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MANEJO DE FEIJAO

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MANEJO E CONTROLE DAS PRINCIPAIS DOENÇAS DO FEIJOEIRO (Phaseolus vulgaris L.)
O feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) é um dos mais importantes constituintes da dieta do brasileiro, por ser reconhecidamente excelente fonte de proteína, além de possuir bom conteúdo de carboidrato e ser rico em ferro.
O Brasil é o maior produtor mundial de feijão, sendo os estados do Paraná, Minas Gerais, Bahia e São Paulo os principais produtores do país. A cultura do feijoeiro, cultivada nas mais diversas regiões do país, apresenta um rendimento médio de 500 a 600 kg/ha, sendo que tem um potencial de produção de aproximadamente 3.000 kg/ha.
Um dos principais fatores responsáveis pela sua baixa produtividade é a ocorrência de doenças que limitam a produção de feijão e reduzem a qualidade fisiológica, sanitária, nutricional e comercial do produto. A incidência, a intensidade dessas doenças e os prejuízos causados variam de acordo com a região, a época de plantio, o sistema de plantio, a variedade, a qualidade sanitária da semente e as condições climáticas.
O conhecimento das doenças, dos danos que causam e da época e condições favoráveis à sua ocorrência são fundamentais para que medidas de controle sejam adotadas.
DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS
· Antracnose: é uma doença considerada de maior importância na cultura do feijoeiro e está distribuída em todas as regiões produtoras. Ocorre com maior severidade no sul do país, onde as condições climáticas são mais favoráveis. Provoca queda na produtividade, prejudica também a qualidade do produto causando alterações, deformação, enrugamento e manchas nos grãos.
A doença é causada pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum sendo a sua fase perfeita o fungo Glomerella cingulata f. sp. Phaseoli. As condições ambientais ótimas para o desenvolvimento do fungo causador da antracnose são temperaturas amenas (14ºC a 20ºC) e alta umidade relativa. O patógeno pode sobreviver em restos de culturas, sendo a semente infectada a principal fonte de disseminação da doença.
As folhas afetadas apresentam lesões que ocorrem inicialmente na face inferior da folha, caracterizando-se por um enegrecimento das nervuras que se estende aos tecidos adjacentes. Nas hastes, vagens e sementes, as lesões são geralmente de coloração escura, arredondadas ou ovaladas, e deprimidas em relação à superfície do órgão. Com o progresso da doença as vagens podem murchar e secar. A semente infectada pode apresentar lesões levemente deprimidas, de cor marrom, bordos escuros, facilmente observadas nas sementes de tegumento claro. Nas sementes de tegumento preto, as lesões são deprimidas, com bordos avermelhados.
Controle: uso de sementes sadias, cultivares resistentes, pulverizações com fungicidas recomendados à cultura (Chlorothalonil, Benomyl, Tiofanato metílico, Mancozeb) e tratamento químico das sementes (Benomyl, Captan).
· Ferrugem: é uma doença de ampla distribuição sendo mais comum em regiões tropicais úmidas e subtropicais. Ocorre em todas as regiões produtoras de feijão e em condições favoráveis pode causar prejuízos de até 46%. A doença pode causar danos tanto mais severos quanto mais cedo ocorrer no ciclo da cultura.
A doença é causada pelo fungo Uromyces appendiculaus. As condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento da doença são temperatura, entre 17 e 27ºC e alta umidade(acima de 90%), intercalada por períodos de baixa precipitação e grande quantidade de orvalho.
São disseminados pelo homem, implementos, animais, insetos e principalmente pelo vento. Pode sobreviver entre as estações de cultivo, iniciando nova epidemia quando as condições forem favoráveis.
Manifesta-se principalmente nas folhas do feijoeiro, sendo as hastes e as vagens pouco atingidas.
Ocorre com intensidade variável, provocando desfolha prematura nas lavouras severamente atacadas.
Os sintomas característicos da doença se manifestam nas folhas como pequenos pontos cloróticos, evoluindo para pústulas salientes de cor esbranquiçada ou amarelada, que aparecem preferencialmente na face inferior das folhas. Em poucos dias, surgem pequenas pústulas de cor ferrugem em ambas as superfícies das folhas, quase sempre rodeadas por um halo amarelo. Folhas severamente atacadas tornam-se amarelas, secam e caem.
Controle: uso de cultivares resistentes, rotação de cultura, épocas adequadas de plantio, eliminação dos restos culturais e tratamento químico (Mancozeb, Oxycarboxin).
· Mancha angular: esta doença ocorre com maior intensidade na safra da seca. É considerada uma das mais preocupantes doenças do feijoeiro, podendo causar perdas de até 70%, caso ocorra precocemente. É favorecida por temperaturas amenas e ocorrência de orvalho.
A doença é causada pelo fungo Phaeoisariopsis griseola, o qual produz conídios durante períodos prolongados de alta umidade. É favorecida por temperatura entre 18-25ºC associada com períodos de alta umidade. Ocorre com maior frequência durante o estádio de formação e maturação de vagens. Os conídios podem ser disseminados em grandes distâncias por correntes aéreas, respingos de chuvas e partículas de solo contaminadas. Podem sobreviver em sementes e restos de cultura.
Os sintomas desta doença podem ser observados no caule, folhas e vagens. Nas folhas verdadeiras, as lesões são angulares, delimitadas pelas nervuras de coloração pardo-acinzentada, visível na face inferior da folha. Nas hastes, as lesões podem ser alongadas e de cor castanho-escuro, sendo que nas vagens as lesões são quase circulares, de coloração castanho-avermelhado, com os bordos escuros. As vagens atacadas podem produzir sementes mal desenvolvidas ou totalmente enrugadas. A doença é transmitida pela semente.
Controle: rotação de culturas, época adequada de plantio, uso de sementes sadias, variedades resistentes e tratamento químico (Mancozeb, Maneb).
· Oídio: ocorre com maior intensidade em condições de seca e de temperaturas moderadas, podendo causar sérios danos à cultura se ocorrer antes do florescimento e acarretar perdas de produtividade entre 17 e 69%.
A doença é causada pelo fungo Erysiphe polygoni.
Os sintomas se manifestam nas folhas, hastes e vagens. Os primeiros sintomas são manchas verde-escuras na parte superior das folhas que logo tornam-se pulverulentas e brancas, podendo tomar toda a superfície foliar.
As vagens afetadas também apresentam crescimento pulverulento e, dependendo da intensidade do ataque, pode causar deformações e queda de vagens.
Controle: uso de cultivares resistentes, época adequada de plantio e tratamento químico (Chlorothalonil, Tiofanato metílico + Chlorothalonil).
· Mela: muito importante doença do feijoeiro com perdas elevadas e em alguns casos perdas totais.
A doença é causada pelo fungo Thanatephorus cucumeris (fase perfeita) e Rhizoctonia solani (fase imperfeita). Os agentes de disseminação da doença são o vento, a chuva, sementes, o movimento de animais, homem e implementos agrícolas.
Os tecidos infectados apresentam inicialmente, lesões encharcadas que se espalham rapidamente para a haste e ramos. Posteriormente, nos tecidos infectados, uma eflorescência formada por micélio cotonoso, constituindo os sinais característicos da doença. Em seguida, o micélio adquire coloração chocolate e amarronzada. Os tecidos apresentam podridão mole e a folhagem acima da região afetada, murcha e amarelece.
Controle: uso de sementes sadias, práticas culturais e controle químico.
· Podridão radicular de Rhizoctonia: esta doença ocorre em todas as regiões produtoras e é favorecida por temperaturas amenas entre 15 e 21ºC e alta umidade do solo. Sua importância tem aumentado com a expansão da terceira época de plantio do feijão.
A doença é causada pelo fungo Rhizoctonia solani. As condições ambientais favoráveis à doença são temperaturas amenas entre 15 e 21ºC e alta umidade do solo.
Esta doença pode atacar as sementes, as quais apodrecem no solo antes ou durante a germinação. Quando a infecção ocorre no estádio de plântula, o fungo produz lesões necróticas, ocasionando um estrangulamento na base do caule que resulta em tombamento.O estrangulamento do caule e da raiz principal dificulta a translocação da seiva e reduz a absorção de água, tornando a planta mais suscetível a períodos de estiagem. À medida que os tecidos da planta envelhecem, aumenta a resistência, desenvolvendo-se, nas raízes e na base do caule, cancros alongados no sentido longitudinal, de cor pardo-avermelhada e com bordos bem definidos.
Pode infectar as vagens em contato com o solo, produzindo lesões deprimidas, de cor parda, bem delimitadas. A semente afetada se descolore e transporta o patógeno para novas áreas.
Controle: uso de sementes sadias, tratamento químico das sementes (Benomyl, Captan) e plantio em condições ideais para rápida germinação das sementes.
· Mofo branco: ocorre principalmente em regiões de clima frio e úmido. Possui ampla faixa de hospedeiros e pode sobreviver por vários anos no solo. É considerado por muitos produtores o pior vilão do feijão irrigado, responsável por prejuízos significativos nas regiões produtoras de sementes.
A doença é causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, favorecida por alta umidade relativa, baixa temperatura e pouca aeração.
Os sintomas se manifestam nas hastes, folhas e vagens, principalmente próximas do solo, iniciando-se como manchas aquosas que, sob condições favoráveis, crescem rapidamente, provocando uma podridão mole, e cobrem-se posteriormente por uma densa massa de micélio branco, de aspecto cotonoso, na qual se formam os corpos duros e pretos, que são os esclerócios.
Controle: é feito através darotação de culturas, uso de sementes sadias, tratamento químico das sementes (Benomyl, Captan) e pulverização com fungicidas (Tiofanato metílico + Chlorothalonil).
· Murcha de sclerotium: esta doença é também chamada de podridão do colo e está distribuída em regiões de clima tropical e subtropical, com temperaturas umidade altas seguidas de períodos de seca. Ataca grande número de espécies vegetais, sendo comum a sua presença em solos cultivados.
O agente causal da doença é o fungo Sclerotium rolfsii. Condições de alta temperatura e umidade favorecem o desenvolvimento da doença.
Os sintomas iniciais aparecem no colo, ao nível do solo, como manchas escuras, encharcadas, estendendo-se pela raiz principal e produzindo uma podridão frequentemente recoberta por um micélio branco. Na parte aérea, as plantas apresentam amarelecimento e desfolha dos ramos superiores e uma murcha repentina que conduz à seca total.
Controle: uso de sementes sadias, tratamento químico das sementes (Benomyl, Captan), rotação de culturas e maior espaçamento.
· Podridão radicular seca: a doença ocorre em todo o mundo, desde a Europa até a América Latina, onde já foram constatadas reduções de 86% na produção.
O agente causal da doença é o fungo Fusarium solani f. sp. phaseoli. As condições favoráveis para esta doença são a alta compactação do solo e a alta umidade do solo, que diminuem a taxa de difusão de oxigênio, e a temperatura amenas(15 a 22ºC). O fungo sobrevive próximo às raízes e sobre a matéria orgânica. O fungo pode ser disseminado pelo vento, água, implementos agrícolas, partículas de solo e restos de cultura infectados.
A podridão ocasionada pelo fungo é caracterizada pela presença de lesões avermelhadas na raiz e na parte inferior do caule, de tamanho e margens indefinidos, tornando-se mais tarde pardo-escuras. Como consequência do progresso da infecção na raiz principal, as raízes laterais morrem e, em condições favoráveis, ocorre morte parcial ou total dos ramos. Além de ser transmitido pela semente, o patógeno pode sobreviver em restos de cultura.
Controle: uso de sementes sadias, tratamento químico das sementes (Benomyl, Captan) e rotação de culturas.
· Murcha de Fusarium: esta doença vem se destacando nos últimos anos como uma das mais prejudiciais à cultura do feijoeiro em MG e tem se tornado mais importante em algumas regiões do Brasil devido ao plantio sucessivo dessa cultura.
A doença é causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli, o qual pode sobreviver saprofiticamente no solo e em restos de cultura. A penetração do patógeno ocorre geralmente próxima à ponta das raízes, mas pode ocorrer por ferimentos e aberturas naturais. Temperaturas entre 24 e 28ºC, solos arenosos e ácidos e estresse hídrico favorecem o desenvolvimento do patógeno. A transmissão se dá principalmente por sementes contaminadas.
Esta doença se manifesta por perda de turgescência, amarelecimento, seca e queda progressiva das folhas de baixo para cima, podendo afetar toda a planta ou somente parte dela.
Cortando-se a haste das plantas afetadas observa-se uma descoloração interna do caule (escurecimento dos vasos). Sob condições de alta umidade as plantas severamente atacadas apresentam intensa esporulação do fungo nas hastes e ramos. O fungo é transmitido pela semente e sobrevive no solo por vários anos.
 Controle: uso de sementes sadias, tratamento químico das sementes (Benomyl, Captan) e rotação de culturas.
· Podridão cinzenta do caule: ocorre com maior severidade nas regiões secas e quentes e em solos compactados.
A doença é causada pelo fungo Macrophomina phaseolina. O patógeno é transmitido pela semente e pode sobreviver no solo e em restos de cultura por períodos prolongados.
Quando as plântulas são infectadas no início do desenvolvimento apresentam lesões escuras, deprimidas, com margens bem definidas, as quais podem rodear completamente o caule.
Acima da lesão a plântula amarelece e murcha, e pode quebrar-se ao nível da mesma. Em plantas adultas, a doença progride mais lentamente, causando raquitismo, clorose e desfolhamento prematuro, particularmente do lado onde se localiza a lesão. As vagens em contato com o solo contaminado são atacadas pelo fungo, infectando as sementes que normalmente não germinam, adquirem uma coloração negra e são totalmente destruídas pelo fungo.
 Controle: uso de sementes sadias, tratamento químico das sementes (Benomyl, Captan), rotação de culturas e bom preparo do solo.
DOENÇAS CAUSADAS PO RBACTÉRIAS
· Crestamento bacteriano comum: dentre todas as doenças de origem bacteriana que afetam a cultura do algodoeiro, o crestamento bacteriano comum (CBC) é a que apresenta maior importância. Atualmente o CBC tem sido encontrado em todas as regiões produtoras de feijão do país.
O agente causal da doença é a bactéria Xanthomonas campestri. Condições de alta temperatura e elevada umidade relativa favorecem o desenvolvimento da doença no campo. A doença é causada por uma bactéria que se manifesta em toda a parte aérea da planta. O principal modo de disseminação da bactéria de uma área para a outra é através de sementes contaminadas e, dentro de uma plantação, através de respingos de chuva, implementos agrícolas e insetos.
Nas folhas, as lesões inicialmente são visíveis na face inferior, onde são pequenas e encharcadas e, à medida que se desenvolvem, os tecidos tornam-se secos e quebradiços, circundados por um halo amarelo, facilmente observados na face superior das folhas. As lesões nos caules das plantas novas são deprimidas e iniciam-se sob a forma de manchas aquosas, que aumentam gradualmente de tamanho e tomam a aparência de riscos vermelhos que se estendem ao longo do caule, cuja superfície normalmente racha, podendo o exsudato bacteriano acumular-se na lesão. As lesões nas vagens inicialmente são encharcadas, circulares a irregulares, apresentando ou não exsudato bacteriano de cor amarela, e posteriormente tornam-se secas e avermelhadas. A infecção é normalmente observada na sutura das vagens. As sementes infectadas podem se apresentar descoloridas, enrugadas ou simplesmente não apresentar sintomas visíveis.
Plantas originárias de sementes infectadas podem desenvolver lesões que circundam o nó cotiledonar, provocando o seu enfraquecimento e a quebra do caule, que não suporta o peso das vagens.
Controle: uso de variedades resistentes, sementes sadias, rotação de culturas, tratamento de sementes com antibióticos e eliminação de restos culturais.
DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS
· Mosaico comum: o mosaicocomum do feijoeiro é uma doença amplamente disseminada em todas as regiões produtoras desta leguminosa, e as perdas na produção dependem da cultivar, da estirpe do vírus e da idade da planta no momento da infecção.
O agente causal da doença é o vírus Bean Common Mosaic Virus – BCMV, o qual pertence ao gênero Potyvirus e família Potyviridae. Esta doença é transmitida pela semente e dentro da lavoura é disseminada por várias espécies de pulgões, principalmente a espécie Myzus persicae.
Os sintomas mais comuns são os em forma de mosaico, manifestando-se em cultivares infectadas um mosaico composto por áreas verde-claro intercaladas por áreas verdes normais e na maioria das vezes apresentando rugosidade e enrolamento das folhas. Estas folhas frequentemente são menores que as folhas sadias. Os folíolos das plantas infectadas podem apresentar-se com formato mais alongado que os das plantas normais. As plantas infectadas apresentam crescimento reduzido e às vezes atrofiamento com deformações nas vagens e botões florais.
 Controle: uso de cultivares resistentes, de sementes sadias e controle do inseto vetor através de aplicações de inseticidas fosforados.
· Mosaico dourado: o vírus do mosaico dourado do feijoeiro é transmitido pela mosca branca, Bemisia tabaci, e é um problema sério em vários Estados do país, principalmente São Paulo e Paraná, onde podem causar perdas acima de 80% na produção quando a infecção ocorre até 30 dias após a emergência. Esta doença ocorre com maior intensidade no feijão "da seca", quando a população da mosca branca, vetora do vírus, é maior. A responsável pelo aumento em importância do vírus do mosaico dourado do feijoeiro é a cultura da soja, excelente hospedeira para alimentação e reprodução da mosca branca.
A doença é provocada pelo Vírus do Mosaico Dourado do Feijoeiro – VMDF. Altas temperaturas, períodos prolongados de umidade relativa baixa, alta população de hospedeiros da mosca branca e cultivo contínuo de feijão, durante o ano, são os principais responsáveis pelo agravamento da doença. O vírus do mosaico dourado do feijoeiro é transmitido pela mosca branca, Bemisia tabaci.
Os sintomas iniciam-se nas folhas mais novas com um salpicamento amarelo vivo, tomando posteriormente todo o limbo foliar ou toda a planta, delimitado pela coloração verde das nervuras, dando um aspecto de mosaico. Dependendo da cultivar e do desenvolvimento das plantas na ocasião da infecção, os sintomas podem variar, ocorrendo deformações, encarquilhamento e redução no tamanho das folhas, vagens e ramos. Quando a infecção ocorre antes ou até o florescimento, provoca abortamento das flores e reduz o número de vagens e grãos.
 Controle: uso de cultivares resistentes, época adequada de plantio e aplicação de inseticidas para eliminação da mosca branca.
· Mosaico amarelo: o vírus do mosaico amarelo do feijoeiro é disseminado na lavoura por afídeos, não sendo transmitido por sementes, o que constitui uma das principais diferenças entre o vírus do mosaico amarelo e o vírus do mosaico dourado do feijoeiro.
A doença é causada pelo Vírus do Mosaico Amarelo do Feijoeiro - VMAF
Os sintomas característicos são áreas cloróticas irregulares intercaladas com áreas verdes normais da folha. No caso de infecção precoce, as plantas tornam-se enfezadas, as folhas adquirem mosaico brilhante, tornando-se quebradiças, e os folíolos tornam-se enrolados. Pode ocorrer superbrotamento e retardamento da maturação das plantas.
Controle: uso de cultivares resistentes e aplicações de inseticidas para o controle do inseto vetor do vírus.
DOENÇAS CAUSADAS POR NEMATÓIDES
· Doenças causadas por nematóides: o feijoeiro está sujeito ao ataque de nematóides e os prejuízos causados por esses microrganismos podem ser totais, dependendo da espécie, da cultivar e do estádio de desenvolvimento da planta; umidade e temperatura do solo; espécies, raça fisiológica e densidade populacional do nematóide.
Dentre as espécies de nematóides identificadas, as mais comuns nessa cultura são: Meloidogyne incognita, M. javanica e Pratylenchus brachyurus.
Os sintomas mais característicos são observados nas raízes, devido às alterações anatômicas e fisiológicas das células. As raízes infectadas apresentam deformações chamadas galhas, muitas vezes com diâmetro superior ao das raízes sadias e, quando a infecção é severa, as galhas podem-se fundir umas às outras, de modo que todo o sistema radicular fica completamente deformado. As plantas infectadas por nematóides podem mostrar sintomas de definhamento, amarelecimento das folhas e murcha nas horas mais quentes do dia.
Controle: rotação de culturas, uso de cultivares resistentes.

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