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resumo parasito trichi

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Aluna: Mariana Fontes Gonçalves
RESUMO
Tritrichomonas foetus (Riedmuller,1928) (Protista, Trichomonadidae) e a implicação na pecuária do Brasil
A Tricomonose genital bovina é uma doença venérea causada pelo protozoário. É transmitida na maioria das vezes através do ato sexual ou pela inseminação artificial com sêmen ou instrumentos contaminados, e pode expandir rapidamente por todo o rebanho. Ela pode causar vários danos as fêmeas e aos fetos, sendo o aborto mais grave. Nos machos a presença pode ser assintomática, não existe sintoma patognomônico que pode confundir com outras doenças. O diagnóstico laboratorial e muito importante para um tratamento e controle adequados. A Tricomonose é causada pela espécie protozoário flagelado, de formato piriforme, ovóide ou arredondado, que possui quatro flagelados, sendo três livres e o quarto que dirige à porção posterior acompanhando uma membrana ondulante que termina em um flagelo caudal. O habitat dele e no trato genital de bovinos, podem ser encontrados na cavidade prepucial (não afetam a reprodutividade), pênis, glande e criptas prepuciais, mucosa peniana. Porção inicial e distal da uretra. No feto ele é encontrado mais comumente no líquido amniótico e alantóico. É transmitido através da cópula podendo ser, tanto do macho infectado para a fêmea, e como da fêmea infectado para o macho, pode ocorrer a transmissão mecânica. A infecção aumenta conforme a idade, pois quanto mais velhos, há um aumento na profundidade das criptas prepuciais, nicho ecológico do parasito na mucosa, e isso se torna mais suscetíveis a contrair a doença, e também apresentam dominância sobre os touros mais jovens na épica de monta e acaba proporcionando um aumento no risco de transmissão. As fêmeas infectadas apresentam alterações reprodutivas e mantêm os parasitos por longos períodos. Um rebanho com Tricomonose pode apresentar diversos sintomas, como a taxa de natalidade menor que prevista, estação de nascimentos prolongada, morte embrionária, abortamentos, piometra, vaginites, cervicites, entre outros. Quando se trata de abortamentos há divergências, alguns casos o aborto pode não ser percebido devido ao tamanho do feto. A fêmea infectada pode conceber, porém o embrião não se fixa na mucosa uterina, ocorrendo a morte. O abortamento e piometra serão os primeiros sintomas observados em animais com um rebanho infectado. A infecção se estabelece primeiro na vagina, passando para o útero, podendo causar endometetrite, tornando o ambiente impróprio para o zigoto em desenvolvimento, causando sua morte, casos onde houver endometrite purulenta ou de piometra fechada a vaca pode ficar estéril. Quando o aborto não ocorre e o penetra a cavidade amniótica, o feto é macerado ficando somente seus ovos. Para diagnosticar a doença deve ser feito suspeita clínica baseada no desempenho reprodutivo do rebanho. O parasito apresenta uma rápida movimentação que pode facilitar o diagnóstico microscópico, a análise pode ser realizada utilizando esmegma puro ou material fetal. O diagnóstico laboratorial é uma prática com resultado seguro uma vez que os sinais clínicos não são patognomônicos, para confirmação é necessária a visualização de no mínimo um parasito vivo no material analisado. O exame deve ser repetido várias vezes, pois a presença do parasito pode ser intermitente. Se um touro examinado for positivo deve-se considerar todo rebanho positivo, para iniciar as medidas de controles. Para coleta deste material para machos, deve ser feito raspado prepucial, lavado prepucial, coleta por swab, swab direito e por pipeta de inseminação. Já as fêmeas deve-se coletar secreção vaginal, dois ou três dias antes do cio e dois ou três dias depois dele. Para o diagnóstico podem ser utilizados como materiais, fetos abortados, membranas fetais, líquidos placentários, líquidos abomasal, entre outros. Se o aborto seja completo os parasitos podem ser encontrados no líquidos fetais e abomaso do feto, muco em torno da língua e lábios caso seja incompleto. Os touros infectados não se restabelecem naturalmente e o tratamento só é recomendável quando o mesmo apresenta um alto valor zootécnico, já os demais devem ser substituídos, descartados ou abatidos. Um animal só deve ser considerado negativo após três análises, com intervalos de 7 a 15 dias entre as coletados para que se obtenha um resultado mais seguro. O tratamento para touros portadores deve ser com produtos específicos a base de Triplafavina, Dimetridazole e Acriflavina. As fêmeas conseguem recuperar-se, sem medicamentos, após descanso sexual de 60 ou 90 dias, porém as que apresentarem piometra ou outras infecções genitais devem ser tratadas individualmente, as fêmeas que apresentarem tais sintomas possam ser abatidas caso sejam poucas ou velhas. Em locais onde a inseminação artificial é utilizada, a doença tem sido controlada e esta é recomenda como melhor método para quem deseja finalidade. Também é relevante ter controle sanitário do sêmen e realizar descarte dos animas infectados.

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