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Aula 22 - Informações Explícitas e Informações Implícitas

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Informações Explícitas e Informações Implícitas
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
INFORMAÇÕES EXPLÍCITAS E INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS
Compreender e interpretar não são sinônimos perfeitos. Ambos têm a ver com a capaci-
dade do leitor decodificar uma mensagem, de atribuir a alguma mensagem um sentido.
Compreender significa decodificar, atribuir sentido àquilo que está claramente apresen-
tado no texto, enquanto interpretar exige um pouco mais, significa entender o que não foi dito 
claramente, foi dito nas entrelinhas do texto.
Nenhuma prova cobrará isso conceitualmente. Cabe ao aluno provar que é um leitor com-
petente e um leitor competente tanto sabe compreender quanto interpretar.
É preciso dominar esses dois níveis de leitura, na prática.
Nas questões, por vezes aparecem enunciados como:
Segundo o texto... de acordo com o texto...conforme o texto...
Todos esses enunciados são seguidos de uma afirmação.
Infere-se do texto que... depreende-se do texto que... conclui-se da leitura do texto que...
Todos esses enunciados também são seguidos de uma afirmação.
O que está em jogo é a afirmação, não é o enunciado.
O que deve ser julgado se está certo ou errado é a afirmação, e não a forma como esta 
afirmação é enunciada.
Essa afirmação pode ser validade no texto. Se sim, está correta, se não, está incorreta.
Mesmo as informações implícitas podem ser validadas. A informação implícita está no 
texto, só não está na sua superfície.
A capacidade de fazer inferências é a capacidade de reconhecer o que não foi dito clara-
mente, mas foi dito.
5m
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Informações Explícitas e Informações Implícitas
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
A
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ES
DOROTEIA É MUITO INTELIGENTE, APESAR DE SER MULHER.
Essa frase foi dita há muitos anos por um ex-presidente da FIESP (Amato) e fazia referên-
cia a uma ministra de Estado que se chamava Doroteia Werneck.
• Informações explícitas (compreensão):
Doroteia é muito inteligente.
Doroteia é mulher
• Informação implícita (interpretação):
O APESAR DE estabelece entre as partes do texto uma relação de concessão, de opo-
sição, de exceção a uma regra. Ser inteligente é uma concessão, é uma exceção ao fato de 
ser mulher, o que significa que as mulheres não costumam ser muito inteligentes. Isso está no 
texto, não é uma extrapolação. É uma inferência.
A pessoa até pode querer negar que quis dizer isso, mas não pode negar que disse. A 
informação implícita deve estar no texto, se não estiver, é uma extrapolação que constitui um 
dos erros de leitura. Alguém pode errar por contradição (entende o contrário do que o texto 
diz) ou por extrapolação.
Pode-se inferir que as mulheres são burras? Não, porque não ser muito inteligente é dife-
rente do que ser burra.
OS JUROS NO BRASIL CONTINUAM A SUBIR.
Essa é uma marca linguística que permite inferir que os juros já estavam subindo, que 
estabelece um pressuposto.
JOÃO PAROU DE FUMAR.
A inferência é que João fumava. Não se pode inferir que a saúde dele tenha melhorado.
OS POLÍTICOS, QUE ROUBAM, DEVEM SER CASSADOS.
A oração principal é Os políticos devem ser cassados. O que equivale os quais. Que roubam é 
uma oração subordinada adjetiva explicativa que se aplica à totalidade do termo referente.
Pode-se inferir que todos os políticos roubam e que todos os políticos devem ser cassados.
Que roubam, sem vírgulas, travessões ou parêntesis, seria uma oração subordinada adje-
tiva restritiva com o atributo de se aplicar somente a uma parte do referente o que significaria 
que nem todos os políticos roubam e nem todos devem ser cassados.
10m
15m
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
A
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ES
MARIA VISITOU AS TIAS QUE MORAM EM SALVADOR.
De acordo com o texto Maria viajou ou de acordo com o texto Maria tem, no mínimo, 
três tias?
A frase não é suficiente para afirmar que Maria viajou (extrapolação), mas pode-se afirmar 
que Maria tem, no mínimo, três tias.
O pronome relativo sempre introduz uma oração subordinada adjetiva. Que moram em 
Salvador é uma oração subordinada adjetiva restritiva e o atributo é apenas para uma parte 
do referente, e não à totalidade.
A primeira conclusão é de que nem todas as tias de Maria moram em Salvador (por conta 
da natureza restritiva da oração).
Se nem todas as tias de Maria moram em Salvador, pelo menos uma não mora, no mínimo 
uma não mora.
Na primeira oração, a informação é de que Maria visitou as tias (no mínimo, duas tias de 
Maria moram em Salvador).
Maria tem, portanto, duas tias que moram em Salvador e, no mínimo, uma que não mora. 
Maria tem, no mínimo, três tias.
Dizer que Maria viajou é uma extrapolação, pode até ser uma verdade – uma extrapolação 
não é algo absurdo, a extrapolação pode até ser uma verdade extratextual, mas o texto não 
é suficiente para legitimá-la.
Aquilo que o autor pode negar, o contexto pode negar, o leitor não pode afirmar.
UMA DAS CAUSAS DA VIOLÊNCIA É DESIGUALDADE SOCIAL.
O pressuposto é de que há outras causas. Há, no mínimo, mais uma causa. E não se pode 
afirmar que a desigualdade social é a mais importante, não é possível hierarquizar.
A CAUSA DA VIOLÊNCIA É A DESIGUALDADE SOCIAL.
Só há uma causa.
TODOS TIRARAM NOTA BAIXA, ATÉ VOCÊ!
O até estabelece um pressuposto que permite fazer uma inferência: “você” não costuma 
tirar nota baixa. Não se pode inferir sequer que tenha havido uma prova, ou que a prova 
foi fácil.
20m
25m
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
A
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ES
SE VOCÊ TIVESSE PEDIDO, EU TERIA AJUDADO COM OS EXERCÍCIOS.
Os pressupostos, as inferências são: você não pediu, eu não ajudei.
A TECNOLOGIA BENEFICIA O HOMEM, MAS PREJUDICA O MEIO AMBIENTE.
Esse mas é uma conjunção adversativa que introduz uma oração coordenada sintética 
adversativa e a ideia principal: a tecnologia prejudica o meio ambiente.
Essa frase defende uma ideia preservacionista. O prejuízo ambiental é mais importante, é 
mais relevante do que os benefícios que a tecnologia traz ao Homem.
A TECNOLOGIA PREJUDICA O MEIO AMBIENTE, MAS BENEFICIA O HOMEM.
Aqui a ideia principal é de que a tecnologia beneficia o Homem. Diante dos benefícios que a tec-
nologia promove para o Homem, os prejuízos ambientais são secundários – tese desenvolvimentista.
A, mas B significa que B prevalece sobre A.
As frases apresentadas são todas inferências a partir de marcas discursivas.
Mesmo as informações inferenciais precisam ser validadas no texto para que não ocorra 
uma extrapolação.
A gramática é um elemento indispensável para este entendimento interpretativo. É muito 
fácil extrapolar, fazer da leitura um ato discricionário é um risco. O ato de ler não tem discri-
cionariedade, o ato de ler é vinculado àquilo que o texto apresenta com a sua intenção, o seu 
contexto, com as suas circunstâncias.
��������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Tereza Cavalcanti. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
exclusiva deste material.
30m

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