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TCC crianças e adol. técnica e conceitos slides

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TCC na Infância e Adolescência: técnicas 
elementares e conceitualização 
Marília Mariano 
Terapia Cognitivo-Comportamental: 
fundamentos históricos e filosóficos 
- 1960: há primeiras descrições do papel da cognição na depressão e da TC 
- Progresso contínuo no desenvolvimento da TC
- Características essenciais da TC: 
- 1. Ênfase na influência do pensamento distorcido 
- 2. Avaliação cognitiva irreal de eventos, sentimentos e comportamentos 
TCC: fundamentos históricos e 
filosóficos 
- Aaron Beck
- Fundador da terapia cognitiva (TC)
- Formulou uma base teórica coerente 
com o desenvolvimento de estratégias 
terapêuticas. 
TCC: fundamentos históricos e filosóficos (A. Beck) 
Diretrizes de um sistema envolvendo psicopatologia e psicoterapia:
1) Teoria abrangente de psicopatologia que dialogasse bem com a 
abordagem psicoterapeutica; 
2) Pesquisar as bases empíricas para a teoria; 
3) Estudos empíricos sobre a eficácia da terapia
TCC: fundamentos históricos e filosóficos (A. Beck) 
Pesquisas subseqüentes envolveram diversos estágios: 
1. Tentativa de identificar os elementos cognitivos idiossincráticos 
derivados de dados clínicos em vários transtornos; 
2. Desenvolver e testar medidas para sistematizar essas observações 
clínicas; 
3. Preparar planos de tratamento e diretrizes para terapia;
TCC: fundamentos históricos e filosóficos (A. Beck) 
- Resultados das pesquisa e a prática clínica mostraram que a TC é efetiva
na redução de sintomas e taxas de recorrência, com ou sem medicação,
em uma ampla variedade de transtornos psiquiátricos.
Transtornos: depressão, suicídio, transtornos de ansiedade
e fobias, síndrome do pânico, transtornos da personalidade
e abuso de substâncias, problemas interpessoais e raiva,
hostilidade e violência.
TCC: fundamentos históricos e 
filosóficos 
- Trabalhos mais recentes mostraram um efeito adicional sobre o
tratamento medicamentoso de doenças psiquiátricas graves,
como esquizofrenia, e transtorno bipolar
- Adaptações em andamento da TCC para transtornos médicos e
psicológicos como dor crônica, relação conjugal conflituosa,
transtornos somáticos na infância, bem como para bulimia e
problemas de comer compulsivo
TCC: fundamentos históricos e filosóficos
- Hoje há mais de 400 artigos de resultados de 
intervenções cognitivo-comportamentais, e a 
produção de pesquisas continua
- Alguns estudos com neuroimagem 
recentemente discutirem que as TCCs produzem 
mudanças fisiológicas e funcionais em muitas 
áreas cerebrais
- Uma diversidade de abordagens da TCC 
emergiu ao longo das décadas subseqüentes, 
atingindo vários graus de aplicação e sucesso
TCC: fundamentos históricos e 
filosóficos 
- As TCCs podem ser classificadas em três divisões
principais:
1) terapias de habilidades de enfrentamento,
que enfatizam o desenvolvimento de um repertório
de habilidades que objetivam fornecer ao paciente
instrumentos para lidar com uma série de
situações problemáticas;
TCC: fundamentos históricos e filosóficos 
- As TCCs podem ser classificadas em três divisões principais:
2) terapia de solução de problemas, que enfatiza o
desenvolvimento de estratégias gerais para lidar com uma ampla
variedade de dificuldades pessoais;
TCC: fundamentos históricos e filosóficos 
- As TCCs podem ser classificadas em três divisões principais:
3) terapias de reestruturação, que enfatizam a pressuposição de que
problemas emocionais são uma conseqüência de pensamentos mal
adaptativos, sendo a meta do tratamento reformular pensamentos
distorcidos e promover pensamentos adaptativos.
Vamos discutir esses modelos conceituais de modificação cognitivo-
comportamental e também a TC de Aaron Beck
TCC: fundamentos históricos e filosóficos 
Terapia Racional Emotiva Comportamental (TREC), uma terapia de 
reestruturação desenvolvida por Albert Ellis 
- Considerada como uma das primeiras TCCs. 
- Ellis desenvolveu o chamado modelo ABC
Qualquer determinada experiência ou evento ativa (A) crenças individuais (B), 
que, por sua vez, geram conseqüências (C) emocionais, comportamentais e 
fisiológicas.
TCC: fundamentos históricos e filosóficos 
- O objetivo da terapia é identificar crenças irracionais e, por meio de
questionamento, desafio, disputa e debate lógico-empíricos, modificá-las pelo
convencimento.
Sugestão de leitura: 
Razão e Emoção em Psicoterapia
TCC: fundamentos históricos e filosóficos 
Video
https://www.youtube.com/watch?v=sgnTZ6wbxd8
Técnica ABC
A = evento 
ativador 
B = crença 
(pensamento)
C = consequências 
sentimentos 
C = consequências 
comportamentos 
Escuto a 
janela 
sacudindo 
Alguém está 
tentando entrar 
na minha casa 
Ansiedade Tranco a porta, chamo 
a polícia
Escuto a 
janela 
sacudindo 
Está ventando lá 
fora, a janela 
está velha e 
frouxa
Levemente irritado Tento afirmar a janela, 
volto a dormir
O mesmo evento origina diferentes pensamentos, que 
levam a diferentes sentimentos e comportamentos. 
O pensamento é verdadeiro ao examinar os fatos?
Terapia Cognitivo Comportamental 
As abordagens atuais em TCC compartilham proposições fundamentais
Papel mediacional da cognição: há sempre um
processamento cognitivo e avaliação de eventos internos e externos
que pode afetar a resposta a esses eventos;
❖ Atividade cognitiva pode ser monitorada, avaliada e medida;
➢Mudança de comportamento pode ser mediada por essas avaliações cognitivas e,
desta forma, pode ser uma evidência indireta de mudança cognitiva (vice e versa)
Terapia Cognitivo-Comportamental
Para ser TCC:
- MODELO MEDIACIONAL
Os sintomas e comportamentos disfuncionais
são cognitivamente mediados e, logo, a melhora
pode ser produzida pela modificação do
pensamento e de crenças disfuncionais.
Terapia Cognitivo-Comportamental
- TEMPO
Limite de tempo de tratamento, com 
muitos manuais de tratamentos recomendam
- 12-16 sessões para depressão e ansiedade 
não complicadas
- 1 a 2 anos para pacientes bipolares ou 
transtorno de personalidade
Terapia Cognitivo-Comportamental
- FOCO: TCCs são aplicadas a problemas ou transtornos específicos
- Herança da terapia comportamental
- Esforço contínuo em documentar efeitos terapêuticos, estabelecer
fronteiras terapêuticas e identificar a terapia mais eficaz para um
determinado problema
Terapia Cognitivo-Comportamental
CONTROLE DO PACIENTE
o paciente é o agente ativo de seu tratamento 
determinação do foco
transtornos e problemas específicos
problemas de autocontrole 
habilidades de solução de problemas
Terapia Cognitivo-Comportamental
EDUCATIVO (explícito ou implicitamente) 
- o modelo terapêutico pode ser ensinado 
- comunica-se lógica para a intervenção ao paciente
- objetivo é que o paciente aprenda sobre o processo 
terapêutico ao longo da terapia.
TCC – em resumo ...
- Método científico
- Procedimentos e estratégias terapêuticos
- Estrutura da sessão
- Terapeuta ativo
- Estabelecimento de objetivos para toda a terapia
- 1 pauta para cada sessão
- Formulação e teste de hipóteses
- Obtenção de feedback 
- Uso de técnicas de solução de problemas 
- Treinamento de habilidades sociais
- Prescrição de tarefas de casa
- Medição de variáveis mediacionais e desfechos
Terapia Cognitivo-Comportamental
- Mais do que superar os problemas na terapia, é
aprender a prevenir recorrências
- O paciente se torna seu próprio terapeuta 
Terapia Cognitiva -
Princípios 
1. Processamento de informações
- A maneira como os indivíduos
percebem e processam a realidade
influenciará a maneira como eles se
sentem e se comportam
Terapia Cognitiva - Princípios 
2. Objetivo terapêutico da TC: reestruturar e corrigir pensamentos distorcidos
e colaborativamente desenvolver soluções pragmáticas para produzir
mudança e melhorar transtornos emocionais
Terapia Cognitiva: 
Princípios 
3. Há pensamentos nas
fronteiras da consciência que
ocorrem espontânea e
rapidamente e são uma
interpretação imediata de
qualquersituação
Terapia Cognitiva - Princípios 
- Distintos do fluxo normal de pensamentos do raciocínio reflexivo ou na 
livre associação
- São geralmente aceitos como plausíveis e verdadeiros
- A maioria das pessoas não estão imediatamente consciente da presença 
de pensamentos automáticos, a não ser que estejam treinadas para 
monitorá-los e identificá-los
Terapia Cognitiva - Princípios 
- De acordo com Beck...
“É tão possível perceber 
um pensamento, focar 
nele e avaliá-lo, como é 
possível identificar e 
refletir sobre uma 
sensação, como a dor”
Distorções Cognitivas
Catastrofização
Pensar que o pior de uma situação irá acontecer, sem
levar em consideração a possibilidade de outros
desfechos. Acreditar que o que aconteceu ou irá
acontecer será terrível e insuportável
Raciocínio 
emocional 
(emocionalização)
Presumir que sentimentos são fatos. Pensar que algo é
verdadeiro porque tem uma emoção (na verdade, um
pensamento) muito forte a respeito. Deixar sentimentos
guiarem a interpretação da realidade. Presumir que as
reações emocionais necessariamente refletem a
situação verdadeira.
Distorções Cognitivas
Polarização 
(pensamento tudo-
ou-nada, 
dicotômico)
Ver a situação em duas categorias apenas,
mutualmente exclusivas, ao invés de um continuum.
Perceber eventos ou pessoas em termos absolutos.
Abstração seletiva 
(visão em túnel, 
filtro mental, filtro 
negativo) 
Um aspecto de uma situação complexa é o foco de
atenção, enquanto outros aspectos relevantes da
situação são ignoradas. Uma parte negativa (ou
mesmo neutra) de toda uma situação é realçada, e
todo o restante positivo não é percebido.
Distorções Cognitivas
Leitura Mental Presumir, sem evidências, que sabe o que os outros
estão pensando, desconsiderando outras hipóteses
possíveis.
Rotulação Colocar um rótulo global, rígido em si mesmo, numa
pessoa, ou situação, ao invés de rotular a situação ou
comportamento específico.
Minimilização e 
maximização
Características e experiências positivas em si mesmo,
no outro ou nas situações são minimizadas enquanto
o negativo é magnificado
Distorções Cognitivas
Imperativos 
(“Deveria” e 
“Tenho-que”)
Interpretar eventos em termos de como as coisas
deveriam ser, ao invés de simplesmente focar em
como as coisas são. Afirmações absolutistas na
tentativa de prover motivação ou modificar um
comportamento. Demandas feitas a si mesmo, aos
outros e ao mundo para evitar as consequências do
não cumprimento destas demandas .
Terapia Cognitiva - Princípios 
- Modelam o estilo de pensamento de um indivíduo
- Promovem erros cognitivos, podem levar a psicopatologia
- São adquiridos ao longo da vida, agindo como “filtros” pelos quais as
informações e experiências atuais são processadas
Terapia Cognitiva 
Princípios 
- Moldadas por experiências pessoais
- Derivam da percepção das atitudes das outras pessoas em relação 
ao indivíduo
- Influenciam a formação subseqüente de novas crenças
Terapia Cognitiva - Princípios 
Crenças Centrais: 
- Mesmo que latente ou inativo as crenças centrais são ativados por 
situações análogas àquelas experiências que o produziram
- A ativação das crenças interfere na capacidade da avaliação objetiva
de eventos e o raciocínio torna-se prejudicado
- Distorções cognitivas sistemáticas ocorrem à medida que esquemas
disfuncionais são ativados
Terapia Cognitiva - Princípios 
Crenças Centrais
- Como estratégias de enfrentamento para tentar evitar o contato com suas crenças
nucleares e subjacentes, os pacientes podem empregar estratégias
compensatórias
- Embora essas manobras cognitivas e comportamentais aliviem seu sofrimento
emocional momentaneamente, a longo prazo as estratégias compensatórias
podem reforçar e piorar crenças disfuncionais
- Certas crenças constituem uma vulnerabilidade a distúrbios emocionais (modelo 
diátese-estresse)
PENSAMENTO 
AUTOMÁTICO
“Esse trabalho é 
muito difícil, 
impossível”
SITUAÇÃO
Reunião de 
trabalho, chefe 
divulga metas
REAÇÕES 
EMOCIONAL: tristeza
FISIOLÓGICA:sudorese
CPT: esquiva da reunião
CRENÇA INTERMEDIÁRIA 
“Se não entendo o que meu chefe 
fala é porque sou burro”
CRENÇA CENTRAL
“Sou incompetente”
Estratégia 
Compensatória: atrasos, 
faltas, etc
Terapia Cognitiva 
Procedimentos e Técnicas 
- Conforme Beck ressalta, em primeiro lugar e antes de tudo, é importante
estabelecer uma boa relação de trabalho com o paciente, em prol do
empirismo colaborativo
- Paciente e terapeuta trabalham como uma equipe
Terapia Cognitiva - Procedimentos e Técnicas 
Terapeuta Cognitivo
- Desempenha um papel ativo para auxiliar o paciente a identificar e 
focar em áreas importantes
- Propor e ensaiar técnicas cognitivas e comportamentais 
- Planejar colaborativamente tarefas entre as sessões
- Desenha um plano de tratamento para toda a terapia e a pauta para 
cada sessão
Terapia Cognitiva - Procedimentos e Técnicas 
Terapeuta Cognitivo
- Oferece feedback dos pensamentos do paciente sobre a sessão em
andamento e o tratamento como um todo
- Criar a oportunidades de tratar e manejar concepções equivocadas
e mal-entendimentos que possam surgir durante a terapia
- Bom estrategista para planejar procedimentos terapêuticos que
tenham mais chance de produzir mudanças específicas
Terapia Cognitiva - Procedimentos e Técnicas 
Terapeuta Cognitivo
- Incentiva os pacientes a adotar a abordagem empírica de solução de 
problemas
- Serve de modelo para seus pacientes ao incentivar a auto-eficácia, o 
entusiasmo e a esperança com relação ao trabalho desafiador de alterar 
cognições mal adaptativas
- Qualquer manifestação de resistência ao tratamento é lidada e tratada 
como crenças subjacentes disfuncionais. 
TCC para crianças e adolescentes 
 Com crianças pequenas (abaixo de 5 anos, aproximadamente),
é sempre indicado optar por orientação parental e estratégias
comportamentais
 A criança ou adolescente devem participar ativamente ao
processo terapêutico
 É importante sempre utilizar feedback para se certificar que a
criança ou adolescente está compreendendo o processo
TCC com crianças e adolescentes 
Fluxograma do processo psicoterápico 
1. Entrevista inicial com os pais ou 
responsáveis 
 Principal fonte de coleta de informações 
 1 ou 2 sessões para conhecer a família e a criança
 Levantamento de informações sobre a história da criança,
seguindo a ordem cronológica (ideal)
1. Entrevista inicial com os pais ou 
responsáveis 
1. Entrevista com os pais ou responsáveis 
 Levantamento de informações sobre a história da criança 
 Gravidez (remete a história dos pais da criança, família)
 História Médica da Criança 
 Desenvolvimento Neuropsicomotor
 Histórico acadêmico e social
 Relacionamento familiar
1. Entrevista inicial com os pais ou 
responsáveis 
1. Entrevista com os pais ou responsáveis 
 Problemas atuais: qual a queixa dos pais? Qual a queixa da 
criança?
 Qualidades da criança
 Interações da criança com pais, amigos na escola
 Rotina da criança 
 Habilidades acadêmicas
 Quantas pessoas moram na casa 
1. Entrevista inicial com os pais ou 
responsáveis 
 Explicar o que é psicoterapia infantil: uma técnica lúdica para ajudar a 
criança a compreender sentimentos, pensamentos e comportamentos, 
produzindo autocontrole, autoconsciência, autoconhecimento.
 Sigilo: O que é? Quando é quebrado? 
 Dia, horário, atrasos, faltas e reposições
 Orientação aos pais e escola
1 Entrevista com os pais ou 
responsáveis 
1. Entrevista inicial com os 
pais ou responsáveis 
 Objetivo 1: vínculo
 Terapeuta se apresenta: nome, profissão e explicações
 Promover um ambiente para o estabelecimento do vínculo
 O terapeuta deve entrar no mundo da criança (brincar do que
ela gosta, desenhar, jogar os jogos ela se interessa etc)
2. Entrevista com a criança
2. Entrevista com a criança
 Levantamento da queixas da criança
 A criança sabe por que os paisa levaram na terapia? 
 A criança concorda com os pais? 
 Dificuldades que ela percebe no cotidiano
 O que ela gostaria que a família fizesse e não faz?
 O que a família faz que a criança não gosta
 O que a criança acha da escola?
 Dificuldades com amigos na escola?
 Dificuldades com as matérias na escola? 
2. Entrevista com a criança
2. Entrevista com a criança
 Explicar para a criança a 
importância do trabalho em 
equipe entre ela, o terapeuta, 
a família, escola 
 Quais são os diferentes 
papeis? 
2. Entrevista com a criança
2. Entrevista com a criança
 Papel do terapeuta
 Solução de problemas
 Melhorar habilidades
 Diminuir sofrimento 
Ensinar 
ferramentas para 
controlar a raiva 
2. Entrevista com a criança
 Papel da criança 
2. Entrevista com a criança
Praticar 
 Brincar 
 Divertir
 Desenhar 
 Falar o que pensa
 Escutar
 Chorar 
 Conversar
2. Entrevista com a criança
2. Entrevista com a criança
 Papel dos pais e escola
 Auxiliar a criança a treinar as habilidades e estratégias aprendidas na
terapia
 Qual papel você acha que seu pai e professores poderiam assumir?
 Como eles podem te ajudar?
2. Entrevista com a criança
2. Entrevista com a criança
 Contrato terapêutico - Combinados 
 Sigilo 
 Duração, dia, horário, atividades
 Tempo da terapia versus tempo de 
brincadeira 
 Caderno da terapia ou Fichário
 Tarefas de casa
 Feedback
 “Alta” 
2. Entrevista com a criança
 Pais ou responsáveis na sala de espera: tranquiliza a criança 
 Contar que os pais dela a procuraram devido a queixa dos pais 
 Perguntar o que a criança pensa sobre e se sabe o que é psicoterapia 
 Enfatizar que a sessão de terapia é um espaço que criança pode usar como 
quiser, desde que não se machuque, não machuque o psicólogo e não 
quebre nada na sala
2. Entrevista com a criança
2. Entrevista com a criança
TCC - Procedimentos e 
Técnicas 
Psicoeducação
Estrutura das sessões 
 Benefícios de estabelecer uma rotina de trabalho em todas as sessões
Estabilidade para a criança promove sensação de segurança e 
estabilidade
Estabelecimento de um foco/objetivo bem delimitado 
Ajuda a criança e terapeuta a enfatizar os pontos a serem 
trabalhados 
Evita digressões 
Estrutura das sessões Estrutura das sessões 
 Modelo de Ficha para 
anotações da terapia
 Auxilia no raciocínio 
clínico
 Auxilia na estruturação 
das intervenções
 Auxilia na avaliação 
semanal das intervenções 
Estrutura das sessões 
✓ Crianças menos motivadas se envolvem menos nas atividades da sessão e 
têm dificuldade em escutar e compreender o que a terapeuta fala
✓ Organização da agenda permitem que o terapeuta negocie efetivamente 
o conteúdo da sessão com a criança ou adolescente
✓ Deve utilizar uma linguagem adequada ao desenvolvimento da criança
✓ Instruções precisam ser descritas com verbos e sempre de maneira simples
Agenda do Dia Agenda do Dia ou da Terapia 
Agenda do Dia ou da Terapia 
• Prepara o ambiente para o trabalho 
terapêutico e orienta a direção, o caminho
• Requer a identificação de itens ou tópicos a 
serem tratados durante a sessão
• Permite que as crianças tragam seus 
próprios problemas para a discussão
Técnicas cognitivas-comportamentais 
- Aumento da consciência por parte 
do paciente de seus pensamentos 
automáticos
- Foco nas crenças centrais e 
intermediárias.
Como?
Processo?
Técnica? 
1) PSICOEDUCAÇÃO 
Técnicas em TCC 
Pensamentos 
Comportamentos Emoções 
COMPORTAMENTOS = AÇÕES 
EXERCÍCIO 
IDENTIFIQUE NO QUADRO OS 
PENSAMENTOS DO MENINO. 
ESSES PENSAMENTOS SÃO 
AGRADÁVEIS E POSITIVOS OU 
DESAGRADÁVEIS?
QUE EMÕÇÕES ELE PODE SENTIR 
PENSANDO ASSIM?
QUE COMPORTAMENTOS ELE 
DEMONSTRA TER COM ESSES 
PENSAMENTOS?
CARTÕES SOBRE EMOÇÕES 
EMOJIS
 Como identificar sentimentos e pensamentos? 
Mapa de rostos
(1) Peça que a criança desenhe rostos feliz, triste, irritado e com medo/ preocupado 
(2) Em seguida ela identifica os rostos parecidos com situações que ela viveu 
Feliz Triste Raiva Medo, 
Preocupação
Identificar EMOÇÕES
Escreva o nome 
da emoção que 
cada personagem 
está expressando.
RAIVA NOJO MEDO
TRISTEZA SURPRESA ALEGRIA
Identificar emoções
Identificar emoções
Escreva o nome da 
emoção que o 
personagem está 
expressando
Psicoeducação 
Psicoeducação 
Psicoeducação 
Psicoeducação 
Psicoeducação 
Psicoeducação 
Identificar e associar sentimentos, 
pensamentos e comportamentos 
✓ Qual é o sentimento expresso no rosto do 
personagem? 
✓ É raiva que está simbolizado no rosto do 
Capital América? 
✓ Que coisas você observou no rosto dele 
que fazem você pensar em raiva? 
✓ O que significa sentir raiva? 
Identificar e associar sentimentos, 
pensamentos e comportamentos 
 Quais são os sentimentos 
expressos nos rostos dos 
personagens? 
 Você consegue pensar em 
hipóteses, motivos, para 
esses sentimentos? 
 Que fatos, que coisas, você 
observa no desenho que o 
fazem pensar assim? 
Quais são os comportamentos dos 
sentimentos? 
Sentimento: 
Comportamento:
preocupação
lento, parado 
Sentimento: 
Comportamento:
Sentimento: 
Comportamento:
Sentimento: 
Comportamento:
reprovação
críticas
admiração
elogios
tristeza
chora
Identificar emoções
 Intensidade dos sentimentos: Farol dos Sentimentos 
 Vermelho: alta intensidade emocional
 Amarela: média intensidade do sentimento 
 Verde: baixa intensidade do sentimento 
Identificar emõções
 Intensidade dos sentimentos: Termómetro/Régua dos Sentimentos 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Menos 
intenso
Mais 
intenso
Técnicas cognitivas-comportamentais 
Registro de Pensamento Disfuncional (RPD)
- Auxilia a rastrear os pensamentos que foram ativados pela situação 
estimuladora e que geraram a emoção e o comportamento 
subseqüentes
- Capacita os pacientes a descobrir, esclarecer e alterar os significados 
que atribuíram eventos perturbadores para compor uma resposta 
alternativa ou racional
 Registro do Diário dos Pensamentos e Sentimentos (RDPS)
- O que você sentiu?
- Com qual intensidade?
- O que você pensou?
- Como se comportou?
 Instrumento restrito a 
habilidade de escrita 
 Com crianças e 
adolescentes que gostem 
ou prefiram escrever 
 No início identificar os sentimentos e pensamentos é uma tarefa 
difícil
 É papel do terapeuta auxiliar a construção dessa habilidade 
Identificar e associar sentimentos, 
pensamentos e comportamentos 
Frases incompletas podem sugestionar as
respostas e auxiliar a criança e adolescente.
• O que neste momento eu desejaria 
era...
• Fiquei feliz quando... 
 Frases incompletas podem sugestionar as respostas e auxiliar a criança e 
adolescente 
Tenho medo de... 
Sinto orgulho em... 
O meu objetivo era... 
Sinto muita raiva quando...
A maioria das pessoas que conheço pensam que...
Uma boa coisa que me aconteceu esta semana foi... 
Identificar e associar sentimentos, 
pensamentos e comportamentos 
 Gráfico de Humor: ferramenta para identificar alterações no humor 
Identificar e associar sentimentos, 
pensamentos e comportamentos 
VERIFICAÇÃO DE HUMOR – INDICADOR E AVALIAÇÃO DA SESSÃO
VERIFICAÇÃO DE HUMOR – INDICADOR E AVALIAÇÃO DA SESSÃO
Terapia Cognitiva 
Procedimentos e Técnicas 
- Descoberta guiada
- O terapeuta usa o questionamento socrático como um meio de
guiar o paciente em um questionamento consciente que
produzirá um insight sobre seu pensamento distorcido
TCC
❖ Influência dos filósofos estóicos gregos: os seres
humanos são perturbados pelos significados que
atribuem aos fatos, e não pelos fatos em si
❖Carl Rogers: terapia centrada no cliente, inspirou o
estilo terapêutico de questionamento gentil e
aceitação incondicional do paciente
● Reflexão sobre os pensamentos automáticos que ocorrem em cada 
situação em prol de uma interpretação mais racional 
● Questionamento sistemático Questionamento Socrático
 O paciente, juntamente com o terapeuta, faz um 
exame das evidências que apoiam o seu pensamento
e das evidências que são contrárias, a fim de descobrir 
formas alternativas de interpretar suas sensações físicas 
 Após a análise das probabilidades, elaboram-se novas 
alternativas, que são chamadas de “lembretes” (por 
exemplo: “estou tendo um ataque que não mata nem 
enlouquece” ou, ainda, “é um ataque que passa em 
pouco tempo”)
Teste de evidência
✓ Estimula a criança a avaliar os fatos que apoiam 
suas percepções e aqueles que discordam 
✓ É uma estratégia útil para testar generalizações 
exageradas, conclusões falhas e inferências 
infundadas
Questionamento Socrático 
A análise do pensamento automático produz pistas sobre crenças centrais 
Pensamento automático
Crença intermediária
Crença central
“Todas as mulheres que 
se aproximam de mim são 
interesseiras”
"Sou feio, não digno de 
ser amado."
"Se todos são 
interesseiros, logo não 
posso me relacionar com 
ninguém."
Cebolinha na terapia ...
Da
- 
ta 
Situa 
ção 
O que 
sentiu? 
Avalie o 
quanto 
você 
acredita-
va neste 
sentiment
o de 0 a 
10 
Quais 
mudan-
ças sentiu 
no seu 
corpo? 
O que 
passou na 
sua cabeça? 
(Pensament
o 
automático 
(ruim) 
disfuncio-
nal) 
O que você fez 
(Comportament
o) 
Evidência
s que 
confirma
m seu 
pensa-
mento? 
Evidências 
que não 
confirmam 
seu 
pensament
o 
Como será seu 
novo 
comportament
o 
E agora, 
o que 
sentirá? 
Avalie o 
quanto 
passará 
a 
acredita
r no seu 
novo 
senti-
mento 
de 0 10 
 
Num 
encontr
o no 
parque 
com a 
Mônica 
 
Medo 
10 
Meu 
coração 
começou a 
bater 
rápido 
 
 
Ela vai me 
bater 
Ela vai me 
acertar um 
“direto” na 
cara 
 
Comecei a chorar 
 
Aprontei 
com ela 
Escrevi no 
muro da 
rua que ela 
é dentuça 
e bobona 
 
 
 
Ela estava 
com uma 
flor na mão, 
sorridente e 
querendo 
conversar 
comigo 
Não chorarei mais 
antes da nossa 
conversa, e vou 
deixar ela primeiro 
falar o que quer, 
assim não preciso 
me “entregar” 
Ou 
Não vou mais ficar 
escrevendo nos 
muros coisas feias 
sobre ela , assim 
ela não me bate 
 
Ficarei 
somente 
com um 
pouco de 
medo 
 
5 
 
Cebolinha na terapia ...
Da
- 
ta 
Situa 
ção 
O que 
sentiu? 
Avalie o 
quanto 
você 
acredita-
va neste 
sentiment
o de 0 a 
10 
Quais 
mudan-
ças sentiu 
no seu 
corpo? 
O que 
passou na 
sua cabeça? 
(Pensament
o 
automático 
(ruim) 
disfuncio-
nal) 
O que você fez 
(Comportament
o) 
Evidência
s que 
confirma
m seu 
pensa-
mento? 
Evidências 
que não 
confirmam 
seu 
pensament
o 
Como será seu 
novo 
comportament
o 
E agora, 
o que 
sentirá? 
Avalie o 
quanto 
passará 
a 
acredita
r no seu 
novo 
senti-
mento 
de 0 10 
 
Num 
encontr
o no 
parque 
com a 
Mônica 
 
Medo 
10 
Meu 
coração 
começou a 
bater 
rápido 
 
 
Ela vai me 
bater 
Ela vai me 
acertar um 
“direto” na 
cara 
 
Comecei a chorar 
 
Aprontei 
com ela 
Escrevi no 
muro da 
rua que ela 
é dentuça 
e bobona 
 
 
 
Ela estava 
com uma 
flor na mão, 
sorridente e 
querendo 
conversar 
comigo 
Não chorarei mais 
antes da nossa 
conversa, e vou 
deixar ela primeiro 
falar o que quer, 
assim não preciso 
me “entregar” 
Ou 
Não vou mais ficar 
escrevendo nos 
muros coisas feias 
sobre ela , assim 
ela não me bate 
 
Ficarei 
somente 
com um 
pouco de 
medo 
 
5 
 
RPD-sistema-verdadeiro ou falso – Medo de dormir 
Quando aparece? O que sinto? O que fiz? Pensamentos 
Ruins 
O que senti 
No meu 
corpo? 
Às vezes, quando 
Apaga a luz do quarto 
Medo 
Nota - 7 
Tentei dormir, 
mas fiquei 
chorando 
até minha mãe 
vir 
Vai aparecer 
Monstros; 
O bicho papão vai me 
pegar 
Posso não acordar; 
Tremores; 
Dor de 
barriga; 
Coração 
bateu 
forte 
Verdadeiro ou falso para o pensamento: Vai aparecer monstros 
É verdadeiro 
(Evidências que 
apóiam o pensamento) 
• Vejo uma sombra escura perto da janela 
• Meu amigo me disse que a noite tem vários bichinhos no quarto dele 
• Minha mãe diz que criança que responde o bicho papão vem a noite 
visitar 
É falso? 
(Evidências que não 
apóiam o pensamento) 
• Quando vou para o quarto da minha mãe, o monstro não vai até lá. 
• Sempre acordo igual todos os dias 
• A sombra fica sempre parada no mesmo lugar 
• Meu pai disse que pode ser que a sombra é reflexo da luz da rua 
• Quando meu primo ou algum amigo meu dorme em casa, não vejo 
nada. 
 
E
X
E
R
C
Í
C
I
O
Quais foram as possíveis perguntas que o terapeuta fez ao paciente 
que subsidiaram a construção de pensamentos alternativos?
RECAPTULANDO: 
- TCC É UMA TERAPIA FOCA NA DESCRIÇÃO DE 
QUAIS 3 ASPECTOS DA NOSSA COGNIÇÃO?
- QUAL TÉCNICA BÁSICA O TERAPEUTA UTILIZA NA 
DESCOBERTA GUIADA? 
- QUAL A FUNÇÃO DO RPD? 
Técnica da Flecha Descendente
Objetivo: desvelar as implicações da situação e interpretações não
imediatamente acessíveis, bem como as crenças mais profundas
A partir dos pensamentos automáticos de um paciente sobre uma situação
particular, perguntar:
"Se isto fosse verdade, (1) por que seria tão perturbador?; 
...(2) o que isto diria sobre você mesmo?; 
...(3) o que isto significaria para _______ (a outra pessoa com quem o paciente 
estiver interagindo na situação)?; 
(4) o que isto representaria para a sua vida/o mundo?". 
-
Seta descendente até a implicação do pensamento
Evento: estou pensando se vou a festa 
Pensamento: “Ficarei ansioso se me aproximar da 
garota na festa”
Implicação
O que você acha que acontecerá? Serei rejeitado
Se isso acontecer, então significa que... Eu sou um fracasso
Se for um fracassado, isso significa que... Jamais encontrarei alguém para me 
relacionar
Se jamais encontrar alguém, então... Estarei sempre sozinho
Se estiver sempre sozinho, o incomodaria porque... Serei sempre muito infeliz
Qual é o pressuposto subjacente? Preciso de outras pessoas para ser 
feliz 
Técnicas em TCC
Reestruturação cognitiva
- Técnica de análise e correção das crenças mais arraigadas, alterando a
organização dessas crenças
- Procurar evidências que sustente as crenças e corrigí-las com o teste de
realidade
Identificar e Resignificar
Reestruturação cognitiva
Reestruturação Cognitiva 
❖ Alterar o conteúdo do pensamento
❖ O foco é substituir pensamentos mal-adaptados por pensamentos adaptados
A criança é instruída a desenvolver novas 
orientações ou regras para o seu próprio 
comportamento que a ajudará passar por 
situações estressantes 
Reestruturação Cognitiva 
 Identificação e registro de pensamentos automáticos e 
crenças disfuncionais
 Análise dos “erros de lógica” inerentes às 
interpretações catastróficas
 Considerar os pensamentos como hipóteses e não 
como fatos
 A forma mais usual de corrigir erros de lógica é o 
questionamento socrático
Reestruturação Cognitiva 
A transformação da lagarta em borboleta 
Qual o 
pensamento da 
lagarta? 
Quais são as provas a favor e contra?
O que eu diria a um amigo nessa 
situação? 
Qual o pensamento 
da borboleta? 
Como ensinar a pensar em formas novas 
e alternativas de ver o mundo.
 Registro de Pensamento de Borboleta (De Friedber e McClure-2002) 
 
 
 
 
 
 
 
Evento 
 
 
 
 
 
 
Sentimento 
 
Pensamento de 
Lagarta 
 
 
Este pensamento de 
Lagarta pode se 
transformar em um 
pensamento de 
Borboleta? 
 
 
Pensamento de Borboleta 
 
Esqueci de fazer 
minhas tarefas e 
minha mãe brigou 
comigo 
 
 
 Triste – 8 
 
Ela me odeia porque 
acha que sou 
preguiçoso e mimado 
 
 
Sim 
 
Esqueci de fazer minhas 
tarefas. Preciso melhorar e me 
lembrar. Ela está desapontada 
comigo, mas ainda me ama. 
Reestruturação Cognitiva 
Como ensinar a pensar 
em novas e alternativas 
formas de ver o mundo.
Reestruturação Cognitiva 
Brincando de Gangorra 
Reestruturação Cognitiva 
Brincando de Gangorra 
Reestruturação CognitivaVideo
https://www.youtube.com/watch?v=54TPl_63DfI
https://www.youtube.com/watch?v=54TPl_63DfI
Em suma...
Tarefas para casa 
 Exercícios de fixação das habilidades 
aprendidas na sessão
 Estímulo extra consultório para que o 
paciente extrapole as aprendizagens 
intra consultório 
o É importante discutir e revisar a tarefa na sessão 
o Mostrar para a criança a importância de realizá-la 
o Enfatizar o papel da criança no processo de 
tratamento
o Reforçar a realização da tarefa 
Tarefas para casa 
 Ênfase ao conteúdo de cada sessão
 Deve ser combinada com a criança e sempre associada a queixa atual 
 Quando a criança participa da programação da tarefa: 
Apropriação do material
Aumenta o nível de responsabilidade
Tarefas para casa 
o Explicar a relação entre a tarefa de casa e a 
dificuldade/queixa
o Dividir a tarefa em etapas graduais que levem a um objetivo 
possível de ser (realmente) alcançado
o Tarefas simples são, probabilisticamente, mais aceitas e 
realizadas 
o Ensaie a tarefa no consultório, se possível
Tarefas para casa 
Tarefas para casa 
A não realização da tarefa de casa:
✓ Oportuniza descobrir as motivações e razões que estão 
por trás do comportamento da criança
✓ Tentar identificar o que atrapalhou a realização
“O que aconteceu para você não fazer seu compromisso 
com a terapia?”
✓ É importante não punir se as crianças não fizerem as tarefas 
✓ Tarefas escritas, com registro, podem ser substituídas por 
tarefas comportamentais, com registro em terapia 
 Crianças podem reagir negativamente frente a tarefa de 
casa deve ser habilmente planejadas para envolver as 
crianças
Tarefas para casa 
Gameficação
 Estratégia ou ferramenta que cria experiências de jogos on-line em 
jogos off-line
 O objetivo é aumentar o envolvimento da criança com as tarefas 
 Aplica-se a lógica dos jogos eletrônicos para resolver problemas 
 Token Economy
Exemplo Gameficação
 https://www.youtube.com/watch?v=ZUJsc3rQAYc
Gameficação: para casa! 
https://www.youtube.com/watch?v=ZUJsc3rQAYc
Técnicas de Relaxamento: 
Respiração Diafragmática 
Técnicas de Relaxamento: 
Respiração Diafragmática 
Orienta-se o paciente de que a respiração deve partir do diafragma, inspirando pelas
narinas uma quantidade suficiente de ar e expirando pela boca. Os movimentos
devem ser pausados para facilitar a desaceleração da respiração, contando-se até
três para cada fase: inspiração, pausa, expiração e pausa para nova inspiração.
Devem-se utilizar os músculos do abdome, sem movimentar o tórax (empurrando o
abdome para fora enquanto inspira e contraindo-o para dentro enquanto expira).
Para que o paciente aprenda essa nova forma de respirar, recomenda-se a sua
prática várias vezes na ausência de sintomas de ansiedade, estando sentado ou
deitado, a fim de observar a movimentação abdominal e concentrando-se na
contagem dos movimentos.
 Com crianças: 
Enche a barriga de ar em 4 segundos
Tira o ar da barriga em 4 segundo 
 Ferramentas auxiliares: bexiga, olho de sogra, bolha de sabão.
Técnicas de Relaxamento: 
Respiração Diafragmática 
 Video respiração com balão 
 https://www.youtube.com/watch?v=P2SNigbSJ1I
Técnicas de Relaxamento: 
Respiração Diafragmática 
Exercício que envolve a prática de tensão e relaxamento progressivo dos
principais grupos musculares do corpo.
Orientar o paciente uma postura confortável para a prática do exercício.
Solicitar que feche os olhos e focalize a sensação de tensão, que deve iniciar nos pés, passando pelas pernas, quadris, abdome,
mãos, braços, ombros e pescoço até chegar à face.
Manter essa tensão por um período de 5 a 10 segundos e, então, relaxam-se todos os músculos ao mesmo tempo.
Deve-se induzir a descoberta das sensações de conforto que surgem após o relaxamento.
O paciente pode repetir várias vezes o exercício, até que se sinta completamente relaxado, inclusive mentalmente, pensando
em algo agradável e respirando lentamente.
Após 1 ou 2 minutos, pode-se abrir os olhos e alongar os músculos, movendo-os lentamente.
Técnicas de Relaxamento: 
Relaxamento Muscular 
 Video 
 https://www.youtube.com/watch?v=C2hFGeJj48k
Técnicas de Relaxamento: 
Relaxamento Muscular 
Técnicas de Relaxamento: 
Relaxamento Muscular 
 Com crianças, faz-se as brincadeiras: 
Macarrão Cru versus Macarrão Cozido
Robô versus Boneco de Pano
Duro versus Mole 
x x
Conceitualização de caso 
- Desde o início do tratamento, o terapeuta desenvolve (idealmente de
forma colaborativa) uma conceitualização cognitiva do paciente
- Uma avaliação histórica e prospectiva de padrões e estilos de
pensamento
- Procurar e agrupar denominadores cognitivos comuns em diversas
situações de vida
- Identificar um padrão cognitivo
Conceitualização de caso 
- Entender o conjunto de crenças disfuncionais e as vulnerabilidades
específicas individuais
- Entender as estratégias comportamentais que os pacientes usam para
lidar com as crenças
- Alterar e atualizar conforme necessário, conforme novos dados clínicos
importantes são trazidos para a terapia
- Preparar um plano de tratamento: guia para as intervenções
terapêuticas
Plano de tratamento com TCC na clínica 
(1) conceituação do problema
(2) desenvolvimento de relação colaboradora
(3) motivação para o tratamento
(4) formulação do problema
(5) estabelecimento de metas
(6) educação do paciente sobre o modelo cognitivo-comportamental
(7) intervenções cognitivo-comportamentais
(8) prevenção de recaída
Plano de tratamento com TCC na clínica 
➔A efetividade clínica do terapeuta cognitivo-comportamental depende de sua relação
com o paciente: vínculo
➔Ainda que desenvolva uma excelente formulação, é necessário uma relação na qual o
cliente se sinta aceito, compreendido e confortável para fornecer as informações e
mostrar a cooperação necessária
➔O clínico precisa de uma boa relação para continuar testando, reformulando e
retestando hípóteses
Aumento da probabilidade da eficácia do tratamento!
Conceitualização de caso 
Pode-se definir a conceituação como uma teoria:
(1) relaciona as queixas entre si de uma forma lógica, orgânica e significativa;
(2) expliqua porque o indivíduo desenvolveu as dificuldades e o que as mantêm;
(3) forneça predições sobre seu comportamento, dadas certas condições;
(4) possibilite o desenvolvimento de um plano de trabalho;
❖Promove a aliança terapêutica e da adesão ao tratamento
Conceitualiação de caso
É importante lembrar que uma conceitualização deve atender certos critérios:
1.Utilidade
2.Simplicidade
3.Coerência
4.Explicar o comportamento passado
5.Fazer sentido ao comportamento atual
6.Capaz de predizer o comportamento futuro
7.Passível de "experimentos clínicos":
(verificar hipóteses formuladas sobre o caso).
1.Validade: validar o conhecimento
Nome: MCD
Idade: 11 anos Sexo: masculino
Encaminhamento da escola: queixa de indisciplina, baixo rendimento escolar
e agressividade com professores, colaboradores e amigos; houve uma
suspensão por ter agredido um colega.
QUEIXAS DOS PAIS:
Bastante indisciplinado na escola com muitas notas baixas.
Agressividade na escola e em casa
É esquecido e disperso;
Não gosta de estudar e fazer lições
É ansioso e tem baixa tolerância a frustração
É teimoso, persistente no que quer e desafiador
DADOS DA ANAMESE
História e etapas do desenvolvimento: M desenvolvimento neuro-psico-motor
normal
Desde pequeno apresenta “ansiedade”
Quando bebê não frequentou creche
Iniciou sua vida escolar na pré-escola e não observaram nenhuma “ansiedade de
separação”
Não usa medicações
Mãe ansiosa e exigente em relação aos cuidados, limpeza e ordem da casa.
Mãe relata ter traços do TDAH - falta de atenção e agitação constante (SEM
DIAGNÓSTICO)
Não era uma dos melhores alunos da sala, mas, sempre mostrou muito inteligente em relação
às coisas e temas que o chama atenção.
Hoje diz não gosta de estudar e não se preocupanem um pouco em relação ao futuro.
Notas muito baixas – recuperação
Joga futebol e quer aprender a tocar guitarra.
Gosta de assistir televisão e de brincar com jogos no computador.
Raramente é convidado para festas de aniversário
Não possuem amizades com vizinhos e colegas na escola
Falas de M: “Sou o diferente e o excluído e eles (amigos) são os mais inteligentes”; “nos
momentos que fico nervoso não quero saber, quero meu LAP”; Ninguém da escola gosta de mim
porque sempre tomo lanche sozinho”; “Eles querem ser mais espertos, mas não deixo”; “Eu tenho
que estar alerta constantemente, senão eles vão me trapacear”; “ as vezes explodo em acessos
de raiva para aliviar“; ”às vezes bato neles porque eles me provocam”; “Eles não querem ficar
comigo, mas também não ligo para eles, acham que são mais esperto do que eu (rsss)” ; “Sou uma
criança sem amigos”.
AMBIENTE FAMILIAR:
Pais não são rígidos em cobrança de práticas disciplinares: não possui
responsabilidades como tirar prato da mesa, organizar quarto, guardar
brinquedos e roupas
O pai tem papel controlador e de autoridade na casa
Irmã de 17 anos, que participa da educação de M.
Mãe permissiva, mãe ausente – ambiente “informal” → todos falam e discutem
sobre todos os assuntos
Práticas parentais são pouco eficazes
Não há punições: não batem, nem deixam de castigo.
Mãe apresenta irritabilidade, especialmente ao final do dia, há gritos.
CONFLITOS FAMILIARES: Conflitos conjugais intensos (suposta traição da
esposa)
Pensamentos automáticos:
Distorções cognitivas:
Pensamento de tudo ou nada - “ não quero saber, quero meu LAP”
Generalização excessiva – Ninguém da escola gosta de
mim”
Rotulação: “Eles querem ser mais espertos, mas não
deixo”
CRENÇA CENTRAL:
Crença Intermediária:
Pensamentos automáticos:
Situação I
PA-
Comportamento:
Desamor / Desamparo / Incompetência:
“Sou o diferente e o excluído e eles (amigos) são os mais inteligentes” 
Eu tenho que estar alerta constantemente, senão eles vão me trapacear”
“As crianças da escola não gostam de mim”
O que significa? Sou o mais excluído da turma
Bato neles na classe e no jogo de futebol, coloco o pé
na frente para tomar um “tombasso”.
Pensamentos automáticos:
SITUAÇÃO II
Pa –
O que significa?
Comportamento:
Estratégias comportamentais:
“Sou uma criança sem amigos”
Eles não querem ficar comigo, mas também não ligo para eles,
acham que são mais esperto do que eu (rsss)
Bater
Explode em acessos de raiva para aliviar sua
ansiedade.
Tem medo de não conseguir o que quer -> reage com
ameaças e agressividade (enfrentamento)
Estudo de Caso 
Del Prette, A. (2012). Atendimento 
a uma criança que relatava ver o 
espírito da avó: Um estudo de 
caso. Estudos de 
Psicologia(Campinas, SP), 29(2), 
285-292.
http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v29n2/a14v29n2.pdf
Contexto e queixa
A criança, uma menina aqui designada por Satiko, tinha oito anos de idade quando foi trazida pela
mãe para “conversar com o psicólogo”. A mãe havia emigrado do Japão, já adulta, juntamente com o
marido. O casal possuía um sítio onde trabalhava o dia todo. Além de ajudar o marido, a mãe atendia
a freguesia e cuidava das tarefas domésticas. A mãe professava o zen-budismo, mas seu marido
parecia ter pouco interesse nas práticas religiosas. A casa onde residiam tinha uma varanda, sala, três
quartos, um banheiro, cozinha e um cômodo anexo, usado como depósito. Tanto Satiko como seu
irmão, após as tarefas escolares, tinham atividades junto aos pais, na casa ou no sítio. O atendimento
psicológico da criança foi realizado em ambiente da escola que fez o encaminhamento. Ao entrar na
sala, segurando a mão da filha, a mãe disse: “Satiko vê a vó dela, minha mãe que faleceu”. A partir
das entrevistas com a menina e com os professores, e também a partir das observações colhidas, foi
possível estabelecer uma avaliação inicial do caso.
Estudo de Caso 
Avaliação inicial 
Satiko era considerada pelos professores como boa aluna, disciplinada, educada e atenta às aulas. No recreio, suas
preferências incluíam atividades de leitura, pintura em folhas de papel e amarelinha, mais do que brincadeiras de roda, jogos
com bola e as que envolviam correrias. A mãe não conseguia auxiliá-la nas tarefas escolares de casa e Satiko recorria à ajuda
do irmão ou de algumas colegas que residiam nas proximidades de sua casa. A menina e as colegas se revezavam durante a
semana para fazer, cada dia em uma das casas, as tarefas escolares. Segundo Satiko, as colegas gostavam de ir à sua casa
também porque comiam doces japoneses. Dois itens na avaliação inicial registram somente as respostas do ambiente, sem
especificar comportamentos da paciente. No primeiro item (orações da mãe), porque ele podia estar relacionado tanto à
insistência da menina em relatar que via a avó, quanto à pressão que a situação exercia sobre a mãe. No segundo item, porque
a menina não sabia precisar se ela própria havia contado à professora ou se isso teria sido feito por alguma de suas colegas. Os
recursos da cliente e do ambiente também foram especificados a partir das entrevistas (professores, mãe e criança) e de
observações, sendo resumidos como se segue. - Paciente: comportamentos atentivos bem estabelecidos, desempenho
acadêmico compatível com a idade, comportamentos cooperativos em diferentes ambientes, comportamentos de iniciar e
manter interação com adultos e pares (cumprimenta, agradece, usa o termo “por favor” ao fazer pedidos, narra acontecimentos).
- Ambiente: no cotidiano familiar, os pais de Satiko haviam estabelecido um conjunto de normas, supervisionadas pelo casal,
sobre tarefas no sitio e em casa. O pai aparentava maior dificuldade de contato social do que a mãe, possivelmente porque
trabalhava a maior parte do tempo isolado, tinha pouco domínio do português, mas era mantido informado sobre os
acontecimentos pela mulher. A mãe de Satiko mantinha contato direto com a comunidade (atendia a freguesia de verduras, fazia
compras e pagamentos); quando necessário, recorria à ajuda de conhecidos. Quanto à escola, dois dos professores pareciam
ter assumido a tarefa de apoiar a aluna. Algumas pessoas da vizinhança, provavelmente pais de colegas de Satiko, ficaram
sabendo do problema. Duas apresentaram sugestões: uma que a família chamasse o padre para benzer a residência, e outra,
que se levasse a menina a um centro espírita de uma cidade próxima.
Estudo de Caso
Agora é com vocês!
1. Descrevam os objetivos das primeiras sessões e suas atividades.
Considerem os objetivos da cliente!
Satiko relatou também seus principais interesses e objetivos no atendimento: a) saber quanto
tempo um espírito permanece na casa em que residira; b) voltar a se encontrar com as
amigas em sua casa, pois elas se ajudavam nas tarefas e, além disso, achava “muito legal
porque elas gostavam dos doces que a mãe fazia”; c) recuperar as boas notas que tinha
antes na escola.
2. Como seria uma orientação aos pais.
3. Quais brincadeiras poderiam ser feitas, considerando os objetivos da terapia?
Agora é com vocês! GABARITO
1. Objetivos das primeiras sessões e suas atividades 
Nas primeiras sessões, foi possível também observar comportamentos da mãe e da criança. As sessões 
envolveram: a) solicitação para Satiko mostrar seu material escolar e falar sobre suas preferências de assuntos 
escolares; b) desafio para Satiko separar alguns brinquedos que desconhecia e adivinhar como eles eram usados 
(que brincadeiras geravam); c) brincadeiras com “bonecos falantes” que faziam e respondiam perguntas (papel 
feito primeiramente pelo terapeuta e depois por Satiko); d) solicitação para Satiko reproduzir, com giz, no piso da 
sala, um esquema representativo de sua casa (vista por dentro), incluindo a localização de sua cama e as coisas 
que mais gostava em cada ambiente.
Foi feita uma hierarquia de medo de Satiko, do maior para o menor, para entrar e permanecer nos diferentes 
ambientes da casa: pouco tempo, regular e bastantetempo, com e sem a presença de outra pessoa. 
Sobre o primeiro objetivo, optou-se por uma resposta tranquilizadora imediata, evitando, contudo, qualquer 
posição contrária à ideia da possibilidade de “ver um espírito”. Nesse sentido, foi dito à paciente que talvez fosse 
melhor ela não prestar muita atenção ao espírito da avó, que possivelmente estava buscando algum lugar para ir. 
Quanto aos outros objetivos, foi afirmado em expressão de desafio que ela própria poderia, com sua participação 
no atendimento, recuperar a presença das amigas em sua casa e organizar um esquema de estudo para voltar a 
obter boa nota escolar. Em seguida, o terapeuta propôs visitas à sua casa, onde conversaria com sua mãe e 
também fariam outras brincadeiras, com a participação de algumas de suas amigas.
Como seria uma orientação aos pais.
Na primeira sessão, foi sugerido que Satiko ficasse esperando suas colegas no portão do sítio. 
Esse tempo foi utilizado para orientar seus pais e irmão para: a) não fazer nenhum comentário, 
caso Satiko relatasse a presença da avó, devendo apenas eles se ocuparem de alguma tarefa e 
conversarem sobre outro assunto qualquer; b) conversar com a menina sobre assuntos diversos, 
mas não sobre as visões; c) que o irmão não fizesse brincadeiras sobre espíritos, porém a 
ajudasse quando solicitado; d) caso a menina se dirigisse à noite para a cama dos pais, a mãe 
deveria fazê-la retornar, acompanhando-a e permanecendo no quarto até ela conciliar o sono e 
nada comentar nos dias seguintes. A ênfase na orientação para conversarem bastante com 
Satiko tinha como objetivo garantir consequências para outros comportamentos da criança e, ao 
mesmo tempo, diminuir a probabilidade de que a mãe generalizasse para outros comportamentos 
a recomendação de não reagir às verbalizações sobre o espírito da avó.
Agora é com vocês! GABARITO
Quais brincadeiras poderiam ser feitas, considerando os objetivos da terapia? 
- Quente frio: o terapeuta cochichava ao ouvido de Satiko para ela trazer um objeto não muito grande, retirado um de cada vez da sala, 
cozinha, de seu quarto ou do quarto dos pais, envolvidos em uma toalha para não serem identificados de imediato. Depois de fazer
“suspense”, pedia para uma das crianças esconder o objeto embrulhado na toalha, em algum local. O terapeuta indicava a mesma 
sequência de ambientes (conforme a hierarquia do medo), porém repetindo alguns para garantir maior exposição de Satiko naquele local. 
Enquanto as crianças procuravam o objeto, o terapeuta oferecia dica de proximidade do local escondido, usando palavras, tais como 
quente, muito quente, quentíssimo, ou frio, muito frio e gelou para sinalizar distanciamento. - Pinturas sobre a natureza: cada criança 
devia decidir qual seria a pintura, reproduzi-la em um cartão de mais ou menos 20 x 15cm. Após o término, as pinturas eram sorteadas 
entre elas (ninguém ficaria com a própria pintura) para que colocassem em seus quartos. Na sequência, Satiko servia chá para as 
amigas, que se despediam e retornavam às suas casas, como estava combinado. Após a saída das colegas, foi solicitado que Satiko
escolhesse o lugar em seu quarto para colocar a pintura e, em seguida chamasse a mãe para ver como ficou o quarto. Satiko alterou a 
instrução recebida e, ao retornar, pediu para a mãe adivinhar onde ela havia colocado a figura. Em outra sessão, as crianças realizaram 
primeiramente a tarefa escolar. Após isso, a atividade consistiu, conforme o combinado, em adivinhar o local em que cada uma delas 
havia colocado a pintura. Satiko perguntou ao terapeuta se podia mostrar seu quarto com a figura para as colegas. O terapeuta 
respondeu que sim e que o quarto devia estar mais bonito. As brincadeiras foram repetidas em outras sessões, variando-se os objetos e 
graduando o tempo de permanência nos ambientes nos quais Satiko, anteriormente entrava com acompanhamento. Na brincadeira 
“quente frio”, por exemplo, variou-se a condução, ora por uma das colegas, sorteada, e ora conduzida por Satiko. Outras brincadeiras 
com os “bonecos falantes” foram também repetidas, variando-se o conteúdo.
Agora é com vocês! GABARITO
Referências bibliográficas 
Knapp, P., & Beck, A. T. (2008) .Fundamentos, modelos conceituais, aplicações e pesquisa da terapia cognitiva. Rev
Bras Psiquiatr.; 30(Supl II):S54-64.
Araujo, C. F.; Shinohara, H. (2002). Avaliação e diagnóstico em terapia cognitivo-comportamental. Interação em
Psicologia, 6(1), p. 37-43.
Rangé, B. & Silvares, E. F. M. (2001). Avaliação e formulação de casos clínicos adultos e infantis. Em B. Rangé (Org.),
Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria (p. 79-100). Porto Alegre: Artmed.
Reinecke, M. A.; Dattilio, F. M. & Freeman, A. (1999) (Orgs.).Terapia cognitiva com crianças e adolescentes: Manual
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