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0816047-30 2020 8 04 0001 - corrupção - concreto armado

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Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE MANAUS/AM,
PIC n.: 06.2019.00001376-9
 O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS, por 
intermédio dos Promotores de Justiça que subscrevem, vem, com 
fundamento no art. 129, I, da CRFB c/c art.24 do CPP, 
oferecer DENÚNCIA em face das condutas praticadas por:
WALDÍVIA FERREIRA ALENCAR, brasileira, RG n. 
2196-D CREA/AM, CPF n. 202.023.772-53, 
domiciliada na rua Beruri, 2055, Condomínio 
Ephigênio Salles, casa 148, Aleixo, Manaus/AM 
69060-446.
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Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado – GAECO
1. FATOS:
 A Denunciada WALDÍVIA FERREIRA ALENCAR, em Manaus, na 
data aproximada de 2014, na época funcionária pública 
exercendo o cargo de Secretária de Estado de Infraestrutura do 
Estado do Amazonas (SEINFRA), violando dever de respeito aos 
princípios da moralidade, legalidade e impessoalidade 
inerentes ao cargo de Secretária de Estado e em abuso de poder 
sobre inferior hierárquico, prometeu vantagem indevida à 
GLAUPERCIO SANTOS CASTELO BRANCO, na época funcionário público 
chefe do Laboratório de Análise de Solos e Asfalto da 
Secretaria de Estado de Infraestrutura, para que ele aprovasse 
positivamente laudos laboratoriais atestando a qualidade das 
obras da SEINFRA, de forma retroativa e a partir do 
oferecimento da vantagem, sem a devida coleta do material de 
análise, produzindo com isso laudos falsos, a possibilitar que 
fosse dada a aparência de regularidade às obras feitas 
enquanto a Denunciada WALDÍVIA FERREIRA ALENCAR era titular da 
pasta, em detrimento do erário e da ação de órgãos 
fiscalizadores. 
 GLAUPÉRCIO SANTOS CASTELO BRANCO prestou depoimento no 
Ministério Público (fl. 9/16), afirmando que era servidor da 
SEINFRA e exercia a função de fiscalizar o sistema viário, as 
estradas vicinais e as rodovias em todo o Estado do Amazonas 
atuando no Laboratório de Análise de Solos e Asfalto da 
SEINFRA entre 2013 e 2014. 
 O Laboratório teria a finalidade de realizar ensaios 
técnicos de viabilidade das obras, consistindo na análise da 
estabilidade correta do asfalto, areia quente ou concreto 
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asfáltico betuminoso, bem como estudo das camadas que formam 
um pavimento, inclusive o sub-leito ao revestimento, a 
determinar a resistência das camadas asfálticas pelo Índice de 
Suporte da Califórnia - ISC. 
 O Laboratório era instalado nas dependências da SEINFRA 
em uma sala em anexo, e era composto de aparelhos suficientes 
para analisar tanto a qualidade do asfalto quanto a do 
pavimento, podendo determinar a vida útil do pavimento 
construído, afirmando GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO que se fosse 
seguido os ensaios do laboratório, a vida útil do asfalto 
analisado no Amazonas seria de aproximadamente oito anos. 
 Todavia, durante a gestão da senhora Deunciada WALDÍVIA 
ALENCAR como Secretária de Estado de Infraestrutura, 
GLAUPÉRCIO SANTOS CASTELO BRANCO notou que "não estavam 
fluindo os ensaios para as obras do Estado". 
 O declarante GLAUPÉRCIO não entendia o porquê do não 
funcionamento adequado do laboratório e informou à Denunciada 
WALDÍVIA ALENCAR acerca da necessidade de se realizar ensaios 
técnicos de pavimentação nas obras do Estado, todavia não 
obteve resposta por parte da Denunciada WALDÍVIA ALENCAR 
naquela ocasião. 
 Após, a Denunciada WALDÍVIA ALENCAR apareceu de surpresa 
no laboratório dizendo que queria falar com o GLAUPÉRCIO 
CASTELO BRANCO havendo este, na primeira oportunidade, 
novamente questionado o porquê da não utilização do 
Laboratório nas obras do Estado, havendo a Denunciada WALDÍVIA 
ALENCAR respondido que era para GLAUPÉRCIO se acalmar pois 
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eles iriam "conversar" sem dar maiores explicações. 
 Passado alguns dias a Denunciada WALDÍVIA ALENCAR 
retornou perguntando à GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO como estavam 
as coisas, havendo ele respondido que estava "tudo certo" e 
que estava aguardando as ordens para a realização de ensaios 
nas obras do Governo. 
 Foi quando a Denunciada WALDÍVIA ALENCAR disse que usaria 
o laboratório de forma que GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO apenas 
preencheria as fichas de ensaios técnicos atestando a 
regularidade das obras. 
 GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO respondeu que precisaria pegar 
o material das obras para executar os ensaios técnicos e 
informou à Denunciada WALDÍVIA ALENCAR acerca da 
impossibilidade da regularização das obras antigas com mais de 
5 anos, inclusive com períodos de vida útil já extinto. 
 A Denunciada WALDÍVIA ALENCAR insistiu dizendo que 
GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO era inteligente e saberia como 
APROVAR as obras antigas e em andamento. A Denunciada WALDÍVIA 
ALENCAR durante a conversa também sondou a vida financeira de 
GLAUPÉCIO CASTELO BRANCO, dizendo que ele não tinha uma vida 
financeira estável e agradável, razão pela qual ela disse que 
o ajudaria se ele concordasse a efetuar o trabalho, foi quando 
a Denunciada WALDÍVIA ALENCAR prometeu a quantia de R$ 
100.000,00 (cem mil reais) para a "regularização" das obras 
antigas e um valor mensal de R$ 10.000,00 (dez mil reais) no 
decorrer da "regularização" de todas as obras novas, mediante 
o atesto de laudos laboratoriais falsos sem a análise 
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adequada. 
 GLAUPÉRCIO SANTOS CASTELO BRANCO afirma o oferecimento 
da vantagem indevida pela Denunciada WALDÍVIA ALENCAR em mais 
de um depoimento, colhidos em datas diferentes no Ministério 
Público, declarando o que segue: 
"QUE logo após a instalação, a sra. WALDÍVIA 
começou a assediar o declarante com o 
oferecimento de vantagens indevidas para 
aprovação de projetos e ensaios; QUE a sra. 
WALDÍVIA prometeu a quantia de R$ 100.000,00 
(cem mil reais) para que o declarante 
regularizasse todas as obras antigas do Estado, 
pertencentes à SEINFRA, com data retroativa; 
QUE a sra. WALDÍVIA também prometeu a quantia 
mensal de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para 
aprovação técnica de ensaios das obras em 
andamento, sem prejuízo de seu salário; QUE o 
declarante verificando que a responsabilidade 
recairia sobre seus "ombros" no futuro, recusou 
a vantagem indevida". (fl. 10) 
"QUE quando WALDÍVIA ofereceu a vantagem 
indevida foi em Manaus/AM, no laboratório de 
solos e asfaltos, localizado na SEINFRA; QUE 
WALDÍVIA ainda era Secretária de Estado de 
Infraestrutura da época" (fl. 13) 
"QUE WALDÍVIA ofereceu o valor imediato de R$ 
100.000,00 (cem mil reais) e um valor mensal de 
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R$ 10.000,00 (dez mil reais) no decorrer da 
regularização de todas as obras" (fl. 15). 
 Após a negativa de GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO em receber a 
vantagem indevida, este afirma que as atividades do 
laboratório passaram a ser alijadas pela Denunciada WALDÍVIA 
ALENCAR, havendo a SEINFRA posteriormente contratado pessoa 
jurídica pelo valor de R$ 133.000.000,00 (cento e trinta e 
três milhões de reais) para realizar os mesmos serviços 
(ensaios) que sairiam por um valor infinitamente menor se 
feitos pelo laboratório. 
 A não utilização do Laboratório e corroborada pelo relato 
de ARY DE ALMEIDA DA COSTA, quem afirma que não foi feito 
controle tecnológico pelo Estado na gestão da Denunciada 
WALDÍVIA ALENCAR por ordem desta, sendo que as próprias 
empresas contratadas para executar a obra era quem 
apresentavam os dados das obras (fl. 18), indicando a 
inexistência de fiscalização. 
 ARY DE ALMEIDA DA COSTA afirma que a Denunciada WALDÍVIA 
ALENCAR destruiu o corpo técnico de engenharia da SEINFRA 
fazendo com que atualmente o órgão não tenha a capacidade de 
fiscalizar adequadamente as obras diante da falta de 
laboratórios especializados para fiscalizar o concreto armado 
e o asfaltamento. 
 RAIMUNDO MONTEIRO DO NASCIMENTO (fl. 30) afirma que "não 
sabe dizer a data exata que o laboratório parou, mas era na 
gestão da dra. WALDÍVIA quando o laboratório, apesar de 
aberto, não funcionava de fato", dizendo que o laboratório era 
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bem equipado na época. 
 Após a saída da Denunciada WALDÍVIA ALENCAR do cargo de 
Secretária de Estado de Infraestrutura, assumiu o senhor 
GILBERTO DE DEUS, afirmando GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO que na 
gestão dele o laboratório voltou a funcionar. Quando o senhor 
GILBERTO DE DEUS deixou o cargo, a pasta foi assumida pelo 
senhor AMÉRICO GORAYEB quem fechou as atividades do 
laboratório de análises. 
GLÁUPÉRCIO CASTELO BRANCO diz que se o Laboratório ainda 
estivesse ativo, haveria um grande benefício para a qualidade 
das obras, elevando substancialmente a vida útil e, em 
contrapartida, haveria economia monetária para o Estado, 
beneficiando obras de interesse social e evitando a execução 
de obras indevidas. Afirma que o principal defeito das ruas 
são as fissuras, deformações plásticas e elásticas, em função 
da má execução das obras, o que seria evitado com o 
funcionamento efetivo e a fiscalização do laboratório mediante 
a realização de contraprovas laboratoriais. 
 A inexistência dos dados do laboratório, para formar 
contraprova aos dados fornecidos pela empresa contratada pelo 
Estado, facilitava a entrega de estradas vicinais ou rodovias 
com redução substancial de vida útil e propiciava fraudes 
mediante a indevida aprovação de obras que não atendiam as 
especificações técnicas, advindas da redução da quantidade do 
material utilizado (insumos) em desacordo com o contratado 
pelo Estado. 
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 Assim, o Laboratório de Análises de Solo e Asfalto da 
SEINFRA servia para a realização de ensaios sobre os dados da 
obra, verificando as especificações de estabilidade e ISC das 
rodovias e vicinais, atestando se as obras deveriam ou não ser 
aprovadas, afirmando GLAUPÉRCIO CASTELO BRANCO que "o 
laboratório era suficiente para atender a todas as obras do 
Estado, possuindo o laboratório os aparelhos para os ensaios 
básicos necessários pela Secretaria" (fl. 13). 
 A autoria e a materialidade é provada através das provas 
testemunhais existentes nos autos. 
2. TIPOS PENAIS:
 O Código Penal tipifica no art. 333, caput, o crime de 
corrupção ativa:
CP -  Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem 
indevida a funcionário público, para determiná-
lo a praticar, omitir ou retardar ato de 
ofício: 
Pena reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, 
e multa. (Redação dada pelaLei nº 10.763, de 
12.11.2003) 
Parágrafo único - A pena é aumentada de um 
terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o 
funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou 
o pratica infringindo dever funcional.
 O art. 333 do Código Penal é crime de ação múltipla, 
composto por dois núcleos alternativos, oferecer (apresentar) 
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ou prometer (obrigar-se a dar) a funcionário público vantagem 
indevida com o fim de ver retardado ou omitido ou praticado 
ato funcional, por ser crime comum, não exigindo nenhuma 
qualidade especial do corruptor (SANCHES, Rogério. Manual de 
Direito Penal: Parte Especial. Salvador: JusPODIVM, 2018, 
P.882).
 O crime de corrupção ativa é crime comum cujo sujeito 
ativo pode ser qualquer pessoa, logo, não exigindo que o 
corruptor também seja funcionário público nem que o corruptor 
haja com abuso de poder ou a violação de dever inerente ao 
cargo, ao contrário do que ocorre com o sujeito ativo da 
corrupção passiva.
 O crime de corrupção ativa pode ser praticado por 
qualquer particular, todavia, quando praticado por funcionário 
público em abuso de poder ou vilação ao dever funcional, a 
exemplo do respeito a princípios da Administração público, 
merece maior reprimenda criminal, incidindo a agravante 
prevista no art. 61, II, "g ", do Código Penal.
 O Código Penal estabelece a agravante da violação de 
dever inerente ao cargo::
CP - Art. 61 - São circunstâncias que sempre 
agravam a pena, quando não constituem ou 
qualificam o crime: [...] II Ter o agente 
cometido o crime: [...] g) com abuso de poder 
ou violação de dever inerente a cargo, ofício, 
ministério ou profissão;
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 Acerca da agravante prevista no art. 61, II, "g", 
primeira parte, doutrina Masson:
Ligam-se, assim, ao exercício do poder público 
e do cargo público de maneira ilegítima e 
excessiva, com violação das regras de Direito 
Público, ou então por particulares ligados a 
cargos público, contra funcionários públicos 
entre si ou contra o público em geral. (MASON, 
Cleber. Direito Penal: Parte Geral, 13.Ed. Rio 
de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2019, 
fl. 580)
 
 No caso concreto, denuncia-se WALDÍVIA FERREIRA ALENCAR 
pela promessa de vantagem indevida à GLAUPÉRCIO CASTELO 
BRANCO, para que ele expedisse laudos laboratoriais, 
retroativos e em relação a obras futuras, vindo a aprovar as 
referidas obras sem que houvesse a realização da coleta dos 
materiais de análise para efetivo ensaio laboratorial.
 O Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas 
possui jurisprudência no sentido de condenar o agente por 
corrupção ativa, dando especial valor às provas testemunhais:
APELAÇÃO CRIMINAL. CORRUPÇÃO ATIVA E TRÁFICO DE 
DROGAS. PROVA DA MATERIALIDADE E AUTORIA 
DELITIVA. VALOR PROBATÓRIO DOS DEPOIMENTOS DOS 
POLICIAIS. APLICAÇÃO DO TRÁFICO PRIVILEGIADO. 
NÃO CABIMENTO. RÉU REINCIDENTE. RECURSOS 
DESPROVIDOS. 
1. Com relação ao crime de corrupção ativa, a 
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autoria e materialidade restaram comprovadas 
pelas provas formadas no processo, sobretudo, 
pelas declarações das testemunhas; 
2. Os testemunhos de policiais revestem-se de 
credibilidade por ostentarem presunção de 
veracidade. Ademais, estão harmonizados entre 
si e possuem compatibilidade com as demais 
evidências dos autos, inexistindo qualquer 
indicativo de que os agentes estariam 
propositadamente imputando conduta delituosa 
aos Apelantes, devendo ser mantida a 
condenação; 
3. Inviável o reconhecimento do tráfico 
privilegiado, na medida em que se trata de réu 
reincidente; 
4. De igual forma, a reincidência, aliada à 
quantidade de pena imposta, inviabiliza a 
substituição da pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos, consoante art. 44, do 
Código Penal. (TJ/AM, 2ª Câmara Criminal. AP n. 
0602633-51.2017.8.04.0001. Rel. Des. Jomar 
Fernandes. DJ 3/12/2017)
 Ato contínuo, Jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça é no sentido da aplicação da agravante prevista no 
art. 61, II, "g", do Código Penal quando o agente da Corrupção 
ATIVA também é funcionário público:
PENAL. RECURSO ESPECIAL. CORRUPÇÃO ATIVA. CRIME 
COMUM. TESE DE CRIME IMPOSSÍVEL. SÚMULA 7/STJ. 
DOSIMETRIA DA PENA. PENA-BASE. 
DESPROPORCIONALIDADE. ARTIGO 61, II, G, DO CP. 
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INCIDÊNCIA. PENA DE MULTA. CRITÉRIO DE FIXAÇÃO. 
REVISÃO DA CAPACIDADE ECONÔMICA DO RÉU. 
IMPOSSIBILIDADE. REGIME INICIAL FECHADO. 
OBSERVÂNCIA DO ARTIGO 33, § 3º DO CP. 
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. 
1. O crime de corrupção ativa exige, tão 
somente, que a conduta de oferecer ou prometer 
vantagem indevida seja dirigida a um 
funcionário público, com a finalidade de 
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato 
de ofício. É um crimecomum no que diz respeito 
ao sujeito ativo e, como tal, pode ser 
praticado por qualquer pessoa. 2. No caso em 
análise, o recorrente, embora ocupasse o cargo 
de auditor fiscal, apenas se aproveitou das 
facilidades que possuía para ter acesso ao 
superior hierárquico a quem ofereceu a vantagem 
indevida. [...] 6. Incide a agravante genérica 
do artigo 61, II, g, do CP, pois o recorrente 
praticou a conduta ilícita com violação de 
dever inerente ao cargo público, sob o viés da 
moralidade e da probidade administrativa, e tal 
circunstância, além de não constituir elementar 
ou qualificadora do crime, denota a maior 
reprovabilidade da conduta. (STJ. REsp 
1693605/PR. Rel. Min. Nefi Cordeiro. DJ 
7/11/2017)
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3. PEDIDO:
 Ante o exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO 
AMAZONAS DENUNCIA WALDÍVIA FERREIRA ALENCAR pela prática das 
condutas criminosas narradas, requerendo-se: 
1. O recebimento da presente denúncia, com as peças 
informativas que a instruem, e prosseguimento do 
feito até final condenação;
2. A determinação do recebimento das mídias digitais 
(CDs, DVDs, etc.) atreladas ao PIC pela 
secretaria da vara para depósito em juízo;
2. A citação da Denunciada para responder à presente 
acusação no prazo de 10 (dez) dias;
3. A designação de dia e hora para realização de 
audiência de instrução e julgamento para oitiva 
das testemunhas abaixo indicadas, bem como para 
a realização do interrogatório;
4. A condenação da Denunciada nas penas do art. 333, 
caput, c/c art. 61, II, "g", todos do Código 
Penal; 
5. A expressa declaração da perda de cargo, função 
público ou mandato eletivo que esteja exercendo, 
de acordo com o art. 92 do Código Penal; 
6. Após decisão colegiada ou trânsito em julgado a 
expressa declaração de perda dos direitos 
políticos para fins do art. 1o, "e ", "1" da Lei 
Complementar n. 64/90; 
6. Que se resguarde a possibilidade de realizar 
eventual emendatio libelli no momento da 
sentença, ainda que importe na aplicação de pena 
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mais grave, sem que isto importe em aditamento da 
denúncia ou improcedência total ou parcial desta, 
nos termos do art. 383 do Código de Processo 
Penal; 
7. A juntada aos autos da Certidão de Antecedentes 
Criminais da Denunciada.
TESTEMUNHAS:
1 - GLAUPÉRCIO SANTOS CASTELO BRANCO; 
2 ARY DE ALMEIDA DA COSTA; 
3 TELMO FERNANDES TORRES; 
4 RAIMUNDO MONTEIRO DO NASCIMENTO.
DOCUMENTOS:
1 – Íntegra do PIC n. 06.2019.00001376-9;
Manaus, 23 de junho de 2020.
LUIZ ALBERTO DANTAS 
DE VASCONCELOS
Promotor de Justiça 
GAECO
YARA REBECA A. 
MARINHO DE PAULA
Promotora de Justiça 
GAECO
FLÁVIO MOTA MORAIS 
SILVEIRA
Promotor de Justiça 
GAECO
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Ministério Público do Estado do Amazonas
Procuradoria-Geral de Justiça
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i MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS
Centro de Apoio Operacional ti ~ Int( igência. lnvestigaç. o e de CO,l 'Jate ao Crime Organizado - C A O C R I M O
Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado - G A E C O
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. N° e34.2e18.GAECO
ATA: 13/e3/2e18
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DOCUMENTO: 1238443
AUTO: 2018.4273
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Ministério PUblico do Estado do Amazonas
Procuradoria-Geral de Justiça
Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado - GJ\ECO
PORTARIA DE INSTAURAÇÃO
N° 067.2018.GAECO.1238443.2018.4273
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. I. o'-'--Ruo.. ::i.llfl"---
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS, por
meio do GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE REPRESSÃO AO CRIME ORGANIZADO -
GAECO, no uso de suas atribuições legais, e,
CONSIDERANDO que é atribuição do Ministério Público
apurar a ocorrência de infrações penais de natureza pública por meio
de procedimento investigatório criminal, servindo como preparação e
embasamento para o juízo de propositura, ou não, da respectiva ação
penal, consoante o artigo 10, caput, da Resolução na 181/2017 do
Conselho Nacional do Ministério Público e artigo 51 da Resolução na
006/2015-CSMP;
CONSIDERANDO que o procedimento investigatório
criminal poderá ser instaurado de forma conjunta, por meio de força
tarefa ou por grupo de atuação especial composto por membros do
Ministério Público, cabendo sua presidência àquele que o ato de
instauração designar, nos termos do artigo 60 da Resolução nO
181/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público;
CONSIDERANDO a missão do Grupo de Atuação Especial
de Repressão ao Crime Organizado - GAECO, previstas no art. 17, ~
12, da Lei Complementar Estadual na 011/93 e arts. 40 a 60 da
Resolução na 26, de 09.10.2009, do Colégio de Procuradores de
Justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas;
CONSIDERANDO o disposto
147.2018.GAECO.1238432.2013.50628,R E S O L V E:
na Manifestação n.
I INSTAURAR O PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO
CRIMINAL, com a finalidade de investigar as condutas de associação
criminosa, peculato, fraude ao caráter competitivo do procedimento
licitatório e lavagem de capitais, cometidas sob a forma de
Organização Criminosa, relacionadas à informação de que: (a) a
senhora Waldivia Ferreira Alencar, ex-secretária de estado de
infraestrutura, prometeu vantagem indevida para que o GLAUPÉRCIO
SANTOS CASTELO BRANCO aprovasse projetos e ensaios no Laboratório de
Solos e Asfalto da SEINFRA, que esta prometeu a quantia de R$
100.000,00 para que o noticiante aprovasse as obras antigas do
Estado pertencentes à SEINFRA, com data retroativa; (b) a senhora
Waldivia Ferreira Alencar prometeu a quantia de R$ 10.000,00 para
aprovação técnica de ensaios das obras em andamento, sem prejuízo do
salário do noticiante; (c) que houve contratação do consorcio de
empresas EPCJ para a substituição do laboratório, todavia, prestando
serviço por um custo maior do que o ordinariamentej;;eito pelo
Estado.
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11 DETERMINAR A AUTUAÇÃO como PIe n.
034.2018. GAECO, devendo ser procedidas autuações necessárias com a
troca da identificação dos presentes autos;
111 DESIGNAR o Exmo. Sr. Dr. lGOR STARLING
PEIXOTO para presidir este Procedimento Investigatório Criminal, nos
termos da Resolução n. 181/2017-CNMP;
IV DETERMINARo cumprimento das diligências
estabelecidas na Manifestação n. 147.2018. GAECO.1238432.2013.50628,
bem como:
a)Extração da cópia da Manifestação n.
147.2018.GAECO.1238432.2013.50628 e das fla fls. 1102/1105
todas do PIe 4556.2013. SUBJUR (Autos 2013.50628), com
posterior juntada nesses autos;
b)Comunicação de instauração do Procedimento ao CAO-CRIMO.
V DECRETARo sigilo do presente procedimento,
haja vista que a publicidade dos atos de investigação podem
acarretar prejuízo ao interesse público e à própria apuração, que
consiste exatamente em aferir a conduta dos investigados, conforme
autoriza o artigo 13, caput, da Resolução nO 006/2015-CSMP;
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VI - REGISTRE-SE E CUMPRA-SE;
GABINETEDO GRUPODE ATUAÇÃOESPECIAL DE REPRESSÃO
O - GAECO, em Manaus, 13 de março de 2018.
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CLAUDIO TANAJURA
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Promotor de Justiça
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