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UNIFAVENI – CENTRO UNIVERSITÁRIO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA SEMINÁRIO PRESENCIAL I TEMA: BIBLIOTECONOMIA E O MERCADO DE TRABALHO MARISETE CRISTINA DE MELO BRANDÃO Trabalho apresentado como requisito necessário para a conclusão do 1º semestre do Curso de Biblioteconomia da UNIFAVENI, turma 2 , sob a orientação da Tutora Natália Daiane, do Curso de Biblioteconomia do Centro Universitário UNIFAVENI – pólo Barroso-MG. BARROSO/MG, 2020 1. Introdução: O presente trabalho é uma análise sobre o tema: Biblioteconomia: Mercado de Trabalho. Como é o trabalho dos profissionais bibliotecários no século XXI, apresentando os principais pré-requisitos, competências e atitudes pessoais e profissionais que estes profissionais necessitam ter para se manterem empregados nos dias de hoje. O cenário profissional está caracterizado por grandes transformações advindas, sobretudo, do desenvolvimento tecnológico. Essas transições influenciam o mercado de trabalho, modificando-o e impactando diretamente as demandas emergentes dos empregadores sobre o perfil desse profissional. Tendo em vista esse novo cenário que vem surgindo e se modificando constantemente, o objetivo do presente trabalho é analisar as demandas do mercado de trabalho e o perfil desse profissional que melhor se encaixa nesse novo padrão de exigências. Nesse contexto, o desafio é verificar como essas mudanças impactam na gestão da informação, deve haver um rígido controle para que informações não sejam utilizadas de forma equivocada. 2. Desenvolvimento: O mercado de trabalho tem sofrido grandes mudanças desde o surgimento da Informática, do uso da Internet, do uso das comunicações virtuais que conectam profissionais, empresas da iniciativa privada e pública e terceiro setor. Na primeira metade da década de 1990, o uso da Internet era limitado a pesquisadores, estudantes universitários e grandes empresas públicas e privadas. Com o rápido desenvolvimento do mundo virtual, as organizações, centros de pesquisa, e pessoas físicas perceberam que o mercado de trabalho iria sofrer mudanças radicais e tanto as empresas quanto os profissionais teriam que se adaptar para se manterem ativos nesta nova realidade e sobreviverem em um mundo cada vez mais competitivo onde as exigências e necessidades são cada vez maiores. Fazendo um breve histórico no período pré-internet, as bibliotecas brasileiras apresentavam uma estrutura tradicional, com os seus catálogos tradicionais externos voltados aos consulentes e os internos voltados para os profissionais das bibliotecas, onde todo o acervo da biblioteca estava representado em fichas catalográficas, datilografadas uma a uma, com a finalidade de descrever o conteúdo de cada obra bibliográfica e a sua localização nas estantes através do número de chamada. Com a popularização da internet a web representa uma mudança de paradigma radical com relação aos serviços bibliotecários, pois ela proporciona um ambiente informacional amplo, global, de um alcance nunca visto pelos antigos bibliotecários, acostumados a trabalhar num ambiente delimitado, com uma comunidade de usuários identificável, restrita e às vezes conhecida. Neste novo ambiente, as bibliotecas adquiriram uma nova dimensão. Lancaster (1994, p.9) afirmava diante da emergência dos recursos de informação cada vez mais acessíveis via redes, que o novo papel das bibliotecas era o de prover o acesso à informação ao invés da propriedade. Com o advento da Informática e da Internet, a Biblioteconomia sofreu uma profunda mudança estrutural, pois o mercado de trabalho nesta área começou a demandar profissionais bibliotecários mais qualificados, com competências profissionais que até então estes não possuíam. Segundo Passos (2004) as competências básicas que os profissionais bibliotecários devem ter são: 1) demonstrar forte comprometimento com a excelência do serviço ao cliente; 2) reconhecer a diversidade dos clientes e da comunidade; 3) entender e apoiar a cultura e o contexto da biblioteca e das instituições similares; 4) demonstrar conhecimento da teoria da Ciência da Informação e do ciclo documentário; 5) exibir habilidades de liderança, incluindo pensamento crítico, tomada de risco, independente de sua posição na estrutura administrativa; 6) dividir o conhecimento e a perícia com colegas e clientes; 7) comunicar-se efetivamente com editores e com a indústria gráfica para promover os interesses da biblioteca; 8) reconhecer o valor da rede profissional e participar ativamente das associações profissionais; 9) perseguir ativamente o desenvolvimento pessoal e profissional através da educação continuada. A formação acadêmica dos profissionais bibliotecários começou a sofrer mudanças no final da década de 1990 e no começo da primeira década do século XXI, com a inserção de ferramentas de informática no dia a dia das disciplinas dos cursos de graduação em Biblioteconomia e Documentação e em Ciência da Informação. O conhecimento de legislação pelo bibliotecário também é útil para os profissionais que atuam em escritórios jurídicos. Outra competência profissional, tanto na iniciativa privada quanto na administração pública, é o raciocínio lógico quantitativo ou raciocínio lógico matemático. Esta competência é muito utilizada na seleção de pessoal por muitas empresas e instituições, pois avalia a capacidade lógica dos futuros profissionais, sendo de grande interesse por parte das organizações. Em consequência ás exigências mercadológicas, a educação continuada é a ordem do dia para todos os profissionais que estão atuando neste competitivo mercado de trabalho deste século XXI e que pretendem se manter empregados. 3. Conclusão: Seria mesmo um novo papel para o bibliotecário? Na verdade, o bibliotecário estaria fazendo o mesmo serviço que historicamente sempre desenvolveu, mas apenas ampliando seus instrumentos. Antes sua função era apenas selecionar livros e periódicos que deveriam incorporar ao acervo. Agora seleciona também os sites ou páginas na Internet que trazem informações atualizadas e confiáveis de interesse para seus usuários. Outra função comum ao trabalho do bibliotecário, principalmente aquele que atua em bibliotecas escolares, é o treinamento do usuário. Se antes era dever do bibliotecário ensinar o uso de catálogos e bibliografias, "mais recentemente assumiu a responsabilidade de treinar os usuários sobre os recursos eletrônicos de informação." (Campbell, 2001, p. 10) No atual cenário, o mercado de trabalho exige profissionais que tenham competências amplas, constituídas por um conjunto de habilidades, conhecimentos e destrezas que sirvam de base para o êxito das tarefas. Ou seja, compreender tais transformações, adaptar a formação do profissional aos novos desafios que surgem não apenas no mercado de trabalho, mas pela sociedade como um todo, sobrepondo a formação tradicional para uma formação cultural e multidisciplinar. Enfim, o profissional em Biblioteconomia busca equilibrar-se entre duas realidades, o das fontes tradicionais de informação e os novos instrumentos que surgem. Desenvolver habilidade para sobreviver como profissão reconhecida e relevante para sociedade é adequar-se sempre e acompanhar as transformações, sem menosprezar ou supervalorizar nenhuma fonte de informação. Apesar de ser um mercado de trabalho que disponibiliza um “leque” de opções, o que determina o sucesso desse profissional é o modo em que se torna “Camaleão” diante dos desafios que a modernidade os apresenta. Referências: CAMPBELL, Daniel R. Law librarians must redefine their roles in the Era of Information Technology. AALL Spectrum, v. 6, n. 3, p. 5,10, nov. 2001. LANCASTER, Frederic Winfred. Ameaça ou oportunidade? o futuro dos serviços de bibliotecas à luz das inovações tecnológicas. Rev. Escola de Biblioteconomia da UFMG, v.25, n.1. p. 7-27, jan./jun. 1994. PASSOS, Edilenice. Bibliotecário jurídico: seu perfil, seu papel. In: ENCONTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO JURÍDICA, 3., Rio de Janeiro,2001. [Trabalho apresentado no 3º ...]. Rio de Janeiro: Grupo de Informação e Documentação Jurídica do Rio de Janeiro, 2001. Disponível em:. Acesso em: 22 de junho de 2020.