Buscar

Tanalogia Forense

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Tanalogia Forense
Conceito: Ramo da medicina legal que estuda a morte, o morto, bem como sua repercussão, especialmente jurídica.
Finalidades: Auxilia a investigação criminal, os peritos e autoridade policial, para conhecer e definir as circunstâncias que desencadearam a situação e a morte. O estudo é importante para que todo procedimento pericial seja feito da forma adequada, possibilitando uma orientação acerca da autoria e materialidade do fato criminoso. Ajuda no esclarecimento da causa e tempo de morte.
1. Morte
Conceitos iniciais e importantes:
a) Morte cardíaca: cessação irreversível dos batimentos cardíacos.
b) Morte encefálica: morte do tronco encefálico, composto pela ponte de Varólio e bulbo radiquiliano.
c) Morte aparente: estado de profundo embotamento das funções vitais, em que se torna muito difícil escutar os batimentos cardíacos, pois estão bem fracos, ou perceber os movimentos respiratórios.
d) Morte natural: pode ter origem em eventos congênitos, quanto em patologias adquiridas.
e) Morte suspeita: é aquela que decorre de causa duvidosa.
f) Morte violenta: é aquela oriunda de meios externos, é a transferência de energia do meio externo para o corpo, pode ser por acidentes, suicídio ou algum crime. 
1.1 Necropsias
Conceito: é o exame externo e interno de um cadáver, realizada por um médico, exclusivamente. 
Atenção! Perinecroscopia é diferente de Necropsia. Isto porque, perinecroscopia é o exame do local da morte; dos fatos; é feita por peritos criminais; analise criminal do local onde a morte aconteceu. Não é necessário ser médico.
Finalidades da necropsia:
· Clínica: feitas por patologistas, é a morte por antecedentes patológicos. 
· Forense: feita por médico-legistas, é a morte violenta ou suspeita.
Causa médica: mecanismo biológico que originou a morte.
Causa jurídica da morte: aferição de um homicídio, suicídio, acidente e etc.
Quando é necessária – obrigatória - uma necropsia médico-legal (forense)
· Morte por causas externas: morte violenta transferência de energia do meio externo para o corpo.
· Morte suspeita: quando há possibilidade da morte não ter sido por causas naturais.
OBS: A morte por antecedentes patológicos (morte natural, por doenças) não é obrigatória, pode ser realizada com a autorização da família ou pedido desta.
OBS 2: a morte por omissão de socorro é considerada pela doutrina como morte externa e, portanto, é necessária a necropsia.
Virtopsia: É necropsia virtual, feita por imagens, ressonância magnética, tomografia computadorizada. 
1.2 Morte suspeita 
A morte é considerada suspeita sempre que houver possibilidade de não ter sido natural a sua causa, é aquela que decorre de causa duvidosa. 
Podem ser classificadas da seguinte forma:
· Pela subtaneidade: aquela que ocorre de forma inesperada e brusca, mas sem uma causa que explique, ou seja, ocorre em alguém aparentemente saudável. 
· Pela violência oculta: não há lesões externas e podem estar ocultos traumas internos ou envenenamento. Também se inclui nessa classificação o corpo encontrado em estado avançado de putrefação.
· Pela violência indefinida: indícios de violência, mas o mero exame externo não pode precisar sua causa.
· Por infortúnio do trabalho: doenças ou acidentes de trabalho
Observação: Para Genival Veloso de França, existem mais duas formas de morte suspeita: 
1) Morte por cirurgias eletivas: ex.: uma cirurgia plástica 
2) Morte sob custódia da administração judiciária: ex.: um preso sob a custódia de um policial. 
1.3 Inumação e Exumação
Inumação: é a forma mais comum, é o enterro do corpo. Não deve ocorrer antes de 24 horas e nem após 36 horas, exceto em casos de doenças contagiosas. 
Exumação: é desenterrar o corpo para exames necessários para elucidação dos fatos. Está disciplinado no código de processo penal.
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.
Segundo o art. 163 o dia e o horário devem ser previamente agendados, o documento que será emitido na exumação é o auto circunstanciado, O administrador do cemitério deve indicar o local da sepultura, sob pena de crime de desobediência.
Auto de exumação e reconhecimento:
1) Cientificar a administração do cemitério quanto a data e hora;
2) Fazer convida autoridade policial, familiares do morto, testemunhas presentes no sepultamento, para identificação da cova;
3) Abertura da urna;
4) Fotografias
5) Exame cadavérico completo, com descrição minuciosa que inclui a fase de putrefação;
6) Coleta de terra e fragmentos de tecidos;
7) Exames histológico (microscópico) e toxicológico. 
1.4 Sobrevivência 
Perícia do tempo de sobrevivência.
Premoriência e comoriência 
Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
Comoriência presunção.
Premoriência Deve ser provada, responde-se a seguinte indagação: quem morreu primeiro?
Meios para descobrir quem morreu primeiro:
1) Morte súbita: abrupta
2) Morte mediata: sobrevivência por algumas horas
3) Morte agônica: dias após a eclosão de sua causa básica
A morte agônica é uma morte lenta, com sofrimento, por isto é que se diz que durante o período de sobrevivência, o indivíduo, por causa da dor, faz com que seu corpo reaja e dê elementos para eventual Docimásias. Estes dados podem determinar se a morte se deu de forma agônica, mediata ou súbita. 
“Docimásias da agonia” 
1) Docimásias hepáticas: analise o nível de glicogênio e da glicose no fígado.
2) Docimásias suprarrenais: verificação de adrelina nas glândulas suprarrenais. 
· Se as reservas estiverem diminuídas, significa que houve consumo de energia, concluindo que o corpo reagiu e gastou o estoque para se manter vivo, dessa forma, medindo os níveis das Docimásias é possível verificar quem morreu primeiro e quem sobreviver por mais tempo. Quanto menor o estoque maior tempo de sobrevivência, estoque em maior quantidade menor tempo e estoque “completo” de energia morte súbita. É através dessa análise que é possível se verificar quem morreu primeiro, ou seja, a Premoriência. 
2. Cronologia da morte
Também chamada de Cronotanatognose, cronotanatodiagnose ou Tanatocronodiagnose. É o estudo do tempo da morte. 
CRONO = Tempo
TANATO = Morte
GNOSE = Conhecimento
Tal instituto possibilita o diagnóstico da hora aproximada que a morte ocorreu, ou seja, uma estimativa do “tempo da morte”. Da mesma forma, ajuda a estabelecer a causa jurídica da morte, o nexo causal com o evento narrado, bem como a análise acerca da comoriência. 
Período de incerteza de Tourdes É um período quantificado em cerca de seis horas antes e seis horas depois da morte, no qual há uma incerteza acerca do diagnostico das lesões, não se podendo definir se elas tiveram causa anterior ou posterior à morte. 
2.1 Fenômenos cadavéricos
A cronologia da morte pode ser estabelecida através da verificação dos fenômenos cadavéricos, tais dados podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico do tempo de morte, podem ser:
· Abióticos, avitais ou vitais negativos:
 Imediatos: cessação das funções vitais (sinais de probabilidade de morte é o período de incerteza de Tourdes)
 Consecutivos ou mediatos: são os sinais de certeza de morte, conforme o art. 162, deve se aguardar no mínimo seis horas (exemplo: rigidez, livores, resfriamento e evaporação tegumentar) 
· Transformativos:
 Destrutivos: destroem a matéria orgânica, exemplos: putrefação, maceração.
 Conservadores: conservam a matéria orgânica, exemplo: mumificação. 
3. Fenômenos abióticos consecutivos ou mediatos. 
· Evaporação cadavérica:com a morte o corpo perde o controle hídrico. Isso influi na perda de peso, pergaminhamento da pele (enrugamento), dessecamento das mucosas, modificação nos bulbos oculares.
· Esfriamento cadavérico: tendência a igualar a temperatura com o do ambiente – chamado também de algidez.
· Manchas de hipóstase: Livor mortis 
· Rigidez cadavérica: Rigor Mortis; é progressivo. 
3.1 Fenômenos Oculares 
Estão relacionados com a evaporação tegumentar/desidratação dos tecidos. O corpo humano é composto na sua maior parte por água, dessa forma, com a morte cessa o controle hídrico do corpo, provocando o dessecamento dos tecidos.
Iniciam-se entre 1-3 horas após a morte 
 Tela viscosa, cerca de 30 minutos, o tempo é bastante variável, pois irá depender se o olho ficou aberto ou fechado, da temperatura do ambiente, a umidade e outras variáveis.
 Opacificação da córnea 
 Ressecamento das conjuntivas, que são as membranas que revestem os olhos.
Sinal de Sommer-Larcher = mancha negra escleral 
Esclera é a parte branca do olho.
 Começa a aparecer de 3-5 horas da morte, dependendo da velocidade da evaporação. Geralmente tem formato circular ou oval, fica negra com mais ou menos seis horas de morte, quanto mais tempo passar, mas escura fica.
 É um sinal de ressecamento cadavérico. A esclera do olho tem uma grande quantidade de água e é espessa (grossa), quando se inicia a evaporação cadavérica, a esclera perde água e com passar das horas vai ficando mais fina, o que permite a visualização, por transparência da coroide, que é uma parte do olho interna que fica invisível aos olhos humanos. Com a perda de água e com a esclera mais fina fica possível a visualização da coroide que tem uma cor escura. 
Sinal de Ripault = depressão do globo ocular
Conhecido como olho “amassado”, é a deformação da pupila com a pressão do dedo diretamente sobre o olho. Aparece cerca de oito horas após a morte. 
3.2 Resfriamento cadavérico 
A tendência do cadáver é equilibrar sua temperatura com a do ambiente à sua volta. Porém, fatores como o ar, a umidade e a ventilação são meios que roubam calor, influenciando no esfriamento do cadáver. A aferição da temperatura no cadáver é feita, preferencialmente, no reto. 
O estudo da determinação do esfriamento cadavérico é importante na determinação da hora aproximada da morte.
 É conhecido por Algor mortis ou algidez.
 O corpo “perde” cerca de 1,5ºC por hora, quantidade bem variável, pois dependente das condições do ambiente. (nas primeiras três horas perde 0,5ºC).
 Fórmula do tempo de morte: 
 		 TM = 	37,2ºC – temperatura retal
 1,5ºC
Por esta fórmula é possível calcular um tempo de morte aproximado, entretanto é bastante variável, pois existem inúmeros fatores que influenciam no resfriamento cadavérico. 
Outro ponto importante é que esses dados só servem para mortes ocorridas entre 12 e 15 horas.
3.3 Livores Cadavéricos – Hipóstase 
São as manchas de posição: 
Hipo = baixo
				 	Parada de sangue em áreas mais baixas
Stase = parada
Quando o corpo humano está vivo o sangue está circulando, pois o coração está batendo e bombeando sangue para o corpo todo. A partir do momento que ocorre a morte, o coração para de bater e o sangue para de circular e a gravidade passa a atuar sobre o corpo, fazendo com que o sangue se deposite das áreas de declive. 
 Começam com 2 a 3 horas após a morte;
 Generalizam com mais ou menos seis horas;
 Fixam com cerca de doze horas e permanecem até a putrefação.
Podem ser móveis nas primeiras doze horas, e portanto podem dar indícios se o corpo foi removido de determinado local. 
 
3.4 Rigidez cadavérica – Rigor Mortis
A rigidez cadavérica é um endurecimento muscular. Nela, há acidificação dos músculos e falta de oxigenação. O tempo em que o cadáver permanece rígido é chamado de “período de estado”.
 Lei de Nystem Sommer-Larcher: progressão crânio-caudal (da cabeça para os membros inferiores) e dos menores para os maiores grupos musculares.
 Etiologia da rigidez (causa): é multifatorial, em síntese ocorre a evaporação/supressão de ATP (adenosina trisfosfato) e de oxigênio celular; acidificação dos tecidos pela falta de oxigênio e produção de íons H+; coagulação de miosina nas fibras musculares.
 Cronologia da rigidez cadavérica (grande variação)
· Começa em 1 a 2 hora músculos da nuca e da face, sendo que o primeiro a ficar rígido é o Masseter (relacionado a mastigação) 
· 2 a 4 horas rigidez chega aos membros superiores
· 4 a 6 horas tórax e abdome ficam rígidos
· Em 6 a 8 a rigidez chega aos membros inferiores
· Em oito horas a rigidez se torna generalizada e permanece até 24 horas após a morte, desaparecendo com início da putrefação.
Observação: A rigidez desaparece na mesma ordem de origem, ou seja, progressão craniocaudal, dos menores para os maiores grupos musculares. 
A flacidez se dá início da putrefação, com duração média de 36 a 48 horas 
4. Fenômenos Transformativos 
Os fenômenos transformativos são entendidos como sinais patognomônicos de morte. Se dividem em destrutivos (autólise, putrefação e maceração) e conservadores (mumificação, saponificação, corificação e calcificação) 
4.1 Fenômenos transformativos destrutivos
4.1.1 Autólise
É processo de destruição das células, caraterizado pela ação das suas próprias enzimas.
Acontece em nível celular, é o fenômeno mais precoce, já que ocorre nos primeiros minutos da morte, por ocorrer em nível celular só é possível a visualização por microscópio. Não há interferência de bactérias, somente as enzimas da própria célula. 
4.1.2 Putrefação
A putrefação é a decomposição fermentativa da matéria orgânica pela ação de diversos micro-organismos, como germes e bactérias, que estejam presentes ou não no corpo humano.
Tal fenômeno depende das condições climáticas, do solo, da falta de oxigênio, acidificação maior ou menor do meio, ação de bactérias de decomposição, flora e fauna cadavérica. 
Além disso fatores intrínsecos (como constituição física, idade e causa mortis), bem como extrínsecos (temperatura, umidade e ventilação) também influenciam na rapidez com que a decomposição irá agir, fazendo com que os fenômenos dela decorrentes possam ser retardados. 
 É mais rápida em crianças, recém-nascidos, pessoas obesas, vítimas de graves infecções e grandes mutilações (pois essas pessoas são mais tendentes a proliferação de bactérias e germes).
 O ambiente exerce grande influência da putrefação do cadáver, pois locais mais quentes, secos e muito arejados dificultam a putrefação e favorecem a mumificação. Se ao invés disso, o ambiente for quente úmido e pouco arejado, a putrefação dará lugar a saponificação. 
Ambientes muito quentes, muito úmidos e pouco arejados são estaticamente mais propícios a putrefação. Quanto mais quente, maior será rapidez do fenômeno. 
 Em adultos o primeiro sinal é a mancha verde abdominal, se essa mancha aparecer em outros locais existem outras hipóteses,
 Coloração: sulfomenta-hemoglobina as bactérias produzem enxofre, que se liga a hemoglobina que forma a substância “sulfomenta-hemoglobina” que tem a cor esverdeada.
· Fases da putrefação
I) Período Cromático (coloração)
II) Período Gasoso (enfisematoso)
III) Período Coliquativo (liquefação)
IV) Período de esqueletização
I) Fase cromática 
Mancha verde abdominal: aparece com cerca de 20 a 24 horas de morte, se estende por todo corpo em cerca de 3 a 5 dias.
O aparecimento da mancha verde abdominal aparece com mais frequência na região da fossa ilíaca direita, onde se localiza o ceco, na qual já uma grande proliferação bacteriana. 
· Hipóteses para quando a mancha verde aparecer em outro local:
a) Afogamento: normalmente aparece no pescoço ou no tórax, porque o afogado aspirou uma grande quantidade de água contaminada, com grande número de bactérias.
b) Recém-nascido: a mancha normalmente aparece no pescoço e no toráx, porque o recém-nascido tem o primeiro contato de vida extrauterina com o ar atmosférico, que tem uma grande quantidade de micro-organismos (bactérias, germes), no RN não começa no intestino, porque nele ainda estão ausentesas bactérias neste órgão, visto que só tem bactéria no tubo digestivo quando se alimenta. 
c) Ao redor ou local de lesões: sangue exposto é meio de cultura para bactéria.
II) Fase Gasosa ou enfisematosa
Com inicio da decomposição, vão surgindo gases no interior do corpo. Posteriormente esses gases, algumas vezes por não ter por onde sair, acabam formando bolhas com conteúdo podre.
 Gases da putrefação ou enfisema putrefativo
 Duração média: 5 a 7 dias, duração máxima duas semanas 
 Características externas do cadáver:
· Aspecto gigantesco: face, abdome e órgaõs genitais “inchados”; na mulher pode ocorrer aumento das mamas e o prolapso uterino (útero saindo pela vagina);
· Posição de lutador;
· Projeção dos olhos e da língua;
· Circulação póstuma de Brouardel: ocorre por força de gases da putrefação que se espalham no interior dos vasos sanguíneos (que ficam com aparência de telha de aranha), os vasos ficam dilatados e ficam mais visíveis na superfície, esse sinal indica uma semana de morte, aproximadamente. 
· Distensão de alças intestinais.
Observação: é por causa da fase gasosa que um cadáver que estava no fundo de um rio pode vir a emergir. 
III) Fase coliquativa – liquefação
É o período de dissolução pútrida do cadáver, que pode durante de um a vários meses e ocorrer apenas em parte ou no cadáver como um todo. Inicia-se, em geral, com cerca de três semanas após a morte.
Nessa fase tem-se o estudo na fauna cadavérica (entomologia).
IV) Fase de esqueletização
Nessa fase o cadáver vai perdendo os tecidos moles. Os músculos, vísceras e ossos vão aparecendo. O período vai de meses a anos. Analisar onde foi achado, o tipo de solo, o clima. Lembrar que animais podem ter arrastado o cadáver. 
4.1.3 Maceração 
A maceração é o processo de transformação no qual há destruição dos tecidos moles do cadáver, pela ação prolongada de líquidos. Como sinais característicos, a epiderme pode ser destacada da derme e a pele me geral tende a ficar esbranquiçada e enrugada. 
· Maceração asséptica: Não há contaminação do líquido. Ex.: feto morto retido no útero da mãe
· Maceração séptica: Exposição do cadáver em liquido contaminado. Ex.: afogamento em rio. 
4.2 . Fenômenos transformativos conservadores
· Mumificação: A mumificação é um fenômeno cadavérico que acontece em locais de clima quente e seco e com muito vento (exposição do cadáver ao ar). Essas condições ambientais favorecem, ainda que de forma inicial, a parada da putrefação, pois há um rápido dessecamento da pele. Obs.: A mumificação pode favorecer a identificação, pois preserva os tecidos (é possível colher, por técnicas especiais, a impressão digital).
· Saponificação (ou adipocera): É um fenômeno tardio, mais comum em solos argilosos, úmidos e com pouco acesso ao ar atmosférico. No caso da saponificação, a putrefação acontecerá até certo ponto, mas com a produção de ácidos graxos pelas bactérias que reagem quimicamente com elementos minerais do solo (como a argila), teremos um material similar a cera/sabão que conservará áreas do cadáver. A adipocera é um fenômeno assimétrico, sendo mais comum em áreas mais gordurosas do corpo e não no cadáver inteiro.
· Calcificação: É o chamado litopédio (lito: pedra; pédio: criança; litopédio: “feto de pedra”). Ocorre em feto morto no útero materno, onde acontecerá a maceração e depois o cálcio se deposita nos tecidos macerados, calcificando esse corpo. 
· Corificação: A pele fica parecendo um couro, endurecida. Ocorre quando o em urnas metálicas de zinco, hermeticamente fechadas.

Continue navegando