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Direito Constitucional Professor Elias Batista _1 PODER EXECUTIVO 1 Art.76 da CF. 1. INTRODUÇÃO O poder executivo é o órgão em que se concentram as FUNÇÕES de cunho executivo nos moldes explicitados no art.2º da CF/88, que delimita os poderes da união. Nesse sentido, no poder executivo estão às atribuições, faculdades e prerrogativas atreladas ao exercício da atividade executiva da República Federativa do Brasil. (José Afonso da Silva). A função TÍPICA (principal ou primária) do poder executivo é a função administrativa (de administração da coisa pública), ou seja, é a função de execução de políticas públicas, fomento, gerenciamento e desenvolvimento da máquina administrativa. O poder executivo também desenvolve função ATÍPICA (acessória ou secundária) são aquelas que, em tese, são típicas do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. Nesse sentido afirma-se que o Presidente da República ao editar uma Medida Provisória está exercendo uma função atípica legislativa. Por outro lado, quando estamos diante de julgamentos em Processos Administrativos disciplinares (PAD) se afirma que o Poder Executivo estaria exercendo uma função atípica julgadora. ATENÇÃO! Para parte da doutrina o Poder Executivo NÃO exerce função jurisdicional, pois o Brasil adota o SISTEMA INGLÊS (unicidade de jurisdição), onde o único órgão capaz de dizer o direito de maneira definitiva é o Poder Judiciário. 2. PRESIDENCIALISMO X PARLAMENTARISMO O SISTEMA DE GOVERNO adotado pelo Brasil na CF/88 é o Presidencialismo onde as funções de chefe de estado e chefe de governo encontra-se nas mãos de uma única pessoa, o Presidente da República. Já no parlamentarismo a função de chefe de estado é exercida pelo Presidente da República (República parlamentarista) ou Monarca (Monarquia parlamentarista), enquanto que a função de chefe de governo é exercida pelo Primeiro- Ministro. SISTEMAS DE GOVERNO Presidencialismo Chefe de Estado Presidente da RepúblicaChefe de Governo Parlamentarismo Chefe de Estado Presidente ou Monarca Chefe de Governo Primeiro-Ministro 3. O EXERCICIO DO PODER EXECUTIVO FEDERAL NO BRASIL O Poder Executivo no Brasil é exercido pelo Presidente da República auxiliado pelos Ministros de Estado1. VAMOS MAIS FUNDO! Semipresidencialismo? (Semiparlamentarismo?) é um sistema de governo que apresenta características dos dois sistemas (modelos) clássicos. Difere-se do presidencialismo, pois a responsabilidade do governo se dá perante o Parlamento. E se diferencia do Parlamentarismo, uma vez que, o chefe de Estado é eleito diretamente pelo povo. Teve seu início na Constituição de Weimar na Alemanha em 1919 e na Constituição francesa de 1958 e tem como exemplos atuais Portugal, Roménia e Rússia. 4. ELEIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA O Presidente da República é eleito pelo “SISTEMA MAJORITÁRIO” para um mandato de quatro anos, admitindo-se a reeleição para um único período subsequente. A eleição Presidencial pode ser decida em primeiro turno (que ocorre no primeiro domingo do mês de outubro) ou somente no segundo turno (que ocorre no último domingo do mês de outubro), pois a CF/88 adotou para escolha presidencial o denominado “sistema majoritário absoluto”. Nesse sentido, o Art.77 caput da CF/88 estabelece que: Art. 77 da CF/88 - A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. CUIDADO! O disposto no Art.77, §3º determina que o segundo turno deva ocorrer “em até vinte dias após a proclamação do resultado” da primeira votação, restou prejudicado com a alteração do caput deste artigo trazida pela EC nº16/97. Assim o segundo turno deve mesmo ocorrer, impreterivelmente, no último domingo de Outubro. Será eleito Presidente o candidato que conseguir obter MAIORIA ABSOLUTA dos votos não computados os brancos e os nulos. Nesse sentido o art.77,§ 2º da CF, estabelece que: Art.77,§2º da CF - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. Direito Constitucional _2 5. REQUISITOS BÁSICOS PARA O CARGO DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA Para concorrer ao cargo de Presidente da República o candidato terá que preencher alguns requisitos constitucionais. REQUISITOS BÁSICOS: 1 - Nacionalidade brasileira 2 - Idade mínima de 35 anos 3 - Alistamento Eleitoral 4 - Pleno exercício dos direitos políticos 5 - Filiação partidária 6 - Não ser inelegível 6. CASO DE DESISTÊNCIA, MORTE OU IMPEDIMENTO LEGAL NO 2º TURNO. Nos termos constitucionais, se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, deverá ser convocado o TERCEIRO COLOCADO do 1º turno para a disputa do 2º turno das eleições presidenciais. Se, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. Nesse sentido, o art.77,§4º e §5º da CF/88 determina que: Art.77, §4º da CF/88 - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. § 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. CUIDADO! Situação distinta é quando o candidato morre após a sua eleição, porém, antes da posse, neste caso, o Vice será considerado eleito com direito ao exercício de todo o mandato, uma vez que “a eleição do Presidente da República importa a do vice com ele registrado” (exemplo: caso “Tancredo Neves”). 7. DA POSSE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Nos termos constitucionais, o Presidente e o Vice- Presidente da Republica tomarão posse em sessão conjunta do Congresso Nacional onde prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição Federal nos seguintes termos: Art. 78 da CF/88 - O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão POSSE em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. 8. VACÂNCIA DO CARGO DE PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA Inicialmente temos três casos clássicos de vacância do cargo que ocorre com a morte, renúncia ou a cassação do mandado (impeachment). Ficando vago apenas o cargo de Presidente da República 2 Art.78,§único e art.83 da CF/88. suceder-lhe-á o Vice-Presidente, que também é o seu substituto nato no caso de impedimento. Nesse sentido o art. 79 da CF/88 estabelece que: Art. 79 da CF/88 - Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente. No entanto a CF/88 prevê ainda as hipóteses de DUPLA VACÂNCIA, como também, regulamenta a respectiva substituição da Presidência da República. 8.1. DUPLA VACÂNCIA Conforme a CF/88 se, decorridos DEZ DIAS da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. O Presidente e o Vice-Presidente da República também não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo 2. A pergunta é? 1- essa regra que proíbe o Presidente de se ausentar do país por mais de 15 dias sem autorização do Congresso Nacional deverá constar nas Constituições Estaduais para os Governadores? SIM! pois, se trata de norma de observância obrigatória pelos estados membros. Nesses casos (dupla vacância) deverá ser observada a linha de substituição prevista no art.80 da CF/88 que regulamenta a situação nos seguintes termos: Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente,ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência: 1º - Presidente da Câmara dos Deputados 2º - Presidente do Senado Federal 3º - Presidente do STF A pergunta é? Aquele que assumir a PRESIDÊNCIA, por ocasião da dupla vacância, terá direito a terminar o mandato? Não! pois, não é sucessor mas apenas substituto. Nesse sentido é possível concluir que os SUBSTITUTOS não têm direito a exercer o restante do mandato, por se tratar de prerrogativa exclusiva do Vice-Presidente que é o SUCESSOR nato. SUBSTITUTO SUCESSOR Caráter temporário em casos de impedimento. Caráter permanente em casos de vacância Direito Constitucional _3 O que deverá fazer o substituto? A pergunta é? A pergunta é? Em qualquer dos casos aquele que for eleito tem direito a um novo mandato de quatro anos? NÃO! Pois, o eleito apenas completará o período faltante (mandato tampão). A pergunta é? As regras da CF/88 que regulam os casos de dupla vacância NÃO são de reprodução obrigatória pelos estados membros? NÃO! pois, conforme entendimento do STF os Estados têm autonomia para definir suas próprias regras observados os princípios da Constituição. 9. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA As atribuições do Presidente da República estão dispostas no art.84 da CF que prevê tanto competências de Chefe de Estado (VII, VIII e XIX) como também de Chefe de Governo (II, VI e XI). ART. 84. COMPETE PRIVATIVAMENTE AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA: I - NOMEAR e EXONERAR os Ministros de Estado; II - EXERCER, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; III - INICIAR o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; IV - SANCIONAR, PROMULGAR e fazer PUBLICAR as leis, bem como EXPEDIR decretos e regulamentos para sua fiel execução; V - VETAR projetos de lei, total ou parcialmente; VI – DISPOR, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da ADMINISTRAÇÃO FEDERAL, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) EXTINÇÃO de funções ou cargos públicos, quando VAGOS; VII - MANTER RELAÇÕES com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; VIII - CELEBRAR tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; IX - DECRETAR o estado de defesa e o estado de sítio; X - DECRETAR e EXECUTAR a intervenção federal; XI - REMETER mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; XII - CONCEDER indulto e COMUTAR penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XIII - EXERCER o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; XIV - NOMEAR, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; XV - NOMEAR, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; XVI - NOMEAR os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União; XVII - NOMEAR membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; XVIII - CONVOCAR e PRESIDIR o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; XIX - DECLARAR guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; XX - CELEBRAR a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; XXI - CONFERIR condecorações e distinções honoríficas; XXII - PERMITIR, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; XXIII - ENVIAR ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; XXIV - PRESTAR, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; XXV - PROVER e EXTINGUIR os cargos públicos federais, na forma da lei; XXVI - EDITAR medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; XXVII - EXERCER outras atribuições previstas nesta Constituição. Parágrafo único. O Presidente da República poderá DELEGAR as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos MINISTROS DE ESTADO, ao PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA ou ao ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. A pergunta é? O rol de competências privativas do Presidente da República prevista no art.84 da CF é TAXATIVO? NÃO! pois, o inciso XXVII determina que cabe ao Presidente exercer outras atribuições previstas na CF/88. As atribuições do artigo 84 da Constituição Federal se estendem por simetria aos GOVERNADORES e PREFEITOS no que se refere às funções de chefe de governo (política interna), enquanto que as funções de chefe de estado (política externa) são exclusivas do Presidente da República. Atribuições de chefe de Governo Atribuições de chefe de Estado Aplica-se o princípio da simetria Não se aplica o princípio da simetria Importante observar que apenas algumas atribuições do art.84 da CF podem ser DELEGADAS aos Ministros de Estado, Procurador Geral da República ou ao Advogado Geral da União. Nesse sentido o art.84, §único, in verbis: Art.84, Parágrafo único. O Presidente da República poderá DELEGAR as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos MINISTROS DE ESTADO, ao PROCURADOR- GERAL DA REPÚBLICA ou ao ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. Quem assumir deverá 1-se nos dois primeiros anos do mandato: convocar novas eleições diretas no prazo de 90 dias. 2-se nos dois últimos anos do mandato: convocar novas eleições indiretas no prazo de 30 dias. Direito Constitucional _4 AUTORIDADES DELEGATÁRIAS Ministros de Estado Procurador Geral da República Advogado Geral da União As ATRIBUIÇÕES que podem ser delegadas encontram- se no art.84 incisos VI, XII e XXV (primeira parte) nos seguintes termos: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: VI – DISPOR, mediante decreto, sobre: a. a) organização e funcionamento da administração federal, quando NÃO implicar AUMENTO DE DESPESA nem criação ou extinção de ÓRGÃOS públicos; b. b) extinção de funções ou cargos públicos, quando VAGOS; XII - CONCEDER indulto e comutar PENAS, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XXV - PROVER os cargos públicos federais, na forma da LEI. 9.1. Atribuição do inciso VI No caso do inciso VI estamos diante do denominado Decreto Autônomo que se qualifica como uma espécie normativa primária, pois retira seu fundamento de validade diretamente da Constituição e inova o ordenamento jurídico. A alínea “a” do referido dispositivo estabelece ser de competência privativa do Presidente da República (leia-se , do chefe do poder executivo) dispor, mediante decreto (decreto autônomo) sobre: a. organização e funcionamento da administração federal, quando NÃO implicar AUMENTO DE DESPESA nem criação ou extinção de ÓRGÃOS públicos. Importante Perceber que se trata da função típica do poder executivo, vez que, o chefe do poder executivo estaria a dispor sobre a organização de sua administração (federal, estadual ou municipal). ATENÇÃO! Em decorrência do PRINCIPIO DA SIMETRIA os chefes dos poderes executivos estaduais (governadores)e municipais (prefeitos) também podem dispor sobre a organização e o funcionamento das respectivas administrações (estadual e municipal) Nesses termos o chefe do poder executivo poderá dispor por meio de um decreto sobre a organização de sua administração desde que ao fazer isso NÃO implique em aumento de despesa nem criação ou extinção de Órgãos Públicos. A alínea “b” do referido dispositivo estabelece ser de competência privativa do Presidente da República (leia- se: do chefe do poder executivo) dispor, mediante decreto (decreto autônomo) sobre: b. extinção de funções ou cargos públicos, quando VAGOS; Importante perceber que o chefe do poder executivo só poderá EXTINGUIR uma função ou cargo público por meio de decreto se o mesmo se encontrar vago. Lembrado que essa atribuição ainda poderá ser delegada a Ministro de Estado, Procurador Geral da República e ao PGR. 9.2. Atribuição do inciso XII No caso do inciso XII cabe ao Presidente da República conceder indulto e comutar penas com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei. Essa atribuição ainda poderá ser delegada a Ministro de Estado, Procurador Geral da República e ao PGR. 9.3. Atribuição do inciso XXV Cabe observar que, no caso do inciso XXV, apenas a primeira parte é que pode ser DELEGADA. Devendo- se entender como primeira parte “PROVER” os cargos públicos federais. Logo, o Presidente da República NÃO pode delegar a segunda parte do inciso, leia-se “EXTINGUIR”. VAMOS MAIS FUNDO! O STF fixou entendimento que Ministro de Estado pode, por meio de delegação do Presidente da República, aplicar pena de demissão a servidor público, pois aquele que pode prover o cargo público também poderá desprovê-lo. 10. DA RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 10.1. INTRODUÇÃO: A responsabilização do chefe do poder executivo, perante o povo, decorre da opção do constituinte originário pela forma republicana de governo (princípio republicano). Nesse sentido o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal assim como os Prefeitos podem ser responsabilizados tanto por crime comum como por crime de responsabilidade. 10.2. CRIMES DE RESPONSABILIDADE (Impeachment) 10.2.1. Conceito São infrações político-administrativas cometidas pelo Presidente da República, definidas no art.85 da CF/88 e regulamentadas em LEI FEDERAL (lei 1.079/50). Nesse sentido, estabelece a CF/88 que são crimes de responsabilidade os atos do Presidente que atentem contra a Constituição Federal e especialmente contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Direito Constitucional _5 Ademais o STF fixou entendimento que os estados- membros NÃO podem definir em suas Constituições Estaduais competência para as respectivas Assembleias Legislativas processarem e julgarem seus governadores por crime de responsabilidade, vez que, trata-se de competência privativa da União. Nesse sentido a Súmula Vinculante nº46 do STF que estabelece: Súmula Vinculante nº46 do STF - “A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da COMPETÊNCIA legislativa privativa da União”. 10.2.2. Procedimento impeachment Se o Presidente da República incidir em algum dos atos do artigo 85 da CF/88 citados no item anterior estará sujeito ao processo de impeachment (impedimento). O processo de impeachment do Presidente da República se subdivide em duas fases. A primeira fase é na Câmara dos Deputados com o juízo de admissibilidade e a segunda fase é no Senado Federal que começa com um juízo de instauração e depois tem a etapa de pronúncia e o julgamento. 10.2.2.1. Câmara do Deputados (1ºfase): Autorização da Câmara do Deputados mediante 2/3 dos seus membros (art.51, I da CF/88:). 1º FASE DO PROCESSO DE IMPEACHMENT (Juízo de Admissibilidade) 1º - Para iniciar o procedimento de impeachment é necessário que qualquer cidadão (indivíduo dotado de capacidade eleitoral ativa) apresente a denúncia (acusação) contra o Presidente da República na Câmara dos Deputados. 2º - O Presidente da Câmara decidirá pelo recebimento ou não da denúncia (acusação). Nesse sentido o STF entendeu não caber exercício do direito de defesa antes do recebimento da denúncia pelo Presidente da Casa por tratar-se de ato discricionário. 3º - Se a decisão for pelo recebimento, a Câmara elegerá uma “comissão especial” composta de 65 deputados que irá elaborar um parecer prévio sobre a denúncia (se ela deve ou não ser objeto de deliberação). 4º - O parecer é submetido à votação na Comissão Especial sendo aprovada por maioria simples de seus membros. 5º - Se aprovado, será encaminhado ao Plenário da Casa para votação ostensiva e nominal (aberta) dos deputados, sendo exigido o quórum de 2/3 para a autorização do processo contra o Presidente. 6º - A decisão da Câmara versará sobre se a denúncia (acusação) é adequada ou não. Se a denúncia não for admitida o processo é arquivado, por outro lado, se for admitida segue para a apreciação do Senado. VAMOS MAIS FUNDO! O STF já reconheceu nessa 1º fase o DIREITO DE DEFESA por parte do acusado mesmo não existindo “processo” na Câmara, mas apenas uma “autorização” para sua instauração por parte do Senado. No entanto, o exercício do direito de defesa é exercido durante a tramitação do parecer na Câmara e não antes do recebimento pelo Presidente da Casa como já explicitado anteriormente. Ademais, o Plenário do STF no julgamento da ADPF 378/2015 firmou entendimento de que a Câmara dos Deputados apenas dá autorização para a abertura do processo de impeachment, cabendo ao Senado fazer juízo inicial de instauração ou não do procedimento. A Suprema Corte definiu também as regras para a composição da “Comissão Especial” na Câmara estabelecendo que a votação para escolha da Comissão Especial deve ser aberta, sendo ilegítimas as candidaturas avulsas de deputados para sua composição. 10.2.2.2. Senado Federal (2º fase): Após a autorização da Câmara dos Deputados o Presidente será processado e julgado pelo Senado Federal, sendo necessária a manifestação de 2/3 dos seus membros para a condenação (art.52, I da CF/88). 2º FASE DO PROCESSO DE IMPEACHMENT (Juízo de Instauração) 1 - Após a autorização da Câmara dos Deputados o Senado Federal deverá constituir uma “Comissão Especial” composta de 21 Senadores. 2 - Depois de composto, o colegiado tem até 48 horas para se reunir e eleger o Presidente da comissão e também um relator, o qual terá 10 dias úteis para apresentar um parecer pela admissibilidade ou não do processo de impedimento, que passará pelo crivo do colegiado (maioria simples). 3- Em seguida o parecer deverá ser encaminhado ao Plenário da Casa que realizará um verdadeiro juízo inicial de instauração do procedimento mediante manifestação de maioria simples, presentes maioria absoluta dos Senadores, conforme decisão do STF na ADPF 378/2015. 4 - Admitida a instauração do processo a “Comissão Especial” terá poderes para realizar diligências, perícias, ouvir testemunhas e instruir o processo. 5 - Após as alegações finais da acusação e da defesa será elaborada uma peça final acusatória (pronúncia). 6 - A pronúncia (relatório final acusatório) deverá ser lida pelo relator e posta em votação dentro da Comissão Especial, considerada aprovada mediante manifestação de maioria simples do colegiado. 7 - Em seguida deverá ser enviada ao Plenário do Senado para aprovação dos 81 senadores mediante maioria simples. Se aprovado, será marcado o dia do julgamento final. 8- No procedimento será garantido o direito de defesa do acusado. O presidentedo STF conduzirá o julgamento (art.52, § único da CF/88). Serão ouvidas as testemunhas e haverá sustentação oral da acusação e da defesa. 9- O presidente do STF fará um resumo do ocorrido em um relatório. Posteriormente ocorrerá a decisão com a votação dos Senadores. A condenação do Presidente exigirá um quórum de 2/3 dos Senadores (art.52, § único da CF/88). 10- Se o Presidente da República for condenado pelo Senado Federal (2/3) as penas a serem aplicadas são a Perda do cargo com a Inabilitação para o exercício de função pública durante 08 anos (art.52, § único da CF/88). Direito Constitucional _6 O entendimento anterior pregado pela doutrina com base na legislação (lei 1.079/50) era que se a Câmara dos Deputados autorizasse, o Senado era “obrigado” a instaurar o processo. Porém, o STF no julgamento da ADPF 378, que questionou dispositivo dessa lei, fixou o entendimento de que cabe a Câmara dos Deputados apenas autorizar a abertura do processo de “impeachment” cabendo ao Senado Federal decidir pela instauração ou não do processo em um verdadeiro juízo de instauração prévio mediante manifestação da maioria simples dos Senadores. ATENÇÃO! Conforme entendimento do STF NÃO cabe ao poder judiciário REVER e ALTERAR decisão condenatória do Senado Federal exarada em crime de responsabilidade, pois trata-se de decisão de natureza politica de competência exclusiva da Casa. 11. PRAZO DE AFASTAMENTO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Nas duas hipóteses (crime comum ou de responsabilidade) o Presidente ficará afastado de seu cargo por 180 dias, não sobrevindo condenação, retornará ao cargo. 11.1. Crime comum No caso de CRIME COMUM, o Presidente da República ficará suspenso a partir do recebimento da denúncia ou da queixa crime pelo STF. 11.2. Crime de responsabilidade No caso de CRIME DE RESPONSABILIDADE, o Presidente da República ficará suspenso após a instauração do processo no Senado Federal. 12. REPONSABILIZAÇÃO DOS GOVERNADORES E PREFEITOS 12.1. Responsabilização dos Governadores 12.1.1. Crime comum A competência originária para processar e julgar os GOVERNADORES dos estados e do Distrito Federal por crimes comuns é do STJ (art.105, I, “a” da CF/88). CUIDADO! Conforme entendimento do STF a instauração de persecução penal contra GOVERNADOR pelo STJ independe de prévia autorização da Assembleia Legislativa. 12.1.2. Crime de Responsabilidade No caso de processo e julgamento de GOVERNADOR por crimes de responsabilidade a competência é de um TRIBUNAL ESPECIAL (art.78, §3º da Lei 1.079/50) composto por 05 desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado e 05 membros da Assembleia Legislativa do Estado. Nesse sentido o STF fixou entendimento que os Estados-membros não podem definir em suas Constituições Estaduais competência para as respectivas Assembleias Legislativas processarem e julgarem seus Governadores, pois estariam invadindo competência legislativa privativa da União para legislar sobre DIREITO PROCESSUAL (art.22, I). 12.2. Responsabilização dos Prefeitos 12.2.1. Crime comum A competência para julgamento do PREFEITO por crime comum, inclusive os crimes dolosos contra a vida (prerrogativa de foro fixada na CF/88 prevalece sobre a competência do júri) é do TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL (art.29, X da CF/88). Essa competência independe de qualquer autorização da Câmara Municipal (art.1º do DL 201/1967). A competência do TRIBUNAL DE JUSTIÇA restringe- se aos crimes de competência da justiça comum estadual. Nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo TRIBUNAL DE 2º GRAU (súmula 702 do STF). Assim, a competência para processar e julgar os crimes eleitorais praticados por Prefeitos é do TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL (art. 35 da Lei 4.737/1965). Caso o crime seja praticado em detrimento de bens, serviços ou interesse da União, a competência será do TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL (art. 109, IV c/c o art.108, II da CF/88). 12.2.2. Crime de Responsabilidade No caso de crime de responsabilidade a competência para processar e julgar o Prefeito é da CÂMARA MUNICIPAL (art. 4º do DL 201/1967). 13. IMUNIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA O Presidente da República NÃO dispõe de imunidade material prerrogativa que só foi assegurada aos membros do Poder Legislativo. Logo, o Presidente não é inviolável por suas palavras votos e opiniões, ainda que no estrito exercício de suas funções presidenciais. No entanto a CF outorgou ao Presidente da República três importantes imunidades formais (processuais). IMUNIDADE MATERIAL FORMAL Não dispõe Juízo de admissibilidade Prisão cautelar Irresponsabilidade penal relativa 13.1. Juízo de admissibilidade Para que o Presidente da República seja julgado por CRIME COMUM ou de RESPONSABILIDADE, é necessário haver autorização prévia da Câmara dos Deputados por 2/3 dos seus membros, se não houver tal admissibilidade a prescrição do crime ficará suspensa para que o Presidente da República seja processado e julgado após o término do mandato. Direito Constitucional _7 13.2. Prisões Cautelares Essa imunidade impede que o Presidente da República seja PRESO enquanto não sobrevier SENTENÇA CONDENATÓRIA nas infrações penais comuns. Refere- se à impossibilidade de prisão em flagrante ou de qualquer outra espécie de prisão cautelar (preventiva ou provisória) seja o crime inafiançável ou afiançável. Ou seja, para que o Presidente da República seja recolhido à prisão é indispensável à existência de uma sentença condenatória, proferida pelo STF. 13.3. Irresponsabilidade penal relativa Nos termos constitucionais o Presidente da República na vigência do seu mandato NÃO poderá ser responsabilizado por ATOS ESTRANHOS ao exercício de suas funções. Refere-se à impossibilidade de responsabilização do Presidente da República, na vigência do seu mandato, nos atos que não guardem CONEXÃO com o exercício da atividade presidencial. Assim se o Presidente da República em férias no litoral, no calor de uma discussão com um eleitor, vem a disparar sua arma matando o cidadão, estamos diante de um crime comum que é ESTRANHO ao exercício presidencial, pois na sua prática o Presidente da República não estava atuando como tal, mas sim como cidadão comum. Nesse caso, não poderia ser recolhido à prisão em flagrante delito. ATENÇÃO! A imunidade da IRRESPONSABILIDADE PENAL RELATIVA impede que o Presidente seja responsabilizado, durante o mandato, por ilícitos praticados antes da vigência do seu mandato. Pois se o delito foi praticado antes da vigência do mandato não teria nenhuma conexão com o exercício da função. Ademais a imunidade da IRRESPONSABILIDADE PENAL RELATIVA só incide no caso de atos estranhos de natureza penal. Se for ato estranho ao exercício da função mais de natureza civil, fiscal ou tributária haverá responsabilização do Presidente da República. CUIDADO! Conforme entendimento do STF as imunidades formais são prerrogativas EXCLUSIVAS do Presidente da República e NÃO se estendem aos Governadores e Prefeitos por simetria. ESSA CAI NA PROVA! 1.( ) (2018 – CESPE - MPE-PI - Técnico Ministerial - Área Administrativa) O presidente da República ficará suspenso de suas funções nos crimes de responsabilidade, após instauração do processo pelo Senado Federal. 2.( ) (2018 – CESPE - Instituto Rio Branco - Diplomata) O Poder Executivo é um órgão pluripessoal, exercido pelo presidente e pelo vice-presidente da República e pelos ministros de Estado. 3.( ) (2018 – CESPE – EMAP - Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível Médio) A Constituição Federal de 1988 prevê que atos do presidente da República contra probidade na administração são crimes de responsabilidade. 4.( ) (2018 – CESPE – EMAP - Conhecimentos Básicos) Quando um cargo público federal estiver vago, o presidente da República poderá extingui-lo por decreto, sem a necessidade de lei. 5.( ) (2018 – CESPE – EMAP - Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível Médio) A concessão de indulto é competênciaindelegável do presidente da República. 6.( ) (2018 – CESPE – ABIN - Oficial Técnico de Inteligência) De acordo com o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal, é vedado aos estados instituir normas que condicionem à previa autorização da assembleia legislativa a instauração de ação penal contra governador por crime comum. 7.( ) (2017 – CESPE - TCE-PE - Analista de Gestão - Administração) Quando um cargo público federal estiver vago, o presidente da República poderá extingui-lo por decreto, sendo essa competência indelegável. 8.( ) (2017 – CESPE – SEDF - Analista de Gestão Educacional - Direito e Legislação) Na hipótese de o presidente da República, antes da vigência do seu mandato, praticar um homicídio, a acusação terá de ser admitida por dois terços da Câmara de Deputados para, posteriormente, poder ser submetida a julgamento perante o Senado Federal. 9.( ) (2016 – CESPE – ANVISA - Técnico Administrativo) O presidente da República possui competência constitucional para dispor, mediante decreto, acerca de aumento de despesa na administração federal. 10.( ) (2016 – CESPE - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) A nomeação e a exoneração de ministros de Estado pelo presidente da República dependem da aprovação do Congresso Nacional. Gabarito: 01C; 02E; 03C; 04C; 05E; 06C; 07E; 08E; 09E; 10E. QUESTÕES DE FIXAÇÃO (PODER EXECUTIVO) 1.( ) (CESPE/SEJUS-ES/2009) Na qualidade de chefe de Estado, o presidente da República exerce a liderança da política nacional por meio da orientação das decisões gerais e da direção da máquina administrativa. 2.( ) (CESPE/AGU/2009) Em decorrência da aplicação do princípio da simetria, o chefe do Poder Executivo estadual pode dispor, via decreto, sobre a organização e funcionamento da administração estadual, desde que os preceitos não importem aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. 3.( ) (CESPE/PCBA/INVESTIGADOR/2013) O presidente da República, durante a vigência de seu mandato, poderá ser responsabilizado por infrações penais comuns, por crimes de responsabilidade e até Direito Constitucional _8 mesmo por atos estranhos ao exercício de suas funções. 4.( ) (CESPE/PCAL/AGENTE/2012) O presidente da República possui competências privativas de chefe de Estado e de chefe de Governo, sendo uma de suas atribuições decretar o estado de defesa e o estado de sítio. 5. (FUNIVERSA - 2009 – ADASA) A respeito do Poder Executivo, assinale a alternativa correta. a. O presidente e o vice-presidente da República não poderão se ausentar do país por prazo superior a vinte dias sem a prévia autorização do Congresso Nacional, sob pena de perda dos mandatos. b. Diante de vacância dos cargos de presidente e vice- presidente da República nos últimos dois anos do período presidencial caberá, exclusivamente ao Congresso Nacional, no prazo de trinta dias, a contar da última vaga, realizar eleições para preenchimento dos respectivos cargos, na forma da lei. c. Caberá aos ministros de Estado o veto parcial ou total de projetos de leis das respectivas pastas. d. O presidente da República poderá delegar ao ministro da Defesa Nacional a disposição, mediante decreto, sobre declaração e execução da intervenção federal. e. O presidente e o vice-presidente da República serão eleitos pelo sistema majoritário e cumprirão um mandato de cinco anos, permitida uma reeleição. 6. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário - Área Administrativa) O presidente da República, mediante decreto, delegou aos ministros de Estado e ao advogado- geral da União a competência para, após processo administrativo disciplinar, aplicar a penalidade de demissão a servidor público federal. Com referência a essa situação hipotética e com base na jurisprudência do STF, assinale a opção correta. a. O referido decreto está de acordo com a CF, pois a possibilidade de delegação da competência para prover cargos públicos federais abrange também a competência para demitir o servidor público. b. O decreto citado violou a CF, pois só há previsão de delegação para provimento de cargos públicos federais, e não para hipóteses de demissão. c. De acordo com o texto da CF, a referida delegação pode, sim, ser feita aos ministros de Estado, mas não pode ser estendida ao advogado-geral da União. Por isso, o decreto em questão padece do vício de inconstitucionalidade. d. As competências conferidas pelo texto da CF ao presidente da República são indelegáveis, motivo por que o decreto em apreço é inconstitucional. e. Considerando que, na hipótese em tela, o presidente da República agiu como chefe de Estado, a referida delegação não poderia ocorrer, no âmbito estadual, do governador para os secretários estaduais. 7.( ) (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública - Arquivologia) O presidente da República pode dispor, mediante decreto autônomo, acerca da organização e do funcionamento da administração federal, vedados o aumento de despesa e a criação ou extinção de órgãos públicos. 8.( ) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Agente de Polícia Legislativa) Se cometer algum crime comum referente ao exercício da função, o presidente da República será processado e julgado pelo Supremo Tribunal Federal, ficando suspenso de suas funções a partir da instauração do processo. 9.( ) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Agente de Polícia Legislativa) A CF conferiu às Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal o direito de requerer informações aos ministros de Estado, mas não o conferiu a parlamentares individualmente. 10.( ) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Agente de Polícia Legislativa) O presidente da República pode delegar a ministro de Estado a competência para aplicar pena de demissão a servidores públicos federais. 11.( ) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Agente de Polícia Legislativa) A CF autoriza o presidente da República a criar cargos e extinguir órgãos públicos por meio de decreto. 12.( ) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Agente de Polícia Legislativa) Afrontaria a CF dispositivo de Constituição estadual que previsse que a ausência do país do governador e do vice-governador, por qualquer prazo, dependeria de prévia licença da assembleia legislativa. 13.( ) (CESPE - 2014 - MPE-AC) De acordo com o STF, são inaplicáveis aos governadores o instituto da imunidade formal relativa à prisão do presidente da República e a cláusula de responsabilidade relativa, mesmo que haja previsão a tal respeito nas constituições estaduais. 14.( ) (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) As atribuições do presidente da República estão taxativamente previstas em dispositivo específico da CF. 15.( ) (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) A sentença condenatória do presidente da República pela prática de crime de responsabilidade será materializada mediante resolução do Senado Federal, limitando-se a condenação à perda do cargo com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. Direito Constitucional _9 16.( ) (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) Não pode ser objeto de delegação a ministro de Estado a atribuição conferida pela CF ao presidente da República de demitir servidor público federal. 17.( ) (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) De acordo com o disposto na CF, enquanto não sobrevier sentença condenatória, o chefe do Poder Executivo, nas três esferas da Federação, não estará sujeito a prisão pelo cometimento de infrações penais comuns. 18.( ) (CESPE - 2013 - TRT - 17ª Região (ES) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) No caso de o presidente da República vir a praticar ilícitos penais, civis ou tributários durante a vigência de seu mandato, sem qualquer relação com a função presidencial, ele não poderá ser responsabilizado, haja vista a imunidade presidencial queimplica a suspensão do curso da prescrição relacionada a esses ilícitos, enquanto durar o mandato 19.( ) 19-(CESPE - 2013 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário) Enquanto não sobrevier sentença condenatória referente a infrações comuns, o presidente da República não poderá ser preso, ressalvadas as hipóteses de prisão em flagrante por crime inafiançável. 20.( ) (CESPE/AGU/2015) Caso um processo contra o presidente da República pela prática de crime de responsabilidade fosse instaurado pelo Senado Federal, não seria permitido o exercício do direito de defesa pelo presidente da República no âmbito da Câmara dos Deputados. 21.( ) (CESPE/MPOG/2015) Os atos praticados pelo presidente da República que atentem contra o cumprimento das leis e das decisões judiciais configuram crime de responsabilidade. 22.( ) (CESPE/MPOG/2015) Na Constituição Federal, as competências privativas do presidente da República são elencadas em rol taxativo. 23.( ) (CESPE/MPOG/2015) O presidente da República poderá ausentar-se do país por qualquer tempo, independentemente da obtenção de licença junto ao Congresso Nacional. 24.( ) (CESPE/MPOG/2015) No caso de vacância do cargo de presidente da República ocorrida nos últimos dois anos do período presidencial, deverão ser feitas eleições noventa dias após a abertura da vaga. 25. (2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Considere a seguinte situação hipotética: o Presidente da República praticou ato que configura infração penal comum. Neste caso, de acordo com a Constituição Federal, admitida a acusação contra o Presidente da República, por 2/3 a. da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Senado Federal. b. da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. c. do Senado Federal, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. d. do Superior Tribunal de Justiça, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. e. do Supremo Tribunal Federal, será ele submetido a julgamento perante o Senado Federal. 26. (2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Considere os seguintes atos do Presidente da República praticados contra: I. a existência da União. II. o cumprimento das leis e das decisões judiciais. III. a probidade na Administração. IV. o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais. De acordo com a Constituição Federal, são crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República indicados em: a. I, II e III, apenas. b. I, II, III e IV. c. II, III e IV, apenas. d. I e IV, apenas. e. II e IV, apenas. 27. (2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO –MS -Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal) Em razão do recente impeachment da Presidente da República, Fatima, jornalista, manifestou interesse em obter conhecimento pleno sobre as atribuições do Presidente da República constantes na Constituição Federal. Assim, verificando o competente Capítulo, Fátima constatou que NÃO compete privativamente ao Presidente da República a. prestar, trimestralmente, ao Tribunal de Contas da União, após a abertura do ano fiscal, as contas referentes ao exercício anterior. b. nomear e exonerar os Ministros de Estado. c. celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. d. conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei. e. nomear, após aprovação pelo Senado Federal, o Procurador-Geral da República. 28. (2016 – FCC - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Administrativa) O Presidente da República poderá delegar, dentre outras, a seguinte atribuição: a. nomear o Advogado-Geral da União. b. nomear e exonerar os Ministros de Estado. c. vetar projetos de lei parcialmente. Direito Constitucional _10 d. celebrar tratados e convenções sujeitos a referendo do Congresso Nacional. e. prover os cargos públicos federais, na forma da lei. 29. (2016 – FCC - AL-MS - Assistente Social) Considere a seguinte situação hipotética: verificando-se o impedimento do Presidente e do Vice-Presidente da República, o Presidente da Mesa do Congresso Nacional entende que deve assumir o exercício dessas funções. Nessa situação, ele a. não tem razão, porque em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, quem assume o exercício da Presidência da República é o candidato que se classificou em segundo lugar na mesma eleição. b. não tem razão, porque em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente Senado Federal, o da Câmara dos Deputados e o do Supremo Tribunal Federal. c. não tem razão, porque em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente do Supremo Tribunal Federal, o do Senado Federal e o da Câmara dos Deputados. d. tem razão, porque em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Mesa do Congresso Nacional, o Presidente do Senado Federal, o Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do Supremo Tribunal Federal. e. não tem razão, porque em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. 30. (2016 – FCC - Prefeitura de Teresina – PI - Técnico de Nível Superior - Analista Administrativo) Sobre a responsabilidade do Presidente da República, a. o Presidente não ficará suspenso de suas funções nas infrações penais comuns, ainda que recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal. b. os crimes de responsabilidade estão definidos taxativamente pela Constituição Federal, não competindo à lei aumentar o rol de condutas. c. admitida a acusação contra o Presidente da República, por maioria absoluta da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade. d. os crimes de responsabilidade serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. e. decorrido o prazo de cento e oitenta dias, se o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, extinguindo-se o processo. 31. (2016 – FCC - Prefeitura de Teresina – PI - Técnico de Nível Superior - Analista em Gestão Pública) A respeito dos Ministros de Estado, considere: I. O cargo de Ministro de Estado da Defesa pode ser ocupado por cidadãos brasileiros natos e naturalizados. II. O cargo de Ministro de Estado da Saúde pode ser ocupado por cidadãos brasileiros, natos e naturalizados, com idade a partir de 21 anos. III. Os Ministros de Estado são legitimados para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade. IV. Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado. Está correto o que consta APENAS em a. II e IV. b. I e II. c. I e III. d. II e III. e. I, III e IV. 32. (2016 - FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa) Em uma situação hipotética, a Câmara dos Deputados, por dois terços de seus integrantes, admitiu a acusação contra o Presidente da República por prática de crime de responsabilidade. Ante tal situação, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o afastamento do Presidente da República do exercício de seu mandato a. será automático em virtude da decisão soberana da Câmara dos Deputados, única com atribuição para deflagraro processo de impedimento contra o Presidente da República. b. dependerá da instauração do processo pelo Senado. c. dependerá da instauração do processo pelo Supremo Tribunal Federal. d. dependerá do resultado do julgamento do processo pelo Senado Federal, por conta do princípio constitucional da presunção de inocência. e. dependerá de decisão específica a esse respeito da presidência da Câmara dos Deputados, ratificada pelo Presidente do Senado Federal, vez que o afastamento não decorre do recebimento da acusação, nem da instauração do processo contra o Presidente da República. Direito Constitucional _11 33. (2016 – FCC - TRT - 14ª Região (RO e AC) Técnico Judiciário - Área Administrativa) Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, ele será submetido a julgamento perante o a. Supremo Tribunal Federal, quando tratar de crime de responsabilidade. b. Senado Federal, quando tratar de crime de responsabilidade. c. Congresso Nacional, quando tratar de crime de responsabilidade. d. Senado Federal, quando tratar de infração penal comum. e. Congresso Nacional, quando tratar de infração penal comum. 34. (2016 – FCC - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal) No tocante às responsabilidades do Presidente da República, considere: I. O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. II. Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. III. Se o Presidente da República estiver afastado de suas funções e decorrer o prazo de cento e vinte dias, sem que esteja concluído o competente processo, cessará o seu afastamento, sem prejuízo do regular prosseguimento do feito. IV. O Presidente da República ficará suspenso de suas funções nas infrações penais comuns, logo após a instauração do processo pelo Congresso Nacional. De acordo com a Constituição Federal, está correto o que se afirma APENAS em a. I e IV. b. II e III. c. I, II e IV. d. IV. e. I e II. 35. (2015 – FCC - TRE-PB - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Quirino, eleito Presidente da República para o mandato compreendido entre janeiro de 2018 e dezembro de 2021, renuncia ao cargo um ano após tê-lo assumido. Assume-o o Vice-Presidente, o qual, no entanto, é alcançado por processo de impeachment, concluído em fevereiro de 2020. Ante tal situação, consideradas as regras constitucionais atualmente vigentes, a. deverão ser convocadas eleições gerais, no prazo de 90 dias contados da última vacância, sendo certo que os eleitos permanecerão no exercício dos cargos de Presidente e de Vice-Presidente até dezembro de 2021. b. assumirá a Presidência da República o Presidente da Câmara dos Deputados, o qual permanecerá no exercício respectivo até o término dos mandatos originais. c. deverão ser convocadas eleições gerais, no prazo de 30 dias contados da última vacância, sendo certo que os eleitos iniciarão, a partir da posse, mandato de quatro anos. d. assumirá a Presidência da República o Presidente do Congresso Nacional, o qual permanecerá no exercício respectivo até o término dos mandatos originais. e. competirá ao Congresso Nacional a eleição do Presidente e do Vice-Presidente, a qual deverá ser realizada no prazo de 30 dias contados da última vacância, sendo certo que o eleito completará o restante do mandato que se encontrava em curso. 36. (2015 – FCC - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária) A atividade regulamentar é própria do Poder Executivo, em especial do Chefe do Executivo. A Constituição Federal reserva ao campo regulamentar a disciplina de algumas matérias, conforme estabelece o artigo 84 da Constituição Federal. A delegação da referida competência regulamentar a. para se operar validamente deve contar obrigatoriamente com participação do Poder Legislativo, por meio de lei que autorize o Chefe do Executivo transferir funções às autoridades públicas indicadas na Constituição. b. por ser competência privativa atribuída pela Constituição ao Chefe do Executivo não abrange a organização e funcionamento da Administração federal, exceto quando implicar aumento de despesa, criação ou extinção de órgãos públicos. c. abrange a edição dos denominados regulamentos de organização, desde que haja expressa autorização legal. d. não abrange a extinção de funções ou cargos públicos quando vagos, por ser da competência exclusiva do Chefe do Executivo, nos termos da Constituição Federal. e. permite que o Chefe do Executivo, mediante juízo de conveniência e oportunidade, transfira, no âmbito do Executivo, aos Ministros de Estado, a função de editar regulamentos de organização, respeitados os limites constitucionais. 37. (2015 - FCC - TRE-SE - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Considere as seguintes situações, relativas ao exercício da chefia do Poder Executivo na esfera federal: I. Renúncia do Presidente da República no início do segundo ano de seu mandato. II. Viagem do Presidente da República ao exterior, por um período de dez dias consecutivos, no fim do terceiro ano de mandato, sem que haja sido requerida autorização prévia do Congresso Nacional. Direito Constitucional _12 III. Instauração, pelo Senado Federal, de processo para responsabilização do Presidente da República pelo suposto cometimento de crime de responsabilidade. IV. Recebimento de denúncia, pelo Supremo Tribunal Federal, para responsabilização do Presidente da República pelo suposto cometimento de infração penal comum. À luz da Constituição da República, o exercício da Presidência da República caberá ao Vice-Presidente da República nas situações retratadas em: a. I, na qualidade de substituto, enquanto se organizam eleições diretas para preenchimento do cargo vago; II, na qualidade de substituto, enquanto se organizam eleições indiretas para preenchimento do cargo vago; III e IV, na qualidade de substituto, enquanto perdurar o afastamento do Presidente da República, que não será superior a 180 dias. b. I, na qualidade de sucessor, até o fim do mandato; II, na qualidade de substituto, durante o período da ausência; III e IV, na qualidade de substituto, enquanto perdurar o afastamento do Presidente da República, que não será superior a 180 dias. c. I, na qualidade de substituto, enquanto se organizam eleições indiretas para preenchimento do cargo vago; II, na qualidade de substituto, enquanto se organizam eleições diretas para preenchimento do cargo vago; III e IV, na qualidade de sucessor, até o fim do mandato. d. I e II, na qualidade de sucessor, até o fim do mandato; III e IV, na qualidade de substituto, até o término dos julgamentos respectivos, observado o prazo máximo de 180 dias para a conclusão de ambos. e. I, na qualidade de substituto, até o fim do mandato; II, na qualidade de sucessor, durante o período de ausência; III, na qualidade de substituto, até o término do julgamento respectivo, observado o prazo máximo de 180 dias para sua conclusão; IV, na qualidade de substituto, enquanto perdurar o afastamento do Presidente da República, que não será superior a 180 dias. 38. (2015 – FCC - TJ-SC - Juiz Substituto) Segundo o texto constitucional, o indulto a. cabe ser concedido pelo Presidente da República, sendo vedada sua aplicação a condenados pelos crimes de tortura, terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, bem como os definidos como crimes hediondos. b. cabe ser concedido pelo Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, sendo vedada sua aplicação a condenados pelos crimes de tortura, terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, bem como os definidos como crimes hediondos. c. cabe ser concedido, na esfera federal, pelo Presidente da República e, na estadual,pelos Governadores de Estado, sendo vedada sua aplicação a condenados pelos crimes de tortura, terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, bem como os definidos como crimes hediondos. d. diferentemente da comutação de penas, somente cabe ser concedido pelo Presidente da República, sendo vedada sua aplicação a condenados pelos crimes de tortura, racismo, terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, bem como os definidos como crimes hediondos. e. cabe ser concedido pelo Presidente da República, sendo vedada sua aplicação a condenados pelos crimes de tortura, racismo, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, bem como os definidos como crimes hediondos. 39. (2015 – FCC - TCM-RJ - Procurador da Procuradoria Especial) Norma constitucional estadual descreve crimes de responsabilidade que, se praticados por Conselheiro de Tribunal de Contas Estadual, ficam sujeitos a julgamento pela Assembleia Legislativa, sendo sancionados com o afastamento do cargo, pelo voto da maioria absoluta dos Deputados, mediante processo administrativo que assegure o contraditório e ampla defesa. A referida norma a. é inconstitucional, uma vez que o Estado não tem competência para definir crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento, devendo os crimes de responsabilidade praticados por Conselheiro de Tribunal de Contas ser julgados pelo Superior Tribunal de Justiça. b. é inconstitucional, uma vez que o Estado não tem competência para definir crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento, devendo os crimes de responsabilidade praticados por Conselheiro de Tribunal de Contas ser julgados pelo Tribunal de Justiça. c. é inconstitucional, uma vez que o Estado não tem competência para definir crimes de responsabilidade, ainda que caiba à Assembleia Legislativa, por força da Constituição Federal, julgar os crimes de responsabilidade praticados por Conselheiro de Tribunal de Contas. d. é constitucional no que toca à definição dos crimes dos responsabilidade e ao estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento, uma vez que se tratam de infrações político-administrativas cuja disciplina se insere na competência legislativa residual dos Estados-membros. e. é constitucional no que toca à definição dos crimes dos responsabilidade, uma vez que se tratam de infrações político-administrativas cuja disciplina se insere na competência legislativa residual dos Estados-membros, mas inconstitucional ao atribuir à Assembleia Legislativa a competência para processá- los e julgá-los. Direito Constitucional _13 40. (2015 – FCC - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área Administrativa) A suspensão do exercício das funções de Presidente da República dar-se-á nas infrações penais comuns a. se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. b. apenas depois de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal; nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. c. apenas depois de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal; nos crimes de responsabilidade, apenas após o julgamento do processo pelo Senado Federal. d. e nos crimes de responsabilidade depois de recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal. e. e nos crimes de responsabilidade depois de recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Senado Federal. 41. (2015 – FCC - TRE-RR - Analista Judiciário - Administrativa) Considere as afirmativas abaixo. I. O Presidente da República será julgado pelo Supremo Tribunal Federal, quanto aos crimes comuns, e pelo Congresso Nacional, quanto aos crimes de responsabilidade. II. A acusação por crime comum atribuído ao Presidente da República deve ser admitida por doisterços dos integrantes da Câmara dos Deputados. III. Admitida a acusação feita ao Presidente da República por crime de responsabilidade pela Câmara dos Deputados, o Chefe do Executivo ficará automaticamente suspenso do exercício de suas funções. IV. O Presidente da República somente poderá ser preso pela prática de crime comum após a sentença condenatória. Está correto o que se afirma APENAS em a. I e II. b. I e III. c. II e III. d. II e IV. e. II, III e IV. 42. (2015 – FCC - TCM-GO - Auditor de Controle Externo - Contábil) Suponha que o Governo do Estado de Goiás pretenda implementar medidas de reestruturação administrativa, extinguindo alguns órgãos e também entidades da Administração indireta e fundindo algumas Secretarias, bem como extinguindo cargos vagos. De acordo com as normas que disciplinam a organização administrativa constantes da Constituição Federal, a. todas as medidas poderão ser implementadas por ato do Chefe do Executivo, mediante decreto. b. todas as medidas somente poderão ser implementadas por lei, de iniciativa do Chefe do Executivo, salvo a fusão de Secretarias, que pode ser efetivada por decreto. c. a extinção de cargos vagos necessita de lei específica e as demais medidas poderão ser implementadas por decreto. d. a extinção de entidades da Administração indireta somente poderá ser feita por lei, enquanto a extinção de órgãos e de cargos vagos pode ocorrer por decreto. e. a extinção de entidades e órgãos depende de lei, enquanto a extinção de cargos vagos pode ser feita por decreto do Chefe do Executivo. 43. (2015 - FCC - TCM-GO - Procurador do Ministério Público de Contas) Sobre o regime constitucional de responsabilidade do Presidente da República, é correto afirmar que a. instaurado o processo por crime comum contra o Presidente da República, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Câmara dos Deputados que, por voto de dois terços de seus membros poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. b. durante o exercício do mandato o Presidente da República somente poderá ser responsabilizado por atos relacionados ao exercício de suas funções. c. a condenação do Presidente da República por crime de responsabilidade consiste em perda do cargo com suspensão dos direitos políticos por 8 (oito) anos. d. considerando a gravidade do crime, bem como a necessidade de garantir a aplicação da lei penal, o Presidente da República poderá ser conduzido à prisão, estando suspenso de suas funções. e. nos crimes de responsabilidade, recebida a denúncia pelo Supremo Tribunal Federal, o Presidente ficará suspenso de suas funções 44. (2014 – FCC - DPE-CE - Defensor Público de Entrância Inicial) Considere as seguintes situações: I. Aplicação de pena de demissão a servidor público federal, por Ministro de Estado, ao fim de processo administrativo disciplinar em que assegurada ampla defesa ao acusado, em conformidade com regra de competência estabelecida em Decreto presidencial. II. Requisição, pelo Ministro da Saúde, de unidades hospitalares de determinado Município, integrantes do Sistema Único de Saúde, para atendimento à população, em virtude de decretação, pelo Presidente da República, de estado de calamidade pública nas unidades hospitalares em questão. III. Expulsão de estrangeiro do território nacional por ato subscrito pelo Ministro da Justiça, no exercício de atribuição que lhe é conferida por Decreto do Presidente da República. Revela-se compatível com a disciplina constitucional das atribuições do chefe do Poder Executivo APENAS o quanto Direito Constitucional _14 descrito em a. II e III. b. I e III. c. I d. II e. I e II. 45. (2014 - FCC - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Área Judiciária) É competência privativa do Presidente da República, de acordo com a Constituição Federal, prestar, a. anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de noventa dias após abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior. b. trimestralmente, ao Congresso Nacional, as contas referentesao seu mandato. c. anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de até trinta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior. d. semestralmente, ao Congresso Nacional, as contas referentes ao seu mandato. e. anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior. 46. (2014 – FCC - TCE-PI - Assessor Jurídico) Cabe ao Vice-Presidente da República substituir o Presidente da República no caso de a. recebimento pelo Supremo Tribunal Federal de denúncia pela prática de infração penal comum. b. decretação de estado de sítio em face de comoção grave de repercussão nacional. c. autorização pela Câmara dos Deputados para instauração de processo por crime de responsabilidade. d. condenação pelo Senado Federal por crime de responsabilidade. e. renúncia. 47. (2014 – FCC - TCE-PI - Assessor Jurídico) Entre as competências privativas do Presidente da República, encontram-se as seguintes: a. dispor, mediante decreto, sobre extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; e fixar o efetivo das Forças Armadas. b. conferir condecorações e distinções honoríficas; e propor ao Senado Federal a fixação de limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. c. transferir temporariamente a sede do Governo Federal; e exercer, em conjunto com os Ministros de Estado, o Poder Executivo. d. conceder anistia e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; e celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional. e. dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da Administração federal, ainda que implique aumento de despesa ou criação de órgãos públicos; e editar medidas provisórias com força de lei. 48. (2014 – FCC - TCE-PI - Jornalista) A nomeação de Ministro do Supremo Tribunal Federal é competência a. privativa do Presidente da República após aprovação pelo Senado Federal. b. exclusiva do Presidente da República após aprovação pelo Tribunal de Contas da União. c. privativa do Presidente da República após aprovação pelo Congresso Nacional. d. privativa do Senado Federal após aprovação pelo Presidente da República. e. exclusiva do Tribunal de Contas da União após aprovação pelo Presidente da República. 49. (2014 – FCC - TCE-PI - Auditor Fiscal de Controle Externo) Compete ao Presidente da República a. extinguir, por meio de decreto, cargos públicos vagos, desde que autorizado pelo Poder Legislativo. b. celebrar atos internacionais, incorporando-os ao direito brasileiro. c. conceder indulto, desde que ouvidos os órgãos especializados. d. alterar, por meio de decreto, a estruturação de órgãos públicos. e. atestar a existência das leis, o que faz por meio de sua publicação. 50. (2014 – FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP) -Técnico Judiciário - Área Administrativa) Diante de real demanda de pessoal na Administração direta e indireta, o Chefe do Executivo de determinado ente federado editou decreto criando número bastante relevante de cargos os quais deveriam ser preenchidos por meio de concurso público, regra expressa da Constituição Federal. A conduta adotada pelo Governador a. é regular e válida, caso reste demonstrada a disponibilidade orçamentária para esse incremento de despesas. b. não é compatível com a norma constitucional, que exige lei para criação de cargos, por meio da qual são definidas as atribuições e padrões de remuneração dessas unidades de poderes e deveres estatais. c. é regular e válida desde que tenham sido especificadas as atribuições e padrões de remuneração para cada natureza de função a ser desenvolvida. d. não é compatível com a norma constitucional, que exige convalidação por medida provisória que demonstre a disponibilidade de recursos e o interesse público na conduta. e. é inconstitucional, tendo em vista que a atividade de criação de cargos depende de autorização legislativa ou de autorização judicial, mediante provocação do Chefe do Executivo. Direito Constitucional _15 GABARITO 1 E 11 E 21 C 31 A 41 D 2 C 12 C 22 E 32 B 42 E 3 E 13 C 23 E 33 B 43 B 4 C 14 E 24 E 34 E 44 B 5 B 15 C 25 B 35 E 45 E 6 A 16 E 26 B 36 E 46 A 7 C 17 E 27 A 37 B 47 B 8 E 18 E 28 E 38 A 48 A 9 C 19 E 29 E 39 A 49 D 10 C 20 E 30 D 40 A 50 B
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