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TCCKELLY - Versao final

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FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA
KELLYREBOUÇAS MACIEL
MENSURAÇÃO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS NO PROCESSO FABRIL E DESTINAÇÃO DOS SUBPRODUTOS NA ATIVIDADE MOVELEIRA: UM ESTUDO DE CASO NA MARCENARIA NENGO MOVEIS
EUNÁPOLIS, BA
2019
MENSURAÇÃO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS NO PROCESSO FABRIL E DESTINAÇÃO DOS SUBPRODUTOS NA ATIVIDADE MOVELEIRA: UM ESTUDO DE CASO NA MARCENARIA NENGO MOVEIS
Trabalho apresentado às Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte das exigências para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis, sob orientação do professor Haroldo Azevedo.
EUNÁPOLIS, BA 2019
,
MENSURAÇÃO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS NO PROCESSO FABRIL E DESTINAÇÃO DOS SUBPRODUTOS NA ATIVIDADE MOVELEIRA: UM ESTUDO DE CASO NA MARCENARIA NENGO MOVEIS
Aprovada em:	/	/	
Conceito Final:	
BANCA EXAMINADORA
Haroldo Luiz de Azevedo Silva
DEDICATÓRIA
Agradeço a Deus em primeiro lugar por me conceder a vida e saúde para alcançar meus objetivos.
Ao meu pai por me ensinar o verdadeiro valor da educação, sempre me orientando a prosseguir e me dedicar aos estudos, que em certo momento da minha vida foi mãe também e embora todas as diferenças que nós dois temos eu o admiro e o amo por ser quem ele é.
Meu namorado que embora o cansaço de um dia longo de trabalho todos os dias me esperava e levava para casa.Aos meus amigos que sempre me apoiaram em todos momentos.
AGRADECIMENTOS
Mediante a tantos esforço e obstáculos mais uma etapa da vida se conclui, uma explosão de sentimentos vem à tona, felicidade por ter conseguido finalizar com êxito meu trabalho, tristeza, mas uma tristeza boa, pois vou sentir falta dos momentos bons e ruins que passei instituição.
Meus agradecimentos ao meu mestre orientador que sem as suas instruções não teria conseguido finalizar este trabalho. A ti meu “Muito Obrigado”!
Meus agradecimentos aos meus colegas de classe que sempre me ajudaram e me divertiram nos tempos em que passamos juntos, em especial ao grupinho com que mais me identifiquei meus queridos Clayton Vinicius, Isabela Gonçalves, Lara Feitosa, Sandro Carneiro, Tamires Coelho e em especial a Leila Regina que sempre que pode me ajudou na formatação deste trabalho e a Savannah Guedes pessoa quem mais me apoiou nos momentos difíceis dessa longa jornada, uma colega que se tornou amiga, ou melhor uma irmã que vou levar para o resto da vida, à vocês meus queridos meu “Muito Obrigado”.
RESUMO
Este trabalho tem como principal objetivo reconhecer os custos envolvidos no processo fabril de perdas dos subprodutos (pó, serragem e sobras) na atividade moveleira de forma que a contabilidade de custos através do métodos de custeio por absorção facilite sua mensuração, afim de auxiliar a contabilização do processo de fabril para assim que a empresa tenha um ganho de capital através dessa mensuração, ajudando os gestores nas tomadas de decisões, nos seus rendimentos, proporcionando melhoras nos seus custos de produção, e dando uma utilização total aos subprodutos gerados no processo de fabricação, podendo assim melhorar a competitividade e o faturamento da empresa.
Palavras-Chave: Mensuração. Métodos de Custeio. Produção.
Figura 1 – Estrutura organizacional	10
Figura 2 – Responsabilidade dos setores	13
Figura 3 – Processamento das janelas	15
 (
LISTA 
DE FIGURAS
)
Figura 4 – Processamento das portas	
Tabela 1 – Reconhecimento de gastos das portas	11
Tabela 2 – Reconhecimento de gastos das janelas	12
Tabela 3 – Analise dos resultados 	16
 (
LISTA 
DE 
TABELAS
)
Tabela 4– Identificação das perdas
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
LTDA- Limitada
 (
LISTA 
DE 
ABREVIATURAS
)
INTRODUÇÃO	10
METODOLOGIA	09
REFERENCIALTEÓRICO	14
TÍTULO DO SUBCAPÍTULO ISEHOUVER	14
TÍTULO DO SUBCAPÍTULO IISE HOUVER	14
APRESENTAÇÃODOS RESULTADOS	17
TÍTULO DO SUBCAPÍTULO ISEHOUVER	17
Título do tópico I do subcapítulosehouver	17
Título do tópico II do subcapítulosehouver	17
Título do tópico III do subcapítulosehouver	17
ANÁLISEDOS RESULTADOS	18
AÇÕES COM BASENAANÁLISE	19
CONSIDERAÇÕES FINAIS	20
REFERÊNCIAS	21
 (
SUMÁRIO
)
ANEXO
1 INTRODUÇÃO
Desde a década dos anos 90 os países desenvolvidos eram os responsáveis pela fabricação e pelo consumo de moveis com predominância em madeira. Com o passar dos anos a demanda e procura por mobília deste seguimento tem aumentado e passaram a não serem consumidos apenas pelos países desenvolvidos também pelos demais países. De modo que a fabricação de móveis, em especial os de madeira, vem se tornando uma das mais tradicionais atividades da indústria deste século. 
Conforme o BNDES (2012, p. 231) “A indústria moveleira do Brasil tem histórica especialização na produção de artigos confeccionados com madeira, já que fatores geográficos e climáticos favorecem a oferta em abundância de insumos de origem florestal no país”. Também segundo o BNDES (2012, p. 229): 
A fabricação de moveis, em especial os de madeira, pode ser considerada uma das mais tradicionais atividades da indústria de transformação. O setor reúne características como elevada utilização de insumos de origem natural, emprego relativamente intensivo de mão de obra, reduzido dinamismo tecnológico e alto grau de informalidade.
A indústria moveleira se caracteriza pelos diversos processos de produção, no qual envolve diferentes matérias-primas e a diversidade de produtos finais, e pode ser dividida principalmente em função dos materiais com que os móveis são confeccionados (madeira), assim em conformidade com sua destinação e seus aspectos técnicos, as empresas desse ramo em geral, são especializadas em um ou dois tipos de móveis, como, por exemplo, portas, janelas, sofás ,mesas, cadeiras entre outros.
O BNDES (2012, p. 232) destaca “A importância do setor moveleiro para a economia brasileira é claramente percebida por meio de sua capacidade de geração de empregos, por sua disseminação pelo território nacional e pela grande quantidade de encadeamentos a montante e a jusante de sua cadeia produtiva”.
Sabe-se que grande parte dos resíduos da cadeia produtiva de uma marcenaria é gerada no processamento primário. A fração percentual que representa os resíduos varie em função de determinados fatores, como o tipo de processo, as máquinas utilizadas e as dimensões e características físicas e anatômicas das toras vindo assim trazer perdas de mais ou menos 20% a 50% a depender das características da madeira utilizada.
Os produtos derivados da base florestal são divididos em categorias, que são elas: chapas, compensados, resinas, lenha, madeira e móveis. Seja qual for à categoria que a indústria se encaixe a produção de resíduos é inevitável diante do processo de fabricação.
Segundo Fontes (1994), as características morfológicas, dos residues dessas indústrias são classificados como: cavacos  -  partículas com dimensões máximas de 50 × 20 mm, em geral provenientes do uso de picadores; maravalhas  -  resíduo com menos de 2,5  mm; serragem  -  partículas de madeira com dimensões entre 0,5 e 2,5  mm, provenientes do uso de serras; pó – residues menores que 0,5 mm; lenha - resíduos de maiores dimensões, compostos por costaneiras, aparas e resíduo de topo de tora.
Desta forma o trabalho apresentado procura tratar em específico as perdas patrimoniais dos subprodutos da atividade moveleira na empresa Nengo indústria e comércio de móveis Ltda. no município de Trancoso, em Porto Seguro BA. Diante disso, a questão principal dessa pesquisa consiste em: como a mensuração dos produtos no processo fabril e a destinação dos subprodutos podem contribuir para a competitividade da empresa?
2 METODOLOGIA
Esta pesquisa consiste em descrever alguns métodos tais como entender qual a melhor alternativa, no sentido da contabilidade verificar e determinar custos, de forma que as decisões de investimentos estejam baseadas em custos e benefícios devidamente avaliadosidentificar os custos incorridos; verificar os gastos; e obter novas receitas.
A pesquisa procura identificar como a empresa calcula o custo dos produtos fabricados, bem como o custo dos produtos vendidos a saída do deposito, o que lhe permite apurar resultados por produtos. Já no segundo objetivo, a contabilidade de custos irá identificar todos os setores internos que originam custos, de forma a poderem ser acompanhados, analisados e controlados, permitindo o conhecimento de todos os custos da empresa nos diferentes setores área fabricação, comercial e administrativa e financeira, com vista ao seu controle e racionalização.
A metodologia a ser usada nesta pesquisa será um estudo de caso na Nengo Indústria e Comércio de Móveis LTDA, que tem como finalidade fabricação de móveis e esquadrias com predominância em madeira. Inscrita no CNPJ 276.700/0001-67, uma sociedade, como sócio majoritário o Sr Eremilton Soares Maciel e como sócia minoritária o Srª Kelly Rebouças Maciel, situada no distrito de Trancoso município de Porto Seguro, BA.
Devido a isto a pesquisa buscará conhecer os custos dos produtos elaborados, as sobras de madeiras, os cavacos, serragem e o pó de serra, sobras estas que antes deste trabalho eram descartados. 
Portanto, a marcenaria pode assim melhorar seus rendimentos e consequentemente, viabilizar seus custos de produção, dando uma utilização total aos resíduos gerados no processo fabril, podendo assim melhorar sua competitividade com reaproveitamento dessas sobras, cavacos, serragem e o pó de serra que irão melhorar o faturamento da empresa a fim de ajudar a responder às questões lançadas: 
· Que destinação se daria aos resíduos e as pequenas sobras de madeira que ocorre na produção? 
· De que maneira poderia estar aumentando o seu faturamento e competitividade, caso fosse feita a venda desses subprodutos?
 (
30
)
3 REFERENCIALTEÓRICO
Contabilidade de Custos
 A Contabilidade de custos é o ramo da contabilidade na qual estuda-se a racionalização dos gastos feitos, pois através do método de sistema de contas que evidencia elementos de custo que ocorrem na produção, tais como nas vendas ou no consumo, sendo esses elementos produtos, mercadorias ou serviços. Que tem como principal objetivo registrar de forma contábil as operações de produção da empresa, através das contas de custeio, determinado e registrando toda a movimentação dos componentes e os fatores da produção. 
Conforme Horngren, Datar e Foster (2004, p.2-3), a Contabilidade de Custos:
Fornece informações tanto para a contabilidade gerencial quanto para a financeira. Mede e relata informações financeiras e não financeiras relacionadas ao custo de aquisição ou à utilização de recursos em uma organização; inclui aquelas partes, tanto da contabilidade gerencial quanto da financeira, em que as informações de custos são coletadas e analisadas.
Para Beuren (1993) a contabilidade de custo pode ser comparada com os mesmos princípios da contabilidade geral auxiliando no controle da administração, por meio de relatórios, análises e interpretações dos gastos em relação aos procedimentos da empresa. Instruindo assim o administrador sobre quais resultados que necessitam de medidas a serem tomadas e na solução de vários problemas, tais como: auxiliar no preço do produto, nas análises das aplicações, crescimento dos recursos a fim de aumentar a produção ou vendas; para que por meio de tais medidas no sentido de fazer ou comprar para que assim a empresa possa ser beneficiada positivamente.
Contabilidade de custos e seus conceitos
Na Contabilidade de Custos existe uma série de conceitos utilizados para facilitar o entendimento de cada situação ocorrida nas organizações, onde cada uma delas tem uma função e uma concepção a seguir conforme vários autores.
Segundo Martins (,p 26)“custo é um gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços’’ e ele acrescenta que o “custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços) para a fabricação de um produto ou execução de um serviço’’. Sendo assim entende-se que gasto são os sacrifícios financeiros obtidos pela empresa a fim de executar a atividade de produção. E para Crepaldi (2002) gasto é a quitação de uma compra de um bem ou serviço.
Segundo Crepaldi (2002), Despesa pode ser considerada como o gasto da empresa que resulta na redução do patrimônio da mesma, por exemplo: gastos com impostos, comissão de vendas, etc. Porém, segundo Ribeiro (2017), mesmo não contribuindo inteiramente para a geração de novos itens a serem comercializados, as despesas exercem um papel fundamental, e o seu uso pode ter influência no aumento do faturamento da organização.
Para Bornia (2010) Custos diretos são aqueles que relacionados com as unidades de alocação de custos (produtos, processos, setores, clientes etc.), e são classificados conforme sua relação com os produtos ou a produção. Com relação aos produtos, os custos podem ser diretos ou indiretos, quanto à produção podem ser fixos ou variáveis.
Custos Diretos são identificados de forma simples, pois, são os custos de produtos ou serviços diretamente ligados à produção, prescindindo assim qualquer tipo de critério de rateio para sua alocação. Já os custos indiretos são aqueles que não são identificados diretamente com os produtos e necessitando assim de critérios de rateios para fazer a apropriação, segundo Crepaldi (2002). Os custos fixos são os custos constantes dentro do orçamento da empresa, logo, não se alteram independentemente da quantidade de produção eles continuarão com seus valores inalterados. Os Custos Variáveis tem relação direta com a variação de volume da produção ou do serviço prestado, sempre que há uma demanda maior os custos aumentam e de forma contraria acontece quando a demanda diminui segundo Perezet al. (2005).
Métodos de custeio
Sabe-se que existem vários métodos de custeio, porem um dos métodos mais utilizados para controle de custos; são eles o Custeio por Absorção e o Custeio variável ou direto. Sendo que cada um tem sua função, do mesmo modo cada ramo tem sua função e característica a decorrer de qual modo de custeio será utilizado.
Estes métodos são aplicados pelas empresas como fonte de gerenciamento e registro dos patrimônios monetários apresentando informações com precisão, desempenhando grande melhoria nas organizações assim podendo alcançar seus objetivos indagando a gestão de resultados. E conforme Crepaldi (2002, p. 223), “Método de custeio é método usado para apropriação de custos.”.
Custeio Variável ou Direto 
O Custeio Variável é um método de custeio onde só são associados aos produtos os custos variáveis, os custos fixos são considerados como despesas. Segundo Perez et al. (2005), entende que Custeio Variável ou Direto é a forma custeio que faz a separação dos gastos variáveis e fixos, ou seja, separa os gastos que sofrem alteração proporcional ao volume de produção e também de venda, e da mesma forma separa os gastos que não se alteram conforme aos volumes de produção e venda. 
Custeio por Absorção 
O autor Martins (2010), define o método de Custeio por Absorção como apropriação de todos os custos, sendo eles fixos ou variáveis, aos produtos fabricados ou serviços prestados no período. No Custeio por Absorção os gastos que não compõem os custos diretos de fabricação do produto ou de prestação do serviço são excluídos do cálculo, sendo eles direcionados como despesa na demonstração do resultado do exercício. 
A principal importância desse método é que todos os custos são apropriados aos produtos fabricados e serviços prestados, assim, os custos indiretos e diretos são incorporados ao produto em questão. Com isso, este método é ideal para empresas onde a maioria dos seus custos são fixos, como é o caso da marcenaria em estudo.
4 APRESENTAÇÃO DOSRESULTADOS
Esta pesquisa foi baseada em um estudo de caso na empresa Nengo Moveis, que atua na cidade de Trancoso desde 2009, no ramo de marcenaria tendo comoatividade principal fabricação de moveis.
Para que os móveis sejam fabricados, é necessário o pedido de encomenda, devido à possibilidade de fabricação de móveis exclusivos de acordo com a exigência do cliente. Entre os móveis produzidos estão mesas, cadeiras, guarda-roupas, camas e bi camas, portas, janelas, estantes, armários de cozinha e etc. Cada móvel com seu design específico e que acompanham as tendências de mercado e até mesmo características do cliente. 
A empresa apresenta um sistema de produção voltado a encomendas, em que a fabricação dos seus produtos se dá pelo nível de encomendas feitas, isto é, a empresa somente dispara a produção de um determinado produto, se este estiver uma grande demanda de saída e poucas unidades no estoque.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Esta empresa se estrutura em 3 diferentes setores, sendo: a direção, o financeiro e a fabricação. O setor financeiro e de fabricação estão subordinados diretamente aos seus administradores de modo que todas têm ligação direta com cada setor possibilitando a divisão de atividades e acompanhamento de rotinas. Diante das informações fornecidas para melhor entendimento elaborou-se um organograma a fim de expressar tal estrutura organizacional conforme figura 1.
FIGURA 1
Fonte: Própria autora
RESPOSABILIDADE DOS SETORES
Os setores executam suas atividades de forma sistemática para que não haja acumulo de serviços e a execução correta dos mesmos. Como por exemplo, o setor administração passa o orçamento de determinado produto junto com seu modelo para o setor de fabricação o mesmo executa e depois do serviço concluído passa a informação de conclusão para o financeiro voltando assim novamente para o setor da administração a fim de possa ser feita a entrega conforme figura 2.
FIGURA 2.
Fonte: Própria autora
5 APRESENTAÇÃO DE DADOS
Sabe se que os custos fixos assim como os indiretos são comuns em todo e qualquer processo de fabricação, com a necessidade de um rateio direcionando cada custo a fim de direcionar uma parcela de custos aos produtos fabricados, sendo assim observamos que há uma grande variedade de modelos de cadeiras estantes, armários, camas, mesas, janelas e portas sendo em média 5 e 10 orçamentos identificou-se que os moveis que tem grande demanda de produção e de saída do estoque são :
· Janelas
· Portas
3.2.1 Processamento das janelas com acionamento abrir modelo mexicana
Com destinação a serem usadas tanto internamente como externamente, formada por uma ou mais folhas que podem ter seu acionamento mediante a rotação em torno do eixo envolvido por dobradiças que pode se mover tanto para dentro como para fora do ambiente.
As janelas sólidas em estudo são compostas pelas seguintes peças: 
a) Chamadas de réguas, são as barras verticais; 
b) Chamadas de travessas superiores, são as barras horizontal superior; 
c) Régua batedora auxilia no acionamento fechar e abrir;
d) Travessas diagonais são as barras horizontais na diagonal; 
e) Travessas inferiores é a barra horizontal inferior. 
Para melhor entendimento segue figura a baixo:
FIGURA 3
 Fonte: LEITE, T. M. (2009)
Para a fabricação de uma janela é necessário 0,0128 CM³ de madeira, com 3,5 a 4,5 cm de espessura, sendo que 15 % de madeira se transformam em serragem, 20% em pó e 8 % em pequenas sobras material esse que é descarado.
3.3.1 Processamentos das portas
Considera se que uma peça de madeira que gira por meio de dobradiça com a finalidade de abri e fechar, as portas dão acesso à entrada ou saída de algum ambiente (ABIMCI, 2004). Desde 1986 estão em vigor às normas técnicas brasileiras, referente a portas de madeira à ABNT/ NBR 8542/1986, que especifica valores para altura e largura padrão para a fabricação das portas com as seguintes medidas 2,10 centímetros de altura e larguras de 60, 70, 80 e 90 centímetros de comprimento e com espessuras variando de 3,5 a 4,5 centímetros. (ABNT, 2015). 
3.3.2 Porta Sólida 
As portas solidas são fabricadas de madeira maciça, unidas por um sistema de encaixes, colagem ou emendas formando um conjunto rígido com formato retangular (STRAPASSON, 2009). 
As portas solidas em estudo são compostas pelas seguintes peças: 
a) Chamadas de montantes, são as barras verticais; 
B.(1) Chamadas de travessas são as barras horizontais; 
c) Os Pinázio são peças na vertical inseridas no interior da porta para que fixe as almofadas entre o montante; 15. 
B.(2) Travessas intermediarias são as barras horizontais no interior; 
B.(3) Travessa inferior é a barra horizontal inferior. 
d) Chamadas almofadas, são peças salientes fixadas no interior das portas tantos na horizontal como na vertical;
Para melhor entendimento segue figura a baixo:
FIGURA 4
Fonte: EVERSON S. S (2015, p.15)
Para a fabricação de uma porta é necessário 0,0067 cm³ de madeira, com 3,5 a 4,5 cm de espessura, sendo 10 cm³ que equivale a 10% de madeira, se transformam em serragem, em pó e pequenas sobras de material esse que é descarado.
MENSURAÇAO DOS GASTOS
Diante das necessidades da empresa foi aplica do um controle de custo dos produtos fabricados, e os subprodutos que são as sobras de madeiras, os cavacos, serragem e o pó de serra, que antes deste trabalho eram descartados e como já mencionado na metodologia esse controle possibilita grande melhoria nos custos de produção,tendo aproveitamento total desses resíduos gerados no processo fabril. Para desenvolver esta proposta de custeio foi preciso fazer uma análise nos dados apurados, diante disso, notou-se que o método de Custeio por Absorção seria o mais adequado para ser apurado, uma vez que esse método apropria todos os custos relacionados à realização da produção, sendo eles fixos ou variáveis, diretos ou indiretos conforme tabela 1.
Tabela 1: Reconhecimento de gastos porta
	CUSTOS FABRIL DE UMA PORTA 
	CUSTOS DIRETOS
	DESCRIÇÃO
	VALOR
	TOTAL
	
	Cola 500 g
	R$14,00
	R$209,00
	
	Verniz 1 l
	R$35,00
	
	
	Prego 1 kg
	R$8,00
	
	
	Dobradiça pct c/ 3 unid
	R$67,00
	
	
	Fechadura completa
	R$85,00
	
	CUSTO VARIAVEL
	Materia prima por 1m²
	R$360,80
	R$360,80
	
	
	
	
	CUSTOS FIXO
	Mão de obra
	R$250,00
	R$303,33
	
	Energia
	R$53,33
	
	
	 
	 
	
	DESPESAS
	Despesas administrativas
	R$400,00
	R$400,00
	TOTAL
	R$1.273,13
	
	
Fonte: Própria autora
Nota-se que na tabela 1 os custos de despesas incidentes na produção da porta, fora apurados custos diretos no valor R$ 209,00 (duzentos e nove reais), custos variáveis no valor de R$ 360,80 (trezentos e sessenta reais e oitenta centavos), custos fixos no valor de R$ 303,33 (trezentos e três reais e trinta e três centavos) e despesas administrativas no valor R$ 400,00 (quatrocentos reais) no processo fabril. 
Tabela 2: Reconhecimento de gastos janela
	CUSTOS FABRIL DE UMA JANELA
	CUSTOS DIRETOS
	DESCRIÇÃO
	VALOR
	TOTAL
	
	Cola 500 g
	R$14,00
	R$124,00
	
	Verniz 1 l
	R$35,00
	
	
	Prego 1 kg
	R$8,00
	
	
	Dobradiça pct c/ 3 unid
	R$67,00
	
	
	 
	 
	
	CUSTO VARIAVEL
	Materia prima por 1m²
	R$307,20
	R$307,20
	
	
	
	
	CUSTOS FIXO
	Mão de obra
	R$250,00
	R$303,33
	
	Energia
	R$53,33
	
	
	 
	 
	
	DESPESAS
	Despesas administrativas
	R$400,00
	R$400,00
	TOTAL
	R$1.134,53
	
	
Fonte: Própria autora
Na tabela 2 os custos de despesas incidentes na produção da janela foram apurados custos diretos no valor R$ 124,00 (cento e vinte e quatro reais), custos variáveis no valor de R$ 307,20 (trezentos e sete reais e vinte centavos), custos fixos no valor de R$ 303,33 (trezentos e três reais e trinta e três centavos) e despesas administrativas no valor R$ 400,00 (quatrocentos reais) no processo fabril.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
TABELA 3
	Custeio por Absorção
	Descrição
	PORTA
	JANELA
	Total Geral
	
	Valor
	V. Unitário
	
	Receita
	R$
	R$1.092,00
	R$
	R$850,00
	R$
	1.942,00
	Custo Direto
	R$
	209,00
	R$
	R$124,00
	R$
	333,00
	Custo Fixo 
	R$
	R$303,33
	R$
	R$303,33
	R$
	606,66
	Custo Total
	R$
	R$579,67
	R$
	422,67
	R$
	1.002,34
	Desp. ADM
	R$
	R$400,00
	R$
	R$400,00
	R$
	800,00
	Resultado
	R$
	179,67
	R$
	22,67
	R$
	202,34
Fonte: Própria autora
Nesta tabelapodemos identificar que através do método de custeio por absorção obteve-se os dados necessários para apropriação das receitas, dos custos e das despesas ocorridas na fabricação dos moveis. Nota-se que ao fabricar uma porta a empresa tem o lucro de R$179,67 (cento e setenta e nove reais e sessenta e sete centavos) e ao fabricar uma janela o lucro de R$ 22,67 (vinte dois reais e sessenta e sete centavos) e o resultado obtido foi de R$ 202,34 (duzentos e dois reais e trinta e quatroreais).
ANALISE DE PERDAS 
Diante do levantamento de custos e despesas ocorridos na empresa em analise, de custos operacionais fora utilizando o método de custeio por absorção, conforme a proposta deste estudo. 
Ao analisar a fabricação de uma porta conforme a tabela acima, observa-se o detalhamento dos custos e despesas alocados ali, o que representa o enfoque desse trabalho que é determinação dos custos fabril de uma porta. Ademais busca-se também verifica o quanto representa as perdas acontecidas, tais como, pó de serra, serragem, que serão determinante o valor ali desprendido.
Tabela 4: Identificação das perdas
	Produto
	Quantidade m³
	% Massa
	Porta
	20 cm³
	20,00%
	Janela
	10 cm³
	15,00%
	 
	Total
	30 cm³
	50,00%
Fonte: Própria autora
Observa-se que ao fabricar os produtos apresentados a perca referente aos subprodutos são de 50% da matéria prima utilizada no processo de fabricação. Demostrando que de 100% de produtos fabricados a empresa perde uma enorme quantia resultando em uma grande carência econômica para a empresa.
Com o resultado das análises deste estudo, fica comprovado o lucro entre os dois produtos apresentados. Embora os resultados tenham sido positivos, os diretores da marcenaria consideraram a possibilidade de reestruturar o preço de venda para poder maximizar os lucros em suas vendas.
A partir deste estudo de caso notou-se que com o método de custeio por absorção foi possível otimizar o uso da principal matéria-prima do processo (a madeira), bem como diminuir o seu desperdício Entretanto por não ter uma destinação correta dos subprodutos prejudica competitividade em seu processo pois desperdício de insumos, dificulta o aproveitamento de oportunidades .Oportunidades essas que servem para melhor destinação dos resíduos gerados, culminando em vantagens econômicas.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa buscou como objetivo geral elaborar um sistema de custeio em uma marcenaria, assim como toda empresa com a finalidade produção têm bastante dificuldades em mensurar e apropriar de maneira clara e correta o real aproveitamento nas tomadas de decisões. Pois tais dificuldades comprometem diretamente os resultados financeiros da empresa de modo que sem a aplicação da contabilidade de custos não se sabe quais os ganhos na produção de cada móvel. O preço utilizado normalmente é conforme a quantidade de encomendas solicitada, singularidades no serviço e também no preço cobrado pela concorrência.
Para que objetivo que foi proposto fosse alcançado, foram analisadas as rotinas da empresa Nengo Moveis, onde se identificou que não era utilizado nenhum tipo de controle de custo, e não se dava nenhum destinação aos subprodutos. Diante disso a analise de identificação dos elementos que incidem os custos fabris, e qual a destinação se daria aos subprodutos gerados agrupando-os de forma coordenada, a fim de que se elaborasse a solução da problemática enfrentada pela empresa.
Foi proposto aos gestores a aplicação do método de custeio por absorção que por suas características de apropriação gerais dos custos diretos que incidem no processo fabril melhoraria assim seus preços de venda. De forma que sua utilização obteria melhores resultados dos custos unitários dos produtos produzidos adotados para o rateio, possibilitando a analise de reestruturação de preços, foi proposto também que a empresa utilize as sobras de madeira para geração de energia. A queima da biomassa, quando feita de forma legal e controlada, pode gerar energia elétrica, que poderia ser aproveitada no processo produtivo da empresa, restaurando a economia financeira e eliminando os resíduos do processo, podendo ser feita a venda dos subprodutos (pó de serra e serragem) da seguinte maneira: o pó e a serragem para empresas avicultoras a fim de que as mesmas utilizem numa espécie de camas para as aves, pode ser vendido também para artesões que podem usar deles para confeccionar sua obras.
De modo que cabe aos gestores da empresa aplicar o conteúdo desse estudo para que os resultados seja alcançados; aconselha-se que para uma analise mais detalhada dos processos realizados na marcenaria, possíveis melhorias na gestão tendo uma outra possibilidade de utilizar outro tipo de custeio para se fazer um comparativo mais elaborado com o custeio aplicado nesta pesquisa. 
 
8 REFERÊNCIAS
BEUREN, I. M. O papel da controladoria no processo de gestão. In: SCHMIDT, P. Controladoria: Agregando valor para empresa. Porto Alegre: Bookman, 2002.
BORNIA, Antônio Cezar. Analise Gerencial de Custos. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
BNDES. A competitividade da indústria de moveis do Brasil: situação atual e perspectivas. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/set3706.pdf>.
BORNIA, Antônio Cezar. Analise Gerencial de Custos. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
CREPALDI, S. A. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Atlas,2002.
FONTES PJP. Auto-Suficiência Energética em Serraria de Pinus e Aproveitamento dos Resíduos [dissertação]. Curitiba: Universidade Federal do Paraná; 1994.
HORNGREN, C. T.; FOSTER, G.; DATAR, S. M.Contabilidade de Custos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC,2000.
MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PEREZ, J. H. et al. Contabilidade de custos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de custos fácil. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
SOUZA, S. EMERSON. A Contribuição da Gestão de Custos para Pequenas Indústrias do Ramo de Marcenaria: Estudo de Caso na Madeireira Cr Ltda em Cacoal-RO, 2015
ANEXOS
ANEXO A – Exemplo de Plano de Ações
1 PLANO DEAÇÕES
ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRO
FABRICAÇÃO
FABRICAÇÃO
FINANCEIRO CONCLUSÃO DE SERVIÇO
DIREÇÃO

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