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02 - Agentes Públicos

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Agentes Públicos
1) Conceito
Sentido extremamente amplo! São todas as pessoas que exercem uma função pública, seja de que maneira for. 
Todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargos, emprego ou função pública. 
· Agentes de fato: é aquela pessoa que exerce uma função pública, de boa-fé, sem vínculo jurídico e válido com Estado. 
· Necessário: exerce uma função pública para atender um interesse da coletividade, sem vínculo com a administração em situações de necessidade/calamidade. 
· Putativo: exerce uma função pública de boa-fé, imaginando ter vínculo com a administração pública válido, mas que na verdade não existe. Ex.: Existe um vício na investidura. 
· Agente público de direito 
É aquela pessoa que exerce uma função pública com vinculo jurídico e valido com a administração pública. 
2) Classificação de agentes públicos de direito
A classificação toma por base, principalmente o regime jurídico ao qual estes sujeitos se submetem e qual a natureza do vinculo com a Administração Pública, segundo entendimento doutrinário majoritário, os agentes públicos se dividem em:
a) Agentes políticos;
b) Particulares em colaboração com o poder público, estes subdividem-se em: i) designados; ii) voluntários; iii) credenciados e iv) delegados.
c) Servidores estatais, estes subdividem-se em: i) servidores estatutários; ii) empregados públicos e iii) servidores temporários
2.1) Agentes políticos
Em regra, são aquelas que exercem mandato eletivo e que atuam no exercício da função politica de Estado. São agentes políticos: os chefes dos executivos (presidente, governador, prefeito e os respectivos vices) e seus auxiliares diretos (ministros e secretários), bem como os integrantes do poder legislativo em todos os entes federativos (senadores, deputados e vereadores).
Nesse sentido para Celso Bandeira de Melo, somente os elencados acima seriam agentes políticos “o vínculo que tais agentes mantêm com o Estado é de natureza politica e não profissional”. 
Entretanto, maior parte da doutrina, acrescenta que os membros da Magistratura e do Ministério Público, seriam agentes políticos, considerando atuarem no exercício de funções essenciais ao Estado e praticarem atos inerentes à soberania com funções a serem desempenhadas definidas em leis próprias e na constituição. Esse é o entendimento do STF (vide julgamento RE 228977/SP):
Observação: Os membros dos tribunais de contas não estão incluídos no rol dos agentes políticos, matéria julgada pelo STF
Para fins de prova em concursos, ostentam a qualidade de agente politico os detentores de mandatos eletivos, secretários, ministros e membros da magistratura e do ministério pública.
Observações
Improbidade administrativa
De acordo com o STF, os agentes políticos se submetem à lei de improbidade administrativa, ou seja, estão submetidos a um duplo regime sancionatório (não tem bis in idem) e poderão responder por crimes de responsabilidade e improbidade administrativa. Existe apenas uma exceção, o presidente da república, que só responderá por crimes de responsabilidade. (informativo 901 STF)
Súmula Vinculante – 13 - nepotismo
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Muito se discutiu sobre a aplicação desta súmula para os agentes políticos. Para o STF, a súmula vinculante 13 não se aplica para os cargos de ministros de estado, secretários de estado e secretários municipais, porém, deve haver a comprovação de que a pessoa nomeada possui conhecimento técnico para o exercício do cargo e idoneidade moral. (Inf. 914 STF)
2.2) Particulares em colaboração com o poder público
São aquelas pessoas que exercem uma função pública, possuem vínculo com a Administração, mas não perdem o caráter de particular.
São aqueles que, sem perderem a qualidade de particulares, atuam, em situações excepcionais, em nome do Estado, mesmo em caráter temporário ou ocasional, independentemente do vínculo jurídico estabelecido. Estes agentes não integram a administração pública, mas executam atividades públicas em situações específicas.
Não é pacífico, mas majoritariamente a doutrina entende que se dividem em quatro espécies:
a) Designados: São chamados por Hely Lopes Meireles de “agentes honoríficos”, são todos aqueles que atuam em virtude de convocação efetivada pelo poder público. Exercem múnus público, têm a obrigação de participar quando requisitados ou convocados sob pena de sanção. Por exemplo são designados: mesários, jurados do tribunal do júri, militares conscritos.
b) Voluntários: atuam voluntariamente em repartições públicas, escolas, hospitais públicos, sempre que um ente estatal realiza um programa de voluntariado. São por exemplo os “Amigos da Escola” ou médicos particulares voluntariados para prestação de socorro.
c) Delegados: são aqueles que atuam na prestação de serviço público mediante delegação do Estado. Exemplos: titulares das serventias cartorárias, concessionários e permissionários enquanto atuam na prestação do serviço público. (classificação também não é pacifica).
d) Credenciados: atuam em nome do Estado em virtude de convênios celebrados com o Poder Público, como ocorre por exemplo, com os médicos privados que atuam em convênio com o SUS, para atendimento de pacientes da rede pública, mediante pagamento do poder público.
2.3) Servidores Estatais (sentido amplo)
São aquelas pessoas que exercem uma função pública em caráter profissional, ou seja, são pessoas cuja profissão é ser servidor público.
Também chamados de agentes administrativos, têm vinculo com o Estado, no exercício da função administrativa. Estes servidores, normalmente, têm sua definição por critério de exclusão, compreendendo todos aqueles que possuem vinculo com a administração e que exercem função pública, não ostentando qualidade de agentes políticos ou particulares em colaboração com o poder público. Possuem relação de trabalho de natureza profissionais com a administração publica direta ou indireta. 
2.3.1) Militares
Art. 42 e 142 da CF/1988.
A maioria dos autores colocam os militares dentro do sentido amplo de servidores estatais, entretanto Maria Silvia de Pietro coloca os militares como uma categoria autônoma de agente públicos de direito. Isto porque, até alguns anos atrás a Constituição usava a denominação “servidores públicos militares”, contudo o texto constitucional foi alterado e o termo deixou de ser utilizado pela constituição. 
Observação: Art. 142, §3º, IV vedação do direito a greve dos militares. 
2.3.2) Servidores temporários
São considerados servidores temporários todos aqueles contratados com base no art. 37, IX da CF:
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; (Vide Emenda constitucional nº 106, de 2020)
São pessoas que exercem uma função temporária para atender necessidade de excepcional de interesse público.
Nesse sentido são necessários o cumprimento de três requisitos:
· Serviço temporário, definido por meio de lei especifica, que deve especificar seus contornos, características, os limites máximos de duração desses contratos, além de regulamentar o regime aplicado a estes servidores.
 
· Interesse público, devidamente justificado pela autoridade responsável pela contratação dentro das hipóteses permitidas em lei.
· Caráter excepcional, os servidores temporários não pode ser a regra de contratação dentro da administração pública, sendo uma situação extraordinária, excepcional.É inconstitucional a contratação de temporários em situação que deveria haver nomeação de servidores efetivos. 
O contrato deve ser com prazo determinado, sendo vedado instrumentos contratuais sendo firmados com prorrogações indefinidas. Ademais, o servidor temporário é contratado para atender uma necessidade excepcional de interesse público. 
Cada ente federativo terá sua lei especifica para definir quais serão os casos que poderá ocorrer os casos de contratação excepcional.
Não ocupa cargo ou emprego público, o servidor público temporário exerce uma função pública de forma temporária. Com base nisso, não se submete a concurso público, considerando que a constituição dispõe que o concurso só será necessário para investidura em cargo ou emprego público. Entretanto, com fim de se respeitar a impessoalidade o temporário é admitido por meio de processo seletivo objetivo/simplificado. 
Nesse sentido, os servidores temporários firmam contrato administrativo com a administração pública, as ações decorrentes de conflitos destes contratos NÃO são de competência da justiça do trabalho, mas sim da justiça comum (federal ou estadual dependendo em qual âmbito se firmou). 
2.3.3) Servidores Celetista
São aquelas pessoas que ocupam um emprego público no âmbito da Administração Pública. Hoje eles estão situados nas pessoas jurídicas de direito privado que integram a Administração Pública Indireta, isto porque, a essas entidades não se admite a nomeação de servidores em regime estatutário. São chamados de empregados públicos. Em regra, se submetem à CLT, por isso são conhecidos como celetistas, porém, a eles se aplicam algumas normas de direito público. Regime Jurídico Híbrido (tem norma da CLT + norma de direito público).
Os servidores celetistas ou empregados públicos tem seu vínculo decorrente da assinatura de contrato de emprego.
Regime jurídico aplicável:
· Concurso público: sim
Os servidores celetistas se submetem a concurso público, como forma de garantir a impessoalidade e moralidade na contratação de empregados pelas Administração pública sem preferencias indevidas. 
Art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
· Estabilidade: Não
Servidor celetista não adquire estabilidade, pois somente quem ocupa cargo público adquire estabilidade, é isso que dispõe a constituição federal:
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
Sobre assunto tem-se a sumula 390, II do TST: 
Súmula 390, II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/88.
Entretanto, a dispensa de empregado público se configura um ato administrativo e nesse sentido não se pode admitir a dispensa sem a necessidade de qualquer garantia de contraditório e ampla defesa. Sendo assim, apesar de divergente tal discussão, a dispensa de empregados da administração pública depende de motivação, por se tratar de ato administrativo que restringe direitos. Todavia, isso não se confunde com a garantia de estabilidade, prevista no art. 41 da CF/88 e que não se estende aos detentores de empregos públicos, sob o regime da CLT. 
· Proibição de acumulação de cargos: Sim
O servidor celetista, em regra, também está proibido de acumular cargo, empregos e funções públicas, conforme dispõe a constituição federal, com exceções por óbvio das exceções constitucionais aplicáveis a toda administração pública:
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
· Teto remuneratório. Duas possibilidades
Conforme dispõe o art. 37, § 9º, as empresas públicas e as sociedades de economia mista que dependerem da administração pública direta para arcar com suas despesas com pessoal se submetem ao teto remuneratório previsto no inciso XI do art. 37 da Constituição. 
Art. 37, § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
Todavia, se não houver essa relação de dependência não será necessário respeitar o teto remuneratório, já que a empresa poderá por receita própria arcar com as remunerações de seus empregados.
· Improbidade administrativa
São considerados agentes públicos para os fins de responsabilização por atos de improbidade administrativa, bem como se enquadram no conceito de funcionário público para o direito penal, podendo, portanto, responder pelos crimes praticados contra a administração pública (os crimes funcionais). 
Considerações importantes 
· Em razão do regime aplicado a estes servidores é de emprego, não podem ficar em disponibilidade remunerada, quando da extinção do emprego ou função.
· Se submetem ao regime geral de previdência social, entre outras regras do direito privado a eles aplicáveis.
2.3.4) Servidor estatutário
São aquelas pessoas que ocupam um cargo público, submetendo-se a estatuto próprio, criado mediante lei, na qual todas as regras funcionais estarão descritas. 
Os servidores estatutários tem vínculo de natureza legal permanente e todos direitos e obrigações decorrentes diretamente da lei.
O candidato é aprovado em concurso público para provimento de cargos e, após nomeação, ao assinar o termo de posse, se submete a todas as normas dispostas na legislação para sua carreira.
Ressalta-se que, em virtude da ausência de contrato dispondo acerca de todos os direitos e obrigações, o servidor estatutário não tem direito adquirido a manter as prerrogativas definidas em lei. Ou seja, se o estatuto (Lei) for alterado, o servidor não tem direito adquirido ao regime jurídico anterior, devendo ser aplicado a este as novas regras vigentes. 
3) Cargo, Emprego e função pública 
a) Cargo Público: é aquele lugar que será ocupado pelo servidor estatutário
b) Emprego público: é aquele lugar ocupado pelo servidor celetista
c) Função pública: é a atividade exercida por alguém dentro da administração pública. 
Todo cargo público e todo emprego público tem uma função pública a ser exercida, prevista em lei.
Entretanto a reciproca não é verdadeira!
Isto porque, nem toda função pública será exercida por alguém ocupante de cargo ou emprego público. Ex.: mesário, é uma função pública, entretanto quem exerce não é titular de um emprego ou cargo público. 
Espécies de cargos públicos 
· Cargo vitalício
É a maior segurança no cargo que existe dentro do exercício de função na administração pública, ele possibilita que seu detentor adquira a vitaliciedade e só perca o cargo mediante sentença judicial transitada em julgada.
Vitaliciedade garante que seu detentor somente perca o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgada. A constituição enumera os cargos vitalícios, que têm as seguintes categorias: i) Magistrados; ii) membros do Ministério público e iii) membros dos tribunais de conta. 
Observação: Para ocupar um cargo vitalício, será necessária a aprovação em um concurso público? 
Não. Os cargos vitalícios em sua maioria serão precedidos de concurso público, porém, os membros dos tribunais de contas, desembargadores do tribunal de justiça que ingressam através do quinto constitucional, e até mesmo os próprios ministros do STF e STJ, não se submetem a concurso público, e adquirem a vitaliciedade no momento da posse. 
A aquisição da vitaliciedade ocorre, após dois anos de efetivo exercício naquelas carreiras, para os aprovados em concurso público (juízes, promotores)e mediante, posse e exercício, nos casos de funções adquiridas mediante nomeação direta (Ministros STJ e STF)
· Cargo efetivo
É aquele que possibilita a aquisição da estabilidade, que também é uma grande segurança no serviço público, porém, um pouco menor do que a vitaliciedade. Pois admitem que seu detentor perca em determinadas situações.
No que tange à perda do cargo, o servidor estável poderá perdê-lo em quatro situações, que serão abordadas em tópico específico
· Cargo em comissão
Trata-se de um cargo que não traz qualquer tipo de segurança dentro do serviço público, conhecido por ser um cargo de livre nomeação e livre exoneração (exoneração “ad nutum”)
Não é necessário concurso público para ingressar, mas sua exoneração também se dará de forma livre, sem necessidade de motivação ou garantia de devido processo legal.
4) Normas constitucionais 
Art. 37 a 41, CRFB/1988.
4.1) Concurso público 
O requisito básico para garantia de impessoalidade, moralidade e isonomia no acesso a cargos públicos é a realização de concurso público, de provas ou provas e títulos, uma vez que os critérios de seleção são objetivos, não se admitindo quaisquer espécies de favoritismos ou discriminações indevidas. 
I - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Concurso pode ser de provas ou provas e títulos. É vedado concurso só de títulos. Títulos tem caráter classificatório e não eliminatório.
A lei definirá as exigências para ingresso em cada carreira pública, conforme a natureza e a complexibilidade do cargo ou emprego. Essa exigência deve ser pautada na razoabilidade, pois o nível de exigência técnica deve ser compatível com a carreira.
Considerando a exigência de concurso público para ingresso em determinada carreira não é possível nenhuma espécie de provimento derivado que permita ao servidor assumir cargo em outra carreira que não aquela que foi regularmente aprovado, nomeado e investido por meio de concurso. Súmula vinculante nº 43:
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
Exceções ao concurso público
 Cargo em comissão: o próprio art. 37, II da CF define que estes cargos são ocupados para exercício de funções de chefia, direção e assessoramento e, em virtude da necessidade de confiança pessoal que possuem estas atividades, são cargos de livre nomeação e livre exoneração. Com efeito, não pode ser criado, ainda que por meio de lei, cargo em comissão para exercício de atividades eminentemente técnicas. (vide ADI 3.602/GO) 
 Servidores temporários: a própria constituição no art. 37, IX, não faz exigência de concurso para contratação de servidores temporários (vide tópico 2.3.2), por se tratar de situação excepcional, transitória e pela necessidade de muitas vezes precisar atender uma situação urgente, a realização de procedimento poderia ensejar em prejuízos aos interesses da Administração e ao interesse público. O procedimento para realização de um concurso é dispendioso, são muitos recursos empregados (pessoal, financeiros e tempo) para serem “gastos” em um contrato temporário, dessa forma não é do ponto eficiente se fazer um concurso para a contratação de temporários. Ademais a fim de garantir a impessoalidade e isonomia a administração se utiliza de procedimentos simplificados de seleção. 
 Cargos eletivos: são os cargos políticos, aos quais são ocupados por agentes políticos eleitos pelo voto popular.
Essas são algumas exceções, existem várias outras, tais como o quinto constitucional, investidura em tribunais de contas, tribunais superiores, dentre outros
Prazo de validade é um prazo previsto no edital, dentro do qual a Administração poderá nomear pessoas aprovadas naquele certame. Quando este prazo se exaure, a Administração não poderá mais nomear. 
O prazo é de até dois anos, podendo ser inferior e se trata de um prazo prorrogável, podendo ou não ser prorrogado de acordo com a discricionariedade da Administração pública.
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
Frisa-se que a validade é de até dois anos, podendo o edital prevê 30 dias, 1 anos, seis meses, não podendo exceder a dois anos. A prorrogação será feita uma vez por igual período, ou seja, se o edital teve previsão de 6 meses sua prorrogação também se dará em 6 meses. A prorrogação não é obrigatória cabendo a administração pública definir de acordo com juízo de conveniência e oportunidade, assim como prazo máximo, no qual a constituição deu apenas um limite, ressalta-se que a decisão de prorrogação ou não prorrogação deverá sempre ser motivada.
Nomeação x Aprovação
Regra: a aprovação no concurso público gera a mera expectativa de direito à nomeação! Ou seja, a aprovação no concurso não gera a obrigação da administração pública nomear os aprovados. 
Exceções: Excepcionalmente, existem situações que o candidato tem direito subjetivo à nomeação, são elas:
 Aprovação dentro do número de vagas: se o candidato for aprovado dentro do número de vagas previsto do edital ele tem o direito subjetivo a nomeação. A ideia é que quando a Administração Pública descreve o número de vagas ela se vincula esse número, devendo nomear os candidatos que foram aprovadas dentro desse número de vagas. (vide RE 598.099 STF)
Observações
I) Desistência No caso de desistência de um candidato aprovado dentro do número de vagas, o próximo que até então estava fora do número de vagas, passa a ter direito subjetivo à nomeação. (vide informativo 612 STJ).
II) Situações excepcional São situações em que, mesmo prevendo um número de vagas no edital, a Administração Pública consegue comprovar que não possui condições para prover estas vagas, em razão de causas supervenientes e excepcionais, ressalta-se que tal ato deve ser justificado, por exemplo: não tem dotação orçamentária em razão dos gastos com a pandemia. 
 Preterição na ordem classificatória: Quando a Administração deixa de nomear um candidato e nomeia outro que se encontra em posição posterior. 
Exemplo: Concurso com 08 vagas, a Administração deixa de nomear o 9º e nomeia o 10º. Neste caso, o candidato 9, que possuía mera expectativa de direito, passa a ter direito subjetivo à nomeação
 Contratação precária para a mesma função (Inf. 926 – STF): Ocorre quando a Administração deixa de nomear candidatos aprovados no concurso público, e realiza contratações precárias para o mesmo cargo. 
Exemplo: Concurso para o provimento de vagas de professor de história, após nomear os aprovados dentro do número de vagas, a Administração Pública começa a contratar de forma precária, novos professores de história. Neste caso, os candidatos aprovados no concurso público passam a ter direito subjetivo à nomeação, ainda que fora do número de vagas.
 Surgimento de novas vagas ou abertura de novo concurso público (Inf. 811 – STF): Em regra, o surgimento de novas vagas e a abertura de novo concurso público não geram direito subjetivo à nomeação. Porém, os candidatos passarão a ter direito subjetivo, caso a ausência de nomeação se dê de forma imotivada ou arbitrária.
4.2) Estabilidade
É a possibilidade de aquisição de uma certa segurança jurídica conferida aos ocupantes de cargos efetivos no âmbito da administração pública.
 Trata-se de uma possibilidade, pois não basta o ingresso em um cargo público para que ela seja adquirida, devendo ser cumpridos alguns requisitos.
 Requisitos:
· Estágio Probatório – três anos de efetivo exercício 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.· Avaliação Especial de Desempenho 
Comissão designada após o estágio probatório para avaliar o servidor. Após esta avaliação, caso o servidor seja aprovado, adquirirá a estabilidade. 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. 
 Perda do cargo:
Existem 4 hipóteses em que o servidor público estável poderá perder o cargo público.
I) Sentença Judicial Transitada em Julgado;
II) Processo Administrativo assegurada a ampla defesa e contraditório (Demissão); 
III) Reprovação na Avaliação Periódica de Desempenho assegurada a ampla defesa;
IV) Adequação aos Limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (art. 169, §4º) – exoneração para cortes de gastos.
Dispõe o art. 19 da Lei complementar 101/2000 que a união federal deve utilizar, no máximo, 50% de sua receita corrente líquida com gastos de pessoal. Em relação aos estados, este percentual é de 60%.
A regra a ser observada é que, primeiramente, haverá redução de pelo menos 20% das despesas com cargos comissionados e funções de confiança, para fins de adequação aos limites legais dispostos na lei de Responsabilidade Fiscal, com pagamento a servidores.
Caso não esteja solucionado o problema, serão exonerados dos serviços públicos os servidores não estáveis. E, se ainda assim, não se chegar ao limite legal, serão exonerados os servidores estáveis.
O servidor estável exonerado terá algumas garantias:
- Seu cargo será extinto, sendo vedado a criação, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de 4 anos.
- O servidor estável receberá indenização correspondente a um mês de remuneração para cada ano de serviço público prestado.
- Deverá ser precedida de ato normativo, motivado dos chefes do executivo de cada um dos poderes.
Observação: A demissão é perda do cargo como caráter punitivo, já a exoneração é a perda do cargo, sem caráter de penalidade, ocorrendo por situações definidas na legislação. 
4.3) Teto remuneratório 
Limite máximo, ao qual a remuneração do servidor público, em regra, deverá se limitar.
· Teto geral: 
Em regra, nenhum servidor em nenhum âmbito (nacional, estadual ou municipal) terá remuneração maior que o subsidio do Ministro do STF.
· Âmbito municipal
No âmbito municipal o teto remuneratório é o do Prefeito. 
· Âmbito Estadual/Distrital
a) Poder executivo: Governador;
b) Poder legislativo: Deputado Estadual;
c) Poder judiciário, membros do Ministério Público, Defensoria Estadual e Procuradores: Desembargador do Tribunal de Justiça. 
O desembargador tem teto remuneratório baseado no subsidio do STF, no qual não receberá mais que 90,25% do subsidio do ministro do STF. 
Observações:
I) As verbas indenizatórias não se submetem ao teto remuneratório. Verbas indenizatórias são valores pagos aos servidores como forma de reembolsá-los por gastos que eles realizam em prol da atividade.
Art. 37, § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. 
II) Possibilidade que os Estados e o Distrito Federal possuem de instituir em seu âmbito o teto remuneratório único, este teto, quando instituído, será o subsídio mensal dos desembargadores do Tribunal Justiça, com a ressalva dos deputados estaduais e vereadores, que não se enquadram neste teto único
 Art. 37, §12, CF/88 § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. 
4.4) Direito de greve
Trata-se de uma norma constitucional de eficácia limitada. Como inexiste esta lei específica, por muito tempo vigorou no STF, a impossibilidade de exercício deste direito. Porém, o entendimento do STF foi alterado e hoje aplica-se para os servidores públicos, por analogia, a lei de greve da iniciativa privada (Lei 7.783), até que seja editada a lei específica. (vide Inf. 485 STF)
Portanto, o servidor público faz jus ao direito de greve e poderá exercê-lo nos termos da lei de greve da iniciativa privada, até que seja editada uma lei específica, nos termos do art. 37, VII, CF/88.
Art. 37, VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
 Desconto pelos dias parados
Para o STF, em regra, é possível o desconto na remuneração do servidor público pelos dias parados em virtude da greve. STF: “A administração pública deve proceder o desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre, permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do poder público”
Ao terminar a greve, o servidor ficará sujeito à compensação pelos dias parados, sob pena de ressarcimento ao erário dos valores percebidos. 
Em complemento a este entendimento, o STJ fixou a tese de que o desconto deve incidir de forma parcelada, pelo princípio da razoabilidade. 
Excepcionalmente, não poderá haver descontos, em caso de greve causada por uma conduta ilícita da própria Administração Pública. 
Observação: Poderá haver um acordo entre a Administração Pública e o servidor, para a compensação dos dias trabalhados. (RE 693.456)
 Cargos policiais (exceto militares)
É vedado o direito de greve aos militares, por expressa vedação constitucional (art. 142, IV).
Entretanto, a Constituição não se refere as demais carreiras policiais.
Nesse sentido, para o STF, os integrantes de cargos policiais não possuem direito a greve, por este motivo, a Administração Pública deve proporcionar meios que visem atender os anseios destas categorias (vide Inf. 860 STF)
4.5) Acumulação de cargos
Regra: É vedada a acumulação de cargos públicos. 
Exceções: Desde que haja compatibilidade de horários, respeito ao teto remuneratório, além da acumulação está enquadra nas seguintes hipóteses:
I) Dois cargos de professor; 
II) Um cargo de professor com um cargo técnico ou científico; 
III) Dois cargos de profissionais da área da saúde com profissão regulamentada. 
IV) Cargo de magistrado ou membro do Ministério Público com um cargo de professor;
V) Um cargo efetivo mais o cargo de vereador
Observação: STF - O respeito ao teto remuneratório incide em cada cargo isoladamente, e não à soma das remunerações (Inf. 682, STF).
5) Provimento
Trata-se da forma de ocupação do cargo público pelo servidor. É um ato administrativo por meio do qual há esse preenchimento de cargo, atribuindo as funções a ele inerentes a uma determinada pessoa. A lei e a doutrina costumam dividir as hipóteses de provimento de cargos em dois grupos: provimento originário e provimento derivado:
	Provimento originário
	Provimento derivado
	
- Nomeação
	
- Promoção
- Readaptação
- Reversão
- Reintegração
- Recondução
- Aproveitamento
5.1) Provimento originário 
Trata-se do primeiro provimento do agente em determinada carreira – é o ato administrativo que atribui um cargo a servidor que não integrava o quadro de servidores daquele órgão. Em outras palavras, o agente está entrando pela primeira vez na nova carreira. 
O ordenamento jurídico reconhece como única forma de provimento originário a nomeação. 
Todavia, uma vez realizada a nomeação do candidato, este ato não lhe confere a qualidade de servidor público, mas tão somente a garantia de ocupação daquele cargo. Para que o particular se torne servidor público, deverá assinar o termo de posse, aceitando-se submeter a todas as normas definidas no estatuto. Por isso, a lei estabelece que o provimento do cargo se dá coma nomeação, a investidura se dá com a posse. 
5.2) Provimento derivado
Nas situações de provimento derivado, o cargo público será atribuído a um servidor que já tem uma anterior relação com a Administração Pública, mais especificamente, já se encontra exercendo funções na carreira em que pretende assumir novo cargo. Somente é possível o provimento derivado de outros cargos na mesma carreira em que houve provimento originário anterior. 
Observação: Súmula vinculante 43 É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
Espécies de provimento derivado
- Promoção
- Readaptação
- Reversão
- Reintegração
- Recondução
- Aproveitamento
5.2.1) Promoção 
Promoção é o provimento derivado vertical, enseja na garantia de o servidor público ocupar cargos mais altos, na carreira de ingresso, alternadamente por antiguidade e merecimento.
 Promoção = Progressão funcional, pois para que seja possível a promoção é necessária que o servidor tenha ingressado mediante aprovação em concurso público em cargo escalonado em carreira (ex.: Analista I, Analista II, Analista III...) a escolha do servidor a progredir na carreira deve ser feita por critérios de antiguidade e merecimento de forma alternada. Já a progressão funcional, é o aumento remuneratório sem mudança de cargo e ocorre em determinadas carreiras em que o cada cargo é escalonado com pagamento de vencimento progressivos, sempre por antiguidade 
Ressalta-se, que não é possível assumir cargo em outra carreira, por meio de promoção (exemplo: fez concurso para técnico do TJ não pode ser promovido para analista do TJ, pois trata-se de outra carreira que somente poderá ser assumida mediante novo provimento originário, ou seja, deve haver aprovação previa em concurso). Essa situação caracteriza ascensão ou acesso, ou seja, a possibilidade de mudança de carreira sem a realização de concurso, não é mais possível dentro do ordenamento jurídico brasileiro. 
5.2.2) Readaptação 
Readaptação é o provimento derivado horizontal, consiste no aproveitamento do servidor em novo cargo, em razão de uma limitação sofrida na capacidade física ou mental. Nesses casos, o agente será readaptado, assumindo um novo cargo, cujas funções sejam compatíveis com a limitações que sofreu em sua capacidade laboral, dependendo a verificação desta limitação a um laudo proferido por junta médica oficial, que ateste a impossibilidade de o sujeito se manter no exercício das atividades que exerça.
Na readaptação é garantida a equivalência de vencimentos, ou seja, não pode haver alteração remuneratória em virtude de readaptação. De fato, a readaptação será efetivada em cargos de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos. 
Se não houver cargo nenhum cargo, com funções compatíveis, o servidor será aposentado por invalidez. 
5.2.3) Reversão 
Retorno do servidor aposentado ao exercício do cargo público. Pode se dá pela reversão da aposentadoria por invalidez, se cessadas as causas que ensejaram a invalidez do servidor ou pela reversão do servidor aposentado voluntariamente, desde que atendidos alguns critérios, como interesse da administração pública, solicitação de reversão pelo servidor, aposentadoria tenha sido voluntária, servidor já fosse estável quando se aposentou, a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anteriores ao pedido de reversão e que haja cargo vago. 
Observações:
 parte da doutrina e da jurisprudência, vem entendendo que não seria possível a reversão do servidor aposentado de forma voluntária, visto que quando se aposentou o servidor quebrou o vínculo jurídico com a administração, nesse sentido permitir seu reingresso seria como burlar a regra constitucional do concurso público. Dessa forma, se o servidor aposentado deseja retornar a atividade, deve fazer novo concurso público para provimento originário.
Nesse sentido, só seria possível a reversão do aposentado por invalidez, desde que cessadas as causas que ensejaram a incapacidade laboral do agente.
 Após os 75 anos de idade não é possível ocorrer a reversão em nenhum caso, por se tratar da idade limite para a aposentadoria compulsória. 
5.2.4) Reintegração
É o provimento derivado que enseja o retorno do servidor estável ao cargo que ocupava anteriormente, em virtude da anulação do ato de demissão.
Ocorre, portanto, quando invalidada a demissão do servidor estável pode decisão judicial ou administrativa, sendo que o reintegrado será indenizado por tudo que deixou de ganhar em virtude da demissão ilegal.
Apesar da exigência de estabilidade, o STF vem entendendo que basta que o servidor tenha um cargo público efetivo, portanto poderá está no período de estagio probatório que terá direito a reintegração. 
Nestes casos, se algum servidor ocupava o cargo do reintegrado, será reconduzido ao cargo de origem, a princípio. 
5.2.4) Recondução
É retorno do servidor ao cargo anteriormente ocupado por ele. Ocorre em duas situações:
 Inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo: é quando o servidor público retorna à carreira anterior em que já havia adquirido estabilidade, ao invés de ser exonerado pelo serviço público. 
 reintegração do anterior ocupante: é quando o agente público ocupa cargo de um servidor que posteriormente é reintegrado. Não gera direito a indenização
5.3.5) Aproveitamento
Trata-se do retorno de determinado servidor público que se encontra em disponibilidade para assunção de cargo com funções compatíveis com as que exercia, antes de ter extinto o cargo que ocupava. A disponibilidade é remunerada proporcionalmente ao tempo de serviço. Não há prazo para o término da disponibilidade, mas o servidor tem garantia de que, surgindo cargo vago compatível, seu aproveitamento será obrigatório. 
Dica:
Aproveito o Disponível.
Reintegro o Demitido.
Reverto o Aposentado.
Reconduzo o Inabilitado 
Readapto o Incapacitado.
6) Vacância 
É o termo para descrever cargo público vago. a lei prevê sete hipóteses.
 Aposentadoria:
· Quando o servidor público passa para inatividade mediante ato praticado pela administração pública;
· Deverá ser aprovada pelo Tribunal de contas para que tenha validade por se tratar de ato complexo; 
· Hipóteses: compulsória, voluntária e por invalidez
 Falecimento: fato alheio ao interesse do servidor ou da administração pública e que torna inviável a ocupação do cargo
 Exoneração: é dissolução do vinculo com o poder público, por situação prevista em lei, sem caráter de penalidade. Pode ser a pedido do servidor ou por vontade da Administração.
 Demissão: cabível sempre que o servidor comente infração funcional, prevista em lei, e punível com a perda do cago público. Deve ser precedida de processo administrativo disciplinar. 
 Readaptação: o servidor readaptado, ao assumir o novo cargo, com funções compatíveis com sua nova situação, deverá tornar vago o cargo anteriormente ocupado. 
 Promoção: a assunção do novo cargo causa a vacância do cargo anteriormente ocupado.
 Posse em cargo inacumulável: em virtude da vedação constitucional de acumulação de cargos e empregos públicos, será necessária a vacância do cargo anteriormente ocupado. 
7) Deslocamento
São duas hipóteses de deslocamento que não configuram provimento ou vacância do cargo público. 
 Remoção: é um deslocamento funcional, ou seja, deslocamento do servidor público dentro do mesmo quadro de pessoa, ou seja, dentro da mesma carreira, com ou sem mudança de sede e domicilio.
A remoção de oficio é sempre concedida, no interesse da administração pública, enquanto a remoção a pedido é concedida a critério da administração pública. Trata-se um de ato discricionário. 
Entretanto, existem hipóteses que a administração está vinculada a concessão da remoção, ou seja, a administração pública será obrigada a remover o servidor:
· Deslocamento do cônjuge do servidor: a jurisprudência do STJ dispõe, que para a concessão destaremoção, é necessário demonstrar que os dois servidores coabitavam.
· Por motivo de saúde do servidor, cônjuge ou de dependente econômico do servidor, comprovado o requisito por laudo médico oficial.
· Em virtude de processo seletivo de remoção, cujo numero de interessados seja superior as vagas. 
 Redistribuição: deslocamento do cargo público, ou seja, na redistribuição é o cargo que se desloca. É sempre feito de oficio, ou seja, no interesse da administração pública.

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