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1 [Data] Clareamento dental Classificação das alterações cromáticas: Extrínseco: de fora ≠ intrínseco: de dentro Fluorose Ingestão excessiva de flúor; Alteração no esmalte; Manchas esbranquiçadas; Casos mais graves: manchas acastanhadas ou marrom. Obs: pacientes que tem Fluorose o tratamento pode ser indicado em manchas mais leves, quando temos exposição do esmalte (escuro) não é mais indicado Obs: também podemos realizar o tratamento da Fluorose com a microabrasão. Manchamento por tetraciclina: Quelam sais de cálcio Dentição decídua: 4 meses interinos a 9 meses pós-parto; Dentição permanente: 3 meses a 7 anos De acordo com os níveis de Manchamento: Em pigmentações muito escuras: não é possível clarear com o clareamento. Em pigmentações médias: pode se tentar clarear, mas não 100% Em pigmentações leves: o clareamento é indicado, realizando um protocolo mais prolongado, associado ao produto caseiro Obs: em casos que não foi possível realizar o clareamento, conversar com os prós e os contras com o paciente sobre a opção de se realizar coroas (desvantagem do desgaste dental, mas esteticamente satisfatório) Manchamento intrínseco O dente já está em boca e ele mancha internamente, é o caso do: Traumatismo dental Quando o paciente traumatiza algum dente e esse dente escurece. Escurecimento fisiológico: É o que normalmente o que mais tratamos, é a coloração natural do paciente Porque conforme o indivíduo vai envelhecendo, ele vai se tornando mais amarelado, porque com o decorrer dos anos os dentes continuam produzindo dentina secundária (dentina tem tonalidade mais amarelada), além disso com a escovação incorreta tendem a desgastar esse esmalte superficial (expondo mais dentina que é mais escura que o esmalte) Iatrogenias Ocorre geralmente por tratamento endodôntico (erro no momento de colocar o material obturador, guta percha, cimento endodôntico...) Manchamento extrínseco: Ocorre após a erupção: Café, chá, refrigerantes Cigarro, vinho tinto, enxaguatório bucal Manchamento intrínseco: Pode ocorrer pré e pós erupção: Pigmentos no interior dos tecidos: Fluorose, tetraciclina, Hipoplasia; Traumatismos, iatrogenias 2 [Data] Como é que o agente clareador age? Obs 1: o peróxido de carbamida é mais utilizado em clareamento caseiro, mas também pode-se encontrar em clareamento de consultório. Obs 2: o peróxido de hidrogênio é mais comumente utilizado no clareamento de consultório, mas também pode ser encontrado no clareamento caseiro. O ator principal no clareamento é o oxigênio, toda a reação do clareamento o esperado é ter o oxigênio para agir O oxigênio penetra na região que precisa ser clareada e vai remover os pigmentos presentes A carbamida é utilizada no clareamento caseiro, porque ele tem um percurso mais longo para se dissociar. Já o peróxido de Hidrogênio, ele já está no percentual mais baixo, por ser mais forte e mais corrosivo (para o paciente fazer em casa teria que ter concentração mais baixa para evitar acidentes em casa). Por isso que eles são mais utilizados dessa forma De maneira resumida, o agente oxidante que vai agir clareando os dentes. Obs: é comum no momento do procedimento, observar a formação de bolhas (é a reação de oxidação ocorrendo), o ideal é estourar essas bolhas, para o oxigênio agir mais e penetrar No que se resume o clareamento? Reação de Oxidação: Produtos utilizados no clareamento: Há várias marcas, com várias porcentagens diferentes Qual produto utilizar, depende de gosto para gosto, o que importa é saber qual produto será utilizado e ver como ele funciona, pois variam de forma de aplicação. Contraindicações do clareamento dental: Trincas de esmalte: precisam ser avaliadas, pois o esmalte com trincas, o produto fica em contato íntimo com o dente, podendo atingir a dentina e causar sensibilidade excessiva Lesões cervicais: pelo mesmo motivo das trincas (hipersensibilidade dentinária), além de poder causar reabsorção externa, porque o produto entra em contato direto com essa região radicular (sendo causado por uma iatrogenia) Analisar as estruturas dentais de reforço: um dente para ser clareado, precisar ser o mais hígido possível, não é possível clarear dentes que são excessivamente restauradas. Efeitos adversos do clareamento dental: Sensibilidade pós-operatória; Reabsorção interna: principalmente em casos de dentes tratados endodônticamente em que é utilizado o clareamento interno; Alteração morfológica superficial do esmalte: só ocorre se passar do tempo o procedimento. Lesões em tecidos moles: ocorre quando o produto encosta na gengiva do paciente, para que isso não ocorra se utiliza as barreiras gengivais. Além disso, tem um produto que é o neutralize que serve para cortar a ação do produto, caso haja essas iatrogenias. Neutralizante ≠ Hipersensibilizante Agente oxidante • Vai agir clareando os dentes, essa reação de oxidação que caracteriza o clareamento Pigmentos com grandes moléculas de carbono • É uma cadeia grande de moleculas de carbono que causam as pigmentações Moléculas menores • Com o clareamento, no momento em que o dente tem contato com essa substância, é levado a reação de OXIDAÇÃO, esse oxigenio dessa reação vai quebrar as moléculas de carbono que estão interligadas e vão se ligar a esse carbono e ter como solução água e gás carbonico que vai ser liberados por difusão (por isso que clareia). • Essas moléculas menores absorvem luz de comprimento mais curto, então ficam acabando absorvendo menos comprimento de luz, não se tornando escuro. E quando visualizarmos o dente, vamos ver ele mais claro Com o peróxido no meio Com o catalisador vai ativar Vai ter o oxigênio nascente Que por osmose vai penetrar na estrutura do dente Fazer e a reação de oxidação e liberar os pigmentos Peróxido de carbamida Peroxido de hidrogenio Água e oxigenio Uréia Amônia e dióxido de carbono Neutralizante vem junto com o clareamento, ele é utilizado para cortar o efeito do produto, caso haja alguma iatrogenia, como por exemplo lesões em tecido mole. O Hipersensibilizante serve para se utilizar antes do clareamento, para diminuir a sensibilidade 3 [Data] Causas da sensibilidade: Concentração e PH da solução: quanto maior, mais sensível fica o dente Dentina exposta Calor: por isso cuidado com o fotopolimerizador Tempo de concentração: o tempo não pode ser ultrapassado, pois o efeito não se potencializa Trincas Idade do paciente: em pacientes muito jovens (câmara pulpar) e idosos (dentina mais exposta geralmente) Frequência de exposição: utilizando muitas vezes o clareamento, pode causar sensibilidade. Tratamento da sensibilidade Dessensibilizantes: utilizamos antes de utilizar o produto clareador Oxalato de potássio: age por deposição de partículas no interior dos túbulos dentinários, impedindo que haja uma penetração muito profunda do produto e haja sensibilidade maior Nitrato ou fluoreto de potássio: atua despolarizando a célula, então o paciente não tem o estimulo inicial Selecionando a técnica de clareamento: A técnica varia de cada necessidade do paciente Dentre a escolha das técnicas, temos que saber indicar para dentes vitais e não vitais Técnica caseira Exame clínico e radiográfico Profilaxia e registro de cor Moldagem para confecção de moldeiras individuais: após o modelo de gesso confeccionado, levar até a plastvac, essas moldeiras devem ter pelo menos 2mm acima do termino cervical do dente, para que sele bem na gengiva, para que o produto não escoe da boca. Prova e ajuste das moldeiras Escolha do material clareador Instruçõese demonstração de uso Avaliação dos resultados a cada semana (normalmente é utilizado por 4 semanas) Procedimentos finais: polimento dental De consultório Protocolo clínico: Realizar exame clínico e radiográfico: a radiografia seria no dente em que haja dúvida se há vitalidade ou fratura, etc.... Profilaxia, registro de cor inicial Proteção dos tecidos moles, com a barreira gengival, cobrindo todo o tecido mole Preparar e aplicar o produto: geralmente de pré a pré-molar Tempo de ação e número de repetições Procedimentos finais: remover o produto, com sugador cirúrgico descartável, fazer o polimento da superfície, aplicar o flúor superficial e remover barreira gengival O afastador labial ideal para se utilizar nesses procedimentos, é o com afastador lingual: Sempre fotografar para visualizar a diferença entre antes e depois: Associação de técnicas É utilizado a associação da técnica caseira e de consultório, na intercala entre uma consulta e outra (o ideal é que seja entre 7 e 7 dias uma nova aplicação de consultório) e no máximo 3 aplicações. Restaurações adesivas no esmalte dental, quanto tempo esperar? Depois do clareamento, o paciente tem algumas restaurações para refazer (principalmente anteriores), pois a cor já não está boa. O clareamento altera a morfologia da estrutura dentaria durante o procedimento. Por isso, se não for esperado o tempo mínimo, as restaurações não terão uma boa adesividade, dessa forma, se recomenda que seja esperado de 1 a 3 semanas para que restaurações possam ser realizadas, devido o oxigênio residual ele interfere na polimerização da resina e do adesivo. Escurecimento pós-clareamento: Após um ano ele pode escurecer, mas não como era antigamente- não retorna ao baseline dentro de 1 ano Não há aumento na susceptibilidade de Manchamento extrínseco Dentes não vitais, fazer ou não? Risco elevado de recidiva Maior chance de reabsorção radicular externa Diminuição da resistência da fratura 4 [Data] Em casos de dentes não muito escuros pode-se tentar realizar o clareamento interno, já em casos de dentes muito escurecidos, as chances são menores de darem certo. Clareamento interno O produto utilizado é o Perborato de sódio: a reação dele é o Metaborato de sódio, peróxido de hidrogênio e oxigênio. Em todo clareamento interno, é necessário fazer Selamento biológico: colocar o produto no interior da câmara pulpar, mas esse produto não deve atingir a dentina radicular (por ter risco de reabsorção interna e externa), somente na dentina coronária. Selamento biológico: O que é esse selamento biológico? Seria proteger a região radicular, impedindo que o produto penetre nos túbulos e transporte para a raiz. Protocolo clínico: Desobturação do canal na câmara pulpar, o ideal é que seja removido 3mm, partindo da ponta da coroa Selamento biológico: hidróxido de cálcio, ionômero de vidro e resina composta. A ideia do selamento é tornar essa área o mais alcalino possível, para que ele não transborde para a raiz e haja uma reabsorção Realização do produto: Perborato de sódio, com uma bolinha de algodão e colocar no interior do dente, preenchendo toda a região, depois fazer um selamento provisório com resina composta, para depois fazer a troca da medicação a cada semana Obs: o clareamento interno é chamado de clareamento mediato. Nem sempre o clareamento vai ser excelente, depende do grau de escurecimento Condições ideais para indicar o clareamento interno: Acesso endodôntico conservador Estrutura remanescente preservada Mínimo de restaurações Microabrasão É indicado em casos de manchas brancas (Fluorose) Alterações durante a amelogênese Remoção da camada superficial Protocolo clínico: Colocar a barreira gengival ou isolar o paciente Colocar o produto sob o dente e esfregar o produto superficialmente com espátula de madeira ou taças de borracha, em cada dente Remineralizarão da área com flúor ou nano p Polimento da superfície A repetição deve ser no mínimo de 7 a 10 vezes em uma sessão Pode ser realizada até 3 sessões (uma por semana) Esse paciente pode fazer clareamento, porém tem que informar o paciente que a mancha branca pode sobressair no clareamento.
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