-se inalterada a respeitável sentença combatida, por seus próprios fundamentos, vez que encontra- se fundada no conjunto probatório coligido aos autos, e não divorciada como quer o apelante, que se baseia em achismos e presunções, o que não é admitido no ordenamento jurídico pátrio, seja para condenar ou para elevar a pena. Requerem ainda, os benefícios da gratuidade da justiça, por não terem os Apelantes, condições financeiras de arcarem com as P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2591 expensas do processo, bem como com honorários advocatícios, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal, c/c art.98 e ss, do CPC (subsidiariamente). Prequestiona - se desde já, a matéria de forma explicita e destacada, pois caso haja provimento ao presente apelo, restará violado o artigo 593, inciso I, do Código de Processo Penal, c/c artigo 59, do Código Penal, c/c artigos 2º, § 3º, da Lei nº. 12.850/2013. Termos em que, Pede deferimento.Rio Branco-Acre, 17 de maio de 2019. Dr. Ribamar de Sousa Feitoza Júnior OAB/AC N°. 4.119 Dr. Jeison Farias da Silva OAB/AC nº. 4.496 P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //e sa j.t ja c. ju s. br /e sa j, in fo rm e o pr oc es so 0 00 26 58 -2 9. 20 19 .8 .0 1. 00 01 e c ód ig o 21 B D 72 7. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or R IB A M A R D E S O U S A F E IT O ZA J U N IO R e T rib un al d e Ju st ic a do E st ad o do A cr e, p ro to co la do e m 2 0/ 05 /2 01 9 às 1 9: 57 , so b o nú m er o W E B 11 97 00 31 66 45 . fls. 2592