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Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___VARA CRIMINAL DA COMARCA DE MANAUS/AM, PIC n.: 06.2019.00001376-9 O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS, por intermédio dos Promotores de Justiça que subscrevem, vem, com fundamento no art. 129, I, da CRFB c/c art.24 do CPP, oferecer DENÚNCIA em face das condutas praticadas por: WALDÍVIA FERREIRA ALENCAR, brasileira, RG n. 2196-D CREA/AM, CPF n. 202.023.772-53, domiciliada na rua Beruri, 2055, Condomínio Ephigênio Salles, casa 148, Aleixo, Manaus/AM 69060-446. P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C 8. Es te d oc um en to é có pia d o or igi na l, a ss ina do d igi ta lm en te p or L UI Z AL BE RT O DA NT AS D E VA SC ON CE LO S, Y AR A RE BE CA A LB UQ UE RQ UE M AR IN HO D E PA UL A, F LA VI O M OT A M OR AI S SI LV EI RA e tja m .ju s.b r, pr ot oc ola do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 1 Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO 1. FATOS: A Denunciada WALDÍVIA FERREIRA ALENCAR, em Manaus, na data aproximada de 2014, na época funcionária pública exercendo o cargo de Secretária de Estado de Infraestrutura do Estado do Amazonas (SEINFRA), violando dever de respeito aos princípios da moralidade, legalidade e impessoalidade inerentes ao cargo de Secretária de Estado e em abuso de poder sobre inferior hierárquico, prometeu vantagem indevida à GLAUPERCIO SANTOS CASTELO BRANCO, na época funcionário público chefe do Laboratório de Análise de Solos e Asfalto da Secretaria de Estado de Infraestrutura, para que ele aprovasse positivamente laudos laboratoriais atestando a qualidade das obras da SEINFRA, de forma retroativa e a partir do oferecimento da vantagem, sem a devida coleta do material de análise, produzindo com isso laudos falsos, a possibilitar que fosse dada a aparência de regularidade às obras feitas enquanto a Denunciada WALDÍVIA FERREIRA ALENCAR era titular da pasta, em detrimento do erário e da ação de órgãos fiscalizadores. GLAUPÉRCIO SANTOS CASTELO BRANCO prestou depoimento no Ministério Público (fl. 9/16), afirmando que era servidor da SEINFRA e exercia a função de fiscalizar o sistema viário, as estradas vicinais e as rodovias em todo o Estado do Amazonas atuando no Laboratório de Análise de Solos e Asfalto da SEINFRA entre 2013 e 2014. O Laboratório teria a finalidade de realizar ensaios técnicos de viabilidade das obras, consistindo na análise da estabilidade correta do asfalto, areia quente ou concreto P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C 8. Es te d oc um en to é có pia d o or igi na l, a ss ina do d igi ta lm en te p or L UI Z AL BE RT O DA NT AS D E VA SC ON CE LO S, Y AR A RE BE CA A LB UQ UE RQ UE M AR IN HO D E PA UL A, F LA VI O M OT A M OR AI S SI LV EI RA e tja m .ju s.b r, pr ot oc ola do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 2 Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO asfáltico betuminoso, bem como estudo das camadas que formam um pavimento, inclusive o sub-leito ao revestimento, a determinar a resistência das camadas asfálticas pelo Índice de Suporte da Califórnia - ISC. O Laboratório era instalado nas dependências da SEINFRA em uma sala em anexo, e era composto de aparelhos suficientes para analisar tanto a qualidade do asfalto quanto a do pavimento, podendo determinar a vida útil do pavimento construído, afirmando GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO que se fosse seguido os ensaios do laboratório, a vida útil do asfalto analisado no Amazonas seria de aproximadamente oito anos. Todavia, durante a gestão da senhora Deunciada WALDÍVIA ALENCAR como Secretária de Estado de Infraestrutura, GLAUPÉRCIO SANTOS CASTELO BRANCO notou que "não estavam fluindo os ensaios para as obras do Estado". O declarante GLAUPÉRCIO não entendia o porquê do não funcionamento adequado do laboratório e informou à Denunciada WALDÍVIA ALENCAR acerca da necessidade de se realizar ensaios técnicos de pavimentação nas obras do Estado, todavia não obteve resposta por parte da Denunciada WALDÍVIA ALENCAR naquela ocasião. Após, a Denunciada WALDÍVIA ALENCAR apareceu de surpresa no laboratório dizendo que queria falar com o GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO havendo este, na primeira oportunidade, novamente questionado o porquê da não utilização do Laboratório nas obras do Estado, havendo a Denunciada WALDÍVIA ALENCAR respondido que era para GLAUPÉRCIO se acalmar pois P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C 8. Es te d oc um en to é có pia d o or igi na l, a ss ina do d igi ta lm en te p or L UI Z AL BE RT O DA NT AS D E VA SC ON CE LO S, Y AR A RE BE CA A LB UQ UE RQ UE M AR IN HO D E PA UL A, F LA VI O M OT A M OR AI S SI LV EI RA e tja m .ju s.b r, pr ot oc ola do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 3 Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO eles iriam "conversar" sem dar maiores explicações. Passado alguns dias a Denunciada WALDÍVIA ALENCAR retornou perguntando à GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO como estavam as coisas, havendo ele respondido que estava "tudo certo" e que estava aguardando as ordens para a realização de ensaios nas obras do Governo. Foi quando a Denunciada WALDÍVIA ALENCAR disse que usaria o laboratório de forma que GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO apenas preencheria as fichas de ensaios técnicos atestando a regularidade das obras. GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO respondeu que precisaria pegar o material das obras para executar os ensaios técnicos e informou à Denunciada WALDÍVIA ALENCAR acerca da impossibilidade da regularização das obras antigas com mais de 5 anos, inclusive com períodos de vida útil já extinto. A Denunciada WALDÍVIA ALENCAR insistiu dizendo que GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO era inteligente e saberia como APROVAR as obras antigas e em andamento. A Denunciada WALDÍVIA ALENCAR durante a conversa também sondou a vida financeira de GLAUPÉCIO CASTELO BRANCO, dizendo que ele não tinha uma vida financeira estável e agradável, razão pela qual ela disse que o ajudaria se ele concordasse a efetuar o trabalho, foi quando a Denunciada WALDÍVIA ALENCAR prometeu a quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para a "regularização" das obras antigas e um valor mensal de R$ 10.000,00 (dez mil reais) no decorrer da "regularização" de todas as obras novas, mediante o atesto de laudos laboratoriais falsos sem a análise P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C8. 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WALDÍVIA também prometeu a quantia mensal de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para aprovação técnica de ensaios das obras em andamento, sem prejuízo de seu salário; QUE o declarante verificando que a responsabilidade recairia sobre seus "ombros" no futuro, recusou a vantagem indevida". (fl. 10) "QUE quando WALDÍVIA ofereceu a vantagem indevida foi em Manaus/AM, no laboratório de solos e asfaltos, localizado na SEINFRA; QUE WALDÍVIA ainda era Secretária de Estado de Infraestrutura da época" (fl. 13) "QUE WALDÍVIA ofereceu o valor imediato de R$ 100.000,00 (cem mil reais) e um valor mensal de P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C 8. 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A não utilização do Laboratório e corroborada pelo relato de ARY DE ALMEIDA DA COSTA, quem afirma que não foi feito controle tecnológico pelo Estado na gestão da Denunciada WALDÍVIA ALENCAR por ordem desta, sendo que as próprias empresas contratadas para executar a obra era quem apresentavam os dados das obras (fl. 18), indicando a inexistência de fiscalização. ARY DE ALMEIDA DA COSTA afirma que a Denunciada WALDÍVIA ALENCAR destruiu o corpo técnico de engenharia da SEINFRA fazendo com que atualmente o órgão não tenha a capacidade de fiscalizar adequadamente as obras diante da falta de laboratórios especializados para fiscalizar o concreto armado e o asfaltamento. RAIMUNDO MONTEIRO DO NASCIMENTO (fl. 30) afirma que "não sabe dizer a data exata que o laboratório parou, mas era na gestão da dra. WALDÍVIA quando o laboratório, apesar de aberto, não funcionava de fato", dizendo que o laboratório era P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C 8. Es te d oc um en to é có pia d o or igi na l, a ss ina do d igi ta lm en te p or L UI Z AL BE RT O DA NT AS D E VA SC ON CE LO S, Y AR A RE BE CA A LB UQ UE RQ UE M AR IN HO D E PA UL A, F LA VI O M OT A M OR AI S SI LV EI RA e tja m .ju s.b r, pr ot oc ola do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 6 Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO bem equipado na época. Após a saída da Denunciada WALDÍVIA ALENCAR do cargo de Secretária de Estado de Infraestrutura, assumiu o senhor GILBERTO DE DEUS, afirmando GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO que na gestão dele o laboratório voltou a funcionar. Quando o senhor GILBERTO DE DEUS deixou o cargo, a pasta foi assumida pelo senhor AMÉRICO GORAYEB quem fechou as atividades do laboratório de análises. GLÁUPÉRCIO CASTELO BRANCO diz que se o Laboratório ainda estivesse ativo, haveria um grande benefício para a qualidade das obras, elevando substancialmente a vida útil e, em contrapartida, haveria economia monetária para o Estado, beneficiando obras de interesse social e evitando a execução de obras indevidas. Afirma que o principal defeito das ruas são as fissuras, deformações plásticas e elásticas, em função da má execução das obras, o que seria evitado com o funcionamento efetivo e a fiscalização do laboratório mediante a realização de contraprovas laboratoriais. A inexistência dos dados do laboratório, para formar contraprova aos dados fornecidos pela empresa contratada pelo Estado, facilitava a entrega de estradas vicinais ou rodovias com redução substancial de vida útil e propiciava fraudes mediante a indevida aprovação de obras que não atendiam as especificações técnicas, advindas da redução da quantidade do material utilizado (insumos) em desacordo com o contratado pelo Estado. P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C 8. Es te d oc um en to é có pia d o or igi na l, a ss ina do d igi ta lm en te p or L UI Z AL BE RT O DA NT AS D E VA SC ON CE LO S, Y AR A RE BE CA A LB UQ UE RQ UE M AR IN HO D E PA UL A, F LA VI O M OT A M OR AI S SI LV EI RA e tja m .ju s.b r, pr ot oc ola do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 7 Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO Assim, o Laboratório de Análises de Solo e Asfalto da SEINFRA servia para a realização de ensaios sobre os dados da obra, verificando as especificações de estabilidade e ISC das rodovias e vicinais, atestando se as obras deveriam ou não ser aprovadas, afirmando GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO que "o laboratório era suficiente para atender a todas as obras do Estado, possuindo o laboratório os aparelhos para os ensaios básicos necessários pela Secretaria" (fl. 13). A autoria e a materialidade é provada através das provas testemunhais existentes nos autos. 2. TIPOS PENAIS: O Código Penal tipifica no art. 333, caput, o crime de corrupção ativa: CP - Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná- lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pelaLei nº 10.763, de 12.11.2003) Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. O art. 333 do Código Penal é crime de ação múltipla, composto por dois núcleos alternativos, oferecer (apresentar) P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C 8. Es te d oc um en to é có pia d o or igi na l, a ss ina do d igi ta lm en te p or L UI Z AL BE RT O DA NT AS D E VA SC ON CE LO S, Y AR A RE BE CA A LB UQ UE RQ UE M AR IN HO D E PA UL A, F LA VI O M OT A M OR AI S SI LV EI RA e tja m .ju s.b r, pr ot oc ola do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 8 Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO ou prometer (obrigar-se a dar) a funcionário público vantagem indevida com o fim de ver retardado ou omitido ou praticado ato funcional, por ser crime comum, não exigindo nenhuma qualidade especial do corruptor (SANCHES, Rogério. Manual de Direito Penal: Parte Especial. Salvador: JusPODIVM, 2018, P.882). O crime de corrupção ativa é crime comum cujo sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, logo, não exigindo que o corruptor também seja funcionário público nem que o corruptor haja com abuso de poder ou a violação de dever inerente ao cargo, ao contrário do que ocorre com o sujeito ativo da corrupção passiva. O crime de corrupção ativa pode ser praticado por qualquer particular, todavia, quando praticado por funcionário público em abuso de poder ou vilação ao dever funcional, a exemplo do respeito a princípios da Administração público, merece maior reprimenda criminal, incidindo a agravante prevista no art. 61, II, "g ", do Código Penal. O Código Penal estabelece a agravante da violação de dever inerente ao cargo:: CP - Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: [...] II Ter o agente cometido o crime: [...] g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão; P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C 8. 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Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2019, fl. 580) No caso concreto, denuncia-se WALDÍVIA FERREIRA ALENCAR pela promessa de vantagem indevida à GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO, para que ele expedisse laudos laboratoriais, retroativos e em relação a obras futuras, vindo a aprovar as referidas obras sem que houvesse a realização da coleta dos materiais de análise para efetivo ensaio laboratorial. O Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas possui jurisprudência no sentido de condenar o agente por corrupção ativa, dando especial valor às provas testemunhais: APELAÇÃO CRIMINAL. CORRUPÇÃO ATIVA E TRÁFICO DE DROGAS. PROVA DA MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVA. VALOR PROBATÓRIO DOS DEPOIMENTOS DOS POLICIAIS. APLICAÇÃO DO TRÁFICO PRIVILEGIADO. NÃO CABIMENTO. RÉU REINCIDENTE. RECURSOS DESPROVIDOS. 1. Com relação ao crime de corrupção ativa, a P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C 8. Es te d oc um en to é có pia d o or igi na l, a ss ina do d igi ta lm en te p or L UI Z AL BE RT O DA NT AS D E VA SC ON CE LO S, Y AR A RE BE CA A LB UQ UE RQ UE M AR IN HO D E PA UL A, F LA VI O M OT A M OR AI S SI LV EI RA e tja m .ju s.b r, pr ot oc ola do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 10 Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO autoria e materialidade restaram comprovadas pelas provas formadas no processo, sobretudo, pelas declarações das testemunhas; 2. Os testemunhos de policiais revestem-se de credibilidade por ostentarem presunção de veracidade. Ademais, estão harmonizados entre si e possuem compatibilidade com as demais evidências dos autos, inexistindo qualquer indicativo de que os agentes estariam propositadamente imputando conduta delituosa aos Apelantes, devendo ser mantida a condenação; 3. Inviável o reconhecimento do tráfico privilegiado, na medida em que se trata de réu reincidente; 4. De igual forma, a reincidência, aliada à quantidade de pena imposta, inviabiliza a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, consoante art. 44, do Código Penal. (TJ/AM, 2ª Câmara Criminal. AP n. 0602633-51.2017.8.04.0001. Rel. Des. Jomar Fernandes. DJ 3/12/2017) Ato contínuo, Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido da aplicação da agravante prevista no art. 61, II, "g", do Código Penal quando o agente da Corrupção ATIVA também é funcionário público: PENAL. RECURSO ESPECIAL. CORRUPÇÃO ATIVA. CRIME COMUM. TESE DE CRIME IMPOSSÍVEL. SÚMULA 7/STJ. DOSIMETRIA DA PENA. PENA-BASE. DESPROPORCIONALIDADE. ARTIGO 61, II, G, DO CP. P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C 8. Es te d oc um en to é có pia d o or igi na l, a ss ina do d igi ta lm en te p or L UI Z AL BE RT O DA NT AS D E VA SC ON CE LO S, Y AR A RE BE CA A LB UQ UE RQ UE M AR IN HO D E PA UL A, F LA VI O M OT A M OR AI S SI LV EI RA e tja m .ju s.b r, pr ot oc ola do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 11 Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO INCIDÊNCIA. PENA DE MULTA. CRITÉRIO DE FIXAÇÃO. REVISÃO DA CAPACIDADE ECONÔMICA DO RÉU. IMPOSSIBILIDADE. REGIME INICIAL FECHADO. OBSERVÂNCIA DO ARTIGO 33, § 3º DO CP. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. 1. O crime de corrupção ativa exige, tão somente, que a conduta de oferecer ou prometer vantagem indevida seja dirigida a um funcionário público, com a finalidade de determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício. É um crimecomum no que diz respeito ao sujeito ativo e, como tal, pode ser praticado por qualquer pessoa. 2. No caso em análise, o recorrente, embora ocupasse o cargo de auditor fiscal, apenas se aproveitou das facilidades que possuía para ter acesso ao superior hierárquico a quem ofereceu a vantagem indevida. [...] 6. Incide a agravante genérica do artigo 61, II, g, do CP, pois o recorrente praticou a conduta ilícita com violação de dever inerente ao cargo público, sob o viés da moralidade e da probidade administrativa, e tal circunstância, além de não constituir elementar ou qualificadora do crime, denota a maior reprovabilidade da conduta. (STJ. REsp 1693605/PR. Rel. Min. Nefi Cordeiro. DJ 7/11/2017) P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C 8. Es te d oc um en to é có pia d o or igi na l, a ss ina do d igi ta lm en te p or L UI Z AL BE RT O DA NT AS D E VA SC ON CE LO S, Y AR A RE BE CA A LB UQ UE RQ UE M AR IN HO D E PA UL A, F LA VI O M OT A M OR AI S SI LV EI RA e tja m .ju s.b r, pr ot oc ola do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 12 Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO 3. PEDIDO: Ante o exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS DENUNCIA WALDÍVIA FERREIRA ALENCAR pela prática das condutas criminosas narradas, requerendo-se: 1. O recebimento da presente denúncia, com as peças informativas que a instruem, e prosseguimento do feito até final condenação; 2. A determinação do recebimento das mídias digitais (CDs, DVDs, etc.) atreladas ao PIC pela secretaria da vara para depósito em juízo; 2. A citação da Denunciada para responder à presente acusação no prazo de 10 (dez) dias; 3. A designação de dia e hora para realização de audiência de instrução e julgamento para oitiva das testemunhas abaixo indicadas, bem como para a realização do interrogatório; 4. A condenação da Denunciada nas penas do art. 333, caput, c/c art. 61, II, "g", todos do Código Penal; 5. A expressa declaração da perda de cargo, função público ou mandato eletivo que esteja exercendo, de acordo com o art. 92 do Código Penal; 6. Após decisão colegiada ou trânsito em julgado a expressa declaração de perda dos direitos políticos para fins do art. 1o, "e ", "1" da Lei Complementar n. 64/90; 6. Que se resguarde a possibilidade de realizar eventual emendatio libelli no momento da sentença, ainda que importe na aplicação de pena P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C 8. Es te d oc um en to é có pia d o or igi na l, a ss ina do d igi ta lm en te p or L UI Z AL BE RT O DA NT AS D E VA SC ON CE LO S, Y AR A RE BE CA A LB UQ UE RQ UE M AR IN HO D E PA UL A, F LA VI O M OT A M OR AI S SI LV EI RA e tja m .ju s.b r, pr ot oc ola do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 13 Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO mais grave, sem que isto importe em aditamento da denúncia ou improcedência total ou parcial desta, nos termos do art. 383 do Código de Processo Penal; 7. A juntada aos autos da Certidão de Antecedentes Criminais da Denunciada. TESTEMUNHAS: 1 - GLAUPÉRCIO SANTOS CASTELO BRANCO; 2 ARY DE ALMEIDA DA COSTA; 3 TELMO FERNANDES TORRES; 4 RAIMUNDO MONTEIRO DO NASCIMENTO. DOCUMENTOS: 1 – Íntegra do PIC n. 06.2019.00001376-9; Manaus, 23 de junho de 2020. LUIZ ALBERTO DANTAS DE VASCONCELOS Promotor de Justiça GAECO YARA REBECA A. MARINHO DE PAULA Promotora de Justiça GAECO FLÁVIO MOTA MORAIS SILVEIRA Promotor de Justiça GAECO P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8C 8. Es te d oc um en to é có pia d o or igi na l, a ss ina do d igi ta lm en te p or L UI Z AL BE RT O DA NT AS D E VA SC ON CE LO S, Y AR A RE BE CA A LB UQ UE RQ UE M AR IN HO D E PA UL A, F LA VI O M OT A M OR AI S SI LV EI RA e tja m .ju s.b r, pr ot oc ola do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 14 A ss in ad o el et ro ni ca m en te p or : L ea nd ro T av ar es B ez er ra e m 2 6/ 06 /2 01 9. Ministério Público do Estado do Amazonas Procuradoria-Geral de Justiça , i MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS Centro de Apoio Operacional ti ~ Int( igência. lnvestigaç. o e de CO,l 'Jate ao Crime Organizado - C A O C R I M O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado - G A E C O .\l"*ffr1oo Nblk<> d<>~n <laA""""nO' ~la.0tn01 d<J•••• 1.;o ._------- __ S_IG_IL_O_so__ 1 . N° e34.2e18.GAECO ATA: 13/e3/2e18 I'faandc!ri>-<kral ~ ~ <lo,,_ DOCUMENTO: 1238443 AUTO: 2018.4273 P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8D 0. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or P R O C U R A D O R IA G E R A L D E J U S TI C A D O E S TA D O D O A M A ZO N e tj am .ju s. br , p ro to co la do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 17 A ss in ad o el et ro ni ca m en te p or : L ea nd ro T av ar es B ez er ra e m 2 6/ 06 /2 01 9. Ministério PUblico do Estado do Amazonas Procuradoria-Geral de Justiça Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado - GJ\ECO PORTARIA DE INSTAURAÇÃO N° 067.2018.GAECO.1238443.2018.4273 I lõlAl:CO .~t' ., . I. o'-'--Ruo.. ::i.llfl"--- O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS, por meio do GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE REPRESSÃO AO CRIME ORGANIZADO - GAECO, no uso de suas atribuições legais, e, CONSIDERANDO que é atribuição do Ministério Público apurar a ocorrência de infrações penais de natureza pública por meio de procedimento investigatório criminal, servindo como preparação e embasamento para o juízo de propositura, ou não, da respectiva ação penal, consoante o artigo 10, caput, da Resolução na 181/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público e artigo 51 da Resolução na 006/2015-CSMP; CONSIDERANDO que o procedimento investigatório criminal poderá ser instaurado de forma conjunta, por meio de força tarefa ou por grupo de atuação especial composto por membros do Ministério Público, cabendo sua presidência àquele que o ato de instauração designar, nos termos do artigo 60 da Resolução nO 181/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público; CONSIDERANDO a missão do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado - GAECO, previstas no art. 17, ~ 12, da Lei Complementar Estadual na 011/93 e arts. 40 a 60 da Resolução na 26, de 09.10.2009, do Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas; CONSIDERANDO o disposto 147.2018.GAECO.1238432.2013.50628,R E S O L V E: na Manifestação n. I INSTAURAR O PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO CRIMINAL, com a finalidade de investigar as condutas de associação criminosa, peculato, fraude ao caráter competitivo do procedimento licitatório e lavagem de capitais, cometidas sob a forma de Organização Criminosa, relacionadas à informação de que: (a) a senhora Waldivia Ferreira Alencar, ex-secretária de estado de infraestrutura, prometeu vantagem indevida para que o GLAUPÉRCIO SANTOS CASTELO BRANCO aprovasse projetos e ensaios no Laboratório de Solos e Asfalto da SEINFRA, que esta prometeu a quantia de R$ 100.000,00 para que o noticiante aprovasse as obras antigas do Estado pertencentes à SEINFRA, com data retroativa; (b) a senhora Waldivia Ferreira Alencar prometeu a quantia de R$ 10.000,00 para aprovação técnica de ensaios das obras em andamento, sem prejuízo do salário do noticiante; (c) que houve contratação do consorcio de empresas EPCJ para a substituição do laboratório, todavia, prestando serviço por um custo maior do que o ordinariamentej;;eito pelo Estado. ~ '? 3 ~~--~~------........ P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8D 0. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or P R O C U R A D O R IA G E R A L D E J U S TI C A D O E S TA D O D O A M A ZO N e tj am .ju s. br , p ro to co la do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 18 A ss in ad o el et ro ni ca m en te p or : L ea nd ro T av ar es B ez er ra e m 2 6/ 06 /2 01 9. CAl:CO fi.--2-- Ministério Público do Estado do Amazonas Ru~,~ Procuradoria-Geral de Justiça MP\\M---- .•_---'Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado - GAECO 11 DETERMINAR A AUTUAÇÃO como PIe n. 034.2018. GAECO, devendo ser procedidas autuações necessárias com a troca da identificação dos presentes autos; 111 DESIGNAR o Exmo. Sr. Dr. lGOR STARLING PEIXOTO para presidir este Procedimento Investigatório Criminal, nos termos da Resolução n. 181/2017-CNMP; IV DETERMINARo cumprimento das diligências estabelecidas na Manifestação n. 147.2018. GAECO.1238432.2013.50628, bem como: a)Extração da cópia da Manifestação n. 147.2018.GAECO.1238432.2013.50628 e das fla fls. 1102/1105 todas do PIe 4556.2013. SUBJUR (Autos 2013.50628), com posterior juntada nesses autos; b)Comunicação de instauração do Procedimento ao CAO-CRIMO. V DECRETARo sigilo do presente procedimento, haja vista que a publicidade dos atos de investigação podem acarretar prejuízo ao interesse público e à própria apuração, que consiste exatamente em aferir a conduta dos investigados, conforme autoriza o artigo 13, caput, da Resolução nO 006/2015-CSMP; I rom GAE VI - REGISTRE-SE E CUMPRA-SE; GABINETEDO GRUPODE ATUAÇÃOESPECIAL DE REPRESSÃO O - GAECO, em Manaus, 13 de março de 2018. t~t CLAUDIO TANAJURA S 10 Promotor de Justiça GAECO P ar a co nf er ir o or ig in al , a ce ss e o si te h ttp s: //c on su lta sa j.t ja m .ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 60 47 -3 0. 20 20 .8 .0 4. 00 01 e c ód ig o 6B 78 8D 0. E st e do cu m en to é c óp ia d o or ig in al , a ss in ad o di gi ta lm en te p or P R O C U R A D O R IA G E R A L D E J U S TI C A D O E S TA D O D O A M A ZO N e tj am .ju s. br , p ro to co la do e m 2 5/ 06 /2 02 0 às 1 1: 05 , so b o nú m er o 08 16 04 73 02 02 08 04 00 01 . fls. 19
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