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IMP-Concursos-Direito_Constitucional_Elias_Batista

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Direito Constitucional
Professor Elias Batista
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PODER EXECUTIVO
1 Art.76 da CF.
1. INTRODUÇÃO
O poder executivo é o órgão em que se concentram as 
FUNÇÕES de cunho executivo nos moldes explicitados no 
art.2º da CF/88, que delimita os poderes da união. 
Nesse sentido, no poder executivo estão às atribuições, 
faculdades e prerrogativas atreladas ao exercício da 
atividade executiva da República Federativa do Brasil. 
(José Afonso da Silva).
A função TÍPICA (principal ou primária) do poder 
executivo é a função administrativa (de administração da 
coisa pública), ou seja, é a função de execução de políticas 
públicas, fomento, gerenciamento e desenvolvimento da 
máquina administrativa.
O poder executivo também desenvolve função ATÍPICA 
(acessória ou secundária) são aquelas que, em tese, são 
típicas do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. 
Nesse sentido afirma-se que o Presidente da República 
ao editar uma Medida Provisória está exercendo uma 
função atípica legislativa. Por outro lado, quando estamos 
diante de julgamentos em Processos Administrativos 
disciplinares (PAD) se afirma que o Poder Executivo 
estaria exercendo uma função atípica julgadora.
 ATENÇÃO! Para parte da doutrina o Poder Executivo NÃO 
exerce função jurisdicional, pois o Brasil adota o SISTEMA 
INGLÊS (unicidade de jurisdição), onde o único órgão capaz de 
dizer o direito de maneira definitiva é o Poder Judiciário.
2. PRESIDENCIALISMO X PARLAMENTARISMO
O SISTEMA DE GOVERNO adotado pelo Brasil na CF/88 é 
o Presidencialismo onde as funções de chefe de estado 
e chefe de governo encontra-se nas mãos de uma única 
pessoa, o Presidente da República. Já no parlamentarismo 
a função de chefe de estado é exercida pelo Presidente 
da República (República parlamentarista) ou Monarca 
(Monarquia parlamentarista), enquanto que a função de 
chefe de governo é exercida pelo Primeiro- Ministro.
SISTEMAS DE GOVERNO
Presidencialismo
Chefe de Estado Presidente da 
RepúblicaChefe de Governo
Parlamentarismo
Chefe de Estado
Presidente ou 
Monarca
Chefe de Governo Primeiro-Ministro
3.  O EXERCICIO DO PODER EXECUTIVO FEDERAL NO BRASIL
O Poder Executivo no Brasil é exercido pelo Presidente da 
República auxiliado pelos Ministros de Estado1. 
VAMOS MAIS FUNDO! 
Semipresidencialismo? (Semiparlamentarismo?) é um sistema 
de governo que apresenta características dos dois sistemas 
(modelos) clássicos. Difere-se do presidencialismo, pois a 
responsabilidade do governo se dá perante o Parlamento. E se 
diferencia do Parlamentarismo, uma vez que, o chefe de Estado 
é eleito diretamente pelo povo. Teve seu início na Constituição 
de Weimar na Alemanha em 1919 e na Constituição francesa de 
1958 e tem como exemplos atuais Portugal, Roménia e Rússia.
4. ELEIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
O Presidente da República é eleito pelo “SISTEMA 
MAJORITÁRIO” para um mandato de quatro anos, 
admitindo-se a reeleição para um único período 
subsequente. 
A eleição Presidencial pode ser decida em primeiro 
turno (que ocorre no primeiro domingo do mês de outubro) 
ou somente no segundo turno (que ocorre no último 
domingo do mês de outubro), pois a CF/88 adotou para 
escolha presidencial o denominado “sistema majoritário 
absoluto”. 
Nesse sentido, o Art.77 caput da CF/88 estabelece que:
Art. 77 da CF/88 - A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da 
República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo 
de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, 
em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do 
mandato presidencial vigente. 
 CUIDADO! O disposto no Art.77, §3º determina que o segundo 
turno deva ocorrer “em até vinte dias após a proclamação 
do resultado” da primeira votação, restou prejudicado com a 
alteração do caput deste artigo trazida pela EC nº16/97. Assim 
o segundo turno deve mesmo ocorrer, impreterivelmente, no 
último domingo de Outubro. 
Será eleito Presidente o candidato que conseguir obter 
MAIORIA ABSOLUTA dos votos não computados os 
brancos e os nulos. Nesse sentido o art.77,§ 2º da CF, 
estabelece que: 
Art.77,§2º da CF - Será considerado eleito Presidente o candidato 
que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de 
votos, não computados os em branco e os nulos.
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5.  REQUISITOS BÁSICOS PARA O CARGO 
DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Para concorrer ao cargo de Presidente da República 
o candidato terá que preencher alguns requisitos 
constitucionais. 
REQUISITOS BÁSICOS:
1 - Nacionalidade brasileira
2 - Idade mínima de 35 anos
3 - Alistamento Eleitoral
4 - Pleno exercício dos direitos políticos
5 - Filiação partidária
6 - Não ser inelegível 
6. CASO DE DESISTÊNCIA, MORTE OU 
IMPEDIMENTO LEGAL NO 2º TURNO. 
Nos termos constitucionais, se, antes de realizado 
o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou 
impedimento legal de candidato, deverá ser convocado 
o TERCEIRO COLOCADO do 1º turno para a disputa do 2º 
turno das eleições presidenciais. 
Se, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato 
com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. Nesse 
sentido, o art.77,§4º e §5º da CF/88 determina que: 
Art.77, §4º da CF/88 - Se, antes de realizado o segundo turno, 
ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, 
convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em 
segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, 
qualificar-se-á o mais idoso.
 CUIDADO! Situação distinta é quando o candidato morre após 
a sua eleição, porém, antes da posse, neste caso, o Vice será 
considerado eleito com direito ao exercício de todo o mandato, 
uma vez que “a eleição do Presidente da República importa a do 
vice com ele registrado” (exemplo: caso “Tancredo Neves”).
7.  DA POSSE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Nos termos constitucionais, o Presidente e o Vice-
Presidente da Republica tomarão posse em sessão 
conjunta do Congresso Nacional onde prestarão o 
compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição 
Federal nos seguintes termos: 
Art. 78 da CF/88 - O Presidente e o Vice-Presidente da República 
tomarão POSSE em sessão do Congresso Nacional, prestando 
o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, 
observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, 
sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
8. VACÂNCIA DO CARGO DE PRESIDENTE E 
VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Inicialmente temos três casos clássicos de vacância do 
cargo que ocorre com a morte, renúncia ou a cassação do 
mandado (impeachment). 
Ficando vago apenas o cargo de Presidente da República 
2 Art.78,§único e art.83 da CF/88. 
suceder-lhe-á o Vice-Presidente, que também é o seu 
substituto nato no caso de impedimento. Nesse sentido o 
art. 79 da CF/88 estabelece que:
Art. 79 da CF/88 - Substituirá o Presidente, no caso de 
impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.
No entanto a CF/88 prevê ainda as hipóteses de DUPLA 
VACÂNCIA, como também, regulamenta a respectiva 
substituição da Presidência da República. 
8.1. DUPLA VACÂNCIA 
Conforme a CF/88 se, decorridos DEZ DIAS da data fixada 
para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo 
motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este 
será declarado vago.
O Presidente e o Vice-Presidente da República também 
não poderão, sem licença do Congresso Nacional, 
ausentar-se do País por período superior a quinze dias, 
sob pena de perda do cargo 2. 
A pergunta é? 
1- essa regra que proíbe o Presidente de se 
ausentar do país por mais de 15 dias sem 
autorização do Congresso Nacional deverá 
constar nas Constituições Estaduais para os 
Governadores? SIM! pois, se trata de norma de 
observância obrigatória pelos estados membros. 
Nesses casos (dupla vacância) deverá ser observada a 
linha de substituição prevista no art.80 da CF/88 que 
regulamenta a situação nos seguintes termos:
Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente,ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente 
chamados ao exercício da Presidência: 
1º - Presidente da Câmara dos Deputados
2º - Presidente do Senado Federal
3º - Presidente do STF
A pergunta é? 
Aquele que assumir a PRESIDÊNCIA, por ocasião 
da dupla vacância, terá direito a terminar o 
mandato? Não! pois, não é sucessor mas apenas 
substituto. 
Nesse sentido é possível concluir que os SUBSTITUTOS 
não têm direito a exercer o restante do mandato, por se 
tratar de prerrogativa exclusiva do Vice-Presidente que 
é o SUCESSOR nato. 
SUBSTITUTO SUCESSOR
Caráter temporário em casos de 
impedimento.
Caráter permanente em casos de 
vacância 
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O que deverá fazer o substituto?
A pergunta é? 
A pergunta é? 
Em qualquer dos casos aquele que for eleito 
tem direito a um novo mandato de quatro anos? 
NÃO! Pois, o eleito apenas completará o período 
faltante (mandato tampão). 
A pergunta é? 
As regras da CF/88 que regulam os casos 
de dupla vacância NÃO são de reprodução 
obrigatória pelos estados membros? NÃO! pois, 
conforme entendimento do STF os Estados têm 
autonomia para definir suas próprias regras 
observados os princípios da Constituição. 
9. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
As atribuições do Presidente da República estão dispostas 
no art.84 da CF que prevê tanto competências de Chefe de 
Estado (VII, VIII e XIX) como também de Chefe de Governo 
(II, VI e XI).
ART. 84. COMPETE PRIVATIVAMENTE AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
I - NOMEAR e EXONERAR os Ministros de Estado;
II - EXERCER, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior 
da administração federal;
III - INICIAR o processo legislativo, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição;
IV - SANCIONAR, PROMULGAR e fazer PUBLICAR as leis, bem como 
EXPEDIR decretos e regulamentos para sua fiel execução;
V - VETAR projetos de lei, total ou parcialmente;
VI – DISPOR, mediante decreto, sobre: 
a) organização e funcionamento da ADMINISTRAÇÃO FEDERAL, 
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de 
órgãos públicos;
b) EXTINÇÃO de funções ou cargos públicos, quando VAGOS; 
VII - MANTER RELAÇÕES com Estados estrangeiros e acreditar seus 
representantes diplomáticos;
VIII - CELEBRAR tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos 
a referendo do Congresso Nacional;
IX - DECRETAR o estado de defesa e o estado de sítio;
X - DECRETAR e EXECUTAR a intervenção federal;
XI - REMETER mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional 
por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do 
País e solicitando as providências que julgar necessárias;
XII - CONCEDER indulto e COMUTAR penas, com audiência, se 
necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XIII - EXERCER o comando supremo das Forças Armadas, nomear 
os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover 
seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são 
privativos; 
XIV - NOMEAR, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores 
de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os 
diretores do banco central e outros servidores, quando determinado 
em lei;
XV - NOMEAR, observado o disposto no art. 73, os Ministros do 
Tribunal de Contas da União;
XVI - NOMEAR os magistrados, nos casos previstos nesta 
Constituição, e o Advogado-Geral da União;
XVII - NOMEAR membros do Conselho da República, nos termos do 
art. 89, VII;
XVIII - CONVOCAR e PRESIDIR o Conselho da República e o Conselho 
de Defesa Nacional;
XIX - DECLARAR guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado 
pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no 
intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, 
total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX - CELEBRAR a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso 
Nacional;
XXI - CONFERIR condecorações e distinções honoríficas;
XXII - PERMITIR, nos casos previstos em lei complementar, que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente;
XXIII - ENVIAR ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto 
de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento 
previstos nesta Constituição;
XXIV - PRESTAR, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de 
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas 
referentes ao exercício anterior;
XXV - PROVER e EXTINGUIR os cargos públicos federais, na forma da 
lei;
XXVI - EDITAR medidas provisórias com força de lei, nos termos do 
art. 62;
XXVII - EXERCER outras atribuições previstas nesta Constituição.
Parágrafo único. O Presidente da República poderá DELEGAR as 
atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos 
MINISTROS DE ESTADO, ao PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA ou 
ao ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO, que observarão os limites traçados 
nas respectivas delegações.
A pergunta é? 
O rol de competências privativas do Presidente 
da República prevista no art.84 da CF é 
TAXATIVO? NÃO! pois, o inciso XXVII determina 
que cabe ao Presidente exercer outras atribuições 
previstas na CF/88. 
As atribuições do artigo 84 da Constituição Federal se 
estendem por simetria aos GOVERNADORES e PREFEITOS 
no que se refere às funções de chefe de governo (política 
interna), enquanto que as funções de chefe de estado 
(política externa) são exclusivas do Presidente da 
República. 
Atribuições de chefe de Governo Atribuições de chefe de Estado
Aplica-se o princípio da simetria
Não se aplica o princípio da 
simetria
Importante observar que apenas algumas atribuições 
do art.84 da CF podem ser DELEGADAS aos Ministros de 
Estado, Procurador Geral da República ou ao Advogado 
Geral da União. Nesse sentido o art.84, §único, in verbis: 
Art.84, Parágrafo único. O Presidente da República poderá 
DELEGAR as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, 
primeira parte, aos MINISTROS DE ESTADO, ao PROCURADOR-
GERAL DA REPÚBLICA ou ao ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO, que 
observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Quem assumir 
deverá
1-se nos dois primeiros anos 
do mandato: convocar novas 
eleições diretas no prazo de 90 
dias.
2-se nos dois últimos anos 
do mandato: convocar 
novas eleições indiretas no 
prazo de 30 dias. 
 
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AUTORIDADES DELEGATÁRIAS
Ministros de Estado
Procurador Geral da 
República
Advogado Geral da 
União
As ATRIBUIÇÕES que podem ser delegadas encontram-
se no art.84 incisos VI, XII e XXV (primeira parte) nos 
seguintes termos: 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI – DISPOR, mediante decreto, sobre: 
a. a) organização e funcionamento da administração 
federal, quando NÃO implicar AUMENTO DE DESPESA 
nem criação ou extinção de ÓRGÃOS públicos; 
b. b) extinção de funções ou cargos públicos, quando 
VAGOS;
XII - CONCEDER indulto e comutar PENAS, com audiência, se 
necessário, dos órgãos instituídos em lei; 
XXV - PROVER os cargos públicos federais, na forma da LEI.
9.1. Atribuição do inciso VI
No caso do inciso VI estamos diante do denominado 
Decreto Autônomo que se qualifica como uma espécie 
normativa primária, pois retira seu fundamento 
de validade diretamente da Constituição e inova o 
ordenamento jurídico.
A alínea “a” do referido dispositivo estabelece ser de 
competência privativa do Presidente da República (leia-se 
, do chefe do poder executivo) dispor, mediante decreto 
(decreto autônomo) sobre: 
a. organização e funcionamento da administração 
federal, quando NÃO implicar AUMENTO DE 
DESPESA nem criação ou extinção de ÓRGÃOS 
públicos.
Importante Perceber que se trata da função típica do poder 
executivo, vez que, o chefe do poder executivo estaria 
a dispor sobre a organização de sua administração 
(federal, estadual ou municipal). 
 ATENÇÃO! Em decorrência do PRINCIPIO DA SIMETRIA 
os chefes dos poderes executivos estaduais (governadores)e municipais (prefeitos) também podem dispor sobre a 
organização e o funcionamento das respectivas administrações 
(estadual e municipal)
Nesses termos o chefe do poder executivo poderá dispor 
por meio de um decreto sobre a organização de sua 
administração desde que ao fazer isso NÃO implique em 
aumento de despesa nem criação ou extinção de Órgãos 
Públicos.
A alínea “b” do referido dispositivo estabelece ser de 
competência privativa do Presidente da República (leia-
se: do chefe do poder executivo) dispor, mediante decreto 
(decreto autônomo) sobre: 
b. extinção de funções ou cargos públicos, quando 
VAGOS;
Importante perceber que o chefe do poder executivo só 
poderá EXTINGUIR uma função ou cargo público por meio 
de decreto se o mesmo se encontrar vago. 
Lembrado que essa atribuição ainda poderá ser delegada 
a Ministro de Estado, Procurador Geral da República e ao 
PGR.
9.2. Atribuição do inciso XII
No caso do inciso XII cabe ao Presidente da República 
conceder indulto e comutar penas com audiência, se 
necessário, dos órgãos instituídos em lei. Essa atribuição 
ainda poderá ser delegada a Ministro de Estado, 
Procurador Geral da República e ao PGR.  
9.3. Atribuição do inciso XXV
Cabe observar que, no caso do inciso XXV, apenas a 
primeira parte é que pode ser DELEGADA. Devendo-
se entender como primeira parte “PROVER” os cargos 
públicos federais. Logo, o Presidente da República 
NÃO pode delegar a segunda parte do inciso, leia-se 
“EXTINGUIR”.
VAMOS MAIS FUNDO!
O STF fixou entendimento que Ministro de Estado pode, por 
meio de delegação do Presidente da República, aplicar pena 
de demissão a servidor público, pois aquele que pode prover o 
cargo público também poderá desprovê-lo.
10. DA RESPONSABILIZAÇÃO DO 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
10.1. INTRODUÇÃO: 
A responsabilização do chefe do poder executivo, perante 
o povo, decorre da opção do constituinte originário pela 
forma republicana de governo (princípio republicano).
Nesse sentido o Presidente da República, os 
Governadores de Estado e do Distrito Federal assim como 
os Prefeitos podem ser responsabilizados tanto por crime 
comum como por crime de responsabilidade. 
10.2. CRIMES DE RESPONSABILIDADE (Impeachment)
10.2.1. Conceito
São infrações político-administrativas cometidas 
pelo Presidente da República, definidas no art.85 da 
CF/88 e regulamentadas em LEI FEDERAL (lei 1.079/50).
Nesse sentido, estabelece a CF/88 que são crimes de 
responsabilidade os atos do Presidente que atentem contra 
a Constituição Federal e especialmente contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, 
do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das 
unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
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Ademais o STF fixou entendimento que os estados-
membros NÃO podem definir em suas Constituições 
Estaduais competência para as respectivas 
Assembleias Legislativas processarem e julgarem 
seus governadores por crime de responsabilidade, 
vez que, trata-se de competência privativa da União. 
Nesse sentido a Súmula Vinculante nº46 do STF que 
estabelece:
Súmula Vinculante nº46 do STF - “A definição dos crimes 
de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas 
normas de processo e julgamento são da COMPETÊNCIA 
legislativa privativa da União”.
10.2.2. Procedimento impeachment
Se o Presidente da República incidir em algum dos atos 
do artigo 85 da CF/88 citados no item anterior estará 
sujeito ao processo de impeachment (impedimento). 
O processo de impeachment do Presidente da República 
se subdivide em duas fases. A primeira fase é na 
Câmara dos Deputados com o juízo de admissibilidade 
e a segunda fase é no Senado Federal que começa 
com um juízo de instauração e depois tem a etapa de 
pronúncia e o julgamento.
10.2.2.1. Câmara do Deputados (1ºfase): 
Autorização da Câmara do Deputados mediante 2/3 dos 
seus membros (art.51, I da CF/88:).
1º FASE DO PROCESSO DE IMPEACHMENT
(Juízo de Admissibilidade) 
1º - Para iniciar o procedimento de impeachment é 
necessário que qualquer cidadão (indivíduo dotado 
de capacidade eleitoral ativa) apresente a denúncia 
(acusação) contra o Presidente da República na Câmara 
dos Deputados.
2º - O Presidente da Câmara decidirá pelo recebimento 
ou não da denúncia (acusação). Nesse sentido o STF 
entendeu não caber exercício do direito de defesa antes 
do recebimento da denúncia pelo Presidente da Casa por 
tratar-se de ato discricionário. 
3º - Se a decisão for pelo recebimento, a Câmara elegerá 
uma “comissão especial” composta de 65 deputados que 
irá elaborar um parecer prévio sobre a denúncia (se ela 
deve ou não ser objeto de deliberação).
4º - O parecer é submetido à votação na Comissão 
Especial sendo aprovada por maioria simples de seus 
membros.
5º - Se aprovado, será encaminhado ao Plenário da Casa 
para votação ostensiva e nominal (aberta) dos deputados, 
sendo exigido o quórum de 2/3 para a autorização do 
processo contra o Presidente.
6º - A decisão da Câmara versará sobre se a denúncia 
(acusação) é adequada ou não. Se a denúncia não for 
admitida o processo é arquivado, por outro lado, se for 
admitida segue para a apreciação do Senado.
VAMOS MAIS FUNDO! 
O STF já reconheceu nessa 1º fase o DIREITO DE DEFESA 
por parte do acusado mesmo não existindo “processo” na 
Câmara, mas apenas uma “autorização” para sua instauração 
por parte do Senado. No entanto, o exercício do direito de 
defesa é exercido durante a tramitação do parecer na 
Câmara e não antes do recebimento pelo Presidente da Casa 
como já explicitado anteriormente. 
Ademais, o Plenário do STF no julgamento da ADPF 
378/2015 firmou entendimento de que a Câmara 
dos Deputados apenas dá autorização para a 
abertura do processo de  impeachment, cabendo ao 
Senado fazer juízo inicial de instauração ou não do 
procedimento. A Suprema Corte definiu também as 
regras para a composição da “Comissão Especial” na 
Câmara estabelecendo que a votação para escolha da 
Comissão Especial deve ser aberta, sendo ilegítimas 
as candidaturas avulsas de deputados para sua 
composição.
10.2.2.2. Senado Federal (2º fase): 
Após a autorização da Câmara dos Deputados o 
Presidente será processado e julgado pelo Senado 
Federal, sendo necessária a manifestação de 2/3 dos 
seus membros para a condenação (art.52, I da CF/88).
2º FASE DO PROCESSO DE IMPEACHMENT
(Juízo de Instauração) 
1 - Após a autorização da Câmara dos Deputados o Senado 
Federal deverá constituir uma “Comissão Especial” 
composta de 21 Senadores. 
2 - Depois de composto, o colegiado tem até 48 horas para 
se reunir e eleger o Presidente da comissão e também um 
relator, o qual terá 10 dias úteis para apresentar um parecer 
pela admissibilidade ou não do processo de impedimento, 
que passará pelo crivo do colegiado (maioria simples).
3- Em seguida o parecer deverá ser encaminhado ao 
Plenário da Casa que realizará um verdadeiro juízo inicial 
de instauração do procedimento mediante manifestação 
de maioria simples, presentes maioria absoluta dos 
Senadores, conforme decisão do STF na ADPF 378/2015.
4 - Admitida a instauração do processo a “Comissão 
Especial” terá poderes para realizar diligências, perícias, 
ouvir testemunhas e instruir o processo.
5 - Após as alegações finais da acusação e da defesa 
será elaborada uma peça final acusatória (pronúncia). 
6 - A pronúncia (relatório final acusatório) deverá ser 
lida pelo relator e posta em votação dentro da Comissão 
Especial, considerada aprovada mediante manifestação 
de maioria simples do colegiado.
7 - Em seguida deverá ser enviada ao Plenário do Senado 
para aprovação dos 81 senadores mediante maioria 
simples. Se aprovado, será marcado o dia do julgamento 
final. 
8- No procedimento será garantido o direito de defesa do 
acusado. O presidentedo STF conduzirá o julgamento 
(art.52, § único da CF/88). Serão ouvidas as testemunhas 
e haverá sustentação oral da acusação e da defesa. 
9- O presidente do STF fará um resumo do ocorrido em 
um relatório. Posteriormente ocorrerá a decisão com 
a votação dos Senadores. A condenação do Presidente 
exigirá um quórum de 2/3 dos Senadores (art.52, § único 
da CF/88). 
10- Se o Presidente da República for condenado pelo 
Senado Federal (2/3) as penas a serem aplicadas são 
a Perda do cargo com a Inabilitação para o exercício de 
função pública durante 08 anos (art.52, § único da CF/88).
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O entendimento anterior pregado pela doutrina com 
base na legislação (lei 1.079/50) era que se a Câmara 
dos Deputados autorizasse, o Senado era “obrigado” 
a instaurar o processo. Porém, o STF no julgamento 
da ADPF 378, que questionou dispositivo dessa lei, 
fixou o entendimento de que cabe a Câmara dos 
Deputados apenas autorizar a abertura do processo 
de “impeachment” cabendo ao Senado Federal decidir 
pela instauração ou não do processo em um verdadeiro 
juízo de instauração prévio mediante manifestação da 
maioria simples dos Senadores.
 ATENÇÃO! Conforme entendimento do STF NÃO cabe ao 
poder judiciário REVER e ALTERAR decisão condenatória 
do Senado Federal exarada em crime de responsabilidade, 
pois trata-se de decisão de natureza politica de competência 
exclusiva da Casa. 
11. PRAZO DE AFASTAMENTO DO 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Nas duas hipóteses (crime comum ou de responsabilidade) 
o Presidente ficará afastado de seu cargo por 180 dias, 
não sobrevindo condenação, retornará ao cargo. 
11.1. Crime comum
No caso de CRIME COMUM, o Presidente da República 
ficará suspenso a partir do recebimento da denúncia ou 
da queixa crime pelo STF. 
11.2. Crime de responsabilidade
No caso de CRIME DE RESPONSABILIDADE, o Presidente 
da República ficará suspenso após a instauração do 
processo no Senado Federal. 
12. REPONSABILIZAÇÃO DOS GOVERNADORES E PREFEITOS
12.1. Responsabilização dos Governadores
12.1.1. Crime comum
A competência originária para processar e julgar os 
GOVERNADORES dos estados e do Distrito Federal por 
crimes comuns é do STJ (art.105, I, “a” da CF/88).
CUIDADO! Conforme entendimento do STF a instauração 
de persecução penal contra GOVERNADOR pelo STJ 
independe de prévia autorização da Assembleia Legislativa. 
12.1.2. Crime de Responsabilidade
No caso de processo e julgamento de GOVERNADOR 
por crimes de responsabilidade a competência é de 
um TRIBUNAL ESPECIAL (art.78, §3º da Lei 1.079/50) 
composto por 05 desembargadores do Tribunal 
de Justiça do Estado e 05 membros da Assembleia 
Legislativa do Estado. Nesse sentido o STF fixou 
entendimento que os Estados-membros não podem 
definir em suas Constituições Estaduais competência 
para as respectivas Assembleias Legislativas 
processarem e julgarem seus Governadores, pois 
estariam invadindo competência legislativa privativa 
da União para legislar sobre DIREITO PROCESSUAL 
(art.22, I). 
12.2. Responsabilização dos Prefeitos
12.2.1. Crime comum
A competência para julgamento do PREFEITO por 
crime comum, inclusive os crimes dolosos contra a 
vida (prerrogativa de foro fixada na CF/88 prevalece 
sobre a competência do júri) é do TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
ESTADUAL (art.29, X da CF/88). 
Essa competência independe de qualquer autorização 
da Câmara Municipal (art.1º do DL 201/1967).
A competência do TRIBUNAL DE JUSTIÇA restringe-
se aos crimes de competência da justiça comum 
estadual. 
Nos demais casos, a competência originária caberá ao 
respectivo TRIBUNAL DE 2º GRAU (súmula 702 do STF). 
Assim, a competência para processar e julgar os crimes 
eleitorais praticados por Prefeitos é do TRIBUNAL 
REGIONAL ELEITORAL (art. 35 da Lei 4.737/1965). Caso 
o crime seja praticado em detrimento de bens, serviços 
ou interesse da União, a competência será do TRIBUNAL 
REGIONAL FEDERAL (art. 109, IV c/c o art.108, II da 
CF/88).
12.2.2. Crime de Responsabilidade 
No caso de crime de responsabilidade a competência 
para processar e julgar o Prefeito é da CÂMARA 
MUNICIPAL (art. 4º do DL 201/1967). 
13. IMUNIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
O Presidente da República NÃO dispõe de imunidade 
material prerrogativa que só foi assegurada aos membros 
do Poder Legislativo. Logo, o Presidente não é inviolável 
por suas palavras votos e opiniões, ainda que no estrito 
exercício de suas funções presidenciais. No entanto a CF 
outorgou ao Presidente da República três importantes 
imunidades formais (processuais).
IMUNIDADE
MATERIAL FORMAL
Não dispõe
Juízo de admissibilidade
Prisão cautelar
Irresponsabilidade penal relativa
13.1. Juízo de admissibilidade
Para que o Presidente da República seja julgado por CRIME 
COMUM ou de RESPONSABILIDADE, é necessário haver 
autorização prévia da Câmara dos Deputados por 2/3 
dos seus membros, se não houver tal admissibilidade a 
prescrição do crime ficará suspensa para que o Presidente 
da República seja processado e julgado após o término do 
mandato.
Direito Constitucional
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13.2. Prisões Cautelares
Essa imunidade impede que o Presidente da República 
seja PRESO enquanto não sobrevier SENTENÇA 
CONDENATÓRIA nas infrações penais comuns. Refere-
se à impossibilidade de prisão em flagrante ou de 
qualquer outra espécie de prisão cautelar (preventiva 
ou provisória) seja o crime inafiançável ou afiançável. Ou 
seja, para que o Presidente da República seja recolhido 
à prisão é indispensável à existência de uma sentença 
condenatória, proferida pelo STF. 
13.3. Irresponsabilidade penal relativa
Nos termos constitucionais o Presidente da República na 
vigência do seu mandato NÃO poderá ser responsabilizado 
por ATOS ESTRANHOS ao exercício de suas funções. 
Refere-se à impossibilidade de responsabilização 
do Presidente da República, na vigência do seu mandato, 
nos atos que não guardem CONEXÃO com o exercício da 
atividade presidencial.
Assim se o Presidente da República em férias no litoral, 
no calor de uma discussão com um eleitor, vem a disparar 
sua arma matando o cidadão, estamos diante de um crime 
comum que é ESTRANHO ao exercício presidencial, pois na 
sua prática o Presidente da República não estava atuando 
como tal, mas sim como cidadão comum. Nesse caso, não 
poderia ser recolhido à prisão em flagrante delito. 
 ATENÇÃO! A imunidade da IRRESPONSABILIDADE PENAL 
RELATIVA impede que o Presidente seja responsabilizado, 
durante o mandato, por ilícitos praticados antes da vigência do 
seu mandato. Pois se o delito foi praticado antes da vigência do 
mandato não teria nenhuma conexão com o exercício da função.
Ademais a imunidade da IRRESPONSABILIDADE PENAL 
RELATIVA só incide no caso de atos estranhos de 
natureza penal. Se for ato estranho ao exercício da 
função mais de natureza civil, fiscal ou tributária haverá 
responsabilização do Presidente da República.
 CUIDADO! Conforme entendimento do STF as imunidades 
formais são prerrogativas EXCLUSIVAS do Presidente da 
República e NÃO se estendem aos Governadores e Prefeitos por 
simetria. 
ESSA CAI NA PROVA!
1.( ) (2018 – CESPE - MPE-PI - Técnico Ministerial - Área 
Administrativa) O presidente da República ficará 
suspenso de suas funções nos crimes de responsabilidade, 
após instauração do processo pelo Senado Federal.
2.( ) (2018 – CESPE - Instituto Rio Branco - Diplomata) O 
Poder Executivo é um órgão pluripessoal, exercido pelo 
presidente e pelo vice-presidente da República e pelos 
ministros de Estado.
3.( ) (2018 – CESPE – EMAP - Conhecimentos Básicos - Cargos 
de Nível Médio) A Constituição Federal de 1988 prevê 
que atos do presidente da República contra probidade na 
administração são crimes de responsabilidade.
4.( ) (2018 – CESPE – EMAP - Conhecimentos Básicos) Quando 
um cargo público federal estiver vago, o presidente 
da República poderá extingui-lo por decreto, sem a 
necessidade de lei.
5.( ) (2018 – CESPE – EMAP - Conhecimentos Básicos - Cargos 
de Nível Médio) A concessão de indulto é competênciaindelegável do presidente da República.
6.( ) (2018 – CESPE – ABIN - Oficial Técnico de Inteligência) 
De acordo com o atual entendimento do Supremo 
Tribunal Federal, é vedado aos estados instituir normas 
que condicionem à previa autorização da assembleia 
legislativa a instauração de ação penal contra governador 
por crime comum.
7.( ) (2017 – CESPE - TCE-PE - Analista de Gestão - 
Administração) Quando um cargo público federal estiver 
vago, o presidente da República poderá extingui-lo por 
decreto, sendo essa competência indelegável.
8.( ) (2017 – CESPE – SEDF - Analista de Gestão Educacional 
- Direito e Legislação) Na hipótese de o presidente da 
República, antes da vigência do seu mandato, praticar um 
homicídio, a acusação terá de ser admitida por dois terços 
da Câmara de Deputados para, posteriormente, poder ser 
submetida a julgamento perante o Senado Federal.
9.( ) (2016 – CESPE – ANVISA - Técnico Administrativo) 
O presidente da República possui competência 
constitucional para dispor, mediante decreto, acerca de 
aumento de despesa na administração federal.
10.( ) (2016 – CESPE - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico 
Judiciário - Área Administrativa) A nomeação e a 
exoneração de ministros de Estado pelo presidente da 
República dependem da aprovação do Congresso Nacional.
Gabarito: 01C; 02E; 03C; 04C; 05E; 06C; 07E; 08E; 09E; 10E.
QUESTÕES DE FIXAÇÃO (PODER EXECUTIVO)
1.( ) (CESPE/SEJUS-ES/2009) Na qualidade de chefe 
de Estado, o presidente da República exerce 
a liderança da política nacional por meio da 
orientação das decisões gerais e da direção da 
máquina administrativa.
2.( ) (CESPE/AGU/2009) Em decorrência da aplicação 
do princípio da simetria, o chefe do Poder 
Executivo estadual pode dispor, via decreto, sobre 
a organização e funcionamento da administração 
estadual, desde que os preceitos não importem 
aumento de despesa nem criação ou extinção de 
órgãos públicos.
3.( ) (CESPE/PCBA/INVESTIGADOR/2013) O presidente 
da República, durante a vigência de seu mandato, 
poderá ser responsabilizado por infrações penais 
comuns, por crimes de responsabilidade e até 
Direito Constitucional
_8
mesmo por atos estranhos ao exercício de suas 
funções.
4.( ) (CESPE/PCAL/AGENTE/2012) O presidente da 
República possui competências privativas de chefe 
de Estado e de chefe de Governo, sendo uma de 
suas atribuições decretar o estado de defesa e o 
estado de sítio.
5. (FUNIVERSA - 2009 – ADASA) A respeito do Poder 
Executivo, assinale a alternativa correta.
a. O presidente e o vice-presidente da República não 
poderão se ausentar do país por prazo superior a 
vinte dias sem a prévia autorização do Congresso 
Nacional, sob pena de perda dos mandatos.
b. Diante de vacância dos cargos de presidente e vice- 
presidente da República nos últimos dois anos do 
período presidencial caberá, exclusivamente ao 
Congresso Nacional, no prazo de trinta dias, a contar 
da última vaga, realizar eleições para preenchimento 
dos respectivos cargos, na forma da lei.
c. Caberá aos ministros de Estado o veto parcial ou 
total de projetos de leis das respectivas pastas.
d. O presidente da República poderá delegar ao 
ministro da Defesa Nacional a disposição, mediante 
decreto, sobre declaração e execução da intervenção 
federal.
e. O presidente e o vice-presidente da República serão 
eleitos pelo sistema majoritário e cumprirão um 
mandato de cinco anos, permitida uma reeleição.
6. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário - Área 
Administrativa) O presidente da República, mediante 
decreto, delegou aos ministros de Estado e ao advogado-
geral da União a competência para, após processo 
administrativo disciplinar, aplicar a penalidade de 
demissão a servidor público federal. Com referência a 
essa situação hipotética e com base na jurisprudência 
do STF, assinale a opção correta.
a. O referido decreto está de acordo com a CF, pois a 
possibilidade de delegação da competência para 
prover cargos públicos federais abrange também a 
competência para demitir o servidor público.
b. O decreto citado violou a CF, pois só há previsão 
de delegação para provimento de cargos públicos 
federais, e não para hipóteses de demissão.
c. De acordo com o texto da CF, a referida delegação 
pode, sim, ser feita aos ministros de Estado, mas 
não pode ser estendida ao advogado-geral da 
União. Por isso, o decreto em questão padece do 
vício de inconstitucionalidade.
d. As competências conferidas pelo texto da CF ao 
presidente da República são indelegáveis, motivo 
por que o decreto em apreço é inconstitucional.
e. Considerando que, na hipótese em tela, o presidente 
da República agiu como chefe de Estado, a referida 
delegação não poderia ocorrer, no âmbito estadual, 
do governador para os secretários estaduais.
7.( ) (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração 
Pública - Arquivologia) O presidente da República 
pode dispor, mediante decreto autônomo, acerca da 
organização e do funcionamento da administração 
federal, vedados o aumento de despesa e a criação 
ou extinção de órgãos públicos.
8.( ) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico 
Legislativo - Agente de Polícia Legislativa) 
Se cometer algum crime comum referente ao 
exercício da função, o presidente da República 
será processado e julgado pelo Supremo Tribunal 
Federal, ficando suspenso de suas funções a partir 
da instauração do processo.
9.( ) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico 
Legislativo - Agente de Polícia Legislativa) A CF 
conferiu às Mesas da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal o direito de requerer informações 
aos ministros de Estado, mas não o conferiu a 
parlamentares individualmente.
10.( ) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico 
Legislativo - Agente de Polícia Legislativa) O 
presidente da República pode delegar a ministro 
de Estado a competência para aplicar pena de 
demissão a servidores públicos federais.
11.( ) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico 
Legislativo - Agente de Polícia Legislativa) A CF 
autoriza o presidente da República a criar cargos e 
extinguir órgãos públicos por meio de decreto.
12.( ) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico 
Legislativo - Agente de Polícia Legislativa) 
Afrontaria a CF dispositivo de Constituição 
estadual que previsse que a ausência do país do 
governador e do vice-governador, por qualquer 
prazo, dependeria de prévia licença da assembleia 
legislativa.
13.( ) (CESPE - 2014 - MPE-AC) De acordo com o STF, 
são inaplicáveis aos governadores o instituto da 
imunidade formal relativa à prisão do presidente 
da República e a cláusula de responsabilidade 
relativa, mesmo que haja previsão a tal respeito 
nas constituições estaduais.
14.( ) (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) As atribuições do 
presidente da República estão taxativamente 
previstas em dispositivo específico da CF.
15.( ) (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) A sentença condenatória 
do presidente da República pela prática de crime 
de responsabilidade será materializada mediante 
resolução do Senado Federal, limitando-se a 
condenação à perda do cargo com inabilitação, por 
oito anos, para o exercício de função pública, sem 
prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
Direito Constitucional
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16.( ) (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) Não pode ser objeto 
de delegação a ministro de Estado a atribuição 
conferida pela CF ao presidente da República de 
demitir servidor público federal.
17.( ) (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) De acordo com o 
disposto na CF, enquanto não sobrevier sentença 
condenatória, o chefe do Poder Executivo, nas três 
esferas da Federação, não estará sujeito a prisão 
pelo cometimento de infrações penais comuns.
18.( ) (CESPE - 2013 - TRT - 17ª Região (ES) - Técnico 
Judiciário - Área Administrativa) No caso de 
o presidente da República vir a praticar ilícitos 
penais, civis ou tributários durante a vigência de 
seu mandato, sem qualquer relação com a função 
presidencial, ele não poderá ser responsabilizado, 
haja vista a imunidade presidencial queimplica a 
suspensão do curso da prescrição relacionada a 
esses ilícitos, enquanto durar o mandato
19.( ) 19-(CESPE - 2013 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista 
Judiciário) Enquanto não sobrevier sentença 
condenatória referente a infrações comuns, o 
presidente da República não poderá ser preso, 
ressalvadas as hipóteses de prisão em flagrante 
por crime inafiançável.
20.( ) (CESPE/AGU/2015) Caso um processo contra o 
presidente da República pela prática de crime de 
responsabilidade fosse instaurado pelo Senado 
Federal, não seria permitido o exercício do direito 
de defesa pelo presidente da República no âmbito 
da Câmara dos Deputados.
21.( ) (CESPE/MPOG/2015) Os atos praticados pelo 
presidente da República que atentem contra o 
cumprimento das leis e das decisões judiciais 
configuram crime de responsabilidade.
22.( ) (CESPE/MPOG/2015) Na Constituição Federal, 
as competências privativas do presidente da 
República são elencadas em rol taxativo.
23.( ) (CESPE/MPOG/2015) O presidente da República 
poderá ausentar-se do país por qualquer tempo, 
independentemente da obtenção de licença junto 
ao Congresso Nacional.
24.( ) (CESPE/MPOG/2015) No caso de vacância do cargo 
de presidente da República ocorrida nos últimos 
dois anos do período presidencial, deverão ser 
feitas eleições noventa dias após a abertura da 
vaga.
25. (2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista 
Judiciário - Área Administrativa) Considere a 
seguinte situação hipotética: o Presidente da 
República praticou ato que configura infração penal 
comum. Neste caso, de acordo com a Constituição 
Federal, admitida a acusação contra o Presidente da 
República, por 2/3  
a. da Câmara dos Deputados, será ele submetido a 
julgamento perante o Senado Federal. 
b. da Câmara dos Deputados, será ele submetido a 
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 
c. do Senado Federal, será ele submetido a julgamento 
perante o Supremo Tribunal Federal. 
d. do Superior Tribunal de Justiça, será ele submetido 
a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 
e. do Supremo Tribunal Federal, será ele submetido a 
julgamento perante o Senado Federal.
26. (2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário 
- Área Administrativa) Considere os seguintes atos 
do Presidente da República praticados contra:
I. a existência da União.
II. o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
III. a probidade na Administração.
IV. o exercício dos direitos políticos, individuais e 
sociais.
De acordo com a Constituição Federal, são crimes de 
responsabilidade os atos do Presidente da República 
indicados em: 
a. I, II e III, apenas. 
b. I, II, III e IV. 
c. II, III e IV, apenas. 
d. I e IV, apenas. 
e. II e IV, apenas. 
27. (2017 –  FCC -   TRT - 24ª REGIÃO –MS -Analista 
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal) Em 
razão do recente  impeachment  da Presidente da 
República, Fatima, jornalista, manifestou interesse 
em obter conhecimento pleno sobre as atribuições do 
Presidente da República constantes na Constituição 
Federal. Assim, verificando o competente Capítulo, 
Fátima constatou que NÃO compete privativamente 
ao Presidente da República 
a. prestar, trimestralmente, ao Tribunal de Contas 
da União, após a abertura do ano fiscal, as contas 
referentes ao exercício anterior. 
b. nomear e exonerar os Ministros de Estado. 
c. celebrar tratados, convenções e atos internacionais, 
sujeitos a referendo do Congresso Nacional. 
d. conceder indulto e comutar penas, com audiência, 
se necessário, dos órgãos instituídos em lei. 
e. nomear, após aprovação pelo Senado Federal, o 
Procurador-Geral da República. 
28. (2016 – FCC -   TRT - 20ª REGIÃO (SE) -  Analista 
Judiciário - Administrativa) O Presidente da República 
poderá delegar, dentre outras, a seguinte atribuição:
a. nomear o Advogado-Geral da União.
b. nomear e exonerar os Ministros de Estado.
c. vetar projetos de lei parcialmente.
Direito Constitucional
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d. celebrar tratados e convenções sujeitos a 
referendo do Congresso Nacional.
e. prover os cargos públicos federais, na forma da lei.
29. (2016 – FCC - AL-MS - Assistente Social) Considere 
a seguinte situação hipotética: verificando-se o 
impedimento do Presidente e do Vice-Presidente 
da República, o Presidente da Mesa do Congresso 
Nacional entende que deve assumir o exercício 
dessas funções. Nessa situação, ele
a. não tem razão, porque em caso de impedimento 
do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância 
dos respectivos cargos, quem assume o exercício 
da Presidência da República é o candidato que se 
classificou em segundo lugar na mesma eleição.
b. não tem razão, porque em caso de impedimento 
do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância 
dos respectivos cargos, serão sucessivamente 
chamados ao exercício da Presidência o Presidente 
Senado Federal, o da Câmara dos Deputados e o do 
Supremo Tribunal Federal.
c. não tem razão, porque em caso de impedimento 
do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância 
dos respectivos cargos, serão sucessivamente 
chamados ao exercício da Presidência o Presidente 
do Supremo Tribunal Federal, o do Senado Federal 
e o da Câmara dos Deputados.
d. tem razão, porque em caso de impedimento do 
Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância 
dos respectivos cargos, serão sucessivamente 
chamados ao exercício da Presidência o Presidente 
da Mesa do Congresso Nacional, o Presidente 
do Senado Federal, o Presidente da Câmara dos 
Deputados e o Presidente do Supremo Tribunal 
Federal.
e. não tem razão, porque em caso de impedimento 
do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância 
dos respectivos cargos, serão sucessivamente 
chamados ao exercício da Presidência o Presidente 
da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o 
do Supremo Tribunal Federal.
30. (2016 – FCC - Prefeitura de Teresina – PI - Técnico 
de Nível Superior - Analista Administrativo) Sobre a 
responsabilidade do Presidente da República, 
a. o Presidente não ficará suspenso de suas funções 
nas infrações penais comuns, ainda que recebida a 
denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal 
Federal. 
b. os crimes de responsabilidade estão definidos 
taxativamente pela Constituição Federal, não 
competindo à lei aumentar o rol de condutas.  
c. admitida a acusação contra o Presidente da 
República, por maioria absoluta da Câmara dos 
Deputados, será ele submetido a julgamento 
perante o Supremo Tribunal Federal nos crimes de 
responsabilidade. 
d. os crimes de responsabilidade serão definidos 
em lei especial, que estabelecerá as normas de 
processo e julgamento. 
e. decorrido o prazo de cento e oitenta dias, se 
o julgamento não estiver concluído, cessará o 
afastamento do Presidente, extinguindo-se o 
processo. 
31. (2016 – FCC - Prefeitura de Teresina – PI - Técnico 
de Nível Superior - Analista em Gestão Pública) A 
respeito dos Ministros de Estado, considere:
I. O cargo de Ministro de Estado da Defesa pode 
ser ocupado por cidadãos brasileiros natos e 
naturalizados.
II. O cargo de Ministro de Estado da Saúde pode 
ser ocupado por cidadãos brasileiros, natos e 
naturalizados, com idade a partir de 21 anos.
III. Os Ministros de Estado são legitimados para propor 
Ação Direta de Inconstitucionalidade.
IV. Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e 
julgar, originariamente, os mandados de segurança 
e os habeas data contra ato de Ministro de Estado.
Está correto o que consta APENAS em 
a. II e IV. 
b. I e II. 
c. I e III.
d. II e III. 
e. I, III e IV. 
32. (2016 - FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - 
Área Administrativa) Em uma situação hipotética, 
a Câmara dos Deputados, por dois terços de 
seus integrantes, admitiu a acusação contra o 
Presidente da República por prática de crime de 
responsabilidade.
Ante tal situação, de acordo com a jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal, o afastamento do Presidente 
da República do exercício de seu mandato 
a. será automático em virtude da decisão soberana 
da Câmara dos Deputados, única com atribuição 
para deflagraro processo de impedimento contra 
o Presidente da República.
b. dependerá da instauração do processo pelo 
Senado. 
c. dependerá da instauração do processo pelo 
Supremo Tribunal Federal. 
d. dependerá do resultado do julgamento do processo 
pelo Senado Federal, por conta do princípio 
constitucional da presunção de inocência. 
e. dependerá de decisão específica a esse respeito da 
presidência da Câmara dos Deputados, ratificada 
pelo Presidente do Senado Federal, vez que o 
afastamento não decorre do recebimento da 
acusação, nem da instauração do processo contra 
o Presidente da República. 
Direito Constitucional
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33. (2016 – FCC - TRT - 14ª Região (RO e AC) Técnico 
Judiciário - Área Administrativa) Admitida a acusação 
contra o Presidente da República, por dois terços 
da Câmara dos Deputados, ele será submetido a 
julgamento perante o
a. Supremo Tribunal Federal, quando tratar de crime 
de responsabilidade.
b. Senado Federal, quando tratar de crime de 
responsabilidade.
c. Congresso Nacional, quando tratar de crime de 
responsabilidade.
d. Senado Federal, quando tratar de infração penal 
comum.
e. Congresso Nacional, quando tratar de infração 
penal comum.
34. (2016 – FCC - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista 
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal) No 
tocante às responsabilidades do Presidente da 
República, considere:
I. O Presidente da República, na vigência de seu 
mandato, não pode ser responsabilizado por atos 
estranhos ao exercício de suas funções.
II. Enquanto não sobrevier sentença condenatória, 
nas infrações comuns, o Presidente da República 
não estará sujeito a prisão.
III. Se o Presidente da República estiver afastado de 
suas funções e decorrer o prazo de cento e vinte 
dias, sem que esteja concluído o competente 
processo, cessará o seu afastamento, sem prejuízo 
do regular prosseguimento do feito.
IV. O Presidente da República ficará suspenso de suas 
funções nas infrações penais comuns, logo após a 
instauração do processo pelo Congresso Nacional.
De acordo com a Constituição Federal, está correto o 
que se afirma APENAS em 
a. I e IV. 
b. II e III. 
c. I, II e IV. 
d. IV.
e. I e II. 
35. (2015 – FCC - TRE-PB - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) Quirino, eleito Presidente da 
República para o mandato compreendido entre 
janeiro de 2018 e dezembro de 2021, renuncia ao 
cargo um ano após tê-lo assumido.
Assume-o o Vice-Presidente, o qual, no entanto, é 
alcançado por processo de impeachment, concluído em 
fevereiro de 2020.
Ante tal situação, consideradas as regras constitucionais 
atualmente vigentes,
a. deverão ser convocadas eleições gerais, no prazo 
de 90 dias contados da última vacância, sendo 
certo que os eleitos permanecerão no exercício 
dos cargos de Presidente e de Vice-Presidente até 
dezembro de 2021. 
b. assumirá a Presidência da República o Presidente 
da Câmara dos Deputados, o qual permanecerá no 
exercício respectivo até o término dos mandatos 
originais. 
c. deverão ser convocadas eleições gerais, no prazo 
de 30 dias contados da última vacância, sendo 
certo que os eleitos iniciarão, a partir da posse, 
mandato de quatro anos. 
d. assumirá a Presidência da República o Presidente 
do Congresso Nacional, o qual permanecerá no 
exercício respectivo até o término dos mandatos 
originais. 
e. competirá ao Congresso Nacional a eleição do 
Presidente e do Vice-Presidente, a qual deverá ser 
realizada no prazo de 30 dias contados da última 
vacância, sendo certo que o eleito completará o 
restante do mandato que se encontrava em curso.
36. (2015 – FCC - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário 
- Área Judiciária) A atividade regulamentar é própria do 
Poder Executivo, em especial do Chefe do Executivo. A 
Constituição Federal reserva ao campo regulamentar 
a disciplina de algumas matérias, conforme estabelece 
o artigo 84 da Constituição Federal. A delegação da 
referida competência regulamentar
a. para se operar validamente deve contar 
obrigatoriamente com participação do Poder 
Legislativo, por meio de lei que  autorize o Chefe 
do Executivo transferir funções às autoridades 
públicas indicadas na Constituição.
b. por ser competência privativa atribuída pela 
Constituição ao Chefe do Executivo não abrange 
a organização e  funcionamento da Administração 
federal, exceto quando implicar aumento de 
despesa, criação ou extinção de órgãos públicos.
c. abrange a edição dos denominados regulamentos 
de organização, desde que haja expressa 
autorização legal.
d. não abrange a extinção de funções ou cargos 
públicos quando vagos, por ser da competência 
exclusiva do Chefe do  Executivo, nos termos da 
Constituição Federal.
e. permite que o Chefe do Executivo, mediante juízo de 
conveniência e oportunidade, transfira, no âmbito 
do Executivo, aos Ministros de Estado, a função de 
editar regulamentos de organização, respeitados 
os limites constitucionais.
37. (2015 - FCC - TRE-SE - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) Considere as seguintes situações, 
relativas ao exercício da chefia do Poder Executivo na 
esfera federal:
I. Renúncia do Presidente da República no início do 
segundo ano de seu mandato.
II. Viagem do Presidente da República ao exterior, por 
um período de dez dias consecutivos, no fim do 
terceiro ano de mandato, sem que haja sido requerida 
autorização prévia do Congresso Nacional.
Direito Constitucional
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III. Instauração, pelo Senado Federal, de processo 
para responsabilização do Presidente da 
República pelo suposto cometimento de crime de 
responsabilidade.
IV. Recebimento de denúncia, pelo Supremo Tribunal 
Federal, para responsabilização do Presidente da 
República pelo suposto cometimento de infração 
penal comum.
À luz da Constituição da República, o exercício da 
Presidência da República caberá ao Vice-Presidente da 
República nas situações retratadas em: 
a. I, na qualidade de substituto, enquanto se 
organizam eleições diretas para preenchimento 
do cargo vago; II, na qualidade de substituto, 
enquanto se organizam eleições indiretas para 
preenchimento do cargo vago; III e IV, na qualidade 
de substituto, enquanto perdurar o afastamento 
do Presidente da República, que não será superior 
a 180 dias.
b. I, na qualidade de sucessor, até o fim do mandato; 
II, na qualidade de substituto, durante o período 
da ausência; III e IV, na qualidade de substituto, 
enquanto perdurar o afastamento do Presidente da 
República, que não será superior a 180 dias.
c. I, na qualidade de substituto, enquanto se 
organizam eleições indiretas para preenchimento 
do cargo vago; II, na qualidade de substituto, 
enquanto se organizam eleições diretas para 
preenchimento do cargo vago; III e IV, na qualidade 
de sucessor, até o fim do mandato.
d. I e II, na qualidade de sucessor, até o fim do mandato; 
III e IV, na qualidade de substituto, até o término 
dos julgamentos respectivos, observado o prazo 
máximo de 180 dias para a conclusão de ambos.
e. I, na qualidade de substituto, até o fim do mandato; 
II, na qualidade de sucessor, durante o período 
de ausência; III, na qualidade de substituto, até o 
término do julgamento respectivo, observado o 
prazo máximo de 180 dias para sua conclusão; IV, 
na qualidade de substituto, enquanto perdurar o 
afastamento do Presidente da República, que não 
será superior a 180 dias.
38. (2015 – FCC - TJ-SC - Juiz Substituto) Segundo o texto 
constitucional, o indulto 
a. cabe ser concedido pelo Presidente da República, 
sendo vedada sua aplicação a condenados pelos 
crimes de tortura, terrorismo, tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, bem como os 
definidos como crimes hediondos.
b. cabe ser concedido pelo Congresso Nacional, com a 
sanção do Presidente da República, sendo vedada 
sua aplicação a condenados pelos crimes de 
tortura, terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins, bem como os definidos como crimes 
hediondos. 
c. cabe ser concedido, na esfera federal, pelo 
Presidente da República e, na estadual,pelos 
Governadores de Estado, sendo vedada sua 
aplicação a condenados pelos crimes de tortura, 
terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, bem como os definidos como crimes 
hediondos. 
d. diferentemente da comutação de penas, somente 
cabe ser concedido pelo Presidente da República, 
sendo vedada sua aplicação a condenados pelos 
crimes de tortura, racismo, terrorismo, tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, bem como 
os definidos como crimes hediondos. 
e. cabe ser concedido pelo Presidente da República, 
sendo vedada sua aplicação a condenados 
pelos crimes de tortura, racismo, tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins, bem como os 
definidos como crimes hediondos. 
39. (2015 – FCC - TCM-RJ - Procurador da Procuradoria 
Especial) Norma constitucional estadual descreve 
crimes de responsabilidade que, se praticados por 
Conselheiro de Tribunal de Contas Estadual, ficam 
sujeitos a julgamento pela Assembleia Legislativa, 
sendo sancionados com o afastamento do cargo, pelo 
voto da maioria absoluta dos Deputados, mediante 
processo administrativo que assegure o contraditório 
e ampla defesa. A referida norma 
a. é inconstitucional, uma vez que o Estado não tem 
competência para definir crimes de responsabilidade 
e o estabelecimento das respectivas normas de 
processo e julgamento, devendo os crimes de 
responsabilidade praticados por Conselheiro de 
Tribunal de Contas ser julgados pelo Superior Tribunal 
de Justiça. 
b. é inconstitucional, uma vez que o Estado não tem 
competência para definir crimes de responsabilidade e 
o estabelecimento das respectivas normas de processo 
e julgamento, devendo os crimes de responsabilidade 
praticados por Conselheiro de Tribunal de Contas ser 
julgados pelo Tribunal de Justiça.
c. é inconstitucional, uma vez que o Estado não tem 
competência para definir crimes de responsabilidade, 
ainda que caiba à Assembleia Legislativa, por 
força da Constituição Federal, julgar os crimes de 
responsabilidade praticados por Conselheiro de 
Tribunal de Contas.
d. é constitucional no que toca à definição dos crimes 
dos responsabilidade e ao estabelecimento das 
respectivas normas de processo e julgamento, uma vez 
que se tratam de infrações político-administrativas 
cuja disciplina se insere na competência legislativa 
residual dos Estados-membros. 
e. é constitucional no que toca à definição dos crimes 
dos responsabilidade, uma vez que se tratam de 
infrações político-administrativas cuja disciplina 
se insere na competência legislativa residual dos 
Estados-membros, mas inconstitucional ao atribuir à 
Assembleia Legislativa a competência para processá- 
los e julgá-los.
Direito Constitucional
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40. (2015 – FCC - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário 
- Área Administrativa) A suspensão do exercício das 
funções de Presidente da República dar-se-á nas 
infrações penais comuns 
a. se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo 
Tribunal Federal; nos crimes de responsabilidade, 
após a instauração do processo pelo Senado Federal.
b. apenas depois de julgamento pelo Supremo Tribunal 
Federal; nos crimes de responsabilidade, após a 
instauração do processo pelo Senado Federal.
c. apenas depois de julgamento pelo Supremo Tribunal 
Federal; nos crimes de responsabilidade, apenas 
após o julgamento do processo pelo Senado Federal.
d. e nos crimes de responsabilidade depois de recebida 
a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal 
Federal.
e. e nos crimes de responsabilidade depois de recebida 
a denúncia ou queixa-crime pelo Senado Federal.
41. (2015 – FCC - TRE-RR - Analista Judiciário - 
Administrativa) Considere as afirmativas abaixo.
I. O Presidente da República será julgado pelo Supremo 
Tribunal Federal, quanto aos crimes comuns, e 
pelo Congresso Nacional, quanto aos crimes de 
responsabilidade.
II. A acusação por crime comum atribuído ao Presidente 
da República deve ser admitida por doisterços dos 
integrantes da Câmara dos Deputados.
III. Admitida a acusação feita ao Presidente da 
República por crime de responsabilidade pela 
Câmara dos Deputados, o Chefe do Executivo ficará 
automaticamente suspenso do exercício de suas 
funções.
IV. O Presidente da República somente poderá ser 
preso pela prática de crime comum após a sentença 
condenatória.
Está correto o que se afirma APENAS em 
a. I e II.
b. I e III.
c. II e III.
d. II e IV.
e. II, III e IV.
42. (2015 – FCC - TCM-GO - Auditor de Controle Externo 
- Contábil) Suponha que o Governo do Estado de Goiás 
pretenda implementar medidas de reestruturação 
administrativa, extinguindo alguns órgãos e também 
entidades da Administração indireta e fundindo algumas 
Secretarias, bem como extinguindo cargos vagos. De 
acordo com as normas que disciplinam a organização 
administrativa constantes da Constituição Federal,
a. todas as medidas poderão ser implementadas por 
ato do Chefe do Executivo, mediante decreto.
b. todas as medidas somente poderão ser 
implementadas por lei, de iniciativa do Chefe do 
Executivo, salvo a fusão de Secretarias, que pode ser 
efetivada por decreto.
c. a extinção de cargos vagos necessita de lei específica 
e as demais medidas poderão ser implementadas por 
decreto.
d. a extinção de entidades da Administração indireta 
somente poderá ser feita por lei, enquanto a extinção 
de órgãos e de cargos vagos pode ocorrer por decreto.
e. a extinção de entidades e órgãos depende de lei, 
enquanto a extinção de cargos vagos pode ser feita 
por decreto do Chefe do Executivo.
43. (2015 - FCC - TCM-GO - Procurador do Ministério 
Público de Contas) Sobre o regime constitucional de 
responsabilidade do Presidente da República, é correto 
afirmar que
a. instaurado o processo por crime comum contra o 
Presidente da República, o Supremo Tribunal Federal 
dará ciência à Câmara dos Deputados que, por voto 
de dois terços de seus membros poderá, até a decisão 
final, sustar o andamento da ação.
b. durante o exercício do mandato o Presidente da 
República somente poderá ser responsabilizado por 
atos relacionados ao exercício de suas funções.
c. a condenação do Presidente da República por crime 
de responsabilidade consiste em perda do cargo com 
suspensão dos direitos políticos por 8 (oito) anos.
d. considerando a gravidade do crime, bem como a 
necessidade de garantir a aplicação da lei penal, 
o Presidente da República poderá ser conduzido à 
prisão, estando suspenso de suas funções.
e. nos crimes de responsabilidade, recebida a denúncia 
pelo Supremo Tribunal Federal, o Presidente ficará 
suspenso de suas funções
44. (2014 – FCC - DPE-CE - Defensor Público de Entrância 
Inicial) Considere as seguintes situações:
I. Aplicação de pena de demissão a servidor público 
federal, por Ministro de Estado, ao fim de processo 
administrativo disciplinar em que assegurada ampla 
defesa ao acusado, em conformidade com regra de 
competência estabelecida em Decreto presidencial.
II. Requisição, pelo Ministro da Saúde, de unidades 
hospitalares de determinado Município, integrantes 
do Sistema Único de Saúde, para atendimento à 
população, em virtude de decretação, pelo Presidente 
da República, de estado de calamidade pública nas 
unidades hospitalares em questão.
III. Expulsão de estrangeiro do território nacional por 
ato subscrito pelo Ministro da Justiça, no exercício 
de atribuição que lhe é conferida por Decreto do 
Presidente da República. 
Revela-se compatível com a disciplina constitucional das 
atribuições do chefe do Poder Executivo APENAS o quanto 
Direito Constitucional
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descrito em
a. II e III.
b. I e III.
c. I
d. II
e. I e II.
45. (2014 - FCC - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário 
- Área Judiciária) É competência privativa do Presidente 
da República, de acordo com a Constituição Federal, 
prestar,
a. anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de 
noventa dias após abertura da sessão legislativa, as 
contas referentes ao exercício anterior. 
b. trimestralmente, ao Congresso Nacional, as contas 
referentesao seu mandato.
c. anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de até 
trinta dias após a abertura da sessão legislativa, as 
contas referentes ao exercício anterior.
d. semestralmente, ao Congresso Nacional, as contas 
referentes ao seu mandato. 
e. anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de 
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, 
as contas referentes ao exercício anterior.
46. (2014 – FCC - TCE-PI - Assessor Jurídico) Cabe ao 
Vice-Presidente da República substituir o Presidente da 
República no caso de
a. recebimento pelo Supremo Tribunal Federal de 
denúncia pela prática de infração penal comum.
b. decretação de estado de sítio em face de comoção 
grave de repercussão nacional.
c. autorização pela Câmara dos Deputados 
para instauração de processo por crime de 
responsabilidade.
d. condenação pelo Senado Federal por crime de 
responsabilidade.
e. renúncia.
47. (2014 – FCC - TCE-PI - Assessor Jurídico) Entre as 
competências privativas do Presidente da República, 
encontram-se as seguintes:
a. dispor, mediante decreto, sobre extinção de funções 
ou cargos públicos, quando vagos; e fixar o efetivo 
das Forças Armadas.
b. conferir condecorações e distinções honoríficas; e 
propor ao Senado Federal a fixação de limites globais 
para o montante da dívida consolidada da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c. transferir temporariamente a sede do Governo 
Federal; e exercer, em conjunto com os Ministros de 
Estado, o Poder Executivo.
d. conceder anistia e comutar penas, com audiência, se 
necessário, dos órgãos instituídos em lei; e celebrar 
a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso 
Nacional.
e. dispor, mediante decreto, sobre organização e 
funcionamento da Administração federal, ainda que 
implique aumento de despesa ou criação de órgãos 
públicos; e editar medidas provisórias com força de 
lei.
48. (2014 – FCC - TCE-PI - Jornalista) A nomeação de 
Ministro do Supremo Tribunal Federal é competência
a. privativa do Presidente da República após aprovação 
pelo Senado Federal.
b. exclusiva do Presidente da República após aprovação 
pelo Tribunal de Contas da União.
c. privativa do Presidente da República após aprovação 
pelo Congresso Nacional.
d. privativa do Senado Federal após aprovação pelo 
Presidente da República.
e. exclusiva do Tribunal de Contas da União após 
aprovação pelo Presidente da República.
49. (2014 – FCC - TCE-PI - Auditor Fiscal de Controle 
Externo) Compete ao Presidente da República
a. extinguir, por meio de decreto, cargos públicos vagos, 
desde que autorizado pelo Poder Legislativo.
b. celebrar atos internacionais, incorporando-os ao 
direito brasileiro.
c. conceder indulto, desde que ouvidos os órgãos 
especializados.
d. alterar, por meio de decreto, a estruturação de órgãos 
públicos.
e. atestar a existência das leis, o que faz por meio de sua 
publicação.
50. (2014 – FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP) -Técnico Judiciário - 
Área Administrativa) Diante de real demanda de pessoal 
na Administração direta e indireta, o Chefe do Executivo 
de determinado ente federado editou decreto criando 
número bastante relevante de cargos os quais deveriam 
ser preenchidos por meio de concurso público, regra 
expressa da Constituição Federal.
A conduta adotada pelo Governador 
a. é regular e válida, caso reste demonstrada a 
disponibilidade orçamentária para esse incremento 
de despesas.
b. não é compatível com a norma constitucional, que 
exige lei para criação de cargos, por meio da qual são 
definidas as atribuições e padrões de remuneração 
dessas unidades de poderes e deveres estatais.
c. é regular e válida desde que tenham sido especificadas 
as atribuições e padrões de remuneração para cada 
natureza de função a ser desenvolvida.
d. não é compatível com a norma constitucional, 
que exige convalidação por medida provisória que 
demonstre a disponibilidade de recursos e o interesse 
público na conduta.
e. é inconstitucional, tendo em vista que a atividade de 
criação de cargos depende de autorização legislativa 
ou de autorização judicial, mediante provocação do 
Chefe do Executivo.
Direito Constitucional
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GABARITO
1 E 11 E 21 C 31 A 41 D
2 C 12 C 22 E 32 B 42 E
3 E 13 C 23 E 33 B 43 B
4 C 14 E 24 E 34 E 44 B
5 B 15 C 25 B 35 E 45 E
6 A 16 E 26 B 36 E 46 A
7 C 17 E 27 A 37 B 47 B
8 E 18 E 28 E 38 A 48 A
9 C 19 E 29 E 39 A 49 D
10 C 20 E 30 D 40 A 50 B

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