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Sucessão: Cônjuge Herdeiro e Efeitos da Indignidade e Renúncia

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Direito Civil VI – Sucessão
1 - O cônjuge é herdeiro? Fundamente sua resposta. Em caso de resposta afirmativa indique em quais situações.
Depende da legitimidade para sucessão de acordo com o Artigo 1.830CC (regime de bens e constância do casamento).
1. No Regime parcial de bens, o cônjuge concorre aos bens particulares do de cujus e herda na falta dos descentes ascendentes. 
1. O cônjuge herda sozinho na 3º ordem de vocação hereditária independente do regime de bens. (Art.1.838 CC).
2 – Em que momento se dá a abertura da sucessão? Quais os seus efeitos.
A abertura da sucessão se dá no momento da constatação da morte comprovada do de cujus, os efeitos são de transmitir desde logo, a herança aos herdeiros legítimos e testamentários (Princípio da Saisine ) Art.1784 Código Civil . 
3 – Diferencie capacidade civil com capacidade sucessória. E indique em quais situações pode haver a renúncia lesiva
De acordo com o Art.1º CC, a capacidade civil, possui t oda pessoa capaz de direitos e deveres 
Capacidade sucessória,é a aptidão para receber os bens deixados pelo de cujus com a presença dos requisitos á seguir:
1. Deve haver a morte do autor da sucessão;
1. A sobrevivência do sucessor;
1. Ser humano;
1. Não ser indigno. 
De acordo com o Art. 1.813, a renúncia lesiva se dá quando o herdeiro prejudicar seus credores, renunciando a herança.
4 – A Pessoa Jurídica não registrada poderá ser herdeira? Fundamente sua resposta.
De acordo com o Art. 1.799, o inciso II confere legitimação as pessoas jurídicas na sucessão, na condição de herdeiras ou legatárias. Precisam, contudo, ter existência legal no momento da abertura da sucessão, ou seja, precisam ter personalidade jurídica adquirida na forma prevista do Art. 45 CC. Contempla o inciso também, as fundações legalmente instituídas antes da morte do testador. 
O inciso III refere se a sucessão não existente no momento da abertura da sucessão, mas cuja criação foi determinada pelo testador, mediante dotação de bens livres e com especificação do fim a que se destina- religiosos; morais; culturais ou de assistência (Art. 62 parágrafo único).
5 – Quais são os casos de exclusão da sucessão? 
Nosso ordenamento Jurídico prevê duas (2) formas de exclusão da sucessão:
1. Por indignidade ( Art. 1.814, CC);
1. Pela deserdação (Arts. 1.61 á 1.965)
6 – Diferencie a sucessão por cabeça da sucessão por estirpe e indique as condições para sua aplicação.
Sucessão por cabeça, ocorre quando todos os herdeiros são do mesmo grau. Cada herdeiro do mesmo grau corresponde uma quota igual na herança. A herança é dividida entre todos os herdeiros aos quais é deferida. 
Sucessão por estirpe,concorrem na sucessão, descendentes que tenham com o de cujus graus de parentesco diferentes, ou quando a partilha, em vez de se fazer igualmente entre pessoas, faz-se entre certos grupos de descendentes, grupos constituídos pelos descendentes do herdeiro do grau mais próximo.
7 – Quais os efeitos da indignidade e da renúncia da herança para os herdeiros do indigno e do renunciante?
De acordo com o Art. 1.816 os efeitos da exclusão são pessoais. O herdeiro declarado indigno perderá o direito á herança não estendendo a punição aos seus descendentes, que herdarão Poe estirpe ou por representação.
Havendo renúncia, nenhum direito é criado ao renunciante, pois é considerado como se nunca tivesse herdado. Sendo assim, a transmissão não é examinada quando o herdeiro renuncia a herança que tem direito, nos termos do parágrafo único do Art. 1.804, CC. A renúncia produz efeito ex tunc pois retroage á data da abertura da sucessão.

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