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Evolução do Constitucionalismo

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DIREITO CONSTITUCIONAL I
Estado Absoluto – O Estado não se submete.
Estado Liberal – Adam Smith – O indivíduo é o especial – Século XVII – Revolução Industrial. 
· Começa a aparecer direitos oponíveis ao Estado e protetivos do individuo (EX.: Direito à Propriedade).
· O Estado é absolutista, não se intromete nos negócios privados.
Estado Social – Pós segunda Guerra Mundial – Crises Econômicas.
· Surgiu a ideia “WELFARE STAFE” (O Estado é o especial) – Proteção do Trabalho e Previdência. 
· Com às consequências desastrosas das políticas do Estado Liberal surgiu a ideia do Estado Social que passa a ser um prestador de serviço e que começa a intervir na economia. Nessa época são criadas as normas protetivas do trabalho e as da previdência. 
Estado Neoliberal – 1970 – “Consumir”
Ideia Central – Globalização – Abertura de Mercado.
Estado Pós-Social – Neste estágio, os Estados avançam para a busca de valores com solidariedade, fraternidade e os DIREITOS TRANSINDIVIDUAIS (Direitos que extravasam o individual) como apresentação do meio ambiente o pluralismo político o direito a informação são os destaques.
CONSTITUCIONALISMO
É um momento político-social e jurídico, cujo principal objetivo é limitar o poder do Estado através de uma Constituição. 
Para Vadi, o constitucionalismo refere-se ao fato de todos os Estados, em todas as épocas da humanidade, possuírem uma Constituição. 
Principal objetivo do constitucionalismo é limitar o poder estatal através da positivação de direitos fundamentais “individuais” na Constituição. Nesse período, as constituições são em regra escritas e são instrumentos de organização do Estado e do Poder político. 
MONTESQUIE - 1748
· Três Poderes = Tripartição do Estado. 
1-) Constitucionalismo Antigo (Karl Loewenstein): Afirma que o Constitucionalismo estava presente mesmo em povos muito antigos como os hebreus e os da Antiga Grécia. 
2-) Constitucionalismo na Idade Média – Carta Magna – 1215 – Inglaterra: O Rei João I confere aos nobres alguns direitos oponíveis ao próprio Estado como a propriedade e o devido processo legal. 
3-) Constitucionalismo Moderno – “Constitucionalismo Norte-Americana de 1787” – “Francesa de 1791”: Os direitos individuais (propriedade, vida e liberdade) são definitivamente consagrados. No Brasil = Constituição 1824/1891 (Dom Pedro). 
4-) Constitucionalismo Social: Há uma Constitucionalização dos direitos sociais (trabalho, previdência).
· Constituição de México – 1917;
· Constituição de Weimar;
· Constituição de 1934 – CLT. 
5-) Constitucionalismo do Futuro (José Roberto Drone): Constitucionalismo do futuro será pautado por valores como: 
· Verdade: não haverá normas com promessas falsas, como por exemplo a do art. 7º da CF/88, onde esclarece a forma como deve ser o salário mínimo e que difere muito nossa realidade; 
· Solidariedade: art. 4º da CF/88 concessão de asilo político, concessão de refúgio aos países em crise;
· Integração: Criação dos órgãos supranacionalidade, como por exemplo a ONU;
· Continuidade: os avanços conquistados em relação aos direitos fundamentais serão preservados quando a constituição for reformada; 
· Participação: se refere a CF da democracia participativa; 
· Universalização: existe um núcleo de direitos fundamentais que atingem todos os indivíduos. É a consagração nas constituições de direitos fundamentais considerados universais. 
6-) Transconstitucionalismo (Marcelo Novaes): Relação existente entre o direito interno e o direito internacional, para melhor tutela dos direitos fundamentais. Quando o Brasil participa de pactos internacionais e esses pactos são ratificados pelo Congresso na forma de Emenda Constitucional, então esse pacto se torna forte como a nossa CF/88, o mesmo ocorre quando o tema desse pacto é sobre Direitos Humanos, já quando o assunto é comum e o pacto é ratificado por maioria simples do Congresso, esse pacto tem força de lei ordinária, que se submete a CF/88. Ex.: Nossa CF/88 admite 2 hipóteses para prisão por ilícito civil: o atraso no pagamento de pensão alimentícia e o depositário infiel, porém em decisão do STF, foi emitida a Sumula Vinculante 25, onde o Supremo acata o Pacto São José da Costa Rica, que só admite a prisão por ilícito civil no caso de não pagamento de pensão alimentícia, ignorado o que diz a CF/88 e dando a esse Pacto a mesma força. Obs.: Art. 92 fala sobre a organização do Judiciário. O STF é responsável pela interpretação da CF/88. Sumula é um resumo de entendimento dos tribunais sobre determinado tempo. Sumula Vinculante tem a força de lei, todos os órgãos da administração público direta ou indireta são alcançados por ela e devem acata-la. 
7-) Constituição Transnacional: Elaboração de uma Constituição para vários países, exemplo é a zona do Euro. 
8-) Neoconstitucionalismo: A força normativa da Constituição (Konrad Hesse). Maior defensor do neoconstitucionalismo atual é o Ministro Barroso. Defende ir além do que está positivado, do que está escrito na lei, introduz ao direito os princípios e valores, dando a aquele que aplica o direito liberdade de arbitrar, não o prendendo apenas na letra. O judiciário pode interpretar cada caso de forma individualizada, baseando suas decisões na lei, nos costumes, nos princípios e valores da sociedade. O desafio do neoconstitucionalismo é buscar mecanismo para que tornem a constituição efetiva. Consequências da adoção do neoconstitucionalismo:
· Maior importância dos princípios; 
· Maior eficácia dos direitos fundamentais;
· Maior ativismo jurídico;
· Inovação hermenêutica (estudo das técnicas de interpretação).
EVOLUÇÃO CONSTITUCIONAL DO BRASIL
- Brasil Império: Dom Pedro I chama uma assembleia constituinte, Brasil passa a ter sua primeira constituição em 1824 com 4 poderes: Poder Moderador, Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. 
Dom Pedro I encerra os trabalhos da assembleia constituinte em 1823 e outorga uma constituição elaborada por ele mesmo, que traz a divisão do poder político em 4 funções, sendo a do Poder Moderador superior as demais e esse poder é exercido por ele mesmo. 
- Consagração de direitos individuais;
- Catolicismo como religião oficial;
- Direito de voto apenas para os homens brancos e proprietários de terras. 
EVOLUÇÃO POLÍTICO-CONSTITUCIONAL
1ª Constituição: 1824 – Outorgada 
– 1889 - República 
2ª Constituição: 1891 – Promulgada 
· Trás dos EUA a forma federativa de Estado que foi mantida e todas as constituições posteriores;
· Sistema Presidencialista;
· Tripartição do Poder;
· Conferiu direito de voto para todos os homens (masculino);
· Tornou o Estado Laico. 
– REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA - (Getúlio Vargas) – 1930
3ª Constituição: 1934 – Promulgada: Constitucionaliza normas de direitos sociais (mais importante) estende o direito ao voto para as mulheres. 
4ª Constituição: 1937 – Institui a ditadura do Estado Novo, esta Constituição tem inspiração fascista. 
Obs.1: Getúlio Vargas fecha o Congresso Nacional e retira as garantias da magistratura. 
Obs.2: Institui a pena de morte e a censura.
Obs.3: Nos Estados ele nomeou interventores. 
– Getúlio Vargas - Deposto - (1945) 
5ª Constituição de 1946 – Promulgada
· Redemocratização do País;
· Vedação a pena de morte, censura;
· Eleições diretas. 
– Getúlio Vargas – Remota ao poder eleito do país - (1950) 
– Jânio Quadros – (Renúncia) – Vice João Goulart (comunista) 
– Militares (Forças Armadas) – Golpe Militar – 1964 
6ª Constituição de 1967 – EC/69 – “Promulgada”:
· Formalmente está constituição foi promulgada. Porém, seu texto e suas ideias e até mesmo sua construção são absolutamente antidemocráticas. 
· Congresso Nacional e Judiciário continuam formalmente exercendo suas atividades, mas na prática não há independência nesses poderes que estão sujeitos a junta militar. 
· Costa e Silva – AI.5 = Autoriza a tortura de qualquer maneira “em nome da segurança nacional”.
Constitucionaliza o AI.5: Em 1969, as torturas se intensificaram e é editada uma emenda constitucional (EC/69) constitucionalizando os atos institucionais. 
· Essaemenda provocou tantas mudanças que alguns doutrinadores a consideram a nossa sétima constituição.
João Figueredo – 1985 
 Proposta ao congresso a emenda DANTE.
 Eleições diretas.
 Não é aprovado
José Sarney – Vice de Tancredo Neves
– Assembleia Nacional Constituinte - Ulisses Guimarães – 1987
7ª Constituição – Promulgada:
· É chamada de constituição cidadã porque amplia o hall de direitos fundamentais e porque foi uma CF/88 discutida nos setores da sociedade.
· Estende o direito de voto mendigo e analfabetos. 
· Vedação a censura.
· Amplia o hall dos direitos trabalhistas.
· Trás de Portugal o mandato de injunção – art. 5º, inciso LXXI que é ação constitucional que visa suprir a falta de norma regulamentadora de direitos fundamentais. 
DA CONSTITUIÇÃO
A gráfica da palavra Constituição no STF é com letra maiúscula, mas isso não é uma regra.
Sinônimos da Constituição Federal:
1- Texto fundamental;
Lei fundamental;
Norma fundamental. 
2- Carta Magna;
Lei Magna;
Texto Magno.
3- Texto Maior;
Lei Maior. 
- Carta Constitucional é diferente de Constituição.
A doutrina conservadora afirma que a Constituição decorre de um processo democrática enquanto a carta constitucional é imposta, mas doutrina moderna não faz essa diferença. 
SENTIDO DE CONSTITUIÇÃO
O conceito de Constituição depende do sentido que se adota. 
– 1º Sentido Sociológico - 1864 
Fatores reais de Poder:
· Militares – Forças Armadas.
· Social – Ter Terra (Latifundiários).
· Econômico – Capital.
· Intelectual – Artistas, filósofos etc. 
Constituição é a soma dos fatores reais do poder numa sociedade. A essa Constituição ele nomeia de Constituição Real. A Constituição que não reflete esses fatores reais de poder, ele denomina de Constituição Jurídica e a equipara “a uma filha de PAPEL”.
– 2º Sentido Político – Carl Schmit - nazista 
Para Schmit, a Constituição é uma decisão política fundamental. Nas constituições portanto as normas apenas irão estabelecer a estrutura e organização do Estado com o modo de aquisição e exercício do Poder e os direitos e garantias fundamentais. Para ele as demais normas de uma constituição são na verdade Lei Constitucional. 
– 3º Sentido Jurídico – Hans Kelsen (Pirâmide) 
· Art. 5º, inciso LV da CF/88 = Ampla defesa. 
Para Hans Kelsen, Constituição é a NORMA PURA, puro deve-se, sem qualquer pretensão a fundamentação sociológica, política ou filosófica. Ele dividido SENTIDO JURÍDICO em 2:
A-) Sentido Lógico-Jurídico: Neste sentido, constituição é norma fundamental hipotético fundamento lógico transcendental de validade da Constituição escrito. A NFH é uma norma não escrita cujo único mandamento é “obedeçam a Constituição escrita”. 
B-) Sentido Lógico-Positivo: Constituição é uma norma positiva suprema, fundamento de validade de todas as demais normas de um ordenamento jurídico. 
Para Kelsen, o ordenamento jurídico é construído sob um escalonamento verticalizado e hierárquico de normas, em que uma norma inferior busca fundamento de validade na norma que lhe é hierárquica e imediatamente superior e assim segue até chegar na Constituição. 
A inconstitucionalidade refere-se ao fato de a norma ser construída em desacordo com a Constituição quer porque viola um procedimento (“inconstitucionalidade formal”) seja porque o seu conteúdo não observou o conteúdo da Constituição (“inconstitucionalidade material”).
A inconstitucionalidade, todavia, sempre será decorrência de um conforto entre uma determinada norma e a Constituição. 
Se o confronto ocorrer entre duas normas de hierarquias diferentes, mas ambas abaixo da Constituição, a questão será de ilegalidade. 
– 4º Sentido Culturalista – Meirelles Teixeira – J.A.S
A Constituição ao mesmo tempo em que condiciona cultura é por ela condicionada. 
– 5º Sentido Dirigente – J.J. Gomes
Constituição é o estatuto o jurídico do político. 
A Constituição deve trazer normas que estabeleçam objetivos, metas a serem alcançados pelos governantes, o autor chama essas normas de NORMAS PROGRAMATICAS. 
Art. 7º, inciso VI da CF/88 – salário mínimo.
Com o neoconstitucionalismo esse sentido perdeu expressividade.
 
ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO
1. Elementos Orgânicos
2. Elementos Limitativos
3. Elementos Sócio ideológicos
4. Elementos de estabilização constitucional
5. Elementos formas de aplicabilidade
- Elementos Orgânicos: São normas constitucionais que estabelecem a estrutura do Estado e a organização dos poderes. Ex.: Art. 18; 25; 29; 30; 44; 76; 92; 127; 131; 134; 144.
- Elementos Limitativos: São Normas Constitucionais que limitam a atuação do Estado estabelecendo direitos e garantias fundamentais. Ex.: Art. 5º, caput, todos os incisos; 150.
- Elementos Sócio ideológicos: São normas constitucionais que afirmam o compromisso do Brasil com o Estado social, intervencionista. Ex.: Art. 6º; 7º; 170; 193; 201.
- Elementos de estabilização constitucional: São normas constitucionais aplicáveis em períodos de crise constitucional e trazem soluções para esses conflitos. Ex.: Art. 34, inciso III; 35; 136; 137.
- Elementos formas de aplicabilidade: São normas constitucionais que estabelecem e forma de aplicação de outras normas constitucionais:
1-) Preâmbulo;
2-) Art. 5º, §1º; 
3-) Art. 60, §4º;
4-) ADCT. 
ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO
- De acordo com Paulo Bonavides:
I-) Preâmbulo;
II-) Parte Introdutória = Sistema de Governo; Formas de Governo (Presidencialismo/Parlamentarismo); Separação dos poderes de forma de Estado; 
III-) Parte Dogmática = Direitos e garantias fundamentais;
VI-) Parte Orgânica = Organização dos Poderes e do Estado;
V-) Disposições Gerais; 
VI-) Disposições Transitórias – ADCT.
I- PREÂMBULO: Se o Preâmbulo for uma norma constitucional os Estados tem o dever de segui-lo conforme escrito na Constituição. O PSL entrou com uma ação (ADI 2076/AC) afirmando que a Constituição do Acre era inconstitucional porque não havia feito a invocação a proteção de Deus. Há 3 teorias surgiram para analisar se o Preâmbulo teria força normativa e se portanto os Estados seriam obrigados a repetir essa invocação a Deus em seus preâmbulos.
1ª Teoria - Plena Eficácia: O preâmbulo tem natureza de norma constitucional e está no mesmo patamar das demais normas da Constituição. 
2ª Teoria - Relevância Jurídica Indireta: O preâmbulo não tem relevância jurídica, mas tem característica jurídica.
3ª Teoria - Irrelevância Jurídica: O preâmbulo tem natureza sem qualquer força normativa. O STF adotou em 2002 a Teoria da Irrelevância Jurídica afirmado que o preâmbulo não tem força normativa. O preâmbulo serve como um elemento de interpretação da Constituição e do povo brasileiro. 
IV- ADCT: Se houver uma Revolução não vai existir ADCT, pois muda completamente.
- Trata-se de um conjunto de normas Constitucionais que estabelecem a transição entre o ordenamento jurídico antigo e o novo ordenamento jurídico. 
- O ADCT tem natureza de norma constitucional de forma que não há diferença hierárquica entre as normas do corpo da Constituição e as normas do ADCT. 
- São normas que possuem por características a transitoriedade e a temporalidade. 
- Após sua aplicação, as normas do ADCT esgotam-se e sua eficácia fica exclusiva, de modo que essa norma passa a ter um conteúdo meramente histórico. 
- As normas do ADCT são alternáveis por Emenda Constitucional. 
- O STF já decidiu que a transitoriedade das normas de ADCT não impedem sua alteração. 
- Inicialmente o ADCT possuía 70 artigos e hoje, 2018, possui já conta com 114 artigos. 
- O ADCT é constantemente desvirtuado inserindo nele normas que não são transitórias ou temporárias, o exemplo do art. 96. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
I- Quando ao conteúdo:
a-) Constituição Material: são constituições cujo as normas possuem conteúdo EXCLUSIVAMENTE CONSTITUCIONAL (órgãos que estruturam o Estado).
b-) Constituição Formal: para as constituições formais conteúdo da norma é irrelevante, de modoque um porta apenas A FORMA DE APROVAÇÃO DA NORMA CONSTITUCIONAL. Ex.: Art. 242, §2º da CF/88.
“A Constituição Formal só se importa se o procedimento de elaboração da norma pode ser constitucional desde que obedeça ao procedimento”.
- Crítica:
1- Afirma o que é materialmente constitucional depende da teoria do constitucionalismo que está predominando. 
2- Karl Loewenstein afirma que as constituições formais são verdadeiras distorções da própria ideia de Constituição. Para ele a Constituição Formal é um mero instrumento dos governadores para se perpetuarem no poder. 
3- Existem normas com conteúdo constitucional fora da Constituição, como por exemplo o Código Eleitoral, que é Lei Complementar/Ordinária e não norma constitucional. 
II- Quando à forma:
a-) Constituição Escrita: A Constituição Escrita é um documento único e solene que sistematizar o direito constitucional e é fruto do Poder Constituinte Original.
b-) Não Escrita: A Constitucional não escrita é formada pelos costumes, jurisprudência e instrumentos legislativos escritos dispersos no tempo. 
- Todas as Constituições brasileiras foram escritas.
- Constitucionalismo atual se esforça para que os Estados elaborem constituições escritas. 
III- Quando ao modo de elaboração: 
a-) Constituição Dogmática: É aquela que decorre de um trabalho legislativo específico cuja normas refletem os dogmas (valores) de um determinado período das histórias.
b-) Constituição Histórica: É aquela que decorre de uma lenta evolução histórica. 
IV- Quanto à origem:
1- Constituição Promulgada: Nossa; Democrática – 1891;1934; 1946; 1988.
2- Constituição Outorgada: Imposta – 1824; 1937; 1967; 1969.
3- Constituição Cesarista/Bonapartista: aprovação do povo (só aparência)
4- Constituição Pactuada/Dualista: surge o acordo entre duas partes opostas.
- Todas as constituições dogmáticas são escritas e as constituições histórias tendem a ser não escritas. 
- Promulgada: É elaborada a partir de um processo democrático em que o povo elege aqueles que iam aprovar a Constituição. 
- Outorgada: São constituições impostas pelos Governantes.
- Cesarista ou Bonapartista: São constituições elaboradas pelos seus governantes e submetidas a referendo popular. Ex.: Constituição do Chile – Era Pinochet; Constituição do Equador. 
- Pactuada ou Dualista: São constituições que resultam de um acordo entre duas forças políticas. Ex.: Carta Magna – 1215; Constituição da França – 1791.
V- Quanto à extensão:
1- Constituição Simétrica: São constituições concisas com poucos antigos, que tratam apenas dos principais temas do Direito Constitucional. Ex.: Constituição EUA (apenas 7º artigos e mais ou menos 27 emendas).
2- Constituição Analítica: É uma Constituição prolixa repetitiva. Ex.: CF/88. 
VI- Quanto à ideologia:
1- Constituição Ortodoxa: É uma constituição que fixa apenas uma ideologia estatal. Ex.: Constituição da China; Constituição da antiga URSS. 
2- Constituição Eclética: É a Constituição que combina diversas ideologias. Ex.: Art. 1º, inciso IV – livre iniciativa (Liberalismo) vs Defesa do Consumidor. 
- O STF decidiu que o CDC não viola a livre iniciativa pois os princípios e as ideologias constitucionais devem harmonizar-se e não se excluir. 
VII- Quanto ao sistema:
1- Constituição Principiológica: São as constituições que prevalecem os princípios. 
2- Constituição Preceitual: São as constituições que prevalecem as regras.
- Roberto Alexy – Gênero. 
- Quanto mais o neoconstitucionalismo avança, a Constituição Principiológica (Princípios) ganha força e deixa de ser preceitual. O STF obstou a nomeação de Cristiano Br como Ministra do Trabalho porque considerou violação ao princípio da moralidade que referida “Ministra” tivesse contra si ações trabalhistas em que era inadimplente com o acordo judicial. 
CLAÚSULAS PETREAS – Art. 60, §4º da CF/88
De acordo com o §4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - Forma Federativa de Estado: A Federação do Brasil nos termos do art. 18 compreende a União, os Estados, o DF e os Municípios, todos autônomos, sendo soberano apenas o Estado Federal, apenas o Brasil. Haverá violação a essa cláusula pétreas sempre que a AUTÔNOMIA DOS ENTES FEDERATIVOS for abolida ou mesmo diminuída. A autonomia compreende a Tríplice Capacidade: 
a- Capacidade de Auto-Organização: ...
b- Capacidade de Autogoverno: Cada ente da Federação tem seu governante eleito diretamente pelo povo. 
c- Capacidade de Autoadministração: A própria CF/88 conforme competências administrativas e tributárias a todos os entes da Federação. 
II - O voto direto, secreto, universal e periódico:
III - A separação dos Poderes:
IV - Os direitos e garantias individuais:
- CLÁUSULAS PÉTREAS:
I-) De acordo com o STF, estão inseridos no art. 60, §4º da CF/88 não só os direitos individuais do art. 5º, mas, todos os direitos fundamentais espalhados por todo o texto constitucional, a exemplo da anterioridade tributária previsto no art. 150, inciso III. Neste sentido, estão também inseridos nessa proteção os direitos sociais e os políticos que não podem ser abolidos por emenda constitucional.
Art. 228: Quanto a possibilidade de alteração da maioridade penal por Emenda Constitucional, existem duas teorias:
1- É direito individual e cláusula pétrea a inimputabilidade penal até os 18 anos de idade, de forma que qualquer emenda que quiser diminuir essa idade não pode sequer ser proposta.
2- Direito individual e cláusula pétrea é somente o tratamento diferenciado dado ao inimputável, sendo questionável e podendo ser alterada a idade em que se é considerado inimputável, portanto, a maioridade penal pode ser alterada através de emenda constitucional.
- Atualmente há grande discussão no STF sobre a prisão após decisão condenatória em 2ª instância. A garantia de que ninguém pode ser considerado culpado até o trânsito em julgado reflete uma clausula pétrea e, para alguns, a prisão é efeito da culpabilidade, não podendo ser executada antes do trânsito em julgado, para outros, a prisão após decisão condenatória em 2ª instancia não equivale a condenação de culpa, faz parte do processo legal e não contraria o direito individual tutelado no tema. Karl Loeweinster entende que não deveria haver cláusulas pétreas, por que não há, para ele, diferença hierárquica entre o poder constituinte originário e o poder constituinte reformador, além de promover indevido engessamento da Constituição, Ex.: Verificar situações dos países que não aderiram a União Europeia e colocaram como clausula pétrea a sua impossibilidade de se fazer no futuro.
- Para a maioria da doutrina, novos direitos fundamentais criados por emenda constitucional não podem ser cláusulas pétreas, pois o poder reformador não pode limitar a si mesmo impedindo que algo por ele criado seja também por ele extinto, todavia, se esses “novos” direitos fundamentais forem, na verdade, meros desdobramentos dos direitos originários de 1988, serão então, entendidos como cláusulas pétreas, a exemplo do art. 5º, inciso 78 e das alterações do art. 6º.
- Validade: Trata-se norma produzida em conformidade com o ordenamento jurídico, norma valida é aquela que está de acordo com a norma que lhe é hierarquicamente superior (Kelsen). Validade é igual a vigência em sentido amplo ou “lacto”.
Para Miguel Reali, a validade da norma nunca pode ser aferida com a norma destacada do sistema, mas apenas da norma no sistema Vigência em sentido estrito é lapso temporal que demarca a validação da norma
- Aplicabilidade é a possibilidade de aplicação da norma.
Eficácia é a potencialidade, a capacidade de gerar efeitos.
- A eficácia constitucional pode ser medida: 
• Eficácia Social: Trata-se da capacidade da norma de irradia efeitos jurídicos sobre situações da vida concreta.
• Eficácia Jurídica: é a mera aplicação da norma para produzir efeitos.
P: Todas as normas constitucionais possuem eficácia e aplicabilidade?
R: Sim, todas são dotadas de eficácia, variando apenas o grau de eficácia.
O norte americano Cooly foi o primeiro a elaborar uma teoriasobre a eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais:
1- Self Executing Provasions (Normas auto aplicadas) não necessitam de complementos para produzir os todos os seus efeitos.
2- Not Self Executing Provasions (Normas não auto aplicadas) necessitam de complementos para produzir todos os seus efeitos.
A teoria foi trazida ao Brasil por Rui Barbosa e traduzida por Contes Miranda em “Normas Constitucionais bastantes em si” e Normas Constitucionais não bastantes em si”.
- Somente em 1970 José Afonso da Silva cria uma teoria autônoma quanto à eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais:
1- Norma Constitucional de eficácia plena:
Aplicabilidade direta, imediata e integral.
São as normas que desde a entrada em vigor produzem ou podem produzir todos os seus efeitos essenciais porque o constituinte originário inseriu nessas normas normatividade suficiente para que elas incidam sobre as matérias que regulamentam, Ex.: Art. 2º, art. 5º caput, art. 5º inciso IV, art. 18, §1º. Em regra as normas do art. 5º possuem eficácia plena.
2- Norma Constitucional de eficácia contida:
Aplicabilidade direta, imediata e possivelmente não integral.
São normas que possuem normatividade suficiente para produzir todos os seus efeitos essenciais desde a sua entrada em vigor, mas o constituinte originário deu margem para que essas normas sofram uma restrição quanto a sua eficácia em razão de complemento legislativo infraconstitucional.
Possuem eficácia plena até que o legislador restrinja a sua eficácia. Ex.: art. 5º incisos 12, 13, 58, art. 37, primeira parte.
3- Norma Constitucional de eficácia limitada:
Aplicabilidade indireta, mediata e não integral.
II-) De acordo com o STF a restrição a ser realizada pelo complemento normativo não pode ser tão profunda a ponto de ferir o núcleo essencial da Norma Constitucional.
Nesse sentido, o STF declarou inconstitucional a exigência de diploma para exercício da profissão de jornalista. Por outro lado, considerou constitucional a exigência de aprovação em prova da OAB para exercício da advocacia.
Doutrina moderna encabeçada por Virgílio Afonso da Silva critica a classificação das N.C. como sendo de eficácia contida, pois para eles, todas as normas de eficácia plena poderiam sofrer restrição devido a um complemento normativo infraconstitucional (restrição quanto aos efeitos). Ex.: Art. 5º, LXIX – Lei 12016/09 (medida de segurança), Art. 5º caput – Art. 5º LXVII, Art.5º, X – LC 105/01.
- Norma Constitucional de eficácia limitada:
Aplicabilidade indireta, mediata e não integral.
São as N.C. que só produzem todos os seus efeitos essenciais após a edição de compl. Normativo, as normas de eficácia limitada se dividem em:
a-) N.C. de eficácia limitada de princípio instituitivo ou organizacional:
Estruturam os órgãos, as instituições e as entidades do Estado, Ex.: Art. 7º, XI, Art. 18 §4º, art. 22 parágrafo único, art. 33, art. 25 §3º, art. 37, VII.
b-) N.C. de eficácia limitada de princípio programático:
NC que estabelecem um programa de atuação para o Estado, Ex.: Art. 7º, IV, XX. Art. 6º, Art. 196, Art.205.
Para que as N.C. de eficácia limitada de princípio programático produzam todos os seus efeitos essenciais, além do compl. Normativo, serão necessárias políticas públicas constantes ($) e evolução da sociedade para compreender e aceitar essas políticas públicas.
De acordo com o STF, as N.C. de eficácia limitada de princípio devem ser minimamente aplicadas pelo Estado, ou seja, o Estado deve realizar o mínimo existencial das N.C. de eficácia limitada de princípio, que em relação a saúde representa atendimento médico hospitalar e medicamentos para todas as doenças graves. *
Acompanhar julgamento do STF sobre pedidos de tratamentos médicos e medicamentos para o Estado. 
Se o complemento normativo infraconstitucional não for editado ocorrerá a inconstitucionalidade por omissão que poderá ser questionado pela ADO (ação direta de inconstitucionalidade) e pelo mandado de injunção.
Nesse sentido, o STF ao julgar os inúmeros mandados de injunção quanto a omissão do art. 37, §7, decidiu que o servidor poderá fazer greve nos termos da lei 7783/89, mantendo 30% dos serviços essenciais e vedando a greve para o setor de segurança pública.
- Para José Afonso de Melo aplicação é diferente de aplicabilidade. Para ele aplicação refere-se ao fato de a norma possuir em si mesma os elementos necessários para incidir sobre os fatos e situações que ela regula. E aplicabilidade é possibilidade de aplicação.
A doutrina moderna, porém, não faz essa diferenciação (Waldir L Boulos) e, entende que nem toda norma terá aplicação imediata, mas apenas aquelas que não precisam de um elemento normativo infraconstitucional.
- Eficácia das normas constitucionais conforme Maria Helena Diniz:
1- Norma Constitucional absoluta ou super eficazes:
São aquelas insuscetíveis de reforma, são as cláusulas pétreas. Para J.A.M. essa classificação não faz sentido, pois o critério é o da estabilidade e não o da eficácia.
2- Norma Constitucional Eficácia Plena
3- Norma Constitucional Eficácia Relativa Restringível (Contida)
4- Norma Constitucional Eficácia Relativa Complementavel (Limitada)
- Carlos Ayres Britto e Celso Bastos:
a- Irregulamentáveis (Super Eficazes);
b- Norma Constitucional de Aplicabilidade;
c- Regulamentáveis (Plena);
d- Restringível (contida);
e- Norma Constitucional de Integração;
f- Completável (limitadas).
As normas de aplicação não admitem complemento restritivo, mas apenas aquele que amplie o alcance da norma. Já as normas de integração admitem tanto complemento ampliativo quanto restritivo.
- Gilmar Ferreira Mendes:
Densidade = Eficácia
1- Norma Constitucional de alta densidade: não precisa de complemento normativo para produzir todos os seus efeitos essenciais.
2- Norma Constitucional de baixa densidade: precisa de complemento normativo para produzir todos os seus efeitos essenciais.
É um traço do constitucionalismo atual a baixa densidade das NC para que sejam atualizadas com a edição do complemento normativo. 
- Uade Lammego Bulos:
1- Norma Constitucional de eficácia total ou eficácia absoluta
2- Norma Constitucional de eficácia plena e aplicabilidade imediata
3- Norma Constitucional de eficácia contida e aplicabilidade imediata
4- Norma Constitucional de eficácia limitada e aplicabilidade diferida (postergada)
5- Norma Constitucional de eficácia esvaída e aplicabilidade esgotada.
São as que já esgotaram toda a sua eficácia, toda via, para que algumas situações não fiquem sem proteção constitucional confere-se as essas normas certas aplicabilidade, sem que isso represente inconstitucionalidade. Ex.: art. 22 ADCT e 26 ADCT segunda parte. Embora não tenham mais eficácia jurídica, tem eficácia social.
6- Norma Constitucional de eficácia exaurida e aplicabilidade esgotada.
São aquelas que esgotaram toda a sua eficácia e aplicabilidade, ex.: art. 1º, 2º, 3º ADCT. Ambas (5 e 6) referem-se apenas as normas do ADCT, que possuem característica de transitoriedade. Se a norma estiver no ADCT, e não for transitória sua eficácia poderá ser 1, 2, 3, 4.
- Poder Constituinte:
A base do poder constituinte foi criada pelo padre francês Emmanuel Joseph Sieyès ao escrever o manifesto “O que é o terceiro Estado”.
Para os franceses o 1º Estado é o clero, o 2º é a nobreza e o 3º é o povo.
Com isso Sieyès afirma que o poder político pertence ao povo, mas que seu exercício cabe aos seus representantes conforme previsto no art. 1º da CF/88.
- Exposição de Motivos: Explicação do legislador sobre lei aprovada. 
- Quórum de Emenda Constitucional: Aprovação de 3/5 do total de parlamentares das casas em dois turnos de votação. 
- Promulgação: Cabe ao chefe do poder executivo promulgar as leis aprovadas pelo legislativo. No caso das Emendas Constitucionais a promulgação é feita pelas mesas da câmara e do senado. 
- Sessão Legislativa: de 02/02 até 13/07 e de 01/08 até 22/12. 
- Irrepetibilidade absoluta: Art. 60, §5º da CF/88. 
- REFORMADOR: 
Poder Constituinte Derivado – Revisor Decorrente:
- Reformador - Limitesexpressos, art. 60 da CF/88, esses limites são: 
1-) Formais: Diz respeito a forma, Ex.: Promulgação, Irrepetibilidade Absoluta, Quórum etc. 
2-) Circunstâncias: Tempo é diferente de circunstâncias, Ex.: Estado de Sitio, Estado de Defesa e Intervenção Federal, nesses casos a Constituição não pode ser alterada. 
3-) Materiais: Quando ao conteúdo, o limite material são as cláusulas pétreas que não podem ser alteradas. 
- Limites implícitos: 
1º) o titular do poder constituinte é o povo, essa titularidade não pode ser alterada. 
2º) Limitações expressas no art. 60 inteiro não podem ser alteradas porque o Brasil não adota a teoria da dupla revisão.
Revisor: Art. 3º ADCT: Revisão 5 anos após a CF.
A Revisão essa feita em 1993. Aprovação em 1 turno com maioria absoluta das duas casas somadas.
- Decorrente: Princípios:
1- Princípios constitucionais sensíveis: art. 34, VII
O estado não pode fazer a sua constituição em desacordo com a CF/88. 
2- Princípios constitucionais estabelecidos: art. 18, §4º, art. 19, 29 e 35
Diz como o estado deve se comportar ao organizar sua Constituição.
3- Princípios constitucionais extensivos: princípio da simetria.
Princípios da união que se estendem aos 5 estados, Ex.: art. 59.
Poder Constituinte Difuso
Altera o sentido do texto constitucional sem alterar o texto em si.
Poder Constituinte Supranacional
Poder dos povos de todos os países que elaboram uma mesma constituição a ser seguida.
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Art. 36 – Direito adquirido é aquele incorporado na pessoa. Não existe direito adquirido que vai contra o poder constitucional original, apenas contra o resto da legislação, inclusive das emendas constitucionais.
Ato jurídico perfeito CF/88 Recepcionou e acolheu normas compatíveis materialmente, não importando a natureza legislativa, ou seja, a forma.
- Duas fases da recepção:
1º-) verificar compatibilidade material;
2º-) verificar compatibilidade material com a constituição da época, em caso de inconstitucionalidade ela não será recepcionada.
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- Cláusulas Pétreas – art. 160, §4º da CF/88
1- Forma Federativa de Estado:
- Estadual = Estados
- AL (Assembleia Legislativa)
- GOV.
- T. Justiça
- Federal = União: A Federação no Brasil nos termos do art. 18 compreende a União dos Estados do Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos sendo soberano apenas o Estado Federal, o Brasil. Haverá violação essa cláusula pétrea sempre que a autonomia dos entes federativos for abolida ou mesmo diminuída. 
a-) Capacidade de Auto-organização:
- Documentos constitutivos;
- União – CF/88;
- Distrito Federal – LODF (Leis Orgânicas)
- Municípios – LOM (Leis Orgânicas)
b-) Capacidade de Autogoverno:
Cada ente Federação tem governante, eleito diretamente pelo povo. 
c-) Capacidade de Autoadministração:
A própria CF/88 confere competência administrativas e tributárias a todas os entes da Federação. 
Logo, não poderão ser objeto de Emenda Constitucional, tanto a alteração direta da forma federativa de Estado para forma unitária como também, as alterações que diminuam autonomia dos entes da Federação. 
- Presidencialismo: 
Este sistema de Governo, não é clausula pétrea, todavia, prevalece na doutrina o entendimento de que essa alteração, só poderia ser realizada no plebiscito de 07/09/1993 (art.2 ADCT), de forma que hoje, essa alteração não seria mais possível. 
- República:
Prevalece na doutrina o entendimento de que embora a forma republicana, não seja clausula pétrea expressa, sendo clausula pétrea implícita e de modo algum poderia ser alterada por Emenda Constitucional. 
- Voto Direto: é o voto sem intermediários. 
Exceção: ocorrendo a Vacância na Presidência e Vice-presidência, nos últimos 2 anos do mandato. O novo presidente será escolhido, de forma indireta pelo Congresso Nacional em 30 dias. 
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RESUMO PODER CONSTITUINTE – ÚLTIMA AULA
Poder Constituinte: 
- Originário;
- Derivado;
- Difuso;
- Supranacional.
- PODER CONSTITUINTE DERIVADO: 
Trata-se da competência para alterar a Constituição do País, ou estruturar as Constituições do Estados.
Também chamado de instituído, secundário, remanescente, constituído ou de 2º Grau.
Possui por características ser secundário, condicionado e limitado. 
Poder Constituinte Derivado divide-se em: 
1- Poder Constituinte Derivado Reformador;
2- Poder Constituinte Derivado Revisor;
3- Poder Constituinte Derivado Decorrente. 
1-) Poder Constituinte Derivado Reformador (Competência Reformadora)
Trata-se da competência para alterar a Constituição do País, por meio de EC, sem que haja verdadeira revolução. 
- Limites Expressos: 
a-) Limites Formais; 
b-) Limites Circunstanciais; 
c-) Limites Materiais.
a-) Limites Formais: 
Iniciativa: Art. 60, I, II e III (podem propor um Projeto de EC).
I- 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II- do Presidente da República;
III- de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
- Iniciativa Popular? Expressamente não é possível, pois a CF/88 não previu essa possibilidade. Doutrina encabeçada por José. A da Silva entende ser possível, pois o povo é o maior interessado na reforma da Constituição.
- Quórum – art. 60, §2º da CF/88: 3/5 dos membros de cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos (Não há expressamente a determinação para se respeitar um interstício entre os turnos, mas há diversas ações de inconstitucionalidade em que se discute justamente o não intervalo de tempo mínimo entre um turno e outro).
- Promulgação – art. 60, §3º da CF/88:
A EC será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
- Irrepetibilidade Absoluta – art. 60, §5º da CF/88:
PEC rejeitada/prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (art. 57 da CF/88: Período que vai de 02/02 a 17/07 e 01/08 a 22/12). 
b-) Limites Circunstanciais:
A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
c-) Limites Materiais:
São as cláusulas pétreas (não pode ser alterado nem mesmo por proposta de EC (art. 60, §4º)). 
- Limites Implícito: 
1- Alteração do titular do Poder Constituinte.
2- Limites Expressas: As limitações expressas não podem ser alteradas pois o Brasil não adotou a Teoria da Dupla revisão. 
(Teoria da Dupla Revisão: há uma primeira revisão acabando com a limitação expressa e uma segunda revisão reformando aquilo que estava protegido pela norma que continha um limite expresso). 
2-) Poder Constituinte Derivado Revisor:
Trata-se do poder para realizar a revisão constitucional prevista no art. 3º do ADCT.
· Parte da doutrina o insere no Poder Reformador.
· Art. 3º do ADCT: 5 anos após Promulgação da CF/88 deveria ser realizada uma Revisão Constitucional (Quórum: maioria Absoluta. 1 turno. Sessão Unicameral).
· Teoria quando ao alcance da revisão: Revisão nos limites do Poder Reformador.
· Resultado da revisão: 6 Emendas Constitucionais: 1 a 6 de 1944. 
3-) Poder Constituinte Derivado Decorrente:
· Trata-se do poder para elaborar a Constituição dos Estados-membros ou em um momento posterior modifica-la, através de emendas. 
· É exercido pelas Assembleias Legislativas dos Estados.
· Limites:
a- Princípio Constitucionais Sensíveis: Art. 34, inciso VII da CF/88.
b- Princípio Constitucionais Estabelecidos: Regulam a capacidade de auto-organização dos Estados-membros (Ex.: Art. 18, §4º; 19; 29; 31; 35). 
c- Princípio Constitucionais Extensíveis: São princípios constitucionais criados para organização da União, mas que devem ser observados pelos demais entes da Federação (Estados, Municípios e DistritoFederal) (Ex.: Processo Legislativo no art. 59 da CF/88). 
Desses princípios decorre o Princípio da Simetria Constitucional que determina que haja correspondência entre as instituições de âmbito federal e as instituições criada nos demais entes da Federação. De acordo com esse princípio, há normas de repetição obrigatória, também chamadas de normas de reprodução (Ex.: Federalismo, Separação de Poderes, Sistema Representativo, República etc.) e normas de repetição facultativa (também chamadas de normas de imitação) (Ex.: Preâmbulo). 
· Poder Constituinte Derivado Decorrente e o Distrito Federal: O DF é regido Por Lei Orgânica nos termos do art. 32 da CF/88. Porém essa Lei Orgânica tem natureza de Constituição Estadual porque deriva diretamente da Constituição, sendo manifestação de 2º grau do Poder Constituinte. Sujeita-se às mesmas limitações das Constituições estaduais. 
· Poder Constituinte Derivado Decorrente e os Municípios: Os municípios também se organizam por Lei Orgânica. Todavia, as Leis Orgânicas Municipais não são fruto do Poder Constituinte, possuindo natureza de Lei e sendo resultado de mera competência legislativa. Isso se dá porque as leis orgânicas decorrem diretamente das Constituições estaduais e apenas indiretamente da Constituição Federal e não são fruto de Poder Constituinte porque não existe Poder Constituinte de 3º grau. 
O Poder Constituinte Derivado Decorrente, portanto, manifesta-se na elaboração das Constituições estaduais e na elaboração da Lei Orgânica do DF. 
- PODER CONSTITUINTE DIFUSO: 
· Poder de fato e não de direito. 
· Poder de alterar o sentido e a interpretação da Constituição, sem, no entanto, alterar o seu texto. 
· Não se trata de alteração formal da Constituição “o texto é o mesmo, mas o sentido que lhe é outro” – Ministro Gilmar Mendes. 
· É difuso porque pode ser realizado por qualquer intérprete. 
· Também chamado de “MUTAÇÃO CONSTITUICIONAL”.
Ex.: Art. 5º, inciso IX, LVII e Art. 103, §3º da CF/88 – Correção Monetária e Inflação.
- PODER CONSTITUINTE SUPRANACIONAL:
· É o poder de criar uma só Constituição para vários Estados soberanos. Cada Estado abre mão de parte de sua soberania para formar um só Constituição. 
· Na União Europeia, houve a tentativa de criação de uma só Constituição, mas a França e Holanda foram contrarias. 
- PODER CONSTITUINTE E DIREITO ADQUIRIDO:
· Não há direito adquirido contra uma nova Constituição, pois o Poder Constituinte Originário é a princípio, ilimitado não podendo sofrer restrições advindas do Direito anterior. 
· As Constituições estaduais, a LODF e todas as demais leis porem, devem respeitar o direito adquirido. 
- NOVA CONSTITUIÇÃO E ORDEM JURÍDICA ANTERIOR:
O que acontece com as leis e todo o Direito que foi produzido na vigência da Constituição anterior com o advento de uma nova Constituição. 
- RECEPÇÃO:
· Todas as normas que forem incompatíveis com a nova Constituição serão revogadas por ausência de recepção. Ex.: Lei da Impressa – Lei 5250/1967. 
· Serão Recepcionadas: 
a- Todas as normas cujo conteúdo seja compatível com a nova Constituição. Não se analisa a compatibilidade formal, mas apenas a material. As normas materialmente compatíveis e formalmente incompatíveis serão recepcionadas na forma correta determinada pela nova Constituição. 
Ex.: CTN (Lei 5172/66) Era Lei Ordinária e foi recepcionada como Lei Complementar.
 Código Penal – Decreto-Lei 2848/40 recepcionado como Lei Ordinária. 
b- Se, porém, a norma não obedeceu às formalidades da Constituição que vigia a época em que foi produzida, não poderá ser recepcionada pois a norma será nula desde sempre.
c- Essas normas não podem ser objeto de controle de constitucionalidade, (ADI) pois uma norma somente pode ser considerada inconstitucional quando confrontada com a Constituição que vigia à época de sua edição. 
· Para ser recepcionada, portanto:
1- A norma deve estar em vigor quando do advento da nova Constituição. 
2- A norma a ser recepcionada não pode ter sido declarada inconstitucional no Ordenamento anterior.
3- A norma deve ser compatível formal e materialmente em relação à Constituição sob cuja regência foi editada.
4- A norma deve ser compatível materialmente com a nova Constituição. 
- REPRISTINAÇÃO:
Propõe que uma Norma produzida na vigência de uma determinada Constituição, não recepcionada pela Constituição seguinte, seja recepcionada pela nova Constituição. Somente se admite se a nova Constituição expressamente autorizar. 
- DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO:
Propõe que normas da Constituição anterior sejam recepcionadas com “status” de norma infraconstitucional pela nova Constituição. Somente se admite se a nova Constituição expressamente autorizar.

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